ÓrgÃo mensal de divulgaÇÃo espÍrita para todo o...

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • MARÇO DE 2016 • ANO 3 • Nº 30 • 16.000 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Como ficamos? Veja página 12. Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br Bauru e Jaú realizam feiras do livro Eventos em shoppings acontecem no mês de abril com palestras programadas. Páginas 2 e 10 Acesse: www.institutocairbarschutel.org Instituição paulista comemora 100 anos Série de reportagens mensais vai culminar com evento comemorativo. Página 11 Educação em página exclusiva do IBEM Conheça mensalmente as iniciativas do IBEM e reflita com valioso conteúdo. Página 3 Zika Vírus e o Aborto Consumo de carne na alimentação Entrevista com professor de Medicina Veterinária esclarece sobre o assunto. Página 4

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • MARÇO DE 2016 • ANO 3 • Nº 30 • 16.000 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Como ficamos?Veja página 12.

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br

Bauru e Jaú realizam feiras do livroEventos em shoppings acontecem no mês de abril com palestras programadas.

Páginas 2 e 10

Acesse: www.institutocairbarschutel.org

Instituição paulista comemora 100 anosSérie de reportagens mensais vai culminar com evento comemorativo.

Página 11

Educação em página exclusiva do IBEMConheça mensalmente as iniciativas do IBEM e reflita com valioso conteúdo.

Página 3

Zika Vírus e o Aborto

Consumo de carne na alimentaçãoEntrevista com professor de Medicina Veterinária esclarece sobre o assunto.

Página 4

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Março de 2016 PÁGINA 2

Editorial

Lucidez do Codificador

A desencarnação de Allan Kardec, o Co-dificador do Espiri-

tismo, ocorreu no dia 31 de março de 1869, depois de anos de trabalho em prol da organi-zação do corpo doutrinário da Doutrina Espírita.

Sua lucidez e largueza de raciocínio está expressa em toda sua obra, o que o leitor perce-berá na constância do estudo e da análise atenta de seus textos, sempre convidativos ao bom senso e ao raciocínio.

Lembramos a data, selecio-nando trecho parcial de um tex-to de sua autoria e publicada em sua Revista Espírita, exemplar de maio de 1861 e disponível ao leitor nesta mesma página, ao lado. Trata-se de pequenino destaque de Discurso pronun-ciado na sessão de 05 de abril de 1861, por ocasião da renovação do ano social. O trecho bem diz uma vez mais da lucidez de Allan Kardec.

Deixo ao leitor constatar por si mesmo essa preciosidade de abordagem. Veja ao lado. Con-tinuemos trabalhando. O mo-mento evolutivo requer atenção e trabalho! r

Primeiramente estude, e em seguida veja, porque assim compreenderá melhor!Recordando a data da desencarnação de Kardec, uma preciosidade ao leitor.

Revista Espírita, maio de 1861

R. E. 1861: Seria, de resto, bastante inconveniente que a propagação da Doutrina

� casse subordinada à publicidade de nossas reuniões: por mais nu-meroso que pudesse ser o auditório, ele seria sempre fortemente restrito, imperceptível, comparado à massa da população. Por outro lado nós sabemos, por experiência, que a verdadeira convicção não se adquire a não ser pelo estudo, pela re� exão e por uma observação sustentada, e não, assistindo a uma ou duas sessões, por mais interessantes que elas sejam, e isto é tão verdadeiro, que o núme-

ro dos que creem sem nada terem visto, mas porque eles têm estudado e compreendido, é imenso. Sem dú-vida o desejo de ver é muito natural, e estamos longe de censurar, mas

queremos que o fenômeno seja visto em condições de aproveitamento. Eis porque dizemos: Primeiramente es-tude, e em seguida veja, porque assim compreenderá melhor. r

“(...) sabemos, por experiência, que a verdadeira convicção não se adquire a não ser pelo estudo, pela reflexão e por uma observação sustentada, e não, assistindo a uma ou duas sessões, por mais interessantes que elas sejam, e isto é tão verdadeiro, que o número dos que creem sem nada terem visto, mas porque eles têm estudado e compreendido, é imenso.

A Associação Chico Xavier realiza sua Feira do Livro Es-pírita no Boulevard Shopping-Nações, em Bauru, funcionando no mesmo horário comercial do shopping. A data é 8 a 24 de abril de 2016, com palestras diárias.

Já estão con� rmados Naza-reno Feitosa, Célia Diniz (do � lme As mães de Chico Xavier, no episódio do � lho no acidente com a bicicleta), Cosme Massi e Manolo Quesada. Outros nomes ainda serão divulgados. r

Livro Espírita no Shopping

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Março de 2016PÁGINA 3

A importância da escola na comunidadeComo fica essa interação?

[email protected]

Acesse www.educacaomoral.org e clique em Clube Amigos do IBEM ou Escola do Sentimento, e veja como participar dessa campanha pela transformação das escolas, do ensino e da educação. Sua colaboração é fundamental para que a Escola do Sentimento seja uma realidade. Você pode contribuir de três maneiras:

1 – Inscrevendo-se no Clube Amigos do IBEM, colaborando men-salmente com a quantia mínima de R$ 15,00.

2 – Fazendo um depósito avulso no Bradesco, agência 0663, conta 074393-3, CNPJ 03.322.662/0001-76.

3 – Realizando sua contribuição através do sistema PagSeguro.

Campanha Escola do Sentimento

De qualquer parte do Brasil professores, diretores escolares, coorde-nadores pedagógicos, estudantes de pedagogia, pais e educadores em geral podem estudar com o IBEM. È só acessar www.educacaomoral.org, escolher entre os cursos oferecidos e fazer sua matrícula. Os cursos possuem 30 horas/aula e são realizados em 4 semanas. Ao � nal o IBEM faz a entrega do certi� cado. Matrículas abertas para as turmas do mês de Março de 2016.

Educação a Distância

Neste mês o IBEM entrega a você preciosa reflexão sobre a interação entre a

escola e a comunidade, em texto produzido pelo educador Bessa de Carvalho. Vamos ao texto:

Temos visto e ouvido muitas reclamações de violência física e moral na escola. São cenas tristes como: professores agredindo alu-nos, alunos agredindo professores, briga entre alunos dentro e fora da escola, alunos que roubam a escola e outros colegas e assim vai! Pais, professores e diretores de escolas, não sabem o que fazer para resol-ver o problema. É uma a� ição só! Mas, tem solução? Se houvesse uma receita de bolo para se cuidar da violência escolar seria bem fácil resolver. No entanto, a situação requer mais atenção e carinho por parte das pessoas envolvidas no caso.

Durante anos a fio a escola ignorou o seu papel social e limi-tou-se a ensinar de uma maneira que para uma determinada época

foi válida. Para as escolas públicas bastava se preocupar em cum-prir o currículo com os alunos; as particulares ocupavam-se do mesmo e acrescentavam tam-bém a questão comercial. Outra época! A comunicação era feita boca a boca, por rádio, televisão, jornal, revista e bilhetinho. Hoje há: crise econômica, furto de dinheiro público e impunidade como no passado, porém sabe-se de tudo em tempo real! Assim, fala-se através de aplicativos de celulares instantaneamente agen-dando encontros e articulando ações de cunho social! Na inter-net se utiliza as redes sociais para todo tipo de ação seja pessoal ou comercial. Os alunos participam de greves e manifestações públi-cas! Agendam protestos contra os governos e fazem denúncias “online” com vídeos produzidos por smartphones. Não há mais privacidade!

As pessoas modificaram o modo de pensar e agir. Existe

uma apelação muito grande da mídia comercial para incentivar o consumo desenfreado. A meta é global! São milhões e bilhões de reais, dólares e euros envolvidos

na questão. Mas, tem uma coisa que não mudou e continua o mesmo: o amor. Sim! Amar! Essa é a forma de se resolver todos os problemas que nos rodeiam. Os pais amarem mais seus filhos; os educadores amarem mais seus educandos e a escola amar mais a comunidade. Motivados pelo amor ao próximo as escolas devem abrir as suas portas às comunidades, oferecer o diálogo como ferramenta de trabalho e incentivar a participação da so-ciedade nas mesmas. Deve buscar

o contato com os pais e acolhê-los em seu seio escolar, a � m de que eles sejam multiplicadores do bem junto aos seus � lhos no pró-prio horário de estudo.

Existem escolas que passaram a se envolver com a sociedade a ponto de oferecerem o espaço físico nos � nais de semana para usufruto da comunidade local, obviamente com regras e res-ponsabilidades. É um jogo de futebol na quadra de esportes; um encontro de chá social de senhoras; jogos diversos para as crianças; espaço para se estudar e outras atividades. Outras es-colas chamaram os pais para se envolverem com o apoio escolar e atividades de recreação, possibi-litando acompanharem de perto o desenvolvimento dos seus � lhos. Professores e pais mais próximos, entre si, permitem se conhecer as di� culdades do relacionamento familiar. Assim, o envolvimento se torna uma parceria moral re-sultando no óbvio: a eliminação total da violência contra a escola, professores e alunos.

O amor parece morto, mas não está! Basta praticá-lo e tomar consciência da sua existência. Quando as escolas e seus diri-gentes conseguirem entender o mecanismo do diálogo e da ativi-dade colaborativa e participativa do “ternário” escola – educador - educando na nossa sociedade e somar o amor, aí se escreverá a receita do bolo contra todos os atos indignos sobre a escola e a comunidad e. r

“Motivados pelo amor ao próximo as escolas devem abrir as suas portas às comunidades, oferecer o diálogo como ferramenta de trabalho e incentivar a participação da sociedade nas mesmas.

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Março de 2016 PÁGINA 4

Consumo de carne na alimentação humanaTema é pouco abordado, mas orientação espírita sobre animais é clara.

Orson Peter [email protected]

Entrevistamos Edson Ramos de Siqueira, engenheiro agrônomo e professor da

Faculdade de Medicina Vete-rinária e Zootecnia da UNES-P-Botucatu (SP); autor do livro Alimentação e Evolução Espiri-tual, com a experiência pro� ssio-nal e os estudos espíritas sobre os animais, a carne na alimentação,

inclusive com palestras. Apresen-tamos um compacto da entrevista, cuja íntegra constará da revista eletrônica o consolador – www.oconsolador.com.br

(...)2 – Fale-nos do conteúdo para o

livro e as palestras. Em minha pro� ssão, a principal

experiência foi aguçar a percepção para entender que os outros ani-mais são sencientes sim, como o ser humano. Senciência é a capa-cidade de sentir prazer, dor, alegria, tristeza, etc.; e a ciência moderna comprovou que todos os animais a têm. O mais intrigante, como acha-

do cientí� co bem recente: os outros animais também têm consciência. Também aprendi na literatura espírita que o espírito origina-se simples e ignorante, encarnando-se no mais simples instrumento físico, que caracteriza os animais situados nos primeiros degraus

da escala zoológica; e o destino de todos é a angelitude. Portanto, eles são nossos irmãos menores. Ingerir seus restos mortais é um dos hábitos mais primitivos que o homem terreno ainda carrega. É uma questão cultural enraizada em nosso subconsciente, mas que de-verá ser mudada, pois em Planetas de Regeneração é algo impensável.

3 –Mas e o consumo de carne na alimentação?

Mesmo aqueles que já des-pertaram para o vegetarianis-mo, não devem criticar os que

ainda consomem carne. Somos bombardeados com informações sobre a necessidade da carne à perfeita saúde física (paradigma que pode ser mudado, pois a Ciência Médica e da Nutrição comprovaram que isso não é verdade). (...) O Espiritismo

tem um papel fundamental nesse processo educacional, já que nos ensina, claramente, a dinâmica da evolução espiritual, desde a origem até a Divindade. O as-sunto precisa ser mais abordado nas Casas Espíritas e estudado pelos irmãos de Doutrina, já que ela é clara em relação à realidade espiritual dos animais. Abolir a carne da alimentação é um ato de não violência; consequentemente, um aprimoramento moral.

4 - O que mais lhe chama a atenção?

(...) foi ter encontrado informa-ções concretas sobre os animais, oriundas dos principais autores espirituais, desde a obra de Kar-dec (O Livro dos Espíritos e A Gênese, principalmente). Cabe salientar no entanto, no caso do Codi� cador, que muitas informa-ções estão escritas de forma velada; e não poderia ser diferente, já que na época em que foi publicado o Livro dos Espíritos, a dúvida era se as mulheres teriam alma. Como quereríamos que Kardec explicitasse a questão da alma dos outros animais? Se determinadas verdades, que hoje já temos con-dição de entender, fossem escritas naquela ocasião, certamente o Espiritismo teria nascido morto. Ao consultar a Revista Espírita, de janeiro de 1866 (nove anos após o lançamento da primeira edição de O Livro dos Espíritos), encon-tramos artigo escrito por Allan Kardec, cujo título é: “As mulheres têm alma?” Portanto, tudo tem seu momento. Mas, não tenhamos dúvida: pelo menos o processo reflexivo sobre o significado da carne na alimentação, tem que ser iniciado urgentemente.

(...)

8 - Algo marcante de suas experi-ências que gostaria de relatar?

(...) foi o fato de ter frequen-tado abatedouros, onde pude sentir de perto a desumani-dade do processo de abate, o sofrimento dos nossos irmãos menores, bem como a energia extremamente pesada que circula nesses ambientes lúgubres, fruto da ação de espíritos de baixo pa-drão vibratório, em mecanismo de vampirização do fluido vital liberado pela matança em série, naquilo que André Luiz (Chico Xavier) denominou de a indús-tria da morte. Portanto, quando escrevo ou falo sobre o assunto, traduzo uma triste realidade que pude pessoalmente sentir. r

“(...) o espírito origina-se simples e ignorante, encarnando-se no mais simples instrumento físico, que caracteriza os animais situados nos primeiros degraus da escala zoológica; e o destino de todos é a angelitude. Portanto, eles são nossos irmãos menores.

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Março de 2016PÁGINA 5

Vida que não cessa!Diante da exuberância de viver, como encarar a morte?

Vladimir Polí[email protected]

“Nascer, viver, mor-rer, renascer ainda e progredir sempre,

tal é a lei”. Assim a� rmam os que conhecem a vida e sabem como ela verdadeiramente é.

Pela porta do nascimento, o lar enche-se de alegria, pois é mais uma vida que está chegando para juntar-se aos outros da casa. Quando se acres-centa, não há tristeza. A expectativa explode em risos, festas e presentes, quando o primeiro choro é ouvido. É uma presença que ainda não era contada entre os vivos da Terra.

Entretanto, quando esse portal se abre para dar passagem aos

caminhos da morte, o lar se enche de dor, de angústia, de incertezas. É a partida de um ser que estava integrado à família; é a ausência de alguém que não será mais visto entre nós, de alguém que nos ouvia, nos ensinava, participava conosco os momentos de cada dia ou co-nosco dividia alegrias e tristezas.

Mas, a� nal, o que é a morte? Seria ela o � m de uma existência ou o � m de uma pessoa? Como compreender esse doloroso instante da vida?

Será que podemos chorar os nossos mortos e dirigir a eles nossas fervorosas orações, buscando redu-zir o vazio, o precipício, o impacto

desastroso que causa a partida para o outro lado da vida de alguém que amamos? Será que nossas rogativas serão ouvidas? Será que nesse outro plano, invisível para nós, nossas preces alcançam o destino?

A vida não cessa! A morte, em-bora separe os corpos, não separa os corações nem interrompe o sen-timento, o amor, e não extingue o Espírito, que é eviterno e foi criado para a eternidade.

Loucura é pensar que a � gura sinistra da morte, além de provo-car a separação das pessoas, po-nha um ponto � nal na existência do Espírito.

Fosse assim, Jesus, o Mestre Divino, não viveria mais, como não viveriam também outros persona-gens que vez por outra conclama-mos e reverenciamos em nossas orações, pedindo proteção e ajuda para nós, para os que estão ao nosso lado e para os que se acham em estado de necessidade.

Crer que a vida cessa com a morte é não crer que Jesus seja O Caminho, A Verdade e A Vida.

Os que partiram também se alegram, nos veem, nos acompa-nham e igualmente se entristecem e sofrem quando lamentamos e não compreendemos com resignação essa prova dolorosa!

Pelo fato de não enxergarmos esse outro lado da vida, não signi-� ca que deixaram de existir. Não estão conosco � sicamente, é uma verdade, mas continuam “vivos” nessa outra margem. Como disse o Mestre, “Deus é dos vivos e não dos mortos; não há deus dos mortos”.

Ergamos nossas mãos ao Céu em oração e deixemos nos envol-ver nesse sentimento de amor pro-fundo, cujos laços não se perdem no in� nito.

Orar é banhar-se de luz; orar é inundar-se de forças poderosas do mundo invisível para atuar com segurança no mundo de formas visíveis, que é o nosso, guardando no coração a certeza da vida eterna.

“A imortalidade é a luz da vida, como este refulgente Sol é a luz da natureza”. Creia em Deus! Creia em Jesus! Creia na Vida Eterna! r

EAC 2015Receita

Inscrições / doações / promoções: R$ 54.062,66Despesas

Alimentação / Som / Viagens / Mobiliário: R$ 54.035,68

Tribuna do Espiritismo 2015Receita

Patrocínios / parcerias / doações: R$ 52.957,32Despesas

Impressão / expedição: R$ 55.981,29

Prestação de contas: 2015

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Março de 2016 PÁGINA 6

Num momento em que a vida humana é desprezada em razão de interesses materialistas, de desequilíbrios emocionais e de ofensas às leis naturais, a AJE-Brasil (Associação Jurídico-Espírita do Brasil) conclama a sociedade a valorizar a vida em todas as suas dimensões, desde o nascituro ao idoso, reconhecendo que sua beleza está na pluralidade de suas manifestações.O respeito ao próximo requer amor à própria vida. Invista neste propósito.

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Março de 2016PÁGINA 7

Ah esse Amor!Por que ainda permanecemos no casulo da indiferença?

Guaraci de Lima [email protected]

Guarnecido por véus trans-lúcidos a essência do amor encontra-se nal-

gum ponto no âmago do Criador e da criatura. Que caminho difícil é o de trilhar ao seu encontro. E o vemos nalgum vestígio do hoje, do agora, nalguma lembrança guardada nos escaninhos da me-mória que, de quando em quando ressurge, querendo ser de novo. Vezes há que nos imaginamos como buscadores da joia preciosa que nos libertará definitivamen-te. E, feito um herói mitológico, vamos nós, vencendo as escalas, eras, labirintos; medusas: a gór-gona com cabelos de serpente. E encontramos Tristão e Isolda bebendo a poção mágica do amor. Tristão, mortalmente ferido por uma flecha, exclama, “se amar é ter que morrer, eu morro feliz pelo amor que sinto”! Isolda, pro-metida a outro, ao vê-lo morto, também morre de tristeza por ter perdido seu amor.

Em tempos transatos a mi-tologia era de domínio popular funcionando como ante câmera dos esboços sobre a moral, ética, estética, belo e bom; mais tarde desenvolvidas pelos filósofos a

partir dos gregos, notáveis em seus estudos e coragem de expor o real num ambiente farto de fantasias, próprias de mentes infantis. A mola mestra era sempre o amor que se contrapunha veementemente ao mal que surgia aqui e ali, quase vencendo, mas sempre derrotado.

Então, o amor é a vocação da alma. O ponto de partida e che-gada, o alfa e o ômega. Impossível viver sem ele que se guarda nas mil pétalas do centro de forças corolário.

E o que dizer dos poetas, ro-manceiros, tagareleiros... Canta-ram e cantam o amor no festival do bem instituído pelo belo do qual é oriundo e se mostra às almas benditas que o busca no santuário das almas: a sua e a da Criação. Há a melodia divina cantando perenemente o amor. Contudo um staccato surge en-tre ela e a melodia cantada pelos homens. Daí a permanência das incertezas, inseguranças, medos e conjugações funestas do verbo não amar, não perdoar, não pros-seguir feito um herói de si em busca do futuro, lá no in� nito, junto a Deus, vivendo a mais pura intimidade do amor!

“Eis que vos conclamo a ama-rem-se como irmãos, como eu vos tenho amado, pois que meus discípulos serão reconhecidos pelo muito que se amarem”, exortou Jesus! Ah é tão bom relembrarmos o Mestre do Amor que, pelo amor,

desceu dos planos crísticos e veio até nós, e nós, por que insistimos em permanecer no casulo da indi-ferença, enquanto lá fora, nos sóis in� nitos, vivem comunidades livres pelo amor? Ah esse amor! Como anseio por ele! r

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Março de 2016 PÁGINA 8

Africanismo e EspiritismoImportante conhecer para saber distinguir.

José Carlos da Costa [email protected]

Quando Allan Kardec diz que o Espiritismo está presente em todas as épocas refere-se

também ao mediunismo, encontrado nas práticas mágicas e religiosas de diversas culturas, como o demonstrou Ernesto Bozzano, em “Popoli Primi-tivi e Manifestazioni Supranormali”, ao tratar das formas pré-históricas do fenômeno mediúnico como raízes religiosas, com base nas pesquisas do antropólogo André Lang e nas do etnólogo Max Fredon Long, em “� e Making of Religion”1, mas não ao Espiritismo propriamente dito ou Doutrina Espírita, cujo marco inicial é “O Livro dos Espíritos” e as quatros obras posteriores, que lhe desenvol-vem os princípios.

Nina Rodrigues – que foi pro-fessor de Medicina Legal na Bahia - é considerado o pioneiro dentre os que trataram da in� uência do negro na cultura brasileira e o Prof. Arthur Ramos, em “O Negro Bra-sileiro”, a maior autoridade. Depois, Luiz Viana Filho, com “O Negro na Bahia” e o historiador Vicente Tapajós. Na bibliogra� a espírita, Deolindo Amorim, com “O Espi-ritismo e as Doutrinas Espiritua-listas”, “Africanismo e Espiritismo” e “Umbanda em Julgamento”, de Alfredo d’Alcântara

Gilberto Freire, em “Casa Grande e Senzala”, diz que a miscegenação, largamente praticada no Brasil, corrigiu a enorme distância entre

a casa-grande e a mata tropical, diminuindo a aristocratização e fa-cilitando a democratização social do Brasil. Entendemos que desse lento processo resultou o aparecimento de um tipo genuíno de brasileiro, “... cuja alma é a � or amorosa de três raças tristes, na expressão harmoniosa de um de seus poetas mais eminentes.”2

Quando D. João VI intensi� cou a imigração, iniciando-se o proces-so de “abranqueamento”, o Brasil era um país de mulatos e morenos, como o foram José do Patrocínio, Luiz Gama, João Caetano, Ma-chado de Assis, respectivamente, jornalistas, teatrólogo, escritor.

Quando o Dr. Joaquim Carlos Travassos – médico, publicista,

– traduziu, em 1875, do francês para o português, as três primei-ras obras de Allan Kardec, já de algum tempo o Africanismo vinha se amoldando à cultura brasileira e com isso perdera em parte seus traços primitivos, formando no país, como diz Arthur Ramos1 uma cultura de fusão, resultando num sincretis-mo religioso. Nestas condições, o Africanismo tentou absorver o Espiritismo pelo fenômeno mediúnico, porém não há relação entre a prática espírita e as ceri-mônias daquele culto africano e suas variáveis, como a Umbanda.

Uma das características do Espiritismo é a ausência de ritual, talismãs, exorcismo, palavras sa-cramentais, sacerdócio, imagens. Seu lema é trabalho, solidariedade e tolerância. r

1. PIRES, J.Herculano. O Espírito e o Tempo. 2. XAVIER, Francisco Cândido. Brasil Cora-ção do Mundo Pátria do Evangelho. Pelo Espírito Humberto de Campos.

Americana e Limeira em ciclo de palestras

Em Limeira – no Teatro Nair Belo – Mês Espírita

Nos sábados de março (5, 12, 19 e 26), às 20h. Palestrantes: An-dré Rosa, Roosevelt Tiago, Orson Carrara e André Peixinho. – Local: Rua João Kuhl Filho, s/nr. – Parque da cidade. Informações: 19 3441 1314 ou www.uselimeira.org.br e [email protected].

Em Americana – no Paz e Amor – 72 anos da instituição

Nas terças-feiras de março (1, 8, 15, 22, e 29), às 19h45. Palestrantes: Orson Carrara, André Rosa, Cláudia Gerlernter, Tiago Essado e Ismael Batista. Local: Rua Luiz Delbem, 30. Informações: (19) 3462 3505 ou www.centropazeamor.com.br e [email protected].

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Março de 2016PÁGINA 9

Pureza doutrináriaAté onde a conhecemos?

Marildo Campos [email protected]

Infelizmente temos encontrado não raramente no meio espírita, ou pelo menos quem se digne

e preze como um atento obser-vador e estudioso do espiritismo, de companheiros que militam em suas instituições na condição de dirigentes, médiuns, voluntários e frequentadores, estarem assumindo uma postura inadequada quanto aos postulados de Allan Kardec.

Recordando o Mestre Maior quando nos asseverou que não veio ao mundo para destruir a lei de Deus mas dar-lhe o cumprimen-to e o verdadeiro sentido destas mesmas leis, o espiritismo, a seu turno, apropriando-se destes ensi-namentos cristãos, procurou meto-dicamente desenvolver, explicar e completar racionalmente o que não era possível aos homens daquela época compreender e assimilar de-vido ao seu grau de adiantamento moral e intelectual. Já o mesmo não poderia estar ocorrendo nem tão pouco ser admitido com relação a classe espírita contemporânea, que estando em posse deste maior le-gado deixado por Allan Kardec há mais de 150 anos de suas luminares obras, preferem acomodar-se ao “dolce far niente” descompromis-sando-se de suas responsabilidades que a doutrina tão sobejamente oferece-nos como sendo aquela recomendada na introdução de O Livro dos Espíritos de maneira im-periosa “[...] Sede mais laboriosos e perseverantes em vossos estudos, sem isso os Espíritos superiores vos abandonam, como faz um professor com os alunos negligentes [...]”.

Entretanto sem a pretensão de impormos proselitismo ou fazer da

exceção uma regra, é lamentável ainda depararmo-nos com alguns métodos e práticas religiosas, cienti� cas e � losó� cas de alguns centros espíritas, totalmente in-conciliáveis e desconectadas com o que estudamos, praticando o espiritismo a “moda da casa” ou “a moda antiga”.

Convivendo com esta realidade deturpada e mul-tifária, e sob pena de com-prometer principalmente seus pro� tentes a um sin-cretismo, faz-se urgente e imprescindível, alertar aqueles que estão investidos do compromisso de instru-ção e divulgação em que laboram, conscientiza-los sobre a verdadeira essência e objetivo do espiritismo, da qual, Jesus Cristo anunciou como sendo o consolador prometido através do Es-pírito da Verdade.

Respeitando em cada criatura humana a sua li-berdade de pensamento e determinação estabelecido nas leis morais, é sabido que toda crença quando sincera e que conduz ao bem, é nobre e louvável, desde que cada um de nós, acautele-se e espose os princípios professa-dos com � delidade, como também, da invasão em massa que vem ocorrendo de obras antidoutrinárias, que permeiam sem ne-nhum controle e critério de avaliação entre editoras e leitores.

Portanto é nosso dever e obri-gação, sem que isto constitua quaisquer prejuízo ou constran-gimento, esclarecer em bases fra-terna, aqueles que compartilham conosco o mesmo ideal. Como o próprio apóstolo Paulo de Tarso em sua primeira epístola aos Co-ríntios do Novo Testamento 10:23

a� rmava: “Tudo é permitido, po-rém nem tudo é proveitoso. Todas as coisas são lícita, contudo nem todas são edi� cantes”.

E de par com a proposição pau-lina, encontraremos no livro Estude e Viva pela psicogra� a de Francis-co Cândido Xavier e Waldo Vieira através dos espíritos Emmanuel e André Luiz a seguinte exortação: “[...] Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”. r

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Março de 2016 PÁGINA 10

O passe espíritaSem contraindicação, é dispensável quando se está com boa saúde física e psíquica.

Cláudio [email protected]

É sempre crescente o número de pessoas que procuram a casa espírita para receber o

passe, principalmente na medida em que o seu emprego é mais e mais divulgado como um recurso sério, e� caz, totalmente gratuito e aplicado com amor fraterno dentro do centro espírita. Em síntese, o passe é a transmissão de energias fluídicas vitais do médium em conjunto com recur-sos espirituais, canalizados para o receptor necessitado.

A grande maioria dos fre-quentadores das câmaras de passe recebe, digamos, uma “energia padrão” que serve para alívio dos que buscam recompor as forças depauperadas em função do cansaço físico e mental e para outras ocorrências de desconforto menos signi� cantes. São energias calmantes, tranquilizadoras, re-guladoras do metabolismo físico, com abrangência significativa sobre o espírito.

Já aqueles que passam por trata-mento, ou os casos mais complexos a critério dos espíritos, recolherão � uidos mais especí� cos e individu-alizados, de acordo com as necessi-dades de cada caso, sob supervisão da equipe espiritual dos trabalhos na casa espírita.

Contudo, tanto numa quanto noutra situação, cabe aos espí-ritos a decisão de qualificar e quanti� car os � uidos que cada um necessite, conforme as suas observações, assim como cabe ao médico a prescrição e ao enfer-meiro a administração.

Não pretendo dizer que a parti-cipação do passista é a de simples coadjuvante, mas que o empenho espiritual é decisivo nessa prática, o que me leva a repetir com o professor Herculano Pires: “Todo o poder e toda a e� cácia do passe espírita dependem do espírito e não da matéria, da assistência es-piritual do médium passista e não dele mesmo”1.

“O passe espírita é prece, con-centração e doação”1, diz ainda Herculano Pires. Sendo assim cabe ao colaborador passista,

depois de preparar-se conve-nientemente, estender as mãos acima do paciente e manter a mente serena, num estado na-tural e permanente de prece. No

momento da aplicação do passe, quanto menos agitar a mente com formulações ideoplásticas melhor para a emissão e/ou re-passe de fluidos ao paciente. E, se o passista, por alguma razão, não conseguir concentrar-se a con-tento, que firme o pensamento na prece silenciosa e os espíritos o ajudarão. Só isso, e nada mais que isso. Sem “gesticulações” ou “desvios imaginários”, como afir-ma ainda o professor Herculano.

O mais é por conta dos tra-balhadores do outro lado que, se necessário, farão diagnóstico e imprimirão caráter especial aos � uidos que serão ministrados.

O passe espírita, cada vez mais disseminado no meio social, é fator de apoio não só a quem está fazendo tratamento médico e/ou espiritual, mas também recurso importante para recompor as energias gastas com a vida mo-vimentada e estressante dos dias modernos. Dispensável quando se está com boa saúde física e psíquica, o passe espírita deve ser entendido como um “remédio espiritual” que, se não oferece con-tra-indicação, também não deve ser usado indiscriminadamente. r

1. PIRES, J. Herculano. Obsessão, o passe, a doutrinação, Editora Paidéia.

Para quem vai iniciar ou formar um grupo novo:

“Quem tem a intenção de organizar um grupo em boas condições deve antes de tudo se a ssegurar do concurso de alguns adeptos sinceros, que levem a Doutrina a sério e cujo caráter conciliador e benevolente lhe seja conhecido. Com esse núcleo formado, que seja de três ou quatro pessoas, se estabelecerá regras precisas, seja para as admissões, seja para a direção das reuniões e para a ordem dos trabalhos, regras às quais os recém chegados terão de se conformar... A primeira condição a impor, se não se deseja ser a cada instante distraído por objeções ou questões ociosas, é pois o estudo preliminar. A segunda é uma pro� ssão de fé categórica e uma adesão formal à Doutrina de O Livro dos Espíritos e certas outras condições especiais que se julgar a propósito.” - Allan Kardec, Revista Espírita de 1861.

Atualidade de Kardec

“(...) se o passista, por alguma razão, não conseguir concentrar-se a contento, que firme o pensamento na prece silenciosa e os espíritos o ajudarão. Só isso, e nada mais que isso. Sem “gesticulações” ou “desvios imaginários”, como afirma ainda o professor Herculano.

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Março de 2016PÁGINA 11

Léon Denis, de Avaré (SP), completa 100 anosInstituição fundada em 1916 programa grande evento para comemorar centenário.

Leide Prestes VieiraAvaré

Em junho próximo a Asso-ciação Espírita Léon Denis completará seu Centenário

de fundação, com grande evento comemorativo.

Sua linda história começa em junho de 1916 (vide foto Diário Oficial da época), na zona rural da cidade de Avaré(SP) – Fazen-da “Água da Onça”, à beira do Rio Lajeado.

Seus fundadores foram a Sra. Maria Rita da Silva e seu esposo

Sr. Tobias de Souza Leme. A Sra. Maria Rita (foto), mineira, viúva, veio de São Paulo com seu filho engenheiro, contratado para efetuar as montagens da primei-

ra Usina Hidrelétrica do município. Veio a conhecer o Sr. Tobias, sitiante da região, ca-saram-se e ambos ini-ciaram os trabalhos árduos da construção do centro espírita.

Segundo a Sra. Lei-de Prestes Vieira, � lha do Sr. Jorge José e Sra Joana Pegoli José (fre-quentadores da casa espírita ainda na zona rural), a construção da Ass. Espírita Léon Denis foi realizada com muito esforço, dedi-cação e amor à causa espírita sendo execu-tados inúmeros cortes de árvores, arrastados ainda por carros de boi. Foi construído um salão com dimensões de 6 metros de largura por 15 metros de com-primento, considerado de grande porte para a época. Importante

fato foi a construção, próxima ao centro espírita, de uma casa de dois cômodos para abrigar frequentadores que vinham de locais distantes. Toda essa histó-ria foi possível resgatar graças às memórias do Sr. Jorge José, hoje já desencarnado, que contava ter

começado a frequentar essa casa espírita com 15 anos de idade.

Havia na época uma única reunião semanal – Evangelho e Passes – sendo recebidos nessa casa frequentadores de várias regiões do Estado, Rio de Janei-ro, dentre outras, acontecendo ali muitas curas. Diante disso, muitas bengalas, muletas, dentre outros eram deixados no porão da casa espírita.

Interessante citar nesta matéria que o Estatuto de junho/1916 já trazia alguns fins/objetivos que ainda hoje almejamos. Dentre eles podemos citar:

“ –1º) realizar a fraternidade espírita em toda a cidade e municí-pio; - 3º.) propagar por todos os meios lícitos e principalmente pelo exemplo, a doutrina espírita; - 4º.) desenvol-ver por meio de instrução theórica e prática, as aptidões mediúnicas dos associados, com relação à doutrina; (...) – 6º) praticar a benef icência; - 7º) iniciar e admitir relações com terceiros no intuito de dar margem à divulgação da doutrina; - 8º) criar e

manter uma pequena bibliotheca de obras espíritas ...”.(texto � el)

Por perseguição policial à dou-trina espírita, comum à época, essa casa continuou por um lon-go tempo na zona rural, sendo posteriormente transferida para a zona urbana, no endereço que atualmente realiza suas atividades – Rua Prefeito Arthur de Carva-lho, 2 204 – Vila Martins – Avaré, com reuniões públicas às 4as. (14 h) , 5as. (20 horas), 6as. (18 h.) e Domingos (19:30 horas).

Nas próximas edições mais notícias da belíssima história dessa centenária casa espírita (1916/2016). r

Maria Rita da Silva

Estatuto manuscrito de 1916

Diário O� cial da época com registro da instituição

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Caixa postal 201315997-970 - Matão-SPMarço de 2016

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Zika Vírus e o AbortoAssociação Médico-Espírita do Brasil se posiciona oficialmente.

Transcrição parcial de manifesto constante do site www.amebrasil.org.br

Os que defendem a legali-zação do aborto encon-traram na associação do

aumento da microcefalia com o surto de zika vírus uma oportuni-dade para retomar a discussão da liberação do aborto no Brasil. (...)

Os argumentos utilizados se baseiam na liberdade da mulher poder escolher o que é melhor para si, esquecendo que existe uma vida a qual se está negando o primeiro e mais fundamental dos direitos humanos, o direito à vida.(...)

Reconhecemos que a mulher que gera um feto deficiente precisa de ajuda psicológica por longo tempo; constatamos, po-rém, que, na prática, esse direito não lhe é assegurado.

O aborto provocado é um pro-cedimento traumático com reper-cussões gravíssimas para a saúde mental da mulher e que geralmente aparecem tardiamente.

O aborto produz um luto inclu-so devido à negação da ocorrência de uma morte real, mas esse aspec-to é totalmente desconsiderado.

As mulheres sofrem uma per-da e suas necessidades emocio-nais são relegadas ou escondidas. Elas não conseguem vivenciar o seu luto e lidar com a culpa. (.. .) Esse processo vai gerar profundas marcas e favorecer o surgimento da Síndrome pós-aborto (PAS). Ps iqu ia t ras e psicólogos es-pecializados em atender mulhe-res que abor-taram alertam para o aumento dos t ranstor-nos emocionais causados pelo aborto provocado. Eles afirmam que os efeitos psi-cológicos do aborto são extrema-mente variados e não são deter-minados pela educação recebida ou pelo credo religioso. Esclare-cem que a reação psicológica ao aborto espontâneo e ao aborto involuntário é diferente, está re-lacionada com as características

de cada um desses dois eventos. O aborto espontâneo é um even-to imprevisto e involuntário, en-quanto o aborto provocado inter-rompendo o desenvolvimento do embrião ou do feto e extraindo-o do útero materno contempla

a responsabili-dade conscien-te da mãe. As mulheres que se submeteram ao aborto afirmam que a culpa não é g e r a d a d e fora para den-tro, infundida nelas por outras pessoas ou pela

religião, ao contrário, ela surge e cresce em seu mundo íntimo a partir do ato abortivo. (...) O aborto não é definitivamente uma “solução fácil” como afir-mam muitos, mas um grave pro-blema, um ato agressivo que terá repercussões contínuas na vida da mulher. (...) Portanto, aborto nunca será uma solução, sempre

um lado ou ambos serão preju-dicados. Não é dando a mulher autonomia para matar seu filho dentro de seu ventre que resol-veremos os problemas sociais. Isto não passa de demagogia. É necessário investir na educação das massas para prevenção da gravidez indesejada, mas jamais matar uma criança inocente. Os fins não podem justificar os meios.

A sociedade que apela para o aborto declara-se falida em suas bases educacionais, porque dá guarida à violência no que ela tem de pior, que é a pena de morte para inoc entes. Compromete, portanto, o seu projeto mais sagrado que é o da construção da paz.

A Associação Médico-Espíri-ta do Brasil reitera seu posicio-namento contra qualquer forma de violência a uma nova vida que não põe em risco a vida materna e que surge aguardando o auxí-lio de braços fortes e sensíveis que lhe ampare em sua fragi-lidade. (...) r

“Não é dando a mulher autonomia para matar seu filho dentro de seu ventre que resolveremos os problemas sociais. Isto não passa de demagogia.