Órgão de divulgação do senado federal ano ix – nº 1.660 – … · – era uma figura...

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Remessas ilegais podem envolver até 200 nomes Procuradores da República se queixam de falta de apoio institucional e informam a parlamentares que devem estar concluídas em 40 dias as investigações sobre transações irregulares via contas CC-5 em Foz do Iguaçu AVANÇO Nova força-tarefa vai apurar a evasão de divisas, anunciam procuradores na reunião presidida por Antero Paes de Barros procurador Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que as autorizações especiais dadas pelo Banco Central a cinco agências bancárias incrementaram a evasão de divisas a partir de Foz do Iguaçu e “abriram um esquema criminoso que até hoje não foi fechado”. Os procuradores que depuseram ontem apontaram falta de apoio institucional para as forças-tarefas encarregadas das investigações. O Páginas 4 e 5 Órgão de divulgação do Senado Federal A n o IX – N º 1.660 – B r a s í l i a, terça-feira, 18 de dezembro de 2003 Órgão de divulgação do Senado Federal A n o IX – N º 1.747 – B r a s í l i a, sexta-feira, 25 de julho de 2003 CPI DO BANESTADO CPI DO BANESTADO Página 6 O vice-presidente do Senado, Paulo Paim, buscará envolver o Congresso na luta para aumentar a presença dos negros nas universidades, no serviço público e nas empresas privadas. Ele fez o anúncio ao receber grupo de ativistas norte-americanos. CØlio Azevedo Geraldo Magela RECONHECIMENTO Conforme Azeredo, motorista correto merece tratamento diferenciado Waldemir Rodrigues Projeto de Eduardo Azeredo cria bônus de 12 pontos para motorista que passar três anos sem cometer infração de trânsito. O bônus abateria futura pontuação por infrações leves. Azeredo propõe bônus para o bom motorista Página 2 Ao defender a recuperação das estradas federais com recursos da Cide, Serys Slhessarenko cita estudo que mostra impacto favorável dessa iniciativa na geração de empregos. Serys cobra recuperação de rodovias Página 7 Senador reuniu-se com o ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, para tratar do projeto de óleo diesel feito a partir do óleo de mamona. Usina está sendo instalada no Piauí. Alberto Silva negocia adoção do biodiesel Página 6

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Page 1: Órgão de divulgação do Senado Federal Ano IX – Nº 1.660 – … · – Era uma figura exemplar, de grande espírito público e atua-ção nos campos político e cul-tural de

Remessas ilegais podemenvolver até 200 nomes

Procuradores da República se queixam de falta de apoio institucional einformam a parlamentares que devem estar concluídas em 40 dias as

investigações sobre transações irregulares via contas CC-5 em Foz do Iguaçu

AVANÇO Nova força-tarefa vai apurar a evasão de divisas, anunciam procuradores na reunião presidida por Antero Paes de Barros

procurador Carlos Fernandodos Santos Lima afirmou queas autorizações especiaisdadas pelo Banco Central acinco agências bancárias

incrementaram a evasão dedivisas a partir de Foz doIguaçu e “abriram umesquema criminoso que atéhoje não foi fechado”. Os

procuradores que depuseramontem apontaram falta deapoio institucional para asforças-tarefas encarregadasdas investigações.

OPáginas 4 e 5

Ó r g ã o d e d i v u l g a ç ã o d o S e n a d o F e d e r a l A n o IX – N º 1.660 – B r a s í l i a, terça-feira, 18 de dezembro de 2003Ó r g ã o d e d i v u l g a ç ã o d o S e n a d o F e d e r a l A n o IX – N º 1.747 – B r a s í l i a, sexta-feira, 25 de julho de 2003

CPI DO BANESTADOCPI DO BANESTADO

Página 6

O vice-presidente doSenado, Paulo Paim,buscará envolver o

Congresso na luta paraaumentar a presença dosnegros nas universidades, noserviço público e nasempresas privadas. Ele fez oanúncio ao receber grupo deativistas norte-americanos.

Célio

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RECONHECIMENTO ConformeAzeredo, motorista corretomerece tratamento diferenciado

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Projeto de EduardoAzeredo cria bônus de12 pontos para motoristaque passar três anos semcometer infração detrânsito. O bônus abateriafutura pontuação porinfrações leves.

Azeredo propõebônus para obom motorista

Página 2

Ao defender arecuperação das estradasfederais com recursos daCide, Serys Slhessarenkocita estudo que mostraimpacto favoráveldessa iniciativa nageração de empregos.

Serys cobrarecuperaçãode rodovias

Página 7

Senador reuniu-se com oministro da Ciência eTecnologia, RobertoAmaral, para tratar doprojeto de óleo dieselfeito a partir do óleo demamona. Usina estásendo instalada no Piauí.

Alberto Silvanegocia adoçãodo biodiesel

Página 6

Page 2: Órgão de divulgação do Senado Federal Ano IX – Nº 1.660 – … · – Era uma figura exemplar, de grande espírito público e atua-ção nos campos político e cul-tural de

2 Brasília, sexta-feira, 25 de julho de 2003

Senadoreslamentammorte de ator

O senador João BatistaMotta (PPS-ES) lamentouontem em Plenário ofalecimento do comedianteda Rede Globo RogérioCardoso, famoso porinterpretar os personagensRolando Lero, no programaEscolinha do ProfessorRaimundo; Seu Flor, noseriado A Grande Família; eEpitáfio, no programa ZorraTotal, em que contracenavacom a atriz Nair Bello. Ocomediante, de 66 anos,morreu no Rio de Janeiroapós um infarto e seráenterrado hoje na cidadepaulista de Mococa, suaterra natal.O senador Eduardo Azeredo(PSDB-MG) tambémregistrou voto de pesar pelamorte do ator. “RogérioCardoso era umcomediante de grandeatuação, sagacidade ealegria”, comentou Azeredo,assinalando ainda amilitância do ator nocampo político, o que lhevaleu um mandato devereador pela CâmaraMunicipal do Rio deJaneiro.No exercício da Presidênciada Casa, o senador EduardoSiqueira Campos (PSDB-TO) também lamentou amorte de Rogério Cardoso.

Maciel registrafalecimento de

pernambucanosO senador Marco Maciel

(PFL-PE) expressou ontem emPlenário pesar pelo falecimen-to de seis pernambucanos quese destacaram nos meios polí-tico, intelectual, empresarial emédico. Trata-se de pessoas aquem o parlamentar sempreesteve muito ligado e que con-tinuam, conforme declarou, ainspirar sua conduta, pois“suas vidas servem de exem-plo”.

Maciel comentou, inicial-mente, a morte do ex-deputa-do federal e escritor Luiz deMagalhães Melo, que faleceuquarta-feira, aos 84 anos.

– Era uma figura exemplar, degrande espírito público e atua-ção nos campos político e cul-tural de Pernambuco – afir-mou, destacando sua partici-pação na Academia Pernambu-cana de Letras, entidade quepresidiu por dez anos, e na cri-ação da Universidade Federalde Pernambuco.

Em seguida, foi lembrado ofalecimento de Ana de MoraesAndrade, aos 97 anos, a primei-ra prefeita de Pernambuco.

– Dona Anita, como era co-nhecida, tinha a política nosangue e defendia a presençada mulher no cenário político.

Outra grande perda para apolítica pernambucana, se-gundo assinalou Maciel, foi amorte do ex-deputado estadu-al João Ferreira Lima Filho, aos78 anos, "um cidadão retilíneoe de verticalidade de gestos".

O senador lamentou ainda amorte, aos 84 anos, do médicoFernando Figueira, fundadordo Instituto Materno-Infantilde Pernambuco, e do cardio-logista Ovídio Montenegro, aos86 anos, o primeiro especialis-ta da área no estado.

Marco Maciel também regis-trou a morte do engenheiroRoberto Caldas Pereira de Car-valho, aos 70 anos, que se des-tacou na construção civil e nosmeios católico e comunitário.

www.senado.gov.brE-mail: [email protected].: 0800-612211 - Fax: (61) 311-3137

MESA DO SENADO FEDERAL

Presidente: José Sarney1º Vice-Presidente: Paulo Paim2º Vice-Presidente: Eduardo Siqueira Campos1º Secretário: Romeu Tuma2º Secretário: Alberto Silva3º Secretário: Heráclito Fortes4º Secretário: Sérgio ZambiasiSuplentes de Secretário: João Alberto Souza,Serys Slhessarenko, Geraldo Mesquita Júnior,Marcelo Crivella

Endereço: Praça dos Três Poderes, Ed. Anexo Ido Senado Federal, 20º andar - Brasília - DFCEP 70165-920

Diretor-Geral do Senado: Agaciel da Silva MaiaSecretário-Geral da Mesa: Raimundo Carreiro SilvaDiretor da Secretaria de Comunicação Social: Armando S. RollembergDiretora do Jornal do Senado: Maria da Conceição Lima Alves (61) 311-3333Editores: Djalba Lima, Edson de Almeida, Eduardo Leão, Iara Altafin, João Carlos Ferreira da Silva,José do Carmo Andrade e Sylvio Guedes.Diagramação: Iracema F. da Silva, Osmar Miranda, Sergio Luiz Gomes da Silva e Wesley BezerraRevisão: Eny Júnia Carvalho, Lindolfo do Amaral Almeida, Miquéas D. de Morais e Rita AvellinoTratamento de Imagem: Edmilson FigueiredoArte: Cirilo QuartimCirculação e Atendimento ao leitor: John Kennedy Gurgel (61) 311-3333

Agência SenadoDiretor: Antonio Caraballo (61) 311-3327Chefia de reportagem: Helena Daltro Pontual (61) 311-1151 e Valter Gonçalves Júnior (61) 311-1670Edição: Marcos Magalhães e Nélson Oliveira (61) 311-1667

O noticiário do Jornal do Senado é elaborado pela equipe de jornalistas da Subsecretaria AgênciaSenado e poderá ser reproduzido mediante citação da fonte.

Impresso pela Secretaria Especial de Editoração e Publicações

PRÊMIO Azeredo diz que benefíciovaleria para quem não cometeuqualquer falta no trânsito

Passados seis anos de vigên-cia do Código de Trânsito Brasi-leiro, o senador Eduardo Aze-redo (PSDB-MG) decidiu ela-borar projeto de lei estabele-cendo a concessão de bônuspara o condutor que não tenhacometido infração por três a-nos consecutivos. A bonifica-ção corresponderia a 12 pon-tos, que seriam abatidos depontuação futura decorrentede infrações de natureza leve.

– Acreditamos que, sendo obenefício aplicável apenas aindivíduos que durante longotempo não cometeram sequerfaltas leves, a implantação damedida não implicaria qual-quer conseqüência perniciosapara o tráfego – afirmou duran-

Azeredo propõe estímuloa condutor sem infração

te apresentação, em Plenário,do Projeto de Lei nº 300/2003.

De acordo com a proposta,o motorista que tiver direito aobônus será notificado sobre obenefício, independentemen-te de solicitação formal ao ór-gão de trânsito. A medida nãose aplicaria aos condutoresque estejam respondendo a in-quérito policial ou ação judici-al por delito de trânsito.

Azeredo reconhece ganhosinquestionáveis para a segu-rança no trânsito propiciadospelo código, como a reduçãono número de acidentes nasestradas. Mas, como contra-partida ao tratamento rigoro-so imposto aos infratores pelocódigo, considera adequada ainstituição de mecanismos deestímulo ao cumprimento dasregras de trânsito.

– Além de expressar reco-nhecimento pelo bom desem-penho do condutor no trânsi-to, o projeto confere-lhe trata-mento diferenciado, o que, em

última análise, constitui um in-centivo à continuação de seupadrão exemplar de comporta-mento – justifica.

CronistasNo mesmo pronunciamento,

Azeredo homenageou a Associ-ação Mineira de Cronistas Es-portivos, entidade que comple-ta 64 anos de existência e parti-cipou da campanha pela cons-trução do estádio Mineirão.

A sessão de hoje do Plenário tem início às 9h para comunicados daMesa e pronunciamentos de parlamentares, não havendo votação dematérias. O leitor pode acompanhar toda a sessão ao vivo por meio daTV ou da Rádio Senado.

Plenário inicia atividades às 9h

A CPI do Banestado, presididapelo senador Antero Paes deBarros (PSDB-MT), ouvirá na

CPI do Banestado deve ouvir delegado e procuradorpróxima semana José FranciscoCastilho Neto, delegado daPolícia Federal, e Luiz Francisco

de Souza, procurador daRepública. Neto falará na terça-feira e Luiz Francisco, na quarta.

A agenda completa, incluindo o número de cada proposição, está disponívelna Internet, no endereço www.senado.gov.br/agencia/agenda/agenda.asp

Projeto do senadorinstitui bônuscorrespondentea 12 pontos parao bom motorista

RogérioCardosoficouconhecidopelos seuspersonagensengraçados

CONSTERNAÇÃO Marco Macielexpressou pesar pela mortede seis conterrâneos seus

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Page 3: Órgão de divulgação do Senado Federal Ano IX – Nº 1.660 – … · – Era uma figura exemplar, de grande espírito público e atua-ção nos campos político e cul-tural de

3Brasília, sexta-feira, 25 de julho de 2003

João Batista Motta (PPS-ES)defendeu ontem o aumento dopercentual de 25% para 50%dos recursos arrecadados pelosestados com o Imposto sobreCirculação de Mercadorias eServiços (ICMS) obrigatoria-mente destinados aos municí-pios. Ele chamou a atenção dosdemais senadores para a pro-posta de reforma tributária queestá tramitando na Câmara dosDeputados e a intenção mani-festada pelo ministro da Fazen-da, Antonio Palocci, de des-constitucionalizar essa partici-pação dos municípios na arre-cadação do ICMS.

– O ministro Palocci quer quea parte dos municípios seja re-gulamentada por lei comple-mentar – afirmou.

Motta alertou para a quedana arrecadação dos municípi-os, que estaria levando as cida-des pequenas a estado de insol-vência, e lembrou também queas realidades são diferentes en-tre os estados.

– Essa desconstitucionaliza-ção seria uma tragédia para osmunicípios pobres – frisou.

Para o senador, só há uma so-lução: preservar os direitosconstitucionais dos municípios,aumentar o percentual do ICMSde 25% para 50% e deixar paraas assembléias legislativas a res-ponsabilidade de definir crité-rios para a distribuição dos re-cursos entre os municípios.

Motta quermais recursos

para municípios

ALERTA João Batista Mottaafirma que pequenas cidadesestão insolventes

“Governadores começarama avançar o sinal”, diz Paim

Augusto Botelho está “indignado” compedido de cortes em saúde e educaçãoO senador Augusto Botelho

(PDT-RR) manifestou sua “in-dignação arrebatadora” com ospedidos dos governadores aopresidente Luiz Inácio Lula daSilva para que possam des-vincular 20% de suas receitas,o que significará cortes em saú-de e educação. Para ele, a des-tinação de verbas garantidaspara saúde e educação foi umdos maiores avanços sociais jáaprovados pelo Congresso bra-sileiro, e mudar isso será um re-trocesso.

Pela Constituição, a Uniãotem de aumentar todo ano, empercentual idêntico ao do cres-cimento do país, seus gastoscom saúde por meio do Siste-ma Único de Saúde (SUS). Os

estados têm de destinar à área12% de suas receitas líquidas,enquanto o percentual dosmunicípios é de 15% de suas

Exigências dos estadospara aprovar asreformas propostaspor Lula preocupamsenador

O vice-presidente do Sena-do, Paulo Paim (PT-RS), disseontem em Plenário que estápreocupado com as exigênciasque os governadores vêm fa-zendo para aprovar as reformasdo governo Luiz Inácio Lula daSilva. Lembrou que eles haviamconcordado com as reformas eagora “passaram para o outrolado do balcão”.

– Os governadores começa-ram a avançar o sinal. Eles es-tão querendo dinheiro daCPMF [Contribuição Provisóriasobre Movimentação Financei-ra] e da Cide [Contribuição deIntervenção no Domínio Eco-nômico] e ainda a desvincula-ção de 20% das receitas estadu-

ais, o que afetará as áreas desaúde e educação. Discordo daposição dos governadores eeles não devem se esquecer deque não votam no Congresso –ressaltou.

Paim condenou ainda asmontadoras de automóveispela “chantagem que vêm fa-zendo com o governo”, amea-çando demitir metalúrgicos se

o governo não encontrar umaforma de aumentar suas ven-das, inclusive pela redução deimpostos.

– Esse é um terreno perigo-so, e a atitude das montadorasme preocupa muito. Elas estãoaumentando o clima de intran-qüilidade vivido pela famíliatrabalhadora e, agindo assim,não contribuem em nada paramelhorar o desempenho daeconomia – ponderou.

O Plenário foi comunicadopelo senador gaúcho de quecerca de mil funcionários pú-blicos estavam “debatendoidéias” de forma democrática ecivilizada no Auditório Pe-trônio Portela, do Senado, so-bre a reforma da Previdência.

– É isso que tem de ser feito.Eles não podem ser empurra-dos para fora do Congresso.Lamento os incidentes dessaquarta-feira na Câmara, quan-do policiais militares entraramno prédio do Congresso.

receitas totais. Apesar da deter-minação constitucional, 17 go-vernadores não vêm cumprin-do o gasto mínimo e hoje de-vem cerca de R$ 1 bilhão aoSUS. Augusto Botelho esperaque o Ministério Público e osTribunais de Contas estaduaisrecuperem essas aplicações.

– Parece inacreditável, masem 2001 havia estados com-prometendo apenas 2% ou 3%do orçamento com saúde.

O SUS e os gastos mínimoscom saúde apresentaram re-sultados importantes nos últi-mos anos, levando a uma redu-ção da mortalidade infantil e aoaumento da expectativa devida, conforme destacou o se-nador Augusto Botelho.

CRÍTICAS Paulo Paim condenatambém montadoras por“chantagem com o governo”

Mão Santa defende redutor para os altos salários

A criação de um redutorpara os altos salários dofuncionalismo público,

inclusive dos aposentados, foisugerida ontem pelo senadorMão Santa (PMDB-PI), quetambém defendeu um mu-tirão nacional para criação deempregos.

– Teto de R$ 17 mil, isso é umpecado. Temos de criar um re-dutor para cortar esses vergo-nhosos salários – afirmou.

Citando reportagem do jor-nal Gazeta Mercantil, sobrepesquisa do Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística(IBGE) que aponta o índice de

13% de desemprego como oprincipal problema do país,Mão Santa disse que o núme-ro 13 da esperança agora sim-boliza a decepção do povo.

O senador assinalou que odesemprego gerou a queda darenda, aumentou o trabalhoinfantil e está fazendo os apo-

sentados voltarem à luta paragarantir a renda familiar. Eleainda apontou a violênciacomo uma conseqüência dodesemprego.

O pronunciamento de MãoSanta recebeu apartes de Pau-lo Paim (PT-RS) e AugustoBotelho (PDT-RR).

MUTIRÃO Mão Santapropõe esforço nacional paracriação de empregos

Leonel Pavan (PSDB-SC)alertou o governo para a situa-ção de desespero por que pas-sam os prefeitos das cidadesbrasileiras, seus vereadores esuas comunidades, pela faltade repasse das verbas do Fun-do de Participação dos Municí-pios (FPM).

– Muitos prefeitos poderãodescumprir a Lei de Responsa-bilidade Fiscal porque o gover-no, o presidente da República,não está preocupado com a si-tuação dramática por que pas-sam – disse.

De acordo com Pavan, as pre-feituras poderão demitir emmassa, para cumprir a exigên-cia de que apenas 54% do Or-çamento sejam aplicados nopagamento da folha salarial dofuncionalismo municipal.

– Obras prometidas e pro-jetadas no Orçamento desteano não estão sendo feitas. Pro-messas de campanha estãosendo descumpridas, tudo por-que o governo federal nãocumpre o dever constitucionalde repassar as verbas do FPM –acusou o senador.

Pavan apresentou um docu-mento da Associação dos Mu-nicípios do Centro-OestePaulista (Amcop), que apontadiscriminação na distribuiçãodas verbas do FPM – só os mu-nicípios que têm prefeitospetistas estariam recebendo osrepasses.

Pavan apontadrama de

prefeituras

DISCRIMINAÇÃO Pavan divulgainformação de que só prefeitospetistas recebem repasses

PROGRESSO Segundo AugustoBotelho, gastos mínimos comsaúde geram bons resultados

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4 Brasília, sexta-feira, 25 de julho de 2003

Ato do BC abriu esquema ilegal, diz procurador

O procurador da RepúblicaCarlos Fernando dos SantosLima, da força-tarefa que in-vestiga irregularidades nas mo-vimentações em contas CC-5no Paraná, declarou ontem queas autorizações especiais dadas

INVESTIGAÇÃO CPI do Banestado, presidida por Antero Paes de Barros, ouve procuradores que apuram irregularidades nas movimentações em contas CC-5 no Paraná

Nova força-tarefa vai investigar astransações feitas pelo Banco do BrasilUma nova força-tarefa será

organizada pela ProcuradoriaGeral da República para apurara evasão de divisas não só pelaagência do Banestado em NovaYork, mas também por meio deagências do Banco do Brasil noexterior e pelos depósitos rea-lizados a partir de Foz do Igua-çu (PR) no Swiss Bank, que re-cebeu quase metade dos valo-res remetidos da cidade para-naense. A informação foi trans-mitida aos integrantes da CPIdo Banestado pelo procuradorCarlos Fernando dos SantosLima, um dos quatro integran-tes da atual força-tarefa do Mi-nistério Público da União.

Em seu depoimento à CPI, oprocurador Rodrigo Ramos daSilva procurou demonstrar aresponsabilidade do BancoCentral (BC) no caso de Foz doIguaçu. “O BC tem seu papel natragédia vivenciada em Foz apretexto de evitar o crescimen-

to do ágio nas operações dedólar no mercado paralelo”,afirmou.

Na avaliação do procurador,o BC produziu uma releitura delegislações sobre procedimen-tos de remessas de valores,abrindo espaço para uma eva-

são como nunca se havia regis-trado antes de 1992, quando asnormas foram alteradas. “Porconta de um hermetismo e deum linguajar econômico, a-briu-se demais o veículo de saí-da das divisas, sem que o Con-gresso Nacional tomasse co-nhecimento disso”, ressaltou.

DocumentosCarlos Fernando dos Santos

Lima disse à CPI que alguns in-tegrantes da atual força-tarefadevem viajar a Nova York parater acesso a novos documentosliberados pela Justiça norte-americana sobre contas naagência do Banestado. Ele sali-entou que o Banco Itaú, queadquiriu o Banestado num pro-cesso de privatização, em 2000,está facilitando o trabalho daforça-tarefa, abrindo todas asinformações solicitadas pelasautoridades brasileiras sobre asmovimentações irregulares naagência em Nova York.

PARTICIPAÇÃO Para RodrigoRamos da Silva, “o BC tem seupapel na tragédia em Foz”

CPI DO BANESTADO Procuradores dizem à comissão que autorizações especiais dadas pelo BancoCentral eram ilegais e apontam outros bancos supostamente envolvidos

pelo Banco Central (BC) a cin-co agências bancárias incre-mentaram a evasão de divisasa partir de Foz do Iguaçu (PR) e“abriram um esquema crimi-noso que até hoje não foi fecha-do”. Santos Lima foi um dosconvidados da reunião de on-tem da CPI do Banestado e feza afirmação em resposta aquestionamento do relator, de-putado José Mentor (PT-SP).

Em seguida à indagação dosenador Jefferson Péres (PDT-AM), outro procurador, Rodri-go Ramos da Silva, questionou

a liberdade do BC de interpre-tar a lei e baixar normas comoas que permitiram o fluxo decapitais observado em Foz doIguaçu. “Não tenho a menordúvida de que as autorizaçõesespeciais foram uma ilegalida-de, tanto que levaram à aplica-ção de multa pelo Tribunal deContas da União”, salientou.

Na opinião de Santos Lima, oBC poderia ter colaborado comas investigações informando asrazões que levaram às autoriza-ções e por que um banco pe-queno e com pouco tempo de

operação, como o Araucária,recebeu autorização especial.Segundo Santos Lima, o Arau-cária foi, juntamente com oBanestado, o grande responsá-vel pelo trânsito de divisas, in-clusive de maneira fraudulen-ta, para o exterior. Além disso,para o procurador, o BC demo-rou a oferecer informações,impondo restrições com baseem normas internas e no sigilobancário.

Ramos da Silva acrescentouque, apesar de a legislação so-bre as contas CC-5 ser mais

permissiva antes da Carta Cir-cular 2.677, de abril de 1996, naprática, as condições para re-messa de divisas continuaramas mesmas. Antes, explicou,qualquer casa de câmbio doParaguai poderia se credenciarcomo instituição financeira eabrir uma conta CC-5 em ban-co brasileiro. Porém, depois de1996, informou, as casas decâmbio que não poderiammais abrir contas CC-5 foram“magicamente” elevadas noseu país ao status de instituiçãofinanceira.

Em depoimento à CPI doBanestado, ontem, oprocurador da Repúbli-

ca Carlos Fernando dos San-tos Lima revelou que o BancoRural também era utilizadopelo esquema montado emFoz do Iguaçu (PR) para a eva-são de divisas por meio decontas de não-residentes,chamadas de CC-5.

Embora não tivesse autori-zação especial do Banco Cen-tral para operar com as trans-portadoras de valores, disse oprocurador, o Rural entrou no“esquema criminoso” quandocomeçou a abrigar contas de“laranjas”. “O Banco Rural nãoesteve envolvido enquanto oesquema foi apenas do trân-sito de valores por carros-for-tes”, esclareceu.

Santos Lima afirmou que aestrutura inicial para evadirdivisas por meio de carros-fortes que transitavam com os

Evasão de divisas continua eestá cada vez mais sofisticada

reais pela Ponte da Amizade,em Foz do Iguaçu, era “relati-vamente simples” e envolviacassinos, casas de câmbio ebancos com agências na re-gião. Segundo o procurador,havia ramificações inexpres-sivas para outros pontos dopaís, como Belo Horizonte,mas a operação estava con-centrada na fronteira.

Com o início das investiga-ções pelo Ministério Públicoda União, em abril de 1997, eo pedido de fiscalização sobreos valores transportados porcarros-fortes, apontou o pro-curador, o esquema foi sesofisticando. Ele contou que otrânsito de valores em espéciediminuiu e o “esquema come-çou a se valer dos laranjas nasoperações com as CC-5”. Ho-je, acrescentou, as operaçõessão ainda mais sofisticadas ejá foram detectadas em Blu-menau (SC) e Curitiba (PR).

Integrantes daforça-tarefa que apuraevasão de divisas vêemresponsabilidade doBanco Central

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5Brasília, sexta-feira, 25 de julho de 2003

Denúncias podem envolver até 200 nomes

Deve estar concluído em 40dias o relatório com os resulta-dos das investigações da força-tarefa, composta por represen-tantes do Ministério Público daUnião (MPU), Receita Federal e

Procuradores reclamam da falta deapoio institucional às investigações

Os procuradores da Repúbli-ca que depuseram ontem naCPI do Banestado reclamaramda falta de apoio institucionalpara as operações das forças-tarefas encarregadas de inves-tigar denúncias como a de eva-são de divisas via contas CC-5.Falta de regulamentação, ca-rência de pessoal no MinistérioPúblico da União, rodízio deprocuradores e delegados daPolícia Federal envolvidos nasdiligências e limitações tecno-lógicas estão entre os entravesàs investigações, afirmaram.

Segundo o procurador CarlosFernando dos Santos Lima, aconstituição de força-tarefapara investigar as contas CC-5em Foz do Iguaçu (PR) foi soli-citada ao então procurador-ge-ral da República Geraldo Brin-deiro devido à preocupação deque prescrevessem os delitoscometidos. Mas o pedido nãofoi atendido.

Sem apoio do comando doMinistério Público, porém, dis-

se Santos Lima, o trabalho daforça-tarefa é praticamente vo-luntário, já que os procurado-res acumulam essas investiga-ções com suas responsabilida-des ordinárias. De acordo como procurador Robson Martins,não há normas especiais parao funcionamento de forças-ta-refas em casos como a investi-gação das contas CC-5.

O relator da CPI, deputadoJosé Mentor (PT-SP), ofereceuaos procuradores a atenção daCPI no sentido de aperfeiçoara legislação para dar maior a-poio ao trabalho dos procura-dores em forças-tarefas. O de-putado Moroni Torgan (PFL-CE) anunciou que já está emtramitação proposta que regu-lamenta o trabalho de forças-tarefas no combate ao crime or-ganizado.

Santos Lima reclamou de ne-cessidade de atualização tec-nológica para manipulação deinformações de bancos de da-dos, que estaria sendo resolvi-

da com a compra de novo soft-ware. Ele também lamentouque há dificuldades para obterinformações protegidas pelosigilo bancário, apesar de o Ju-diciário colaborar com o Minis-tério Público. Torgan ofereceuo apoio da CPI para a obtençãode quebras de sigilo.

Reunião secretaA segunda parte da reunião

da CPI foi secreta. O presiden-te da comissão, senador AnteroPaes de Barros (PSDB-MT), to-mou a decisão para que os pro-curadores pudessem revelarnomes de supostos envolvidosno esquema de evasão.

O procurador Santos Limadestacou que a força-tarefa queinvestiga o assunto sempreatuou com discrição. Por isso,observou, não foi possível res-ponder ao senador JeffersonPéres (PDT-AM) se havia no-mes “glamourosos” entre osbeneficiários das 137 contas doBanestado em Nova Iorque queforam investigadas.

CPI DO BANESTADO Comissão parlamentar de inquérito ouve procuradores sobre as diligênciasrealizadas e as dificuldades que enfrentam para apurar a evasão de divisas

Segundo o procuradorSantos Lima, o relatóriocom resultado dasinvestigações estarápronto em 40 dias

Polícia Federal, que apura astransações irregulares via con-tas CC-5 em Foz do Iguaçu (PR),segundo informou ontem oprocurador Carlos Fernandodos Santos Lima em audiênciapública à CPI do Banestado.

– Encerraremos essa primei-ra parte dos trabalhos forma-tando de 18 a 20 denúncias,envolvendo entre 100 e 200 no-mes – afirmou.

O procurador apresentou aosintegrantes da CPI síntese dosseis anos de investigações do

MPU em Foz do Iguaçu, inicia-das em abril de 1997. À época,disse, foram abertos 300 inqué-ritos policiais relativos a contasde cada um dos “laranjas”. Essasistemática foi alterada. A de-núncia deixou de ser individu-al, e passou a identificar os es-quemas envolvendo diversosnomes.

As operações referentes àsmovimentações pela agênciado Banestado em Nova York fo-ram agrupadas no Inquérito nº207 e a evasão de valores pelos

carros-fortes que transitavampela Ponte da Amizade, que ligaFoz do Iguaçu a Ciudad delEste, no Paraguai, no Inquéritonº 263.

Segundo Santos Lima, a for-ça-tarefa identificou o equiva-lente a US$ 15 bilhões que teri-am saído por intermédio decarros-fortes e outros US$ 5 bi-lhões pelo esquema das contasde “laranjas”. O valor total deremessas irregulares, disse, se-ria ainda maior, chegando aUS$ 24 bilhões.

Santos Lima informou que,de acordo com diligência reali-zada pela força-tarefa em NovaYork nas 137 contas de brasilei-ros, de empresas offshore – em-presas geralmente constituídasem paraísos fiscais – e de “la-ranjas”, foram movimentadosde US$ 8 bilhões a US$ 9 bi-lhões, valor que pode ter che-gado a US$ 14 bilhões. Nessecálculo, precisam ser depura-das movimentações entre essascontas, que podem estar sen-do consideradas duas vezes.

AUXÍLIO A CPI pode oferecer apoio aos procuradores para obtenção da quebra de sigilo bancário de pessoas acusadas de envolvimento no envio ilegal de dólares ao exterior

Durante a audiência da CPIdo Banestado com o ex-pre-sidente do Banco Central (BC)Gustavo Franco, terça-feira, osenador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou os mecanismosde fiscalização da instituiçãodiante do caso. Para ele, aopermitir que bancos envias-sem, por meio de contas CC-5, dinheiro para o exteriorsem identificação do corren-tista, o ex-presidente do Ban-co Central criou um “banco-laranja”. A manobra, segundoSimon, possibilitou o envioilegal de um montante de US$30 bilhões a US$ 80 bilhões dedólares ao exterior.

O senador afirmou que oBanestado atuou como “testa-de-ferro ou laranja” ao permi-tir a transferência de dinhei-ro de sua agência em Ciudaddel Este, no Paraguai, para afilial em Foz do Iguaçu, deonde o dinheiro era posterior-mente enviado ao exterior,sem a identificação da sua ori-

Para Simon, mecanismo doBC criou o “banco-laranja”

gem ou do dono da conta.Gustavo Franco respondeu

que não houve fraude no pro-cedimento do BC. Segundoele, não foram utilizados ospadrões adotados em outrospaíses porque a situação dacidade paraguaia era especí-fica, em função do intensocomércio com brasileiros. Eleexplicou que os comerciantesprecisam repatriar os reais re-cebidos sem sofrerem com oágio cobrado nas negociaçõescotadas em dólar.

AVALIAÇÃO Pedro Simonconsidera que fiscalização doBanco Central foi falha

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6 Brasília, sexta-feira, 25 de julho de 2003

Paim: Congresso precisaapoiar políticas afirmativas

Senador recebeuontem gruponorte-americano dedefesa dos direitos dosafro-descendentes

Aelton Freitas defende limitação da propaganda de cerveja na TVO senador Aelton Freitas (PL-MG)

afirmou que dará total apoio a qual-quer projeto que limite a propagan-da no rádio e na televisão de bebi-das de baixo teor alcoólico. A atuallegislação só restringe a publicida-de das bebidas com mais de 13graus GL, o que exclui as cervejas eas chamadas ice – espécie de coque-tel pronto à base de uma bebidaforte, como vodca e cachaça.

Aelton citou dados indicando queo custo do sistema brasileiro de saú-de com alcoólatras é muito mais altoque a arrecadação de impostos co-brados sobre bebidas. Ele sugeriuque, enquanto o Congresso nãovota uma nova legislação sobre pro-paganda do produto, o governo lan-ce campanha educativa para escla-recer as conseqüências do álcoolsobre o “organismo, a mente e a dig-

nidade humana”.– No Brasil, o poder público tem

sido vacilante nessa área. É estranhoconstatar que algumas autoridadesbrasileiras insistam em estimular oconsumo de bebida alcoólica.

O senador observou que paísescom legislação mais severa conside-ram como alcoólica toda bebidacom mais de 0,5 grau GL. AeltonFreitas destacou o personagem da

atriz Vera Holtz que, na novela Mu-lheres Apaixonadas, retrata a reali-dade dos viciados em álcool.

Em aparte, Eduardo Azeredo(PSDB-MG) disse que o brasileiro seesquece que o álcool é uma drogaquando se trata de bebidas maisleves. Heloísa Helena (PT-AL) la-mentou que “a publicidade incen-tive irresponsavelmente” os jovensrumo às bebidas.

O vice-presidente do Sena-do, Paulo Paim, anunciou quese esforçará para que o Con-gresso se engaje num amplogrupo de apoio a políticas afir-mativas que aumentem a pre-sença dos negros nas univer-sidades, serviço público e em-presas privadas. Ao receber re-presentantes do Grupo de Afi-nidades sobre Ações Afirmati-vas, formado por advogados eativistas norte-americanos,Paim disse que a implemen-tação de políticas de igualda-de racial no Brasil deve contarcom a ajuda de pessoas, insti-tuições ou empresas que semanifestam favoravelmente àcausa nos tribunais.

Em abril, a pedido dos advo-gados que defendem estudan-

tes negros da Universidade doEstado do Rio de Janeiro (Uerj),que implantou o sistema de co-tas, Paim entregou ao ministrodo Supremo Tribunal Federal(STF) Marco Aurélio parecer daConsultoria Jurídica do Senadoque considera constitucional apolítica de cotas.

– Estamos 50 anos atrás dosEstados Unidos, mas temosavançado muito – disse Paim,lembrando a aprovação no Se-nado do projeto do presidenteda Casa, José Sarney, estabele-cendo cotas para negros emuniversidades.

O senador também citoucomo fatos positivos a nomea-ção pelo presidente Lula de umnegro para o STF e de cincoministros negros para o Execu-tivo, além do aumento dos re-presentantes da comunidadenegra no Congresso.

A diretora-executiva do Gru-po Internacional de Advogadospelos Direitos Humanos, GayMcdougall, lembrou que os Es-tados Unidos não têm sequerum senador negro. Para a advo-

O senador Teotonio Vilela Fi-lho (PSDB-AL) disse estar apre-ensivo quanto ao futuro da ges-tão de recursos hídricos do paísno atual governo. Ele advertiuque os avanços obtidos pelo se-tor na última década estariamameaçados pela disposição daCasa Civil da Presidência daRepública de extinguir a Agên-cia Nacional de Águas (ANA),que seria substituída por umaautarquia.

Antes mesmo de decretar aextinção do órgão, o governoLula já estaria impondo a mor-te da agência por “asfixia orça-mentária”, disse. No ano passa-

Gestão de águas estará ameaçada seagência for extinta, alerta Teotonio

do, afirmou, o paga-mento efetuado pe-lo setor elétrico refe-rente ao uso da águafoi de R$ 59 milhões,mas o total recebidopela ANA não pas-sou de R$ 26 mi-lhões, menos da me-tade.

Teotonio Vilela a-diantou ainda quealguns projetos daagência sofreramcontingenciamento de mais de90% dos seus recursos.

– Está na hora de o Congres-so buscar o aperfeiçoamento

gada, a educação é um fator es-sencial para obtenção da igual-dade. O advogado John Paytondisse que sem uma ampla basede apoio é difícil obter sucessocom causas relativas à políticasde igualdade racial.

Também estiveram no en-contro o advogado HumbertoAdami Santos Jr. e a ministraMatilde Ribeiro, da SecretariaEspecial de Políticas de Promo-ção da Igualdade Racial.

FrenteO senador Paulo Paim parti-

cipou ontem de café da manhã,no Salão Negro do CongressoNacional, para o lançamentoda Frente Parlamentar em De-fesa da Igualdade Racial, inte-grada por 25 parlamentares.Ele disse que o movimento “vaiser fundamental para a aprova-ção do Estatuto da IgualdadeRacial”.

O senador Eurípedes Ca-margo (PT-DF), que tambémrepresentou o Senado no lan-çamento, disse que a constitui-ção da frente é “um sinal dematuridade”.

do modelo aprovadoaqui mesmo nestaCasa – cobrou.

Na opinião do sena-dor, é preciso criarmecanismos que as-segurem a aplicaçãodas verbas provenien-tes das contribuiçõesdos usuários nas baci-as hidrográficas ondesão arrecadadas. Rei-vindicou ainda “umbasta” ao contingen-

ciamento orçamentário, queteria o objetivo de paralisar aestrutura pública, no caso aANA, antes do seu desmonte.

Teotonio: governoestá impondo amorte do órgão

Durante encontro com o se-nador Alberto Silva (PMDB-PI), no restaurante da Câmarados Deputados, o ministro daCiência e Tecnologia, RobertoAmaral, conheceu ontem deta-lhes do Projeto Biodiesel, umausina-piloto de combustívelderivado do óleo de mamona,que está sendo instalada noPiauí. A plantação de mamonadestinada a produzir óleo die-sel é a solução para o proble-ma dos sem-terra em todo opaís, pois propicia a criação deuma nova estrutura agrícola naqual proprietários e lavradoresserão beneficiados.

NEGOCIAÇÃO Alberto Silva (D) explica as vantagens do projeto aoministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral (E)

Alberto Silva: biodiesel podegarantir renda aos sem-terra

O senador é autor e coorde-nador desse projeto, criadoquando ele assumiu a presi-dência da Empresa Brasileira deTransportes Urbanos (EBTU),que o desenvolveu juntamentecom a Universidade Federal doCeará. O biodiesel, que tam-bém conta com apoio da Em-presa Brasileira de PesquisaAgropecuária (Embrapa), serádesenvolvido em todo o Nor-deste depois de comprovadasua eficiência no Piauí, disse osenador.

Alberto Silva informou que oprojeto foi motivado pela es-cassez de combustível.

O senador José Jor-ge (PFL-PE) defendeua conclusão da UsinaNuclear Angra III, nolitoral do Rio de Janei-ro. Ele informou quejá foram adquiridos osequipamentos, no va-lor de US$ 700 mi-lhões, e para comple-tar a usina são neces-sários mais US$ 1,8bilhão. O parlamentardisse que US$ 400 mi-lhões retornariam ao Tesouroem forma de impostos, e ape-nas 30% dos recursos seriamutilizados em importações.

Na opinião do ex-ministro deMinas e Energia, o “apagão” de

José Jorge insiste em usinanuclear para impedir “apagão”

2001 deixou lições ea principal delas é anecessidade de oBrasil diversificarsua matriz energé-tica, recorrendo afontes alternativas ediminuindo a de-pendência da hidre-letricidade.

Ele mencionouvantagens que oBrasil tem para in-vestir nessa forma

de energia, entre elas a de ha-ver identificado quantidade deurânio que corresponde à sex-ta reserva mundial e a de pos-suir a tecnologia de fabricaçãodo combustível nuclear.

José Jorge lembraque país possuireservas de urânio

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7Brasília, sexta-feira, 25 de julho de 2003

Acre melhorarodovias, afirmaMesquita Júnior

Geraldo Mesquita Júnior(PSB-AC) revelou sua satisfa-ção ao acompanhar o governa-dor do Acre, Jorge Viana, e co-mitiva em recente viagem à re-gião oeste do estado e consta-tar que a situação das estradaslocais “está mudando para me-lhor”. Embora 500 dos 700 qui-lômetros da BR-364, a principalrodovia do Acre, ainda não es-tejam pavimentados, ele disseconfiar na disposição do gover-no de fazer a obra.

Por conta das condições ain-da precárias, a rodovia só fun-ciona cerca de 90 dias por ano,período sem chuvas na região.

– Não é preciso dizer que du-rante o inverno, quando a es-trada fecha e isola os municí-pios de Manuel Urbano, Feijó,Tarauacá e Cruzeiro do Sul, é atemporada de sofrimento dosacreanos – comentou.

Se a reabertura da BR-364tem significado especial paraessas localidades, muito maisimportante, na opinião do se-nador, é o empenho do gover-no em asfaltar alguns trechosessenciais para a integraçãoentre os municípios. A condu-ta da gestão Jorge Viana no tra-to com as estradas, buscandorealizar obras “dentro de umpadrão técnico, ético, social eambientalmente correto”, foielogiada por Mesquita Júnior.

Serys: recuperação deestradas gera empregos

RECURSOS Serys lembra que ogoverno dispõe de dinheiro daCide para usar nas rodovias

Senadora cita estudode especialistas edefende necessidadede melhorar asrodovias brasileiras

A reconstrução imediata dasestradas brasileiras foi defendi-da ontem pela senadora SerysSlhessarenko (PT-MT). Elaapresentou ao Plenário núme-ros de um estudo da Associa-ção Brasileira de Consultoresde Engenharia sobre a impor-tância, para a geração de em-pregos, da recuperação e daconstrução de rodovias.

O estudo é intitulado “A ge-ração de empregos em traba-lhos rodoviários – Como gerare conservar meio milhão deempregos nas rodovias brasi-leiras durante 7/8 anos”. Combase na matéria, Serys infor-mou que na conservação de ro-dovias são gerados, em média,para cada 100 quilômetros, 70

ção e pavimentação das estra-das, são gerados, em média,para cada 100 quilômetros, 650empregos diretos, 1.950 indire-tos, durante três anos, ao customédio de R$ 800 mil por ano.

Serys voltou a apelar ao go-verno para que utilize parte dosrecursos da Contribuição deIntervenção no Domínio Eco-nômico (Cide) na recuperaçãoda malha rodoviária brasileira.

Em aparte, o senador MãoSanta (PMDB-PI) citou a Prin-cesa Isabel (“O principal pre-sente que se pode dar a umpovo é uma estrada”), Washing-ton Luiz (“Governar é construirestradas”) e Juscelino Kubits-chek.

BispoSerys pediu a transcrição nos

Anais do Senado de entrevistado bispo de São Félix do Ara-guaia (MT), dom Pedro Casal-dáliga, à revista Brasília em Dia.Em aparte, o senador EduardoSuplicy (PT-SP) também home-nageou o religioso.

empregos diretos e 210 indire-tos, de forma permanente, aum custo médio de R$ 10 milpor quilômetro ao ano. Na res-tauração das rodovias existen-tes, são gerados, para cada 100quilômetros, 350 empregos di-retos e 1.050 indiretos, durantetrês anos, a um custo médio deR$ 300 mil por quilômetro aoano. Na atividade de constru-

Pavan espera recursos para Santa Catarinae diz que faz uma oposição colaborativa

O senador Leonel Pavan(PSDB-SC) manifestou em Ple-nário, ontem, confiança na li-beração de recursos pelo Exe-cutivo para obras de infra-es-trutura em Santa Catarina, es-pecialmente para a recupera-ção da malha rodoviária. Emreunião com a diretoria do De-partamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes(DNIT), o senador recebeu agarantia do repasse de R$ 5 mi-lhões para a manutenção econservação das rodovias ca-tarinenses.

– Esses recursos são necessá-rios o mais rápido possível, jáque a situação é realmente pre-

cária em alguns trechos e re-presenta, além do risco imi-nente da perda de vidas, preju-ízos econômicos e sociais – ob-servou.

Pavan salientou que a relaçãoamistosa que vem tendo comautoridades do governo federalindica a forma cooperativacom que ele pretende exercera ação oposicionista.

– Estamos fazendo uma opo-sição colaborativa ou exercen-do a crítica cooperativa em re-lação aos problemas nacionaise à atuação do governo federal,bem como em relação aos pro-blemas específicos de SantaCatarina – explicou.

RefisEm outro trecho do pronun-

ciamento, o senador cobrou dopresidente Lula resposta a re-querimento de sua autoria so-licitando prorrogação do prazode cadastramento de micro epequenas empresas no novoPrograma de Recuperação Fis-cal (Refis). O senador pediuprorrogação de 120 dias noprazo, salientando que micro epequenas empresas não estãoconseguindo reunir documen-tos a tempo de participar doprograma, principalmente emfunção da morosidade da Cai-xa Econômica Federal paraliberá-los.

Eduardo lamenta cancelamento de obras federais

Ao anunciar que os ministrosda Casa Civil, José Dirceu, edo Planejamento, Guido

Mantega, estarão hoje em Palmas(TO) para discutir o Plano Pluria-nual de Investimentos (PPA), o se-nador Eduardo Siqueira Campos(PSDB-TO) lamentou a publicação,no Diário Oficial da União, de diver-sos cancelamentos de obras. Ele ci-tou a paralisação da construção da

eclusa de Lajeado; de 10% da obrade construção de uma ponte sobreo Rio Tocantins; e de boa parte dasobras de recuperação da rodoviaAraguaia-Tocantins, a BR-235.

A eclusa, disse o senador, é fun-damental para o estado e para aeconomia da região, “porque repre-senta a redenção da produção desoja no Tocantins, que hoje só podechegar aos portos, no litoral, por

meio de caminhão”. A eclusa permi-tiria o transporte fluvial da soja eredução de US$ 30 em cada sacaproduzida no estado, segundo o se-nador.

Em relação a algumas rodoviascom obras de recuperação cance-ladas, Eduardo Siqueira Camposafirmou que não há mais buracosa serem tapados.

– Há, isso sim, uma nova rodovia

a ser construída, tal é o tamanho doestrago – explicou.

O senador repetiu informaçõesda revista Exame, que apresentouem pronunciamento feito na quar-ta-feira, mostrando que o Tocantinsfoi o estado que mais cresceu, comaumento de 46% na massa salarial,de 67% no número de empregos ede 83% no número de novas em-presas.

PROGRESSO Eduardoapresenta números sobrecrescimento do Tocantins

Romero Jucádefende ligação

com Guiana

Romero Jucá (PMDB-RR) pe-diu ao governo que coloque aconclusão e o asfaltamento darodovia que liga Boa Vista (RR)a Georgetown, na Guiana, en-tre os 80 grandes projetos deinfra-estrutura que o BancoNacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES)listou para receber financia-mentos, inclusive do BancoMundial e do Banco Intera-mericano de Desenvolvimento(BID).

Os projetos serão executadosem parceria com a iniciativaprivada, e boa parte deles rece-berá apoio financeiro do pró-prio BNDES. No caso da rodo-via para o Caribe, já está pron-to o trecho de Boa Vista até adivisa com a Guiana, faltandocerca de 300 quilômetros nopaís vizinho.

– Com essa rodovia, teremosuma saída para o Caribe, o quereduzirá os custos de exporta-ção para os Estados Unidos.Além disso, não podemos es-quecer que a Guiana tem por-tas abertas para a União Euro-péia – ponderou o senador.

Jucá pediu a transcrição nosAnais do Senado de notícia daGazeta Mercantil sob o título“Os projetos para a América doSul”, que fala dos 80 projetosapresentados ao presidenteLula. Se todos forem executa-dos, exigirão R$ 200 bilhões.

VANTAGENS Segundo Jucá,estrada entre Boa Vista eGeorgetown reduzirá custos

APLAUSOS Mesquita Júniordestaca comportamentodo governo do Acre

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8 Brasília, sexta-feira, 25 de julho de 2003

A Comissão ParlamentarConjunta do Mercosul vai rea-lizar seminário internacionalsobre agricultura familiar, des-tinado a discutir temas como aorganização da produção agro-pecuária de pequeno e médioportes, o planejamento de sis-temas cooperativados, o finan-ciamento bancário, o armaze-namento e o transporte demercadorias. A data e o local doseminário serão marcados emuma das próximas reuniões docolegiado.

A decisão foi tomada ontempela comissão, ao aprovar re-querimento do deputado Dr.Rosinha (PT-PR). Deverão serconvidados representantes dospaíses do Mercosul – Brasil, Ar-gentina, Uruguai e Paraguai – edos associados, Bolívia e Chile,

Agricultura familiar teráseminário internacional

e outras nações do continente,além de países do Caribe, Áfri-ca e Ásia.

Ao justificar a proposta, o de-putado ressaltou a importânciado seminário, observando quea agricultura familiar no Brasilcongrega quatro milhões deestabelecimentos agrícolas, oque corresponde a 84% dosimóveis rurais no país. De cadadez trabalhadores no campo,ressaltou, cerca de oito estãoocupados em atividades fami-liares rurais.

Também foram aprovadoscinco acordos, entre eles o quepermite o estabelecimento depadrões comuns de avaliaçãoda pós-graduação. O senadorPedro Simon (PMDB-RS) suge-riu que o intercâmbio seja es-tendido à área cultural.

Raupp elogia projeto depreservação em Rondônia

Proposta submetida aogoverno inicia novomodelo de exploraçãoda Amazônia, afirmao parlamentar

O senador Valdir Raupp(PMDB-RO) destacou, em Ple-nário, o caráter inovador da pro-posta de zoneamento econômi-co-ecológico de Rondônia. Elevoltou a criticar as alteraçõesfeitas no Código Florestal, pormedida provisória que preserva80% da área de florestas daAmazônia. A medida, segundoafirmou, foi “ignorada pelasautoridades do estado e pelapopulação”.

A proposta de zoneamentosuspende aquela exigência epermite que toda a populaçãoinstalada nas áreas de produ-ção de alimentos tenha sua si-tuação regularizada, explicou.

Raupp disse que, em vez de

cumprir a determinação damedida provisória, que aindanão foi votada pelo Congresso,Rondônia se compromete “arecuperar entre 30% e 50% dacobertura florestal em um pra-zo de até 30 anos, e a preservar100% do restante do territóriodo estado, zelando pela manu-tenção de 5,152 milhões hecta-res de floresta”.

Raupp observou que, se aproposta for aceita pela minis-tra do Meio Ambiente, MarinaSilva, e pelo presidente LuizInácio Lula da Silva, cerca de 80mil produtores rurais do esta-do, a maioria pequenos e mé-dios, poderão ser legalizados eincluídos no sistema de crédi-to rural, que hoje é inacessívela eles.

– São R$ 200 milhões que nãoestão sendo utilizados na pro-dução, em decorrência de umaexigência legal impopular que,é bom ressaltar, não tem sidocapaz de impedir novos desma-tamentos – disse.

Raupp classificou a propostade seu estado como um verda-deiro “pacto ambientalista”,que irá inaugurar um novomodelo de exploração da Ama-zônia.

– Poderemos corrigir exces-sos do passado, cometidos coma conivência de autoridades fe-derais e estaduais.

COOPERAÇÃO Durante reunião da Comisssão do Mercosul, PedroSimon (C) sugeriu extensão de intercâmbio à área cultural

RESPONSABILIDADE Grupo quer sensibilizar o país para a importância das questões ambientais

A sessão de ontem do Senado Federal foi presidida pelos senadores Eduardo Siqueira Campos e Eurípedes Camargo

VANTAGEM Valdir Raupp diz quezoneamento vai ajudarprodutores a obter crédito

Suplicy relata ao Plenáriomissão no Oriente MédioEm discurso no Plenário, o

senador Eduardo Suplicy (PT-SP) voltou a prestar contas desua viagem ao Oriente Médio,como convidado do embaixa-dor de Israel no Brasil, paraparticipar, com o senador NeySuassuna (PMDB-PB), de umseminário organizado pelo go-verno israelense para parla-mentares latino-americanos.Suplicy leu carta-relatório quelhe foi enviada, a pedido, peloembaixador brasileiro em Isra-el, Sérgio Moreira Lima.

A visita de Suplicy e Suassunaocorreu entre os dias 14 e 16 dejulho. No mesmo dia da chega-da, Suplicy visitou o presiden-te da Autoridade Nacional Pa-lestina, Yasser Arafat, e só nãofoi recebido pelo primeiro-mi-nistro Abu Mazen porque ele

estava em encontro preparató-rio para a reunião de cúpula daOrganização para a Libertaçãoda Palestina(OLP).

O embaixadorrelata os encon-tros de Suplicy eSuassuna comautoridades pa-lestinas e de Is-rael e mencionaa carta enviadapelo presidenteLuiz Inácio Lulada Silva aos pri-meiros-minis-tros da Palestina, Abu Mazen,e de Israel, Ariel Sharon, comuma mensagem de paz, e “coma menção de que há no Brasilfortes comunidades judaicas eárabes”.

A Frente Parlamentar Mis-ta para o DesenvolvimentoSustentável e Apoio às Agen-das 21 Locais decidiu fazeruma visita, dia 8 de setembro,à Central de Tratamento e De-posição Final de Resíduo dacidade de Nova Iguaçu (RJ),por sugestão da presidentedo colegiado, senadora SerysSlhessarenko (PT-MT).

– Queremos visitar locaisonde o desenvolvimento sus-

Frente parlamentar defende ecologiatentável está sendo rigorosa-mente observado. Se nesses lu-gares deu certo, por que nãopode funcionar em outros lo-cais? Nossa frente precisa co-nhecer e levar essas soluçõespara outros municípios.

Além de Nova Iguaçu, o gru-po deverá visitar projetos eco-lógicos em Ananindeua (PA),Xapuri (AC) e Curvelo (MG).Um dos pontos mais debati-dos durante a reunião foi o

aproveitamento de emendasde cunho ecológico na refor-ma tributária.

Serys informou que a fren-te objetiva sensibilizar go-verno e sociedade sobre aimportância da questão eco-lógica, e para isso vai pro-mover um concurso de reda-ção e a gravação de progra-mas de televisão destinadosà divulgação de mensagensambientalistas.

Suplicy levoucarta de Lula aautoridades

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