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Organização, resumo e apresentação

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Organização, resumo e apresentação

Busca sintetizar os valores que uma ou

mais variáveis podem assumir (visão

global da variação das variáveis)

Tabelas

Gráficos

ATLETA DISTÂNCIA (Km)

Jorge 41

Renato 39

Pedro 45

João 38

Rafael 40

Distância Percorrida em Um DiaCabeçalho

Coluna

Indicadora

Corpo

Coluna

Numérica

Título

Linhas

Casa (Célula)

FONTE: CAB.Rodapé

São um conjunto de observações organizadas e distribuídas em

uma espécie de quadro.

São compostas por:

Corpo – conjunto de linhas e colunas que contém informações sobre as

variáveis.

Cabeçalho – parte superior da tabela que especifica o conteúdo das

colunas.

Colunas (indicadora e numérica) – parte da tabela que especifica o

conteúdo das linhas.

Linhas – retas imaginárias no sentido horizontal.

Casa ou Célula – espaço destinado a um só número.

Título – informações (o quê?; quando?; onde?) localizadas no topo da

tabela.

Fonte – elemento complementar colocado no rodapé para comunicar a

entidade responsável pela obtenção/fornecimento dos dados.

Notas – elemento complementar colocado no rodapé para fornecer

informações de natureza geral, destinadas a esclarecer o conteúdo da tabela

ou indicar o método adotado no levantamento de dados. As chamadas são

listadas assim: 1, 2, 3, etc.

Chamadas – elemento complementar colocado no rodapé para comunicar

informações específicas. As chamadas são listadas assim: (1), (2), (3), etc.

São compostas por (continuação):

CARACTERÍSTICAS GERAIS:

• A tabela não está fechada lateralmente por traços verticais, ao contrário

do quadro.

• Não devem ser utilizados traços horizontais separando as linhas, salvo a

separação com o valor total; podem ser utilizadas, no máximo, linhas

pontilhadas, para facilitar a leitura.

• Não há obrigatoriedade de linha vertical entre as colunas, podendo ser

colocada, principalmente quando a tabela possui muita informação.

• A utilização de notas e chamadas deve ser evitada ao máximo, dado que

contrariam o princípio de síntese proposto na elaboração de tabelas e

gráficos.

Pela Resolução 886 da Fundação IBGE sobre as casas ou

células, deve-se colocar:

• Reticências (...) quando não temos os dados.

• Ponto de interrogação (?) quando se tem dúvida quanto à exatidão de

determinado valor.

• Zero (0) quando o valor é muito pequeno para ser expresso pela unidade

utilizada. Se os valores são expressos em numerais decimais, precisamos

acrescentar à parte decimal um número correspondente de zeros (0,0;

0,00; 0,000; ...).

• Um traço horizontal (–) quando o valor é zero.

Corresponde a toda tabela que apresenta a distribuição de um

conjunto de dados estatísticos em função da época, do local ou da

espécie.

Fator Tempo: Séries Históricas (cronológicas, temporais ou marchas).

Fator Espaço: Séries Geográficas (espaciais, territoriais ou de localização).

Fator Espécie: Séries Específicas (categóricas).

Descrevem os valores da variável, em determinado local,

discriminados segundo intervalos de tempo variáveis.

Séries Históricas

Exemplo:

ANOSPRODUÇÃO

(1.000 t)

2000 1.535

2001 1.962

2002 2.476

2003 3.164

2004 4.215

Total 13.352

Produção Brasileira de Soja –

2000-04

FONTE: Fictícia

Descrevem os valores da variável, em determinado instante,

discriminados segundo regiões.

Séries Geográficas

Exemplo:

CAPITAISNÚMERO DE

ANOS

Salvador 7,5

Porto Alegre 9,2

Belo Horizonte 8,6

Manaus 5,8

São Paulo 10,0

Duração Média dos Estudos

Superiores – 1994

FONTE: Fictícia

Descrevem os valores da variável, em determinado tempo e local,

discriminados segundo especificações ou categorias.

Séries Específicas

Exemplo:

CURSOS QUANTIDADE

Medicina 167

Direito 84

Administração 108

Odontologia 54

Engenharia Civil 68

Psicologia 94

Cursos Superiores no Brasil – 2005

FONTE: Fictícia

Dizem respeito à apresentação, em uma única tabela, da variação de

valores de mais de uma variável, ou seja, a conjugação de duas ou

mais séries.

Exemplo:

HABITANTES 1970-1980 1981-1990 1991-2000

Brasil 160.654.654 168.984.891 180.735.946

França 8.459.419 9.054.736 10.854.354

Inglaterra 21.719.672 23.789.195 26.759.086

Argentina 40.840.948 45.801.164 51.803.468

Japão 15.826.458 16.741.815 17.916.497

Quantidade de Habitantes

2002-04

FONTE: Fictícia

São resultantes da coleta direta da fonte, sem outra manipulação

senão a contagem ou medida.

Exemplo: número de habitantes; quantidade de produtos

exportados; temperatura em diferentes regiões geográficas.

Dados Absolutos

Dados Relativos

São provenientes de comparações por quociente (razões), que se

estabelecem entre dados absolutos e têm por finalidade realçar ou

facilitar as comparações entre quantidades.

São representados por meio de percentagens, índices, coeficientes e taxas.

É a fração de um número inteiro expressa em centésimos.

Representa-se com o símbolo % (que se lê "por cento").

Definição de taxa porcentual ou porcentagem:

Exemplos:

(lê-se 10 por cento)

(lê-se 150 por cento)

Igor Menezes Estatística

Cálculo de uma Porcentagem:

Para calcularmos uma porcentagem p% de V,

basta multiplicarmos a fração p por V.

100

Exemplos:

Regra de Três Simples

Total 100%

Parcela X%

HABITANTESCidade A Cidade B

Nº de Alunos % Nº de Alunos %

Fundamental 19.286 91,0 38.660 91,0

Médio 1.681 7,9 3.399 8,0

Superior 234 1,1 424 1,0

Total 21.201 100,0 42.483 100,0

Matrículas nas Escolas das Cidades A e B - 2005

FONTE: Fictícia

Exemplo:

São razões entre duas grandezas tais que uma não inclui a outra.

Exemplos:

Índice cefálico =diâmetro transverso do crânio

diâmetro longitudinal do crânio

Quociente intelectual = idade mental

idade cronológica

Densidade demográfica =população

superfície

Produção per capita =valor total da produção

população

Consumo per capita =consumo do bem

população

Renda per capita =renda

população

Receita per capita =receita

população

São razões entre o número de ocorrências e o número total.

Exemplos:

Coeficiente de natalidade =população total

número de nascimentos

Coeficiente de evasão escolar =número de alunos evadidos

número inicial de matrículas

Coeficiente de

recuperação escolar =número de alunos recuperados

número de alunos em recuperação

São os coeficientes multiplicados por uma potência de 10 (10, 100,

1000, etc) para tornar o resultado mais fácil de ser compreendido.

Exemplos:

Taxa de mortalidade = Coeficiente de mortalidade x 1.000

Taxa de natalidade = Coeficiente de natalidade x 1.000

Taxa de juros = Coeficiente de juros x 100

Taxa de evasão escolar = Coeficiente de evasão escolar x 100

Exemplo:

O Estado A apresentou 733.986 matrículas na 1ª série, no início

do ano de 2004, e 683.816 no fim do ano. O Estado B apresentou,

respectivamente, 436.127 e 412.457 matrículas. Qual o Estado que

apresentou maior evasão escolar?

A TEE = 733.986 – 683.816

Cálculo de uma Taxa:

733.986

x 100 = 0,0683 x 100 = 6,83 = 6,8%

B TEE = 436.127 – 412.457

436.127

x 100 = 0,0542 x 100 = 5,42 = 5,4%

O Estado que apresentou maior evasão escolar foi A.

Utiliza-se quando é necessário ou conveniente suprimir unidades

inferiores às de determinada ordem.

Regras de arredondamento segundo norma NBR 5891 da ABNT,

de acordo com a Resolução 886/66 da Fundação IBGE.

1ª) Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 0, 1, 2, 3, ou 4,

fica inalterado o último algarismo a permanecer.

Exemplos:

a) 25,32 » 25,3

b) 409,04 » 409,0

c) 3,021 » 3,02

Regras de arredondamento (continuação):

2ª) Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 6, 7, 8, ou 9,

aumenta-se de uma unidade ao último algarismo a permanecer.

Exemplos:

a) 19,417 » 19,42

b) 2,09 » 2,1

c) 2,99 » 3,0

Regras de arredondamento (continuação):

3ª) Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 5, há dois

procedimentos:

Exemplos:

a) 237,85001 » 237,9

b) 5,5256 » 5,53

c) 2,952 » 3,0

a) Se após o algarismo 5

seguir em qualquer casa um

número diferente de 0,

aumenta-se em uma unidade o

algarismo que antecede o 5.

b) Se após o algarismo 5 não seguir

(em qualquer casa) um número

diferente de 0, ao algarismo que

antecede o 5 será acrescentada uma

unidade se for ímpar, e permanecerá

como está, se for par.

Exemplos:

a) 246,35 » 246,4

b) 246,85 » 246,8

c) 123,1250 » 123,12

Regras de arredondamento:

Observação:

Exemplo:

17,3452 passa a 17,3 e não a 17,35, a 17,4.

Nunca deverão ser realizados arredondamentos sucessivos.

Cada novo arredondamento deverá ser realizado a partir dos dados

originais do estudo.

Os dados estatísticos brutos simplesmente fornecem fatos, que

servem de base ao raciocínio do pesquisador. Devem ser

cuidadosamente coletados e criticamente interpretados.

Crítica aos Dados

CIDADESGLOBO

O Retorno de Jedi

MANCHETE

Vasco x América

TVS

Veja o Gordo

Rio de

Janeiro52% 20% 15%

São Paulo 57% 1% 28%

Comparação entre Redes Globo, Manchete e TVS quanto à

Audiência no Horário de 21:30 do dia 7 de março – RJ – 1988

FONTE: O GLOBO

Exemplo:

VIESES DA PESQUISA:

1º) Horário da Pesquisa (21:30 às 22:00): pesquisou-se somente a primeira

meia hora.

2º) Referencial de comparação pouco apropriado: deveria ser contrastada a

audiência no horário desses programas específicos com a audiência usual

de cada emissora nesse mesmo horário. A TVS passou de 3% para 28% em

São Paulo, e de 2% para 15% no Rio de Janeiro, progresso relativamente

maior do que o da Rede Globo.

Sexo e Idade

CATEGORIASHomem Mulher

14-19 20-35 33 ou + 14-19 20-35 33 ou +

Deve continuar proibido 55,7% 53,0% 59,3% 63,5% 52,6% 64,1%

Deve ser permitido 37,7% 45,1% 37,3% 32,8% 46,5% 30,3%

Não sabe 6,6% 1,9% 3,4% 3,7% 0,9% 5,6%

Número de entrevistas (106) (269) (118) (137) (227) (143)

FONTE: Folha de São Paulo

Opinião a Respeito da Proibição Legal do Aborto –

São Paulo – 1983.

O que a tabela nos mostra?

1º) De uma maneira geral, a maioria dos

entrevistados, independente de sexo e idade,

é contrária à legalização do aborto.

2º) Comparando homens e mulheres, verificamos que o endosso da

proibição legal do aborto é mais acentuado entre mulheres do que entre

homens.

3º) A comparação entre as três faixas etárias do sexo masculino nos revela

que os homens mais favoráveis à liberação legal do aborto se encontram na

faixa entre 20 e 35 anos.

4º) A mesma comparação, feita para mulheres, evidencia o similar, com

maior grau de favorabilidade à legalização do aborto para mulheres entre 20

e 35 anos.