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" ' " ' "' - ¦¦-::?"'""íl;.^-1-'',-V"''ví: v * :7*'*'- * "-'..'"- A correspondência e as reclamações serão dirigidas. ,""/,•>*' ao gerente . á vua Duque de Caxias n* 50 1 andar, ou árua Larga dc Piosarión. 24, 2* andar. A PROVÍNCIA Recife, 14 de Abril de 1873. l|l*'' " * A recente crise, pela qual acaba de passar o gabinete inglez, é mais uma prova da regularidade com que func- cionam, na Inglaterra, os partidos po- liticos, e do respeito inviolável aos dogmas do regimen representativo. Com effeito alli cada partido tem a •sua vez, quando esta lhe é indicada pe- Ia opinião publica; alli as subidas e des- .'cidas dos ministros jamais são uma sor- preza para o paiz; alli cada partido .sabe quando deve governar, ou ceder o poder ao adversário; alli tudo se pas- sa" em pleno dominio da publicidade, e de accordo com o parlamento, o que ¦concorre para tornar cada vez mais -cliara a nação ingleza a realeza, que -nunca se mostra um poder pessoal. ./Que differença do regimen inglez para a nossa monarchia constitucional representativa! Confrontemes alli o •que se passou com o que entre nós oc- •correu o anno passado. A crise do gabinete inglez foi moti- vada por haver a câmara dos communs recusado a passar a segundaleitura •do bill sobre a Universidade da Irlan- •da, por 287 votos contra 284. Como se vê, a maioria adversa ao gabinete •Gladstone era «apenas de três votos / Ora, em face de tão insignificante maioria, era de suppor, em qualquer paiz, que não fosse a Inglaterra, que o ministério continuasse a governar, «ap- pellando pára o.paiz, recorrendo ano- ' vas eleições. Pelo menos foi esse o primeiro sentimento externado pelo Jínmes. Assim, porém, não succedeu. Gla- •dstone em vez de dissolver a câmara, correu logo ao palácio da rainha a pe- •dir sua demissão. Tal é o respeito que os ministros ingíezes consagram as ¦ maiorias parlamentares por insignifi- -cantes que ellas sejam ! Era que no pensamento do distincto ministro inglez, a questão do bill não. devia prevalecer sobre a opinião con- . traria da câmara dos communs, embo- ra fosse ella firmada em uma maioria occasional e de três votos apenas. Se, em vez de uma questão secun- daria, como o era evidentemente a ma- . teria do bill, fosse objecto da crise uma questão de primeira ordem, uma quês- ' tão de interesse geral, filha de algu- ma theoria longamente meditada, e ac- ' celta pela opinião publica, seguramen- , te aquelle grande homem de estado, se julgaria obrigado a lutar, mesmo com risco de uma derrota gloriosa, e então outra teria sido a sua condueta. Entretanto, outra é entre nós a nor- ma dos nossos gabinetes, outra e mui- to outra foi a condueta do nosso grande homem de estado em 1872 ! Neste anno o gabinete Paranhos te- ve contra si a manifestação da maioria da câmara temporária, e a crise foi mo- tivada, não por uma questão de pri- meira nem de segunda ordem, mas sim por uma questão personalissima, pois que se referia a pessoa dc chefe, do gabinete. O partido conservador, em unanimidade* na câmara, se havia dividido, e a maioria recusava a sua confiança ministério, como meio de •harmonisar o partido, que elle havia dividido. Tanto foi bastante, para que o gabi- nete dissolvesse a câmara, revolvesse e ensangüentasse o paiz, para fabricar uma nova câmara que o reconhecesse e o proclamasse como o legitimo chefe dos conservadores, condemnando a maioria dissidente ! Ora, quando taes monstruosidades parlamentares são impunemente per- petrada*^, sem temor da minimàrespon- sabilidade, visto como o regimen da eleição indirecta innocenta os minis- tros, que as commettem, não é de ad- mirar, que o paiz opprimido, a falta de responsabilidade ministerial, que não existe, onde não ha eleição livre, faça remontar as suas queixas mesmo áci- ma do ministério, e vá.-até a realeza! Na verdade, se, no regimen repre- sentativo ob ministros,""agentes livres da coroa, são entidades neeessíirias, visto como o monarcha nada pode obrar, sem o ministério, segue-se que, uma vez firmada de facto, e.cje direito pela eleição indirecta, a-'irresponsabilidade dos ministros, a intervenção destes no governo, é uma calamidade, .e a sorte do povo peior do que a que elle teria no regimen absoluto. Nem ha outra mzão solida da exis- tencia do poder pessoal; porquanto quando os ministros não vêem pesar sobre suas cabeças uma responsabili- dade eminente, não lhes resta outra cousa mais senão o sentimento de sua necessidade; e então-é inevitável que elles tendam ao absolutismo. Esse despotismo, porém, é o mais temivel de todos os despotismos; por- que é exercido em nome da realeza ! Então taes ministros se tornam dupla- mente temíveis: Temiveis para a nação, impossibili- tada de fazer effectiva a responsabili- dade ministerial, porque não havendo eleição livre, não ha representação que os aceuse e os condemne. Temiveis para o imperante cujas prerogativas ficam compromettidas, porque a responsabilidade não poden- do fixar-se sobre os ministros, tende necessariamente a subir, e vai fixar-se em ponto mais alto—sobre a realeza. Tal é a verdadeira origem do poder pessoal. Com o nosso regimen, sem verdade na eleição, sem responsabili- dade para o ministério, não soffre o povo, também soffre e periga o impe- rante, porque perde a acção immedia- ta do governo, sem conseguir a in viola- biiidade. Não súccede assim na Inglaterra. Cada vez mais a realeza torna-se alli querida da nação; cada vez mais é ella acatada e inviolável. JS O relatório «Io Sr. J>r. H. «1« _Liiceiia -: * Sobre o magno problema da instrucção publica o Sr. Dr. Henrique de Lucena em seo relatório não apresentou infelizmente medidas .eficazes, attinentes ao seo melho- ramento e desenvolvimento. Nessa parte, como em muitas outras, o relatório de S. Exe. é de uma esterilidade contristadora. Dir-se-hia que S. Exe. por meio de alguns lugares communs, quiz .Iludir as graves questões que surgem, sempre qué se trata com animo'firme desse desideratum social —ou por não ter idéas próprias e assenta- das ou por fallecer-lhe o animo para os profícuos commettimentos. E no entanto, S. Exe. que parece ter sede de reputação, desejos indomitos de deixar o.seo nome cer- cado de prestígios na administração da pro- vincia; poderia colher grande copia de lou- i?os, se quizesse encarar de frente a questão, e procurai' resolvel-a, salvo se não estivesse isso ao alcance de seus talentos, estudos e aptidões. Sem querermos entrar na apreciação dos elementos que deveriam contribuir para essa esterilidade, contentamos-nos em apontal-a e lastimal-a. Das vistas geraes sobre a instrucção pu- blica,rachiticas, estreitas esem alcance, des- ce o Sr. Dr. Henrique de Lucena a tratar das escolas primarias e dos estabelecimentos encarregados da distribuição do ensino se- cundario na provincia.S. Exe. é ainda de uma infelicidade que seriamente sentimos. Algumas lioras de me- ditação, a consulta aos homens competen- tes, a alguns desses m-átos relatórios, livros e memórias que tratam, db ensino em "quasi todos os paizes e uns vislumbres de critério seriam snfficientes para S. Exe. produzir alguma cousa útil, ainda que pequenas re- formas que se poclessem adaptar ás condic- ções da provincia—e que livrariam S. Exe. da pecha de incapacidade, que s*e lhe pôde attribuir. Poucas palavras S. Exe. dispensa ases- colas primarias esses .primeiros cadinhos em que se tem de depurar as gerações futu- ras. Quasi que se limita íi dar-nos o nume- ro dellas e quaes as que se acham providas ou não. Não queriamos largos desenvolvimentos —nos contentávamos com esclarecinien- tos sobro o estado dessas escolas—sobre o ensino distribuidoe resultados obtidos, so: bre o melhodo empregado, sobre o magiste- rio, sobre os edifícios em que fuuccionam, e diante desse estado, que devia ser descripto com fidelidade por S. Exe. medidas justas que o podessem melhorar—on se o estado cias escolas attingio um grão subido de perfeição—legitimos parabéns á proviucia. Limitou-se,porém, o Sr.Dr. H. de Luce- na á dizer-nos que «sao, em geral, os pro- fessores pouco zelosos, remisos mesmo, no desempenho de seus deveres, c de poucas habilitações.» Talvez não estejamos muito em desaccordo com S. Exe- Mas, responda-nos o Sr. Dr. H. de Lu- cena : poderá conquistar os foros de grande administrador quem á par de defeitos e vi- cios como os apresentados por S. Exe;.: nos professores das escolas primarias—vicios e defeitos que nullificam os esforços e sacriíi- cios feitos pela provincia com essas escolas, não apresente em seguida as reformas neces- sarias para elles desapparecereni ? Pode- riam mesmo ser acldiadas ? Se são os professores pouco zelosos e até remissos no desempenho cie stus deveres, não ha pena para elles ? Se são elles de poucas habilitações, o que podem ensinar ? Se pouco ou nada podem ensinar, uma vez que elles dispõem de pou- cas habilitações—para que a manutenção des- sas escolas, e a criação de outras aconselha- das por S. Exe. ? Não será tudo isso em pura perda dos dinheiros da provincia ? O que a sociedade lucra com esses sacerdotes degenerados que não conhecem a religião que professam? Serão essas escolas verdadeiras ostentações, inutilidades mantidas, como co- pias grotescas das que são verdadeiramente uteis pelo onsino fecundante que distribuem? —Senão são porém inutilidades, como.pen- santos, mas reaes e imprescendiveis necessi- dades, quaes as medidas propostas pelo Sr. Dr. H. cie Lucena para serem estirpados es- ses defeitos e vicios que corroem até ó cerno essas escolas primarias ? Não se'dignou o Sr. Dr. H. de Lucena de apresental-as. Comprehende bem o Sr. Dr. H. Lucena que nesta nossa analyse conscieneiosa do seu relatório não estamos obrigados á apre- sentar o nosso plano reformas—o que queremos destruir, o que queremos melhorar, o que queremos fundar na provincial.;'.. Não exercemos influencia no poder, estam- .' nos trancadas as portas da representação geral e provincial—e as reformas mancas ,;. são reformas nullas. As nossas idéas* execu- tadas por interpretes infiéis, adulteradas ou em parte ou em sua subtancia, ficarão do alguma sorte prejudicadas quando tiverem de se transformar em realidades praticas.. Não é esse um plano de opposição mes- quinha, é o que pratica na Inglaterra. Dispensamos-nos de citar exemplos. Abrindo de alguma sorte mão desse plano, temos em attenção á provincia iniciado medidas, que bem approveitadas por S. Exe. e pela actual assembléa provincial, podem trazer melhoramentos ás nossas condieções financeiras, ao estado do ensino e da la- voura; mas não estamos adstrictos á apre- sentar reformas sobre tudo, eme justamente censuramos.: Assim, pois, competia ao Sr. Dr. H. de j Lucena, logo que reconheceu que os pro- fessores são pouco zelosos, remissos no des- empenho de seus deveres e de poucas ha- bilitações, apresentar em seguida os meios de serem extinetos esses defeitos e vicios. Tinha o dever imprescindível de fazel-o, tanto mais quanto, como prova do que aílir» ma-nos, diz-nos S. Exe. que matriculando-se nas aulas do sexo masculino 7,987 alumnos foram julgados habilitados 148, e das 4,919 alumnas ciue se matricularam nas au- Ias do sexo feminino foram julgadas ha- bilitadas 77. S. Exe. como única observa- ção limitou-se ao ponto commum de admi- raçào! De tudo mais o Sr. Dr. H.cle Luceiia fez abstracção: das matérias do ensino, do methodo empregado, das condieções dos edi- fieios em que elle é distribuído, e dessas inu- meras questões que se prendem intimamente ao grave problema do ensino publico. Se não ha professores bem poderia dizer o . Dr. H. de Lucena.... Senão ha prof. ssoros, mais obrigado esta- va o Sr. Dr. H. de Lucena á tratar-delles e revèllr.r-sô na altura do cargo que oecupa quando se tivesse de oecupar da Escola nor-. .„,«/___escola destinada para creal-os, viveiro d'onde devem sahir habilitados e dignos do j sacerdócio... •:¦¦* Da Escola normal nada S. Exç,; diz-nos de importância.!; '''* O edificio não offerece proporções Buffi: cientes.' Nas sociedades modernas os edifi- cios em que se distribue o ensino merecem particulares attenções. E' preciso diz E. de Lavolleye, que a sociedade façapelá escola em todos os seus grãos o que a idade media tão admioavelmente realisou em suas egrejas e o Egypto em seus templos.a O edificio da Escola normal mereceu por certo as attenções do administrador provin- ciai, e sobr» elle diz-nos o Sr. Dr. H. de Lu- cena: « a falta de espaço na escola pratica, 9in virtude de crescido numero de alumnos que se matriculam annualmente, e a sua lo- calidado em que está situada (?) são objecto de Varias considerações do mesmo director, que concíue lembrando o alvitre de arren- dar-se todo o predio onde funcciona o estabe- íecimento, db modo a poder mudar-se arefe- rida escola de lugar,—em que ora está, para outro compartimento do edifício, actualmente becupado por uma taverna! » '& •'-¦'' 77- ..*''¦ rnmWÊÊ^^',J mtèmmÉk :*íSrW« -''y. ¦¦-$$¦# •:¦ 7*7;., \ . .'777'r ' ".'•*-.•'.'}¦* íwHSÍbÍ -77-r7 7«»>77 Sr. Dr ,..v ¦ :.-¦ '¦f _£sfé m . '¦¦¦ ¦¦ .;,, -; -r-—r^T""/ W ¦*•*>. 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: ASSIGNATURAS(Recife)

Semestre 5$000Anno ...... ÍO^OOU

[Interior e Províncias)Semestre.. C$000Anno 12§000

As assignaturas come-cam em qualquer tempo oterminam no ultimo de Fe-vereiro e Agosto. Paga-mento adiantado.—Publi-ca-se nas terças e sextas-feiras.

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Ilecife.^Terça^fei^a 15 de Abril de 1873.- . -.7. ." "'.-Á-v i..'""

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N 61

'il CORRESPONDÊNCIA

A Redacçào acceita eagradece a collaboração.

'.¦•¦¦JÊÊiz'' "' i

ORGAO DO PARTIDO LIBERALVejo por toda a parte um symptoma, (^ue me assusta

pela liberdade das uuçües e da Igreja: a centralisaçüo.Um dia os povos despertarão clamando:--Onde as nos-sas liberdades ?

p. FELix-Disc. ?io Congr. deMatinês, 18G_.

" ' " ' "' - ¦¦-::?"'""íl;.^-1-'',-V"''ví: v * '¦ :7*'*'- *"-'..'"-

A correspondência e asreclamações serão dirigidas. ,""/,•>*'ao gerente

. á vua Duque de Caxias n*50 1 andar, ou árua Largadc Piosarión. 24, 2* andar.

A PROVÍNCIA

Recife, 14 de Abril de 1873.l|l*'' " *

A recente crise, pela qual acaba depassar o gabinete inglez, é mais umaprova da regularidade com que func-cionam, na Inglaterra, os partidos po-liticos, e do respeito inviolável aosdogmas do regimen representativo.

Com effeito alli cada partido tem a•sua vez, quando esta lhe é indicada pe-Ia opinião publica; alli as subidas e des-

.'cidas dos ministros jamais são uma sor-preza para o paiz; alli cada partido.sabe quando deve governar, ou cedero poder ao adversário; alli tudo se pas-sa" em pleno dominio da publicidade, ede accordo com o parlamento, o que¦concorre para tornar cada vez mais-cliara a nação ingleza a realeza, que-nunca se mostra um poder pessoal.

./Que differença do regimen inglezpara a nossa monarchia constitucionalrepresentativa! Confrontemes alli o•que se passou com o que entre nós oc-•correu o anno passado.

A crise do gabinete inglez foi moti-vada por haver a câmara dos communssé recusado a passar a segundaleitura•do bill sobre a Universidade da Irlan-•da, por 287 votos contra 284. Comose vê, a maioria adversa ao gabinete•Gladstone era «apenas de três votos /

Ora, em face de tão insignificantemaioria, era de suppor, em qualquerpaiz, que não fosse a Inglaterra, que oministério continuasse a governar, «ap-pellando pára o.paiz, recorrendo ano-' vas eleições. Pelo menos foi esse oprimeiro sentimento externado pelo

Jínmes.Assim, porém, não succedeu. Gla-

•dstone em vez de dissolver a câmara,correu logo ao palácio da rainha a pe-•dir sua demissão. Tal é o respeito queos ministros ingíezes consagram as

¦ maiorias parlamentares por insignifi--cantes que ellas sejam !

Era que no pensamento do distinctoministro inglez, a questão do bill não.devia prevalecer sobre a opinião con-

. traria da câmara dos communs, embo-ra fosse ella firmada em uma maioriaoccasional e de três votos apenas.

Se, em vez de uma questão secun-daria, como o era evidentemente a ma-

. teria do bill, fosse objecto da crise umaquestão de primeira ordem, uma quês-' tão de interesse geral, filha de algu-ma theoria longamente meditada, e ac-' celta pela opinião publica, seguramen-

, te aquelle grande homem de estado, sejulgaria obrigado a lutar, mesmo comrisco de uma derrota gloriosa, e entãooutra teria sido a sua condueta.

Entretanto, outra é entre nós a nor-ma dos nossos gabinetes, outra e mui-to outra foi a condueta do nosso grandehomem de estado em 1872 !

Neste anno o gabinete Paranhos te-ve contra si a manifestação da maioriada câmara temporária, e a crise foi mo-tivada, não por uma questão de pri-

meira nem de segunda ordem, massim por uma questão personalissima,pois que só se referia a pessoa dc chefe,do gabinete. O partido conservador,em unanimidade* na câmara, se haviadividido, e a maioria recusava a suaconfiança aò ministério, como meio de•harmonisar o partido, que elle haviadividido.

Tanto foi bastante, para que o gabi-nete dissolvesse a câmara, revolvessee ensangüentasse o paiz, para fabricaruma nova câmara que o reconhecessee o proclamasse como o legitimo chefedos conservadores, condemnando amaioria dissidente !

Ora, quando taes monstruosidadesparlamentares são impunemente per-petrada*^, sem temor da minimàrespon-sabilidade, visto como o regimen daeleição indirecta innocenta os minis-tros, que as commettem, não é de ad-mirar, que o paiz opprimido, a falta deresponsabilidade ministerial, que nãoexiste, onde não ha eleição livre, façaremontar as suas queixas mesmo áci-ma do ministério, e vá.-até a realeza!

Na verdade, se, no regimen repre-sentativo ob ministros,""agentes livresda coroa, são entidades neeessíirias,visto como o monarcha nada pode obrar,sem o ministério, segue-se que, umavez firmada de facto, e.cje direito pelaeleição indirecta, a-'irresponsabilidadedos ministros, a intervenção destes nogoverno, é uma calamidade, .e a sortedo povo peior do que a que elle teriano regimen absoluto.

Nem ha outra mzão solida da exis-tencia do poder pessoal; porquantoquando os ministros não vêem pesarsobre suas cabeças uma responsabili-dade eminente, não lhes resta outracousa mais senão o sentimento de suanecessidade; e então-é inevitável queelles tendam ao absolutismo.

Esse despotismo, porém, é o maistemivel de todos os despotismos; por-que é exercido em nome da realeza !Então taes ministros se tornam dupla-mente temíveis:

Temiveis para a nação, impossibili-tada de fazer effectiva a responsabili-dade ministerial, porque não havendoeleição livre, não ha representaçãoque os aceuse e os condemne.

Temiveis para o imperante cujasprerogativas ficam compromettidas,porque a responsabilidade não poden-do fixar-se sobre os ministros, tendenecessariamente a subir, e vai fixar-seem ponto mais alto—sobre a realeza.

Tal é a verdadeira origem do poderpessoal. Com o nosso regimen, semverdade na eleição, sem responsabili-dade para o ministério, não soffre só opovo, também soffre e periga o impe-rante, porque perde a acção immedia-ta do governo, sem conseguir a in viola-biiidade.

Não súccede assim na Inglaterra.Cada vez mais a realeza torna-se alliquerida da nação; cada vez mais é ellaacatada e inviolável.

'Â JS

O relatório «Io Sr. J>r. H. «1«_Liiceiia

-: *Sobre o magno problema da instrucção

publica o Sr. Dr. Henrique de Lucena emseo relatório não apresentou infelizmentemedidas .eficazes, attinentes ao seo melho-ramento e desenvolvimento. Nessa parte,como em muitas outras, o relatório de S.Exe. é de uma esterilidade contristadora.Dir-se-hia que S. Exe. por meio de algunslugares communs, quiz .Iludir as gravesquestões que surgem, sempre qué se tratacom animo'firme desse desideratum social—ou por não ter idéas próprias e assenta-das — ou por fallecer-lhe o animo para osprofícuos commettimentos. E no entanto,S. Exe. que parece ter sede de reputação,desejos indomitos de deixar o.seo nome cer-cado de prestígios na administração da pro-vincia; poderia colher grande copia de lou-i?os, se quizesse encarar de frente a questão,e procurai' resolvel-a, salvo se não estivesseisso ao alcance de seus talentos, estudos eaptidões.

Sem querermos entrar na apreciação doselementos que deveriam contribuir para essaesterilidade, contentamos-nos em apontal-ae lastimal-a.

Das vistas geraes sobre a instrucção pu-blica,rachiticas, estreitas esem alcance, des-ce o Sr. Dr. Henrique de Lucena a tratardas escolas primarias e dos estabelecimentosencarregados da distribuição do ensino se-cundario na provincia. •

S. Exe. é ainda de uma infelicidade queseriamente sentimos. Algumas lioras de me-ditação, a consulta aos homens competen-tes, a alguns desses m-átos relatórios, livrose memórias que tratam, db ensino em "quasi

todos os paizes e uns vislumbres de critérioseriam snfficientes para S. Exe. produziralguma cousa útil, ainda que pequenas re-formas que se poclessem adaptar ás condic-ções da provincia—e que livrariam S. Exe.da pecha de incapacidade, que s*e lhe pôdeattribuir.

Poucas palavras S. Exe. dispensa ases-colas primarias — esses .primeiros cadinhosem que se tem de depurar as gerações futu-ras. Quasi que se limita íi dar-nos o nume-ro dellas e quaes as que se acham providasou não.

Não queriamos largos desenvolvimentos—nos contentávamos com esclarecinien-tos sobro o estado dessas escolas—sobreo ensino distribuidoe resultados obtidos, so:bre o melhodo empregado, sobre o magiste-rio, sobre os edifícios em que fuuccionam, ediante desse estado, que devia ser descriptocom fidelidade por S. Exe. medidas justasque o podessem melhorar—on se o estadocias escolas attingio um grão subido deperfeição—legitimos parabéns á proviucia.

Limitou-se,porém, o Sr.Dr. H. de Luce-na á dizer-nos que «sao, em geral, os pro-fessores pouco zelosos, remisos mesmo, nodesempenho de seus deveres, c de poucashabilitações.»

Talvez não estejamos muito em desaccordocom S. Exe-

Mas, responda-nos o Sr. Dr. H. de Lu-cena : poderá conquistar os foros de grandeadministrador quem á par de defeitos e vi-cios como os apresentados por S. Exe;.: nos

professores das escolas primarias—vicios edefeitos que nullificam os esforços e sacriíi-cios feitos pela provincia com essas escolas,não apresente em seguida as reformas neces-sarias para elles desapparecereni ? Pode-riam mesmo ser acldiadas ?

Se são os professores pouco zelosos e atéremissos no desempenho cie stus deveres, nãoha pena para elles ?

Se são elles de poucas habilitações, o quepodem ensinar ? Se pouco ou nada podemensinar, uma vez que elles dispõem de pou-cas habilitações—para que a manutenção des-sas escolas, e a criação de outras aconselha-das por S. Exe. ? Não será tudo isso empura perda dos dinheiros da provincia ? Oque a sociedade lucra com esses sacerdotesdegenerados que não conhecem a religião que

professam? Serão essas escolas verdadeirasostentações, inutilidades mantidas, como co-pias grotescas das que são verdadeiramenteuteis pelo onsino fecundante que distribuem?—Senão são porém inutilidades, como.pen-santos, mas reaes e imprescendiveis necessi-dades, quaes as medidas propostas pelo Sr.Dr. H. cie Lucena para serem estirpados es-ses defeitos e vicios que corroem até ó cernoessas escolas primarias ?

Não se'dignou o Sr. Dr. H. de Lucena deapresental-as.

Comprehende bem o Sr. Dr. H. dé Lucenaque nesta nossa analyse conscieneiosa doseu relatório não estamos obrigados á apre- •sentar o nosso plano d« reformas—o quequeremos destruir, o que queremos melhorar,o que queremos fundar na provincial.;'..

Não exercemos influencia no poder, estam- .'nos trancadas as portas da representaçãogeral e provincial—e as reformas mancas ,;.são reformas nullas. As nossas idéas* execu-tadas por interpretes infiéis, adulteradas ouem parte ou em sua subtancia, ficarão doalguma sorte prejudicadas quando tiveremde se transformar em realidades praticas..

Não é esse um plano de opposição mes-quinha, é o que sé pratica na Inglaterra.Dispensamos-nos de citar exemplos.

Abrindo de alguma sorte mão desse plano,temos em attenção á provincia já iniciadomedidas, que bem approveitadas por S. Exe.e pela actual assembléa provincial, podem

• trazer melhoramentos ás nossas condieçõesfinanceiras, ao estado do ensino e da la-voura; mas não estamos adstrictos á apre-sentar reformas sobre tudo, eme justamentecensuramos. :

Assim, pois, competia ao Sr. Dr. H. de jLucena, logo que reconheceu que os pro-fessores são pouco zelosos, remissos no des-empenho de seus deveres e de poucas ha-bilitações, apresentar em seguida os meiosde serem extinetos esses defeitos e vicios.Tinha o dever imprescindível de fazel-o,tanto mais quanto, como prova do que aílir»ma-nos, diz-nos S. Exe. que matriculando-senas aulas do sexo masculino 7,987 alumnossó foram julgados habilitados 148, e das4,919 alumnas ciue se matricularam nas au-Ias do sexo feminino só foram julgadas ha-bilitadas 77. S. Exe. como única observa-ção limitou-se ao ponto commum de admi-raçào!

De tudo mais o Sr. Dr. H.cle Luceiia fezabstracção: — das matérias do ensino, domethodo empregado, das condieções dos edi-fieios em que elle é distribuído, e dessas inu-meras questões que se prendem intimamenteao grave problema do ensino publico.

Se não ha professores bem poderia dizer o. Dr. H. de Lucena....Senão ha prof. ssoros, mais obrigado esta-

va o Sr. Dr. H. de Lucena á tratar-delles erevèllr.r-sô na altura do cargo que oecupaquando se tivesse de oecupar da Escola nor-..„,«/___escola destinada para creal-os, viveirod'onde devem sahir habilitados e dignos do jsacerdócio. .. •:¦¦*

Da Escola normal nada S. Exç,; diz-nosde importância.! ;

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O edificio não offerece proporções Buffi:cientes.' Nas sociedades modernas os edifi-cios em que se distribue o ensino merecemparticulares attenções. E' preciso diz E. deLavolleye, que a sociedade façapelá escola emtodos os seus grãos o que a idade media tãoadmioavelmente realisou em suas egrejas eo Egypto em seus templos. a

O edificio da Escola normal mereceu porcerto as attenções do administrador provin-ciai, e sobr» elle diz-nos o Sr. Dr. H. de Lu-cena: « a falta de espaço na escola pratica,9in virtude de crescido numero de alumnosque se matriculam annualmente, e a sua lo-calidado em que está situada (?) são objectode Varias considerações do mesmo director,que concíue lembrando o alvitre de arren-dar-se todo o predio onde funcciona o estabe-íecimento, db modo a poder mudar-se arefe-rida escola de lugar,—em que ora está, paraoutro compartimento do edifício, actualmentebecupado por uma taverna! »

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Sobre os desenvolvimentos do ensino dadopela Escola normal—afim de que ella possaattingir o grão de aperfeiçoamento que temattiugido as da Prussia, da França, dos' Esta-dos-TJnidose da Inglaterra nada S. Exc. nosdiz. E sem boas Escolas normaes como te-remos bons professores ?

Na Inglaterra tanto o governo rocouheceua necessidade e importância dessas escolas(normal schools, training schooU) quo o esta-do paga-lhes cem libras esterlinas por cadaprofessor que preparam, depois de dois an-nos de estada na escola.

A sua importância é reconhecida por to-dos os paizas em que o ensino « problema quese procura efilcasmentc resolver.

E no emtanto.... o Sr. Dr. H. de Luceoanada sobre cila nos diz, sobre o seu neces-sario desenvolvimento, sobre o seo program-ma do ensino e sobre toda» essas questõesque a ella se prendem.

Sobre as cousas importantes e que more-cem as attenções dos administradores acimada vulgaridade o Sr. Dr. H. de Lucena teráfeito o propósito de guardar a mudez dosdeuses conservados nas cryptas -cgypcias ?

Carnes verdes

No artigo publicado no ultimo numerodeste periódico sobre o projecto que se dis-cute na assembléa legislativa provincial parao fornecimento de carnes verdes, dissemosque, além de illegal e arbitrário quanto a suaapresentação, tambem o era com referenciaao seu objecto, e demais a mais insufficieu-te para o fim, que tiveram em vista seus au-tores.

A primeira parte desto asserto já ficouplenamente demonstrada naquelle artigo;trataremos agora daillegalidade do projectoem si, o procuraremos mostrar que, em focoda constituição, dá lei orgânica das munici-palidades- o dos princípios econômicos, esseprojocto é um parto infeliz, quo não abonarápor certo a reflexão o o critério dos nossosmodernos Licurgos, so for convertido em loi.

Para melhor apreciação do que temos dedizor, transcreveremos aqui o projecto allu-dido, tal como se acha publicado no Diáriode Pernambuco de 12 de Março ultimo :

« A assembléa legislativa provincial re-solve: |

« Art. 1.- Fica desdo já creado um impôs-to addicional ao do 2$500 por cabeça de ga-do vaceum, cousummido nos municípios daprovíncia, o qual deverá ser regulado polasseguintes disposições :

. « § 1.- De cada rez qne fòr talhada porproco superior a 450 róis o kilo, cobrar-se-ha, além do imposto ordinário de 2$5.00,mais um outro addicional de 1'0$000, aug-mentando-se este na razão de mais 5SUIÒ0por cada fracção de 400 rs. com que for ele-vado aquelle preço.

« § 2.- Quando o preço da carne não excc-der a 380 rs. o kilo, os que assim a vende-rem, terão direito de reclamar cm seu favordiminuição de 500 rs. do imposto ordináriosobre cada rez.

« Art. 2.-. O produeto desta imposição será

3? -0 L B. S T1H

Caspito, commendador!O solo carrascáo, executado por V. 8. na festa

municipal da commenda gratuita, encheo a mo-dida dos mais exigentes.

Muito melhor, mil vozes melhor, que o caca-rejo official em defesa daquelles soutos varões,que o povo ignaro denomina—raarchaht.es.—ultrajados pela calumnia do —monopólio.

A solpha. agradou geralmente, o posso dizer-lhe, pelo_qu"o tenho ouvido, que com mais algu-mas doses de centeio espigado V. 8. completarámui dignamente o seu trintario de—relevantesserviços prestados á pátria.

Não quero dizer com isso quo já so aproximado nosso Carlos Gomes, mas iucontcstavelmontevae dando • linha, o pondo-se á muita distanciado festejado Manoel Mocambo. Devo conhecer oautor dos choràãinhos de babar.

Ha todavia quem noto quo, fatiando V. S. nosseus 29 annos de —relevantes serviços, nâo ro-servasse uns dois compassinhos para memoraros feitos a instrucção publica, principalmente re-ferindo-so a honra imperial, segundo os jornaescia curte e província, á esses serviços, quó, a nãoexistirem, como alguns pretendem, não serviriamde fundamento declarado i: tão elevada conces-são. Dizem que V. S. saltando por cima da ins-t-rucção publica ficou um pouco auaiphabéto.

Mas não se lhe dê disso, os entendidos em ma-teria do —goncrosidades, aflirmam quo o sou

exclusivamente, applicado á aequisiçao deterrenos o logradouros, onde possam ser ro-colhidas as rezes destinadas ao cousumo dosrespectivos municípios.

«Art. 3.\ O presidente da provincia ficaautorisado a contractar, se isto for necessa-.rio, o abastecimento do carne á populaçãodesta cidade com uma companhia, ou qual-quer pessoa, que offereça garantias, molho-res condições o vantagens, comtanto que ocontracto não seja por prazo maior de 4 an-1105 o na conformidade dos artigos ant.eçe-dentes.

«Art. 4.- O presidente da provincia ficatambem autorisado a fazer as despezas, quepara a execução dosta lei forem necessáriaso darás respectivas iustrueçõés e rosrulamen-

.Otos. ...« Art. 5.' Eicam revogadas etc. »Como so vê, o projecto fixa o máximo do

preço porque deve sor vendida a c>rne verdenesto município; o para assim o fazer, nãosabemos cm quo. principio do direito e dejustiça so fundaram seus autores.

Nenhum gênero de trabalho, do cultura,industria ou commercio, diz a constituiçãopolitica do imporio, art. 179 § 24, pode serprohibido, uma, vez quo não se opponha aoscostumes públicos, á segurança e saudo doacidadãos.

A industria do marchante não está com-prehendida na segunda parto daquella dis-posição constitucional; não é uma industriaprohibida; se o fosso, ainda mais illegal earbitrariamente teria procedido a assembléaprovincial autorisando-a, embora com alg«-mas restrições.

Mas se o trabalho é livra, o seu resultado,os prodüctos delle provenientes, não podemtambem deixar de sor livres, porque o con-trario seria a negação dessa liberdade; o odireito de trocal-os ou do dispor delles dequalquer modo*quo seja, não podo ser con-testado, uma vez que é a conseqüência lógicada propriedade.

A liberdade das trocas, ou do commercio,diz Turgot, é um corollario do diroito de pro-priedade.

Ora a constituição no art. 170 § 22 garan-te este direito em toda a sua plenitude, sal-vo o caso unico do bem publico legalmenteverificado exigir o uso da propriedade do ci-dadão, e ainda assim deve ser mediante in-demnisação prsvia.

Iíespeitaudo esta garantia constitucional,o poder legislativo gorai, na lei quo organisouos municípios, determinou no art.; 60 § 10que as câmaras, procurando prover sobro aabastança o salubridáde do todos os manti-mentos e outros objectos expostos á vendapublica, devem abster-se absolutamente de ta-Mtr os preços dos gêneros ou do lhes pôr outrasrestrições á ampla liüeedadÉ que compete aseus donos. *vOndo, pois, perguntaremos outra vez, foibuscar a assembléa provincial competênciapara fixar preços aos prodüctos do uma iu-dustria ?

ü circulo de suas attribuições está fatal-monto traçado pelo Acto Addicional, e ahinenhuma disposição so •ncontra que possajustificar tão violento attentado contra a li-herdade do trabalho c o direito de proprie-dade.

•wiii^ia.jxtttítrzmsciina&ixsam tpgncHBVBanattmm&Êm»*

pensamento conservou-se na altura dnmonda, e ató admiram como V. S.Vihto nas azas .do seu merecimento foâ*pouco descuhindo..; descahindo... 'ate -{fizer _tfh! naquella cestinha, onde se aninha a justiça(jos seus empregados, cousa que Y. S. siippuuhjv

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ín-.0 apu

não existir cm semelhante gente, como ha quemsupponhanão existir fel na pomba.Nésfcaparte, e V. S. mo ha de perdoar, achei asolpha um pouco desandada; faltou-lhe aquellavirilidade, áquelles estouros de roqueira tão pro-prios do V. S. quando se sento contrariado; pois,so confessa tor sido o mais impertinente do to-dos os membros do nobre senado á ponto do en-commodar aquolles pobres homens, o quo dovo-ria esperar delles? uma liga, o não uma com-menda. Aqui a sua falta de naturalidade.-¦ V. S. sabe o que sào as suas impertinencias .'Sáo vei'cladeii'08~c(|ã|fô belli. V. 8. não nca... éum cirurgião do espada á cinta!

E' certo que deslumbrado com o polido do ouroc esmalto;; da commenda, V. S. não enchergousonão justiça aos seus merecimentos; mas nãovio que aquella gente, abstendo-se tão corajosa-monto de açouguo neste tempo de carne de cru-zado para tor o gosto de lhe ofiortar, coih saeriü-cio de seus minguados ordenados, uma common-da do ouro o esmaltes, quiz pagar as suas imper-iihencias com moeda mais íina?

Parece-me, pois, que neste logar deveria tercantado cm tom maior, correndo írencíicaraeutopor toda a escala chromatica com a força prodi-giosa dos sous retumbantes pulmões; e não emmenor, cm menor abafado o plangonte, como fez.

, E' o —senão— que lho noto; no mais foi V.S. felicíssimo; sahio-se como o defunto Seri-Gordo na panellà ão feitiço, perfeitamente bem.

Ainda assim, pode-se dizer quenão entendeu oalcance da offerta, o quo é possivel, pois nemtodos teem cabeça para comprcheudor o fino da—ironia.

E já quo íiz aquella observação, com licençado V. S.:, manda agora a justiça quo aponte ásbellezas do solo:•' Meus .senhores.---Grande ó eom effeito aprova do consideração que acaba S. M. de dar-

Ante o preceito constutucional curvou-seo poder legislativo geral; mas o projectoatirou para um lado o código de nossas ga-rantias, o o substituiu pelo seu livre arbi-trio ! -

Prescindindo das sérias e graves conside-rações, que ofierêçe a importância do as-sumpto, vamos encaral-o debaixo do pontode vista econômico, que revela ainda a faltade estudo, a irreílexão precipitada com quefoi formulado o projecto.

Fixando o máximo do preço, por que-de-ve ser vendida a carne verde,' em que regraou principio se fundaram, e a quo ordemde interesses attenderam sous autores ?

Na hypothese vertente acham-se em au-tagonísmo os interesses do fornecedor, quodeseja auferir o maior lucro possivel, o osdo consumidor, que quer a barateza do pro-dueto, sem se importar oom as pretençõosdaquelle.

Não é possivel admittir quo a assembléaprovincial, inostrando-se tão solicita o pffi-ciosaem dar ao ostado do mercado do mu-nicipio dosta cidade tão prompto remédio, etão prompto que não hesitou em saltar porcima das leis e do todas as considerações,queira sacrificar es interesses do povo a ai- •guni protegido feliz, que desdo já conta comos lucros fabulosos, que hade fazer por cou-seguir pólos meios que a especulação e a im-moralidade sem duvida lhe hão do suggcrir.

Mas, se teve em vista, somente o beneficiodaquelles que dispõem' de poucos recursos,cojko é que fixa o máximo do preço dos gene-ros ? Este facto deixa bem patunte quo osnossos legisladores provinciaes desconhecemos princípios mais comisiuhos da sciénciaeconômica.

Com effeito, ou este preço é elevado, eneste caso, soffrorá o consumidor por quoterá de pagar mais caro ; ou é diminuto, oentão não haverá quom se proponha a for-necer os gêneros pola razão bem simples doquo ninguém trabalha para perder.Fixar os preços do certos gêneros, diz J.B. Say, é como se a autoridade desse umaordom assim concebida : «Todas as vezesque comprar dos algum cousa, dareis ao mer-cador, ou ello vos dará certa quantia alémdo preço natural.»

_ Pretenderá por ventura a assembléa pro-yiiiGÍ*l que o preço por ella fixado é justo,ó rasòavel ? Semelhante pretenção ó irri-soria.

O justo preço dos producto3 só podem serdeterminados polo grande principio da li-herdade, isto é, pela concurroncia, a qual to-mando por ponto do partida o pr»<;o natu-ral, estabeleço entre este c o preço correnteum justo .moio, que dé ao productor um lucrorasòavel, impedindo-o de fazer exigênciasdesatcndÍTois ao consumidor.

Mas são tantas as causas quo por vario»modos o em differentes òçcasióés podem oou-correr para fazor variar o preço das cousas,são tão vagas as regras estabelecidas para fi-xal-o, que a sua formula exacfcâ e completaó sempre, no dizor de um distinetoeco-nomista, um problema para resolver.

A solução dosso problema teria sido acha-da agora pelos autores do projocto ?

E Gonovosi quo disso quo o preço é umarelação, cajos terinoí. são fixados pela natu-

reza e não pelo capricho do homem !...E se poderá dizer que todos quantos tem

empregado seu tompo, seu trabalho, suadedicação no estudo profundo o na obsorva-ção constante dos factos econômicos, parachegarem a taos conclusões, sejam par-Y03 ? •'

, No artigo seguinto mostraremos a inofica-cia do projocto.

CHBÜCÃ

me, 110moando-1.no.commendador da ordem daEoza, por serviços relevantes prestados ao "3éià-dó no espaço ãe mais ãe 29 annos. "

V. S. dovo ser muito volho, ou abrio loja doserviços relevantes muito novo.

Mais do 29 annos do relevantes serviços'quan-do me allirmam que V. 8. não tem ainda 58 doidade, é alguma cousa! Com muito menos" do 24já prestava ao ostado tão assignalados serviços,que lho mereceram a honra de uma commenda!

Acredito que começou o officio muito cedo.Mas que vocação para serviços relevantes!..;

que nomeada!... e no entanto nunca so falloueniV. S. senão agora, que 8. M.quiz dar-lhe tãosublimo prova de consideração !

Poi- esse acto do supremo magistrado ficamostodos sabendo quo V. 8. tom mais do 29 annosde serviços relevantes prestados ao paiz.Continua o solo:." E muito maior realço recebo essa graça im-porial com a muito distineta demonstração deapreço o amisade, quo os empregados da cama-ra municipal do ltecifo acabam de dar-me, ti qualpara mim é á mais generosa recompensa... ãopbjioo qm lenho prestado d causa puliliea, c prin-oipalincnte ao munidpir) ão Recife. "

Veja como isto ó bello.V. S. prestou relevantes serviços ao estado pormais de 29 annos, foz se lembrado o bifou a com-

monda; mas no acto do recebor a distineta de-monstração do.apreço dos empregados mingua-ram 03 serviços, pouco tem feito á causa publica,o principalmente ao município do Eecife!

Quanto a causa publica com effeito nada tráu-spira, á excepção daquella fallada carta da —meia noite ao 'ficho Bralic'; quanto, porém, aomunicípio do Eecife, onrle V. 8. reside ha maisdo 20 annos, para quo escurece os seus serviços,aliás tão apregoados pela coroa ?•

Pois V. Saião mudou o Paraguay para o Eecife'?

Effeitos <sS.*m iBR8»ra2s& ©pisco-gS>sSl.—Segundo as mais autpíisadós ehro-nologistas, Jesus, isto ó, o Salvador do ge-nero humano, ao oxhalar o ultimo suspiro,contava a idade do trinta c trez annos; mil eoito centos e quartnta., portanto, sáo os quetoem decorrido desde a fatalissima data detão lugub.ro acontecimento ató á om que nosachamos.

Em todo este longo periodo de tempo hãoacreditado piamente os bons o verdadeiroscliristãos, que não foi somente por uma cer-ta e determinada porção de humanidade que,após ultragesopadechnentos som conta, sof-fi-eu Ello affrontosa morte de cruz, acceitan-do dous ladrões por companheiros da ultimaviagem.

Tal crença era robustecida pelas palavrasque, ponco antes de expirar, pronunciara oHomem-Deus ao vér. junto a si a Mãi San-tissima, o próximo d'Esta a S. João, Seumuito amado discípulo.

A' Mãi dissera a voluntária e resignadaVictima : Mulher, eis ahi teu lilho.

Ao discípulo murmurara: Homem, eis ahitua mãi.

Ao recordarem-se do ter o Verbo Divino,quando resolveu huniauisar-so, escolhidopara mãi a mulher de um carpinteiro e a-este para sôu pai putativo;—ao memoraremquo Ello quizera para berço uma manjado-ra, o para apóstolos a simples e ignotos pes-codóres •—ao reflectirem que, ao desligar-seda torra, confraternisára Elle com todos oshomons, ordonando-lhes quo, symbolisadosom S. João, houvessem como mãi a Pura eImniacnlada Virgem do Quem fora Filho, epedindo á Esta quo como taes reconhecesse •aquelle, bom como quantos haviam-no comorepresentante no solemne momento;—ao-considerarem que n'este ultimo acto de iuíi-nita misericórdia de nosso Bedemptôr ia a ¦confirmação da eterna verdade que annuh-ciara ao mundo quando assegurou aos quehabitavam-no quo tinham uni só pai va teria,e üin só Dans no céo ;—ao raciocinarem sobrotudo isto, dizemos, razão de sobra tinham.os sectários da pura doutrina christãa para *acreditarem que a ninguém assistia poderparaexcluil-os dos benefícios qua cVella ne-cessariamento dimánaíh;

Não pensavam do modo diverso os que-demoram n'esía capital; e, por isto, sem-pre quo so tratava de commomorar a paixãode Christo, excediam-sé em demonstraçõesde piedade o religião, nada inferiores ás'dosmais catholicos povos do universo.

Os couvontosj as matrizes o as diversas-igrejas como que disputavam-se para melhorcelebral-a.

. Não transformou as Águas Verdes om Lomas-Valeíitihas, não preparou um Passo da Pátria,,onde a pátria não dá passagem, não convertooos Valadares em Chaco?

Oqiie precisava mais o município do Eecife do-quoisso ? Com essa mudança não se vive alegree satisfeito? Os marchantes não estilo fazendo acavidado de vender, com prejuízo seu (segundoos cálculos do V. Si)", carne magra o po re á cru-zado a libra ? Os padeiros, ossas almas angeli-oas, não'nos abarrotam com tres bróas por qua-tro vinténs? O lixo om cestos polas calçadas ouaccumulado polas praças não convida os tran-seuntes a levar o lenço ao nariz ?

Não, Sr.; o sou á seu dono! - Ospernambuca-nos, curvados sob o peso da sua magnanimidade,,nunca esquecerão que V. 8. deixou com á maiorabnegação a sua terra, a seus lares, aos seus caru-rús, para os fazer gente, e graças a sua admira-vel perseverança já elles teem instrucção publi-ca, e vida social •¦ V. S. liado ter notado estos dias um certo mo-vimento na ribeira, eaté ha do estar informadoque so mandou deitar na.maró charcos aos cen-tos o carno as arrobas. Sabe a causa de tudo isso?

O Diário, descrevendo a festa municipal dácommenda teve o dcscôco do intercalar V. 8.ontro sedulas falsas o o atroz assassinato do Ar-raiai!... Os carniceiros, pombeiros e atravessa-dores zangaram-se, não cuidaram mais do seunegocio, e conspiram. Eoceio uma fallada daopinião publica contra o Diário como aquella darua do Ouvidor contra a llipttòlica.

Deus nos acenda!Depois do tanto prazer pela subümidadé da-

solpha de V. 8.... batatas c cheriças!...Debruço-me entro tanto por cima do Eio da

Prata, quo V. S. creoii no becco do Marisco, parao apertar no Fihiddò entre os meus braços.

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/¦**&' Os crentes, som distineção de classes, so-ps', idades e posições sociaes; àÉuiam comklesmeeücla soffreguidáo ao3 templos para as-

/sistireíri ás tocantes ceremonias com um re-acolhimento tão pronunciado, quo ele per silòra o mais inequívoco testemunho da siuce-f idade, de sna fervorosa fé.•sPhonomono era este quo, como fatalmon-te, A-eproeluzia-se em cada auno, sem oxclu-são ettís- mais calamitosos, quer por causasmoracs,\guér por causas physicas.Tão beííasituação, .altamente reveladôraelos sentimento;-*., orthodoxos eVesta cida.de,acaba desér infelikniente oblifcerada pelo Sr.D. Fr. Vital Maria, iK.quem, cm hora aziaga,

p gabinete Rio-Branco'; -para avolumar, somduvida, os males de que ries-s tem aceumu-laelo, confiou o governo cVesto diocese, dignaele Bispo mais ajuizado, mais gravo, maiscircumspecto, e mais na altuía-ela civilisa-ção inhorouto" ao século actjàal, o elo que;graças a Deus, participa ella etai uão-minimaescala. / ¦

Adepto elo jesuitismo, e seiu instrumentopor conseguinte, S. Exc. lWm. não exhitouem abrir cruzada contra toílos quantos ro-pellem-no como foco poronjqe dc incalcula-veis desgraças,—de torpef fanatismo,—do

.obscurantismo esmagador, para as socioda-eles que toleram-no, ou adnaittem-no.

L foi tamanho o furor, aorn.o qual, sem amínima provocação da parto do ninguém,pôz mãos á obra premcelitatla, quo começoupor querer excluir das coáfrarias o irman-elaele8 quem quer .que houvesse dado mostrás de animadversão á tenebrosa seita, pormaiores o mais significativos qno houvessemsido os feitos, domonstratiVos do sua religio-sidade,—de seu apego aos dogmas do chrís-tianismo de lei.

Aberta assim a luta, e luta tremenda, en-tre o pastor, <*uo não comprelicnele seu papel,c as ovelhas que, habituadas aos carinhos eaos affagos do quem o soubera sôr, estreme-cidas estranham-lho o procedimento, aindanão foi possível diminuir-lhe a iufcensielado ;visto como n'ella tem deixado ele intervir opoder civil, o qual estava no^rigoroso deverdo esforçar-se porneufcralisal-a, independeuto de solicitação dos perseguidos, e, commaioria ele razão, depois que ostes peclirani-lhe protecção, á que toem indisputável' di-reito e que em paizes bem coustituido/s ja-maÍ3,ha sido negado a sous companheirosdo martyrio. /

Eí'capám á provisão dos mais calmos oavisados peusaeloros as conseqüências ele se-melhanto -pugna, so persistirem uo reprova-do propósito elo deixarom-na correr á reveliaos agentes ela autoridade publica, cuja com-potência no assumpto já começa, entretanto,a sor contestaela por quem so diz suecessordo Christo, que declarou não Itr. d'este mun-do o seu reino, e mandou dar a Deus o que êdt DeitSj.e a César o qiit ê dè César.

Elias principiam a manifestar-se ele modotanto mais elesagradavol, quanto ó prejudi-ciai ao culto externo, cuja manutenção to-mos em conta ele inelispensavol.

Dos vinte e pifo templos quo àfsontani heé-te Recife nem um sequer celebrou os actos daBeMi.na santa ; e apena» oito c-epozeram, naQuinta-feira, o Santíssimo Sacramento á ve-noração dos fieis, os quaes (elolorosamentouoticiámol-o) nào foram tão pressurosoa nodosempeuho ela imprescriptivol obrigação,quanto costumavam sêl-o em todos os au-nos, inclusive o ultimamente findo.

Verdade é que a acanhada, o a certos res-peitos iadecente, capella dos jesuítas eleu-sepressa em suppriniir tão sensível falta.

Nessa condueta elos degenerados eliácipu-los do Loyola enchergamos nós o principioda execução do plano que elenéio muito prevê-mos : a concentração elo maior numero pos-civel do povo no respectivo oratório, paramais facilmente fanatisal-o, na esperança decrear-lhe situação igual- á quo prepíirarampara os iniseros paraguayosl* . Felizmente, porém, perderam o tempo <s otrabalho: tiveram como únicos concurreiítosos íiliaes ele ambos ob sexos o de elirersasroupagens, epie costumam frequontal-os. j¦ff©nífttfi.vsa <Se sialeMto-.—O Br.Sebastião Marques do Nascimento, com lo-ja ele louça á rua da Imperatriz na fregueziáela Bôa-*Vista, tentou hontem contra a pro-pria existência, propinandÒ-SG veneno, i

Desele o anuo passado luta o Sr. Sobas-tião Marques elo Nascimento com uma para-íysia rebelde, quo, combatida energicamente,ainela não abanelonou-o. ]

A 18 do corrente pola mauliãa recrudesceuella ao ponto ele tirar os sentidos ao pacieh-to ; e, repellida a tempo, não diminuio deintensidade senão para readepiiril-a á noite.

Meelicado cuidadosamente, o Sr. Sebastiloenfraqueceu o fatal inimigo ; mas princii pu

olirer elo insomnias elesde então até n )i-dc ante-hontem, durante n. nualcxarc „u-

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A 2Provlnoiaéedlíé o.cérebro ele moelo que o enfermo, co-mo que desesperado do cura radicai, tomoua tre$lòu'câda resolução de pôr termo á exis-tencia.

Para traduzir em.facto o máo propósito,tentou por vezes precipitar-se ela varanda dacasa ele sua residência, segunelo anelar elo so-braelo, em cujo pavimento térreo assenta oseu estabelecimento, e que épropricdaelesua;mas a constante vigilância da desvelada es-posa logrou inutilisar-lhc o plano.A's 5 e moia lioras ela madrugada dehontom teimou em doscor para a loja; e, ha-vendo-o conseguido após séria reluotahciaela parte da senhora, dispoz as cousas ageito de ficar só com um pequeno caixeiro,cuja1 attenção elistrahio de maneira apreparar-se dózo de «arsênico om cópò d'«agua, que to-mou do um sorvo.

Tão lamentável acto foi deselo logo presen-tido : conduziram-no para o seio da familia)a qunl imniodiatamontc deseuvolveu louva-vel actividade, c, graça aos promptos/soecor-ros de quatro módicos que fez chamar somdeténs», não só consogaio quo lançasse olle oveneno, mas também proporcionou-se o pra-zer elo abraçar, livre ele perigo, o estremeci-,elo chefe.

O Sr. Sebastião Marques do Nascimentotem couveraado regularmente com quem haido visital-o; assegura não lembar-se ele tertentado contra a existência ; declara, emfim,que,- se teve a infelicidade de fazel-o, está se-ria o profuudamento-arrependido.

Uess ©riMic ai ^to-àfe—Sob estaepigraphe lò-so o seguinte no Diário de Pèr-nambuco.'. « Qualquer qüe seja o fundamento da no-

iticia que com a epigraphe acima dou a Pro-knncia ele 8 do corrente, o a quo so refere o

jcoinmunicado anonymo do Diário de 10, pa-(reco quo não pôde sor attendido o desejo que

j mostra o autor elo communicado, e quó a ellejnáo faltam meios para o^esclarecimento quo(espera\ íi Quando o secretario da presidência, oméujmprimentò á portaria dosta, prestou infor-inÉiçõos sobre uma arguição do Libtral,.refe-rente ao facto, objecto da noticia-la Provin-cia, reportou-se ao officio quo anteriormentehavia dirigido á presidência em data de 28ele Janeiro, como se vê da dita informação,publicada ha Parte Official ào Diário elo' 20de Fevereiro.

m Ç visto, pois, que aquollo funecionariocabo trazer ao publico o que em officio

muuicou ao presidente.j « Sehaquem interesse tenha om conhecer o(modo por quo o facto foi referido, procure ob-/ter certidão do dito officio, e pGr elle conhece-I rá se houve, ou não, affirmação com relação á) autoria, ou somente simples exposição dofacto. »

Estas palavras trazem evidentemente um\ cunho official, ií confirmam a noticia que de-|mos acerca do abuso horroroso, que se com-ipaetteu na secretaria elo governo, do peelir-seí^lli uma qualificação em confiança'"pi;üu ser

içao o Srfalsificada'. Por moralielado o defezadíiquel-bi repp ubliililicáçãelocumegida a

Dr- Lucpna dovo mandaressas informacõ-* falia a pu-upra, e a earta que pódio aquelle

úo. Essa carta, elizom-nos, foi diri-.mempregaelo ela secretaria, e este

!eleu-a ao secreta.iio, que a transmittio ao Sr.Presidonto.

Justiça, Sr. Dr. Lucoua ! Basta de tantodocumento falso, quo rola por toda a partopude penetra certa gente que só vê calumnia-

JjSÊf^r-íiSs—Amigo nosso, ahi residen*dírigo-nos, sôb data ele 15 ele Março ulti-

ino, as soguintos linhas, para as quaes cha-mamos a attenção de queni competente seja:

« Além do grupo elo Manoel Chico, outromuito mais. terrível se levanta no districtodo 01ho-d'Agoa elos Bredos, á novo léguas elavil]a de Pesqueira.

- Desdo 1871 cm baleie tem-se bradadocontra o Dr. Vianna por conservar alli, emfazenda sua, o famigerado Pedro Pax, coube-cido por Pêpê, criminoso elo morto o latroci-nios na comarca ele Bonito.

« A indiffcrença, com a qual tem-se ouvi-do tal brado, animou aos transgressores dalei; e, quanelo menos se esperava, JoaquimG omes, seu cunhado Hilário, José Negrão ooutros, perseguidos cm Alagoas como assas-sinos elo infeliz tenente-coronel Corrêa, lio-misiaram-so no preoitado districto, ondo,graças á-3 cartas de recouiniondação do po-tentaelo Lúcio Soares do Albuquerque, dasquaes vieram munidos, vivem cm companhiaelo predito Pêpê, protegidos'pelo subdelcga-do Veríssimo José dc Couto, con-cunhado doreferido Dr. Vianna, amigo intimo deate, eque haeía pratica sem o seu conselho.

« Assim garantida, a nova «quadrilha diri-gio-se a Mororô, fregueziá da Pedra, o ahimatou os mal-vcntimulos Antônio Barbosa e

José Manool: é oste, p.ara roubal-o ; áquel-le^ porque infelizmente ia em companhia eloprimeiro e fora eíe mistn.r inútiiisa'r-llie o tes-temunho do crime.

* Terminada tamanha atrocidade, os qua-drilheiros voltaram ao ninho ; e, como parafestojal-a, formaram um samba, que mantive-ram por dous ou tros dias.•« Sciento do tanto canibalismo, o juiz dedireito, de accordo com o delegado e o pro-motor publico, Òi-ganisou uma patrulha de i14 praças, e encarregou-a elo captura.' oa cri-minosos.

« Organisada a força, cõllocou-se em pon-to próximo á casa oiido aquelles sambaram,o do lá observou que de sua presença avisa-va-os um irmão do cidado subelelogaelo; nemcomo que, após o aviso, os quadrilheiros nãoaó .-v-niaram-se para resistir-lhe, mas tam-bem começaram a iusultal-a em altas vozes.

« Era então noite : a tropa conteve-se nósou posto até romper o dia.

« Logo quo amanheceu, poz-se em movi-mento; mas, ao cabo de um tiroteio renhidoentre olla e os quadrilheiros, ovadiram-se es-tes para-o sitio Pingadeira, que, na fazondaFundão, pertenço ao agente policial, que cy-nicamente os protege.

Apezar elos bons dosojos do juiz de diroito,nenhuma providencia so tomou até hoje cou-tra os scolerados, a quem prodigalisa protec-çao indébita e criminasa funecionario publi-co, que está no rigoroso dever do porsemiil-os

; mtneí Has.—São contristadoras as no-ticias que de tal localidade nos mandaramem cartas de i e 17 de Marco ultimo.

Não ha segurança individual e de proprie-elade. íO subelelogaelo Caotauo Bastos, ao passo

que não previne crimes que poderia evitar, edeixa.de fazer capturar delinqüentes, que in-fnngem a lei om pleno dia nas ruas ela villa,e em presença do quem as freqüenta, cònsèr-va no tronco por muitos e consecutivos dias,«em culpa., formada, nús e mortos áfome, aindivíduos desprotegidos, e cujas faltas sãonullas om comparação com outras, aliás gra-vissimas, que elle costuma relevar.'

°: D'entro os. factos, do que se oecupa o mis»

sivista, prendeu-nos sobremodo a attençãoo assassinato do Antônio Manso por seu eu-nhado Francisco Pinto, o qual, supposto ohouvesse praticado sem á minima reserva, áluz wo dia e ante muitas íestemunhus, logroue - ulir-se. °

' Segunelo o nosso informante, um semó-Ihanto attentaelo so não roalisára, so a policialocal Goubesso cumprir o seu dever.

Tanto o assassino como o assassinado eles-<e muito se espreitavam para travarem con-flicto; e, sem nenhum escrúpulo, andavamarmados de espingardas o facas, com o na-nifesto propósito de abrirem luta pessoa1 Ies-de que se encontrassem : apezar ele ostenta-rem assim a disposição, em quo estavam, dsoffondorom-se reciprocamente, ninguém liou-va que lhes embargasse o passo; e, como ficauiito, o premeditado conflicto veio a realisar-e|"s, terminando pola morte de um, e pela fugado outro.

Est-raílsi de ferro tt® ®1íbb.dê««,—Satisfazemos o pedido elo Sr. Presi-dento ela Directoria da estrada de forro deOlinda, publicando em outra secção desta fo-lha a carta e memorial que S. S.'nos dirigio.Sentimos dizer quo taes escriptos não domo-veram a convicção quo temos dc que é umônus pesadíssimo a garantia ele juros solici-taela para a estrada ele ferro do"Olinda, co-mo são as garantias provinciaes pedidas paraas demais estradas em urna época em que aprovincia ostá oberada de dividas, aceres-condo qúo a estrada do Olinda nenhum be-noticio traz á lavoura, e ó uma simplos linhaelo transportes urbanos e do puro embelloza-mento.

Por muita sympathia epie tenhamos k om-preza da Estrada etc Olinda, estamos bemlongo do suppor que se trata do uma simplesgarantia nominal, o.para animação, Ha nis-to completo equivoco: do que se trata purae simplesmente é elo salvar uma companhiaque está próxima íi ruina-, com sacrifício elaProvincia: diga-so esta verdade, quo é clarae incontestável. Convirá que a provincia soempenho ainda mais para semelhante fim ?

Eis a questão.Os algarismos que nos deu o Sr. Presiden-

te da Directoria são insuíllcientcs. Se umaestrada nova não podo em quatro annos daí*um real ele dividendo aos seus aecionistas,como o fará quando tiver ele renovar o seutrem rodante, os seus debeic trilhos, etc. ?E' patente que quanto maior espaço ele tem-po decorrer, mais posado sorá o custeio daestrada; o só comum grando desenvolvi-incuto de trafego sè poderá coutar comocertas essas vantagens tão preconisada.*"-.

O facto ela existência ele uma ronda liqui-

da crescida em mezes ou em um anno nã oprova que a garantia seja nominal.

O Sr. Presidente e a Directoria da estradade Olinda illudem-so; e nós temos, o deverele avisar a provincia. Entretanto não faça-mos questão : offereça a companhia as ne-ceEsarias segurahças para a provincia, o na-da mais diremos.

Apezar elas decepções a qno toelos os diassujeitam-nos os famosos contractos de estra-das do-ferro desta provincia, ainda lembra-mos o seguinte:

« Ã provincia garanto 7 ./• durante 10 an-nos sobre o capital do 700:000íp000 da es-trada ele ferro de Olinda, obrigando-se a res-poctiva companhia a embolsal-a ela sommadespendida durante aquelle periodo com kg-potheca da mesma estrada. Findo que seja esseperiodo, a provincia, íião.estandoindemnisa-ela da garantia paga, terá o direito de após-sar-se da estrada por uma. avaliação, pagan-elo o excedente á companhia, se o houver. »

Este m,eio corta a questão: se a garantiaé nominal^ não ha o menor receio de aelpo».tal-o. E assim devia responder-se não nò ácompanhia da estrada ele Olinda, mas aosvendedores ele privilégios á nossa custa, e:que apregoam por ahi que são nómindès todasas garantias de juros que se vão pedir ou que aAssembléa, úai offerecer, e que nos hão de le-var á gloria.

®ssS,a'e«se disaeafis puder.—Comoque envergonhado elo consignar quasi quoQuotidianamente, noa ofiicios que faz publi-Gar nas folhas diárias, a evasão do crinimo-'sos, o Sr. chefe de policia, sempre que nãopôde dar noticia da cantura destes, qualifi-oa-os de desconhecidos, ^o.

Assim classificou S. S.\os inelivieluos que,em Apipucos, feriram o portuguez AntonioPaiva ela Fonseca, ás 8 da noite ele 6 do cor-rente ; aquelle que, ás 2 horas da tarde ele8, assaltara ua fregueziá da Luz, a um ahno-ereve para roubal-o, e que o esfaqueou e es-pancou, por se não ter elle deixaelo espoliar.

A tangente póelo não parecer má a S. S.;nada aproveita, porém, aoa sous subalternos,•anjo deleixo, nem por isso, fica menos pa-tente.

Se os seus agentes não deixassem entre-guofl «aos próprios recursos as pessoas'-; qüetrausitam pelos lugares que devem policiar.oonheceriam quem as offouele, e quasi sempreprenderiam em flagrante delicto os r^ilfoi-toros.

IITEEIOR

7la.fi «lo §i&1

-O nosso correspondente da corte escreveu-nos o seguinte :

Rio, 31 do Março ele 1873.

As chuvas torronciaos que ultimamentotoem cahido, só nor um lado purificaram aaihmosphora o fizeram docrescer as epide-mias reinantes, por outro lado oceasionaramestragos sensivois e terriveil catastrophes.Do todas a maior foi a do arsenal elo mari-nha, onde a ouoda dc um ; Ircdão erguidosobro o morro ele S. Bent iez abater infe-lizmente, em horas de .balho, o edifíciodestinado a «algumas or nas. Das ruinasforam rotirados 17 m >s, 86 ferielos, osnmiy elollesgravomen^., e alguns contusos.

Esta horrivel desgraça impressionou viva-mente o publico, ainda mais porque se dizquo dosde «algum tempo o desmoronamentotinha sido previsto e annunciado pelos mon-ges benedicíinos.

Pergunta-se, com razão, se facto somo-Ihanto dispensará um inquérito com o fimde veriíicíir quem é o responsável pela col-locação elas oflicinas em tão inconvenientelocal, bom corno ;polo erro do as manteromalli, mesmo dopois dos primeiros symptomasda oatastrophe que não tardou desgraçada-monte em realisar-sc. E', porém, natual omais quo provável eme o inquérito, so se fi-aor, elará resultado idêntico ao do que tevologar por oceasião do incêndio do arsenaldo guorra.

Em Petropolis desmoronou t.imbom umacasa, habitada provisoriamente por uma fa-milia da Estrelia, composta de marido, mu-lher, duas filhas menores o uma escrava.Toda essa gente, que dormia trauquillameii-to, foi surprehcueliela pela morte. Só esca-pou um melivieluo quo alli se aboletara na-quella noite, o que, não tendo ainda adorme-cido, percebeu o perigo e poude evitel-o emtempo.

O transito para aquella cidaele estevo iu-terrompido durante três dias, e os estragos

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na estrada da serra- são taes quoinutilisem em uma grande parte.^

., As chuvas teem sido abundantíssimas emuma extensa' área, e do differentes munici-pios chegain noticias de inundações exbraor-dinarias e dos males por ellas produzidos.

Contrastam singularmente com essas per-türbações meteorológicas a calma e a sere-nidade que reinam, ao menos apparente-mente, nas regiões da politica. Se tudo allinão é paz e bonança, ó inegável quo temdisso pelo menos apparencia. A opposiçãona câmara temporária tem-se conservado ul-timamente n'um estado de quietação tal, quenão dá, pode-se dizer o menor trabalho aogabinete. Este, por sua vez, vae saboreandooslajeres, e evita cuidadosamente perturbarhorisontes tão côr de rosa com a apresenta-ção importunadas promettidás refcrmas.

,;. .,0 senado, esse não tem litteralmehte o quefazei;,-como já de outra vez eu disse aos lei-tores. Deram-lhe ultimamente para discutira proposta de forças de mar; mas essa mes-ma discussão não poude ter. logar; porque,pedindo alguns senadores liberaes esclareci-mentos acerca de certas autorisações conti-das lia proposta, não os poderam obter, nemdos ministros, que se haviam ausentado,üem dos membros da respectiva commissão,que ou-,tambem estavam ausentes, ou nadasabiam a tal respeito, Tudo isso indica que

. o ministério, cuida apenas de encher o tem-po, e só se esforça porque passem as leis an-nuas. Assegura-se que poi- ostes dias apre-sentará na câmara um projecto de reformada guarda nacional/Provavelmente fal-o-hacom o fim de tirarpahi pretexto pára dila-tar a reforma eleitoral. Como quer que seja,' essa reforma é o espinho que o ha de matar,

4 e muito fará elle se evitar dissolver-se poroutras causas menos confessaveis, uma dasquáes é a déslíarmonia, quo lavra entre osseus membros, especialmente entre os Srs.Bio Branco, Junqueira, Duarte de Azevedo

vÇN.Joãõ Alfredo.As últimas noticias do Bio Grande do Sul/

confirmam e completam o esplendido triíim-pho obtido pelo Sr. Silveira Martins na lutaemqüè sé empenhou com o barão de Mauá.vÒs jornaes publicaram duas cartas do

marquea do Herval.que são o coup dé grâccdesfeohadò no ouvido do iufiel mandatáriotios eleitores do 2/ districto do Bio Grandedo Sul. '','<'

Corre que o barão renunciará amanhan oseu cargo de deputado, assim como que elleé o candidato dp governo ua próxima eleiçãopelo municipio neutro pira preenchimentoda vaga do Sir. Teixeira Júnior. Esta ulti-ma noticia carece, porém, de confirmação.O Sr. Kio Branco não quererá expor o seuamigo e sèa victima á um novo dosar, qualseria a derrota ; eesta parece inevitável, se

¦o governo não intervier aberta e esforçada-mente na eleição. E' verdade que nisso não

. porá o Sr. Bio Branco muita duvida, tantomais quanto a consciência lhe ha de estar abradar qüe elle deve ao Sr. Mauá uma com-pensação.

'*¦¦

A questão dò bispo dessa provincia com amaçonaria'•foi outra vez trazida á discussãona câmara pelo Sr. Silveira Martins, por oc-.casião.do.debate aberto sobre o orçamento.O Sr. Silveira Martins fez sobresahir a posi-ção falsa é r róceder contradictorio do pre-

X Sidente doce dho nessa questão, como mi-nistro, deixai. de tomar as promptas pro-videncias que i so pede e dando de certomodo força mo) "* apoio ao inconsiderado e

. leviâWprelado; como chefe da inaçoneria,autorisandó eannuindo a responsabilidadedo que em grosseira e rude linguagem escre-ve o boletim da associação contra o bispo seuadversário e perseguidor. O Sr. Paranhos é,porém, mestre jubilado nestas situações deequilibrista, e explica de um modo quo lheparece satisfactorío e cabala espécie de apoio

. que no governo presta ao furibundo inimigodos maçons e a guerra que lhe movo quandoio Grande Oriente dVLavradio, empunha

com a trôlha de pedreirbrlivre o malhête degrão-mestre e grão commendador- do povomaconico.» •

4. .As cartas do illustre Sr. Marquez do Her-valas quaes se refere o nosso correspon-dente, são as quo se seguem :

—Illm. amigo Sr. Dr. Pio. — Arapehy27 de Fevereiro de 1873. — Bespondo a sua

|§arfca de 8 de Janeiro, ha tres dias recebida.TNosso amigo Mauá fez o seu testamento po-litico aò desertar para o inimigo, legando aseus eleitores e protectores do partido libe-ral a vergonha e a desmoralisação ; c pôdese entender que para salvar os seus interes-ies particulares, com ofieito extraordináriose dependentes do governo, préstou-so a serinstrumento de tentativa para desmoralisa-ção e dissoluçãç do partido liberal que o ele-geu*—cQXZQ obreiro do progresso dè longa

data—como tal se me diclarou em resposta áconsulta que lhe fiz em tempo.

\ O Dr. Silveira Martins e Mauá, diver-gente-este dos seus collegas, exigem que osoleitores ratifiquem ouretirem a conlançad'aquellecom cujas idéias se não conformam.O caso é extraordinário o pôde prod,üz.ii' fu-nesta divisão 110 partido, por isso a primei-ra noticia que tive da occorrehcia. me feapensar que os eleitores não deviam tomar

prido seu dever, não teria hoje a pátria al-guns cidadãos de menos e alguma3 viuvas eorphãos de mais. A voz da imprensa é una-nime em aceusar de imprevidente o relaxadaa administração do Sr. Laguna, eno entan-to que provideucias Háinõii o governo ?

A primeira reclamada pela opinião publi-ca, era a demissão do inspector do arsenal,mas será elle galardoado e promovido.

Quando chegou á corte em 1864, a noti-partejna contenda, reservando manifestarem- cia do desacato á nossa bandeira no portose nas eleições futuras. Este procedimento da Bahia, o patriótico gabinete Furtado não

" " fez esperar a punição dos culpados, o demit-tiu immediatamentoro presidente e o com-mandante da estação naval, por não teremtomado em tempo todas as precauções que ocaso exigia.

Quando na estrada de ferro de Santos aJundiahy deu-se um desencarrilhamento,onde pereceram varias pessoasi o engenhei-ro fiscal, aceusado pelo facto dtf^er doixadocircular trens na linha, sem verificar o esta-do d'esta, foi com toda a razão e justiça im-mediatamento demittido do cargo que exer-cia, pelo ministro Paula Souza.

Hoje tudo mudou, o Sr. Ludgero é re-compensado por deixar que a policia ape-dreje uma typographiá, e é provável queo Sr. Laguna pelo menos saia visconde I

A justiça popular porém ó certa e in-fallivèl, e o seu diíx

pareceu-me curial e prudonte ; porém mudoude face a questão.desde que p Sr..Mauá do-òlarou no parlaníento que elle se julgava overdadeiro representante.da opinião liberalmonachista do 2*. circulo por onde foi elei-to. Se isto tivesse sombra de verdade, en-tão teriam, .de retirar-se do j)(vrlamento osverdadeiros representantes do partido libe-ral— Silveira Martins, conselheiro Brusque,Florencio de Abreu e nem tomariam assentoo conde de Porto Alegre e o Dr. Flores, —entretanto que todos foram eleitos pelo par-tido liberal, e os tres primeiros se teem dis-tinguido no parlamente actual, defendendoos interesses e a dignidade da naçãp. Sãoostes iilustres deputados rio-grandenses,Brusque, Gaspar Martins e Florencio, quemerecem uma felicitação dos eleitores doeirculo, pelo bem que teém desempenhado•ua missão. Se cu fosse eleitor assim pro-çoderia. O imperador ou a nossa forma degoverno monarchico representativo, não es-tão em discussão e nem me consta quo o.sdeputados levassem para isso poderes. Opartido liberal fei opposição aos erros politi-cos do govorno e a injustiça com que são tra-tados os membros do partido liberal etc,etc. Não tenho desejos que soja excluídoda câmara o Sr. Mauá; mas julgo indiapen-savel quo seja garantida, pela opinião mani-festa dos eleitores, a força moral dos depu-tados liberaes que se niaiiténr firmes nosprincípios que foram mandados repirèsen-tar. Se isto não praticaremos eleitores,eáhTráinfallivelinente o partido liberal d.'aa-.'ta provincia, o qué não podemos consentir,atfcontos os relevantes serviços que teem fei-to com toda a lealdade e patriotismo os Ae-putados Silveira Martins, Brusque e Fio-rencio.. Fica expendida a minha opinião quelhe rogo manifestar aos Srs. eleitores, vistoque assim ò desejam.—Marquez dollewal.»

« Arapehy, 27 de Fevereiro de 1873;: ^-j: 1 Mano Pedro..— Consultado por uni dos

nossos companheiros, sobre a desagradáveloceorrencia que ee deu.na câmara dos depu-tadòs entre o illustro Dr, Gaspar Martins eo Sr. barão de Mauá, dei a resposta, que porcopia authentica lhe envio, com o fim de serconhecida a minha opinião pelos nossos ami-gos e eleitores. v," ; r ;.

« A habilidade dos nossos deputados Gas-par Martins, Florencio e Brusque tem tor-nado a politica do governo menos dura paraesta provincia; portanto entendo que selhes deve dar toda a força moral por partedos eleitores.

« Qualquer resolução. d'estes deverá serdirigida ao Dr. Pio Angelo da Silva, na ci-dade do Bio-Grande, indo as firmas reco-nhecidas o o papel sellado.

. « Seu amigo e irmão obrigado. — Mav-quez do Herval.»

—A redacção Reforma recebeu o seguintetelegramma:

« Porto-Alegre, 22 de Março. Noticias daCampanha. Está finda a questão Gaspar-Mauá. O corpo eleitoral pronunciou-se to-do em favor do Gaspar Martins ; Mauá nãoteve um unico voto. Gloria ao nosso Bio-Grande. -

: — Lê-se na Reforma do 1*. do corrente :Ainda hontem não houve sessão na cama-

ra temporária!Apesar da reprimenda.que amistosamen-

te passou a Nação nos amigos do governo ;apesar da circular que ante-hontem dirigiu .0Sr, Bio-Branco aos governistas, pedindo oeomparecimento de todos, para que haja ca-sa, os cabulas, continuam a faltar a dizemquo por cincoenta mil reis diários não sepôde fazer melhor sorviço.

Hoje funecionará o parlamento ?, Interrogação é esta que eqüivale a mais

acerba censura.—Já se sabe ao certo o numero das victi-

mas do descuido e do delcixo do Sr. barão daLaguna, muito alto o poderoso inspector doarsenal de Marinha da corto, e, para vergo-nha d'estepaiz e do misero governo que nosrege, senador pela província de Santa Ca-tharina.

Ahi estão a chorar, as mais, filhas, mulhe-ros e irmãos que perderam na medonha ca-tas.trophe do dia 27, seus únicos amparos oàrrimos.

Se logo que recebeu aviso . da ameaça dódesmoronamento, tivesse o Sr. Laguna cum-

chegará.

O nosso distineto amigo da corte que noscostuma obsequiar, dirigiudo-nos iuterèssan-tes cartas, acaba de' enviar-nos mais a queem seguida publicamos.

Bio, 31 de Março de 1873.

idéas de Benan, foi além do dever catholiò ]rPodia combater o jesuitismo, a intoleran-.-:'(.^

cia dos Bispos, revelar a perigosa propagaii-(¦ yda ultramontana que o opiscopado jesuitico \^vai fazendo no paiz, sustentar as prerogati- Stvas do poder civil, a conveniência da separa-. /ção da igreja do estado, como nos Estados-1Unidos, Italia, etc, mas respeitar as cren-/ças catholioas, quo nada tom com as exag«-rações do jesuitismo, ou com o sphing yAwn .¦possumus.— '¦ J/

Elle porém deixou-se levar por, suas cren-ças anti-catholicas, ou anti-^líristãs, rehai-xando a doutrina do Evangelho ádos philo-sophos pagãos, e ató (dyzem, pois que nãoouvi) cõmparaudo o Jiomem-Deüs aos gran-des philosophos gfregos.

Este modo deS discorrer prejudica a quês»tão, e vem pois /ciar razão aos jesuítas de rou-peta e casaca qyue pregam a maçonaria comoum pantheismà, ou naturalismo.

No que porém foi feliz o orador foi na aç- ' >cusação foita aoi presidente do conselho Bio,Branco, que, diase ello, engana os maçons oos bispos. Comi effeito c difficil encontrar .,umsceptico dafárça de3te Paranhos! Tanto :.;acreditano natuualismo da maçonaria, como ;no jesuitismo dos] bispos; para elle são cou- ,,'ísas hisignificantos sob ponto de vista.dog- jmatico; o que ellje quer saber é quanto umacousa e outra lheldá de posição o v?

Mas o que é nosuitas da câmara

gom.

Está quasi finda a primeira sessão legislatiya eató hoje em balde se procura saber oique. tem feito a assembléa no sentido de sã-'tisfazer as necessidades do paiz, as reformatexigidas e promettidás ha tres annos peloree pelos?seus ministros. Não seinculpa àmtiembléa dessa falta porque todos sabem qujeesta, feitura do gpycrnò, não inicia e ii]e'i]p.delibera nada senão por vontade de seu crfeaj-dor.. ',;; .^xy. "].''.' ;

Nem as reclamações constantes da opposi-ção no senado, e de alguns deputados libe-raes da câmara,' aom da imprensa hão abala-do a consciência dormente dos ministros dorei que parecem .muito oecupados em liqui-dar seus negócios, efeixarem seus te^^nen-t0S.' ,;<; -,

As câmaras e até a criadagem do^ í o(avós que não se enganam no cheiro cadave-rico) vão pressentindo que os filhos de Laravão fatalmente marchando á seu tormo ; porquanto as câmaras pouco trabalham, diffij-cilmente consegue o governo fazer numerpde depatados para abrir a sessão, e até dij-zem que por vezes se tem alierto sem quorum.Ultimamente p presidente do conselho deuem expedir circulares aos deputados pediu-do-lhfts o favor de compareceram! /.

O. orçamento elei do força amda nãp.pias-saram na câmara 1

Ora es^ 'i; :rlía, má vontade n ifestíil, ép symptoma ^^., v,aracteristic e quo:o8.próprios amigos apenas tolerar mas nãoamam o seu creador. t

No meio desses ingratos ha algumas .fle-dicações semliníites, como a de um Figueirade Mello no senado.que proclama a, confian-ça pessoal ácimá de todos oa devores, 0 4«-elára que vota som exame, sem "'querer sa-ber, por todas as autorisações e medidas mepedo o governo, o mejhor que tema ildo;, assim tambem de um Leandro I a,deputado, não sei se designado pelo ráêu Sergipe, que, aconselhando os maçons dePernambuto que pppellem para o Papa, seentendem"que o Bispo os prejudicou, e nãopara o governo, ou conselho de estado, cuja•ònipetencia nega nessas matérias pois nãoadmitte nem jrtacet, nem recurso a coroa;eompensa todavia sua dedicação ao governoionfessando que em matéria politica só pen-•a Còm o governo; que com quanto entendaque a eleição -directa é hoje uma aspiraçãoda nação, e.lhe pareça a reforma preferível,todavia hypotheca desde já seu voto para areforma que o governo achar bôa.

E'verdade que essas nobres dedicações,què honram a gratidão das creaturas paracom seu creador, não são personalíssimas,!isto é, ás pessoas dos actuaes carregadores jde pastas, são ministorialistas, para comtodo e qualquer que tiver o poder; e quizer.'continuar a bafejal-os có.m sua graça. '

A questão episcopal-maçonica> ainda não>teve solução, e nem terá das câmaras, porque'o governo nas officinas è maçonè condemnao Bispo, nas câmaras é jesuita e condemna;os maçons.

O deputado Silveira Martins discutiuhontem com eloqüência, erudicção e talentoessa questão; mas deixou-se arrastar pelas

tavel é que os maiores je-são os mais dedicados go-

vernistas; como elles arranjam lá suas con-sciencias de estar um bem com Deus e oomSatanaz é qae eu] não sei.

As ultimas notícias de Pernambuco do jo.--ven prelado ter. -areado mais um impedimen-to 'ao matrimônio, o maçonismo, e a pretençãode ir perturbar as cinzas dos que descançamnas sepulturas, causou a mais viva estra-nheza, e desagradável apprehensão pelo bom•enso desse prelado.

O velho axioma da paz dos túmulos nãoconteve a consciência do Bispo; e quer mes- ;mo nessa triste maiisão, objecto de respeito;';dc todos.os povos e em todos os tempos, ferircom os raios do Vaticano as cinzas frias deuma geração que passou! v.

Um poeta pagão, Juvenal, lhe teria ensig-nMo —Pascitur in vivis Uvot; post faia quies-cihr— ¦ .. '' ¦'/.': ¦-¦¦ '¦'¦'.'¦

Áo passo que .na câmara c denunciado oprocedimento equivoco do Bio Branco nestônego,cio, no seu Oriente do Lavradio é accusa-do em face de traidor, de vender Christo aosmaçons, o estes aos jesuítas! íjfão^queremreelegelro, e intimaram-lhe quo Be-dfimittis-se. A Sessão adisse sem .solução <U quei-tão que ficou neste pé.

O Bio Branco porém neste negocio não éhomem de si; é um instrumento nas mãosde quem uma vez o despedio, ou enxotou co-mò um lacaio qüe furta o relógio do amo, naphrase do mesmo Paranhos parodiando Cha-taubriand, de quem o fez emaucipador, deescravocrata emperrado, de quem o fez con-servádor de liberal o edictor do Timmlro,'de quem. o passou afinal do conservadorpara esse partido áulico dominante. Foi deordem superior que o homem procurou ogram mestrado eobstou a reunião ou unifica-ção dos Orientes; porque' ;'receioii-se (noolympo tambem ha medo) que a maçonaria,fora das vistas do governo, fosse uma forçaperigosa, principalmente sob a direcção dósrepublicanos.

Eis porque o nosso homem so achan'umaposição falsa enganando á uns c á outros ;;não crendo em nenhum, e tão, somente noseu deus de Petropoles.

) " A questão Martins-Mauá está definitiva-

mente resolvida e com muita honra para o¦deputado democrata. Não só todos os elei-fjores do 2- districto pronunciaram-se por ma-áifestação assignada á favor do Martins e con-(tra .0 barão traidor, com os do 1; e até a as-sembléa provincial. Todos os generaes-—Câmara, Porto-Alegre, Ozorio etc •

Foi um brilhante triumpho ; porém o ba-rão pareço que quer chicanar, é collòcar-sen'um ponto que lhe dará jus ao mais solem-ne despreso publico. Segundo escrevem naNação, sustentada por elle o pela. policia, a

) decisão do eleitorado não obriga o renegado aabandonar a cadeira, porque a constituição,não autorisa 1.

Quo miserável! Uma questão de pondo-nor, de honra, atirado ao tapeto por elle mes-mo convertido em questão constitucional!

E' como o duelista que offendido em suahonra houvesse reptado seu offensor, sorecüsasso depois ao duelo por so lembrar quoas leis prohibem.

O castigo de Deus continua á pezar sobreesta cidade : a febre amarella tom sensível-mente declinado quanto a intensidade, maa

perniciosa o o typho vam substituindo. E'idade que nestes tres dias o obituario teia

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yim-y-r'.

^__»-n__--__^_^^-_»OT^^ r_, ...,..,-, "¦•& Provincia edescido bastante, talvez devido á muita chu-ya cahida na semana finda.v Os. rios da provincia tem inundado cam-

pos, cidades, estragado pontes, o caminho dePetropolis íioou obstruido, de sorte que parao rei descer hontem, teve de dar a grandeyolta.de ir a Entre-Bios tomar a estrada deferro.

, Em Petropolis desabaram casas, em umaficou sepultada uma familia..

Aqui no dia 27 a uma hora desmoronou-se um muro mal seguro encostado ao morro

. de S. Bento, com o peso da terra do morro ecahio sobre o arsenal de marinha, reduziu-do-o a ruinas. Picaram sepultados muitosoperários e funecionarios das ofíicinas, dosquaes 15 se acharam mortos,, e 45 feridos ecoutu..o8, se*>do que destes muitos não.po-

-. dem escapar. *;Essa grande desgraça e que custou tantas

vidas e o prejuizo estimado em 200 contos,é devida a incúria, desleixo de quem querque dirige aquelle arsenal; porquo já o annopassado um corrimento de terra havia estra-

!_, gado uma porção d.o edifício, e ha dias osfrades de S/'Behto avisaram ao arsenal doprejuizo de novo desastre. No renado o se-nador Pompeu interpellou o ministro sobreeste sinistro, segundo li no Jornal,-,o pareceque o ministro desculpou-so com a-fatal ida-de, que rege as nossas cousas.

Dizem os jornaes que os nossos,principes—conde e princeza d'Eu seguem pára a Eu-,ropa, naturalmente por causa da cpedemia

j que pôde não conhecer ou respeitar o san-gue azul

¦¦;

Afíiançam-me que a Republica, jornal, vaiá final reapparecer no dia 7 de Abril em for-' mato grande sob á direcção do velho Amarale mais re.dactores acreditados. Não sei seainda o governo mandará o povo urbano fa-zev boa ju.siiçii, nat-frase do visconde de Ni-theroy.

Appareceu na impronsa dissidente o Bra-zii, jornal bom escripto, em' linguagem ele-váfla, susteutando a eleição directa, e com-batendo o governo, redigido pelo Dr. José

.Tito Nabucoj que era promotor, e foi logodemittido á bom do serviço publico.

Os habitantes de Cantagallo dirigiram#¦ ouma representação coberta de muitas assig-

-naturas a Assembléa pedindo a eleição di-recta.

Corro quo o Cotegipe será o futuro orgaui-sador do gabinete, e que áté já fora para issoconvidado, só esporando-se a passagem dosorçamentos para a bagagem do Bio Branco

. retirar-se comas honras da guerra.Se é exacto o boato, teremos ontão a re-

forma da eleição directa, á que o barão Co-tegipe se acha compromettido; e neste casonão só o deputado Leandro Bizerra, porémmuitos outres indirectos passarão á directos.

Consta-me que seguem neste paguete al-guns deputados do norte; muitos outros jáse foram, principalmente do sul: mas note-se que todos entram na folha do subsidiodobrado, embora durante a sessão uma ouduas vezes comparecessem á câmara !

Faltava mais esse exemplo de iinmorali-dade dado por áquelles que se. dizem repre-sentantes da nação, fiscaes do governo!Além cie duplicarem ou treplicarem os seusvencimentos não se pejam de abandonaremas câmaras (deputados e senadores) levan-do sous ordenados!

Uma recti/icação.—Por ouvir á alguns de-putados e ter lido no Jornal de hontem oque o visconde do Bio Branco mandou pu-blicar sobro o discurso'do Martins, dissoacima que ello havia levado a tolerância ro-ligiosa além do christianismo. Acabo deler agora no Diário de hoje o extracto de souimportante discurso, e nada encontrei quonão fosse muito sensato, é catholico. So foialém dessas idéas, o fiel extractor do Diárioomittio, o que não creio.'

Aposição daquelles que adoram os jesui-tas no templo, e.no parlamento o gráo-me3-tre Bio Branco é que ficou inexplicável.

Em um artigo humorístico do Diário dohoje vem uma questão muito chistosa aoMello Moraes (o do archivo)—qual a in-

. íluencia que pôde ter nos negócios publicosa moléstia solitária que sem cerimonia vaise encaixar no bucho de um ninisko do es-tado? Os jornaes .Ilustrados e caricatos,que. aqui também sorvem de thermometroda opinião tem redobrado do espanto repre-sentando os ministros de todas as formasridículas.

. O primeiro ó o tratado do 15 de Março cara adosoecupaçáo tio território francez, o pelo qual ao de setembro próximo a França, cornpletarnen-to libertada, estará na inteira posse do seu ter-ntorjo, com exeepção apenas das snas infelizesprovíncias da Alsaciae da Lorena.Não ó só a victoria do uma nação da raça lati--á-, e que _ tantas syinpathias nos merece, • queaqui festejamos ; ó principalmente o êxito, queeste facto significa, dos esforços do um governoliberal, que não teve por si outro concurso alemdo da nação.

: O tratado do 15 de Marco ó o feito mais gio-noso de toda a vida do Sr. Thiers.E tantas são as suas garantias, e tão corta asua completa execução, como foi a dos tratados

precedentes, que podoino3 dizer: livre está aFrança da invasão estrangeira., O tratado foi logo ríitifi cado. A Assembléa Na-cional dirigioao Sr. Thiers a seguinto felicitação:'" A. assembléa nacional, acolhendo com pa-triotica satisfação a communicaçào que lho aca-ba de ser feita, e feliz de ter deste modo cumpri-do uma parte essencial da sua tarefa, graças aoconcurso generoso do paiz, dirige 03 seus agra-dücimentos o os do paiz ao Sr. Thiers, presidenteda republica, e ao govorno, o declara que ,o Sr.Thiers bem mereceu da pátria. "

Também a Academia Franceza, do Instituto,felioitou o Presidente da Kepublica.

; O segundo facto, que applaudimos, é a renun-cia do Sr. Disraelli para organisar um governoconservador em Inglaterra, pela içipossibilidadecm que se achava de governar o paiz cora a ac-tunl câmara do» communs, e julgar á dissoluçãodesta inconveniente no estado om quo está aEuropa o o seu paiz.E' uma homenagem, quo presta o gr.ande e.sta-dista á soberania nacional; c um acto do civis-mo dos mais nobre* quo tem praticado om suavida politica.

O que diria o Sr. Di.raolli «ao ler a noticia dacelebre dissolução do 20 do julho dc 1808, queeiuotou do parlamento a quasi nma unidade dosrepresou tantes do partido liberal do Brazil?> Embora tenhamos de sacrificar algumas noti-cias de interesse, vamos traduzir e publicar emHeguida um resumo da parte essencial do discur-so do Sr. Diaraelli acerca da ultima crise minis-.criai em Inglaterra. E' uma famosa lição dedireito constitucional, que servirá de espelho aoschefes conservadores deste paiz, estadistas cari-catos e meros instrumentos da vontade imperial.

Eis o quo disse o Sr. Disraelli:" Sessão de 17 de Março—... Seja-nie licitodeclarar que na occasião em que eu entravaquinta-feira ultima nesta câmara recebi ordemdeirfaliar áraiuha. Sua Magestade deo-rae ahonra do consultar.sobro a crise ministerial. Fer-guntou-rno se me achava proparado para orga-nisar um ministério e dirigir os negócios do paiz." Respondi francamente, quo estava promptopara compor uma administração qno me pareciacapaz de 'dirigir os nogocios com êxito, o de for-ma a merecer a confiança; mas que não poderiaemprelieuder governar o paiz com a actual -ça-mara dos communs. Tal foi a opinião quo omefc-ti claramente.

»*_ata>-3£-fflfi-»**-*-

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IITEBiORM¦_ ftflsja política

A nossa revista politiza oecupa-sc hoje de dousfactos que muito interessam, sob o ponto de vis-

a politico,-os princípios que sustentamos.

• " 8cs3ão de 20.—... Fiz comprehender a S.M; quo nos dous annos últimos a opinião publicatem passado por grando transformação em pro-voito do partido conservador; mas nem porissodeixou o Sr. Gladstouo de ter uma maioria do 88votos.'* Chamando a attenção da Pwainha sobre ostofacto, accrcscentei que o voto contrario ao go-verno teve por causa o interesse dos catholicosirlaudezes com 03 quaes não tom nenhum laçode commum; ainda que depois da suppressãoda egreja protestante oiBcml da Irlanda me fossoimpossível consentir no estabelecimento do umauniversidade catholica romana. Mas, dir-nie-hão, porque não contou com a dissolução da ca-*mara?

"Uma dissolução parlan__ntn.ro um acto decuja naturezí>faz-se uma idéa falsa. Suppõe-soqué ú um recurso a que um ministro pôde recor-rer com a maior facilidade, ontretanto que ó ummstrnmei. to que differo conforme a mão que oempre ^m ministro em oxercicio pôde servir-so do ?.o com uma faciiidado, que nãotem _.._io que chega ao poder. Um ministrono governo pôde tambom dirigir os negócios pu-blicos com o fim de preparar uma dissolução;mas um ministro novo deve antes do tudo proce-dera formação do sou gabinoto." Nestas condições não mo.teria sido possivelformar um governo, e collocal-o em estado dedirigir os nogocios do paiz autos da Paschoa."« Suppondo ainda mesmo que eu tivesse ncei-tado os orçamentos dos meus predocessores, nãopoderia dissolver o parlamento antes do mez deMaio; o não faltaria quom me perguntasse en-tão: " a propósito de quo questões,usastes dadissolução?"" Na falta de uma questão que uocessifcasseum appollo ao paiz, eu teria de dirigir-me aoseleitores som um plano politico; o não ó possi-vela uma opposição formular Um plano politicoprofundo, sem que para isto tenha o tompo no-cessario. Nossa posição era essencialmonto cri-tica." Podíamos nós, quando a questão da Ásiacentral-está pendente, dissolver o parlamentosem estarmos habilitados a fazer conhecer a nos-sa decisão sobro esta questão ? Poderiam per-guutar-nos também qual ó a nossa intenção acer-ca das tres regras novas inseridas no tratado deWashington, o comprehende-so que ser-nos-hiaimpossível responder antes de ter conhecimentodos documentos que estão em pod.r do govornoactual."O tratado de commercio com a França exi-ge também declarações claras e precisas.

. " A questão das despezas tem também a sua

mSSSe d?^!'qU6 a? deSpeuS níl° f -° / coasidG^9ão explicações e esclarecimentosmonoies noje do que quando nas ultinms olei-

ções geraes, foram assumpto do critica de numerosos eleitores."O aspecto dos negócios do estrangeiro mu-dou desde 1868, época em quo foram decretadosos nossos últimos armamentos.Ha ainda a questão das taxas locaes.

. " Si euacceitass. a tarofa de dirigir os nego-cios do paiz, estaria na obrigação de administraro paiz com as câmaras actuaes ató o fim da ses-são; e nunca alcançaria um aó voto favorávelsenão á custa -de explicações humilhantes (oh 1oh!) v¦li Fallo por experiência.'•' Honrados cavalh.iros apresentariam á ca-mara, no fim du sessão, moções que teriam porúnico fim collocar o govorno em minoria."; depois de semelhantes votos viria a disso-lução ; mas o ministério estaria vencido, seriaapregoado por toda a p.-vte como um ministériodesacreditado, degradado, e oujos serviços nãoteriam nenhum valor mais nem para a' coroanem para o paiz.•¦_ iNe,stas circumstancias comprehendi qve mo

,1dos negócios\

era impossível acceitar a direcçãodo paiz.

S^.M. vendo quo ou hesitava em acceitar osauoherecimento, disse-me, em termos de'umajudiciosa imparcialidade, que eu podia contarcom ^o sou apoio cordoni, e que se uma dissolu-ção das câmaras podia ser-mo útil, eu podia con-tar com o exercício da sua prerogativa. Declareia S. Mv, qite uma dissolução não removeria 03obslaculos que eu lhe havia apontado.

Quanto a attitude da opposição, por occasiãodo ultimo voto, cabe-mo dizer que expliquei, emuma carta que dirigi a S. M., as razões quedeterminaram o nosso proceder. Provei namesma carta, que empreguei todos os meios deque pude dispor para procurar aplainar as diffi.-culdade'3 que se oppuuham á formação dc"umnovo goveruo." Estando convencido de quo os interesses danação não exigiam que ou mo encarregasse daformação do uma nova administração nas cir-cumstancias actuaes, fiz o que dependia de mimpara que o bonrado cavalheiro, que dirige actual-monta o governo, não permanecesse muito tem-po fora dos negócios, com quanto evitasso eu darum conselho á Rainha, disso todavia que a cau-sa da demissão do governo não estava na alturado acontecimento que so lho tinha seguido. OUll universitário foi impopular desde o começo,mas o muito honrado cavalheiro (Sr. Gladstone)catava convencido de quo a sua honra ostava om-ponhada nesta questão, o um homem de Estadonunca c demasiadamente escrupuloso; mas eucomprehendi que já tinha ello recebido todas assatisfações poi.siveis a esto respeito, e que podiareassumir a direcção dos negócios, publicos.; " A minha resolução pôde não ter correspon-dido á ospectativa do alguns dos meus amigospolítico;/; mas quando estes tiverem comprehen-dido os motivos que mo fizeram assim pr ceder,não me condeinnarão." 0 partido tory tem hoje uma posição melhordo que todas as quo tom tido desde o tompo doPitt. Sahe agora do período qne fez surgir todosos homens públicos da actual geração.

_ " Algumas questões de finanças e de commor-

cio foram resolvidas, mas outras gramles quês-toes aguardam, ainda uma solução."" Todas as nossas instituições e os principiosque tornaram a Inglaterra notável sob o pontodo vista da ordem o da liberdade quo possuímos,são hoje «atacadas, o transformam-so em questõesiucondiarias. Quando chegar a nossa vez, o paizpossuirá um grande partido constitucional quedirigirá o espirito publico ; o logo que começar a"nossa carreira, que será necessariamente nobreo poderá sor triumphante, os meus amigos poli-ticos se lembrarão que, como chefe do meu par-tido, e estando incumbido da direcção dos' sousinteresses, cu aplainei-lhes o caminho no dia cmque recusei formar uma administração fraca odesacroditahi. (Longos e estrepito.os applau-sos)."

que por sua natureza não se poderiam eonter no âmbito limitado do uma petição.A empreza foi orga__ada a 18 de maiode 1869, com o capital de o00:000fi000, oqual foi forçosamente desfalcado na impo**-tancia de 106:884$331, nas verbas seguiu-tos:líO acções beneficiárias ao

coscionario André deAbreu Porto 30:000$000

Despeza com a transferem. cia do privilegio....Üteusilics ,Desapropriações .-.Diííorenças de cambio

y ¦¦-,.-:

c

6:000$0003:000$000.36:000|000;81.:884$33Í,

Picou, portanto, reduzido ocapital

10G:884p31

393:115|G69

500:000$000

PUBLICAÇÕES SilliÜ

Eaí-waílsi al© fvvw® ale ^Slia^lsa

Ilims. Srs. Eedactores da Provincia.—Vv.Ss. publicaram em sua conceituada folha dohojo algumas palavras com rotação agaran-tia de juros requerida a Assembléa Provin-vial, pela companhia da estrada de ferro doP.ocifo a Olinda e .Beberibe; e como d'essaspalavras se infira falta do conhecimento dascircumstancias, em que a referida garantiafoi pedida, envio a Vv. Ss. um exemplar' im-presso do memorial, que acompanhou a pe-tição da companhia á Assembléa, o rogo-lhoso obséquio para esclarecimento do publicodo publicarem o dito memorial.—Sou de Vv.Ss. muito attencioso venerador e obrigado—Dr. Estevão Cavalcante d'Albuquerque, Presi-donte. da Direetoria.

P.ecife 9 de Abril de 1873.

• MEMOPIALIlims. c Ewms. Srs. Deputados á Assembléa

Legislativa Provincial.—__. companhia da os-trada de ferro do Eecifo a Olinda, tendo di-rígido á esta respeitável asscmblóa uma petí-ção com data de hontem, vem peio órgão da

para realisar todas as obras.Espíritos experientes o práticos facilmen-'

to poderiam prever que, com esse capital,sena.impossivel levar todas as obras ao-cà-.bo e nas melhores condições; mas os quêdl--.rigiam então os negócios da companhia-íen-tenderam que, feitas as obras e aberta, a li-nha ao trafego, os lucros seriam tão avanti-.-'jados, que dariam um proveito immedjato'aos capitães empregados, o um excesso „erenda que chegaria pára o aperfeiçoamentode uma e o acabamento do todas as obras acargo da emproza. Assim, porem, nãóaconteceu.

Para esse triste resultado concorreram,ontre outras, tres causas principaes—En-trádas de çapitaos feitas a longos prazos eescassamente, de modo que mal chegavamelles para a3 necessidades de momento enun-ca para as previsões .do futuro.—Erros deadministração que trouxeram despezas im-produetivas, e finalmente—uma renda sebem que prospera e sempre crescente, toda-via muito á quem das provisões da adminis-tração e.dos emprezarios. Era o fructo dainexperiência quo se colhiiv.

No entanto nenhuma empreza conhecidaexaminou o discutio até hoje mais detida econscieuciosamente os sous interesses doquo a da estrada de ferro do P.eciíe a Olinda,nenhuma composta de pequenos capitalÍ3-tas, como esta, deixou na ca"rencia do" meiosdo recorrer ao auxilio do governo antes mes-mo de tor feito por quatro longos annpso sa-enficio de abster-se dos interesses move-nientes de seus capitães. ~'-C ,-;;;CCy

: A companhia da estrada de ferrado Re-eife a Olinda, de«_jando satisfazer os com--promissos contrahidos com o governo e opu-blico, tem ató agora aberto mão da rejídâli-,quida da estrada em proveito do acabameh-to o aperfeiçoamento de suas obras Ç mas,alóm do que essa ronda

' chega em pequenas

quantias, o que a torna insufficiente para.oc-correr ás necessidades do serviço em vasta.ebem planejada escala, aceresce que eWes-cassez de meios prolongaria indeterminada-,monto o sacrifício dos accionistas-cm-detri-mento da animação de que elles. 'procisampara exemplo a futuras emprezas, da-;"i*egula-ridado do serviço e da mnior commotlidàde esegtmxnça dos passageiros, e determinaria,como já tem determinado, uma ..despeza sn-perior á necessária pela conseqüente preci-são de prover-se a contínuos reparos o á.uma conservação duplamente . diÍpe.hdiosapela imperfeição dos trabalhos parcial é"tar-'diamento iniciados, e -s,orosamcnÍo'acaba-..-dos. ¦"

Do exposto resulta a necessidade indeeli-navel que tem a companhia de prover-sedè capital quanto basto para, de uma só veze mediante um plano bem combinado, daraperfeiçoado complemento ás obras a, seucargo.

^ Esso capital, segundo os calcii-los feitos,podo no máximo attingir a somma, cV,.,..... :20Ü:00Ü$000.

Os sacrifícios que a companhia tem -feito, 'isto é, a ausência de dividendos o a perspec-riva do idênticos sacrifícios no futuro, o qualpôde âlongar-se, tom trazido tal desanimo,que as acçoos teoin baixado 40 por conto do

;seu valor.Nestas circumstancias o impcssivel á com-'"

panhia, emittir aceões ou contrahir um em-prestimo _ cm condições vantajosas, e é poreste motivo quo ella recorre á muniíicenciado podor legislativo provincial solicitando oauxilio moral do uma garantia do juros por10 annos á razão de 7 por cento sobre o ca-pitai de 700:000$, isto é, sobre os...-.000:000$ já despendidos, o 200:000.$ a.des-pender-so.

. Oonseguindo^este desidoratum, a compa-hhia poderá levantar o capital de-qne preèí.sá, dar dividendo aos accionistas, o satisfa-

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^empréstimo, no caso de ser este meio o pre-ferido..

Não se pense que passará de um - auxiliomoral- a garantia alludida, porquanto a re-ceita liquida do anno findo na importânciade 53:272$200, vai muito além da referidagarantia, e o movimento sempre ascendenteda receita, desde que a estrada se abrio aotransito até hoje, deixa antever um futuromui lisongeiro para a empreza, tanto maisquanto acfcualniente tem ella a seu favor oaugmento do preço das passagens, segundoa tabeliã organisada enl virtude do novo ac-•cordo estabelecido entre a sua directoria e apresidência da provincia.

Sem que haja recebido soecorros dos co-fres públicos, tem todavia-a companhia tra-zido directa e indirectamente para elles uma'renda não pequena, e que cada dia premette

. • ser maior.E' innegavel que, com o estabelecimento

da linha férrea para Olinda e Beberibe, veiocomo consectario a existência da companhia•encarregada do abastecimento d'agua e luzá.«idade de Olinda, o augmento no valor dasterras, das casas e dos alugueis, e o desén-'¦volvimento «ta edificação, benefícios tantomais reaes quanto dolles resultam notáveisproveitos á renda publica pela «obrança dosImpostos dos diíferentes contratos de trans-missão e a acquisição de propriedades, de<lecima.s, etc.

Com o fim de animar a edificação, a com-pauhia fez uma reducção de .40 por cento no

; preço da coniiiGção de materiaes.¦i}Èita medida desde logo foi produzindo e

•continua a produzir os desejados effeitos.E quando tem ella feito - tão notáveis aa-

•crificios, e os cofres públicos tem auferidovantagens resultantes desses sacrifícios, pa-rece de equidade s.« não de justiça, que al-guma cousa se faça a bem da mesma.

A companhia não tem debito ou passivoalgum propriamente dito. Apenas tom che-gado e continuam a chegar do estrangeiro•uço.mmendas e sobrcsalentes na importan-ciá de 36:000$000; mas, além de que os ob-

jectos*recebidos ainda se acham om ser, a«-«resce que a importância d'esses objectosterá de ser, satisfeita pela verba ordiuaria dematerial, á proporção que elles forem sen-do innu.fcilisados.

Sem exageração, e a vista do movimento-crescente da renda, póde-'se com segurança¦asseverar que no anno corrente esta attingi-rafa uma somma nunca inferior 20Q:000§Q^O, quantia que deixa largas en-sanchas á "satisfação dos compromissos dacompanhia, .incluídos os que devem resultardo levantamento do capital de que ella pre-

•cisa."",-." A companhia tem em si, como fica expôs"to, todos os elementos de prosperidade, ma_acha-se n'um d'osses períodos de disfallocimentos de forças por causa dos longos oinrproduetivos sacrifícios feitos, que a não sipr.soecorrida ficará condemuada á triste alter-•.nativa <£e viver vida vegetativa de acanhadoexpediente em prejuízo dos próprios e dospúblicos-interesses, ou de abrir mão da em-prezaT^que será uma terrivel lição a futu-:ros commettimeutos.

. Comparada a somma de interesses que•-.podem ter, o governo e os accionistas, nosbehefi.cios resultantes da propriedade d'esta•empreza, ninguém dirá que a melhor partenãò pertença aquelle.

A','.companhia entra com seus capitães,tem ii.-responsabilidade legal doa seus com-qiromissos sobrecarrega-se do serviço fati-gante de uma administração complicada,tem necessidade muitas vezes de defender-se de exigências discomodidas ou de aceusa-ções injustas, paga impostos,, tudo isto lia•sperança de um lucro quasi sempre modes-to que a indemnise de tantas penas, no en-tanto que o governo sem preceder ao menorsacrifício da sua parte, cobra impostos narazão da prosperidade da emproza e vai ain-•da-haver a sua quota parte no desenvolvi-mento da riquoia particular oceasionadapela mesma empreza*

Monta a 49:000$000 a garantia.de 7 porcento sobre o capital dói.70O:000$0Ò0. Estagarantia não seria hoje, á vista do estado darenda da estrada, um ônus para a provincia,,e muito menos o será para o futuro, já peloeffeito natural do augmento" da população já

Ipela suppressão de certas verbas de despe-sas, como sejam, entre outras as reparaçõese conservação dispendiosas que exiitem eexistirão emquanto não se completarem.asobras. v"*

A companhia só recorre a vosso patriotis-mo depois de esgotados os seus recursos»teudo feito sacrifícios sem vantagens suas, etendo cumprido os seus compromissos, tan-to quanto esteve na orbita de seus esforçou;e ainda assim não espera dc vós outro auxi-lio que não seja uma garantia de juros pura-

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mente nominal; e tão inabalável é a su» fé,e tão sinceras e honestas são as.suas vistasque, não duvidará dispensar o auxilio pedi-do e desde já se compromette por sua honraafazel-o, desde o momento em quo, levnn-tando o capital, de que precisa, a renda daestrada garantir dívideudos de 7 por cento ;assini como se obriga a indemnisar a pro-vincia de qualquer adiantamento 'que ellapor ventura faça na hypothese figurada,mas não acceita, de que a renda da estradaseja jiisuíficiente para garantir os referidosdividendos.

Recife, 27 de março de 1878.A direcção.

Dr. Estevão Cavalcante de Albuquerque,Presidente.

Eduardo A. Burle,Vice-presidente. .

Laurentino Josó de Miranda,1.° Secretario.

Luiz José Pinto da Costa,2.° Secretario.

José Fortunato dos Santos Porto,

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PARLAMENTO

Discurso pronunciado pelo Sr. deputado Fer-reira Vianna na sessão de 4 de Marco>

Requerimento do Sr. Florencio de Abreu

(Conclusão)'

Na noute de 28 as bandeiras tinham des-apparccido e o estabelecimento da Republicaconservou-se fechado ; entretanto os ultra-ges continuaram e na presença da força pu-blica .tentou-se escalar e violentar o edificio.Sem causa remota ou próxima, directa ouindirecta, mobilisaram-se esntingentos detropa mais fortes que na noute antecedente,espalhou-se o alarma com o bater das espa-das o o trotar da cavallaria pela rua do Ou-vidor qnasi deserta. A força era em verda-de poderosa porem, a, prevenção nenhuma.0 edificio da Republica foi victima dessa se-"gunda o corajosa campanha. Não estavaainda aplacada ajusta vingança da sobera-niapopiüar concentrada na rua do Ouvidor.

Se não fora a ostentação da força desde atarde do dia 27, estou convencido de que amanifestação democrática teria corrido semos incidentes que todos nós condemnamos.

Não sei explicar as inquietações de que aautoridade deu tão publico e inc.onvenientevtestemunho. Instituições fundadas sobre"seguros alicerces não podiam ser abaladaspelos^ gritos de enthusiasmo e expansões daalegria de uma manifestação plaionica.

Suspeito que houve o pensamento de fa-zer crer na existência de um plano revolu-cionario para se colher a gloria de o abafarno nascedouro.

A* aggressão material seguio-se a perse-guição legal, o recrutamento, no theatro dssproezas, dos cavalheiros das pedras, das ba-tatas e chouriças. Depois da violência oterror! Era preciso, para os altos planosdo governo, que embora leiam os cidadãos aRepublica, tenham medo de se aproximar doseu domicilio. Antes que opprimir e ultra-jar, seria mais digno que o poder assumissea dictadura e supprimisse o órgão republi-cano, se é que o ministério não pensa como

o Sr. ministro da justiça que a Republica es-tá fora da lei.

O Sr. ministro da justiça dá um aparte.O Sr. Ferreira. Vianna :—E' verdade bem

o diz o nobre ministro da justiça. Assim sepraticava cm França no tempo de Napo-leão III...

O" Sr. ministro da justiça :—-E ainda hojena republica de Thiers.

O Sr. Ferreira Vianna:—... também naHespanha de Isabel II e em Nápoles deFernando II. Mas cumpre observar emhonra á lealdade daquelles governos, que sepreviniram com leis excepcionaes de suspei-tos e de segurança publica. Suavisavam atyrannia pela franqueza, ejá não é pequenofavor. em uni governo de arbítrio. À sortede todas essas dynàstias deverá ter conven-cido á todos os governos

' que o caminho da

ordem é o da liberdade.O que me inquieta é a incerteza e a cila-

da; proclamar-se a liberdade da imprensa eultrajal-a e aggredil-a. O que me assusta,mais que tudo, é a tolerância do governocomo uma graça, reservando-se o poder desuspensão arbitraria.

O Sr. ministro da justiça:—Lembre-se doque se tem praticado nos Estados-Unidos ena França. -

O Sr. Ferreira Vianna :— Na França ha-via.lei de suspeito e segurança publica, exe-catada pelos tribunaes e responsáveis doImpério e não por anonymos. Limitem asliberdades publicas, corrijam-nas, se tantoquerem o tanto podem, mas que cada cida-dão saiba em que lei vive.

O nobro ministro da justiça, esquecendo-se de sua posição e responsabilidade, decla-rou ao meu amigo, honrado deputado pelaprovincia de S. Pedro do Sul, que o respon-savel dos atfcentados de 27 e 28 do mez pas-sado era a opinião publica! Não sabe o no-,bre ministro a dolorosa impressão que sof-fri o que ainda mo agita. Estaremos einplena revolução ? O poder está desarmadoou coacto? Li em.jornaes que acompanhamo ministério as seguintes explicações: osacontecimentos de 27 e 28 são aetos de jus-tica popular. O nobre ministro devera terlido uma provocação feita ao povo para pôrtermo á Republica. A justiça administradapor turbas enfurecidas! A resposta do no:bre ministro, além de não corresponder ápergunta, encerra uma ameaça a. todos oscidadãos. S. Exc. quer dizer: soffrei comresignação; a opinião publica é um poder ir-responsável e sagrado; desgraçado daquolleque incorrer em sua cólera ! E' a dictadu-ra anonyma. Esta doutrina é a perversãodo todos os bons princípios de ordem, dou-triua revolucionaria e criminosa. Justiçafeita pelas mãos do povo, receio quo serieisas primeiras victimas. Ninguém ousa to-mar a responsabilidade dos attentados;oroou-se a theoria de crimes commettidospela opinião publica, victima a seu turno dascaluimiias do poder e responsável innocentede todos os abusos.

O Sr. ministro da justiça : — Mencioneium facto e nada mais.

0. Sr. Ferreira Vianna:—Um facto diz onobre ministro, um facto fatal talvez e con-

.tra o qual seria, cm vão reclamar. Escusada fraqueza senão da tyrannia.. Entregae ajustiça ás turbas, que elevaes, á altura daopinião publica e de soberania, e ellas pre-ferirão o sicaifio Barrabás ao- Divino Re-demptor.

A autoridade e respeito das leis, comoprincipio conservador dá liberdade u-eser-vadòr da licença, era uma da?' lidasgarantias .das monarchias con&iiu- laesrepresentativas.

Nã^o me reputo livre nesta tribuna, por-quo não sei se opiniões que tenho expedidoexcitarão os furores da opinião publica, juizque condemna sem audiência, ataca, escalaapedreja o domicilio do cidadão.

O nobre ministro insiste em não declararos nomes dos autores dos attentados de 27 e28, cobre-os com p manto da opinião publi-ca. Não sabe do mal que lhes faz, porque aminha intenção era recommendar seus ser-viços e reclamar para elles o merecido ga-lar dão. (Riso).

Entendia o Sr. Guizot explicar satisfato-riamente . o apparecimento da bandeira re-publicana em monarchias livres como umcentro de decepções, de descontentamentos,e de" injustiças inevitáveis em qualquer fór-ma de governo. Por este lado não vejo ra-zão para a propaganda radical no nosso paiz.O nosso governo dispensa com o talento to-da a sua profecção, eleva-ó e cerca-o de res-.peito e consideração. Nem o patronato enem o empenho são conhecidos a unica pre-ferencia escrupulosamente attendida é a domérito. -A liberdade está em toda a partecomo o ar e a luz. O mais leve vexamequesofíre o mais obscuro cidadão, mal chegaaos ouvidos do governo, é objecto de rigoro-

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sos inquéritos e tal é a compensação impostao offendido, que elle faz votos pqr:|er denovo maltratado. O governo éinteirainen-'te estranho ao processo-eleitoral, sem duvida ;irreprehensivel. .

A liberdade do voto, da imprensa e da :tri-huna formou uma pleiade de estadistas oon-summadose oradores illustres, que augmèh-'ta progressivamente. O senado é o.rPaíii-theon dos vivos; alli esta assentado o que; opaiz tem de saber, virtudes e serviços a pa--tria escrupulosamente afferidos pelos minis-terios no acto das escolhas. E' d frueto sã-boroso da liberdade eleitoral. As câmarastemporárias são a opinião nacional em todaa sua yivacidade e candidez. A harmoniaentre o governo e o poyo é um facto miracu-loso. O que o poder pensa, o povo procla-ma. O poder não se engana. Tentam-sefalgumas reformas somente para aperfeiçoar .os oradores e manter o fogo sagrado da elo-quencia parlamentar. Ha poucas horas liem um órgão do governo: « Que o Impériodo Brasil se impõe á admiração do universo,como typo de organisação politica. ». E'verdade. (Riso.) Emfim, senhores, a liber- ¦dade chegou'ao ponto de se confiar a justiça f.á opinião publica! Não ha uma queixa jus- -'¦ta, não ha um descontente, não ha um offen--.dido. A republica se cuida aggrupar esses;¦;¦¦;elementos, a que se referio o Sr. Guizot,-'Ti,perderá o-seu esforço. (Riso.)

Se a opinião publica continuar em seujsjfful-ores dèjustiça contra os que sustentam'princípios contrários ás instituições juradas^;-apresso-me em pedir a protecção do nóBreministro em favor de Um senador, que,'em.contraposição ás mais siceras confissões dedistinetos protestantes, attribuio á inílueii-cia da religião do Estado a corrupção doscostumes públicos. 'V"

O Sr'. Martinho de Campos :— E ó minis-terialista enthusiasta.

O Sr. Ferreira Vianna : — Nada ha. emrepouso, disse Gioberti; a matéria, a intel-ligpncia, a natureza, o homem, os povos, duniverso,' tudo se agita no séntido.r do seusdestinos, que é a perfecfcibilidadè. Os go-vemos livres também não podem pretendera immobilidade, o repouso. Obtém a vie-toria para recomeçar a.luta entre todos oselementos e princípios divergentes. Não épermittido arredar da arena nenhum com-batente, qualquer que seja a-sua idéa, comonão ó privar o homem de respirar. A vie-toria não cabe á força, mas á razão. Nadade perseguições; os martyres vencem. '

Quea bandeira da liberdade fluetue sobre nossascabeças; ella confundirá todos os erros o faráprevalecer a verdade. .

Os attentados de 27 e-28 deram ao minis-terio uma celebridade que não é invejável-A imprensa era a unica válvula de respira-ção que restava ao espirito publico.' O res-ponsavel da explosão será a mão quo com-prime. Dedicado a esta liberdade, que pre-firo a todas as outras, pago-lhe voluntária--mente o tributo do meu reconhecimento.

A imprensa foi victima de um attentadonão repetido nosta cidade e nem tentado nosegundo reinado. Não creio que o governogosé do beneficio do silencio, que tão impru-cientemente deseja obter, e lhe annuncia oórgão da democracia radical brutalmente ul-trajado.

A politica do governo precipita-o em um -abysino fundo e hediondo: o de desprezopublico.

Tenho concluídoVozes:—Muito bem, muito bem.

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Pedimos aos nossos assignantes dointerior que, terminando o prianei-ro semestre da nossa folha no fim docorrente mez, mandem renovar assuas assignaturas emtemp o.

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II QUESTÕES POLÍTICAS i&

i$oooImportante opusculo do conse-

lheiro Zacarias de Góes e Vascon-cellos.

Nas livrarias Franceza e J/kíi(s-\|trial. A

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