organizar as maiores festas do concelho. · quinta da beita 4990-680 poiares - ponte de lima tel....

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Amigos limianosQuatro anos passaram em que tive o privilégio e a honra de trabalhar para

organizar as maiores festas do concelho.Trabalhar com um grupo de homens e mulheres que se empenham ao limite

para que tudo decorra da melhor forma. Tudo!São seis dias de correria e euforia, de alegria contagiante entre organizadores

e participantes, de piripécias e mil histórias que ficam para contar não tenho palavras para agradecer o quanto todos contribuiram para a minha aprendizagem e crescimento como mulher, cidadã e lider.

Só convosco, limianos, é possível trabalhar assim, em equipa e com um fim comum: fazer de Ponte de Lima a marca de prestígio conhecida em todo o país e estrangeiro.

Tenho de agradecer muito, em nome da direção, comissão de festas e colaboradorers ao executivo municipal, na pessoa do seu presidente eng. Victor Mendes pois desde o início se mostraram em total sintonia com todos nós exercendo os seus pelouros sempre em prol do sucesso das festas.

Aos orgãos sociais da ACFN que depositaram total confiança em mim nas decisões que se vão tomando no decorrer da preparação das festas.

A todos os elementos da comissão de festas e colaboradores, os que trabalham direta e os que trabalham indiretamente em todos os dias que antecedem as festas e nos dias grandes de celebração.

Aos funcionários do município, exemplares no empenho e prontidão de respostas necessárias 24 sobre 24h.

Um agradecimento muito especial às juntas de freguesia, sempre presentes no seu melhor a representar o nosso território aos ranchos e associações de folclore que brilham na noite do festival à paroquia de Sta Maria dos Anjos pelo dia solene de encerramento de festa a todos os parceiros envolvidos, forças de segurança, bombeiros voluntários e a todos os limianos pois sem eles não existem Feiras Novas o ontem foi história, o hoje é uma prenda, o amanhã é um mistério.

Feiras novas são….Sempre.

Ana MachadoPresidente da Associação Concelhia das Feiras Novas

Tenho, de novo, a grata mas nada fácil tarefa de tecer algumas palavras para acompanhar o programa das Feiras Novas, festas maiores do Concelho de Ponte de Lima e uma das mais notáveis referências nacionais no âmbito da cultura popular, neste caso, ao vivo e com a participação das nossas gentes, convidados, visitantes e, como sempre se disse, quando se fala das Feiras Novas, forasteiros, termo utilizado com carinho para acolher os que demandam Ponte de Lima para viver a autenticidade da estúrdia e a participação efusiva em todos os momentos que integram a vasta e rica programação.

Gostaria por isso, pela referência aos bem-vindos forasteiros, de sublinhar a importância que as Feiras Novas detêm em termos de divulgação e publicitação do nome de Ponte de Lima nos contextos turísticos nacional e internacional, no significado e importância relativamente aos estudos etnográficos, antropológicos, históricos, económicos e sociais, sem com estes pretender deixar de fora outras áreas do conhecimento fundamentais, ou seja, praticamente todas, numa constante busca do saber pelos contributos das várias disciplinas em confronto e em complemento perseverante.

Contudo, quando alguém se debruça sobre este autêntico caso de estudo que é o renascer anual da nossa mais enraizada tradição, através da contínua participação popular das Gentes Limianas, não podemos deixar de reconhecer e enaltecer o contributo essencial das associações, das Juntas de Freguesia, dos grupos de teatro, das bandas filarmónicas, das escolas de música, dos ranchos folclóricos, dos grupos de bombos, das confrarias e irmandades, das instituições e, qual cereja no topo do bolo, da Associação Concelhia das Feiras Novas que agrega vontades, intenções, voluntariado e dedicação para conseguir alcançar esse final feliz que denominamos de Feiras Novas.

São dezenas de pessoas envolvidas e que nunca dizem não à elevação do bom nome de Ponte de Lima, não só nas Feiras Novas como em muitos momentos altos da animação cultural e festiva que oferecemos ao longo do ano, destacando os grandes eventos, as feiras e exposições, as tradições de rua, como a Vaca das Cordas, os Tapetes Floridos e as Marchas de S. João, a par com as manifestações religiosas a que este Povo está tão arreigado.

Obrigado é o que posso dizer. Melhor ainda, muito obrigado por sentirem Ponte de Lima com o sentimento de autenticidade que queremos perpetuar para o futuro, pelas nossas manifestações culturais e etnográficas, com a devida ênfase para as Feiras Novas.

Um enorme abraço para todos os conterrâneos e forasteiros do

Victor MendesPresidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima

Quarta - Feira setembro

Da Alameda de São João até ao Largo de Camões

21.30 H - Arruada de Concertinas

22.00 H - Abertura Solene das Feiras Novas com o espetáculo de

Videomaping

Desfile de Concertinas

22.15 H - Abertura oficial da iluminação

22.30 H - World Guinness records of Concertinas

6

tel. 258 763 766 | e-mail. [email protected] da Beita 4990-680 Poiares - Ponte de Lima

A tradiçãoainda é o que era...

Quinta - Feira 722.00 H - Largo de Camões

Concerto

Banda de Música de Estorãos (Ponte de Lima)

Banda Musical de Monção

22H00 às 04H00 - Expolima

Summer • Music Fest •

Chinelos com Vida

setembro

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Tef.: 258 941 189

Sexta - Feira setembro 8

08.00 H - Salva de Morteiros

21.00 H - Largo da Lapa

FADOSPonte de Lima recebe mais uma vez com carinho o Fado de Coimbra que passou a ser um cartaz importante nas Festas das Feiras Novas com o grupo FADO AO CENTRO

22.00 H - Largo da Lapa - Concerto de TunasOutro Cartaz fixo das Feiras Novas, com a irreverência sadia da juventude estu-dantil.

Afonsina - Tuna de Engenharia da Universidade do Minho

Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

TESA - Tuna Académica da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima

TUNESA - Tuna Feminina da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima

Spestuna - Tuna Feminina da Universidade Fernando Pessoa

22.00 H - Largo de Camões - Concerto

Banda de Música da Casa do Povo de Moreira de Lima (Ponte de Lima)

Banda de Música de Rio Mau (Penafiel)

22.00 H às 23.30 H - Expolima

Cantares ao Desafio

Zé Cachadinha e seus Amigos

00H00 às 06H00 - Expolima

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Sábado setembro 9

Primeira Feira Franca

08.00 H - Salva de Morteiros

08.30 H - Expolima – Picadeiro grande

Concurso pecuário onde se pretende contribuir para a preservação da raça

bovina fortemente implantada na nossa região.

Grupo de música popular da Feitosa

08.30 H - Largo de Camões

Animando as ruas durante os dias de Festa.

Grupo de Zés Pereiras, Gaiteiros, Gigantones e Cabeçudos,

Amigos d’Areia – Darque, Grupo de Bombos Santiago de Poiares,

Bombos de São Marçal, Voluntários de Baião, Unidos da Paródia,

“Amigos da Farra”, Amigos da Borga, Grupo Recreativo de Viariz.

09.00 H - Largo de Camões

Bandas de música com concerto durante todo o dia e noite:

Grupo de Cultura Musical de Ponte de Lima

Banda Nova de Fermentelos

12.00 H - Desfile dos Participantes do Concurso Pecuário, saindo da

expolima, Alameda de São João e Largo de Camões.

12.15 H - Largo de Camões

Ribombar de Zés Pereira e Gigantones, promovendo a atracão dos

forasteiros.

16.00 H - Centro Histórico – Cortejo Etnográfico.É uma mostra do que de mais genuíno existe no nosso concelho. Promovendo a divulgação dos usos, costumes e tradições.

AberturaBombos e GigantonesDesfile de Trajes RegionaisDesfile de Concertinas

Usos, Costumes e Tradições01 - S. Miguel de Cabaços--------------------------------------Cabaços / Fojo Lobal02 - O Pastor---------------------------------------------------------------------Serdedelo 03 - A Feira-------------------------------------------------------Ardegão/ Freixo/ Mato04 - Romaria da Boa Morte---------------------------------------------------Correlhã 05 - A Feira-----------------------------------------------Ass Freguesias Vale do Neiva06 - Festas de S. Sebastião------------------------------------------------------Gandra 07 - Ida à Fonte----------------------------------------------------------------------Ribeira08 - Sarrada da Velha--------------------------------------------Arca/ Ponte de Lima09 - Jogos Tradicionais--------------------------------------------------Santa Comba10 - A Páscoa------------------------------------------------------------------------Fontão 11 - A Páscoa e Tamanqueiros---------------------------------Vitorino das Donas 12 - Os Ferreiros----------------------------------------------------------------Brandara 13 - Artesanato em Granito-------------------------------------------------Calheiros 14 - Os Bordados-------------------------------------------------------------Bertiandos 15 - O Linho e o Castanheiro-------------------------------------Rebordões Souto 16 - Seara e suas Tradições-------------------------------------------------------Seara17 - Tradição da Banda de Música----------------------------Cabração/ Moreira

Atividades Agrícolas e Ambientais18 - Lagar do Azeite---------------------------------------Navió/ Vitorino de Piães 19 - A Sidra--------------------------------------------------------------------------Feitosa20 - O Serão/ A Pisada------------------------------------------------Bárrio/ Cepões 21 - A Queima do Bagaço---------------------------------------------------Boalhosa 22 - A Sementeira/ Colheita do Feijão-------------------Rebordões Sta Maria 23 - A Desfolhada------------------------------------------------------------------Anais 24 - A Desfolhada----------------------------------------------------------------Refoios 25 - A Malhada do Centeio----------------------------------------------------Poiares 26 - Cozedura da Boroa--------------------------------------------------------Labruja

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16.30 H - Expolima - Picadeiro grande

Animada e original corrida de garranos, que envolve elevado número de participantes.

22.00 H - Centro Histórico

Rusgas e Concertinas.

Esta noite transformou-se num momento de singular magia de cultura popular.

22H00 às 06H00 - Expolima

Summer • Music Fest •

Dumore

Wao

00.30 H - Uma importante sessão de fogo de artifício

Domingo setembro 10

Segunda Feira Franca

08.00 H - Salva de Morteiros

08.30 H - Largo de Camões

Zés Pereiras, gaiteiros gigantones e cabeçudos

09.00 H - Largo de CamõesBandas de Música com concertos durante todo o dia e noite:Sociedade Musical de PevidémBanda Musical de Tarouquela

10.00 H - Banda de Gaitas São Tiago de Cardielos de Viana do Castelo

12.00 H - Largo de Camões:Ribombar de Zés Pereira e Gigantones

Repete-se o cenário do dia anterior com a concentração de todos os grupos de bombos.

15.30 H - Centro Histórico “Crenças, lendas e narrativas - Visitas e passagens régias em Ponte de Lima”

1 - D. HENRIQUE E DONA TERESA VILA DA CORRELHÃ 1097

É comummente aceite que D. Henrique da Borgonha e D. Teresa de Leão casaram no ano de 1096, recebendo o Condado Portucalense para governar das mãos de Afonso VI de Leão e Castela. No entanto, existem várias incertezas sobre a data e a causa do casamento bem como sobre a idade com que poderia ter casado a infanta. Talvez tivesse sete ou oito anos, um pou-co mais, um pouco menos. Nestes casos, quando uma esposa era menor de idade, costumava ir viver para casa do marido, ao cuidado dos seus parentes, até ao momento da consumação. Dado que a família do conde estava fora do reino, é possível que D. Teresa permanecesse sob a custódia de alguém que merecesse a confiança do esposo, possivelmente no seio da corte (talvez Soeiro Mendes da Maia e sua mulher Gontrode Moniz), pois a partir do seu casamento, durante os primeiros anos, Teresa aparecerá sempre a seu lado nos documentos que este confirma com o rei Afonso VI. Foi neste contexto político e familiar que surgiu a passagem dos Condes, em peregrinação a Santiago de Compostela, pela vila da Cornelhã, datada de um documento de 9 de dezembro de 1097, em que confirmam a doação desta vila à mesma Sé Apostólica.

2 - D. AFONSO HENRIQUES O “FUNDADOR” (1134-1140)

D. Afonso Henriques, após a tomada do poder em 1128, prosseguiu uma política de confron-tações armadas para alargar o território do Condado Portucalense. As campanhas militares que vai dirigir, sobretudo na Galiza, vão ser guerras feudais motivadas por conflitos de vas-salagem, fidelidade e de soberania. Não há dúvidas de que D. Afonso Henriques pretendia alargar a fronteira de Portugal para além dos rios Lima e Minho (pretendeu dominar os con-dados do sul da Galiza - Límia e de Toroño). No período de 1134 a 1140, as suas tentativas nesse sentido pareciam estar associadas a compromissos feudais estabelecidos com os dois condes, cuja vassalagem o rei de Portugal provavelmente queria confirmar. Apesar de não encontrarmos nenhuma referência explicita à presença de D. Afonso Henriques em Ponte de Lima, é muito possível que nas inúmeras investidas na Galiza, em especial nos condados de Límia e de Toroño, o primeiro rei de Portugal possa ter passado e/ou permanecido uma ou várias vezes (?) em Ponte de Lima.

3 - LENDA DA CABRAÇÃO

Da eventual passagem de D. Afonso Henriques por terras limianas ficou a lenda da Cabração, que, como acontece muitas vezes nas lendas a respeito de personagens históricos, tem um fundo de verdade… Pode encontrar-se uma eventual ligação da narrativa da lenda com as sucessivas guerras feudais e de alargamento do território português efetuadas pelo primeiro rei de Portugal junto das fronteiras da Galiza. De acordo com essa lenda, após o recontro do Rêgo do Azar, andava D. Afonso Henriques e seus pares na caça do javali e do urso quando foram presenteados com uma refeição que o capelão do mosteiro de Vitorino das Donas lhes fez chegar. O repasto era apetitoso, e o rei gracejava com os homens bons que o acompanha-vam... Subitamente, um dos membros que acompanhava D. Afonso, erguendo-se em sobres-salto, aponta ao longe, para as bandas da fronteira, vislumbrando um turbilhão de pó que se aproximava, pensando serem inimigos. D. Afonso interrompe a refeição e todos se preparam para montar e cavalgar na direção da nuvem de pó. Apenas o capelão, que havia ofertado o repasto, se manteve impávido, continuando a sua refeição. “Cabras são, Senhor, comei descan-sado”, afirmou o capelão, rindo para o rei.

4 - AFONSO III “O BOLONHÊS” 1248

Afonso III, apelidado de “o Bolonhês” pelo seu casamento com Matilde II, Condessa de Bou-logne, foi rei de Portugal de 1248 até à sua morte em 1279, e também o primeiro monarca português a utilizar o título de Rei do Algarve. Era o segundo filho do rei D. Afonso II e sua esposa Urraca de Castela, tendo ascendido ao trono depois de depor o seu irmão mais velho, Sancho II. Será somente após a chegada da notícia da morte do irmão Sancho II, falecido pou-co depois de 3 de janeiro de 1248, em Toledo, que D. Afonso assumirá legitimamente o título de rei de Portugal. Entre 1248 e 1256, D. Afonso III percorreu freneticamente o Reino, fosse para se mostrar e calar possíveis resistências, fosse para tomar posse efetiva do território que lhe competia governar. É neste contexto inicial de itinerância que o vamos encontrar em Gui-marães, onde permanece com a sua corte entre março e maio e, a 9 desse mês, encontramo-lo a estanciar em Ponte de Lima, concedendo carta de proteção ao mosteiro de Miranda (conce-lho dos Arcos de Valdevez). É este um dos seus primeiros actos como rei.

5 - A CORTE DO “BOLONHÊS” EM PONTE DE LIMA 1248

Os documentos que nos permitem cartografar as deambulações pelo país de D. Afonso III deixam entrever a constituição da sua corte. Acompanhavam-no, para além dos membros da família régia, alguns representantes da mais alta hierarquia civil e eclesiástica, geralmente 8 ricos-homens e 8 prelados; um segundo grupo constituído por membros da comitiva ca-valeiresca do monarca e alguns clérigos, nalguns casos com um já longo tempo de vida em comum e de companheirismo alimentado desde a sua juventude, muitas vezes chamados privados e/ou conselheiros; um outro núcleo ligado a diferentes cargos político-administrati-vos, onde se incluíam juízes, notários, porteiros ou tesoureiros; e um último e vasto conjunto de funcionários da casa régia, que cuidava de todos os preparativos relacionados com as des-locações, da mesa do rei, do tratamento dos cavalos, da atividade da caça e de outros aspetos ligados à manutenção da corte. A historiadora Iria Gonçalves, a propósito precisamente de uma das viagens deste monarca ao Entre Douro e Minho (onde contemplou a visita a Ponte de Lima), apontou para uma comitiva que ultrapassaria os 400 indivíduos.

6 - D. JOÃO I MESTRE DE AVIS “O REI DA BOA MEMÓRIA” 1385

A vinda de D. João I a Ponte de Lima reveste-se de caraterísticas muito especiais, pois ocorre no contexto da crise dinástica de 1383/1385, com um país dividido entre a obediência à filha legítima de D. Fernando e herdeira do trono (D. Beatriz), mas casada com o rei de Leão e Cas-tela, também chamado D. João I, e os apoiantes de D. João, Mestre de Avis. Após a realização das Cortes de Coimbra, em abril de 1385, e a aclamação de D. João I como rei de Portugal, era altura de partir para a ação e tomar as terras que ainda tinham “tomado voz por Castela”. É no contexto desta conflagração militar que a presença de D. João I fica registada na História de Ponte de Lima.

A vila estava bem protegida com as suas doze torres devidamente equipadas e com vigias e as portas reforçadas com pedras. Por sua vez, o seu fronteiro, Lopo Gomes de Lira, rodeava-se de bons escudeiros, besteiros e homens de pé, que se empenhavam em resistir. Só a cola-boração de um escudeiro da vila (Estevão Rodrigues Malheiro) que enganou os porteiros e deu entrada à hoste portuguesa, que logo deitou fogo às torres, apanhando os seus homens desprevenidos, facilitou a missão ofensiva. A vila acabará por ser conquistada, ainda no mês de maio de 1385, intervindo no feito o rei e o Condestável, D. Nuno Álvares Pereira, com os seus homens de armas. Ficou célebre o episódio do cerco, com a retirada da mulher de Lopo Gomes de Lira, Teresa Gomes de Abreu, “que amdava prenhe”, e de seus filhos, que foram reti-rados da vila “per cordas em huu çesto”…

7 - D. AFONSO V “O AFRICANO” 1462

Um traço marcante do reinado de D. Afonso V foi sem dúvida a sua itinerância e as viagens dentro e fora do país. De acordo com o historiador Saul António Gomes, o seu longo reinado permite-lhe ficar com o título de ter sido o rei mais viajado e “europeu” da Idade Média Portu-guesa. Também de acordo com o mesmo autor, D. Afonso V terá percorrido todas as provín-cias do reino. Terá sido numa dessas itinerâncias pelo reino que o rei visitou a vila de Ponte de Lima entre 7 e 9 de julho de 1462.

A tradição cronística portuguesa é quase unânime em considerar Afonso V um monarca culto e apreciador das letras e das artes, escrevendo fluentemente e sendo dotado de perfeita elo-quência e um bom domínio da leitura. Era comum a leitura pública realizada na corte por le-trados/leitores profissionais. Também o gosto do rei pela música está patente nos numerosos músicos e charamelas de câmara e de cerimónia que mantinha, acompanhando estes o rei nas suas saídas públicas. Ficaram famosas as referências aos trompetistas do rei de Portugal. Outra área específica era a das fanfarras militares, a qual tinha instrumentistas, sobretudo de sopro e de percussão. Fazia-se acompanhar, nas suas deambulações pelo reino, de todo este aparato, que com certeza, também acompanharam o rei na sua deslocação a Ponte de Lima.

8 - D. MANUEL I “O VENTUROSO” 1502

No final do verão de 1502, o rei D. Manuel I tomou uma decisão pouco comum e ausentou-se da corte durante uns dois meses, acompanhado apenas de um grupo muito restrito. O motivo desta saída foi a realização de uma peregrinação a Santiago de Compostela. O cronista Da-mião de Góis, na sua “Chronica do Felicíssimo Rei Dom Emanuel”, justifica a decisão da viagem até à Galiza como uma das ações de D. Manuel I para agradecer a Deus o sucesso das armadas da Índia. O historiador João Paulo Oliveira e Costa, na sua obra biográfica sobre o rei, defende como razão principal da sua peregrinação o pedido de ajuda divina para a realização de uma expedição em 1503 a Marrocos para combater o “infiel”. D. Manuel I aproveitou igualmente esta viagem para circular pelo reino, tendo visitado várias localidades que nunca conhece-ra antes (entre as quais Ponte de Lima) e outras em que só estivera antes de ser rei. Tendo passado por Tomar e Coimbra, seguiu para Montemor-o-Velho, Aveiro e Porto. Continuando a sua romagem a Compostela, sabemos que esteve em Dume, também aí como peregrino e para recordar ou venerar os dois grandes prelados que foram S. Martinho e S. Frutuoso, encaminhando-se de lá, como se admite, para Ponte de Lima e Valença. Entrou na Galiza pela terra de Tui, tomando o caminho que ia direito à casa do Apóstolo.

9 - LENDA DO “GALGO PRETO”

Da passagem do rei D. Manuel I por Ponte de Lima ficou na memória coletiva das gentes locais a lenda do “galgo preto”, intimamente ligada à comitiva que acompanhava o rei na peregri-nação até Santiago de Compostela. De acordo com esta lenda, D. Rui de Mendonça, seria um elemento da corte do rei e companheiro de peregrinação. Durante o percurso, D. Manuel e D. Rui de Mendonça repousaram na vila de Ponte de Lima. O tempo passado nesta vila terá sido ocupado em festas e, numa dessas festas, D. Rui de Mendonça conheceu D. Beatriz de Lima, de descendência moura. Como a sua mãe fora uma moura de Arzila e uma espécie de bruxa, o povo recusava-a e, por isso, esta jovem, de uma beleza impressionante, ainda continuava solteira. Contudo, todos estes rumores não impediram que D. Rui e D. Beatriz tivessem vivido um grande amor. Entretanto El-Rei terminava o seu descanso e decide continuar a viagem, levando consigo D. Rui de Mendonça. Os jovens despediram-se junto do rio Lima e D. Beatriz pediu a D. Rui que lhe jurasse amor eterno. D. Rui, preso de encantos por esta jovem, jurou, e ela voltou a pedir que jurasse, mas agora pelas águas correntes do Lima. E, claro, o jovem jurou. Disse-lhe que iria amá-la até que as águas do rio Lima se esgotassem para sempre. Após alguns meses, soube-se pelo reino que D. Rui iria casar com uma dama da Corte. No dia da boda, D. Rui de Mendonça, ao entrar para a carruagem que o levaria ao altar, caiu morto! Logo após esta morte, começou a aparecer, nas areias do rio Lima, um enorme galgo preto. Rapidamente, na voz do povo, este galgo seria a alma de D. Rui de Mendonça, que estava a ser condenado pela vingança de D. Beatriz.

10 - D. JOSÉ DE BRAGANÇA INFANTE DE PORTUGAL 1756

Filho natural do rei D. Pedro II e irmão do rei D. João V, D. José foi nomeado arcebispo de Braga no ano de 1739 mas só tomou posse efetiva em 1741. No longo trajeto que percorreu entre Lisboa e Braga, foi recebido com majestosas exibições lúdicas nas cidades de Santarém, de Coimbra, do Porto e ainda de Vila Nova de Famalicão, em nome do cabido, sendo recebido pelas principais dignidades do poder em Braga, no dia 23 de julho de 1741. Desempenhou uma ação de relevo na cidade, reformando o aljube da cidade, fornecendo-lhe água, e uma importante ação caritativa de relevo, sobretudo na ajuda a órfãs pobres, através da distribui-ção de dotes de casamento e de outras mercês, e na assistência a mulheres, viúvas e doentes, através do envio de esmolas.

D. José de Bragança acabou por morrer como viveu, dando assistência à sua paróquia, duran-te uma visita pastoral ao arcebispado, em Ponte de Lima, a 3 de junho de 1756 (em casa do Conde D’ Aurora).

As visitas pastorais eram sempre motivo de festa nas terras para onde os arcebispos se diri-giam. A entrada obedecia a um ritual, com a saída do arcebispo da cidade de Braga, acom-panhado pelas principais autoridades da cidade, até ao seu termo. As populações das terras visitadas empenhavam-se na reparação de caminhos, na limpeza das ruas e na decoração das casas. O chão era perfumado com ramos de alfazema, rosmaninho e alecrim. A nobreza, as autoridades laicas e religiosas acompanhavam o arcebispo, enquanto o povo alvoroçado acorria para desfrutar do espetáculo.

11 - REI D. LUÍS I “O POPULAR” 1872

No dia 30 de junho de 1872, D. Luís I (D. Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Volfrando Saxe--Coburgo-Gotha de Bragança e Bourbon) efetua uma visita a Ponte de Lima acompanhado do seu irmão, o infante D. Augusto, e membros do governo. A comitiva chegou a Ponte de Lima por volta das 10 horas da manhã, proveniente de Viana do Castelo.

O largo da Alegria estava engalanado com dois obeliscos e coberto de bandeiras; a ponte estava cheia de bandeiras de uma extremidade à outra, com os mastros pintados de branco com uma fita azul, tendo no centro a bandeira nacional; no largo da Torre Velha estavam colocados dois serafins, tendo um na mão as armas e outro as chaves da vila; na entrada e saída da ponte estavam quatro meninas muito bem vestidas de branco, com belas grinaldas na cabeça, e sustinham nas mãos salvas de prata com flores, para lançar quando passasse Sua Majestade; à porta do paço mais duas meninas vestidas de igual forma, com flores em salva de prata. Duas bandas de música “de arraial” esperavam as visitas, uma de “Rebordello”, que estava no largo da Alegria, e a outra, a “Velha”, junto ao Paço. Um barco e dois “botes” estavam no rio Lima cheios de galhardetes e bandeiras de várias cores.

Depois de recebidos no largo da Alegria e de terem atravessado a ponte, foram ouvir missa na igreja matriz. No final foram visitar o hospital e a Misericórdia, tendo sido recebido pelo provedor, padre António de Sousa Abreu Pereira. Depois de um passeio pelas ruas da vila, reuniram-se nos paços da Câmara Municipal e, por fim, em casa de João de Barros Mimoso. A comitiva real deixou Ponte de Lima por volta das 15 horas, em direção à cidade de Braga.

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12 - PRÍNCIPE REAL D. LUÍS FILIPE 1901

No dia 8 de outubro de 1901, o príncipe real D. Luís Filipe (Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Orleães-Bragança e Saxe-Coburgo-Gotha), com 14 anos, efetua uma visita a Ponte de Lima, acompanhado pelo seu aio Mouzinho de Albuquerque, para a inauguração da avenida D. Luís Filipe, rebatizada com a implantação da República como avenida 5 de outubro, mas popularmente conhecida entre os limianos por avenida dos plátanos.

A avenida foi construída diretamente pela Câmara, com dinheiro emprestado pelo prestigia-do comerciante João Soares Lima e com o esforço de inúmeras raparigas de 17 e 18 anos que durante um ano carregaram à cabeça toneladas de areia que foi enchendo o vasto local, depois de construído o muro de suporte com pedra da muralha que cercava a vila.

Chegaram montados a cavalo, vieram pela estrada de Braga, desceram na Praça da Rainha, almoçaram no gabinete do Presidente da Câmara, Dr. Luís da Cunha Nogueira. Convidado para tratar do almoço, o pároco da Seara, reverendo João Araújo Lima, confecionou um deli-cioso coelho guisado que o príncipe apreciou e, diz-se, repetiu a dose três vezes. Descerrou o príncipe real uma placa como seu nome, na presença das mais altas autoridades do distrito e milhares de pessoas, tendo antes entrado na igreja matriz para uma breve oração. Depois de dar nome à avenida, despediu-se da população e autoridades e, sempre acompanhado por Mouzinho de Albuquerque, partiu em direção a Viana, não sem antes fazer uma paragem no Solar de Bertiandos.

Grupos Participantes e Colaboradores.Associação de Jovens e Amigos de FriastelasAssociação Luz e Vida Santa Gemma Jovem - FreixoCentro Equestre do Vale do LimaClube Náutico de Ponte de LimaDuplaface Companhia das ArtesGacelGrupo de Teatro Casa do Povo de FreixoGrupo Teatro da FachaInstituto Limiano e OrfeãoJunta de Freguesia da CorrelhãOs GorilasPequenos Atores do LimaUnhas do Diabo

18.00 H - Expolima - TOURADA

CAVALEIROS: Marcos Bastinhas, João Salgueiro Jr., Soraia Costa – cavaleira praticante.Forcados: Montemor e Aposento da ChamuscaToiros de António dos Reis e António ValenteAbrilhantada pela Banda de Música de Ponte de Lima

21.30 H - Centro Histórico – Festival de Folclore

PALCO A – EXPOLIMA Rancho Folclórico Casa do Concelho em LisboaGrupo Folclórico das Espadeladeiras de Rebordões SoutoGrupo Recreativo Danças e Cantares de Ponte de LimaGrupo Etnográfico Infantil da Casa do Povo de FreixoRusga Típica da CorrelhãGrupo Folclórico de CalheirosGrupo Folclórico de Santa Marta de SerdedeloRancho Folclórico das Lavradeiras de GondufeGrupo Etno-Folclórico de Refoios PALCO B – LARGO DA LAPARancho Folclórico Lusitanos Saint Cyr L’ Ecole (França)Rancho Folclórico de AnaisGrupo Folclórico Etnográfico da Casa do Povo de PoiaresGrupo Danças e Cantares do Neiva de SandiãesRancho Folclórico da RibeiraGrupo Danças e Cantares de Vitorino de PiãesRancho Folclórico da CorrelhãRancho das Lavradeiras de S. Martinho da GandraGrupo Folclórico da Gemieira

22H00 às 06H00 - Expolima

Summer • Music Fest •

Steven Rod

00.30 H - Fogo de Artifício – “ Fogo do Meio “

É um espectáculo de cor, som e fantasia. É a magia de iluminar o Lima que corre sereno para a foz.

Segunda- Feira setembro 11

Última Feira Franca

Dia Consagrado às Solenidades Religiosas em honra de Nossa Senhora das Dores – Padroeira das Festas.

08.00 H - Salva de Morteiros

09.00 H - Largo de Camões

Bandas de Música com concerto durante todo o dia:

Musical da Casa do Povo de Moreira do Lima (Ponte de Lima)

Banda Musical de São Martinho da Gandra (Ponte de Lima)

10.30 H - Igreja Matriz

Missa solene com Sermão em honra de Nossa Senhora das Dores.

Presente junto da Cruz, Maria vive e sente os sofrimentos de seu Filho.

16.30 H - Centro histórico

Procissão em honra de Nossa Senhora das Dores, com muito figurado alegórico, confrarias, Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima e Associações locais.

19.00 H - Largo de Camões

Despedida das Bandas

23.00 H - Largo de Camões

Verbena Popular – LA FORMULA

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INSTITUTO LIMIANO

ORFEÃO

LIMIANO

Ana Maria MachadoPadre Eurico Pinto | Abel Lopes

José Miguel Vaz | António José Ribeiro Lima

Padre José Gomes Sousa | António Martins | Carlos Pinto Tito de Morais | Ana Guerra | Francisco Vaz | João Barros | Isabel Pimenta

Paulo Pimenta | Miguel Franco | Carlos Lago | Aníbal Moreira | Nuno Caçador | Carlos Lemos | Elisa Fernandes | Laurinda Branco | Sousa Ferraz | Helder Malheiro

Lidia Pereira | Gonçalo Rodrigues | Sandra Pereira | Maria Filomena Quintela | Maria Júlia Barros | António Lemos | Marco Caçador

João Miguel Silva Pereira | Paulo Nascimento | José Malheiro | Maria José Abreu | António Lima Vale | Lurdes Teixeira | Deolinda Campelo | Filipe Cerqueira

| Bernardo Lamas | Nuno Filipe Magalhães | Francisco António Vale | José Puga Cerqueira | Aurora Ferraz | Isabel Silva

Ficha TécnicaCapa/Cartaz Fotografia: Amândio de Sousa VieiraCapa/Cartaz Design: Ricardo Dantas Rodrigues

Fotografias: Amândio de Sousa VieiraImpressão: Gráfica da Graciosa,Lda

Guarda Roupa da Procissão e Cortejo Histórico: Casa S.José - Viana do CasteloOrnamentação: Iluminarte

Fogo de Artifício: Pirotecnia MinhotaSom: Casa Pereira

Comissão de Festas e Colaboradores

GRUPO DE TEATRO DA FACHA

Boas Feiras Novas