ÓrgÃo dos interesses do commercio, da lavoura e...

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Anno IV *;-. ¦-~y:JJyj-r--r>yy:yyy.yr^j--:--y---:'r-j yy'j ¦ ;,;a-v---v.v.-â -ZWmZy^y ¦¦':¦' :" '."•¦¦ .'--'A :V'v:, Ky:%y^^j!\-yS*y_,;y; ...vi;:.;.!^ Quarta-fefí^ 13 dC^tíi^ ^fe i$77 f^*5p?_ :3rv'*;A?íW".'A';. v J.yj -'"AA A A ! -A;.A-'A' ¦¦' -~J' rj j'':yyj ___L TB N. 14 CONDIÇOES DA. ASSIGNATURA. CORTE E NICTHEBOY De hoje até o fim do anno lOgOOO LO -..-.V_A-;.Z' CONDIÇÕES DA ÀSSIGNATüBA ¦ PARA AS PROVÍNCIAS : ¦ A-"- i.~ - •¦ De hoje até o fim do anno...... 14#000 Numero avulso 40 rs. Numero avulso 40 rs. ÓRGÃO DOS INTERESSES DO COMMERCIO, DA LAVOURA E DA INDUSTRIA COMPLETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS I&io de «Janeiro ESCRIPTORIO E REDACÇÃO - RÜA DO OUVIDOR N. «&# Summario ESTRADA DK FERRO DE CANTAGALLO. QtíissTÕES econômicas.—(Continuação ). CklRONICA PARLAMENTAR. corresponden cia de pariz. Noticias. Avisos. Tribunaes. Ineditoriaes. Commercio. Folhetim.—Os Noivos, por Manzoni. Gostam pouco da politica provincial, preferem a politica geral. Tempestade em copo d'agua ! Cada um tem mil negócios a proteger A', physionomia da assembléa provin- ciai fluminense se retrata no orçamento. A cauda dos additivos é sempre mon- struosa. Se os presidentes cumprissem todas às autorizações, se ia a provincia. O que não será de uma estrada con- fiada ao governo de uma provincia que tem tão boas assembléas '! Estrada dc Ferro de Cantagallo o paiz das novidades admi- argumentos extravagâncias. para defen- O Brazil é nistrativas. Procuram-se der as maiores Quando todos os governos civilisad os abrem mão de certas attribuições, faz excepção o Brazil. Está condemnada a administração de linhas férreas pelo Estado. As queixas contra o máo serviço das vias férreas do Estado, na Bélgica e Ba- viera, são conhecidas. E isso se passa em taes paizes! O máo estado das finanças daquelles paizes em certa época, foi devido a isto. Era um funecionalismo extraordinário, e um perigoso instrumento de eleições em mãos de governos pouco escrupulosos. Multiplicaram-se os trens sem razão de ser, com prejuizo da receita. Abriram-se estações nas terras de quanto figurão havia pertencente ao par- tido catholico. E sempre a renda a soffrer desfalque. Abaixaram-se tanto as tarifas , que houve reclamações geraes dos moradores das localidades ainda não servidas por linhas férreas. E isso passou-se em paizes, onde a opi- nião publica é uma realidade. Alli, em que ha representantes legiti- mamente eleitos. Alli, onde os membros de qualquer cor- poração electiva, são cidadãos com raizes e interesses nas localidades. Alli, onde a imprensa é uma força, e a responsabilidade dos funecionarios é uma realidade. Alli, onde nem os ministros, e menos os governadores sabem sejam créditos suppiementares. Todo o cidadão, que está á frente de qualquer serviço, entre nós, se julga in- fallivel. Quem disse esta verdade foi o Sr. Go- mes de Castro. O funecionario publico acredita, que seu mérito está na relação do numero de officios' que expede e das ordens que dá. As idéas do funecionario variam gundo a posição que elle oecupa. O governo deve encampar esta preza, ella prejuizo. Dava prejuizo, com administração es- crupulosa, rigjrosa e que tinha certo interresse em ser econômica Passa ao governo, que tem muitos lu- gares a dar, que pode fazer immensos favores, e a empreza entra no perioáo florescente^. E' uma revolução nos principios eco- nomicos! se- em- .nestoes ecoaoimicas MOEDA, O PAPEL-MOEDA E AS ASSOCIAÇÕES DE CREDITO A HOYER. EM GERAL, POR MARTINUS II muito o que As nossas provincias não são adminis- tradas tão bem como a Bélgica e a Ba- viera. Embora os nossos administradores , inclusive o derradeiro vereador da roça, tenham-se em conta de grandes homens, não são precisamente como os daquelles dous paizes. Os nossos deputados provinciaes pen- sam, em geral, que são descendentes de Cicero e Demosthenes.•» Faliam mais que os representantes belgas e bávaros. Faliam em tudo, horas inteiras, menos no que interessa a provincia. Ein geral elles não a conhecem. Não. Os mineiros conhecem Minas, os pernambucanos Pernambuco. Os da provincia do Rio de Janeiro, em geral, conhecem menos mal os theatros da corte, c bem a rua do Ouvidor. Ha excepç.ões, felizmente. E' verdade que mais raras são ellas hoje, do que ha 15 annos atraz. Sendo a moeda um instrumento que figura nas transacções por ãous titulos inseparáveis o de medida e o de equi- valente segue-se que, deixando de ter uma dessas qualidades, deixa de ter a a outra pois que ellas são inseparáveis. Mas não basta definir a moeda, é mister multiplicar os exemplos e argu- mentar por analogia, para provar que a moeda jamais pôde ser confundida com o papel que a representa e promette a restituição de valores, sob pena de che- gaimos a conclusões absurdas ; e ainda assim acredito que a cousa mais difficil que ha neste mundo é convencer os sec- tarios das doutrinas de Law de que o menor defeito dessas doutrinas, consi- deradas em abstracto, é serem « um sonho das mil e uma noites. » Acredito, todavia, que nenhum delles questionará que a moeda é um instru- manto que não serve unicamente para facilitar as permutas e as transacções sociaes, mas principalmente para medir, apreciar ou comparar valores ãe pro- duetos, de serviços, etc. Ora, todo instrumento deve ser efficaz^ sob pena de não preencher seus fins, O machado, por exemplo, que não fôr feito de ferro, e calçado de aço, não cor- tara madeira e não poderá ser convenien- temente substituião por outro feito de outra qualquer matéria. Deve, pois, reu- nir duas qualidades inseperaveis, a de ser fabricado de certas e determinadas substancias e a de ter um certo e deter- minado feitio. Se conservar aquellas sem este, será uma porção de ferro e aço, mas não será um machado ; se conservar este sem aquellas, será a imagem de um ma- chado '^apenas, em qualquer dos dous casos será inefficaz. - *. Admittindo que a moeda é um instru- mento, vejamos se a quantidade delle, como a do outro instrumento, que nos servio de simile, pôde sem inconveniente deixar de estar em proporção com as ne- cessidades que é destinado a satisfazer, e para .nos servirmos ainda na argumenta- ção do mesmo simile, supporemos que ha 50 trabalhad«;res de machado, a sup- prir em um estabelecimento de lavoura, que é uma sociedade em miniatura. E' evidente que se o proprietário desse esta- belecimento comprar cem machados dos cincoenta que precisa, terá cincoenta de mais, e que se não quizer soffrer o incon- veniente do empate do valor delles, tra- tara de vendel-os ou reexportal-os. Da mesma fórma supponha-se que uma so- ciedade ou nação careça de cincoenta mil contos de instrumento moeda para as suas transacções internas e que essa som- ma se eleve por qualquer circumstancia ao dobro, é claro que a sociedade expor- tara o excesso como mercadoria, visto llae ser desnecessário como instrumento A moeda é, pois, um instrumento, que permanece na circulação como tál unica- mente na proporção dos requisitos dessa circulação. Supponha-se, porém, que não havia para onde exportar o excesso : o que se seguiria era que o valor dos 100,000 con- tos ficaria reãuzião a metaáe comparaão com o valor ãe outros proãuctos. Seu valor, em outros termos, diminui- ria gradual e suecessivamente até ficar em proporção com sua utilidade ; na qualidade de instrumento, porque a me- tade que constituia o excesso, torna-se inútil como objecto de commercio, dei- xará de ser mercadoria. O effeito seria o mesmo que se os cem machados que fi- gureise amalgassem dous a dous ficando reduzidos a cincoenta, constituindo en- tão todos instrumento, deixando os ein- coenta machados disponiveis de ser mer- caãoria. O fim para que foi inventado o ma- chado foi e de cortar madeira ; o objecto principal da moeda é o de servir para meãir, apreciar e comparar valores. Ora a primeira condição de uma medida é ser invariável, e por conseguinte, desde que a medida legal de valor nas transacções fluetuar ou variar constantemente, ora subindo, ora descendo, com relação ao valor de outros produetos da industria, produzirá as mesmas perturbações nas transacções como as que resultariam de uma medida legal de metro, por exemplo, que ora se expandisse, até tornar-se vara, ora se contrahisse de modo a ficar redu- zida a covado, continuando todavia a chamar-se metro. O que diriamos de um padrão legal de medida de extensão que tivesse essa propriedade ? Seria por ventura inoffen- sivo nas transacções sociaes ? legadas (padrão legal) para lhe serem entregues em certo prazo*, e que, vencido esteT o padrão legal achava-se alterado de modo que cada vara tivesse trinta e duas pollegadas ou quarenta e oito em vez de quarenta. No primeiro caso roubava o compra- dor; no segundo era roubado; sujeito, porém, á lei commum que fixou um pa- drão de meãiãa variável não seria naquelle obrigado a restituir o roubo, e neste não tinha direito de queixar-se ou de reclamar cousa alguma. Exagero, por ventura ? A lei de impe- rio de 11 de Setembro de 1848 declarou que o padrão monetário do paiz (isto é, sua meãiãa legal ãe valor) ficaria de uma vez para sempre fixado de modo que cada oitava de ouro de 22 quilates fosse equi- valente a 4$. do pepel-moeda do Estado sendo o governo obrigado a manter esse valor, para o que ficava autorisado a fazer quaesquer operações de credito ne- cessarias. Entretanto, por oceasião e por effeito das excessivas e imprudentes emissões de papel-moeda, durante a guerra do Para- guay, houve uma tal depreciação nesse papel, isto é, houve uma alteração tal na moeda legal de valor do Império que o custo de uma oitava de ouro, que por lei nunca devia exceder de 4#, elevou-se a 8$ em papel, porque o cambio sobre Lon- dres, que é legal ao par de 27 d., baixou até 3 1/2 1! E ainda ha pouco tempo tivemos uma taxa corrente de 27 5/8 d. seguida de de- clinação até 25 1/2 d., o que eqüivale a uma alteração de cerca de 10 °/° na me- dida legal de valor, obrigando de facto o vendedor das cem peças de madapolão, que figurei, a entregar varas de 44 polle- gadas em vez de 40, ou um lavrador que houvesse vendido para entregar fem 2] ou a 3 mezes 1,000 arrobas de café de 32 lbs, FOLHETIM %} £3) Ninguém o dirá. Pois bem : todo o papel inconversivel, circulando em virtude da lei, em vez de moeda, e tendo curso forçaão, como pa- pel-moeda, que é a moeda legal do Im- perio, ou o que os inglezes chamam legal tender, produz nas transacções de cre- dito o effeito de alterar injustamente as condições dos contratos entre os mem- bros da sociedade. Figuremos que um negociante com- pravaa outro 100peças de madapolão,cada uma com vinte varas de quarenta pol- a entregar arrobas de mais de 35 lbs. 1 Não se trata aqui de deelamações ou de mysterios ou subtilezas metaphysicas , citam-se factor graves, conhecidos, pa- tentes, de perturbações na economia social tão profundas e violentas que podem acarretar e acarretarão, effectiva- mente bancarotas em massa e que uma guerra com os turbulentos visinhos do Brazil, sempre imrninente, pode fazer reproduzir ; apontam-se factos que se dão conti nuadamente e não poderão deixar de reproduzir-se emquanto prevalecer esse padrão legal de valor chamado papel moeda do Estado. E emquanto não analysamos mais de- tidamente os desastrosos effeitos de se- melhante systhema monetário e o enorme quinhão que lho cabe no atrazo do paiz, decida o leitor intelligente e conscien- cioso se ha plena garantia de proprie- dade onde taes factos se podem dar e re- petir, e se é respeitado e mantido o artigo da constituição politica do Im- perio. Voltemos, porém, á moeda. A' medida que a industria se desen- volve, aperfeiçoam-se seus instrumentos de trabalho, e assim, em vez de usar do machado exclusivamente para cortar ma- deira, inventou o homem para esse fim muitos outros instrumentos ou utenci- lios e poderá talvez um dia dispensar o machado inteiramente, sem com.tudo poder dispensar-se de eortar a madeira, único meio que tem para trabalhal-a; ou transformal-a em objectos de utili- dade. Assim, áporG-p(>rÇã° que as sociedades se desenvolvem e caminha a civilisação, descobriram' e* in ventaram os homens mil meios engenhosos para facilitar suas tro- «sas, para mobília ar ou deslocar valores ou produetos, e pai 'a liquidar suas trans- acções (quando* o .Estado embaraça por mil modos taes* meios, isto é, quando pêa a liberdade; do credito, faz muito mais mal, commette maior absurdo, que se procurasse modiüleav os novos instru- mentos inventados1 par.a cortar madeira), —m-as ainda não descobriram e nem des- cobrirão nunca, os* meio-s de preseindír de unia medida com-mum de valores para apreciar e comparas? estes valores*.. Têmr pois, a moeda duplo caracter, a dupla utilidade de ser instrumento*para medir ou apreciar e* comparar valores.. Tem, pois, a moeda* o> duplo caraater, a ãupla utilidade pela in-variábilidade re- lativa do valor intriãiseco que a dístin- guee de ser um instrumento parafacilir tar as trarasaeções, podendo nesta utfvma qualidade ser substituída ou antes Ms- pensada em muitos casos; mas não o po- dendo nunca ser naquelle. Entre os meios mais engenhosos in- ventados,. não para substituir, mas paia' dispensar a intervenção- da moeda nas-* transações, sobresahem os titulos, cha- mados bilhetes ao portador, notas ban- carias ou notas do Estado. Se, porém,, como vimos, a moeda propriamente dita não pôde conservar-se na circulação como tal, senão em proporção das neces- sidades dessa circulação, senão sob pena de baixar de. valor, ou depreciar-se com relação a outros valores, perdendo intei- ramente desde então o caracter de inva- riabilidade que deve ser o distinetivo de toda e qualquer medida, com maioria de razão suecederá a mesma cousa aos titu- los fiduciarios, que, se dispensam a moeda e não a substituem, reduzem toda- via a necessidade de uma certa porção de moeda, em sua qualidade de instru- mento de permuta. Segue-se, portanto, que quanto maior fôr a somma que para os requisitos de uma circulação existir nesta circulação em papel fidueiario, destinado a facilitar e liquidar transacções, tanto menor será a quantidade de moeda (metallica) de que ella carecerá. Como, porém, o papel de credito, qual- quer que seja a sua espécie, constitue simplesmente uma promessa de restitui- ção de um valor recebido, e represen- tara este valor se a promessa fôr reali- savel, resulta que o valor de tal papel, ou na acceitação pelo valor de que é representativo, dependerá de sua conver- sibilidaãe, isto é, da certeza do cumpri- mento dessa promessa. Dahi a formula econômica: « toão papel ãe creãito ãepre- cia-se na proporção áa ãifficülãaãe âe dir-se indefinidamente sem depreciar-se* ou quando se a depreciação que é ino- flênsiva ; 4.° Finalmente que por meio do papel fiduciario, é possivel multiplicar os ca- pitaes existentes, augmentar a riqueza publica, somente porque tal papel mo- biliza ou dpsloca esses «zapitaes, (Continua.) _> -^íXJf^'W W\.^ NOVELLA ESCRIPTA EM ITALL4.NO POR 3LI_.EXA!\2>21E MA.VZOIVX Va ' QS NOIVOS - V-.'V xv A cada passo encontrava o taverneiro pessoas sós, duas a duas, ou ranchos de «ente, que caminhavam cochichando.. A.o chegar a este ponto da suá muda locução viu vir um piquete de soldados, e afãs- tando-se para um lado, olhou para elles de revez e disse comsigo: « Alli vão os que endireitam as cousas tortas, e aquelle palerma, porque viu quatro amotinadores fazendo milha pela rua, logo suppôz que ia mudar-se o mundo, e com isto se perdeu a si mesmo, e queria perder-me a mim. Eu fazia quanto podia para o salvar, e elle tão bruto que por pouco não me alvorota a casa. Agora verá como ha de sahir do atnleiro; pelo que me respeita a mim. eu llie darei re- médio: entendias que eu queria saber teu nome por mera curiosidade. Que toe importa que te chames Thadeu.Ou Bar- tolo ! Deveras que hei de ter grande gosto em estai sempre cota a penna na mão! NSo sois vòs somente que vedes as cou- sas como eljas são, Eu também sei que ha bandos, que nada significam -.-'.. porque não se cumprem, e de cer3" não é esta uma grande noticia para que venha dar-no-la um alarve da serra. E não sabes tu, que os bandos contra os donos das hospedarias, estalagens e ta- vernas se observam com rigor porque nrsduzem dinheiro ? E queres andar pelo mundo e fallar ? Sabes tu que 0 pobre taverneiro, que pensasse como tu e não perguntasse o nome dos que o honram hospedando-se em sua casa; sabes tu, nieu bruto, o que succede»ia? « Debaixo da pena de trezentos escu- dos, diz o bando, a qualquer dos ditos estalajadeiros, taverne-ros e mais supra nomeados. Não ha mais que largar tre- zentos escudos ? E. para os empregar tão bem í * , « Dos quaes as duas terças partes se applicarão para a câmara, e o resto ao accusador, ou delator. Que bom sujeito I « E no caso de nao poder pagar, cinco annos de galés ao arbitrio de Sua Ex- cellencia Que tal é a brincadeira ! Obri- gado, Excellentissimo Senhor 1 » Ao terminar estas palavras o taver- neiro estava no liminar do tribunal justiça, onde tudo então estava em mo- vimento, bem como nas mais secretarias. Em todas as partes se trabalhava em ex- pedir as ordens, qüe se julgavam mais opportunas para o dia seguinte,- assim para tirar todo o pretexta, -aos átjlfevídõà, que desejassem novos àlfòrotòs, como para nôr a força nas mãos tios que esta- vani "i acostumados a fazer uso delia, Augmentou-se a.tropa em casa do Di- rector das ' provisões •. taparam:se as bocas das ruas com vigas e carros; or- denoü-se aos padeiros que" amassas- sem pão sem déscançar; mandaràm-se ¦¦'¦ :." de sua conversão em espécie, isto é, em valor real equivalente.» Em vista disto é claro que os vicios ra- dicaes das theorias de Law consistem nas seguintes supposições fundamental- mente errôneas : l.o Que a moeda pôde ser um mero signal e prescindir de ser medida de valor; 2.» Que pelo facto de fazer o papel fidu- ciario dispensar em muitos casos o uso da moeda metallica, torna-se esta intei- ramente inútil ou dispensável na econo- mia social; 3.° Que uma eirculação fiduciaria, fa- zendo as vezes de moeda, pôde expan- próprios âs povoações immediatas com ordem de remetterem trigo para a ci- dade: e para cada forno se destinaram deputados nobres, que ao amanhecer se apresentassm ahi, para cuidarem na repartição do pão e conter os amotinados com a sua autoridade e boas palavras; porém, para dar, como se costuma dizer, uma no cravo e outra na ferradura, e fazer mais efficaz a brandura juntando- lhe um pouco de temor, tratou-se também de agarrar alguns dos tumultuosos, e esta era principalmente a attribuição do chefe j-da justiça, cuja disposição acerca das assoadas e dos sedieiosos, é fácil inferir qual seria. Os seus podengos esíavam em cam- po desde o principio do tumulto, é aquelle celebre Ambrózio Tusella era, como o disse o taverneiro, um esbirro disfarçado,, que corria as ruas, incumbido de apanhar algum em flagrante, seguil-o, apontar o seu nome, e deitar-lhe a unha á noite, quando tudo estivesse socegado, ou na manhã seguinte. Tendo ouvido quatro palavras do sermão de Lourenço, mar_ cou-oimmediatamente,parecendo-lheque este individuo èra o mais a propósito Sara o seu intento. Conhecendo além isto que era forasteiro, julgou dar üm golpe de mestre conduzindo-o. ainda quente á cadèa, como a hospedaria mais segura da cidade ; porém a este respeito lhe sahio por então mal o intento, como temos visto;, cOmtudro, pôde levar vãos seus superiores; o. nome, o appellido e pátria, .còm outros muitos signaes de conjectura; de fórma que indo o taver- neiro dar conta què sabiá de Lâurençóí' alli èètavam..mais bem informados qué elle 'Entrou, pois, na secretaria do cos- í~--'j'-,:..í tume, e fez a sua participação, dizendo que se tinha hospedado aquella noite na sua casa um forasteiro, que jamais quiz declarar o seu nome. ²Cumpristes eom a vossa obrigação, vindo dár nos essa parte, respondeu um escrivão, largando a penna, mas o sabemos. ²Grande mysterio! disse comsigo o taverneiro. De certo é uma grande habi- lidade 1 ²sabemos também esse nome tao mysterioso, continuou o escrivão; —Que demônios! disse comsigo o taver- neiro. Isso é mais alguma cousa t cheira a feitiçaria. * —Porém vós, replicou o outro com seriedade, nãe dizeis tudo francamente. ²Que mais tenho eu que dizer ? ~ Bom, bom! Sabemos muito bem que esse forasteiro levou á vossa taverna uma grand-¦ quantidade de pão roubado, ou adquirido na assoada. ²Chega um homem eom um pão na algibeira, e hei de eu saber onde o foi buscar ? Porque fallando como se esti- vesse na hora da min^a morte, posso jurar.que nao lhe vi senão um so pão. —-Bom é desculpar, o defender sem- pre os velhacos. Segundo vocês, todos são homens de bem. Como podeis pro- var qne: o tal pão erá bem adquirido ? —. Qüe hei de:eü próyar ? Nisso nao me mettó. O meu officio é de taverneiro. Comtudo nao podeis negar, qüe esse vosso frègüèz teve. a insolencia de profe- rir palavras injuriosas contra òs bandos; e conimetter. actos indècentés.contra^às armas dp S. Ex. A ~ Dieá V. S., pelo amor de Deõs, como pode ser meu fregnez um. homem' Chroaica parlamentar SENADO No principio- da sessão o- Sr. Corrêa- fundamentou tsm requerimento, pedindo informações ao governo, por intermédio- do ministerio d& justiça, sobre a repre^ sentação dajunfei de corretores em rela^ i ção ás disposições do decreto de 4 d&* ! Março de 1876. Seguiu-se o Sr.. Zacarias com outro i.e— ! quertmento, pedindo cópias dosavisos de- âSde Novembro de 1876 e de 4 de Maio» de 1871, relativos aos exames de médicos-, graduados em universidades estrangei^- ras-,. feitos na faculdade de medicinada- Bahia*. Este requerimento ficou adiado- por ter pedido a palavra o Sr. Oètaviano;- Entrando em discussão o projecto— sobre a ©reação de um banco-de credito** territorial, o Sr. Junqueira declara que-" se inscreveu para fâlilar por não haver* ; orador inscripti» e lhe-parecer o assump-- to importante, sobre o-*qual a opinião pu- blica; se- tem manifestado de-um modo muito- aGcentuado. Não- haivendo orçamentos nem-* outras*- matérias para ordem do- dia, e sendo esta. de interesse geral, podia cada u_a>expen- der suas- idéas a respeito, sem a-acrimo- nia das paixões partidárias. S-Ex. en- tende que- o Sr. de S Vicente com este projecto. mostrou que ainda estuda, que -ainda quer prestar serviços ao paiz. Entende* o orador que>* não deve haver centralização nesta quesíao, que se deve crear caiixas filiaes e dividir em circum- scripçoes territoriaes paaraque o benefi- cio chegue a todos; porqjie o Brazil não está no mesmo caso da França, onde ha facilidade de communicações. S. Ex. dis- | corre sobre o estado da lavoura, sobre os juros que paga dos dinheiros de empres- timo. Responde ao que disse o Sr. Sil- . veira da Motta e diz que não se deve ajudar ao commercio, que é apenas um. intermediário, mas á lavoura e aândus- tria* fabril que se vai desenvolvendo no- paiz. Entende que é necessário-um, estabe- lecimento de credito territorial em larga escala e bem dotado, para que a lavoura possa obter dinheiro por juro módico. Cita a França e a Allemanha em re- lação ao assumpto. Narra o que oceorreu na reunião do banco da Bahia e pede á- commissão que organize e memore o projecto quanto a circumscripções, e con- elue dizendo que espera ©Aparecer da. commissão para então dar o sou voto. O Sr. Zacarias^ começa, agradecondo- ao> Sr. Silveira da Motta pela luz que veio dar á questão. Refére-se ao que disse o Sr. de S. Vicente quando ainda era Di*. Pimenta Bueno, em. uni parecer no conselho de Estado. a lei de 1815 que deu o typo do padrão; monetário. Nessalei o corpo legislt»tivo-compromet- teu-se a ir retirando paulatinamente o papel-moeda até que este podesse valer o mesmo que o ouro. S. Ex..cita a lei de i853 e de 1806 para corroborar os seus argumentos em. relação á superabundan- cia do papel na circulação_. o que se escreveu na Inglaterra e nos Estados- Unidos, quanto ao modo- de reconhe- cer-se se ha ou nao depreciação ou su- perabundancia de papel em relação ao valor metálico. Desenvolvendo estes pontos, S. Ex. ex- piica ao Sr. Silveira da Motta, que deve> ser radiealissimo em um, assumpto dov qual depende a fortuna publica e partieu- lar, as causas das evoluções do cambio e e suas evoluções desde o empréstimo de-* 1875. Combate o que disse o Sr. Jun- queira que se apadrinhou com o que está. escripto no relatório do actual Sr. minis- tro da fazenda. Que não se pôde querer o cambio fixo, mas é conveniente ter uma- certa fixidez. S. Ex. falia das agencias de bancos estrangeiros que estão aqui íünccionando sem autorização do governo, chamandGv- para isso a attenção. do Sr. ministro- Trata dos dilemmas do autor do projecto e diz que nao quer fabricação de papel,, quer antes um orçamento modelo Que a opposição não pôde ir adiante do go- verno offerecendo projectos por que então- iria governar. Pede a seus amigos se têm algum que o guardem, mesmo com, ÍIMvA A: *A.-A-;-.-: •*'¦-,. ¦¦.-¦¦- ¦ ¦ ¦¦¦--.'-.- -. ¦-•.¦A*í._A) a quem vejo pela primeira vez ? O diabo, perdoe V. S., foi que o levou á minha casa. Se o conhecera, teria precisão de perguntar-lhe o seu nome ? ²Porém na vossa casa e na vossa própria presença se disseram cousas nórriveis, houve palavras infamantes, expressões sediciosas, murmurações, gri- tos e motins. ²Como quer V. S. que eu tome conta em quantos disparates podem dizer tantos gritadores, que faliam todos a um tempo? Eu sou um pobre, devo cuidar, nos meus interesses, e além disto, bem sabe V. S. que o cão ladrador nunca foi mordedor. ²Sim, sim, deixal-os fazer e dizer: amanhã vereis como os faaem tornar ao seu juizo. Não acreditaes qüe assim seja? Eu, senhor, nada acredito ²Que a canalha se apodere de Milão? ²Disparate! ²Brevemente vereis o queAse arma. ²entendo : el-rei será sempre rei: qüe tiver que pagar pagará. Um pai de familia não se mette em cousa alguma.. Vv. Ss- têm a força, e a Vv. Ss. compete empregál-a. ²Tendes ainda muita gente na ta- veraa? -r- Muita. ²E o tal vosso freguez contmua a ²O tal forasteiro (quererá V. S. dizer» foi se deitar.; - !— Còm qüe ha ainda muita gente ?... Cuidado que não se escape. . —Acaso sou algum esbirro? disse comsigo o. taverneiro; mas não deu res- posta alguma. A é_-. "A A* Tornai, pois, para vossa casa, e tende juizo, continuou ò escrivão^ ²Eu sempre o tenho tido. V. S. bem sabe que jamais houve queixa contra, mim. ²Muito bem!: muito bem ! Não acre- diteis que ájustiça tenha perdido a sua força. ²Eu ? pelo- amor de Deus! nada acre- dito : somente no meu officio. ²Sempre a mesma cantilena... Ten- des mais alguma cousa que dizer ? ²Que quer V. S. que eu diga mais? A verdade é sô. uma. ²Basta,: se for necessário, darefem- formações, mais circumstaaciadas á jus- tiça. ²Eu nada mais tenho que dizer. ²Cuidado ein não parmittir que se escape. ²Espero que o Sr. chefe da justiça saiba que vim immediaâam ente cumprir eom a minha obrigação. Beijo as mãos. de-V. S.. -.ijj:'' Ao raiar da aurora Jiaviá sete horas> que Lourenço roncava, e ainda estava no- melhor do séu somno, quando o acorda- ram dous fortes empuxões nos braços, ©. uma voz, qüe dos ipês da cama lhe gritava:. Lourenço Tramatlino. Moveu-se, sacu- diu os braços, abriu eom trabalho os olhos e viu aos pés cama um homem vestido de preto, é outros dous arma- dos, cada um"a seu lado da cabeceira. O pobre, todo sobresaltado, ainda nao bem. aceordàdò, è sentindo o effeito*do vinho> flopu como encantada-, e julgando que sor nhava; mas .como este sonho The não "dava gosto, agitava-ae como; pára acabat de acordar. (G&ntinúa ) -¦_£ •-...V...V rj-J'.¦Tj-~ír-.¦¦-•.,••.:.'...;-,''¦- ¦ •V--V A;r. <j-'yZ ¦jj,-:. :.¦_¦:-"¦• .;-¦:.-. -AA- "'.,'-, Z:.'

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CONDIÇOES DA. ASSIGNATURA.CORTE E NICTHEBOY

De hoje até o fim do anno lOgOOO LO -..-.V_A tí -;.Z'

CONDIÇÕES DA ÀSSIGNATüBA¦ PARA AS PROVÍNCIAS

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De hoje até o fim do anno...... 14#000

Numero avulso 40 rs. Numero avulso 40 rs.

ÓRGÃO DOS INTERESSES DO COMMERCIO, DA LAVOURA E DA INDUSTRIA

COMPLETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS I&io de «Janeiro ESCRIPTORIO E REDACÇÃO - RÜA DO OUVIDOR N. «&#

SummarioESTRADA DK FERRO DE CANTAGALLO.

QtíissTÕES econômicas.—(Continuação ).CklRONICA PARLAMENTAR.corresponden cia de pariz.Noticias.Avisos.Tribunaes.Ineditoriaes.Commercio.Folhetim.—Os Noivos, por Manzoni.

Gostam pouco da politica provincial,preferem a politica geral.

Tempestade em copo d'agua !Cada um tem mil negócios a protegerA', physionomia da assembléa provin-

ciai fluminense se retrata no orçamento.A cauda dos additivos é sempre mon-

struosa.Se os presidentes cumprissem todas às

autorizações, lá se ia a provincia.O que não será de uma estrada con-

fiada ao governo de uma provincia quetem tão boas assembléas '!

Estrada dc Ferro de Cantagallo

o paiz das novidades admi-

argumentosextravagâncias.

para defen-

O Brazil énistrativas.

Procuram-seder as maiores

Quando todos os governos civilisad osabrem mão de certas attribuições, só fazexcepção o Brazil.

Está condemnada a administração delinhas férreas pelo Estado.

As queixas contra o máo serviço dasvias férreas do Estado, na Bélgica e Ba-viera, são conhecidas.

E isso se passa em taes paizes!O máo estado das finanças daquelles

paizes em certa época, foi devido a isto.Era um funecionalismo extraordinário,

e um perigoso instrumento de eleiçõesem mãos de governos pouco escrupulosos.

Multiplicaram-se os trens sem razãode ser, com prejuizo da receita.

Abriram-se estações nas terras de

quanto figurão havia pertencente ao par-tido catholico.

E sempre a renda a soffrer desfalque.Abaixaram-se tanto as tarifas , que

houve reclamações geraes dos moradoresdas localidades ainda não servidas porlinhas férreas.

E isso passou-se em paizes, onde a opi-nião publica é uma realidade.

Alli, em que ha representantes legiti-mamente eleitos.

Alli, onde os membros de qualquer cor-

poração electiva, são cidadãos com raizese interesses nas localidades.

Alli, onde a imprensa é uma força, ea responsabilidade dos funecionarios é

uma realidade.Alli, onde nem os ministros, e

menos os governadores sabemsejam créditos suppiementares.

Todo o cidadão, que está á frente de

qualquer serviço, entre nós, se julga in-fallivel.

Quem disse esta verdade foi o Sr. Go-mes de Castro.

O funecionario publico acredita, queseu mérito está na relação do numerode officios' que expede e das ordens

que dá.As idéas do funecionario variam

gundo a posição que elle oecupa.O governo deve encampar esta

preza, ella dá prejuizo.Dava prejuizo, com administração es-

crupulosa, rigjrosa e que tinha certointerresse em ser econômica

Passa ao governo, que tem muitos lu-

gares a dar, que pode fazer immensosfavores, e a empreza entra no perioáoflorescente^.

E' uma revolução nos principios eco-nomicos!

se-

em-

.nestoes ecoaoimicas

MOEDA, O PAPEL-MOEDA E AS ASSOCIAÇÕESDE CREDITO

A HOYER.EM GERAL, POR MARTINUS

II

muitoo que

As nossas provincias não são adminis-

tradas tão bem como a Bélgica e a Ba-viera.

Embora os nossos administradores ,inclusive o derradeiro vereador da roça,tenham-se em conta de grandes homens,não são precisamente como os daquellesdous paizes.

Os nossos deputados provinciaes pen-sam, em geral, que são descendentes de

Cicero e Demosthenes. •»Faliam mais que os representantes

belgas e bávaros.Faliam em tudo, horas inteiras, menos

no que interessa a provincia.Ein geral elles não a conhecem.Não. Os mineiros conhecem Minas, os

pernambucanos Pernambuco.Os da provincia do Rio de Janeiro, em

geral, conhecem menos mal os theatrosda corte, c bem a rua do Ouvidor.

Ha excepç.ões, felizmente.E' verdade que mais raras são ellas

hoje, do que ha 15 annos atraz.

Sendo a moeda um instrumento quefigura nas transacções por ãous titulosinseparáveis — o de medida e o de equi-valente — segue-se que, deixando de teruma dessas qualidades, deixa de ter aa outra pois que ellas são inseparáveis.

Mas não basta definir a moeda, émister multiplicar os exemplos e argu-mentar por analogia, para provar quea moeda jamais pôde ser confundidacom o papel que a representa e promettea restituição de valores, sob pena de che-gaimos a conclusões absurdas ; e aindaassim acredito que a cousa mais difficilque ha neste mundo é convencer os sec-tarios das doutrinas de Law de que omenor defeito dessas doutrinas, consi-deradas em abstracto, é serem « umsonho das mil e uma noites. »

Acredito, todavia, que nenhum dellesquestionará que a moeda é um instru-manto que não serve unicamente parafacilitar as permutas e as transacçõessociaes, mas principalmente para medir,apreciar ou comparar valores ãe pro-duetos, de serviços, etc.

Ora, todo instrumento deve ser efficaz^sob pena de não preencher seus fins,O machado, por exemplo, que não fôrfeito de ferro, e calçado de aço, não cor-tara madeira e não poderá ser convenien-temente substituião por outro feito deoutra qualquer matéria. Deve, pois, reu-nir duas qualidades inseperaveis, a deser fabricado de certas e determinadassubstancias e a de ter um certo e deter-minado feitio. Se conservar aquellas semeste, será uma porção de ferro e aço, masnão será um machado ; se conservar estesem aquellas, será a imagem de um ma-

chado '^apenas, em qualquer dos douscasos será inefficaz. - *.

Admittindo que a moeda é um instru-mento, vejamos se a quantidade delle,como a do outro instrumento, que nosservio de simile, pôde sem inconvenientedeixar de estar em proporção com as ne-cessidades que é destinado a satisfazer, epara .nos servirmos ainda na argumenta-ção do mesmo simile, supporemos queha 50 trabalhad«;res de machado, a sup-prir em um estabelecimento de lavoura,que é uma sociedade em miniatura. E'evidente que se o proprietário desse esta-belecimento comprar cem machados doscincoenta que precisa, terá cincoenta demais, e que se não quizer soffrer o incon-veniente do empate do valor delles, tra-tara de vendel-os ou reexportal-os. Damesma fórma supponha-se que uma so-ciedade ou nação careça de cincoenta milcontos de instrumento moeda para assuas transacções internas e que essa som-ma se eleve por qualquer circumstanciaao dobro, é claro que a sociedade expor-tara o excesso como mercadoria, vistollae ser desnecessário como instrumentoA moeda é, pois, um instrumento, quepermanece na circulação como tál unica-mente na proporção dos requisitos dessacirculação.

Supponha-se, porém, que não haviapara onde exportar o excesso : o que seseguiria era que o valor dos 100,000 con-tos ficaria reãuzião a metaáe comparaãocom o valor ãe outros proãuctos.

Seu valor, em outros termos, diminui-ria gradual e suecessivamente até ficarem proporção com sua utilidade ; na

qualidade de instrumento, porque a me-tade que constituia o excesso, torna-seinútil como objecto de commercio, dei-xará de ser mercadoria. O effeito seriao mesmo que se os cem machados que fi-

gureise amalgassem dous a dous ficandoreduzidos a cincoenta, constituindo en-tão todos instrumento, deixando os ein-coenta machados disponiveis de ser mer-caãoria.

O fim para que foi inventado o ma-chado foi e de cortar madeira ; o objectoprincipal da moeda é o de servir parameãir, apreciar e comparar valores. Oraa primeira condição de uma medida é serinvariável, e por conseguinte, desde quea medida legal de valor nas transacçõesfluetuar ou variar constantemente, orasubindo, ora descendo, com relação aovalor de outros produetos da industria,produzirá as mesmas perturbações nastransacções como as que resultariam deuma medida legal de metro, por exemplo,que ora se expandisse, até tornar-se vara,ora se contrahisse de modo a ficar redu-zida a covado, continuando todavia achamar-se metro.

O que diriamos de um padrão legalde medida de extensão que tivesse essapropriedade ? Seria por ventura inoffen-sivo nas transacções sociaes ?

legadas (padrão legal) para lhe serementregues em certo prazo*, e que, vencidoesteT o padrão legal achava-se alteradode modo que cada vara tivesse trinta eduas pollegadas ou quarenta e oito emvez de quarenta.

No primeiro caso roubava o compra-dor; no segundo era roubado; sujeito,porém, á lei commum que fixou um pa-drão de meãiãa variável não serianaquelle obrigado a restituir o roubo, eneste não tinha direito de queixar-se oude reclamar cousa alguma.

Exagero, por ventura ? A lei de impe-rio de 11 de Setembro de 1848 declarouque o padrão monetário do paiz (isto é,sua meãiãa legal ãe valor) ficaria de umavez para sempre fixado de modo que cadaoitava de ouro de 22 quilates fosse equi-valente a 4$. do pepel-moeda do Estadosendo o governo obrigado a manter essevalor, para o que ficava autorisado afazer quaesquer operações de credito ne-cessarias.

Entretanto, por oceasião e por effeitodas excessivas e imprudentes emissões depapel-moeda, durante a guerra do Para-guay, houve uma tal depreciação nessepapel, isto é, houve uma alteração tal namoeda legal de valor do Império que ocusto de uma oitava de ouro, que por leinunca devia exceder de 4#, elevou-se a8$ em papel, porque o cambio sobre Lon-dres, que é legal ao par de 27 d., baixouaté 3 1/2 1!

E ainda ha pouco tempo tivemos umataxa corrente de 27 5/8 d. seguida de de-clinação até 25 1/2 d., o que eqüivale auma alteração de cerca de 10 °/° na me-dida legal de valor, obrigando de facto ovendedor das cem peças de madapolão,que figurei, a entregar varas de 44 polle-gadas em vez de 40, ou um lavrador quehouvesse vendido para entregar fem 2] oua 3 mezes 1,000 arrobas de café de 32 lbs,

FOLHETIM

%} £3)

Ninguém o dirá.Pois bem : todo o papel inconversivel,

circulando em virtude da lei, em vez demoeda, e tendo curso forçaão, como pa-pel-moeda, que é a moeda legal do Im-perio, ou o que os inglezes chamam legaltender, produz nas transacções de cre-dito o effeito de alterar injustamente ascondições dos contratos entre os mem-bros da sociedade.

Figuremos que um negociante com-

pravaa outro 100peças de madapolão,cadauma com vinte varas de quarenta pol-

a entregar arrobas de mais de 35 lbs. 1Não se trata aqui de deelamações ou

de mysterios ou subtilezas metaphysicas ,citam-se factor graves, conhecidos, pa-tentes, de perturbações na economiasocial tão profundas e violentas quepodem acarretar e acarretarão, effectiva-mente bancarotas em massa e que umaguerra com os turbulentos visinhos doBrazil, sempre imrninente, pode fazerreproduzir ; apontam-se factos que se dãoconti nuadamente e não poderão deixarde reproduzir-se emquanto prevaleceresse padrão legal de valor chamado papelmoeda do Estado.

E emquanto não analysamos mais de-tidamente os desastrosos effeitos de se-melhante systhema monetário e o enormequinhão que lho cabe no atrazo do paiz,decida o leitor intelligente e conscien-cioso se ha plena garantia de proprie-dade onde taes factos se podem dar e re-petir, e se é respeitado e mantido oartigo da constituição politica do Im-perio.

Voltemos, porém, á moeda.A' medida que a industria se desen-

volve, aperfeiçoam-se seus instrumentosde trabalho, e assim, em vez de usar domachado exclusivamente para cortar ma-deira, inventou o homem para esse fimmuitos outros instrumentos ou utenci-lios e poderá talvez um dia dispensar omachado inteiramente, sem com.tudopoder dispensar-se de eortar a madeira,único meio que tem para trabalhal-a;ou transformal-a em objectos de utili-dade.

Assim, áporG-p(>rÇã° que as sociedadesse desenvolvem e caminha a civilisação,descobriram' e* in ventaram os homens milmeios engenhosos para facilitar suas tro-«sas, para mobília ar ou deslocar valoresou produetos, e pai 'a liquidar suas trans-acções (quando* o .Estado embaraça pormil modos taes* meios, isto é, quandopêa a liberdade; do credito, faz muitomais mal, commette maior absurdo, quese procurasse modiüleav os novos instru-mentos inventados1 par.a cortar madeira),—m-as ainda não descobriram e nem des-cobrirão nunca, os* meio-s de preseindírde unia medida com-mum de valores paraapreciar e comparas? estes valores*..

Têmr pois, a moeda duplo caracter, adupla utilidade de ser instrumento*paramedir ou apreciar e* comparar valores..Tem, pois, a moeda* o> duplo caraater, aãupla utilidade pela in-variábilidade re-lativa do valor intriãiseco que a dístin-guee de ser um instrumento parafacilirtar as trarasaeções, podendo nesta utfvmaqualidade ser substituída ou antes Ms-pensada em muitos casos; mas não o po-dendo nunca ser naquelle.

Entre os meios mais engenhosos in-ventados,. não para substituir, mas paia'dispensar a intervenção- da moeda nas-*transações, sobresahem os titulos, cha-mados bilhetes ao portador, notas ban-carias ou notas do Estado. Se, porém,,como já vimos, a moeda propriamentedita não pôde conservar-se na circulaçãocomo tal, senão em proporção das neces-sidades dessa circulação, senão sob penade baixar de. valor, ou depreciar-se comrelação a outros valores, perdendo intei-ramente desde então o caracter de inva-riabilidade que deve ser o distinetivo detoda e qualquer medida, com maioria derazão suecederá a mesma cousa aos titu-los fiduciarios, que, se dispensam amoeda e não a substituem, reduzem toda-via a necessidade de uma certa porçãode moeda, em sua qualidade de instru-mento de permuta.

Segue-se, portanto, que quanto maiorfôr a somma que para os requisitos deuma circulação existir nesta circulaçãoem papel fidueiario, destinado a facilitare liquidar transacções, tanto menor seráa quantidade de moeda (metallica) deque ella carecerá.

Como, porém, o papel de credito, qual-quer que seja a sua espécie, constituesimplesmente uma promessa de restitui-ção de um valor recebido, e só represen-tara este valor se a promessa fôr reali-savel, resulta que o valor de tal papel,ou na acceitação pelo valor de que érepresentativo, dependerá de sua conver-sibilidaãe, isto é, da certeza do cumpri-mento dessa promessa. Dahi a formulaeconômica: « toão papel ãe creãito ãepre-cia-se na proporção áa ãifficülãaãe âe

dir-se indefinidamente sem depreciar-se*ou quando se dê a depreciação que é ino-flênsiva ;

4.° Finalmente que por meio do papelfiduciario, é possivel multiplicar os ca-pitaes existentes, augmentar a riquezapublica, somente porque tal papel mo-biliza ou dpsloca esses «zapitaes,

(Continua.)

_> -^íXJf^'W W\.^NOVELLA

ESCRIPTA EM ITALL4.NO POR

3LI_.EXA!\2>21E MA.VZOIVX

Va '

QS NOIVOS - V-.'Vxv

A cada passo encontrava o taverneiropessoas sós, duas a duas, ou ranchos de«ente, que caminhavam cochichando.. A.ochegar a este ponto da suá muda locuçãoviu vir um piquete de soldados, e afãs-tando-se para um lado, olhou para ellesde revez e disse comsigo: « Alli vãoos que endireitam as cousas tortas, eaquelle palerma, porque viu quatroamotinadores fazendo milha pela rua,logo suppôz que ia mudar-se o mundo, ecom isto se perdeu a si mesmo, e queriaperder-me a mim. Eu fazia quanto podiapara o salvar, e elle tão bruto que porpouco não me alvorota a casa. Agoraverá como ha de sahir do atnleiro; peloque me respeita a mim. eu llie darei re-médio: entendias que eu queria saberteu nome por mera curiosidade. Que toeimporta que te chames Thadeu.Ou Bar-tolo ! Deveras que hei de ter grande gostoem estai sempre cota a penna na mão!NSo sois vòs somente que vedes as cou-sas como eljas são, Eu também seique ha bandos, que nada significam

-.-'..

porque não se cumprem, e de cer3"não é esta uma grande noticia paraque venha dar-no-la um alarve da serra.E não sabes tu, que os bandos contra osdonos das hospedarias, estalagens e ta-vernas se observam com rigor porquenrsduzem dinheiro ? E queres andar pelomundo e fallar ? Sabes tu que 0 pobretaverneiro, que pensasse como tu e nãoperguntasse o nome dos que o honramhospedando-se em sua casa; sabes tu,nieu bruto, o que succede»ia?

« Debaixo da pena de trezentos escu-dos, diz o bando, a qualquer dos ditosestalajadeiros, taverne-ros e mais supranomeados. Não ha mais que largar tre-zentos escudos ? E. para os empregartão bem í * ,« Dos quaes as duas terças partes seapplicarão para a câmara, e o resto aoaccusador, ou delator. Que bom sujeito I

« E no caso de nao poder pagar, cincoannos de galés ao arbitrio de Sua Ex-cellencia Que tal é a brincadeira ! Obri-gado, Excellentissimo Senhor 1 »

Ao terminar estas palavras já o taver-neiro estava no liminar do tribunal dàjustiça, onde tudo então estava em mo-vimento, bem como nas mais secretarias.Em todas as partes se trabalhava em ex-pedir as ordens, qüe se julgavam maisopportunas para o dia seguinte,- assimpara tirar todo o pretexta, -aos átjlfevídõà,que desejassem novos àlfòrotòs, comopara nôr a força nas mãos tios que esta-vani "i acostumados a fazer uso delia,Augmentou-se a.tropa em casa do Di-rector das ' provisões •. taparam:se asbocas das ruas com vigas e carros; or-denoü-se aos padeiros que" amassas-sem pão sem déscançar; mandaràm-se

¦¦'¦ :."

de sua conversão em espécie, isto é, emvalor real equivalente.»

Em vista disto é claro que os vicios ra-dicaes das theorias de Law consistemnas seguintes supposições fundamental-mente errôneas :

l.o Que a moeda pôde ser um merosignal e prescindir de ser medida devalor;

2.» Que pelo facto de fazer o papel fidu-ciario dispensar em muitos casos o usoda moeda metallica, torna-se esta intei-ramente inútil ou dispensável na econo-mia social;

3.° Que uma eirculação fiduciaria, fa-zendo as vezes de moeda, pôde expan-

próprios âs povoações immediatas comordem de remetterem trigo para a ci-dade: e para cada forno se destinaramdeputados nobres, que ao amanhecer seapresentassm ahi, para cuidarem narepartição do pão e conter os amotinadoscom a sua autoridade e boas palavras;porém, para dar, como se costuma dizer,uma no cravo e outra na ferradura, efazer mais efficaz a brandura juntando-lhe um pouco de temor, tratou-se tambémde agarrar alguns dos tumultuosos, eesta era principalmente a attribuição dochefe j-da justiça, cuja disposição acercadas assoadas e dos sedieiosos, é fácilinferir qual seria.

Os seus podengos já esíavam em cam-po desde o principio do tumulto, é aquellecelebre Ambrózio Tusella era, como odisse o taverneiro, um esbirro disfarçado,,que corria as ruas, incumbido de apanharalgum em flagrante, seguil-o, apontaro seu nome, e deitar-lhe a unha á noite,quando tudo estivesse socegado, ou namanhã seguinte. Tendo ouvido quatropalavras do sermão de Lourenço, mar_cou-oimmediatamente,parecendo-lhequeeste individuo èra o mais a propósito

Sara o seu intento. Conhecendo além

isto que era forasteiro, julgou dar ümgolpe de mestre conduzindo-o. aindaquente á cadèa, como a hospedaria maissegura da cidade ; porém a este respeitolhe sahio por então mal o intento, comotemos visto;, cOmtudro, pôde levar vãosseus superiores; o. nome, o appellido epátria, .còm outros muitos signaes deconjectura; de fórma que indo o taver-neiro dar conta dò què sabiá de Lâurençóí'já alli èètavam..mais bem informados quéelle 'Entrou, pois, na secretaria do cos-

í~--'j'-,:..í

tume, e fez a sua participação, dizendoque se tinha hospedado aquella noite nasua casa um forasteiro, que jamais quizdeclarar o seu nome.

Cumpristes eom a vossa obrigação,vindo dár nos essa parte, respondeu umescrivão, largando a penna, mas já osabemos.

Grande mysterio! disse comsigo otaverneiro. De certo é uma grande habi-lidade 1

Iá sabemos também esse nome taomysterioso, continuou o escrivão;

—Que demônios! disse comsigo o taver-neiro. Isso já é mais alguma cousa tcheira a feitiçaria.* —Porém vós, replicou o outro comseriedade, nãe dizeis tudo francamente.

Que mais tenho eu que dizer ?~ Bom, bom! Sabemos muito bem

que esse forasteiro levou á vossa tavernauma grand-¦ quantidade de pão roubado,ou adquirido na assoada.

Chega um homem eom um pão naalgibeira, e hei de eu saber onde o foibuscar ? Porque fallando como se esti-vesse na hora da min^a morte, possojurar.que nao lhe vi senão um so pão.

—-Bom é desculpar, o defender sem-pre os velhacos. Segundo vocês, todossão homens de bem. Como podeis pro-var qne: o tal pão erá bem adquirido ?

—. Qüe hei de:eü próyar ? Nisso nao memettó. O meu officio é de taverneiro.— Comtudo nao podeis negar, qüe esse

vosso frègüèz teve. a insolencia de profe-rir palavras injuriosas contra òs bandos;e conimetter. actos indècentés.contra^àsarmas dp S. Ex.A ~ Dieá mè V. S., pelo amor de Deõs,como pode ser meu fregnez um. homem'

Chroaica parlamentarSENADO

No principio- da sessão o- Sr. Corrêa-fundamentou tsm requerimento, pedindoinformações ao governo, por intermédio-do ministerio d& justiça, sobre a repre^sentação dajunfei de corretores em rela^

i ção ás disposições do decreto de 4 d&*! Março de 1876.

Seguiu-se o Sr.. Zacarias com outro i.e—! quertmento, pedindo cópias dosavisos de-âSde Novembro de 1876 e de 4 de Maio»de 1871, relativos aos exames de médicos-,graduados em universidades estrangei^-ras-,. feitos na faculdade de medicinada-Bahia*. Este requerimento ficou adiado-por ter pedido a palavra o Sr. Oètaviano;-

Entrando em discussão o projecto—sobre a ©reação de um banco-de credito**territorial, o Sr. Junqueira declara que-"se inscreveu para fâlilar por não haver*; orador inscripti» e lhe-parecer o assump--to importante, sobre o-*qual a opinião pu-blica; já se- tem manifestado de-um modomuito- aGcentuado.

Não- haivendo orçamentos nem-* outras*-matérias para ordem do- dia, e sendo esta.de interesse geral, podia cada u_a>expen-der suas- idéas a respeito, sem a-acrimo-nia das paixões partidárias. S-Ex. en-tende que- o Sr. de S Vicente com esteprojecto. mostrou que ainda estuda, que-ainda quer prestar serviços ao paiz.Entende* o orador que>* não deve havercentralização nesta quesíao, que se devecrear caiixas filiaes e dividir em circum-scripçoes territoriaes paaraque o benefi-cio chegue a todos; porqjie o Brazil nãoestá no mesmo caso da França, onde hafacilidade de communicações. S. Ex. dis-

| corre sobre o estado da lavoura, sobre osjuros que paga dos dinheiros de empres-timo. Responde ao que disse o Sr. Sil- .veira da Motta e diz que não se deve sóajudar ao commercio, que • é apenas um.intermediário, mas á lavoura e aândus-tria* fabril que se vai desenvolvendo no-paiz.

Entende que é necessário-um, estabe-lecimento de credito territorial em largaescala e bem dotado, para que a lavourapossa obter dinheiro por juro módico.Cita a França e a Allemanha em re-lação ao assumpto. Narra o que oceorreuna reunião do banco da Bahia e pede á-commissão que organize e memore oprojecto quanto a circumscripções, e con-elue dizendo que espera ©Aparecer da.commissão para então dar o sou voto.

O Sr. Zacarias^ começa, agradecondo-ao> Sr. Silveira da Motta pela luz queveio dar á questão. Refére-se ao quedisse o Sr. de S. Vicente quando aindaera Di*. Pimenta Bueno, em. uni parecerno conselho de Estado. Lô a lei de 1815que deu o typo do padrão; monetário.Nessalei o corpo legislt»tivo-compromet-teu-se a ir retirando paulatinamente opapel-moeda até que este podesse valero mesmo que o ouro. S. Ex..cita a lei dei853 e de 1806 para corroborar os seusargumentos em. relação á superabundan-cia do papel na circulação_. Lê o que seescreveu na Inglaterra e nos Estados-Unidos, quanto ao modo- de reconhe-cer-se se ha ou nao depreciação ou su-perabundancia de papel em relação aovalor metálico.

Desenvolvendo estes pontos, S. Ex. ex-piica ao Sr. Silveira da Motta, que deve>ser radiealissimo em um, assumpto dovqual depende a fortuna publica e partieu-lar, as causas das evoluções do cambio ee suas evoluções desde o empréstimo de-*1875. Combate o que disse o Sr. Jun-queira que se apadrinhou com o que está.escripto no relatório do actual Sr. minis-tro da fazenda. Que não se pôde querer ocambio fixo, mas é conveniente ter uma-certa fixidez.

S. Ex. falia das agencias de bancosestrangeiros que estão aqui íünccionandosem autorização do governo, chamandGv-para isso a attenção. do Sr. ministro-Trata dos dilemmas do autor do projectoe diz que nao quer fabricação de papel,,quer antes um orçamento modelo Que aopposição não pôde ir adiante do go-verno offerecendo projectos por que então-iria governar. Pede a seus amigos setêm algum que o guardem, mesmo com,

ÍIMvA A: *A.-A-;-.-: •*'¦-,.¦¦.-¦¦ - ¦ ¦ ¦¦¦--.'-.- -. ¦-•.¦A*í._A)

a quem vejo pela primeira vez ? O diabo,perdoe V. S., foi que o levou á minhacasa. Se o conhecera, teria precisão deperguntar-lhe o seu nome ?

Porém na vossa casa e na vossaprópria presença se disseram cousasnórriveis, houve palavras infamantes,expressões sediciosas, murmurações, gri-tos e motins.

Como quer V. S. que eu tome contaem quantos disparates podem dizer tantosgritadores, que faliam todos a um tempo?Eu sou um pobre, devo cuidar, nos meusinteresses, e além disto, bem sabe V. S.que o cão ladrador nunca foi mordedor.

Sim, sim, deixal-os fazer e dizer:amanhã vereis como os faaem tornar aoseu juizo. Não acreditaes qüe assim seja?— Eu, senhor, nada acredito

Que a canalha se apodere de Milão?Disparate!Brevemente vereis o queAse arma.

Já entendo : el-rei será sempre rei:qüe tiver que pagar pagará. Um pai de

familia não se mette em cousa alguma..Vv. Ss- têm a força, e a Vv. Ss. competeempregál-a.Tendes ainda muita gente na ta-veraa?

-r- Muita.E o tal vosso freguez contmua a

O tal forasteiro (quererá V. S. dizer»foi se deitar. ; -

!— Còm qüe ha ainda muita gente ?...Cuidado que não se escape. .

—Acaso sou algum esbirro? dissecomsigo o. taverneiro; mas não deu res-posta alguma. A é_ -.

"A A*— Tornai, pois, para vossa casa, e

tende juizo, continuou ò escrivão^

Eu sempre o tenho tido. V. S. bemsabe que jamais houve queixa contra,mim.

Muito bem!: muito bem ! Não acre-diteis que ájustiça tenha perdido a suaforça.

Eu ? pelo- amor de Deus! nada acre-dito : somente no meu officio.

Sempre a mesma cantilena... Ten-des mais alguma cousa que dizer ?

Que quer V. S. que eu diga mais? Averdade é sô. uma.

Basta,: se for necessário, darefem-formações, mais circumstaaciadas á jus-tiça.

Eu nada mais tenho que dizer.Cuidado ein não parmittir que se

escape.Espero que o Sr. chefe da justiça

saiba que vim immediaâam ente cumprireom a minha obrigação. Beijo as mãos.de-V. S.. -.ijj:''

Ao raiar da aurora Jiaviá já sete horas>que Lourenço roncava, e ainda estava no-melhor do séu somno, quando o acorda-ram dous fortes empuxões nos braços, ©.uma voz, qüe dos ipês da cama lhe gritava:.Lourenço Tramatlino. Moveu-se, sacu-diu os braços, abriu eom trabalho osolhos e viu aos pés dá cama um homemvestido de preto, é outros dous arma-dos, cada um"a seu lado da cabeceira. Opobre, todo sobresaltado, ainda nao bem.aceordàdò, è sentindo o effeito*do vinho>flopu como encantada-, e julgando que sornhava; mas .como este sonho The não"dava

gosto, agitava-ae como; pára acabatde acordar.

(G&ntinúa )

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Page 2: ÓRGÃO DOS INTERESSES DO COMMERCIO, DA LAVOURA E …memoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1877_00144.pdf · COMPLETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS I&io de «Janeiro ESCRIPTORIO

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*SI11 íAaa:

O GLOBO—Rio, Quarta-feira 13 dé Junto de 187? ' • . - • .-

as notas a lápis.. O orador -declara queem um que íb.e parece um thesouro e o

exibo já.—E' o da economia e da mora-lidade. Conclue o seu discurso, a-imiran-•do-se de que o Sr» ministro da justiça-,«em t*io pouco tempo na pasta» apresen-tasse tanos projectos no seu relatório, e¦ofeiesmo fizesse oSr. ministro de estran-¦geiros.

A sessão ficou aefêada pela hora.

-GAMARA iDOS DEPUTADOS

Na câmara dos deputados ©ccupsiram•a tribuna os Srs. Franco Sáe Gomes deCastro, os quaes discorreram sobre ne-gocíos do Maranhão.

Sobre o orçamento da marinha oraramos Srs. AíÍgíiso Celso e Gantão.

Votou-se--o orçamento do ministerio dosnegócios estrangeiros sendo rejeitadas, as-emendas-è© Sr. Andrade Figueira (pro-'punham economias) e approvadas as da-commissão,inclusive uma que augmentouVOcontoe em uma «das verbas do orça-antrnto.

aSV&íS-Bey, encarregado dos negóciosda Turquia em S. Petersburgo. 1*2 deAbril (estylo russo.)

% As graves discussões do gabinete im-'perial cem a Porta, no intuito de garan-paz durável ao Oriente, não tendotir

^Corsrspois.deiaeia especial para o•** «Sirlobo'»

"Paíte, 4-de Maio de 1377,

íStatMARio. — Lacuna • ameaçadora.— In-vasão da Reumania.— Convenção se-creta -com a Russia. — O banquete de

-anniversarie. — 0 cear e o grão duque- Nicoláo. — Retrato do czar Alexan-

« dreII.—A legendados Romanoff.—Re-tira-se a «embaixada russa de Constan-tinopla.—«Declaração official da guerra.

Nesses dousdooumentos o que mais•chama a .attenção, o que, em summa, pro--duziu na -Europa, vivíssima impressão,foi não se incluir nelles compromissoalgum -por parte da Russia de não seapropriar de territórios arrebatados aoinimigo. No correr das negociações maisde uiua *vez o governo de S. Petersburgose explicara a esse respeito, e protestaraenergicamente ppiaior desinteresse. Nadadisso repete-se, nem na p*ooclamação, nemaia circòmár.

Esta. «lacuna *íoi desagp-adavel - augurio-e precipitou abaixa dos. fundos„publicosem todos os mercados. O que mais gravetorna esta omissão, vena a sei* lembrar oimperador o discurso de Moscow, essediscurso exaltado, beJJicoso, .que todo oinundo admirou de ver -sahir dos lábiosde um monarcha que. parecia -.animadodos mais pacíficos seriSán-ientes.

O «exercite russo - ral .atravessando oPruth ; a Roumania ácoUf-e-o-«om enthu-siasmo, mas as tron.-as roniaicas reti-ram-se para .evitar q.uaüquer conflicto ;davam ellas «como o |*iè mostras de cederá força, eo goveri io «cocetentau-se comappellar para as p «oíeneãas -garantes daneutralidade da Roí iiiiania. Finalmente,não é nenhum myst ej-io o íacto-de existir

-envre o governo c le TBuscharest e o deS. Petersburgo uma^e<anve-*içao assentada,já concluída, que e stí-pula todas as con-dições relativas á passagem-do exercito

a*asse através do tf -rritoiioromaico.O iniperador da Russia estava no firme

propósito de-assist irao.ceme-.-G da guerra.De cada vez que i >ar«tiade Kischeneffumcorno de exercito eom destincao Pruth,

eim «revista ; de 24 deúo «nãe deixou um mo-eoa fÉi&éheneff no meio

o czar passava-oAbril -a 2 de Memento de viverdos seus soldado**

A 29 de Abrilnascimento, o irao estado-maior,o Sn ciaes, è,. nobreautoridades civis.

Dirigindo-rse a o grao«duque Nicoláo,diss3

i.., fiinhwer&ario de seuaperader deu um jantara «uma deputação dos

za, ;á :*Gfiuniíy,p*üidado e

chegado ao almejado fim, S. M. o impe-rador, meu augusto amo, vè-se, bem aseu pezar, forçado a recorrer á força dasarmas.

« Digne-se V Ex. informar ao sen go-verno que desde hoje a Russia se consi-dera em estado de guerra com a Tur.-quia.

« A primeira conseqüência vem a ser,portanto, o rompimento das relaçõe- di-plomaticas entre os dous paizes.« Rogo a V. Ex. queira indicar-nos onumero e a qualidade das pessoas deque se compõe a embaixada ott-omana emS Petersburgo, afim de que. possamosenviar a V. Ex. os necessa rios passa-portes. Quanto aos subditos ottomanosresidentes na Russia, os q*ae quizeremsahir deste paiz sao livrei* de fazel-o ;aos que quizerem ficar s\ lei•protecção plena e ampla.

« Queira V. Ex. receber, etc.

garante

GORTSCKAlvOFP-.(Couttnúa].

3iasAos nossos assi g-naietes dó inte-

rior Seusbramos si conveniência demandarem» refor mar as suas as-signatura**- de sc-aiie-sêre. para nãosoflffrercüsa ãraterr .àpção na remessada folha.

Pelo vapor Vill s deBahia.,o correio ex-pedirá «malas hoj e para Bahia e Havre ;reeebende-se correspondência até as 6horas da manha.

AS;"Por-portaria do ministério da

de 9 do corrente foi nomeadoAmérico Bernardes ámánuensegadori-a das tropas da côrte, namidade do disposto no art. O doiasnento approvado pelo decreto n. 32(de 24-de Dezembro de 1863.

guerraArthurda pa-confor-

regu-

Agrada-me ¦obrem ameira verificaro exeellente* estado do

a boadirecção que tensmaior-e mais ?adminis-

o. Estou eertonque tensju dever; bebo á sau-.te em -chefe, do nosso• da .actóva.\»spo«ndeu

enios o dever que nos;otfca dc -nosso sangue.

por mim mesmoexercito activo edado a teu estadotrações do exercit*bem cumprido o t<de do commandanexceüente exercito

O-.grão-duque re« iim nome dc ) exercito *prometto a

V. M. que cumprircabe até a ultima gA saúde de S. M »

Hurrahs enthusi asíicos acolheram es-tas palavras.

O: imperador nom ieouog*rao-duque Ni-coláo chefe do regi- tneato de Volliynia, e ieonferio outros titu los aos ;prin.cipaes ge-neraes.

Agradeceu--c grão-duque Nicoláo porestas ualavras :

« Espero que dest a vez «inda se dis-tingam os Voikinios* comodistinguiram-se em Sebasscpol: «avanteá Deus estáconanosco. »

Em uma carta datada de Kischeneffencontro um*"tópico, no qu-al se traçao retrato do ; tzar Alexandreill, ¦ e, porachal-o interessante, passo «%a repredu-zil-o :

««U.K. homem magro, aigum . tantoarcado, mettido em um fardão largo, quelhe dansava no t*orpo, physionomia c&n-sada, rosto ptícfundamente pensativo;todos que o avisíasem, diziamdogo: comoestá mudado !

« Vhiha em Maninha companhia umamig», que encontrara na Uiva-jia, hamezes «penas, e qíue conffirmou a mudan-ça por todos notada, mudança*e£íplicad&pelas grandes preoecupações moraes quepezam. sobre o espirito daquelle ;homem,

« O m-iperachMV-dizenij desejava a paz, \e tudo fez.para que esta guerra não. rom-pesse. Venceu, poj-ean, a carnarilhaque ocerca; a-.imperatr-iz., movida pelo «lero,apresentou-lhe a guerra como uma cru-zada indispensável; o czarwiteh, ani-mado por seu patriotismo, mostrou lh'acomo util á grandeza do império,,eam-bos venceram aquella vontade que-va-cillava.

« O que mais aggrava a preoccupação

Graças ao distineto Sr. barão de Ma-racájá, ex-presidente da commissão en-carregada da demarcação de limites coma Bolivia, vae o (3-uaporé ser pela pri-meira vez navegado por embarcações avapor. Subiram pelo Paraguay e Jaurúduas lanchas a vapor, que a esta horadevem estar navegando naquelle cau-daloso rio.

]L<S-se no relatório do ministerio dafazenda:

Divida activa.—'Divida de imp stos.—A divida liquidada e escripturada, pro-veniente dos impostos cuja arrecadação•compete á recebedoria do Rio de Janeiro,é de 8,604:8 6$ 194, conforme consta doquadro n. 40.

O augmento de 4§2:125gr*21, de que setrata entre aquelle algarismo e o deSjl72:680,?'073, de que faz menção o quadron. 43 do relatório anterior, provém dasalterações oceorridas no periodo a que se•refere o primeiro dos quadros citados.-?

O numero dos devedores era de 289,504.Solveram seus débitos:

55.662 amigavelmente, naimportância de

86,763 por meio- executivo.,na de

Mm virtude de 'differentesdespachos fõi eliminadoo debito de 8,013 contri-buintes, na importânciade^Ficaram por arrecadar exe-«cutivamente «de 144,066contribuintes

existentes no thesouro até Dezembro, importa èm*fâ.479:74lj?©79vaf saberImportaçãoDespacho marítimoExportação .'/.Interior...........

24.910:652810659:8718630

7.503:18G#2q.).421:2808830

Extraordinária... ^....DepósitosRenda não classificada.

32.914:9S4J.S6644.331j.831

193:57 lí.066tSf 326:8538816

33.479:7411.579O termo médio da renda das alfande-

gas nos tres exercicios de 1873 a 1876 é oseguinte :Importação 55.451:195*3893Despacho marítimoExportação.Interior ....

413:791/,74717.073:3g7íí556

1.194:189^772

Extraordinária.Depósitos

74.132:5140973148.*ü39j.*?49542:9458021

74.824:099j?243As mesas de renda de 1» e 2» ordem ti-

veram o seguinte rendimento no exerci-cio de 1875—1876 :

53:13387883:8268246

355:494X334346:2638089

ImportaçãoDespacho- marítimo.ExportaçãoInterior

ExtraordináriaDepósitos

758:718880578:0148477

107:8608925

874:5038459Comparando-se esta arrecadação com a

do exercicio de 1874—1875, que produziu901:5518607, conhece-se a differença, paramais, de 9 3838786 na renda de importação,de 9:848890» na do interior e de 7:8448474na de depósitos; e para menos de 1:2648454na renda do despacho marítimo, de44:6498590 ná de exportação e de 4:1218-375na extraordinária.

No 1° semestre de 1876—1877 a rendaconhecida e classificada ó a seguinte:

Um lavrador compareceu perante otribunal judicial'pòr ser /-aceusado delevar para a sua eira o trigo de um. seuvizinho.- £.;¦;'. .:/".

Provado evidentemente o fácto, d juizterminou os interrogatórios ao aceusadoconi o chavão do costume.

Que tem o réo a allegar em suadefeza ^>

Saiba y. Exe. que estou meio ma-luco. -. ryfy' ... ''-..- A>f. '

E' boa essa, replicou, o juiz; mas seestá nesse estado, porque não letá oseu trigo paraa eira dò seu .vizinho?

r— Porque nesse caso eu estaria malucode todo.

ImportaçãoDespacho marítimo.Expor tação.Interior

ExtraordináriaDepósitosRenda nao classificada..

5928-3534758800

70: .835844783:8178294

155:72088941:8278070

14:87482316:4408-345

178:8628540

2.655:6498673

3.176:3348899

128:7408584

I"!*.í-.«,-*vo.z ante hontem os seus es-pecteculps a companhia dramática diri-gida poh> laborioso actor o Sr. Simões equ.* vütá, trabálhanuò-no Gymnasio.

A peça escolhida nao foi muito feliz, éextensa de mais, e dava com certesa paradous dramas.

Estava porém bem ensaiada, e foi bemrepresentada, distinguindo-se principal-mente a Sra. Ismenia, que bem compre-hendeu o seu papel e o disse com almae sentimento.

Revelou bastante aptidão artística,embora estivesse visivelmente acanhadaa Sra. Edelvira Mayrink, e no sympa-thico papel de Angelina conquistou mere-cidas palmas.

O Sr. Simões é um artisata conhecido,e que bem desempenha os papeis de quese incumbe.

Quem teve muito suecesso, foi o Sr.Simões Filho, que agradou muito no pa-pel de José Oontramura.

Em resumo, a representação correubem, e é de lastimar que não houvessemais concurrencia.

Depois de 9 annos terminou no Chileum processo curiosissimo, cuja origem esolução refere a Republica nos seguintestermos;

« Domitilia Castro casou-se com PedroJosé Miranda, em cuja companhia viveupor espaço de mais de 8 annos no rincãoda Collina.

« Até aqui nada ha de novo.. « Mas se dissermos ao leitor que Mi-

randa é mulher ; que apezar disso casou-se, affagou a esposa e nada mais.

« Domitilia nao esteve afinal pelos au-tos. Contou o caso ao confessor, de onderesultou intentar-se uma acção de nulli-dadade de matrimônio.

a A cúria de Santiago deu andamentoao processo. Nomeou-se uma commissãode facultativos para julgar o facto, etodos declararam que Pedro José Mi-randa era com effeito mulher.

« Baixou logo a sentença: nullidadedo casamento.

« Subiu, comtudo, a causa em appella-çao ao bispado de Ia Serena, e em seguidaao da Conceição.

« A sentença do juiz de Santiago foiannullada; e por conseguinte inhibidoelle de conhecer da questão.

« Baseava-se a nullidade na seguinterazão: seé certo que Pedro José Mirandaé mulher ( embora diga ser homem ), nãose prova que Domitilia Castro seja mu-lher, como sustenta ser, além de que Mi-randa não nega o facto. —

« A causa recomeçou.« Os médicos mais notáveis e juramen-

tados praticaram um duplo exame.« Restabeleceram-se os factos e ficou

provado que Domitilia e Miranda eramambas mulheres.

« Entrou o Dr. Errazuriz em lúcidasconsiderações explicando a nullidade domatrimônio e porque motivo duas mu-lheres nao podem casar-se.

« O juiz ad-hoc, o Sr. D. FernandoLolis de Obando, declarou nullo o casamento.

« Os bispos da alçada confirmaram asentença e brevemente Domitilia Castroapresentar-se-ha perante a autoridadecivil com a setença em punho reclamandoa _entrega de seus bens, que estão emmao-* de Miranda, como cabeça do casal,titulo em qúe elle se fundava para nadaentregar, visto como teima em dizer queé homem.»

Recebemos de Campinas nm folhetocom o titulo Prolongamento ãa estraãaãe ferro ãe S. Paulo, pelos valles ão Mo-gyguassú e Rio Grande.

fE' a refutaçãó do parecer elaboradopêlo Sr. engenheiro'F. A. Pimenta Buenosobre a petição dòs directores da compa-nhia Paulista.

. . PnMicaram-se os estatutos da socie-dade particular Recreio Dramático Ria-chuelense. ¦-A

Foram despachados os seguintes re-.querimentos:

Pelo ministerio da agricultura :Theodoro Efleine.—Apresente folha cor-

rida.E. E. Franc &C.—Selle ó documento.Engenheiro Rodolpho A. Hehl.—Op-

portunamente será attendido.Engenheiro Rodolpho von Braune.—

Nao ha que deferir.Padre Augusto Ferreira de Lacerda e

Adolpho TAbbé.—Junte a procuração.Justiniano José de Barros.—Ao in-

spector geral das obras publicas para in-formar.

Savino Tripoti.—Indeferido.

E' digno de ser lido o interessanterelatório .medico, sobre a viagem dácorveta Vital de Oliveira ao oceano Pa-cifico no anno de 1876, pelos Srs. Drs,Luiz Agapito da Veiga é. Dr. Guilhermede Paiva Magalhães Calvet.

Estíl impressa a deseripçao do canhã©Albuquerque, de que ha tempos demosnoticia.

lugar a eleição da Soeiedade P,Dramático Riachuelo. Sahiram

Sep*alí->n-se hontem o Sr. Dr. Naza-reth, curador geral dos orphãos.

Receben a Gazetta áe Noticias um te-legramma, annun ciando a prisão do the-soureiro da alfândega de Santos.

TeveRecreioeleitos

Presidente Dr. J. Joaquim de Oliveirae Silva.

l.o Secretario Dr. M. Victor S. Mon-teiro.

2.o Dito commendador C. M. FariaPardal.

Representasse hoje, no theatro deS. Pedro de Alcântara, e em beneficio dasvictimas da secca do Ceará, o exeellentedrama Claudia, no qual a distineta aetrizD. Emilia Adelaide alcançou, pelo ma-gistral desempenho que deu ao papeldeprotogonista na primeira representação,um dos mais assignalados triumphos.

Esta circumstancia e o fim a que j3©destina o produeto do beneficio chamarãode certo grande concurencia ao theatro..

I9< r ordem do ministerio da marinha,acaba de sahir da typographia nacional,um folheto com o titulo a Coustrucçãoáo encouraçaão Inãepenãencia. Contémo histórico dess^ malfadado navio, desdeque o governo imperial resolveu fazeracquisição de semelhante trambolho, atéá expedição do aviso nomeando os mem-bros do conselho de investigação queestá funecionando.

2.703:0818338

8.664:S')68494O que perfaz o-total de.A divida,proveniente dos impostos que

são arrecadados pelas mesas de .rendas ecollectorias da provincia do Rio de Ja-neiro, segundo o quadro n. 41, é a se-guinte :iiquidada até ao«ífim de1875

Dita idem idem de 1876..Foi paga:

Amigavelmente, por 8.122contribuintes áa quantiade

Executivam ente, por15.450 contribuintes,a de

Foram exonerados 221contribuintes, cujo de-biío importava em

i Ficou por cobrar de 88.276certidões, existentes nojuizo dosfeitos.a qozan-tia de

.049:0618465' 2:7578060

92:2798856

173:2868269

4:834823*

Foi muito concorrido o beneficio do Sr.Álvaro, no theatro S. Pedro de Alcântara,com O conhecido e popular drama Peãrodo illustre escriptor portuguez MendesLeal. Ainda uma vez teve o pubiico ocea-sião de apreciar o talento e recursos artis-ticos da Sra. Emilia Adelaide. O Sr. Al-varo satisfez cabaimente no papel de Pe-dro e o publico deu-lhe repetidas provasde apreço. Os outros artistas coadjuva-ram muito bem, á Sra. Emilia e Álvaro.Agradou geralmente a representação.

781:4188168

1.051:8188525O «çuadro n. j.2 mostra a divida liqui-

A respeito de isenção de direitos, eis oque'diz o Sr. ministro da fazenda:

Reitero quanto vos disse no relatóriode Janeiro acerca da necessidade de pro-videncias legislativas que attenuem ogrande desfalque que soffre a renda pu-blica com as concessões de absoluta fran-quia de direitos de importação,

Bem assim, sobre a approvação dos de-cretos expedidos pelo governo, isentandode direitos de importação o gado vaceume lanigero,vindo aos portos estrangeiras,e a conveniência de se tornar permanenteesta concessão, como tanto interessa ásubsistência da população desta grandecapital.

Finda no dia 30 do corrente mez a pro-rogação do ultimo praso concedido para

DENTISTAS.—J. W. COACHMA.N e. D. RAMBO ; na rua do Ouvidor n. 130.

Expei'isnentai o dentifricio de J.W. COACHMAN. Não ha nada melhorpara os dentes. Deposito, á rua do Ouvi-dor n. 130, 2° andar. Condições espeeiaese muito vantajosas para os negociantesque comprarei» em porção.

Raio, tromba e aurora boreal.

dadaide todo o Império, conhecida pelas; "a livre importação e exportação de mer-

informações, existentes no thesouro. -oadonas na província de Matto-Grosso- - A lei n. 2,348 de 25 de Agosto de 1873,

em que Vive© czar éte. legenda dos/Romanoff, -popularissima na Russia, o-paizdas legeaidas £*or excefíiencia. Romanoií

. algum pade nem poderá chegar á idade«de 60 annos ; .reza as*}im a legenda.vO.«certoé qiAeentre 5 i e 6Q;&nnos morreramjíos tres precedentes imperadores Paulo:tf, Alexandre I,e Nicoláo.. A irmã do.ac-'--ínal imperador, a gra duqueza Maria,falleceu tambem-© anno passado na idadede 57 annos r; na hora da morte essa prin-;cesa recordou ao irmão a legenda dosRomanoff, e dizem que este entrevista |dn Gsctremis eom-a irmã multo impres-sionaua Alexandre II»

Em todo o caso -.esíá passado .o perigo;,. «o A imperador dobrou, o cabo', *3 vimol-o

-celebrarem Kíschen*Sff, cercado de seusofficiaes, o seu aniuv-ersario natelicio.

Ficara em Constantínònla um secre--tario da legacão, o Sr. «de Netukéff, paraentregar á Porta a declaração official da•guerra. Estava tudo .cornjbinado de modo& qne viesse o sultã© receber essa peçaioffieial na b©ra mesmo em qiie o pri-meiro soldado russo piza,sse a margemdireita do Pruth; ap mesmo tempo re-eeoiá uma cópia d© dòcumehto q repre-•sentante da Porta em S Petersburgo.

« Nota dp chanceller, áo imperto. opbin-,cipe de Gortschakoff>.S. Ex, o Sr,.

Garantia de juros.ás estradas de ferro.—A divida deste origem, das provineiasda Bahia, P(?rnambuco>eS. Paulo, attin-giu o "algariis-aao de lí).326:4378661 du-rante o anno passado, segundo se vê >doquadro n. 43l

Divida exttima.—Até Abril ultimo &do Estado Oriental, proveniente de em-presumes, ele*vo-ia-se,OGín os respectivosjuros, a 13.8 «2t590S363,e a do Paraguay,relativa á estravda de ferro de Assump-ção, a 16&-.6538- »D0„ como , o demonstra -a

•Éabella n. 44.Cumpre„ porém, informar-ves que,

tendo o governe» do Paraguay negociado ícom a firma Tra*vassos &-C a letra que;representava est a .divida, com assenta-mênto do respectivo ministro brazileiroe approvação do governo imperial, teráa mesma leira d'© ?ser paga pela ditafirma, na época de *«eu vencimento.

R&nda.— A renda-arrecadada pelas al-fandegas do Isapenojoo exercicio de 1875a 1876, foi de 72.526-9978*251, a saber :ImportaçãoDespacho maritímo.Exportação ..Interior

54.675:2S9852?253:3078551

15.853:76589401.115:6108023

Extraordíaaria.Deposites... ...

71.893:0238636

.?.. 129:5338321

..... 499:44'8294

72.52619978251A comparação deste ressaltado eom o

do exercicio de 1874 a 1875 mostra amadiminuição de 3. 5i:7:553$132, & saber íImportação ........:Despaehó marítimo...ExportaçãoInterior ..... :::'<Mr..

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Extraordinária.Depósitos.. .fü.

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•744:8755696160:S.*-14S054

2.51*8:348827677-2368*269

3,49959482959*1698934^79:0888903

art. 11, § 3.o, autorizou o governo paraprorogar até cinco annos, isto é, até 30de-Junho de 1879, a disposição do art 8.°dalei n. 1,352 de 19 de Setembro de 1866,que mandou reduzir, como fosse conve-.niente, as taxas da tarifa especial daalfândega de Corumbá ; podendo conee-dertpor espaço de cinco annos depois determinada a guerra do Paraguay. com-plèta isenção dos direitos de consumo ede ex-portaçao.

A'.vista dos sofSrimentos e prejuízosde que foi victima a população daquellaprovincia durante a mencionada guerra,o governo entendeu dever optar pela par-te mais equitativa da autorização, e per-mittiu*&¦ completa isempção áté 1874. emque conaeçoua ter effeito a nova autori;Z»ção dada em*. 1873, de que © mesmo go-verno usou pel'x> deereto n. 5,626 de 4 deMaio de 1874. eujos effeitos cessam,eomo já.acima disse, «no fim do correntemez.

Havendo, portanto, a provincia gozado ]do favor «em toiia^a sua plenitude desdea terminação da guerra até hoje, o go-;verno tendo em consideração o estadofinanceiro do pái;*;, íxata de resolver sedeve continuar n< >s ei esm«s termos essaexcepção, ou se r estringil-a á segundahypothese do citad » ;&rt 8o da lei de 1866aliás já consígnaQ-** na tarifa de 1860,sem dUvida como u os-af compensação dasgrandes despezas . de transporte qfuefazem as mercadorias '• para Ma£to-Gi*ossO.

Ofíieiois-se ao cht' ^fis da commissãoda carta geológica, com m*unieando-se quepor ora 'não é possive

*i autorizar-se aacquisição dos livros qü e requisitou. .

;.¦;•¦*:• :, ;• y$t/.; .-•: - 3.587:5538132A renda do 1<> semestre de 1856—1877,

conhecida jseghhdo òs balanços ihensaes

Fõi communicadò ao ínspéòtor geraldas obras publicas, em rt «posta a© querepresentou sobre conces*. '•©és de pennasd^agua, que deixe de atteii -der aos pedi-dos das que se tiverem de derivar dòsencanamentos alimentados p elos mánáfai'ciaes do Andarahy Grande, a téque estessejam reforçados com as água-, 'dos Tresríosv //-rr/y/r- yr ¦" '• r

Ne-nhum espectaculo da natureza é maisimponente e magestoso do que o de umcéo que fuzila e tro veja !!

As previsões e as bellas experiênciasde Benjamim Franklin, sábio ameri-cano, que muito engrandeceu o dominioda sciencia. e foi ao mesmo tempo um dosmais esforçados lutadores pela indepen-dencia de seu paiz, demonstraram parasempre a natureza do raio.

Sabia-se, já desde a antigüidade, queo lacre, as resinas, etc, esfregadas tinhama propriedade de attrahir os corpos leves,como as barbas ãe uma penna, pequenospedacinhos de papel, etc: esta força, queos attrahe, é a electricidade.

Ha duas espécies de electricidade, que,associadas em quantidades iguaes, exis-tem em todos os corpos; quando separa-das procuram reunir-se; vencendo todosos obstáculos precipitam-se uma paraoutra, e combinam-se determinando ex-plosão e jorro de luz.

Se portanto duas nuvens electricas pordifferentes modos acharem-se em presen-ça, correm para combinar-se, e jorramcom estampido, sob a fôrma de úma fai-xa de fogo, uma luz viva, súbita e azula-da; a luz é o relâmpago; o ruido ou es-tampido é o trovão.

Se olharmos attentamente para o céoem tempestade, veremos de vez em quan-do uma fita luminosa, simples ou rami-ficada, sempre sinuosa; e de um brilhotal, que nem as fornalhas mais ardentes,nem os metaes elevados a mais alta tem-peratura podem igualal-o; esta fita lu-minosa é o raio.

Um dia de medonha trovoada em Phi-ladelphia, Franklin sahiu para o campo,acompanhado apenas por seu filho, quelevava um papagaio, feito de um peda-ço dé seda, e amarrado nos quatro can-tos á duas varinhas de vidro; sobre aface superior deste apparelho adaptava-se uma haste de metal.

Chegado eni lugar conveniente, Fran-klin empinou o seu famoso papagaio ; nocomeço nada parecia confirmar as pre vi-soes do sábio americano; a corda ne-nhum signal dava de electricidade ; sobre-veio, porém, um aguaceiro, que, molhan- \do o apparelho, deixou circular o fluidoelectrico cora mais liberdade, e o illustreexperimentador sem preoecupar-se do pe-rigo que corria, ebrio de alegria, fez sa-hir com seus próprios dedos numerosasfaíscas, e tão fortes,'que inflammaram oálcool.

Desta data em diante fico.u conhecida anatureza do raio, e banidas para sempreda sciencia as fábulas absurdas de suaexplicação.

Àsisim «como para o calor, ha para aeletricidade corpos bons e máos con-du.íores; nos primeiros circula ella li-víremente, «eom uma rapidez quasi incri-vel; nos segundos conserva-se ho lugarpude desenvolveu-se e não se propaga.Âs substaneâas que melhor conduzem aelectricidade são os metaes, o carvão, à'¦gua, o corpo ão homem, e dos animaes;o vidro, porém, o enxofre, a seda, o ardtmosçherico secco são máos condu-çtores:

As arvores, «s grandes edifícios, emgeral, todas as •elevações, por estaremmais peirto das nuvens electrisadàs,- sãomais expostas á aeção do raio ; para pro-tégel-os ainda o genio maravilhoso deFranklin inventou ò para-raio.

«Jairy da e«i.*te.—2a Sessão prepara-toria. Presidente o Sr. Dr. Accioli áeBr ito, promotor o Sr. Dr. Fernanães ãeOliveira, escrivão o Sr. Caminha.—Res-ponderam a chamada 13 jurados Foramsorteados mais os Srs. João FranciscoFerreira Rego, Antônio Carlos CezarMello e Andrade, Antônio de Drummond,Antônio Joaquim Ferreira Pinto, An-tonio José Mendes Pereira, Antônio LuizBarbosa da Silva, Antônio Luiz FerreiraPinto Junior,Antonio Thimoteo da Costa,Cypriano José da Gama Keller, Custodiode Souza Pinto, Carlos Leopolcb» CezarBurlamarque, Camillo José de Souza eSilva, Dr. Daniel Pedro Ferro Cardoso,Elias Antônio Lopes Duque Estrada,Evaristo de Albuquerque Galvão, Fer-nando Ribeiro de Carvalho, FranciscoBorges de Souza, Ignacio de CarvalhoBorges, Januário Jose Pires Carioca.Joãode Barros Lima, Dr. João Emilio NevesGonzaga, João Gonçalves de Magalhães,João Luiz d'Ávila, João Nery FerreiraJunior, João Maria de Azevedo, JoaquimJoao Elias, José Cardozo Dantas, JoséVicente Cordeiro, José Ferreira Sampaio,Leopoldo Thimoteo de Carvalho, ManoelCorrêa de Sá, Manoel Ferreira de Araújo,Manoel Gonçalves Duarte, Paulo Féli-zardo Cabral e Silva, Thomé Barbosados Santos. — Mandou-se reconhecer afirma do attestado que apresentou o ju-rado Antônio Simões da Rocha Freire.

' O Sr. R. F. de Carvalho acaba deeditar uma polka brilhante para piano,,intitulada A Cearense. O produeto davenda é destinado ás victimas da seccano Ceará.

O Sr. deputado Affonso Celso,tratandohontem do espantoso desenvolvimentoque tem^tido a emprego-mania,declarouque em todo o Império havia mais de 68mil empregados retribuídos 111!

O Sr. deputado Heraclito Graça pediuhontem excusa do cargo que oecupavacomo membro da commissão do orea-mento.

Mais um 1

Consía-nos que hontem subiram aoministerio da justiça mais cie 60 requeri-mentos de diversos cidadãos, que pedemo lugar de curador de orphãos, vago pelofallecimento do serventuário que hontembaixou á sepultura.

O Sa-are-iaw* Tribunal de Justiça func-ciona hoje: o juiz da 3.a vara civel dáaudiência ás 10 horas, ás 11 o da pro-vedoriá e depois do meio dia o da l.avara civel.

Forc-uns obsequiados com a amostra deum novo produeto da industria nacionalque promette competir vantajosamentecom o seu similar introduzido da Europa.

O Sr. Pedro Olive conseguiu reduzir a_fecula da batata a um delicadíssimo pó,com a dupla vantagem de poder servir©u á confecção de varias preparaçõesalimenticiaSjComo o pão, os mingáos, bis-coutos e etc, substituindo a farinha detrigo, ou uma vez perfumado e colorido,adaptado ao uso commum desse artigode toucador conhecido por pó de arroz.

Os preparados de Sr. Olive são com-pletamente inoffensivos e perfeitamenteacabados. Já foram examinados pela Jun-ta de Hygiene e merecem ter no mer-cado favorável acolhimento.

O deposito é á rua de TJruguayana,esquina da do Ouvidor.

Ao thesoureiro da commissão centralcearense foram entregues as seguintesquantias : pela commissão composta dosSrs. conde de Cedofeita, barão deSanta Helena eJDr. Joaquim BarbosaLima, subscripção agenciada no Juiz deFora 3:0108; pela commissão compostados Srs. Cassão & C, Manoel JoaquimMoreira e Cândido Antônio de CalazãesBenites, subs.-« ipção por elles agenciada2:1268,; dos ofiieiaes e guarnição do en-couraçado ~Qahia, subscripção entre sipromò\ ida 618740; ipremio '¦ dos quatroquartos de lo!eria entregues pela com-missão da rua do Rosário 20§0*)0.

A b«z-d-í do Frisin, da linha de Ham-burgo, embarcaram 15 alumnas da escolaEbeíl, a saber, uma senhora casada equatorze meninas solteiras, que iam pro-curar o aperfeiçoamento da sua educaçãocom professores europeus, e sobretudo in-struir-se por mei- de excursões por terrae por mar a todas as localidades euro-peas dignas de sh ver.

As viajantes vão directamente a Ber-Iim, onde estudarão até 3n de Junho-Neste dia, principio das férias do estio,partirão para Dresde, consagrando tresdias a passeios dé carro neste cidade eseus arrabaldes.

A 3 de Julho atravessarão a Saxonia oa Suissa e chegarão a Praga, cujos pa-lacios e cathedraes serão visitados mi-nuciosamente. Depois,éxcursam de Pragaa Vienna, seguindo as margens do Da-nubio. Tres dias de demora em Viennae depois viagem á grande gruta dAdels-berg, seguindo ao longo da costa do Adria-tico até Veneza, onde serão destinadosquatro dias para navegações recreativasnas gondolas ; um dia em Verona: dòusem Milão, e desta cidade ao lago deCome, depois aLugano, pelo lago ¦ destenome. De- Lugano, as viajantes irão emcarro até á margem do lago Maior, qneatravessarão em barco a vapor ató Ra-vena.

Seguiram depois a Simplon, descendoao valle do Rhodano; visitaram Marti-gnei no Monte Branco. Dahi ia em mala-posta para Gênova, onde ficaram dousdias: viagem em barco a vapor n© lagode Gênova para Montreux; depois ex-cursões a Berne, Lucerna e arrabaldesBaden-Baden.Heidelberg e Francfor*.'*; aolongo do Rheno até Coionia ; visitas aBruxeilas, Paris (oito dias dé demora),Londres, Edimburgo e Glasgow.

Aqui separar-se-hão, umas para iremcontinuar o curso de seus estudos emBerlim, outras para voltar a New-York.Estas ultimas embarcaram no primeirode Setembro.

Uma segunda serie de estudantes tou-ristes deve partir no Gellert, e seguirá omesmo itinerário.

alfândega rendeu hontemrecebedoria....mesa provincial

135:30386056'>:297897111:690-.665

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SilÉIlil

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/Hoje tem lugar â festa de Santo An-tomo ná igreja dè seu convento, e oraráao Evangelho o jillustrado monsenhorPinto de Campos.

ILyce» de Artes e Officios.: Sob este ti-tulo escreveu-nos um amigo nosso\ pes-soa muito competente o seguinte :

« Em uma pequena sala deste util focode insti ucçao popular fazia o seu cursode chimica industrial o esperançoso Dr.Del-Vecchio no dia 8 do corrente,"às 7 ho-ras da noite. Oproféssor,que sé mostravainteiramente senhor da matéria que «lec-cionava, era ouvido com toda attençãopor uns trintas alumnos.

« Fallou do hydrògeno como gaz illu-minante e da sua introducção na casaChristofle, pela vantagem que offerecesobre o gaz extrahido do carvão de pedra,em estabelecimentos daquella -ordem.Expôz ém traços geraes,. e ao alcance deseu auditório,- a historia das primeirasgrandes descobertas da chimica própria-mente dita. Rendeu justiça ao infati-gavel Sclieelej o chimico boticário, a quemdeve a sciencia importantissim os ser-yiços e que ligou seu nome, aó arseniatodé cobre, que q commercio conhece sobo nome de verde dé Scheéle ; a Lãvóisier,do qual repetiu a experiência classieá dadecomposição dà aguafpassando nò estadodé vapor sobre o ferro incandéâcente, é ápleiade, emfim, de nomes queillustrárámessa época memorável da chimica, como.Priestley, Watt, Bèrzéliufs é outros. II-lustrou, igualmente a decomposição daagúa pelo yoltamètró, explicou ò isquei-rode hydrògeno, etc.f \

«Faço votos para que continhé o dignoprofessor no seu nobre empenho dé éspa-lhár conhecimentos taò úteis, apezar deftão pouco apreciados entre hês. » gj

CnuStecãa-se já a mulher torpelha, opeixe torpelha. Eis que se acaba de des-cobrir na America uma planta desta or-dem, pertencendo á familia dos Phvto-laceas.

Quando se corta uma parte desta plantaa mão experimenta uma sensação tãoviva, como se recebesse um choque ele-ctrico de uma pilha de Rumkhorf. Sor-prendido deste phenomeno, um sábiofezu-ma experiência sobre a planta eom

<o- auxilio da bússola; a sete ou oito pas-sosv a influencia delia fazia-se já sentir.O desvio da agulha era em

'razão da

distancia ; quanto mais se approximavadã planta, mais ligeiros se tornavam osseus movimentos, e emfim quando oinstrumento se collocou junto delia,aqueiles transformaram-se em uma rota-ção accelerada

O solo-sub-jacente não continha ves-tigio algum de ferro nem de outros metaesmagnéticos; nada ha portanto que façaduvidar qúé. esta qualidade não sejainherente á mesma planta.

À intensidade do phenomeno varia se-gundo as horas do dia.

A' noite é quasi nulla. A's duas horasda tarde ;*ttníge o seu máximo. Em ocea-siao de tempestades, o seu poder aug-menta ; quando chove, a planta murcha.Naojia memória de se verem empolei-rar fpassaros |ou §pousar insectos naPhytolacea eiectrica.

©biÉtts*.--Sepultaràni-se nos differentescemitérios públicos desta capital, no dia9 do corrente, as seguintes pessoas livres.

£ Marechal do exercito graduado, Barãode Itapagipej74 ánnos,viuvo,-fluminense.-—Amollecimento cerebral.

Bernardina da Silva Gama, 40 annos,solteira, fluminense. —Tuberculos pul-monárès. ,.

José Caetano Martins Junior, 25 an-nos, casado, flnminense.—-Idem.

Silverío Clemente da Silva, 44 annos,solteiro, bahiano.—Idem;

; Manoel Francisco da Victoria, 28 an-nos, solteiro, espirito-santense.—Idem..Augusto, filho de Faustíno Augusto

Rodrigues, 2-mezes, fluminense.— Catar-rho suffocante.

Sara, Afilha de José ~ dps Santos Mes-

quita, 3 annos, fiuminense.—Idèrii..Francisco. 49 ánnos,' solteiro, flumi-

nense.—Erysipellá phlegmonosa.

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Page 3: ÓRGÃO DOS INTERESSES DO COMMERCIO, DA LAVOURA E …memoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1877_00144.pdf · COMPLETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS I&io de «Janeiro ESCRIPTORIO

O GLOBO^TOdV Quarta-feira 13 àe ^xínho de 1877

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Rosalina, filha de Gl&celatòa dó Es-¦pii-ito-Santo, 5 mezes, fiumineaae.—Tu-eerculos mezentericos.

Eugenia, fllha de José -Gonçalves Feira,4xnezes<e*3 dias.—Idem*:

Domingos da Silveira, -Su annos, sol-"teiro, portuguez.—Dysenteria.

Antônio Fernandes, 4S;annos,.solteiro,portuguez.—Diarrhéa.

Antônio .Toaquiin Pereira. 42 annos,sol-teiro, portugue».— Hy*pertrophia do co-ra<ção.

José Joaquim de Mello, 59 annes, ca-saco, portuguez.—Hydropericardite.

Manoel Romero éíe Campos, 31 annos,.-solteiro, hespanhol.

Innocencio Antônio da Cunha, 80 an-mos, viuvo, africano. —Apoplexia ce-rrebral.

Benrrin&jo, 60 atnos, solteiTo,«,&"icairo.-—Lesão cardíaca.

Silverio, 65 ancaos, solteiro, africano.—Pyohemia.

Manoel, filho de Anna JoaqtSna d!Assis-Carvalho, 16 mezes.—Gastre-entero-co-lite.

Honorina , filha de CeciKa da «üvaLeite, í? mezes;—BroncMte«capillar.

Maneei, filho de JosepMna Maria daConceição. 6 mezes.—Convicções,

Sadeêk, exposto da SaiítuCasa, 9»dias.—Fiaqueza congenial.

Pascoal, exposto daSatíta Casa^lc dias.,—S to m atite aüohetosa.

Amclia, exposta daSatíta^CasaVlO dias.___ Çx&&rt,vn-pn fafiã?ltifi

Um recemnascido, filho-«SeManoelJoa-quim Guimarães.—AsphiKia.

Usai feto filho de Manoel FranciscoTristão.

Mícria, filha de LaureâtinaVMaria doCarmo, Shoras.

Oarlota .Araugo "Vianna, 36 annos,solteira, fluminense.—VLympbãáite per-niciosa.

Seoultarcm-se uiaisS -escravas tendofallecido : um due congestão do figado eoutro de enterite-

•No numero d .os 29 cadaveres_ sepulta-des nos eemitei:iespublieos,es*ao inclui-dos 12 de pess oas indigentesf^ujos en-tenros se ôserar a grátis.

oi

Kilos tle ouro troeados. contraIVOTAS do thesouro e A'á bancostransformado este precioso metal (idoloda época) em relógios e correntes parahomens e para senhoras^ vende-se namais acreditada casa do Império do Bra-zil, debaixo das bases seguintes:

l.a Todo o relógio vendido em nessacasa, acima de 60g, «era aovamente re-cebido no praso ãa garantia, comúnico abatimento de 10 *>/e.

2.a Toda a-corrente deouro de lei vem-dida em nossa casa a 4J? *a oitava, torna-se a receber -a 35500 a 'éitava; vantagenssérias e indiscutíveis,

3.a Nas;garantias dos relógios vendidose dos concertos, salva-se só o casoãe ãe-

RELO*fOAKIA TS.. J. 60NMMLO.,FUNDADA EM 1S53, TVA RUA DACATSDE5-ARIA M. 16.

Motta.—Julgado por sentença o accôrdo.Execução ãe seritertça.-^lS,. José 3 Joa-

quim dos Saátos E. Eduardo José deSouka França. Indeferida a petição doexecutado por falta de fundamento.

,, DECEMO DISTRICTO CRIMINAI.

Juiz o mesmo; escrivão o Sr. Silva Ju-nior.

Est&fàonato.-r- Autor Américo de Cas-tro Gonçalves Moreira, hoje a justiça. R,Gregerio Gar«ãa Seabra.— Ahsolvido oréo e condemaado o autor nas custas atéo lafnçamento »e dahi em diante a câmaramunicipal.

tolerado, «emtanto que seja feito á noite.Não se fará actualmente isto, porque

as comonissoes estão com O olho vivo,mas a& commissões voltarão, cumprida asua missão, e as cousas voltarão aoantigo estado, porque o Sr. Assis tem paialcaide, na pessoa do poderoso conse-lheiro Duarte de Azevedo, e é por issoque elle declara sempre que não temmedo de demissão.

Com um inspector deste gosto, não faltaa ninguém coragem para atacar a burrada alfândega.

Ineditoriaes

"SOOsItOOSOOO — 4a loteria -1» Ba-"hia—Ãroda deve andar imprefrerivelmen-!-:te no dia 5 de Julho. Ainda existe á vendaium resto de bilhetes. Tambem se pagamos preisiados ; àTua da Alfândega n. 63.

Tribunaes

íMeieorologi a.—Ko imperial^observaltorio ¦ astrenõm ico fizeram-se no dia 16as seguintes ob servaçoes :

Her. Th. cent. Tk.Fah,..Bar.-aO. P. A.m. m

7.m 10,9 =67,82 759,540 14,0010 m ;m,5 -65i,30 760,660 13,86l.t 18,8 mM 761,168 13,104.t 18,0 64,40 760,660 13,S6

Céo, serras, montes» e horizonte com-^latamente en« cobertos por cumulo-nim-bus.e stractus.. Soprou NO.1 fraco pelamanhã, SSO. fireseo às 10 horas e SSE.moderado á 1 e ás 4 "horas.»Chuva de1,5 millimetros durante o dia.(até estahora, 4 da tarde.)

P. Am

12,4913,3013,2512,40

Durante todo o dia eéa, serr:*ts, montese horisontes nublados em «sirrus-eumuluse -stractus-nimbus, com algrcns clarospelo alto. .Soprou N. regular /péia ma-rifle be SE. rando á tarde.

DIA OS

Hor. Th.cent/írJiJFaJi.íBar. v/Qmi

7*n tlfi,0 66.20 761,099lOr***" .20,2 68,36 ,762r404l.t 23,1 73,58 761,83)4.t 22,7 72,86 760,>õ31

©movimento dohospitaMa Santa Casa-da Mizericordia e enfermarias annexas nodia 8 de Junao de 1877,'íoie-seguinte:

Existiam 1257Entraram 24Sahiram 27Eallecera>m »Existem 1266

dia 9

Esá-stiam 1246Entraram..- 35Sahiram- 32Fa&Leceram - UlExistem 1233

VISOS

7ÜIZ

11 ãe Junho

Segunda vara civel

O SR. DK. JUSTITIANO MADTJREIIIA,ESCRIVÃO-''» SR. ALBUQUERQUE

Cnrso pcsblseo do Museu.— Effec-ttuar-se-ha fcoje, 13 ão corrente, ás 7 horasda noite, a preleção da Ia eadeiru daeeeção de zoologia pelo respectivo profes-mr o Sr. Dr. Pizarro.

O Or. Alfredo Valdetarò mudou

provisoriamente a sua residência para arua D. Mariana n. 10.

Notificações.— N. G. L. Masset & C,•cessionário do arrematante do rpredio-n. 5 da rua do Senado. N N. Antônio Mo-reina da Costa e os inquilinos Silvino

Silberbert e outros.—Vista ás partes.N. Major Antônio Nunes Ramos, N.

José Joaquim*'Gomes Braga. —"Vista ás

partes.IT. Anna Soares de Araújo,por. seu pro-

curador, N. FraneiscoCorreia Diniz.—

Julgada improcedente a acção.

Deposito ãe dinheiro.—A. Guilherme

Scüily, E.. 'Joaquim de Paula Guedes

Alcoforado.—Yista ás partes.Acção summaria.—A. Bento Pinto de

Almeida, R. Bernardo Pinto da Paz.—'Vista ás partes.

Penhora.—A. Adolfo de Barros, tutor

da menor Francisca Pereira, R. Manoel

José Ribeiro-Guimarães.—Julgado porsentença o lançamento.

Eccecução.—"E. José Pedro Travassos,E. Firmo Lopes Rodrigues, 3a embar-

gante Victoria Hermozille. — Vista áspartes.

Inventario—F, Catharina de Souza e

Oliveira. I. Dr. Antônio Achilles de Mi-

randa Varejão. Julgado por sentença o

calculo.ESCRIVÃO O SR. SILVA JÚNIOR

Acção ãe âespejo.—A. Cândido Rodri-

gues Ferreira e outros. R. Manoel Re-

zendedos Santos.—Deferida a cota.

^4.cpão âe reconhecimento.—A. Antônio

Maria. Pereira Azurar, R. Sotero de

Castro.—Recebida a replica prosiga-se.Libello.— A. Julia C. Kuensi. R. José-

phina Luiza Lopes e seus filhos. — Diga

a parte sobre o documento.A. João Martins Filgueiras. R. Bernar-

dino Gomes da Silva Coelho. — Recebida

a contrariedade, concedidos os 13 dias.

Embargos. — AA. Santos Bastos &

Irmão. R. João Augusto da Silva Porta.

3o embarçjaEufce João Francisco da Coséo.— Não foi aeceita a appellação.

Execução de sentença.—E. José Fer-

reira Gardoso & C. EE. José Joaquim

Ferreira da Costa Braga e sua mulher.

3os embíirganies os mesmos.—Vi«tas ás

partes.Despaclios do juiz substituto.Acção de- liberãaãe. — A. Amélia, par-

da, por seu. curador o Sr. Dr. José Fer-

reira de Me nezes. R. Jesuina de Carvalho

S. Paulo

O ROUBO DA ALFÂNDEGA

Continuam naquella cidade duas com-missões »âe fazenda examinando os livrose papeis da alfândega, por causa do ce-lebre roubo.

E' mais uma despeza que está fazendoo Estado, unicamente para inglez vèr,pois essas commissões vindas do Rio ede S. Paulo estão vencendo mais de trescontos ;por mez.

O roubo da alfândega já desceu pelaguela abaixo dos ladrões ha muito tempo,mas teria sido descoberto, se outro fosseo presidente da provincia e teria sido evi-tado se outro fosse o inspector daquellarepartição.

O Sr. Dr. Sebastião José Pereira nãodeu importância a este facto ou portou-sesem a'menor energia.

Com effeito, desde que houve noticiado roubo, era obrigação de S. Ex. man-dar para Santos e conservar naquellacidade o chefe de policia atéjjue o fio dameada fosse apanhado e nao era muitoãifpZoil.

E isto era tanto mais indeclinável, sa-bendo-se que o delegado de policia eraum funecionario absolutamente incapazde prestar serviço que prestasse com re-lação a este negocio, como declarou ochefe de policia Dr. Elias Chaves, __eúnica utilidade que prestou esse cidadãofoi espancar um pobre velho, pelo quefoi demittido á seu peãião.

Contentou-se S. Ex. em mandar pas-sear o chefe de policia aquella cidade, oDr. Elias Chaves, e este esteve alli umdia e voltou no outro, dizendo que nadahavia a fazer, porque o juiz municipaldaquelle termo invadira suas attribuiçõesfazendo inquéritos e um espalhafatomuita grande nas salas do edificio daalfândega.

Nada se descobriu, e somente depoisde passado mais de um mez é que selembrou S. Ex. de mandar o conselheiraFurtado, que estava então com a policia,demorar-se em Santos para descobrir oroubo e os ladrões.

Fez-se uma devassa completa, mas oroubo de 170 contos fieou em paz, e já eratarde de facto. para que o velho conse-lheiro conseguisse alguma cousa.

Mas, S. Ex. teve desculpa : o tempoera pouco para se oecupar de outra cousaque não fosse garrotear os vereadoreéliberaes de Santos.

Dissemos que seria evitado o roubo, seo inspector da alfândega fosse outra. E'uma verdade que reconhecem todos ossantist&s.

O Sr, Antônio Justino de Assis é umbom pai de familia, mas nunca nasceupara preencher o cargo importante deuma alfândega como a de Santos.

Somente á mais escandalosa protecçãode seu cunhado o conselheiro Duarte deAzevedo deveu elle aquelle emprego.

E em que circumstancia ?Quando se apresentaram candidatos de

talento, iilustração e verdadeiro mere-cimento, come entre outros, o Dr. Vieirade Carvalho, lente hoje da faculdade deS. Paulo, que foi preterido pelo feliz pa-rente do illustre conselheiro, então mi-nistro da coroa.

Foi uma sorpreza geral tal nomeação.Por não estar na altura daquelle cargo,

nunca foi respeitado e obedecido porseus subalternos, e estes muitas vezesaté alarde fazem do pouco caso em que otem.

Naquella repartição, tem havido com-pleta' anarchia, e isto é natural, quandoo seu chefe não tem nella prestigioalgum.

infelizmente, as cousas têm chegado atal ponto naquella repartição, que osmaiores abusos até tèm sido alli prati-cados em prejuízo do Estado.

Diz-se até que ha-casas privilegiadas,que recebem mercadorias importantes,sem pagar á fazenda os respectivos im-postos, e para outras, o contrabando é

CvRio, 12 de Junho de 1877.

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Leopold.. 18"4£00©|

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Botafogo.. 980^«GO

DIVERS AS COMPANHIAS

Com. Café. 70#0<_ X)Ind.Flum. 68^!0v»Gaz Nith. 60#000>

1308000

618000•65#<;U0

Fora d s- B«lsa

O mercado de cambio esteve peucoactivo.

Os bancos conservavram, sobre Lon-dres, a taxa de 23 3/4 d. e sobre França ade 402 rs. por fr. Em papel particularhouve negocio a 23 7/8 e 23*15/16 d., conti-nuando a sentir-se falta deste papel.

Negociaram-se 53 apólices geraes de6 %e pequenos lotes de acçiões do Bancodo Brazil a 230#e 2408000.

Fretou-se um navio para Paranaguá eLiverpool.com garras de couros pòr £ 425.

As vendas de café foram regulares.

Fumo :Dia 11... K. —Desde 1." 69.920 6 409 —Idem 1876» 75.570 36.690 —

Toucinho :DÍ&11...K. 215 —Desde l.o» 41.692 11.812 —Idem 1876» 47.691 * 3.652 —Aguardente:

Dia 11... P. — —Desde 1 °» 296 —Idem f$76» 1$ 73 —

Theatro Gymnasio

Pede-se ao sympathico actor Simões,digno emprezario do theatro Gymnasio,para de novo botar o antigo pann© descena de João Caetano dos Santos, únicarecordação do grande artista, para osbrazileiros.

A vos do patriotismo.

S: «IToão do Priucipe

PASSA-TRES

Tendo sido annullada a eleição dejuizes de paz da freguezia de Nossa Se-nhora da Conceição de Passa Tres do mu-nicipio supra, e tendo a presidênciamarcado o tí ia 20 do corrente para se pro-ceder á nova eleição, acaba a mesmade ter lugar sem o mais leve incidento,tendo sido eleitos para membros da mesaos mesmos cidadãos, da eleição tran-sacta, com excepção de um de seus mem-bros por ter fallecido. Eis a votação de20 eleitores que compareceram.

Para presidentevotos

. 19Major Francisco Lopes Baptista...Tenente Joaquim Luiz Barbosa...

Para substitutos do presidenteComm.Jaaquim José de Souza Breves 19Capitãa Bento José de Oliveira 16Paulino Vaz Ferreira de Faria 15

Para mesariosCapitão Antônio Carlos Vieira deSouza 19

Francisco Melchior Gonçalves 18Francisco de Souza Breves 14Antônio Garcia Goulart 12

. Supplentes ãos mesariosJoaquim Melchior Gonçalves 19Maximiano Peres da Silva 17Jooé Alexandre da Costa Martins... 15Joaquim Luiz Barbosa 11

E procedendo-se á votação para juizesde paz, nos dias 23 e 24, obtiveram votosos mesmos cidadãos da eleição transacta,todos da mesma parcialidade politica,tendo comparecido 283 votantes, a saber:

Juises de pazl.o Francisco Lopes Baptista 2882.o José Alexandre da Costa Martins. 2763.° Maximiano Peres da Silva. 2624.° Antônio Garcia Goulart 260

SupplentesFrancisco de Souza Breves 16Berlindo da Rosa e Silva 10Cassiano Luiz Barbosa 10Antônio Carlos Vieira de Souza 9Commendador Joaquim José de SouzaBreves 6

Capitão Bento José de Oliveira 6Joaquim Luiz Barbosa 5José Polycarpo da Silva Bragança.. 5Antônio

"Caetano da Silva Rocha.... 3

Passa-Tres, 25 de Maio de 1877.

O observadm".

Hote

PARECE Q«E ESTA DORMINDO (*)

Glosa

Fugiu daquelle corpinho,Alma pura para © céo 1Fria eampa recebeuLinda imagem d'um anginho.©entro em bello caixãozinhoDura lousa foi cobrindoUm cadaverzinho lindo,Até o dia de juizo; \No semblante mostra riso...Parece que está dormindo !

Dorme, anginho, o somno eterno,Debaixo da lousa fria,Tua alma leve a alegriaAo lar que deixas, paterno;Este mundo é qual infernoAonde um pouco tens vindo,E bem cedo vais fugindoDeste mundo máo como é,E onde de Deus a féParece que está dormindo 1

Manoel Margarida.

(*) Por oceasião de dar-se á sepulturauma filhinha do Sr. Carlos Salles, no Marde Hespanha, em 13 do corrente.

Valores exportados uo dia ISLondres—Vapor inglez Galiléo :

Ed. Johnston & C. (ouro embarra) 27:7558550

EXPORTAÇÃOEmbarcações despaeltadas

dia 13 de «fuuSiono

Paranaguá — Brigue hesp. Nuevo Vigi-lante, 163 tons., consigs. José Roma-guera : manifestou vários generos.

IMPORTAÇÃOEntrada de vários generos

E.F.D.P.II. Cab. B. dentro.¦ ¦ Café : iÊV-V'V"*VVDiall... K. 87,269 166.680 42.120Desde l.o» 1.215.150 1.176.720 342.000Idem 1876» 1.322.^1 908.804 318.000

Despachos de exportação nodia 13 de «Bunho

Hamburgo — No vapor aliem. BuenosAyres, Kern Hayn & C.: 861 saecas'decafé no valor de 32:442/?4S0,

Gibralt-jr á ordem— Na barca dínam.Princess, Calogeras Irmãos & G, :4,59i > saccas de café no valor de169:5608000.

Mediterrâneo —No vapor ital. Liguria,Fiorita & Tavolara: 2,0:JO saccas decafé no valor ae 75:9608000.

Havre—No vapor francez Ville ãe Bahia,Augusto Leuba & C, i-4- saccas decafé no valor de 3:5418920.

—. Na barca franceza Union ães Char-geurs, A. Leuba & C, 6,000 chifres novalor de 7208; A. Léhericy & 'G.'i 216couçoeiras de jacarandá no valor.de8 4248; E. J. Albert & C, 11 fardos decrina no valor de 3818900. j

Movimento do portoSAHIDAS NO DU 12

BaribadÕes Brigue Rockyequip.

americanoGlen, 406 tons,, m. R. H. Allen.8: ern lastro de pedra.

Rio da Prata—Vapor francez Belgrano,918 tons., comm. Vasse. equip. 40: c.vários generos; passags. os italianosCrooe Gabriele e Marsorate Pietro, emais 90 em transato.

—Vapor inglez Halley, 1,011 tons., comm.G. J. Cross, equip. 33 : c. vários gene-ros; passag. a italiana Maddalena Ni-cola, e 31 em transito.

Santa Caéharina-— Hiate Bom Jesus .4.• tens. ,m. Manoel Joaquini Garcia,equip43 • c. vários generos.

Rio de S. Francisco do Sul—-Hiate Espe-. curador, 45 tons., m. Justino PereiraRamos, equip. 4: em lastro de pedra.

Rio de S. João—Hiate Vencedor, 35 tons.m. Manoel Vieira Ferrinho, equip. 4:c. tijolos e machinas.

Santos e Hamburgo—-Vapor inglez Hum-boldt, 1,011 tons., m. James Clarke,equip. 3.4: c. vários gêneros ; passags.-. Leonardo Teixeira Mondego e AntônioFrancisco Ferreira de Carvalho. ¦

Itabapoana—Patacho Caminha, Í20 tons»,ni. José Rodrigues de Azevedo, équip. 6:c. vários generos,

Paraty e escalas— Vapor Paratyense, 146ton s., m; Joaquim Gom és dé , Oliveira,equip. 21 •'•: c. vários gêneros: passagei-ros aar-se-Kia á relação amanhã.

ENTRADAS NO DIA12

ílhéos— 14 ds. brigaeVsúecó Victoria:¦ 345 tons., iri. John Petterwor, feqtíip. %

c. madeira ao mestre.

O English Bank of Rio de Janeiro

Pelo balanço publicado em 10 do cor-rente deprehende-se que este baneo teveum lucro, total de cerca de 923 contossobre um capital realisado de cinco milcontos ou cerca de 20 % 1 — podendo darasssim, um dividendo de 10°/oao anno.

Damos de conselho a todos os exporta-dores e importadores de comprarem ac-ções deste estabelecimento para assimresarcirem uma parte dos grandes pre-juizos que continuam a sofirer em conse-quencia das jogatinas em cambiaes '.principal fonte de lucros deste, e dosoutros bancos estrangeiros.

Freguezia da LagoaAo pobre diabo que hoje proeurou

morder-me a propósito de uma subscri-pçao promovida por meus alumnos parasoecorrer ás victimas da secca no Nortedo Império, tenho a dizer que tal sub-scripçao realisou-se com consentimentomeu, se bem que não com as circum-stanciás que lhe empresta o mesquinhoarticulista e que por esse acto respensa-biliso-me como por qualquer outro quetenha por fim a pratica da caridade.

Rio, 12 de Junho de 1877.A. Marques.

DeclaraçõesCompanhia de S. Christovão

LINHA DO SACCO DO ALFERES

A directoria da companhia, attendendoao que representaram os moradores daSaúde, Gamboa e Sacco do Alferes, resol-veu fazer uma experiência de rebaixa-mento no preço das passagens naquellalinha.

Nesse sentido, pois, declara: que do 1°de Julho até o ultimo de Agosto, seráde 100 réis o preço das passagens na li-nha referida ; reservando-se a directoriao direito de voltar ao actual preço, se aexperiência, que tenta em beneficio dopublico, for prejudicial á companhia.

Rio, 12 de Junho de 1877.—Silva Porto,gerente. (•

- - -- —» i -

Companhia União dos LavradoresA directoria da companhia União dos

Lavradores convida aos^Srs. accionistasa realizarem a 2a prestação de suas acçõesna razão de 25 % , no prazo de 30 dias, acontar de 6 do próximo mez de Junho a5 de Julho, na conformidnde do art. 7°dos estatutos.

Rio de Janeiro, 19 de Maio de 1877. —Dr. Joaquim José ãe Campos ãa Costaãe Meãeiros e Albuquerque,presidente.—José Bernardo ãa Silva Moreira,director.

ILHASCOMPANHIA TRANSATLÂNTICA

saca constantemente sobre os seusbem conhecidos agentes em

gS. MIGUELTERCEIRA' FATAL

26 Rua do Visconde de Inhaúma 26Âforamento

De ordem de S. Ex. o Sr. ministro dosnegocies da fazenda, faço publico quetendo João Duarte Galvão pedido porâforamento 32 metros de terrenos da ex-tineta aldêa de indios de S. Lourenco,sendo 13 metros e 3 deeimetros para atravessa da Piedade, e 18 metros e 7 deci-metros para o antigo caminho de S. Lou-rençq, em Nitherohy, deveráõ as pessoasque tiverem reclamações a fazer contra areferida pretenção apresental-as nestasecretaria de estado, no prazo de 30 dias,a contar de hoje, sob pena de não seremattendidas depois de findo o dito prazo.Secretaria de estado dos negócios dafa-zenda, em 12 de Junho de 1877.— José Se-lieriano da Rocha.

Âforamento..,De ordem de S. Ex. o Sr. ministro dos

negócios da fazenda faço publico quetendo Antônio Martins Lage pedido porâforamento o pedaço da rocha existenteentre as praias das Flechas e a da BoaViagem, dentro das marinhas que têmpor limittes os terrenos de Manoel Gon-%alves Bastos, rua da Magnificência,praia das Flechas e da Boa Viagem, e ©sterrenos de Joaquim Antônio GonçalvesBastos, deverão as pessoas que tiveremreclamações a fazer contra a concesão dareferida rocha apresental-as nesta secre-taria de estado no prazo de 30 dias, acontar de hoje, sob pena de nao seremattendidas depois de findo o dito prazo.Secretaria de estado dos negócios dafazenda, em 12 de Junho de 1877. — JoséSeveriano ãa Rocha. (•

Paysandú por Montevidéo— 31 ds. (17 doultimo) patacho Maria Rosa, 168 tons.,m. Casanova, equip. 11 : c. carne aSouza Irmão & Rocha.

Buenos*Ayres — 9 ds., patacho nacionalMaria, 125 tons., m. Manoel Dinges,equip. 7: carga carne a José Roma-guera.

Paranaguá — 12 ds., hiate Improviso, 95tons., m. Bernardino Antônio de Si-queira, equip. 5: c. madeira a T. O.Smith.

Porto Alegre — 9 ds., brigue Canabarro,153 tons., m. José de Almeida Estrella,equip. 9 : c. vários gêneros a Backheu-ser Meyer; passags. 1 escravo a en-tregar.

Paranaguá—6 ds., patacho Bondade, 162tons., m. Porfirio Firmino da Costa,equip. 8: c. madeira à G. N. de Vincenzo.

Victoria— 5 ds., patacho Nossa Senhoraãa, Penha,163 tons., m. Antônio Maria,equip. 9: c. vários generos a FariaCunha & C; passags. Laurindo Fer-veira de Paiva Machado e Aurélio Go-

. mes de Paiva. . >—7^^ ds., patacho Oliveira, 112 tons., m.

José Pitta Ferreira, equip. 7: c. café emilho a Faria Cunha & C.

Laguna;— 4 ds., hiate Tres Irmãos, 111tons., m. João Maria da Silva Irmão,equip. 8: c; farinha e gêneros a José.da Rocha é Souza,' passag. J«sé Fran-cisco de Oliveira Mendonça.

Itajahy—4 ds., brigue piá, 158 tons., m.Lourenco Joaquim Pinto, equip. 8:c. madeira a Antônio José de Lima;v Júnior & G.; passags. José HenriqueFlores Filho; o portuguez BernardinoMarques Figueiredo, 4 escravos e 1ingênua. V

Itapejnerim—2 ds.,patacho Sol, 211 tons.,mí José Martins Peroba, equip. 8: c.madeira a Francisco dè Sotiia Fer-reira; passags.: a mulher e 1 filho do..mestre.,-*', .'.'-yy.. -yy ,--.

Itabapõaua — 5 4s,. brigue John, 318tons., m. Joaquim Theodoríco Julio.César, équip. 11: c. madeira a Tourinho

, Otto Leonardo.

Commissão dos alumnos da EscolaPolytechnica em favor das victi-mas da secca do norte.

Foi dirigido ao thesoureiro da commis-são dos alumnos da Escola Polytechnica,por parte da directoria da sociedade dra-matica particular Quinze ãe Outubro oseguinte officio:

«Hlm Sr.—Tendo a sociedade drama-tica particular Quinze ãe Outubro, porfim udico de sua constituição empregar oprodueto de seus saráos em proveito deinstituições pias, ou èm soecorros aosdesvahdos da sorte, e tendo terrivel e ca.lamitosa secca assolado diversas provin-cias do Império, resolveu a mesma so-ciedade dar um saráo dramático em pro.yeito das victimas de tãó grande catas-trophe e que tantas desgraças tem cau-sado. 'o^en^r°"-se' P°is* causado na noite de27 de Maio próximo findo, sob a augustaprotecção de S. A. I. a Princezã Regente,um lindo saráo, o qual foi honrado com aaugusta presença de SS. AA., cabe-noseaviar a v. b., por assim haver determi-nado is. A. Imperial, como consta do of-ncio, que por copia, junto remettemos, oprodueto liquido do mesmo saráo, naimportância de setecentos noventa e setemil reis (79/8,) afim de V. S. dar o devidodestino.

Possa esse pequeno obolo, devido aosesforços da mesma sociedade, concorrerpara ajuda dos soecorros ás victimas detao grande desgraça.

Deos guarde a V, S. Sala da sociedade,Petropolis, 4 de Junho de 1877.—Os di-rectores, Manoel Gonçalves áe Sousa,Manoel Fernanães Carneiro, Jacquesãe Oliveira Campos e Antônio Maria »

A commissão dirigiu a seguinte res-JpOSXai t

«Rio de Janeiro, 11 de Junho de 1877.a íí,™ Srs;~-"Em resposta ao officio, de4 do corrente, ein que VV. SS. commu-nicam que, tendo a sociedade dramática^ Í2?ar QUIN2?. Df Outubro realisadoum sarao, na noite de 27 de Maio, sob aprotecção de S. A. I. a Regente, em favordas victimas da secca do Norte a mesmasereníssima senhora determinara que oprodueto liquido daquelle saráo fosse?£Íro?Ue a° "toureiro da commissão** ^,"n

n°S daEscola Polytechnica, afimde dai-lhe o conveniente destino : cum-Spe797°RS (Ml*

a7Y- SS"' que a quantiaÍ!;'VfH'{set,ecíutos e noventa e sete mil™2fí?1i pe-° thesoureiro recebida, e seráremettida as províncias assoladas pelaT&tí&á r° de poucos dias> quandoliquidar-se o produeto da subscripr-ãoFTechnica P alumn°s da Escola Po-

A^tã peí.a h,°Jlrosa incumbência quedignou-se dar-lhe S. A. I. a Regente! acommissão dos alumnos da Escola Polv-technica dirige a VV. SS., como dignosdirectores da.sociedade dramática parti-cular Quinze de Outubro, as suas Some-nagens pelos sentimentos generosos deque mais uma vez deu provas tão dis-tineta sociedade, e, em nome das victi-mas da secca, agradece o donativo comque a mesma sociedade concorreu paraminorar-lhes os soffrimentos.

Deus guarde a VV. SS.-Hlms. Srs.WM*£$$ Oon<?a'7es de Souza, Manoellernandes Carneiro, Jacques de OliveiraSXS

e ^ntoniP Ma. ia.-Dignissimosdirectores da sociedade dramática parti-cular Quinze de Outubro -

(Assignados; Álvaro Joaquim de Oli-SnaS! £evm'froA Chl'istovão Paes deMello Hollanda Cavalcanti, Francisco

gusto de Almeida Júnior, André GustavoPaulo de Frontin, Francisco Dias deArruda Falcão, Francisco do Rego Bar-ros, Domingos Guilherme Braga Torres£SKSÍ\yieÜ? í^nS de Albtquerqitl;Altredo Augusto Pinto, Alfredo Augustotíorges, José Bernardo de FigueiredofEÍ JUrtado da Rochage CariouAlberto de Menezes. »

Associação Protectora das FamiliasGERIDA pelo

BANCO RURAL E HYPOTHECARIOfConvido os Srs. contribuintes daassociação Proteetosa das Fami-isas, para, por si ou por seus procu-radores, se reunirem em asseiablfo

geral extraordinária, no dia-JL^de«Bunho próximo, ao meio-dia, emnma das salas do banco Rural e M\-potbecario, afim de acceitarem arenuncia que a directoria do bancolaz da gerencia da associaeão, eprovidenciar emquanto ao

"modode a substituir ou sobre © «nemellior eonvies* aos interesses damesma associação.

.«JÜÍÍl d« JaMeiro, 11 de ãíaio deít ?3,"~" ° Presidente- «» banco, A.U. LEM-SKUBER. ("

Cabo Frio —2 ds., patacho Subtil, 89tons., in- Anacleto da Silva Ribeiro,equip. 7 : c. vários generos a José Joa-quim Peixoto.

Campos—3 ds. patacho Teixeirinha, 232tons., m. José Vieira de Mello, equip.8: c. vários generos a Silva & Fonseca.Cabo Frio—1 d., patacho Mercúrio, 134tons., m. João Rodrigues Christovão,

equip.^8 : c. vários generos a José Joa-quim Peixoto ; passags. José Bernardode bouza, Antônio Josó Corrêa Sobri-nho, José Corrêa Felix e GertrudesManada Conceição.

Pesca—23 ds. cuter Abunãaneia, m,José Piudencio da Costa Mello, equip.o.- c peixe salgado ao mestre.

Relação dos passageiros entrados dos -portos do Norte no paquete Bahia:

Francisco Joaquim Affonso, JoaquimPaula Menezes Lima, Affonso Albuquer-que Maranhão, sua mulher, 3 filhos, e 1escrava, D» mingos Carvalho de Lima,Marianno Gil Castello Branco, sua mu-lher é 1, .filho, Joaquim Pereira daSilva, José Emiliano Nogueira, DomingosE. Bustamante, D.-Elisa Pacheco e 2 fi-lhos, Antônio Pereira Moraes, sua mu-ler e 1 filho, Francisco Assis Rosário,Antônio Francisco Silva Ramos, AntônioMachado da Cunha Mello, Manoel Gue-des, Manoel José da Silva e 1 criado,Augusto Moniz Machado e 1 escravo!Francisco Romano do Nascimento, Ma-noel Joaquim Manoel Melchias Ribeiro,JosáGomes Oliveira, Jean Scolman e suámulher Francisco Ferreira do Nasci-mento. Guilherme Morr, Joaquim da.Silva, José Ribeiro Marques, Pedro Gon-çalves Dias, Manoel Freitas, Pedro Oli-veira Montaury, Luiz Victor Homem de-tSSS^ Jfe.ohnt° Mendes, ManoelThomé.Cordeiro,^ praças, i mulher de-uma das praças, 19 imperiaes marinhei-ros ; os portuguezes Antônio C. Brandão,e Jo|e PereiraCorrêa ; d americano Ale-xandre Amsoro; o hespanhol Idãk-cioVergar^e di escravos a eatregar

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Page 4: ÓRGÃO DOS INTERESSES DO COMMERCIO, DA LAVOURA E …memoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1877_00144.pdf · COMPLETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS I&io de «Janeiro ESCRIPTORIO

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ArrendamentoDe ordem deS. Ex.o Sr. ministro dos t

negócios da fazenda, faço publico que jaté o dia 21 de Junho próximo futuro |recebem-se nesta secretaria de Estado :

Sropostas em carta fechada para. o arren-A

amento, a titulo precário, è mediantefiança idônea, do prédio n. 1 dò becco doTinoco, outr'ora dos Adélos.

Secretaria de Estado dos Negócios daFazenda, em 21 de Maio de 1877:—JoséSeverianodà Rocha. \

-r »¦ ¦«•"Estrada de Ferro D. Pedro II .De ordem do Sr. director, se faz pu-

blico que recebem-se nesta secretariapropostas até o dia 20 do corrente para ofornecimento, no prazo de 4 mezes, dasmadeiras abaixo mencionadas:

100 dúzias de taboas de madeira de lei,de Om.,040 de espessura e de 4™ a 10m decomprimento, sendo de peroba, canellaou araribá.

50 dúzias de taboas de forro, de pinho,de 4m,50 a 10°» de comprimento.

20) pranchões de madeira de lei deO11.,10 de espessura, poueo mais oumenos, e 4m a 12» de comprimento.

400 metros de vigas de madeira de leideGm,_0}*.0™,30 de esquadria e5»>a 12mde comprimento.-

400 metros de vigas de madeira de leide 0^,35 X0m,3õ de esquadria eõ^a 12»de comprimento.

2,000 ripas serradas de 4m.50 a 10» decomprimento.

As propostas deverão declarar as qua-lidades das madeiras, e os preços porunidades, e deverão ser garantidas porfiadores idôneos, si os proponentes porsi só não offerecerem garantia.

Não serão recebidas madeiras que nãoestiverem perfeitamente sas e bem es-quadriadas.

Secretaria da directoria da estrada deferro D. Pedro II. Rio de Janeiro, 2 deJunho de 1877. — O secretario, ManoelFernandes Figueira.

Estrada de ferro D. Pedro IIDe ordem do Sr. director ^esta estrada

se faz publico que na" estação central seacham depositados os objectos constan-tes da relação abaixo transeripta, de-vendo as pessoas que aos mesmos sejulgarem com direito, apresentar suas re-clamações nesta secretaria, dentro dopraso de 10 dias,a contar da presente data

Os objectos que nao forem retiradosdurante este praso, serão recolhidos aodeposito publico, conforme determina oregulamento de 26 de Abril de 1857.

Secretaria da directoria da estrada deferro D. Pedro II, Rio de Janeiro, 3 deJunho de 1877.—O secretario, ManoelFernandes Figueira (•

Relação ãos objectos esquecidos pelosviajantes nas estações e nos carros

bonet para homem, usado.eaixas de folha de Flandres,fechadas,

idem.1 dita de papelão com chapée de palha

para homem, idem.cestinha com roupa, idem.chapéos de castór preto para ho-

mem, idem,dito de lebre, idem.

5 ditos de palha, idem.ditos de dita para senhora, idem.

7 ditos de pello preto, para homem,idem. .

J5 ditos de sol. de panninho, idem.5 ditos de dito, de seda, idem. -

chicotes de couro, idem.pares de chinellas, idem.

1 freio de metal, idem.1 funda, idem,3 gari afões vasios, idem.1 mala com roupa, idem.1 pacote de cravos, idem.

dito de sacos vasios, idem.sacos com miudesas, idem.

1 dito com panella de ferro, idem.ditos com roupa, idem.

1 par de sapatos de borracha.1 dito de ditos de couro, idem.

saquinha, idem.sobrecasacas de panno preto.

1 sobretudo de casemira de côr.trouxas de roupa.

1 saco de farinha.

I N _E3_de paquetes allemães entre Ham-

burgo e; a America do Sul

O PAQUETE

BUMOS-AYRESesperado HOJE do sul, sahirá

AMANHÃ paraBahiaS. Vicente

Lisboa eHamburgo

< ¦-

O PAQUETE

MONTEVIDEOesperado de Hamburgo e escalas HOJE13 do corrente, sahirá, depois de poucademora; paraSantos

Montevideo eBuenos-Ayres

Para fretes, passagens e mais informa-ções, trata-se com os consignatarios.

38 Rua do General Câmara 38

-fsT^*^_^^^n_^T^_f

Avisos Marítimos

Real Companhia de Paquetes aVapor de Southampton

'_¦**¦

O PAQUETE A VAPOR

MINHOesperado de Southampton no dia

15 do corrente-.--;.'..'-. ,

_¦-.

¦.-.,-:,.;:'¦¦¦:¦'¦

sahirá paraMontevidéu e Buenos-Ayres

depois da indispensável demoraPara fretes, passagens e mais informa-

ções, trata-se na agencia.-aí) Rua Primeiro de Março 49

E. W. MAY, agente.

Companhia de Vapores do Pacifico

Sahidas, em Julho, a 9 e SS3

O PAQUETE ESGLEZ

JOHN ELDEResperado do

PACIFICOsahirá no dia 25 do corrente, ás 10 horas

da manhã para

Lisboa, Bordéos e Liverpoolcom escalas por Bahia e Pernambuco

O PAQUETE INGLEZ

VALPARAISOesperado de Liverpool no dia 22 do

corrente

sahirá para o

Pacificocom escala por Montevideo

Para passagens, encommendas, etc.,trata-se com os agentes, á praça das Ma-rinhas n. 2.

Previne-se aos Srs. passageirosque podem segurar suas accommo-ilações neste e nos mais vaporespara a Europa, eom an.icipaçuo.

Estrada de Perro Macahé eCampos

Os vapores desta companhia fazemviagem para o'porto de Imbetiba, todasas quartas-feiras e sabbados. « ,

Carga pelo Trapiche Carvalho, todos osdias e para todas as estações da estradade ferro ; na véspera do dia da sahida dosvapores, somente até ás 2 horas da tarde.O embarque sobre agua, unicamente nassegundas e quintas-feiras.

Os fretes podem ser pagos ao chefe daestação da companhia, no acto do despa-cho das cargas no trapiche, para ondeserão tambem conduzidas as encommen-das, que alu serão recebidas pelo com-petente empregado da companhia, até aomeio-dia do dia da sahida dos vapores,e depois, ás 3 horas, a bordo.

Passagens, no escriptorio central, á ruaPrimeiro de Março n. 95.

~^K^Sat_£fe>i_l^_--_-_-______B-K

A COMPAGNIE DES 1ESSÃGERIES MÂRITAGEN CI A

52 Rua Primeiro de Marco«0

MES

52

O PA QUETE

X^£T —r&ab»^ ^u»«B*str" JO-fi -irüLcommandante Jacques, da linha circular, sahirá para Lisboa, Vigo e Bor-

deos, tocando na Bahia, Pernambuco e Datar, no dia 15 do corrente,ás 3 horas da tarde.: . -....- AA

'/;v.-?£//.-*. AA"'¦*>',-'O PAQUETE

|g GIRONDE ilcommandante Delabarre, da linha circular^ sahirá pára Lisboa, Vigo e A

Bordéos, tocando somente em Dakar, no dio t de Julho, ás 3 horas da tarde.Para fretes, passagens e mais informações, tráta-se"'• nar,agencia,•¦¦.£, para carga

com o Sr. H. David, corretor dàscompanaia, á rua¦ ¦,do Visconde de ítaborahy;cn'. 3, lo andar; — iíl_KTÜl_lIVl, agente.' yy ' y^y^y/^.£f;

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A GHÁRGEURS ElíNlSSOCIEDADE ANONYMA

Companhia Franceza de Navegaçãoa Vapor

O VAPOR

T-ILLE DE BAHIAsahe HOJE para o

Por 5:i$ÜOOO¦^TíT "---. '""¦. "" A.."- ; -

vende-seAuma casa,, grande cpm todos qscommodos para úma familia. com. mobirlia é armação para üm negocio grande,estribaria e capinzal annexo para cincoanimaes, em um arraial grande, que embreve ficará a ultima estação da nossaestrada de ferro. A casa é. própria paramedico ou pharmaceutice, achando-setambem drogas novas e boas ha impor-tancia de 2:000# para vender-se. Servetambem para negociante, hotel ou paraestabeleciífiènto de receber café, por estarperto da estação uns.500 passos; infor-mações sob as iniciaes E. B. n. 29, na.redacção deste jornal-

eom tscala pela BAHIA.Para fretes trata-se com o corretor H.

David, á rua do Visconde de ítaborahyn. 3,1° andar; passagens e mais informa-ções com os consignatarios A. Leuba & O.

48 RUA DA ALFÂNDEGA 48

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O PAQUETE

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mmesperado d© Rio da Prata até o dia lõ docorrente, sahirá, depois da indispensáveldemora, para

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Bahia, S. Vicente, Lisboa, Ply-mouth e Antuérpia

Grande reducção nos preços daspassagens

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Para Bahia £ 5.» Lisboa » 20.» Antuérpia e Plymouth d 25.•> Bremen » 28.Estes paquetes têm medieo a bordo.Para carga trata-se com o corretor J.Voigt, rua da Alfândega n. 1.Para passagens e mais informações,

com os agentesLACKEMANN & O.

67 RUA DE S. _"*•_". "_*__.© tí_r

A conducção dos passageiros parabordo é por conta da companhia.

Previne-se aos .Srs. consumidoresdeste combustível que de boje emdiante o preço ficou reduzido a 228por l,OOÔ kilogrammas inclusive otransporte dentro dos limites doLargo da Lapa e rua do Estacio deSá; eontinuando a tabeliã de car-retos, actualzneute em vigor fóradestes limites.

Far-se-ha um abatimento de 5 0/0a quem comprar e retirar da Fa-brica da Companhia dentro de IOdias da data da encommenda de5,000 kilogramas para cima.

Chama-se a attenção do respeita-vel publieo para a barateza e asseiodeste artigo, sendo que o seu usonas cosinbas, que apenas dependede boa vontade, importa em umaeconomia muito valiosa comparadacom outro qualquer combustível.

Rio de «Janeiro Gaz Company-Li-mited, lo de Junho de IS1?1?. (*

PÍLULAS OE HOLLOWAY'"; AJARPOiHA- DOS.TEMPÒS MODERNOS

Estas famosas é in«ebmparaveis pilulas purificam O SANGUE obram suave-ttiènte, hias com effieàciá, sobre O FIGADOE O ESíFOMAGO, dando» tom energiae vigor a estes grandes manariciaes da vida. Ellas curam as doenças próprias dosexo feminino em todas as idades, ao paisso que xeãwãdo a pó. este medicamentoconêtitue Um remédio summamenje apropriado para as crianças-, O emi/srado _?militar e o marinheiro réconheeem em teetos os climas o- valor das püálas Moltoway

UNGUENTO HOLLOWAY

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9P Consultas das 11 ás 2 horas da ^gs tarde.Chamades a qualquer hora.Ü__ÍT

I 0 DR. PAULA FONSECA«g ex- chefe da clinica aphthalmologicaga do professor L. ven Wecker, Paris,íp é encontrado em seu consultório àH rua de S. Pedro n. 4 todos os diasH úteis, do meio-dia ás 3 horas. Trata|f especialmente, das moléstias dos

olhos, ouvidos e da garganta.

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uma preta de meia idade,que cozinha o trivial e sabe fazer o

serviço doméstico; trata-se na rua doPrincipe do Cattete n. 42, das 7 horas ás10 da manhã.

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e engomma . na rua de S. Pedro n. 309.

ALUGA-SE perto da estação do Enge-

nho Novo, 5 minutos, uma casa e cha-cara por 1.-000Í, na rua do Bom Retiron. 12, com agua e bond na porta ; paratratar na mesma rua n. 29 ou na ladeirado Monte Alegre n. 5.

SAUDADES DA TERRA.—Historia

génealogiea da ilha de S. Miguel,pelo Dr.Gaspar Fructuoso. Vende-se"no escriptorio da rua do Ouvidorn. VO., Preço 1$ SOO cada volume, decerca de 3ÒO paginas em 4°, grande.

A CEARENSESahio á luz a brilhante

polka composta pelo pro-fessor Ricardo F. de Car-valho, cujo producto é des-tinado ás victimas da seccado Ceará. Os exemplarosvão todos rubricados peloautor. Acha-se á venda nascasas dos Srs. Narciso &

Arthur Napoleão, e Henri Préalle.

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E' um remédio infallivel psnra as molesííasdas PEBTCA.SE DO PEITO P*Ty>_AS FERIDAS antigas e chagas, untande-se abundantemente com o UnsuentA a r^tóSmolesta. Este Unguento cura a dôr de GARGANTA, (ffiphteria, bronchites &S?'constipaçoes e asthma. Este balsamo é esoecialmente efficaz para ae iBrhflrSglandulosas, gota e RHEUMATISMO. Alem-disto tbdàs ás- affecções ILtaSeTdem ao poder curativo deste remédio, com tante que se tomem simu^neampnrta-as Pilulas Holloway para suppurifiear o saogue. "»cia*c..

PRECAUÇÕES CONTRA AS MIDÍO^AS; FALSIFICAÇÕES FEITAS

:_--___ ü^dc r^ q "V" -A. "!__r o sgipílulas e unguento deHOLLOWAY

Ôs Droguistas J. F. ,Henry, ©urran & C-, de Nova York, manipulamvendem sob o nome de «Holway & C—assim — umas falsas pilulas quepulo nem consciência, ©btendo-asmos preços, tratam de vender aoverdadeiras Pilulas e Unguento

«ETe com a supposta marca de.patentemuitos negoeiaates, sem escra-dos ditos Droguistas por mui infipublico como se foram as minhas

e Unguento. quando aliás aqueílas suas compo-siçoesnenhuma efficacia evalor tém, .

Rogo, pois, muito encarecidamente a todas as pessoas, residentes no império do>Brasil, a cujas mãos este meu aviso possa chegar,, e principalmente as mais defamília e outras senhoras, que se dignem prestar-me todo © auxiüo que lhes seia.possível, para que façam publica a fraude usada em Nova York, prevenindo todos-os seus amigos, para nao serem enganados comprando aquellas composições debaixo-do titulo de « Pílulas e Unguento de Holloway »., que levem algum.rotulo de Nova*x on_v.

Antes de effectuar-se a compra deve examinar-se com muita aétenção o rotuloouletreiro contido nos frascos ou caixas, certificando-se cada pessoa se elles tema:seguinte declaração: 533, Oxford Stree, London, porque anão a conterem este mani-festa uma descarada falsificação. ^u*.Cada frasco ou vidro das Pilulas e Unguento levam o sello do thesouro inglezcom as palavras « Holloway's Pills and Ointment>v, London. nelles gravadas Norotulo esta declarada a direcção, 533, Oxford Street, London, locai t_a que única-mento sô fabricam.Roga-se ás pessoas que forem enganadas pelos vendedores das falsas pilulas e-do talão unguent», que me communiquem as particularidades, afim de que eu im-mediatamente possa perseguir os falsificadores.retribuindo liberalmente as pessoas-que me descobrirem a falsificação, pelo seu trabalho e incommodo, compromettendo-me a nao divulgar seus nomes.

AssignadoT_ ^eJ1llr

':y/'ÜZi!L Thomas Holloway.Londres, 15 de Março de 1876.

PA0Existindo ainda para emittir algumas

acções da Companhia Consumo de Pao,e começando no dia 1° de Julho o seu ser-viço de entrega nas residências dos Srs.accionistas, do que a peso certo e preçosreduzidos lhes fornecerá, convida-se aosSrs. chefes de familia qúe ainda nao seinscreveram para fazem-no afim de goza-rem das vantagens que a companhia pro-porciona.

O valor de uma acção é de 100$, reali-sado em 9 prestações, sendo a Ia de 20$ eas restantes de 10ff, com intervallo maiorde 30 dias.

As amostras do pão acham-se á dispo-sição do publico no escriptorio da compa-nhia á rua de Gonçalves Dias n. 36. ('

MATA-SAUVAS

MARCA REGISTRADA

COFRES DE FERRO A' PROVA DE FOGOHARTW1G W1_LE_IL.1SEIV& C.

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MINAS DE BWDO

Extineção completa dos formigueiros,com pouca despeza e pouco trabalho, esem perigo algum no transporte ou naapplicação; deposito geral, rua da Qui-tanda n. 113, 1° andar ¦*

a \ Francisco Xavier Calmon da Sil-a&B va Cabral, João Xavier Calmon da'

â Silva Cabral, sua mulher e filhos, a_ baroneza e o barão de Nogueira da

Gama, José Calmon Nogueira Valleda Gama e sua'"mulher, a condessa e oconde de Penamacor (ausentes), D. MariaFrancisca Calmon da Gama Moniz deAragão e seu marido (auzentes), DiogoIldefonso Nprris e sua mulher, D. Fran-cisca Thei eza de Oliveira Sá e.seus filhos,D. Guineza Rafaela Norris e José Norris,agradecem a todas as pessoas que acom-panharam ap,cemitério de S. João Ba-ptista os restos mortaes de seu prezadopai, irmão, cunhado e tio o marechal deexercito barão de Itapagipe, e de novolhes rogam o obséquio de assistirem ámissa do sétimo dia^ que por alma domesmo finado se ha de celebrar amanhã,14 do corrente, ás 9 horas da manhã, naigreja da Cruz dos Militares.

t Hoje, trigésimo dia do falleci-mento da Viscondessa de ítaborahy,reza-se uma missa por suá alma naigreja dé S. Francisco de Paula, ás9 horas da manha.

O presidente, deputado é secreta-rio da Jffhta Commercial dêstã cá-pitàl mandam dizer uma missa detrigésimo dia por alma dé seu 'fairlecfido coliega é amigo pr. Gyrinó

Antônio de Lémos,qüíhta-feirá I_"do'cor-rente mez , ás 9 horas, na igreja deS, Francisco de Paula. (•

ti

11

pharmacia;"'precisa-se de um bom offiçial .-trata-sena drogaria JanYrot, riia da Quitanda,n. .35. *

¦ IIPRESS0R ::* Precisa-se de um impressor que saibatrabalhar eom machinas de reacção. Ruado Ouvidor n. Sí, loja.

ARROIO DOS RATOSA companhia in titulada The Rio Grande Collieres Limited não tendo realisado

a compra da propriedade conhecida sob a denominação de Minas de Carvão, per-tencente á companhia Imperial Brasiliam Collieres Lismiteãr o abaixo assignado*está encarregado pelos liquidantes desta ultima Companhia (que funceiona sob aetordens do Tribunal de Chancellaria ), da venda da mesma em particular.A propriedade consiste de uma mina perfeitamente equipada com caminho de-ferro, com todos os pertences, edificios para as machinas, ditos para morada offi-cinas, escriptorios, machinas, ferramentas; campo, etc, como segue:

Um caminho de ferro de 13 1/2 kilometros ou 8 1/2 milhas inglezas de comprimento, bitola de 42 pollegadas, unindo as]minas comum trapiche na margem-do rio Jacuhy; os trilhos sao do peso de 61) libras por jarda.

Uma locomotiva pesando 14 toneladas. . ,Vinte wagons que transportam cada um 4 toneladas.-Uma mesa giratória, duas machinas para pesar.Um guindaste de força que levanta 5 toneladas on 350 arrobas.Duas machinas a vapor horisontaes. de 12 pollegadas, sendo de alta pressão. &da força de 40cavallos. ; iJ :r ' 'Uma dita da força dé 25 cavallos. vUma caldeira de duas chaminés paraVa mesma.Um possante; martelo a vapor, foles deJ patente, serra circular a vapor, torno-

com parafuso de cortar de 10 pollegadas.Üm quarto Vde milha de trilhos ou 440 jardas, leves, pesando 22 libras jaudas,cabos de aço ede ferro, correntes, alviões, ferramenta para ferreiro e carpinteiro,

objectos de escriptorio e outros muitos que se não menciona.Um campo cercado com 53,987 braças quadradas situado sobre o rio Jacuhy,

com casas de moradia. .' ~ .Todo o material mencionado acima está em bom estado de conservação,E' esta uma excellente opportunidade para a formação de uma companhia no

paiz que obteria em condições muito favoráveis uma propriedade em que se temgasto quasi mil contos de réis.

Chama-se a attenção dos Srs. pretendentes para o seguinte; que é da maiorimportância-

« Quem comprar as minas a propriedade acima mencionadas, obterá ao mesmo-tempo o previlegio de explorar qualquer mineral, que appare«ja dentro áos limites-dos municípios de S. Jeronymo e Triumpho, durante os próximos 20 annos.

Os pretendentes para toda oü. para parte da propriedade terão a bondade-de-dirigir-se.ao>baixo assignado, W. Tweedie, agente dos liquidantes daCompanhia.Imperial Brazilian Collieres Limited.

Porto Alegre, S de Maio de 1877:Endereço: <>'.

Cuidado do Sr. A, Dillòn—^Rua Sete de SetembroVn. 6â/

IMPERIAL THEATRO D. PEDRO II THEATRO GYMNASIO

Sexta-feira, 15 de Junho

Ultimo! Ultimo! Ultimo!'

ilAGK-FICO ESPECTACUi-O

BE

VV MÁGICA, MüSICál;¦¦';•..- Yr -

; , ; v 'A '

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MAGNETISMO HUMANO

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pelo afamado magnetizador

Pedro d'AiaÍGoseu filho "Vicente e o celebre pheno-

meno o Homem Flauta A^A;

PREÇOS:.Cadeiras de ,1a classe e varandas, 3§ ;

ditasj de 2a .classe, 2g ; galerias, 1$ ; ca-marótes dè 1« e 2» ordem, 15J?000.

* Os bilhetes acham-se á venda - no es-criptorio do theatro;.

no '¦¦«ar E2"::-::.Quarta-feiraj 13 de Junho

AIMDA QÜE CHOVA

3»representação dqmagnifico dramaina-"ritimo em 5 actos, originar portu-A guez, dò, Exm. Sr. César de ; f

; Lacerda, intitulado:' - _

0 BOTÃO-:àa'"/a:ay K;/:'//Tm[--/':: ü ' /a/A:

GiSSINO

COMPANHIA DRAMÁTICADIKIGiDA PELO ARTISTA

FURTADO COELHO

HOJEQuarta-f eira, 13 de Junho de 187?

Fya «EPMESEMTAÇAOVcom o,^magnifico drama em 5 actos da

A. Dumas Filho

ül PAI

iieoiiiToma parte toda a companhia;O scehariò novo é pintado por drvers<r.s

distinetos scenographòs.Os bilhetes acham-rse à venda no-Abi-

-heteiró. AA empreza fazcónstar áo respeii?avèl

publico, que ps espectaculos sãoântvári^-íériveis, salvo'por doença attestado pelofacultativo. .-_

PROPIGOOs principaespapeis peles artistas Fur-

tado). Coelho, é Lucinda Furtado Coelho.Toma parte toda a companhia.

A's 8 heras.Amanhã q mesmo èspectaouloV .Os; bilhetes, acham-se á venda no es-

criptorio do theatro.

\ TSyp. nòr-(jÉLÒBÒ—kua do oovidqr n. 84=

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