ÓrgÃo de divulgaÇÃo da associaÇÃo de...

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ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS FERROVIÁRIOS ANO XV - Nº 144 - novembro/dezembro de 2011 Sede: Av. Presidente Vargas, 1.733 - 6º andar - CEP 20210-030 - Rio de Janeiro/RJ - www.aenfer.com.br IMPRESSO JORNAL IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO Nº 9912199251/2008 DR RJ AENFER CORREIOS DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS Neste número do jornal Aenfer tra- tamos da preservação do patrimônio histórico e cultural da extinta RFFSA, hoje a cargo da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e do Insti- tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Sabemos que o patrimônio é grande em quantidade, as- sim como problemas de várias ordens a ele estão agregados; questões de posse, disputas judiciais, deterioração do material pelo tempo, desinteresse em sua manutenção – entre outros. Queremos aqui trazer o assunto para debate e apresentar a contribuição da Aenfer na defesa desses bens que in- teressam a toda a Nação e seus cida- dãos. (Páginas 6 e 7) Patrimônio Ferroviário Nacional corre risco de extinção Palestra Técnica Página 5 Um Dia na Aenfer Página 10 Confraternização de Natal Página 12 Estação de Jaboatão - Inaugurada em 1885 - Recife

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ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS FERROVIÁRIOSANO XV - Nº 144 - novembro/dezembro de 2011Sede: Av. Presidente Vargas, 1.733 - 6º andar - CEP 20210-030 - Rio de Janeiro/RJ - www.aenfer.com.br

IMPR

ESSO

JORNAL

IMPRESSO ESPECIALCONTRATO

Nº 9912199251/2008DR RJ

AENFERCORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

CORREIOS

Neste número do jornal Aenfer tra-tamos da preservação do patrimôniohistórico e cultural da extinta RFFSA,hoje a cargo da Secretar ia doPatrimônio da União (SPU) e do Insti-tuto do Patrimônio Histórico e Artístico

Nacional ( Iphan). Sabemos que opatrimônio é grande em quantidade, as-sim como problemas de várias ordensa ele estão agregados; questões deposse, disputas judiciais, deterioraçãodo material pelo tempo, desinteresse

em sua manutenção – entre outros.Queremos aqui trazer o assunto paradebate e apresentar a contribuição daAenfer na defesa desses bens que in-teressam a toda a Nação e seus cida-dãos. (Páginas 6 e 7)

Patrimônio Ferroviário Nacionalcorre risco de extinção

Palestra TécnicaPágina 5

Um Dia na AenferPágina 10

Confraternização de NatalPágina 12

Estação de Jaboatão - Inaugurada em 1885 - Recife

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DIRETORIA:PresidenteLuiz Lourenço de OliveiraVice-PresidenteIsabel Cristina Junqueira de AndréaDiretor AdministrativoLuiz Euler Carvalho de MelloDiretor FinanceiroJoão CarnevaleDiretor de PatrimônioClaudio Luiz Lopes do NascimentoDiretor TécnicoCarlos Roberto Monteiro RommesDiretor Cultural e de Preservação daMemória FerroviáriaRubem Eduardo LadeiraDiretor de Divulgação e MercadoFernando José Alvarenga de AlbuquerqueDiretor de Produtos e ServiçosCarlo Luciano De LucaDiretor de Acompanhamento JudicialCelso PauloDiretora de Assistência aos AposentadosRosana Pio de AbreuDiretora SocialTelma Regina Jorge da SilvaConselho EditorialFernando José Alvarenga de Albuquerque(presidente), Luiz Fernando Aguiar, Mariada Penha Arlotta, Rubem Eduardo Ladeirae Elcio Moraes de Melo

Jornal de Circulação Bimensal:Editado pela AENFERJornalista Responsável:Silmara Reis - Reg. Prof. 604 DRT/SEDiagramação: João Luiz DiasFotografia: AENFERImpressão: Editora LivrobelTiragem: 2.000 exemplares

Sede: Av. Presidente Vargas, 1.7336º andar - CEP 20210-030Telefax.: (21) 2221-0350 / 2222-1404 /2509-0558 - www.aenfer.com.bre-mail: [email protected]

J O R N A LJ O R N A LJ O R N A LJ O R N A LJ O R N A L

editorial

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ASSOCIADO

A última enquete do nosso site apresentou osseguintes resultados:

Você acha que o patrimônio da RFFSA dos trechos não privatizados estásendo bem gerenciado pelo SPU (Secretaria do Patrimônio da União) e peloIPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural)?

33% - não, porque estes órgãos não tem muito interesse no patrimônio ferroviário

33% - não, pois esta tarefa é muito complexa

33% - tenho minhas dúvidas

1% - sim, porque a RFFSA já não o fazia muito bem

0% - sim, porque são órgãos criados para este fim

Podemos verificar que nossos associados estão bem divididos em relação àquestão. Provavelmente após a leitura da matéria desta edição muitos poderão reversua opinião. O resultado, contudo, nos permite averiguar que a decisão de esquartejaro patrimônio da RFFSA não foi das mais apropriadas.

nosso site

os associados e amigos,chegamos a mais um finalde ano, em que tivemos aoportunidade de, juntos,vivenciarmos muitas

daquela cidade que fazem aniversáriono trimestre.

Aproxima-se, agora, o final doano, marcado pela celebração doNATAL, que para nós que seguimosJESUS CRISTO, não é caracterizadopela mera distribuição de presentes,mas pela vinda do Salvador.

É o momento de refletirmos sobretodas as coisas que fizemos etambém por tudo aquilo quedeixamos de fazer, não importandoos motivos.

Aproveitemos para nos prepararpara a chegada do Novo Ano, quandounidos pelos mesmos ideais,trabalharemos em prol da Aenfer,tendo por objetivo principal oaprimoramento de tudo de bom quefoi desenvolvido durante este ano eacertarmos o que de erradorealizamos.

Deixemos que o menino DEUSnasça em nossos corações e queELE venha trazer muito amor e paza todos nos que experimentamosviver a lei maior do AMOR.

FELIZ NATAL e um ANO NOVOabençoado e cheio de realizações!

Toda vez que prestar serviçonas áreas de engenharia,

arquitetura ou agronomia e,portanto, preencher a ART –

Anotação de ResponsabilidadeTécnica, não deixe de indicar a

AENFER, cujo número é 11.Desta forma você contribuirá

com nossa Associação.○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Aalegrias, onde podemos destacar asbrilhantes palestras proferidas portécnicos especializados; a satisfaçãode ver a Aenfer sendo premiada coma Medalha do Mérito Nacional, noevento promovido pelo CONFEA, emfesta realizada em Florianópolis –Santa Catarina, com a presença deoutras entidades e personalidades detodo o BRASIL; a festa deCondecoração com a Medalha donosso patrono, o Engenheiro Paulo deFrontin, para os profissionais que sedestacaram em defesa da ferrovia; oCafé com o Presidente, ondereunimos pessoas envolvidas ecomprometidas com a causa daferrovia e as festas mensais játradicionais e concorridas onde sãohomenageados os aniversariantes domês, além de acrescentarmos àprogramação, um almoço trimestralrealizado em Juiz de Fora paracomemorarmos junto com os colegas

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N

O presidente da Aenfer Luiz Louren-ço de Oliveira reuniu no dia 08 de no-vembro, diversos convidados que parti-ciparam do Café com o Presidente, oúltimo deste ano.

O diretor Técnico Carlos de LimaMoulin, a Analista Técnica Eliane FerreiraPorto, Maria Ignês de Andrade, todos daRefer e os conselheiros da Aenfer JorgeRibeiro e Pedro Marques de Carvalhoforam também recebidos pelos direto-res da Aenfer Carlo De Luca (Produtos eServiços) Celso Paulo (Jurídico) e TelmaRegina (Social). Um gostoso bate-papoinformal estreitou ainda mais os laçosde amizade entre os participantes.

Segundo o presidente Luiz Louren-ço, ao longo deste ano, o Café com oPresidente teve um papel muito impor-tante, serviu como um termômetro e fezcom que ele avaliasse os anseios da

Café com o Presidente

ão podemos pensar emmobilidade urbana no Rio deJaneiro apenas com o foco naCopa do Mundo de 2014 e nosJogos Olímpicos de 2016. O

aonde circularão os BRT, modelo detransporte coletivo de média capacidade.

Realmente o custo inicial paraimplantação dos BRT’s é menor do que ocusto para se implantar uma solução sobretrilhos mas, ... e o custo ambiental?

No momento são divulgadaspesquisas sobre o aumento no número deautomóveis e ônibus circulando no Rio, emque ambos tiveram um acréscimo na frotade 30% e 16%, respectivamente, nosúltimos sete anos. Estado e municípioreafirmam metas de redução da emissãodos gases do efeito estufa e sabemos queo transporte, além da poluição sonora, éresponsável por cerca de 30% dasemissões de CO2. Não seria mais sensatoe mesmo mais lógico idealizarmossoluções ambientalmente maisresponsáveis para nossos gravesproblemas de transporte e trânsito quesobrecarregam nossa malha viária e nossomeio ambiente?

É preciso olhar e decidir com atenção,não atentando apenas ao custo de umempreendimento e sim ao benefício queesse custo proporcionará a longo prazo,especialmente quando afeta toda asociedade carioca e, por extensão,fluminense, uma vez que o Rio é destinode um grande número de trabalhadores deoutras cidades da nossa região

metropolitana.Nas grandes cidades do chamado

primeiro mundo o transporte sobre trilhos(trem e metrô) prevalece sobre o transportesobre pneus (ônibus). Os ônibus não foramabandonados, eles são importantes ecumprem sua função como alimentadoresdo sistema.

Será que todas as soluçõesdisponíveis foram analisadas? Será queos planejadores e especialistas emtransportes que a prefeitura com certezaconsultou não apresentaram outrasolução, mais limpa, moderna eigualmente viável? Quais os critérios quejustificam a implementação do transportesobre rodas, já em andamento?

O fato de termos um transportecaótico, quase que exclusivamenterodoviário, feito por ônibus e vans, nãopode nos levar a crer que simplesmenteimplantando corredores de ônibus vamosver solucionada essa questão. Talveztenha sido uma boa solução para Curitiba,que o adotou há mais de trinta anos, masnão para o Rio.

Parafraseando a propaganda de umgrande banco: Qual o transporte quequeremos para o Rio dois mil e sempre?

Fernando AlbuquerqueDiretor de Divulgação e Mercado

Pala

vra

do D

iret

or

O Rio avança rumo ao passado

legado tão falado não existirá se não tivermosum olhar para mais além e não o limitarmosapenas até o fim daqueles eventosesportivos.

A população do Rio espera e exige mais.O que o governo nos acena como “a

solução” são os corredores de ônibus,

categoria e se aproximasse de cada umcom a intenção de fazer da Aenfer uma en-tidade cada vez mais atuante. Disse que

no próximo ano pretende dar continui-dade a esse evento, que já faz parte docalendário da Associação.

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O Trem do Corcovado festejou 127anos de sua inauguração com a pro-moção de diversos eventos durante omês de outubro.

No dia 24 do referido mês a AFL -Academia Ferroviária de Letras reali-zou seu encontro mensal, o “Expressodas Letras”, no Espaço Cultural locali-zado no complexo da Estação, noCosme Velho.

Aconteceu inicialmente a palestra“Trem do Corcovado – ApontamentosHistóricos”, proferida pelo acadêmicoJorge de Scévola Semenovitch. Arquite-to por formação, o conferencista foi di-retor daquela Estrada de Ferro, no perí-odo em que a mesma era administra-da pela União, e é autor do livro “Corco-vado – A conquista da Montanha deDeus”. Jorge de Scévola destacou emsua palestra diversos fatos marcantes,

como as visitas do Rei Alberto, da Bélgicae da Princesa Diana; a eleição do Monu-mento ao Cristo Redentor como uma dassete maravilhas do mundo moderno e asua transformação em Santuário Nacio-nal, pela Igreja Católica.

Ao final da palestra, o diretor da Esfeco

TREM DO CORCOVADO 127 ANOSAcademia Ferroviária de Letras promove eventos

No dia 21 de novembro, a AFL rece-beu na sede da Aenfer, o acadêmicoItapuan Bôtto Targino para o evento Ex-presso das Letras. Diretor de informa-ção institucional do Tribunal de Justiçada Paraíba, ex-presidente do Instituto dePatrimônio Histórico e Artístico do Esta-do da Paraíba – Iphaep e ex-secretáriode Cultura daquele Estado, o palestrantefalou sobre “Estação da Memória – A Pre-servação Ferroviária”. Em sua apresen-tação ele deixou clara a necessidade dealertar a sociedade para a problemáticada preservação de seus bens históricose culturais. Disse ainda, que é precisodespertar em cada cidadão, a importân-cia da cultura dos bens históricos epatrimoniais, além da efetiva participa-ção do município e da comunidade paraque haja sentimentos e emoções.

Após sua palestra Targino recebeudiploma de membro efetivo da AFL, en-tregue pelo vice-presidente da AFL Jor-

ge Moura. O presidente da Academia Bra-sileira de Filosofia Francisco Martins deSouza entregou ao palestrante certificadode participação.

O diretor Cultural e de PreservaçãoFerroviária da Aenfer Eng.º Rubem Eduar-do Ladeira disse que a nossa Associaçãoestará sempre à disposição do acadêmicoe da AFL. Targino agradeceu a receptividadee o carinho e disse que a Aenfer é um exem-plo de cuidado e zelo como Instituição.

Estação da Memória – A preservação Ferroviária

Foto: Marlene Fonseca

– Estrada de Ferro do Corcovado e pre-sidente da AFL eng.º Sávio Neves, fa-lou sobre os projetos da concessio-nária.

Prosseguindo, aconteceu o lança-mento do livro “Pedaços de Mim”, doacadêmico, advogado e jornalistaGenésio Pereira dos Santos, associa-do da Aenfer. Trata-se do seu segundolivro, reunindo artigos publicados emveículos como o Jornal do Brasil e aTribuna da Imprensa. Membros da AFL,ferroviários aposentados e amigos doautor prestigiaram o acontecimento. AAenfer foi representada pelo diretor Cul-tural e de Preservação Ferroviária Eng.ºRubem Eduardo Ladeira.

O livro teve um segundo lança-mento no Espaço Cultural CarlosLange de Lima, na sede da Associa-ção, no dia 10 de novembro.

Acadêmico Scévola com o diretor Victor Ferreira epresidente da AFL Sávio Neves

Público tira foto com o palestrante Targino

Targino com o pres. da Academia Brasileira de

Filosofia Francisco M. de Souza e o diretor

da AFL Victor Ferreira

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A Aenfer realizou no dia 10 de no-vembro a última palestra técnica do ano.Para falar sobre Previsão de DemandaFerroviária Turística, foi convidado oengenheiro civil e com mestrado emTransportes Rosemberg de OliveiraFernandes.

A palestra foi acompanhada por umseleto público que participou e contri-buiu com algumas informações a respei-to do assunto.

Rosemberg abordou pontos fortespara que seja realizado um trabalho deturismo ferroviário de qualidade, comoatividades extras, onde se incluam ser-viço de bordo, som ambiente, ativida-des externas e guias turísticos.

“O transporte ferroviário turístico,no Brasil, nasceu, na sua grande maio-ria, do aproveitamento de áreas rema-nescentes ou subutilizadas dos siste-mas de carga ou de passageiros. Comoexceção a este contexto, podemos ci-tar a Estrada de Ferro Corcovado, cria-da em 1884 com fins exclusivamente tu-rísticos.“

O palestrante apresentou um traba-

Palestra TécnicaPrevisão de Demanda Ferroviária Turística

lho elaborado por ele e, segundo essesestudos, existem hoje cerca de 20 tre-chos turísticos no Brasil, dentre eles, oTrem do Forró em Pernambuco, Tremdas Águas e Trem Soledade/São Lou-renço em Minas Gerais e Serra VerdeExpress no Paraná.

O presidente do Movimento de Pre-servação Fer roviár ia , Vic tor JoséFerreira, lamentou que as autoridadesnão se interessem em revitalizar a pri-meira ferrovia do país, ligando Porto deMauá à Raiz da Serra, enquanto que oSesc de Grussaí – RJ construiu um tre-cho de 10 Km de ferrovia para utiliza-ção por seus associados e visitantes.

O público presente participou e contribuiu com algumas informações a respeito do assunto

As comissões de DesenvolvimentoEconômico e de Viação e Transportesquerem discutir o novo marco regulatóriopara o setor ferroviário. Em audiência pú-blica, as comissões vão debater as reso-luções publicadas em 2011 pela AgênciaNacional de Transportes Terrestres, ANTT,e conhecer as sugestões recebidas emconsultas públicas sobre outros regula-mentos realizadas em 2010.

Segundo o deputado dr. Ubiali, do PSBde São Paulo, há ainda muitos problemasno setor, e os parlamentares querem ou-vir e propor sugestões para tornar o siste-ma ferroviário mais moderno e seguro.

”Há muita reclamação quanto aotransporte de carga, que eventualmente asempresas detentoras dessas concessõesestão usando para apenas alguns clien-

tes, limitando isso para outros”.Segundo a vice-presidente da Asso-

ciação de Engenheiros Ferroviários,Isabel Cristina Junqueira, dos 28 mil kmde ferrovias privatizados desde 1996,oito mil estão abandonados pelas con-cessionárias.

”O modelo previa que as concessio-nárias (...) teriam que levar os trechos maisrentáveis e também os não rentáveis, oude transporte de cunho social. Só que elasabandonaram os trechos em que não ha-via interesse e só estão operando nos queelas têm interesse”.

De fato, segundo nota da ANTT, ape-nas 10 mil km de ferrovias licitadas estãoem uso, e a Agência quer criar as condi-ções para que os trechos subutilizadossejam retomados ou devolvidos à União.

Vice-presidente da Aenfer concedeentrevista sobre o marco regulatórioLeia a matéria produzida em Brasília pela Rádio Câmara

Isabel Junqueira afirma que o mono-pólio no setor é outro problema que a novalegislação busca solucionar. Uma das re-soluções da ANTT quer reduzir essa con-centração ao permitir que um cliente usetrem próprio para transportar sua carga,pagando apenas pelo direito de passa-gem na linha da concessionária. As novasregras garantem também que uma con-cessionária passe na linha de outra semter que trocar de trem.

O requerimento de audiência públicasobre novo marco regulatório para o setorferroviário acaba de ser aprovado na Co-missão de Desenvolvimento, que esperarealizar o encontro ainda neste ano.

Fonte: Rádio Câmara, 28/11/2011Ouça a entrevista no site:

www.camara.gov.br/internet/radiocamara

público acompanha palestra e participa

Rosemberg recebe do presidente da Aenfercertificado de participação

Presidente do MPF Victor Ferreira participou da palestra

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Num país com pouca tradição em pre-servar sua história, seus personagens eseus monumentos será possível conser-var o nosso patrimônio ferroviário? Coma extinção da RFFSA ficou acertado queo seu patrimônio seria transferido para aSPU e desta para o Iphan.

Legislação vigenteAssim, em função da Lei 11.483, em

2007, o Iphan passou a ter atribuiçõesespecificas para preservação da Memó-ria Ferroviária: Art. 9º Caberá ao Institu-to do Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional (Iphan) receber e administraros bens móveis e imóveis de valor artís-tico, histórico e cultural, oriundos da ex-tinta RFFSA, bem como zelar pela suaguarda e manutenção.

Por sua vez o Iphan instituiu a Coor-denação Técnica (Portaria nº 208) parao Patrimônio Ferroviário, com o objetivode conhecer melhor o universo dopatrimônio ferroviário, promover discus-sões acerca das questões conceituaise estabelecer procedimentos para lidarcom as atribuições resultantes da Leinº. 11.483/2007 e dos decretos nº. 6.018/2007 e nº. 6.769/2009.

Pela legislação os bens transferidosao Iphan se dividem em móveis e imó-veis, devendo se enquadrar na condiçãode possuir valor histórico, artístico e cul-tural. Dentre estes podemos citar:

Bens móveis não-operacionais:• Aproximadamente 15.000 itens inte-grantes do PRESERVE e demais bensque o Iphan declarar portadores de va-lor histórico, artístico e cultural;Material Rodante – Locomotivas, car-ros de passageiro, carro-restaurante,vagões de carga, autos de linha, guin-dastes, etc;

Acervo Documental – Bibliográfico (li-vros especializados e periódicos),arquivístico, fotográfico, mapoteca, livrosde escrituras, mapas, desenhos, etc;Acervo Museológico; mobiliário, relógi-

os, sinos etc.Os bens imóveis operacionais es-

tão a cargo do Dnit, mas caso o Iphandeclare seu valor cultural há a previ-são de estabelecer-se um instrumen-to de gestão compartilhada para usoferroviário. Os bens imóveis podem ser:Obras de arte – pontes, viadutos, tú-neis, etc.;Pátios, estações, glebas, leitos ferrovi-ários, casas de agente, casas de tur-ma, vilas, etc.;Segundo o Iphan(*) suas atribuições ad-ministrativas são:- Definir critérios de valoração para osbens do Patrimônio Cultural Ferroviário;- Declarar o valor histórico, artístico ecultural dos bens da extinta RFFSAquando assim os entender (grifo nosso),sendo o único ente competente para fa-zer tal declaração;- Fazer a gestão dos bens da extintaRFFSA declarados como de valor histó-rico, artístico e cultural, vinculada à pre-servação da “memória ferroviária”.

(*) Ver site do Iphan em http://po r ta l . i phan .gov.b r /Pa t r imôn ioC u l t u r a l » P a t r i m ô n i oMaterial » Patrimônio Ferroviário

Salada de AgentesDentro deste quadro podemos evi-

denciar um conjunto de agentes liga-dos à conservação do patrimônio fer-roviário um pouco confuso: Iphan, SPU,operadoras ferroviárias, prefeituras e/ou governos locais. Com um acervo tãodiversificado e enorme fica difícil a suagestão.

Integração na gestão dopatrimônio cultural

Seria muito desejável que o nos-so patrimônio fosse gerenciado numsistema de integração. Não questio-namos a capacidade do Iphan emgerenciar o patrimônio artístico e cul-tural do país. Mas fazê-lo isoladamen-te será impossível.

Segundo o Iphan o Conselho queavalia os processos de tombamentoe registro de bens do patrimônio cul-tural brasileiro é formado por especi-alistas de diversas áreas, como cul-tura, turismo, arquitetura e arqueolo-gia. Ao todo, são 22 conselheiros deinstituições como Ministério do Turis-mo, Instituto dos Arquitetos do Bra-sil, Sociedade de Arqueologia Brasi-leira, Ministério da Educação, Socie-dade Brasileira de Antropologia e Ins-tituto Brasileiro de Museus (Ibram) eda sociedade civil. Questionamos, noentanto, a falta de técnicos ferroviári-os, entidades de pesquisa, órgãoslocais ligados à cultura e a própria par-

Patrimônio Ferroviário Nacional correrisco de extinçãoBens do antigo Museu do Trem estão entregues à própria sorte

Estação Água-Verde – Ceará - Inaugurada em 1879

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ticipação da população onde se en-contram os bens ferroviários.

Ainda no site do Iphan lemos que,com o intuito de reforçar as ações pro-postas pelo Sistema Nacionaldo Patrimônio Cultural, o Instituto temprocurado envolver as prefeituras, osgovernos estaduais e a sociedade civilorganizada para que os mesmos tam-bém preservem esses bens que, na suamaioria, são revestidos de um grandevalor cultural, principalmente em esca-la regional. Afinal, muitos municípiosbrasileiros surgiram, e muitas regiõesse desenvolveram, em função das fer-rovias e de suas estações.

Situação no Rio de JaneiroAqui no Rio temos um bom exemplo decomo não deveria ser tratada a questão:os bens do antigo Museu do Trem estãoentregues à própria sorte e, a continuarassim, estarão completamente perdidos.O que restou da primeira ferrovia no Es-tado também se encontra abandonado.

ConclusãoAo produzir esta matéria a Aenfer

inicialmente entrou em contato diretocom o Iphan, através da Superintendên-cia no Rio de Janeiro mas, não o con-seguindo, encaminhou 8 perguntas pore-mail e, infelizmente, não obteve res-postas. (Veja box). Tentamos, em se-guida, obter do Iphan em Brasília res-postas às mesmas questões encami-nhadas ao Rio de Janeiro mas este tam-bém não nos respondeu.

O patrimônio cultural da RFFSAnão transferido às concessionárias émuito numeroso e, como vimos, carre-gado de muitos problemas. No site dainventariança da extinta RFFSA(www.rffsa.gov.br) encontramos váriaslistagens de bens históricos transferi-dos ao Iphan. Não sabemos, no entan-to, o que vem ocorrendo com estesbens a partir destas transferências.

Nossa preocupação com a gestãodo patrimônio das ferrovias federais,portanto, só aumenta. Junte-se a issoa natural displicência com o patrimôniopúblico no Brasil, a diversidade de en-tidades, a distribuição dos bens pordiversas localidades e a variedade dosbens a gerir. Temos, comoconsequência, terrenos, imóveis, ma-terial rodante, mobiliário e tantos ou-tros bens abandonados à própria sor-te e mesmo alvo de vandalismo. Te-mos ainda o patrimônio imaterial (cul-tura, histórias, lembranças) que se

1. O que o Iphan considera de maiorvalor nos bens recebidos?2. Que dificuldades encontra paragerenciar este patrimônio no RJ?3. Que planos tem para a gestão dopatrimônio ferroviário?4. Que parcerias pode fazer para in-tensificar/melhorar a preservação?5. Que investimentos pretende/preci-sa fazer?6. O que pode dizer do patrimônio fer-roviário a nível de Brasil?7. Que bons exemplos pode citar so-bre a preservação deste patrimônioaté aqui?8. Outros aspectos da administraçãodo patrimônio ferroviário

Questõesencaminhadasao Iphan

esvai com o tempo e com a falta dequem com ele se preocupe.

Paralelamente a essa riqueza quevai virando pó, são lançados projetosde criação de novas ferrovias pelo Bra-sil, que demandam milhares de reaiscuja fonte orçamentária é escassa eduvidosa.

Este, realmente, não é o qua-dro que gostaríamos de descrevernesta matéria.

Estação Antonio Diogo – Ceará - Inaugurada em 1880

Locomotiva em Santa Maria – Porto Alegre

Estação Dr. Privat – Ceará - Inaugurada em 1926

Estação Tibiriçá – Bauru - Inaugurada em 1906

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opinião

A estatal extinta RFFSA - Rede Ferroviá-ria Federal S.A., pela Lei no 11.483/07 (31-07-2007), deixou de operar há 15 anos,quando parte de seus bens (imóveis e mó-veis em geral) e trilhos operacionais foiprivatizada e passou às mãos das conces-sionárias que só transportam cargas e nemquerem ouvir falar de trens de passageiros.

Ao que tudo indica, pelo andar da car-ruagem no âmbito do Departamento Na-cional de Infraestrutura de Transportes(DNIT), que tem a responsabilidadeorganizacional de gerir o patrimônio daRFFSA, pretendia citado órgão realizar umleilão para alienar 48 locomotivas zero qui-lômetro que estão "guardadas" em umgalpão, em Campinas-SP.

Se são zero quilômetro, o fabulosopatrimônio não pode ser vendido "a torto e adireito", sem que seja precedida de umaclassificação técnica e uma avaliação, por-que, pelo que se deduz, são alguns milhõesde reais imobilizados, no tempo e no espa-ço, mas que, a rigor, valem milhões de dóla-res ou de euros, como queiram!

Decorre, então, que não há previsãopara a realização da venda desses valiososbens, que pertencem ao povo brasileiro, emúltima análise. No bojo, estão ainda cercade 5 mil vagões da estatal extinta, veículosferroviários que custam também milhões e

milhões de reais e que estão sujeitos à ven-da a preço de ferro velho.

O Ministério Público Federal (MPF) estáatento e, por certo, não deixará que o leilãochegue a um preço vil. Ainda, tudo leva acrer, que os leilões não serão realizadosneste ano de 2011, espera-se, pois, nadaoperacionalizado de afogadilho dá certo ouatinge o bom termo, principalmente tratan-do-se de um patrimônio dessa ordem.

Segundo a mídia paulista, a única ten-tativa de leiloar 451 vagões como sucata,acabou, felizmente, virando caso de polí-cia. Uma investigação conduzida pela Po-lícia Federal de São Paulo, desde abrildeste ano, apurou a existência de um es-quema para oferecer como sucata, logo, apreço de ferro velho, veículos que teriamum valor de mercado bem maior.

A Controladoria-Geral da União (CGU)recomendou ao ministro dos Transportes,Paulo Passos, que suspendesse todosos leilões da extinta RFFSA, atitude corre-ta e de bom senso.

Existem mais de 52 mil bens móveisque ainda pertencem à extinta RFFSA,além de razoável quantidade de imóveispara serem leiloados, proximamente.

A Advocacia Geral da União ( AGU)detém conhecimento de que existem cer-ca de 40 mil processos trabalhistas da em-

presa extinta aguardando decisões da Jus-tiça para que sejam renegociados. Com aLei no 11.483/91, esse acervo passou paraa União. Discute-se o conflito de competên-cia sobre as demandas ajuizadas antes daedição desse diploma legal, se federal outrabalhista.

Pelo que se vê, tanto na órbita físico-material, como na analítica competênciapara julgar, a coisa vai demandar tempo, oque não é bom para os ferroviários aposen-tados e pensionistas.

Comungando com as ideias de juris-tas de renome e com as de advogados fer-roviários competentes na área trabalhista, achave, a solução para tudo isso, num pri-meiro momento, será a volta de todos parao Ministério dos Transportes, o quanto an-tes. No Ministério do Planejamento, Orça-mento e Gestão, alguns atores, usando-sea linguagem aplicada no futebol, estão"embolando o meio de campo", no tempo eno espaço.

Na busca de resolução desse imbróglio,vamos até a exaustão, pela volta dos trensde passageiros e de turismo e o pronto re-torno ao Ministério dos Transportes, atravésde uma MP - Medida Provisória.

Genésio Pereira dos SantosAssociado da Aenfer

Até a exaustão pela volta dos trens

Agente de Estação faz 100 anosAntonio Matolla é um Agente de

Estação aposentado, da antiga Estra-da de Ferro Leopoldina. Nascido em17 de outubro de 1911, em Cataguases– MG, comemorou seus 100 anos devida lúcido e com boa saúde, receben-do diversas homenagens.

Uma delas aconteceu no CentroUniversitário Metodista Bennett, noRio de Janeiro, no dia 19 de novem-bro. Na ocasião, o Prefeito AriCampanati, de Volta Grande – MG,entregou ao Sr. Matolla um diplomade homenagem e gratidão do povodaquele município, onde ele foi Agen-te na Estação local, granjeando mui-ta amizade e admiração, pela eficiên-cia e simpatia com que desempe-nhou suas funções.

O Sr. Antonio Matolla já havia sidohomenageado antes pelas entida-des de preservação ferroviár ia

sediadas no Rio de Janeiro, que lheconcederam o título de Agente de Esta-ção Emérito. Dentre as Estações onde

trabalhou incluem-se Barão deMauá, Triagem e Penha.

Parabéns, pois, ao homenageado.

Foto: Gabriel Dias Ferreira / ESPM

Agente de Estação: Prefeito Ari Campanati entrega homenagem ao centenário Matolla

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A cada ano, quando chega o ve-rão, ficamos preocupados com

a epidemia da dengue. O assuntonão é novo e as campanhas são

cada vez mais intensas. Este ano, a Se-

Rio contra a Denguecretaria do Estado da Saúde do Rio de Ja-neiro lançou a campanha “10 minutos con-tra a dengue”, na tentativa de evitar umaepidemia no estado. O objetivo é estimu-lar a população a inspecionar a casa e

procurar os locais em que possam existirfocos do mosquito Aedes aegypti.Confira aqui algumas informações sobrea doença e como se prevenir em nossosite: www.aenfer.com.br

No dia 3 de novembro o presiden-te da Aenfer Luiz Lourenço, e os dire-tores Rubem Ladeira e Celso Paulo,estiveram na Câmara Municipal doRio de Janeiro, em visita ao vereadorReimont Luiz Otoni Santa Bárbara, doPT, para propor uma homenagem aferroviários, no bairro do Engenho deDentro.

O Complexo Ferroviário da Loco-moção do Engenho de Dentro, até asegunda metade do século passa-do, foi o mais importante reduto in-dustrial da Estrada de Ferro Centraldo Brasil e, talvez, da ferrovia nacio-nal. Tombado pelo prefeito CésarMaia em abril de 1996, foi demolidopelo mesmo prefeito, no ano de2003, para dar lugar ao Estádio Olím-pico João Havelange – o Engenhão,para a real ização dos JogosPanamericanos na cidade do Rio deJaneiro no ano de 2007.

A importância daquela oficina dereparação e manutenção de loco-motivas, carros de passageiros evagões, bem como dos engenhei-ros, mestres e operários que lá tra-balharam em prol do engrandeci-mento da ferrovia nacional não podeser enterrada, ou relegada a um pla-no secundário.

A Aenfer propõe que o último quar-teirão da rua Arquias Cordeiro, situa-do entre as ruas Dr. Padilha e Josédos Reis, recebesse o nome de ruaEngenheiro Aldo Marsili. Esta altera-ção não trará complicações, poisneste trecho de rua não existe comér-cio, nem residência, somente o Pré-dio da antiga Locomoção, atualmen-te abandonado, o Museu do Trem e oEstádio João Havelange. A outra su-gestão é a troca do nome da Rua dasOficinas, situada no lado oposto aengenhão, para Rua Mestre Horácio

José Rodrigues.A proposta apresentada ao vereador

Reimont e vista, por ele, como uma jus-ta homenagem aos ferroviários, baseia-se no histórico do Departamento da Lo-comoção e nos currículos das persona-l idades indicadas: engenheiro AldoMarsi l i e Mestre José HorácioRodrigues.

CURRÍCULO RESUMIDO DO ENGE-NHEIRO ALDO MARSILI

Nascido em 14 de janeiro de 1920,na cidade do Rio de Janeiro, formou-sena Escola Nacional de Engenharia daUniversidade do Brasil, no ano de 1941.

Admitido como engenheiro, em abrilde 1942, na Estrada de Ferro Central doBrasil, nas Oficinas da Locomoção doEngenho de Dentro, neste mesmo anofoi transferido para Barra do Piraí / RJ,onde foi designado Chefe do Depósito.

Em 1945, retornou para ao Engenhode Dentro, onde exerceu toda a sua car-reira profissional. Ao longo dos 36 anosassumiu os cargos de Chefe da Oficinade Locomotivas, Assistente de Traçãodo Departamento da Locomoção, Chefedo Material Rodante da 1ª Superinten-dência Regional de Transporte, Chefe daOficina de Locomotivas Diesel Elétrica,

Assistente do Material de Tração doDepartamento da Locomoção, Chefedo Departamento da Locomoção,onde permaneceu por vinte e trêsanos, até 1980.

Em 08 de novembro de 1981, ain-da no Engenho de Dentro, aposen-tou-se como Assessor daquele De-partamento.

Em novembro de 1981, no Gabi-nete da Presidência da Rede Ferrovi-ária Federal S.A., foi homenageadopelo então presidente Carlos AloysioWeber, pelos quarenta anos de ser-viço prestado na área de manuten-ção do material rodante.

CURRÍCULO RESUMIDO DOMESTRE HORÁCIO JOSÉ RODRIGUES

Nascido em 5 de setembro de1907, na cidade de ConselheiroLafaiete, em Minas Gerais, ingressouna Estrada de Ferro Central do Brasil 2de agosto de 1937, como diarista nafunção de Operário 2ª ClasseExtranumerário, no Depósito de Loco-motiva a Vapor de sua cidade natal.

No ano de 1938, veio transferidopara as Oficinas da Locomoção doEngenho de Dentro, onde desenvol-veu a sua carreira profissional exer-cendo as seguintes funções: Artífice,Mestre, referência XIV, Mestre Oficial,Mestre de Oficina, Mestre de Obras,Supervisor de Obras, Supervisor Ge-ral de Manutenção.

Em 17 de novembro de 1981, ain-da no Engenho de Dentro, com 74 anosde idade e 45 anos de bons serviçosprestados a ferrovia, dos quais 44 anosnas Oficinas da Locomoção do Enge-nho de Dentro, foi desligado por Apo-sentadoria Compulsória (por idade).

Em sua ficha funcional, consta ain-da um elogio e uma medalha recebida.

diretoria em foco

Aenfer propõe homenagem aferroviários da Locomoção

Rubem Ladeira, Luiz Lourtenço e Celso Paulo em visita aovereador Reimont

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Palestra, apresentação de coral, fes-ta de comemoração aos aniversariantesdo mês de outubro com música ao vivo.Tudo isso aconteceu em um só dia noevento “Um dia na Aenfer”, promovidopela Associação e que foi realizado nodia 20 de outubro.

O evento foi aberto pela diretora so-cial Telma Regina e a primeira apresen-tação aconteceu com a palestra proferi-da pela fisioterapeuta Maria Regina deM. Costa. Ela trouxe o tema “Qualidadede Vida – a importância do exercício fí-sico” e apontou diversos erros que cos-tumamos cometer sem perceber e quepodem causar sérios problemas de saú-de, como por exemplo, a postura, o modocorreto de sentar-se sem prejudicar acoluna cervical.

Mestre em ciências da saúde, espe-cialista em psicomotricidade e medici-na tradicional chinesa, Maria Reginaressaltou a importância da atividade fí-sica, mas sem exageros e convidou opúblico a participar de um exercício. Uti-lizando um bambolê, ela indicou a práti-ca de exercícios com movimentos circu-lares, pois dificilmente provocará umalesão.

Coral Som Bonde CariocaEm seguida, o coral Som Bonde Cari-

oca sacudiu e encantou o público. Commuita simpatia e humor, o Som BondeCarioca trouxe ao palco do Auditório daAenfer, um repertório bem carioca que commuito suingue cantou músicas de JorgeBenjor, Noel Rosa, Tom e Vinícius e umperfeito arranjo que misturou a músicaDescobridor dos Sete Mares (Tim Maia)com Kátia Flávia (Fausto Fawcett).

O coral Som Bonde Carioca é com-posto por um grupo de ferroviários daCBTU que estão juntos nesse “bonde” háum ano. Tem como regente CrismarieHackenberg, cantora e arranjadora do in-ternacionalmente premiado grupo vocalAcapella BR6.

Um dia na Aenfer

Fisioterapeuta Maria Regina falou sobre qualidade de vida

Público vibra com a apresentação do CoralAs associadas Ziléa e Marlina

Público interage e faz exercícios com movimentoscirculares;

Apresentação do Coral Som Bonde Carioca anima público da AenferMembros do grupo vocal Acapella BR atentos à afinação

Toda atenção para as orientações da fisioterapeutaMaria Regina

Público se posicionando para o início dos exercícios

“Qualidade de Vida – a importância do exercício físico”

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A festa dos aniversariantes do mês deoutubro realizada no Espaço Cultural CarlosLange, foi comemorada no dia 20, mesmadata de Um Dia na Aenfer e contou com aparticipação especial dos cantores Reizilan,Rose Maria e o saxofonista André Dias. Oambiente descontraído reuniu muitosassociados, que participaram de sorteio debrindes oferecidos pela Aenfer.

No mês de outubro, participaram osaniversariantes: Celso Paulo, TherezinhaMagalhães, Marli Jorge Botelho, LuizLourenço, Salie Santanna, Carlo De Luca Jr,Telma Regina, Ana Maria, Carlo De Luca.

Aniversariantes de outubro

Aniversariantes de novembroA festa dos aniversariantes de novembro

não podia ser diferente: em clima de muitaalegria e bate-papo entre os convidados. Acomemoração aconteceu no dia 10 denovembro e contou com a participação demuitos amigos, além dos aniversariantesÁlvaro de Frontin Werneck, Ari Barbosa,Cenildo do Carmo e Aildo José. Um dosmomentos esperados da festa foram osbrindes sorteados entre os associados queficaram felizes com a homenagem.

Pedaços de MimNa mesma ocasião da festa dos

aniversariantes, o advogado, jornalistae associado da Aenfer Genésio Pereira

dos Santos relançou seu livro intitulado“Pedaços de Mim”. A obra de 156 páginasinclui assuntos políticos, ferroviários e

lembranças de sua infância. O autorautografou seu l ivro para inúmerosamigos que vieram prestigiá-lo.

Celso Paulo, Therezinha, Marli, Luiz Lourenço, Salie,Junior, Telma, Ana Maria e De Luca

Muitos amigos se reencontraram na festa de outubro

Os músicos André Dias, Rose Maia e Reizilan, deram otom da festa com muita MPB

Álvaro de Frontin Werneck, Ari Barbosa, Cenildo doCarmo e Aildo José

O presidente da Aenfer Luiz Lourenço entre amigos,prestigiando o relançamento do livro “Pedaços de Mim”

Brinde entre amigos e muita união deram o toque da festae do relançamento do livro do Genésio.

Lygia, Therezinha, Reynaldo e amigos Paulo Athayde, Stella e José Antônio

Diretora Telma e Aildo com os demais associados Agostinho Coelho, Cenildo, Celso Paulo, ManoelGeraldo e Jorge Ribeiro

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Festa em Juiz de ForaA festa dos aniversariantes de agos-

to, setembro, outubro e novembro emJuiz de Fora – MG comemorada no dia 17de novembro foi um sucesso naquela ci-dade e proporcionou muita alegria entreos associados.

Foi a segunda comemoração realiza-da na Churrascaria Potência do Sul e parachegar ao destino a Aenfer alugou umaVan que saiu do Rio de Janeiro.

O presidente da Aenfer Luiz Louren-ço de Oliveira e os diretores Celso Paulo,Rubem Ladeira e Telma Regina estive-ram presentes na confraternização, quecontou com a parceria da Associação dosEngenheiros da Estrada de FerroLeopoldina – AEEFL com as presençasdo presidente daquela associaçãoManoel Geraldo, do vice-presidente Jair

José da Silva e dos primeiro e segundotesoureiros Almir Gaspar e Paulo Sad,respectivamente.

O presidente da Federação Nacionaldos Trabalhadores Ferroviários – FNTFministro Hélio Regato e seu assessor Ál-varo Sanches também prestigiaram o en-contro com os amigos mineiros, que ocor-reu em clima de festejos natalinos.

A mesa repleta de brindes oferecidospela Aenfer presenteou vários participan-tes que foram dar um abraço nos aniver-sariantes Aldo de Souza, Gernando Fabi-ano dos Santos e José Miranda Netto.

Residente em Juiz de Fora, o presi-dente regional da Associação dos Aposen-tados da RFFSA Gilberto dos Santos, par-ticipou pela primeira vez e achou maravi-lhoso o encontro.

A festa de confraternização de Natal da Aenfer queaconteceu no primeiro dia de dezembro foi um suces-so. Bastante concorrido, reuniu associados, amigos,convidados e vários representantes de entidades fer-roviárias que abrilhantaram a festa.A confraternização aconteceu na churrascaria Estrelado Sul, Maracanã. Como é tradição em todas as festaspromovidas pela Aenfer, houve sorteio de brindes paraos participantes. O associado e diretor Técnico daAenfer Carlos Rommes e a associada Fátima Maga-lhães foram contemplados com um lindo Notebook eficaram muito felizes com o prêmio. A associada econselheira Stella Martins recebeu de brinde uma es-tadia de um final de semana no hotel Metrópole emSão Lourenço-MG, com direito a acompanhante. Oassociado e conselheiro Jorge Ribeiro ganhou um jogode toalhas doado pela expositora do bazar da AenferAna De Luca. O ex-presidente da Aenfer AgostinhoCoelho foi brindado com um exemplar do último livrodo associado Genésio Pereira.No dia 08 de dezembro foi comemorada a festa dosaniversariantes do mês de dezembro na Aenfer, fe-chando assim as comemorações deste ano.A Aenfer agradece a participação de todos ao logodeste ano e espera reencontrá-los em 2012 para po-dermos festejar muito mais.

A Aenfer já programou para a ano de2012 duas excursões, com novos rotei-ros em terras mineiras.

A primeira será à estânciahidromineral de POÇOS DE CALDAS,onde teremos a oportunidade de conhe-cer suas atrações turísticas, bem comoseu variado comércio. Será estendidonosso passeio às cidades próximas. Este

Vamos viajar!passeio será realizado no primeiro semes-tre, na segunda quinzena de maio.

O segundo será à cidade histórica deOURO PRETO, na segunda quinzena domês de novembro onde os participantesirão conhecer um pouco da história minei-ra, na época do ciclo do ouro e da inconfi-dência mineira.

Pensamos na realização de um pas-seio a BUENOS AIRES e, para tanto, é ne-

cessária a manifestação dos interessa-dos com o objetivo de estudarmos aviabilização do mesmo Contamos comsua participação e, se for de seu interes-se, faça uma pré-reserva com a Carmindaou Carlos.

Em breve apresentaremos o progra-ma completo bem como os valores dospasseios.

A Diretoria

Confraternização de Natal da Aenfer

A mesa foi pequena para reunir tantos amigos na confraternização de Natal da Aenfer

A associada Fátima sorteada com um lindo Notebook Agostinho Coelho ganhou um livro do Genésio

Clima de alegria na comemoração dos aniversariantes