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Page 1: Optare Jornal A..o 188 · “Casais inteligentes enriquecem juntos” e “Filhos inte-ligentes enriquecem sozinhos”. Se fechar o ano com o 13º intacto é pratica-mente impossível
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Cartas

ANABB - SCRS 507, bl. A, lj. 15 CEP: 70351-510 Brasília/DFAtendimento ao associado: (61) 3442.9696 Geral: (61) 3442.9600Site: www.anabb.org.br E-mail: [email protected] Redação: Ana Cristina Padilha Estagiárias: Marianna Jungmann e Priscila Mendes E-mail: [email protected]ção e Editoração: Optare Comunicação Editores e jornalistas resp.: Pierre Triboli Revisão: Júlia Luz Perio dicidade: mensal Tiragem:102 mil Capa: Ablestock Impressão: Gráfica Positiva Fotolito: Colorpress

DIRETORIA-EXECUTIVAVALMIR CAMILOPresidente

WILLIAM JOSÉ ALVES BENTODiretor Administrativo e Financeiro

DENISE LOPES VIANNADiretora de Comunicação e Desenvolvimento

GRAÇA MACHADODiretora de Relações Funcionais, Aposentadoriae Previdência EM¸LIO S. RIBAS RODRIGUESDiretor de Relações Externas e Parlamentares

CONSELHO DELIBERATIVOANTONIO GONÇALVES (Presidente)Ana Lúcia LandinAntilhon Saraiva dos SantosAugusto Silveira de CarvalhoCamillo Calazans de MagalhãesCecília Mendes Garcez SiqueiraCláudio José ZuccoDouglas José ScortegagnaÉlcio da Motta Silveira BuenoInácio da Silva MafraIsa Musa de NoronhaJosé Antônio Diniz de OliveiraJosé Bernardo de Medeiros NetoJosé BranissoJosé Sampaio de Lacerda JúniorLuiz Antonio CareliMércia Maria Nascimento PimentelNilton Brunelli de AzevedoRomildo Gouveia PintoTereza Cristina Godoy Moreira SantosVitor Paulo Camargo Gonçalves

CONSELHO FISCALHumberto Eudes Vieira Diniz (Presidente)Armando César Ferreira dos SantosSaul Mário MatteiAntônia Lopes dos SantosDorilene Moreira da CostaElaine Michel

DIRETORES ESTADUAISPaulo Crivano de Moraes (AC)Ivan Pita de Araújo (AL)Marlene Carvalho (AM)Franz Milhomem de Siqueira (AP)Olivan de Souza Faustino (BA)Francisco Henrique Ellery (CE)Elias Kury (DF)Pedro Vilaça Neto(ES)Saulo Sartre Ubaldino (GO)Joel Duarte de Oliveira (MA)Francisco Alves e Silva - Xixico (MG)Edson Trombine Leite (MS)José Humberto Paes Carvalho (MT)José Marcos de Lima Araújo (PA)Maria Aurinete Alves de Oliveira (PB)Carolina Maria de Godoy Matos (PE)Benedito Dias Simeão da Silva (PI)Moacir Finardi (PR)Antonio Paulo Ruzzi Pedroso (RJ)Heriberto Gadê de Vasconcelos (RN)Valdenice de Souza Nunes Fernandes (RO)Robert Dagon da Silva (RR)Edmundo Velho Brandão (RS)Carlos Francisco Pamplona (SC)Emanuel Messias B. Moura Júnior (SE)Walcinyr Bragatto (SP)Saulo Antônio de Matos (TO)

CIDADANIAPara nossa alegria recebemos o Jornal Ação nº 187, e no seu encarte Ação Especial Cidadania, nas páginas 12 a 16, nos deparamos com reportagens sobre as ações desenvolvidas pela ANABB, entre elas a parceria firmada com o Conselho da Comunidade do Presídio Regional de Tijucas/SC. Fica-mos emocionados e gratificados. Mais uma vez tivemos a certeza de que a ANABB é uma Associação que merece todo o nosso respeito e o nosso orgu-lho de fazermos parte do seu quadro.Zenira dos Santos InocêncioTijucas - SC

PREVID¯NCIA Sou leitor assíduo do jornal Ação. Que-ro manifestar a minha incondicional aprovação à publicação da matéria “Previdência: está faltando transpa-rência”, escrita pelo nosso Presidente Valmir Camilo. Eu particularmente não havia parado para pensar um pouco sobre o déficit da Previdência Social. Agora sei e digo que precisamos exigir que as mesmas sejam, pelo menos, contabilizadas à parte exatamente para que a sociedade saiba as verdades sempre escondidas. Mário CardinCornélio Procópio - PR

ELEIÇ›ESA ANABB esteve certa em adotar posi-ção cautelosa em relação ao candidato Alckmin, a exemplo do que ocorreu com o FHC, levando-os a firmar com-promisso de não privatização do BB.Agindo assim, procurou proteger os interesses maiores do funcionalismo e

dos aposentados, na medida em que passou a dispor de meios eficazes para defesa, caso o compromisso não seja cumprido e se cogite privatizar o BB, o que seria, por via de conseqüência, o prenúncio à derrocada da Previ. Essa instituição, mais uma vez, mos-trou visão de futuro, merecendo, portanto, a solidariedade plena dos associados.Francisco Antônio SallesCampo Grande - MS

VITŁRIA NA JUSTIÇANo mês de outubro fui surpreendido com uma carta da ANABB, informando-me que havia um depósito complementar efetuado pela Caixa Econômica Federal, relativo à ação FGTS - Planos Econômi-cos. É por essas razões que acho que é possível ainda creditar nas pessoas e/ou entidades à qual fazemos parte, como é o caso da ANABB. Eu já havia recebido duas parcelas dessa ação, e para minha surpresa, a ANABB ainda questionou os valores depositados, resultando em mais esse depósito de R$ 29.516,10. Para-béns ANABB e muito obrigado. Yussei HigaJaboticabal - SP

CERTID›ESGostaria de registrar meu agradecimen-to pelo maravilhoso atendimento que a ANABB me prestou por ocasião da re-messa das certidões de objeto e pé dos processos judiciais. Fiz meu pedido e no mesmo dia recebi a confirmação que seria enviada a documentação para o meu endereço e hoje já estou com todas as certidões em minhas mãos, podendo assim cumprir a intimação da Receita Federal. Realmente me sinto ainda mais orgulhoso de ser associado, pois a com-petência, atenção e responsabilidade demonstrada por vocês não se encontra em qualquer instituição. Mais uma vez agradeço. Parabéns a todos vocês e um grande abraço.José Alexandre TavernariSalto - SP

2 Ação nov-dez/2006

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Carta do p

resid

ente

Não é de hoje que sabemos que uma coisa é ganhar a eleição e outra é governar. A máquina federal é por demais pe-sada para ser modificada

num único governo, e a escola que formou os chamados quadros fixos nem sempre é afinada com o pensamento de quem venceu as eleições. Em grande parte, a história se repete nas estatais ou empresas de economia mista, a exemplo do Banco do Brasil.

Dias desses, aqui em Brasília, assistimos a um debate via Correio Braziliense, no mínimo, inverossímil. De um lado, o presidente do banco, Rossano Maranhão; do outro, os vice-presidentes Adézio Lima e Luiz Oswaldo. E, entre todos, um jornalista que, em minha opinião, não merece um tostão furado de confiança. A matéria rendeu desmentido e indignação dos citados, garantia de existên-cia de fonte por parte do jornalista e assombro dos leitores colegas do banco.

O episódio serve apenas para chamar atenção para o que foi pano de fundo da matéria, ou seja, os dois bancos que disputam espaços num mesmo governo. Um banco que tem de repetir a fórmula e a cartilha dos bancos privados e um banco que existe apenas na cabeça de quem sonhou um banco executor das políticas públicas de crédito, capaz de ajudar o País a alcançar melhores níveis de crescimento. Triste é perceber que a mosca do novo mercado picou alguns companheiros que sempre defende-ram um banco bem distante dos bradescos da vida.

Usar o superávit da Previ para quitar os débitos do banco com o Fundo de Pensão é ótimo para o banco do novo mercado. Discurso que já tem até seguidores entre os companheiros que venceram as eleições. Melhorar os benefícios, aplicar a nova tábua de mortalidade e corrigir as injustiças promovidas em nome da saúde financeira da Previ, nem pensar. Já estou ouvindo diretores do banco – ex-sindicalistas – defenderem a quitação dos compromis-sos do banco com os chamados pré 67. Uma loucura.

A armadilha do novo mercado

Valmir CamiloPresidente da ANABB

Ignorar as dificuldades da Cassi e empurrar a empre-sa para o processo de destruição de reservas financeiras, construídas em mais de 60 anos de existência, têm o apoio ou a inocência do próprio superintendente da Caixa de Assistência e de seus amigos e companheiros que o indica-ram para o cargo. Cumprir o estatuto, pagar o que deve à Cassi e assumir as despesas dos dependentes indiretos é muito ruim para o novo mercado.

A manutenção de uma política de pessoal que remu-nera o mínimo e completa o salário com verbas que não projetam compromissos futuros é bancada por órgãos do Ministério da Fazenda que devem ser ocupados por funcio-nários da era FHC e com estabilidade, pois não permitem nenhum avanço. Às vezes, chego a pensar que ainda são as forças ocultas do Jânio Quadros. No entanto, lá tam-bém estão companheiros que acreditam que a remunera-ção média do funcionalismo do banco está acima da dos bancos privados e isso é péssimo para o novo mercado.

Acordem companheiros! O novo mercado é a pri-vatização do banco. É a Previ como fonte de financiamento do lucro do banco. É a Cassi como ferramenta descartável de política de recursos humanos. São os nossos colegas estressados na busca desesperada de cumprimento de metas, com a venda de produtos que colaboram de forma residual para o resultado do banco. É não respeitar a von-tade soberana do povo brasileiro, que não quer a privati-zação do Banco do Brasil, da Caixa Federal, dos Correios e da Petrobras.

O jornalista encerra a matéria lançando dúvidas sobre o que será o banco no segundo mandato de Lula: um banco técnico ou dominado por interesses políticos. A dúvida não pode existir, e a divisão é um equívoco. O País precisa é de “um banco técnico, dominado por interesses públicos.”

3Ação nov-dez/2006

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“É preciso olhar para 2007 pensando numa estratégia para chegar ao final do ano com o 13º intacto”. Essa é a dica do consultor Gustavo Cerbasi para garantir um ano mais tranqüilo financeiramente. Cerbasi é mestre em Administração e Finanças e au-tor dos livros “Dinheiro – os segredos de quem tem”, “Casais inteligentes enriquecem juntos” e “Filhos inte-ligentes enriquecem sozinhos”.

Se fechar o ano com o 13º intacto é pratica-mente impossível para você, o melhor é começar, desde agora, a planejar suas contas. Segundo Cer-basi, os erros cometidos não são os pequenos desvios de orçamento ao longo do mês. “O problema não está na Páscoa ou no Dia das Crianças. O problema está nas escolhas que se faz ao longo do ano que não deixam espaço nos orçamentos para celebrações e outros gastos”, afirma.

De acordo com o consultor, o primeiro passo para começar o ano de bem com o seu bolso é fugir das compras e pagamentos parcelados. Essa atenção deve ser maior no começo do ano, quando chegam as faturas de IPTU e IPVA e há gastos com a escola das crianças. Quem está com a corda no pescoço, porém, nem pensa duas vezes para recorrer aos parcela-

Capa

mentos. Isso é um problema, pois o que seria apenas mais uma conta poderá comprometer boa parte do orçamento durante todo o ano. “É necessário fazer uma ginástica financeira, um certo sacrifício no come-ço do ano. O objetivo é fugir dos juros embutidos em todo tipo de parcelamento e realizar pagamentos à vista”, diz o consultor.

A SOLUÇÃO É PLANEJARMuitas pessoas, no entanto, não conseguem se

livrar dos parcelamentos. Nesse caso, o especialista propõe que elas se comprometam a ter, no mínimo, um ano financeiramente mais organizado. “Pelo me-nos uma vez por mês, devem fazer um bate-conta: colocar na ponta do lápis os gastos do mês anterior e tentar assumir, para o mês seguinte, um compromisso com novos gastos”, afirma Cerbasi.

A opinião é compartilhada pelo professor, eco-nomista e autor do livro “Educação financeira ao alcance de todos”, José Pio Martins. Para ele, geren-ciar as finanças pessoais é a primeira atitude para obter uma boa saúde financeira. O professor explica

que é necessário fazer um registro de todos os ganhos e despesas. “Esse simples exercício tem duas vantagens: a

EQUILÍBRIO FINANCEIRO

O primeiro passo para começar o ano de

bem com o seu bolso é fugir das compras e

pagamentos parcelados.

O início do ano é a época ideal de organizar o orçamento pessoal –

tarefa que inclui uma análise das prioridades de gastos, a escolha das

melhores formas de pagamento e a tentativa de renegociar dívidas.

por Ana Cristina Padilha

4 Ação nov-dez/2006

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primeira é que a família começa a refletir sobre seus ganhos e despesas reais. A segunda é que, ao fazer esses registros, é possí-vel observar como os gastos são distribuídos.” Segundo Martins, as despesas precisam ser separadas por categorias, como alimenta-ção, vestuário, plano de saúde e lazer. A partir do resultado da classificação (excluindo as dívidas anteriores), é possível verificar se há sobra ou déficit de caixa e analisar o desembolso mensal das dívidas. Depois, projeta-se o re-sultado para os próximos meses.

Fazer um planejamento das contas do mês não requer habilidades nem grandes conhe-cimentos matemáticos. Os requisitos são dedicação e um pouco de tempo. A idéia é que, no final do mês, a família discuta os números. Além de computar as despesas fixas, é importante reconhecer que alguns gastos não podem ser previstos, mas devem ser con-siderados. “Se gastei, no mês anterior, R$ 50,00 com pequenas coisas - como presentinhos para o sobrinho que visitei, um sorvete ou uma flor para uma amiga que estava doente - tenho que considerar que, no próximo mês, devem ser reservados R$ 50,00 para imprevistos”, diz Gustavo Cerbasi. Ele afirma que as famílias entram no ver-melho por acreditar que vão passar 30 dias só com alimentação, saúde, trans-porte e moradia, ignoran-do o lazer e a socialização.

Para Cerbasi, a melhor maneira de fazer o pla-nejamento é manter um envelope ou uma gaveta em casa e descarregar neles as notinhas e comprovantes de compras. Por último, anotar em uma folha os gastos que possuem comprovante. Depois, é só fazer as contas.

COM A CORDA NO PESCOÇOO resultado do planejamento financeiro vai indi-

car exatamente quanto a pessoa gasta e com o quê. Dessa forma, é mais fácil saber onde cortar despesas.

Se a pessoa fecha todos os meses no vermelho, é importante disci-plinar o comportamento financei-ro ao longo do ano, se esforçan-do para fugir dos gastos a prazo. “A pessoa vai ter um ano mais magro, com menos consumo. Um sacrifício necessário, o único jeito de se criar um fôlego financeiro”, diz Cerbasi.

A situação se agrava mais quando são acumuladas dívidas. A tão conhecida bola de neve é o motivo de insônia de muita gente. É o caso do analista pleno do Banco do Brasil Marcílio*, de Brasília. Casado, com dois filhos, é o único da família que trabalha fora. Atualmente, Marcílio recebe

o salário de R$ 4.600,00, mas acumulou dívidas nos últimos oito anos e tem um déficit mensal de mais de R$ 1.000,00 em sua conta bancária. Marcílio tem um apartamento próprio, mas se enrolou com dívidas e empréstimos. Seus débitos mensais somam cerca de R$ 1.400,00 com despesas com condomínio, colégio dos filhos, luz, telefones fixo e celular e alimentação (sem contar os tickets alimentação fornecidos pelo Banco do Brasil no valor de R$ 550,00). Suas dívidas são en-

gordadas com os cerca de R$ 2.500,00 referentes às parcelas de financiamento do carro e de empréstimos da Previ, do CDC e da Co-operforte.

Além disso, existem as despesas imprevistas. O funcionário diz que

complementa o salário com verbas extraordinárias, como o 13º salário, a venda de licença-prêmio e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Tinha um carro quitado. Vendi para liquidar um CDC, comprei um outro financiado, sem entrada. Mas como tenho um déficit mensal, tive que fazer novos empréstimos”, afirma o bancário.

Para tentar sanar o problema, Marcílio optou por vender o único bem que possui: o seu aparta-mento. “Estou em processo de venda do meu apar-tamento, que é quitado. Com metade do valor, vou

Fazer um planejamento mensal das

contas requer apenas dedicação e um

pouco de tempo. A idéia é que, no final

do mês, a família discuta os gastos e

discipline o comportamento financeiro.

Foto

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uivo

GUSTAVO CERBASI: é necessário fazer uma ginástica financeira no começo do ano

5Ação nov-dez/2006

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liquidar as dívidas e, com a outra metade, vou dar entrada em um financiamento da Carim para outro imóvel.” Ele pretende assumir uma prestação de financiamento de, no máximo, R$ 1.000,00; e suprir os outros R$ 1.000,00 que o deixam sempre no vermelho. Cerca de 600,00 deverão sobrar para outros gastos.

Roberta Freitas, supervisora de um organismo internacional, tam-bém faz malabarismo para coorde-nar as despesas do mês. Ela utiliza o cheque especial de R$ 1.000,00 e ainda pede socorro ao cartão de crédito para conseguir pagar todas as contas. Roberta tem apartamento próprio, um filho, e não é casada. Recebe R$ 2.100,00 por mês, mais a pensão para seu filho de R$ 500,00. Além das despesas normais (como condomínio, luz, água e alimentação), Roberta paga escola para o filho, financiamento do carro, faculdade e empregada doméstica. Suas despesas somam cerca de R$ 3.800,00. A supervisora optou pelo cheque es-pecial porque possui conta universitária, com dez dias sem juros e com taxas de juros menores.

DÍVIDAS COM JUROS ALTOSPara o professor José Pio Martins, a primeira ati-

tude para quem está endividado é saber que tipo de dívida tem. Os financiamentos de longo prazo, como

de um imóvel, por exemplo, são dívidas que devem ser mantidas. Entretanto, dívidas com juros altos e prazos curtos, como rotativo de cartão de crédito, crediário de lojas, crédito direto ao consumidor no banco e cheque especial devem ser evitados. Nesses casos, o professor recomenda duas providências: fazer poupança para se livrar das dívidas com juros altos; e procurar o credor para renegociar a dívida, incluindo a possível redução dos juros. “Che-que especial, rotativo de cartão de crédito e crediário de lojas não são dívidas para servir como projeto de vida e sim para emergência”, alerta Martins.

Gustavo Cerbasi também su-gere que a pessoa procure o gerente do banco para conversar. “Quem tem acesso a um limite de cheque especial é uma pessoa com relacionamento bancá-rio suficiente para sentar com o gerente e negociar um empréstimo.” Cerbasi lembra que, no caso dos funcionários do BB, eles podem solicitar um crédito consignado, que sai mais barato. Essa alternativa, segundo ele, é para cobrir dívidas do cartão ou do cheque especial, e não para pagar supérfluos como uma viagem ou um presente. “Dívidas devem ser fei-tas para corrigir situações mais graves”, afirma.

* nome fictício

• Elabore um plano de enxugamento de gastos.• Acabe com a tentação das compras a prazo.• Procure atividades de lazer gratuitas.• Controle os gastos do cartão de crédito pelo me-nos a cada 10 dias.• Substitua sua dívida por outra mais barata, com a antecipação da restituição de Imposto de Renda ou a venda do automóvel com financiamento de

COMO MANTER AS CONTAS EM DIA

outro carro de forma parcelada. Use todo o di-nheiro da venda para reduzir a dívida.• Se você recorrer a empréstimos, evite o cartão de crédito e o cheque especial, pois são as op-ções com juros mais altos.• Fuja dos agiotas.• Divida seu plano de ajuste com a família.

Fonte: www.maisdinheiro.com.br, site de Gustavo Cerbasi.

Lá você também encontra uma planilha de orçamento fami-

liar para organizar suas contas.

Foto

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uivo

JOSÉ PIO MARTINS: é necessário fazer registro de todos os gastos e despesas

6 Ação nov-dez/2006

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PREVI REABRE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO Os associados do Plano 1 da Previ vão ter uma nova opção de financiamento imobiliário a partir de 2007. A Carim será reaberta e permitirá que os imóveis sejam financiados em até 100% do valor de ava-liação. O número de parcelas varia entre 36 e 240 (de três a 20 anos), e a taxa anual de juros será de 6%. Poderão participar os associados que ainda não utilizaram a Carim.Serão financiados somente imóveis residenciais, no-vos ou usados, de alvenaria, em boas condições de conservação, situados em áreas urbanas, com obras concluídas e com “habite-se”. O prazo do financia-mento somado à idade do participante não pode ultrapassar 80 anos.Em enquete realizada no site da ANABB, 71% dos associados responderam ter interesse no financiamen-to, mesmo aqueles que não podem ser contemplados porque já utilizaram a Carim ou não pertencem ao Plano 1. A enquete foi respondida por 650 internau-tas, entre os dias 20 e 27 de novembro.Mais informações sobre a Carim 2007 podem ser obtidas no site da Previ (www.previ.com.br) ou pelo telefone 0800 729 0505.

APOSENTADOS PODEM CONTINUAR NO TRABALHO

O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou incons-titucional a regra que obriga o trabalhador a se des-ligar do emprego após se aposentar voluntariamente. Com a decisão, as mulheres e os homens que ainda não completaram 30 e 35 anos de trabalho, respec-tivamente, poderão optar por continuar no emprego ao dar entrada no pedido de aposentadoria.

Para o relator do processo, ministro Carlos Ayres Britto, esse trabalhador só poderá ter seu vínculo rompido por vontade própria ou por demissão do empregador. A extinção do contrato de trabalho sem justa causa, porém, leva o empregador a arcar com todos os efeitos legais e patrimoniais, incluindo a multa de 40% sobre o saldo do FGTS.O julgamento do STF se refere a uma ação direta de inconstitucionalidade contra o artigo 3° da Medida Provisória 1596/97. Essa MP adicionou, na Conso-lidação das Leis do Trabalho (CLT), parágrafo que exige a suspensão do contrato trabalhista para que o benefício previdenciário seja concedido (parágrafo 2° do artigo 453). Em resposta à ANABB, o Banco do Brasil informou que as áreas de Pessoal e Jurídica estão analisando o impacto da decisão do STF. Já a Previ declarou que o “complemento de aposentadoria está condi-cionado à rescisão do contrato de trabalho, confor-me estabelecido nos regulamentos dos planos de benefícios”.

GANHADORA RECEBE PRÊMIO NA SEDE DA ANABB

A associada Lúcia Cristina Pinatti Brun, de Brasília, foi contemplada com o terceiro e último notebook da promoção “Fique Conectado com a ANABB”. O primeiro prêmio da Loteria Federal, sorteado no dia 25 de outubro, coincidiu com o número de sorte da funcionária. O presidente da ANABB, Valmir Camilo, entregou o prêmio na sede da Associação. Lúcia é filiada desde 1995 e funcionária do Banco do Brasil há 23 anos. Participaram da promoção, iniciada em agosto, 9.805 associados que atualizaram seus dados com a entidade.

Nota

s

7Ação nov-dez/2006

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Balanço

Esforço que gera resultados

Com esse objetivo em vista, foi lançada a pri-meira eleição para escolha de representantes pós-98 que vão integrar os Grupos Temáticos. A votação será entre os dias 2 e 8 de janeiro de 2007. Dez candidatos serão eleitos e ocuparão duas vagas em cada um dos cinco grupos da Associação.

O presidente da ANABB, Valmir Camilo, ressalta a importância da participação dos funcionários pós-98 na instituição. “A ANABB atua em favor de todo o funcionalismo do Banco do Brasil. O trabalho de-senvolvido hoje refletirá no futuro da ANABB, e esses funcionários farão parte desse futuro.”

COMUNICAÇÃO MAIS PRÓXIMAIniciativas para aproximar o associado da ANABB

Não é por acaso que a ANABB é a maior enti-dade representativa da América Latina. Com mais de 98 mil associados, a Associação tem garantido na Justiça o direito de seus sócios serem ressarcidos das perdas provenientes de planos ou medidas econômi-cas. Dirigentes eleitos tomaram posse em 2006 para dar continuidade aos trabalhos que vinham sendo desenvolvidos. Em 2007, a concentração de esforços em benefício dos filiados deve continuar a todo vapor.

ESPAÇO PARA TODOSA entidade abre espaço para os funcionários

admitidos no Banco do Brasil depois de 1998. Os diri-gentes da ANABB querem garantir a participação des-ses funcionários na tomada de decisões estratégicas.

O ano de 2006 foi de muitas realizações da ANABB. Vitórias na

Justiça, estímulo à participação de funcionários admitidos no BB

após 1998 e apoio a iniciativas sociais são alguns exemplos.

por Priscila Mendes

8 Ação nov-dez/2006

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foram constantes em 2006. A campanha “Fique co-nectado com a ANABB” teve a participação de 9.805 pessoas que atualizaram seus dados cadastrais. A par-tir dessa promoção, os sócios puderam conhecer me-lhor o site da instituição, que traz informações sobre os serviços e produtos oferecidos pela entidade e notícias de interesse do funcionalismo do BB. Três notebooks

foram sorteados entre os par-ticipantes.

Em outra promoção, os associados indicaram novos filiados para a ANABB. Dois carros zero quilômetro foram sorte-ados, um para o asso-ciado e outro para o novo sócio. Os nomes dos ganhadores serão divulgados na próxi-ma edição do Jornal

Ação.Segundo a diretora

de Comunicação e De-senvolvimento da ANA-

BB, Denise Lopes Vianna, novas ações foram desenvolvidas

em 2006 para ampliar o relacionamento da entidade com os filiados. “Em 2007, vamos traba-lhar ainda mais para que os associados aumentem seu conhecimento sobre a Associação e, assim, tenham maior participação”, ressalta.

Os associados receberam e-mails informativos (Ação Online) sobre temas de interesse do funciona-lismo. Já a publicação impressa da ANABB – o Jornal Ação – publicou notícias feitas especialmente para o corpo associativo. Outro serviço oferecido é o clip-ping eletrônico diário, que leva as principais notícias da imprensa ao conhecimento de mais de 25 mil as-sociados cadastrados.

INTERESSES ACOMPANHADOS DE PERTOA ANABB esteve presente na Campanha Salarial de 2006. O diretor de Relações Externas e Parlamentares, Emílio S. Ribas Rodrigues, acompanhou as rodadas específicas de negociação entre o Banco do Brasil, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a Contec. Os desdobramentos da Campanha Salarial foram

amplamente noticiados no site da ANABB. Os projetos que tramitam no Congresso Na-

cional e são de interesse do funcionalismo do BB também foram acompanhados pela Associação. Em destaque, a proposta que estende aos novos empre-gados do BB e de outras instituições financeiras pú-blicas federais os mesmos direitos dos empregados antigos, constantes dos planos de cargos e salários; e a que reintegra ao quadro de funcionários do Ban-co do Brasil ex-funcionários concursados que foram

demitidos de 1995 a 2002. “Relação externa e par-lamentar é marca da ANABB na prestação de ser-viços relevantes para o Banco, o funcionalismo e a sociedade. Junto aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário vamos atuar na clara definição do papel dos bancos públicos no sistema financeiro e apostar no justo relacionamento entre o BB e seus funcioná-rios”, explica o diretor Emílio Rodrigues.

ANABB NAS ELEIÇÕESComo 2006 foi ano

de eleições gerais, os meios de comunicação da ANABB abriram espaço para os funcio-nários do Banco que concorreram a cargos eletivos. Foi produzida uma edição especial do Jornal Ação sobre as eleições, direciona-da aos funcionários do BB em todos os estados e no Distrito Federal. Já o site da entidade dis-ponibilizou espaço personalizado para os candidatos divulgarem suas propostas.

Esses funcionários também receberam o Ma-

ANABB abre espaço para os funcio-

nários admitidos no Banco do Bra-

sil depois de 1998. Dez candidatos

serão eleitos para integrar os cinco

Grupos Assessores da entidade.

9Ação nov-dez/2006

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DIREITO GARANTIDOAções impetradas pela ANABB na Justiça

contemplaram 3.947 associados, até novembro de 2006. Juntos, eles receberam uma cifra de R$ 99,3 milhões. Os processos finalizados são referentes a empréstimos compulsórios; FGTS Planos Econômi-cos; FGTS Taxa de Juros; IR – Venda de Férias, licen-ças e abonos; IR 1/3 Previ; e IR sobre utilização de veículo próprio.

PRODUTOS E SERVIÇOS NA MEDIDA CERTAA ANABB disponibiliza seguros de vida aos as-

sociados. O Seguro Decesso Automático é garantido a todos, gratuitamente, após a filiação. Já as mo-dalidades Decesso Complementar e Complementar Master são adquiridas pelos filiados que querem aumentar o valor do seguro.

Em todos os casos, os segurados concorrem a premiações. O Decesso Automático contempla associados com R$ 3 mil pelo Prêmio Pontualida-de. Em 2006, cerca de 50 filiados receberam esse prêmio por meio de quatro sorteios mensais pela Loteria Federal.

Já o Decesso Complementar e o Comple-mentar Master premiaram, até novembro de 2006, oito associados que receberam o valor con-tratado pela apólice do seguro. Os prêmios varia-ram entre R$ 12.937,00 e R$ 75.600,00.

A central de atendimento da Associação atendeu mais de 57 mil associados de janeiro a novembro de 2006. São pessoas que se comunicaram com a ANABB por meio de telefone, fax, carta e e-mail. Além disso, os associados que compareceram à ins-tituição receberam total atenção dos atendentes. O serviço de atendimento da ANABB é feito por profis-sionais especializados.De acordo com a diretora de Relações Funcionais, Aposentadoria e Previdência, Graça Machado, a Associação está sempre pronta para receber os filia-dos. “É prioridade em nosso trabalho o bom atendi-mento, a presteza e a satisfação dos associados.”

O associado em primeiro lugar

Projetos de interesse dos

funcionários do BB são

acompanhados pela ANABB

no Congresso Nacional.

Um deles estende aos novos

bancários os mesmos

direitos dos empregados

antigos, constantes dos

planos de cargos e salários.

nual do Candidato ANABB, elaborado pela Diretoria de Relações Externas e Parlamen-tares em parceria com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). O manual forneceu informações para os candidatos prepararem suas cam-panhas, incluindo esclarecimentos sobre modificações trazidas pela minirreforma eleitoral. Pela grande visibilidade, a publi-cação foi distribuída durante exposição do “Movimento pelo Voto Consciente” na Câ-mara dos Deputados.

Os dois candidatos à Presidência da República no segundo turno foram convida-dos pela Diretoria de Relações Externas da ANABB para falar sobre o futuro do Banco do Brasil e de outras instituições públicas e estatais. O objetivo da iniciativa foi obter um compromisso oficial dos candidatos em não privatizar o BB. O convite foi aceito pelo candi-dato Geraldo Alckmin (PSDB), que compareceu à sede da Associação para falar sobre o assunto. Já o candidato reeleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não atendeu ao convite, por incompatibilidade de agenda. Ao oferecer espaço para os dois candi-datos, a ANABB cumpriu seu papel institucional de atuar como uma entidade plural, democrática e transparente em suas ações.

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A Diretoria Administrativa e Financeira é res-ponsável pelos seguros e sorteios. Também é atribui-ção da Diafi alocar recursos para outros setores da ANABB desenvolverem seus trabalhos. Em 2006, as prioridades foram a redução de despesas e o inves-timento em benefício dos associados. “Conseguimos otimizar os gastos em algumas áreas para poder investir, principalmente, na condução dos processos judiciais e priorizar os interesses dos associados”, afirma o diretor Administrativo e Financeiro, William José Alves Bento.

SOLIDARIEDADE VALORIZADAAlém das ações direcionadas ao funcionalismo

do BB, a Associação atuou motivada pela respon-sabilidade social, por meio do Programa Brasil Sem Fome. Um trabalho conjunto entre a ANABB e seus associados, que faz a diferença na vida de dezenas de famílias carentes.

Com mais de uma década de atuação, o “Brasil Sem Fome” já beneficiou vários comitês de cidadania que têm a participação de funcionários do Banco do Brasil. Em 2006, não poderia ser diferente. O progra-ma apoiou 14 comitês e destinou cerca de R$ 81 mil para impulsionar as iniciativas realizadas em benefí-cio das famílias assistidas.

Além disso, os projetos de profissionalização e ressocialização de presos ganharam atenção es-pecial. Seis comitês de cidadania que desenvolvem projetos dentro de presídios receberam mais cerca de R$ 83 mil para investir em ações de recuperação da-queles que estão com a liberdade restrita.

REPRESENTANTES NA CASSI E NA PREVIDirigentes da ANABB conquistaram mais espaço

na Cassi e na Previ após as eleições realizadas nas duas entidades em 2006. As chapas apoiadas pela ANABB saíram vitoriosa nos pleitos das duas entida-des.

A Associação, com o apoio dos eleitos da Cassi, desenvolveu durante o ano várias ações para cobrar do Banco do Brasil o cumprimento do estatuto da Caixa de Assistência e garantir, assim, um plano de saúde de qualidade aos beneficiários. Entre essas ações está o pedido à Justiça para que a Cassi rea-lize uma consulta extraordinária ao corpo social. O objetivo é perguntar se os associados são favoráveis a cobrar do BB a redução unilateral de sua contri-

Além das ações direcionadas ao

funcionalismo do BB, a Associação

atuou motivada pela responsabilidade

social. Um trabalho conjunto entre

a ANABB e seus associados, que faz

diferença na vida de dezenas de

famílias carentes.

buição sobre os salários de novos funcionários. Essa contribuição caiu de 4,5% para 3% desde 1998.

Essa ação é movida contra o superintendente da Cassi, Sérgio Vianna, por ele não ter atendido a mais de 7% dos associados (9.939) que requisitaram, por meio de abaixo-assinado entregue pela ANABB, a realização da consulta ao corpo social. Sem acordo em audiência de conciliação entre as diretorias da Associação e da Cassi, realizada em 26 de setembro de 2006, a ação seguirá o trâmite judicial. Caso o processo tenha resultado favorável, o superintendente será obrigado a realizar a consulta.

Foto

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Centro Sócio-Educativo Assistente Social Dagmar Feitoza (AM)

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Pre

vi

Reserva Especial da

Previ: sobram dinheiro e

opções

O foco das atenções do Banco do Brasil e do funcionalismo no fechamento do balanço econômi-co da Previ é a Reserva Especial. Os números ainda não foram divulgados, mas as estimativas projetam sobras de R$ 11 bilhões a R$ 15 bilhões nos cofres da Caixa de Previdência. Até maio de 2006, esse número girava em torno de R$ 5,5 bilhões. Diante de tanto dinheiro, fica a pergunta: o que fazer com a Reserva Especial da Previ?

A Reserva Especial é calculada pela diferen-ça entre o superávit da Previ e a reserva de contingência (25% das reservas matemáticas, usados para assegurar o benefício dos associados em situações imprevistas, como uma crise econô-

mica mundial). Em abril deste ano, a Previ usou parte de sua Reserva Especial que, em 2005, foi de apro-ximadamente R$ 7,3 bilhões, para diminuir as con-tribuições em 40%. No entanto, com o novo recorde esperado, a discussão volta à pauta.

O presidente da ANABB, Valmir Camilo, que também é conselheiro eleito da Previ, afirma que “o primeiro passo é corrigir as injustiças”. Não é à toa que, em 21 de março de 2006, Valmir escreveu car-ta ao presidente do Conselho Deliberativo da Previ,

Aldo Luiz Mendes, ante-cipando a preocupação com a Reserva Especial e enumerando várias possibilidades. “Vamos abrir o debate com o funcionalismo, sindica-tos, associações de apo-

A Reserva Especial da Previ

atingirá um número recorde no

fim de 2006. A destinação des-

ses recursos, contudo, ainda não

foi definida. Há diversas alternativas em discussão, como a melho-

ria dos benefícios e das pensões, a diminuição do valor da contri-

buição e a redução da idade de aposentadoria para as mulheres.

O Banco do Brasil ainda não apresentou

uma proposta para a destinação da Re-

serva Especial da Previ. Em abril deste

ano, o Fundo usou parte desse valor

para diminuir as contribuições.

por Mariana Jungmann

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Cecília Garcez: é hora de investir nos benefícios

sentados, ANABB e outras entidades e decidir com calma e sabedoria os destinos dos recursos do nosso Fundo de Pensão”, propôs o conselheiro na sua correspondência.

Valmir explica que, a partir de 1997, a Previ fez mudanças na política de pagamento dos benefícios para ga-rantir que teria caixa no futuro. Alguns recursos foram criados, então. É o caso da redução da aposentadoria, que antes era de 100% ou até 120% do salário e passou para 75%. “Essa pode ser uma das razões para o aumento do superávit. Não seria um bom momento para rever a situação?”, pergunta.

Com os ajustes, aliados às mudanças nas regras da previdência oficial, aposentar-se ficou desvantajo-so. As pessoas passaram a postergar a aposentadoria e a ficar mais tempo trabalhando e contribuindo para a Previ. Daí a importância de levar em consideração aqueles que trabalham além dos 30 anos previstos. Valmir avalia que a Reserva Especial também pode ser utilizada para compensar esse grupo de pessoas. “Assim, as aposentadorias poderiam ser fixadas à ra-zão de 31/30, 32/30, etc”, diz.

A diretora de Planejamento eleita pelos asso-ciados, Cecília Garcez, também apresenta opções para a Reserva Especial. “Nós já reduzimos bastante a contribuição; agora é hora de investir nos benefí-

cios. Podemos, inclusive, melhorar a pensão por morte”, explica. “Exis-te uma demanda das mulheres, que também é um compromisso nosso de campanha, para que a aposen-tadoria seja concedida a elas aos 45 anos de idade.“

O diretor de Seguridade eleito da Previ, José Ricardo Sasseron, afirma que o Banco do Brasil ainda não apresentou uma proposta para a destinação da Reserva Especial e que não há um prazo definido para isso. Mesmo assim, espera-se que o BB queira novamente uma redução da contribuição. “O que nós, repre-

sentantes eleitos, queremos é utilizar esses recursos para rever os benefícios. Em nenhum momento co-gitamos que uma das demandas seria a redução de contribuição”, explica.

Os associados da Previ já estão se manifestando sobre o tema. Em enquete realizada no site da ANA-BB entre os dias 27 de novembro e 4 de dezembro, 62% se mostraram a favor de usar o dinheiro para aumentar o valor do benefício. Outros 25% votaram por devolver o dinheiro aos associados e 7% preferem zerar a contribuição. Os 6% restantes, somados, são favoráveis a diminuir o tempo de contribuição, investir na carteira de pecúlio ou outras opções. Participaram da pesquisa 1.399 associados.

Dê a sua opinião sobre o que fazer com a Reserva Especial da Previ. Envie um e-mail para [email protected] com a sua sugestão.

• Diminuir a contribuição• Melhorar os benefícios• Aumentar o benefício para quem se aposenta após 30 anos• Melhorar as pensões• Reduzir a idade de aposentadoria para as mulhe-res para 45 anos• Zerar a contribuição• Devolver o dinheiro ao banco e aos associados• Diminuir o tempo de contribuição• Investir na carteira de pecúlio

OPÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DA

RESERVA ESPECIAL

OPÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DA

RESERVA ESPECIAL

Foto

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Ele

ições

Os funcionários do Banco do Brasil admitidos a partir de 1998 vão ter representantes na ANABB. Serão eleitos dois candidatos para cada um dos cinco Grupos Temáticos da Associação: Relações Institucionais e Comunicação; Previdência e Aposentadoria; Saúde e Qualidade de Vida; Cidadania e Responsabilidade Sócio-Ambiental; e Relações Trabalhistas e Sindicais. No total, 130 candidatos concorrem às vagas.

As eleições serão realizadas entre os dias 2 e 8 de janeiro de 2007. Poderão votar os associados da ANABB admitidos no Banco do Brasil a partir de 1° de ja-neiro de 1998. Cada eleitor poderá votar em até 10 candidatos.

Acesse www.anabb.org.br para votar. O site também oferece mais informações sobre as candidaturasParticipe e eleja seu representante com o voto consciente!

Chegou a hora de votar: eleição de funcionários pós-98

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Respeitar os fóruns é dever e obrigação de todos aqueles que se dizem democratas. Essa frase pode parecer óbvia ou desnecessária. No entanto, é sempre bom repeti-la para evitar desvios de conduta nas entidades, nas associações, nos sindicatos e nos governos. O tal do governo paralelo foi ridículo em algum momento na história do nosso País e continua ridículo quando a proposta aparece em algum canto do mundo. A democracia tem a força do imponderá-vel que reside na liberdade de escolha, onde o acerto e o erro são lados da mesma moeda. Nas derrotas, faltaram votos; e nas vitórias, sobraram votos. Sim-ples, como dois é maior que um.

Nossa entidade cometeu, no início de sua his-tória, o equívoco de querer interferir nos processos negociais de salários. O estatuto da entidade é claro ao reconhecer que essa atividade é tarefa dos sindi-catos. No entanto, a visão distorcida dos dirigentes à época acabou rendendo críticas justas, que surtiram efeito, uma vez que o reposicionamento dos mesmos acabou somando na luta dos funcionários do Banco do Brasil. A participação da ANABB nos processos negociais de salários, sejam eles com a Contraf ou Contec, deve ser sempre de colaboração. Ajudando na convocação para assembléias, informando o re-sultado das negociações, divulgando estudos técnicos sobre as evoluções salariais e participando, como convidada, das rodadas de negociações.

No primeiro semestre deste ano, os funcionários do Banco do Brasil escolheram os novos dirigentes da Cassi. O resultado expresso na grande diferença de votos em favor da chapa vencedora se torna irrele-vante, diante da constatação de que o funcionalismo fez uma escolha, que tem de ser respeitada. Os diri-gentes eleitos da Cassi entregaram um documento ao presidente do Banco, Rossano Maranhão, solicitando a indicação dos interlocutores oficiais da empresa para tratar dos graves problemas financeiros por que

passa a nossa Caixa de Assistência. Ninguém conhe-ce mais a realidade da Cassi do que seus dirigentes, uma vez que a dedicação exclusiva sobre o tema constitui a amálgama necessária para fixar o debate no ponto que interessa aos seus usuários.

O pedido também poderia parecer desneces-sário. No entanto, o fato da empresa estar tentando escolher outros interlocutores precipitou a decisão de oficializar o pleito. Vale lembrar que a empresa também tem seus representantes na Diretoria e no Conselho Deliberativo da Cassi, escolhidos livremente pela empresa, que são desqualificados quando tercei-ros passam a decidir o que é melhor para a Caixa de Assistência. Nada contra a contribuição de outros no processo de discussão das propostas. Uma vez que, ao final, essas deverão ser aprovadas pelo Corpo Social – autoridade maior na estrutura estatutária da Cassi.

O caminho está traçado: os eleitos pelo Corpo Social e os representantes da empresa discutem as alternativas. As propostas serão discutidas com as entidades, associações e sindicatos, e o Corpo Social soberanamente decidirá. Qualquer mudança é um golpe na democracia. Golpe que o funcionalismo não pode aceitar e que o Banco do Brasil não tem o direito de impor, sob pena de enterrar quase 200 anos da relação mais democrática que se tem notícia entre as empresas e os trabalhadores no Brasil. •

O papel dos eleitos na Cassi

Opin

ião

Denise Lopes Vianna é diretora de Comunicação e Desenvolvimento da ANABB

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