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Topogra�a I
Prof. Dr. Marcos Aurélio Basso
August 20, 2016
Aula 1
Introdução a Topogra�aConceitosObjetivosAplicaçõesLevantamentos Topográ�cos
Sistema de CoordenadasSistema de Coordenadas CartesianasSistema de Coordenadas Esféricas
Superfície de Referência
Modelo Esférico
Modelo Elipsoidal
Modelo Geoidal
Modelo Plano
Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
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Conceitos
O homem sempre necessitou conhecer o meio que vive, por questõesde sobrevivencia;
No princípio baseava-se na descrição do meio;
alguns historiadores a�rmam que o homem já fazia mapas antesmesmo do desenvolvimento da escrita;
Com o tempo surgiram técnicas e equipamentos de medição;
A Topogra�a é uma destas ferramentas;
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Conceitos
Etimologicamente a palavra TOPOS em grego signi�ca lugar e apalavra GRAPHEN descrição;
Topogra�a signi�ca descrição do lugar;
ESPARTEL (1987) de�ne topogra�a como: "A Topogra�a tem por
�nalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma
porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura
resultante da esfericidade terrestre"
DUBECK (1989) de�ne topogra�a como: "A Topogra�a tem por
objetivo o estudo dos instrumentos e métodos utilizados para obter a
representação grá�ca de uma porção do terreno sobre uma superfície
plana"
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Objetivos
O objetivo principal da Topogra�a é efetuar o levantamento (executarmedições de ângulos, distâncias e desníveis) que permita representaruma porção da superfície terrestre em uma escala adequada;
Às operações efetuadas em campo, com o objetivo de coletar dadospara a posterior representação, denomina-se de levantamentotopográ�co.
A Topogra�a pode ser entendida como parte da Geodésia, ciência quetem por objetivo determinar a forma e dimensões da Terra.
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Objetivos
Na Topogra�a trabalha-se com medidas (lineares e angulares)realizadas sobre a superfície da Terra e a partir destas medidascalculam-se coordenadas, áreas, volumes, etc;
estas grandezas poderão ser representadas de forma grá�ca através demapas ou plantas;
Sendo necessáario, portanto, um sólido conhecimento sobreinstrumentação, técnicas de medição, métodos de cálculo e estimativade precisão (KAHMEN; FAIG, 1988);
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Objetivos
De acordo com BRINKER; WOLF (1977), o trabalho prático daTopogra�a pode ser dividido em cinco etapas:
1 Tomada de decisão: onde se relacionam os métodos de levantamento,equipamentos, posições ou pontos a serem levantados, etc;
2 Trabalho de campo ou aquisição de dados: efetuam-se as medições egravação de dados.
3 Cálculos ou processamento: elaboram-se os cálculos baseados nasmedidas obtidas para a determinação de coordenadas, volumes, etc;
4 Mapeamento ou representação: produz-se o mapa ou carta a partir dosdados medidos e calculados.
5 Locação;
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Levantamento Topográ�co
Classicamente a Topogra�a é dividida em Topometria e Topologia.
A Topologia tem por objetivo o estudo das formas exteriores doterreno e das leis que regem o seu modelado.
A Topometria estuda os processos clássicos de medição de distâncias,ângulos e desníveis, cujo objetivo é a determinação de posiçõesrelativas de pontos. Pode ser dividida em planimetria e altimetria.
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Levantamento Topográ�co
De acordo com a NBR 13133 (ABNT, 1991, p. 3), Norma Brasileirapara execução de Levantamento Topográ�co, o levantamento
topográ�co é de�nido por:
�Conjunto de métodos e processos que, através de medições deângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais einclinadas, com instrumental adequado à exatidão pretendida,primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no terreno,determinando suas coordenadas topográ�cas. A estes pontos serelacionam os pontos de detalhe visando a sua exata representaçãoplanimétrica numa escala pré-determinada e à sua representaçãoaltimétrica por intermédio de curvas de nível, com eqüidistânciatambém pré-determinada e/ou pontos cotados.�
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Levantamento Topográ�co
Tradicionalmente o levantamento topográ�co pode ser divido emduas partes:
o levantamento planimétrico, onde se procura determinar a posiçãoplanimétrica dos pontos (coordenadas X e Y);levantamento altimétrico, onde o objetivo é determinar a cota oualtitude de um ponto (coordenada Z).
A realização simultânea dos dois levantamentos dá origem aochamado levantamento planialtimétrico;
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Levantamentos Topográ�cos
Figure : Desenho representando o resultado de um levantamento planialtimétrico
Fonte:Veiga,Zanetti,Faggion, 2012
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Aplicações
A Topogra�a é a base para diversos trabalhos de Engenharia, onde oconhecimento das formas e dimensões do terreno é importante.Alguns exemplos de aplicação:
Projetos e execução de estradas;Grandes obras de engenharia, como pontes, viadutos, túneis,portos,etc.;Locação de obras;Trabalhos de terraplenagem;Monitoramento de estruturas;Planejamento urbano;Irrigação e drenagem;Re�orestamentos;Etc.
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Aplicações
Figure : Participação da Topogra�a em todas as etapas do projeto de engenharia
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Sistemas de Coordenadas
Um dos principais objetivos da Topogra�a é a determinação decoordenadas relativas de pontos.
Para tanto, é necessário que estas sejam expressas em um sistema decoordenadasSão utilizados basicamente dois tipos de sistemas para de�niçãounívoca da posição tridimensional de pontos:
sistemas de coordenadas cartesianas;coordenadas esféricas;
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Coordenadas Cartesianas
Quando se posiciona um ponto nada mais está se fazendo do queatribuindo coordenadas ao mesmo;
Estas coordenadas por sua vez deverão estar referenciadas a umsistema de coordenadas;
Estes sistemas normalmente representam um ponto no espaçobidimensional ou tridimensional;
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Coordenadas Cartesianas
No espaço bidimensional, um sistema bastante utilizado é o sistema decoordenadas retangulares ou cartesianas.Este é um sistema de eixos ortogonais no plano, constituído de duasretas orientadas X e Y , perpendiculares entre si;
Figure : sistema coorenadas cartesianas
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Coordenadas Cartesianas
Um sistema de coordenadas cartesianas retangulares no espaçotridimensional é caracterizado por um conjunto de três retas (X ,Y ,Z )denominadas de eixos coordenados,
mutuamente perpendiculares, as quais se interceptam em um únicoponto, denominado de origem.
A posição de um ponto neste sistema de coordenadas é de�nida pelascoordenadas cartesianas retangulares (x, y, z)
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Coordenadas Cartesianas
Figure : Sistema de coordenadas cartesianas, dextrógiro e levógiro.
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Coordenadas Esféricas
Um ponto do espaço tridimensional pode ser determinado de formaunívoca, pelo afastamento r (raio) entre a origem do sistema e oponto R considerado, pelo ângulo β formado entre o segmento OR ea projeção ortogonal deste sobre o plano xy e pelo ângulo α que aprojeção do segmento OR sobre o plano xy forma com o semi-eixoOX .
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Coordenadas Esféricas
As coordenadas esféricas de um ponto R são dadas por (r , α, β)
Figure : Sistema de Coordenadas EsféricasProf. Dr. Marcos Aurélio Basso Topogra�a I August 20, 2016 20 / 50
Coordenadas Esféricas
Supõe-se o sistema de coordenadas esféricas sobreposto a um sistemade coordenadas cartesianas;
Assim, o ponto R, determinado pelo terno cartesiano (x , y , z) pode serexpresso pelas coordenadas esféricas (r , α, β), sendo o relacionamentoentre os dois sistemas obtido pelo vetor posicional:
X = r .cos(β)cos(α)
Y = r .cos(β)sen(α)
Z = r .sen(β)
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Coordenadas Esféricas
O sentido inverso da transformação (cartesiana p/ esférica) é realizadopela seguinte expressão:
r =√
X 2 + Y 2 + Z 2
β = arctan
(√X 2 + Y 2
Z
)
α = arctan
(Y
X
)
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Superfícies de Referências
Devido às irregularidades da superfície terrestre, utilizam-se modelospara a sua representação, mais simples, regulares e geométricos e quemais se aproximam da forma real para efetuar os cálculos;
Cada um destes modelos tem a sua aplicação, e quanto mais complexaa �gura empregada para a representação da Terra, mais complexosserão os cálculos sobre esta superfície;
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Modelo Esfério
Em diversas aplicações a Terra pode ser considerada uma esfera, comono caso da Astronomia.Um ponto pode ser localizado sobre esta esfera através de sua latitudee longitude. Tratando-se de Astronomia, estas coordenadas sãodenominadas de latitude e longitude astronômicas;
Figure : Modelo Esférico - Coordenadas Astronômicas
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Modelo Esférico
Latitude Astronômica (Φ): é o arco de meridiano contado desde oequador até o ponto considerado, sendo, por convenção, positiva nohemisfério Norte e negativa no hemisfério Sul;
Longitude Astronômica (Λ): é o arco de equador contado desde omeridiano de origem (Greenwich) até o meridiano do pontoconsiderado. Por convenção a longitude varia de 0o a +180o nosentido leste de Greenwich e de 0o a −180o por oeste de Greenwich.
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Modelo Elipsoidal
É o modelo adotado pela Geodésia;
O elipsóide de revolução ou biaxial é a �gura geométrica gerada pelarotação de uma semi-elipse (geratriz) em torno de uns dos seus eixos(eixo de revolução);
se este eixo for menor então tem-se um elipsóide achatado;
Existem mais de 70 elipsóides de revolução empregados em trabalhosde Geodésia pelo mundo;
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Modelo Elipsoidal
Um elipsóide de revolução �ca de�nido por meio de dois parâmetros,os semi-eixos a (maior) e b (menor).Em Geodésia é tradicional considerar como parâmetros o semi-eixomaior a e o achatamento f , dado pela expressão:
f =a − b
a
Figure : Elipsóde de revolução
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Modelo Elipsoidal
As coordenadas geodésicas elipsóidicas de um ponto sobre o elipsóide �camassim de�nidas
Latitude Geodésica (ϕ): ângulo que a normal forma com suaprojeção no plano do equador, sendo positiva para o Norte e negativapara o Sul;
Longitude Geodésica (λ): ângulo diedro formado pelo meridianogeodésico de Greenwich (origem) e do ponto P, sendo positivo paraLeste e negativo para Oeste.
A normal é uma reta ortogonal ao elipsóide que passa pelo ponto P
na superfície física.
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Modelo Elipsoidal
A normal é uma reta ortogonal ao elipsóide que passa pelo ponto P nasuperfície física.
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Modelo Elipsoidal
No Brasil, o atual Sistema Geodésico Brasileiro (SIRGAS2000 -SIstema de Referência Geocêntrico para as AméricaS) adota oelipsóide de revolução GRS80 (Global Reference System 1980), cujossemi-eixo maior e achatamento são:
a = 6.378.137, 000m
f = 1/298, 257222101
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Modelo Geoidal
O modelo geoidal é o que mais se aproxima da forma da Terra.
É de�nido teoricamente como sendo o nível médio dos mares (NNM)em repouso, prolongado através dos continentes.
Não é uma superfície regular e é de difícil tratamento algébrico;
Figure : Superfície física da Terra, elipsóide e geóide.
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Modelo Geoidal
O geóide é uma superfície equipotencial do campo da gravidade ousuperfície de nível, utilizado como referência para as altitudesortométricas (distância contada sobre a vertical, do geóide até asuperfície física) no ponto considerado.
As linhas de força ou linhas verticais (em inglês �plumb line�) sãoperpendiculares a essas superfícies equipotenciais e materializadas, porexemplo, pelo �o de prumo de um teodolito nivelado, no pontoconsiderado.
A reta tangente à linha de força em um ponto (em inglês �direction ofplumb line�) simboliza a direção do vetor gravidade neste ponto, etambém é chamada de vertical;
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Modelo Geoidal
Figure : Vertical
Fonte:Veiga,Zanetti,Faggion, 2012
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Modelo Plano
Considera a porção da Terra em estudo com sendo plana.
É a simpli�cação utilizada pela Topogra�a. Esta aproximação é válidadentro de certos limites e facilita bastante os cálculos topográ�cos.
Face aos erros decorrentes destas simpli�cações, este plano tem suasdimensões limitadas.
Tem-se adotado como limite para este plano na prática a dimensão de20 a 30 km. A NRB 13133 (Execução de LevantamentoTopográ�co) admite um plano com até aproximadamente 80 km.
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Modelo Plano
Segundo a NBR 13133, as características do sistema de projeçãoutilizado em Topogra�a são:
(a) As projetantes são ortogonais à superfície de projeção, signi�candoestar o centro de projeção localizado no in�nito;(b)A superfície de projeção é um plano normal a vertical do lugar noponto da superfície terrestre considerado como origem dolevantamento, sendo seu referencial altimétrico o referido Datumvertical brasileiro.
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Modelo Plano
(c) As deformações máximas aproximadas inerentes à desconsideraçãoda curvatura terrestre e à refração atmosférica são:
∆l (mm) = −0, 001l3(km)
∆h(mm) = +78, 1l2(km)
∆h1(mm) = +67l2(km)
Onde:∆l : deformação planimétrica devida à curvatura da Terra, em mm;∆h : deformação altimétrica devida à curvatura da Terra, em mm;∆h1: deformação altimétrica devida ao efeito conjunto da curvaturada Terra e da refração atmosférica, em mm;l = distância considerada no terreno, em km.
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Modelo Plano
(d) O plano de projeção tem a sua dimensão máxima limitada a 80
km, a partir da origem, de maneira que o erro relativo, decorrente dadesconsideração da curvatura terrestre, não ultrapasse 1:35000 nestadimensão e 1:15000 nas imediações da extremidade desta dimensão.
(e) A localização planimétrica dos pontos, medidos no terreno eprojetados no plano de projeção, se dá por intermédio de um sistemade coordenadas cartesianas, cuja origem coincide com a dolevantamento topográ�co;
(f) O eixo das ordenadas (Y) é a referência azimutal, que, dependendodas particularidades do levantamento, pode estar orientado para onorte geográ�co, para o norte magnético ou para uma direção notáveldo terreno, julgada como importante.
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Uma vez que a Topogra�a busca representar um conjunto de pontosno plano é necessário estabelecer um sistema de coordenadascartesianas para a representação dos mesmos.Este sistema pode ser caracterizado da seguinte forma:
Eixo Z: materializado pela vertical do lugar (linha materializadapelo �o de prumo);Eixo Y: de�nido pela meridiana (linha norte-sul magnética ouverdadeira);Eixo X: sistema dextrógiro (formando 90o na direção leste).
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Figure : Plano Topográ�o
Fonte:Veiga,Zanetti,Faggion, 2012
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Em alguns casos, o eixo Y é possivel ser de�nido por uma direçãonotável do terreno, como por exemplo o alinhamento de uma rua.
Figure : Eixos de�nidos por uma direção notável
Fonte:Veiga,Zanetti,Faggion, 2012
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Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
S : é o valor de uma distância considerada sobre a Terra esférica;
S ′: a projeção desta distância sobre o plano topográ�co;
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Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
A diferença entre S e S ′ é dado por:
∆S = S ′ − S
Calculando S ′ e S e substituindo na equação acima, temos:
S ′ = Rtgθ
S = Rθ
∆S = Rtgθ − Rθ
∆S = R(tgθ − θ)
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Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
Desenvolvendo tgθ em série (série de Taylor) e aplicando somente osdois primeiros termos, obtemos:
tgθ = θ +θ3
3+
2θ15
+ ...
∆S = R
(θ +
θ3
3− θ)
Onde θ = S
R, portanto:
∆S = Rθ3
3
∆S =S3
3R2
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Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
Tabela com resultados da função ∆S(S) = S3
3R3 para diferentes valoresde distância S
Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
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Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
Grá�co apresentando a variação de ∆S em razão de S de 0 a 100km:
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Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
Agora será analisado o efeito da curvatura na altimetria
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Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
Por meio da �gura é possível deduzir que:
cosθ =R
R + ∆h
Isolando ∆h da equação acima, temos:
∆h = R
(1
cosθ− 1
)
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Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
De acordo com CINTRA(1996), desenvolvendo em série 1
cosθ econsiderando que:
θ =S
R
Temos:
∆h =Rθ2
2
∆h =S2
2R
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Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
a tabela apresenta os valores de ∆h para dferentes distâncias S :
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Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria
Grá�co apresentando a variação de ∆h para diferentes distâncias
Nota-se que o efeito da curvatura é maior na altimetria que naplanimetria.
Durante os levantamentos altimétricos alguns cuidados são tomadospara minimizar este efeito;
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