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FACULDADE IMPACTA DE TECNOLOGIA OPORTUNIDADES E BARREIRAS PARA A EXPANSÃO DO MOBILE PAYMENT NO BRASIL ALINE AGOSTINI DALLA ROSA São Paulo 2012

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FACULDADE IMPACTA DE TECNOLOGIA

OPORTUNIDADES E BARREIRAS PARA A EXPANSÃO DO MOBILE PAYMENT

NO BRASIL

ALINE AGOSTINI DALLA ROSA

São Paulo

2012

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FACULDADE IMPACTA DE TECNOLOGIA

OPORTUNIDADES E BARREIRAS PARA A EXPANSÃO DO MOBILE PAYMENT

NO BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Administração com Ênfase em Tecnologia da Informação para obtenção do grau de Bacharel em Administração por:

Aline Agostini Dalla Rosa

Orientador: Prof. Dr. Gilberto Perez

São Paulo

2012

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1

1.1. PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................................. 1

1.2. OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 1

1.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 1

1.4. JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 2

2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 5

2.1.Mobile Payments ................................................................................................... 5

2.1.1.Mobile Payment por Proximidade ....................................................................... 5

2.1.2.Mobile Payment Remoto .................................................................................... 6

2.1.3.Principais Formas de M-Payment ...................................................................... 6

2.2.Oferta de Pagamentos Móveis no Brasil ............................................................... 6

2.3.Tendências ............................................................................................................ 8

2.4.O Desafio da Segurança ..................................................................................... 10

2.5.Regulação e Implicações Legais ......................................................................... 11

2.6.As cinco forças de Porter .................................................................................... 13

2.6.1.Capacidade de manobra dos competidores ..................................................... 13

2.6.2.Ameaça de Novos Entrantes ............................................................................ 14

2.6.3.Ameaça de produtos e serviços substitutos ..................................................... 15

2.6.4.Poder de barganha dos consumidores ............................................................. 15

2.6.5.Poder de barganha dos fornecedores .............................................................. 16

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3.DADOS DO SETOR ............................................................................................... 19

3.1.Vendas de Telefones Móveis ............................................................................. 19

3.2.Ascensão das classes, crédito e bancarização ................................................... 21

4.PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................... 24

5.REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 28

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1

1. INTRODUÇÃO

Embora tenha sido lenta a evolução dos meios de pagamento desde a primeira

moeda impressa até o surgimento dos cartões de crédito e débito, atualmente, estes

métodos vêm evoluindo rapidamente e prometem mudar a maneira como os

consumidores e as empresas operam.

Com a criação de tecnologias específicas para o tema pagamentos móveis,

empresas de diferentes ramos têm se unido na tentativa de implantar essas

soluções. No Brasil, vagarosamente começam a aparecer movimentações diante de

uma tendência que, timidamente, começa a pedir espaço, incitando a cooperação

de, principalmente, bancos, empresas de telecomunicações e adquirentes de

cartões de crédito.

“...é uma tarefa desafiadora estimar o quanto as soluções de pagamento móvel têm penetrado. Parte deste problema relaciona-se com a definição de pagamentos móveis.”. (MALLAT, 2001).

A expansão dos meios de pagamentos móveis no Brasil depende da resolução de

questões que podem ser vistas como oportunidades e outras que podem se tornar

barreiras para seu desenvolvimento e serão listadas e analisadas ao longo deste

trabalho, tais como implicações com segurança e a regulação destes métodos de

pagamento pelo Sistema Brasileiro de Pagamentos (SPB) e do Banco Central.

1.1. Problema de Pesquisa

Quais são as principais oportunidades e barreiras para a expansão dos meios de

pagamentos móveis no Brasil?

1.2. Objetivo Geral

Identificar quais são as principais oportunidades e barreiras para a expansão dos

Meios de Pagamentos Móveis no Brasil.

1.3. Objetivos Específicos

A finalidade da pesquisa é “descobrir respostas para questões, mediante a aplicação

de métodos científicos” (MARCONI; LAKATOS, 1986). Desta forma, espera-se

atingir os seguintes objetivos específicos:

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Identificar os principais meios de pagamentos móveis;

Analisar a oferta existente de meios de pagamentos móveis no Brasil;

Identificar relações entre a ascensão das classes sociais, acesso ao crédito e

bancarização com o volume de vendas de dispositivos móveis (celulares);

Identificar as principais oportunidades e barreiras para a expansão dos Meios de

Pagamentos Móveis no Brasil.

1.4. Justificativa

Por ser um tema relativamente recente, ainda em fase de regulação no Sistema de

Pagamentos Brasileiro (SPB) do Banco Central do Brasil (BACEN) e com soluções

parcialmente implantadas, há escasso material de pesquisa direcionado à situação

atual do Mobile Payment no país, sendo que projeções para 2015 sobre a utilização

destas formas de pagamento apontam para montantes entre US$ 600 bilhões

(JUNIPERRESEARCH, 2011) e US$ 1 trilhão (HOLLAND, 2011) no mundo.

Segundo o estudo World Payments Report (CAPGEMINI; RBS, 2011), o Brasil é o

maior e mais maduro mercado de meios de pagamento do BRIC (bloco formado por

Brasil, Rússia, Índia e China) e possui uma evolução no volume de pagamentos

efetuados sem uso de dinheiro mais gradual do que em alguns mercados

emergentes, mas que têm crescido substancialmente (até 9,3% por ano de 2001 a

2009 no segmento de cartões) e tem sido um motor importante juntamente com as

transferências de crédito.

O estudo diz que no Brasil, o mercado de pagamentos do Brasil é comparável ao

maior mercado da Europa, pois o uso médio de formas de pagamento efetuado por

meios alternativos ao dinheiro por habitante é aproximado. A Figura 1 compara o

número de pagamentos sem uso de dinheiro por região global:

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Figura 1: Número de transações efetuadas por meios alternativos ao dinheiro por região (em US$

bilhões), 2001, 2007–2009:

Fonte: CAPGEMINI; RBS, 2011

A Figura 2 apresenta a evolução do uso de instrumentos de pagamento alternativos

ao dinheiro no Brasil no período 2005-2010:

Figura 2: Uso de Instrumentos de Pagamento – Quantidade de Transações

Fonte: Adaptado de BACEN, 2011.

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De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2011), o sistema

bancário brasileiro é reconhecido pela sua regulamentação, elaborada por órgãos

públicos: Conselho Monetário Nacional (CMN) e Banco Central do Brasil, em

consonância com os acordos internacionais vigentes. O sistema também tem como

características reconhecidas o seu alto grau de automação tecnológica e

concentração de mercado.

Os pagamentos móveis estão ganhando força na maioria dos mercados

emergentes, onde eles representam um custo eficaz e um meio seguro para os

vários tipos e tamanhos de operações de pagamento sem a utilização de dinheiro.

Esses serviços serão os principais motores para inclusão financeira nos próximos

anos (CAPGEMINI; RBS, 2011).

A relevância do estudo se apoia em dados e previsões de crescimento dos meios de

pagamentos móveis e alternativos ao dinheiro para os próximos anos e o

crescimento das vendas de dispositivos móveis. Também se leva em consideração a

redistribuição das classes nos últimos anos e a penetração do acesso ao crédito e a

serviços financeiros.

A Figura 3 mostra o forecast global sobre os pagamentos eletrônicos:

Figura 3: Previsão de Pagamentos Eletrônicos alternativos ao dinheiro (Número em US$ bilhões),

2009 - 2013.

Fonte: CAPGEMINI, RBS, 2011.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Mobile Payment

Os pagamentos móveis são pagamentos de bens, serviços e contas com um

dispositivo móvel (como um telefone celular, telefone inteligente, ou assistente

pessoal digital, tendo vantagem das tecnologias de comunicação sem fio e outros).

Esses dispositivos podem ser usados numa variedade de cenários de pagamento,

tais como compra de conteúdo digital (por exemplo, toques, notícias, música ou

jogos), bilhetes, taxas de estacionamento e tarifas de transporte, ou para acessar

serviços de pagamento para pagar contas e faturas (DAHLBERG et al., 2007).

2.1.1. Mobile Payment por Proximidade

Para efetuar este tipo de pagamento, é necessário que o usuário possua um

dispositivo móvel com chip e uma antena Near Field Communication (NFC) para

armazenar os dados de pagamento do usuário e efetuar a conexão com um leitor de

ponto de venda, de propriedade do estabelecimento. Para tal, não é necessário que

haja um vendedor, basta o comprador aproximar o celular a alguns centímetros do

leitor e, através de um padrão de comunicação sem fio, efetuar a compra (CAMPOS;

NETO, 2008).

O NFC (Near Field Communication) é uma solução sem fio e de curto alcance, que

permite a comunicação entre dispositivos próximos. Este padrão é adotado pela

indústria financeira para pagamentos por proximidade através de celulares, oferece

grande flexibilidade e possibilita que cartões de crédito, de débito, tickets e o

pagamento de transportes sejam integrados a um telefone celular (VISA, 2009).

Em suma, o NFC é uma tentativa de harmonizar as transações iniciadas por

protocolos de comunicação entre dispositivos RFID. Com um sistema de busca, o

RFID pode iniciar um pagamento de uma conta de cartão de banco via conta

bancária, autorizar que um pagamento seja cobrado em sua conta telefônica ou seja

descontado no valor de recarga de seu dispositivo pré-pago. Por exemplo, quando

os clientes aproximarem seus celulares de um POS com leitor de RFID habilitado, o

chip pode iniciar um pagamento sem contato a partir de uma conta bancária através

de uma rede de pagamento existente (UZUREAU, 2011).

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2.1.2. Mobile Payment Remoto

No pagamento remoto o usuário pode estar em qualquer localidade no momento da

realização da compra e as transações são efetuadas a partir de aplicativos

instalados no aparelho. Também podem ser usados, com nível mais baixo de

segurança, no envio de mensagens de texto ou na de iteração de voz com uma

central telefônica (CAMPOS; NETO, 2008).

2.1.3. Principais Formas de Mobile Payment

Alguns fabricantes de aparelhos já começam a distribuir tecnologia NFC móvel nos

dispositivos. No entanto, isso não implica que todos os estabelecimentos utilizem o

mesmo protocolo unificado NFC. Esta definição tem sido revista principalmente para

explicar a experiência do usuário (UZUREAU, 2011).

A Figura 4 exibe as cinco principais formas de se realizar pagamentos móveis:

Figura 4: Principais formas de pagamentos móveis

Fonte: Adaptado de MOBILEPAYMENTSTODAY, 2012

2.2. Oferta de Pagamentos Móveis no Brasil

De acordo com PRADO (2012), os meios de pagamentos móveis no Brasil ainda se

mostram pré-maturos no que se refere a iniciativas de grandes empresas para tentar

tornar massificada sua utilização.

MOBILE NO PONTO DE

VENDA (M-WALLET)

MOBILE COMO PONTO DE

VENDA

PLATAFORMA DE

PAGAMENTOS MOBILE

COBRANÇA DIRETA NA

CONTA

PAGAMENTOS MÓVEIS

RESTRITOS

Compras podem ser

feitas utilizando a

tecnologia NFC ou o Tap

and Go (utilizado no

transporte público).

Estabelecimentos usam

um dispositivo móvel

para processar

pagamentos de cartão de

crédito via celular.

Celular como meio de

transferência de recursos

que podem ser P2P

(Person-to-Person ),

presencialmente, on-line

se utilizando de

mensagens de texto.

Uso já difundido

popularmente pelo

compra de aplicativos

mobile, que são cobrados

posteriormente na fatura

do celular ou

descontados dos créditos

de recarga.

Quando uma companhia

desenvolve sua própria

plataforma de

pagamentos para uso em

seu estabelecimento ou

rede. Exemplo: Starbucks

Fonte: Traduzido e adaptado do site mobilepaymentstoday.com

PRINCIPAIS FORMAS DE PAGAMENTOS MÓVEIS

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Apesar disso, já foram divulgados alguns movimentos iniciais para M-Payment no

país, que se dão através de parcerias entre grandes bancos, empresas de

telecomunicações e companhias de cartões de crédito.

Um dos serviços atualmente existentes é o de pagamentos via cobrança direta na

conta, em que a transação é efetivada via mensagem de texto (SMS). O serviço é

chamado de “Paggo” e atualmente é operado pela rede de capturas Cielo, a

operadora de celulares Oi e o Banco do Brasil. Conforme PRADO (2012), a junção

de um provedor de serviços e uma rede de capturas (a exemplo da Paggo & Cielo)

pode fazer muito sucesso, porém, apresenta limitações por atuar apenas com uma

operadora de telecom – atualmente a Oi. Até o término desta pesquisa, nenhuma

outra telecom havia aderido à modalidade adotada por essas empresas.

Outras empresas de telecom, por sua vez, já possuem parceria com bancos, como

por exemplo, a Claro, que trabalha com o banco Bradesco e a Vivo com o Itaú

Unibanco, porém, ainda não apresentaram nenhum movimento no segmento de M-

Payment. Além disso, ainda há espaço para que outras operadoras, bancos e

bandeiras firmem novas parcerias (PRADO, 2012).

De acordo com a CARDNEWS (2012), a empresa de pagamentos PagSeguro

apresentou um sistema que utiliza a tecnologia NFC para efetuar pagamentos, que

foi desenvolvido em parceria com a fabricante de celulares finlandesa Nokia. Essa

iniciativa faria que os pagamentos fossem efetuados via proximidade, a exemplo da

tecnologia já existente e utilizada atualmente com os cartões no transporte público

de algumas cidades brasileiras.

A São Paulo Transportes (SPTrans), estatal que gerencia os ônibus na cidade de

São Paulo, pretende desenvolver um sistema de pagamentos eletrônicos que pode

aceitar transações via celular, o que aprimoraria o serviço atualmente existente.

Esse sistema atenderia cerca de 33 milhões de usuários do transporte público e os

terminais que já oferecem tecnologia por proximidade para cartões seriam

habilitados para funcionar também com a tecnologia NFC (MIRON, 2012).

O projeto de integração do pagamento do transporte público pelo celular faz parte de

uma reformulação que a SPTrans deseja promover em seu sistema e até o final do

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primeiro semestre de 2012, quando deve lançar edital para contratação de

provedores de tecnologia e infraestrutura para o serviço (MIRON, 2012).

Ainda que haja previsão para o lançamento de diversos serviços de M-Payment, de

acordo com PRADO (2012), as grandes empresas ainda não mostraram movimentos

respeitáveis no que diz respeito à adoção da tecnologia NFC no Brasil.

Apesar de, na prática, a maioria das iniciativas divulgadas não terem sido

disponibilizadas ao consumidor final, têm ocorrido algumas negociações no setor:

Bradesco & Claro: Bradesco e Claro criam empresa de pagamento móvel,

(VALORECONOMICO, 2011) e Bradesco e Claro criam empresa de

pagamento via celular, (EXAME, 2011);

Mastercard, Redecard & Vivo/Telefónica: Vivo testa serviço de pagamentos via

celular em São José dos Campos, (TELETIME, 2011);

Mastercard e Telefônica criam joint-venture no Brasil, (TELETIME, 2011);

Mastercard negocia embarque de app em chips de todas as operadoras

brasileiras, (TELETIME, 2011); e Mastercard negocia embarque de app em

chips de todas as operadoras brasileiras, (MOBILETIME, 2011);

Paggo: Máquinas da Cielo no Nordeste passam a aceitar pagamentos via

celular, (MOBILETIME, 2011);

SP Trans e NFC: SP Trans estuda usar pagamento por celular nos ônibus de

SP, (MOBILETIME, 2012);

2.3. Tendências

Uma pesquisa sobre pagamentos móveis, chamada Mobile Payments Outlook

(KPMG, 2011) mostra quais segmentos de empresas terão o papel mais importante

para os meios de pagamento. O resultado classifica por escala de importância (que

varia de 1 a 10, em que 1 representa o papel mais importante e 10 o menos

importante) em primeiro lugar os Bancos, seguidos de empresas de Cartões de

Crédito, e em terceiro lugar, empresas de Telecom, conforme mostrado na Figura 5:

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Figura 5: Importância das empresas nos pagamentos móveis por categoria.

Fonte: KPMG, 2011 Mobile Payments Global Survey

Ainda segundo a pesquisa, os demais segmentos, como o varejo, apesar de terem o

poder de influenciar o comportamento de compra do consumidor, serão mais

seguidores do que líderes (ainda que haja exceções de empresas pioneiras na

oferta de novas formas de pagamento), pois aguardarão que haja uma massa da

população em posse de dispositivos equipados para fazer pagamentos móveis para

então tomarem iniciativa e definirem suas estratégias de atuação como receptores

dessas formas de transação (KPMG, 2011).

O uso de tecnologias baseadas em Internet, celular, e contactless payment irá

impulsionar iniciativas de pagamento sem dinheiro como o M-Payment, que já é uma

realidade e será impulsionado ainda mais no futuro por tendências como os

micropagamentos (pagamentos de pequenos montantes) em mídias sociais e redes

sociais (CAPGEMINI, 2011).

Ainda segundo a CAPGEMINI (2011), os micropagamentos poderiam conduzir a

substituição do dinheiro significativamente no futuro, através da redução dos custos

com movimentação de moeda. O potencial é maior em empresas de varejo, onde as

transações em dinheiro tendem a ser em pequenas quantidades. Há uma

abundância de operadores não-bancários dispostos e capazes de experimentar

formas de lidar com essa pagamentos, mas eles terão de oferecer soluções que

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consigam competir com a simplicidade de dinheiro, que é rápido, fácil, seguro e

anônimo (CAPGEMINI, 2011).

O relatório Hype Cycle for Financial Services Payment Systems publicado pelo

GARTNER (2011), afirma que os sistemas de micropagamento criam novas

oportunidades de receita aos provedores de soluções, pois eles não são soluções

independentes e tendem a utilizar sistemas de pagamento existentes para operar.

Seu benefício pode ser elevado se forem geridos por bancos como parte de um

portfolio de serviços de pagamento, porém, se os bancos não se envolverem,

correrão o risco de proporcionar espaço para provedores de pagamento não-

bancários, o que não apenas implica em perda de receitas, mas também, na perda

de conexão com os clientes, o que pode tornar mais difícil a venda de outros

produtos e serviços (UZUREAU; NEWTON, 2011).

Ainda de acordo com o relatório, UZUREAU e NEWTON (2011) dizem que os

bancos que não devem “reinventar a roda”, mas oferecer uma escolha de soluções

de micropagamento para seus clientes, ainda que tenham que considerar a oferta de

soluções de prestadores de serviços ou firmar parcerias com outras empresas (como

PayPal). Eles afirmam que a força do mercado segue no sentido de trazer mais

transparência aos serviços de aquisição, em que a nova realidade trazida pelo M-

Commerce e pelos micropagamentos exigirá uma mudança na abordagem dos

bancos, de forma que reforcem seu portfolio de meios de pagamento e serviços para

acomodar novos padrões de consumo (UZUREAU; NEWTON, 2011).

2.4. O Desafio da Segurança

Segundo MARQUES (2003) a falta de confiança e de segurança são os obstáculos

mais frequentes no que diz respeito ao comércio eletrônico. Conforme ele, o

desenvolvimento deste tipo de comércio depende da criação de mecanismos

substitutos para os métodos de comércio tradicional, de forma a conseguir criar uma

ideia de confiança e de segurança nos utilizadores.

A segurança é, provavelmente, a principal preocupação dos consumidores à medida

que evoluem os computadores pessoais e HAMPE et al. (2001) afirma que essa

preocupação aumenta à medida em que as redes móveis são cifradas, assegurando

que nada pode ser adicionado, apagado ou modificado nas mensagens.

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Vários são os pontos fracos do M-Commerce, tais como a natureza do meio de

transmissão, a cooperação e a confiança necessárias entre os nós pertencentes a

uma determinada rede. Estes nós podem ser atacados por entidades maliciosas

podendo tanto levar à negação do serviço, como a coleta de informações

confidenciais, ou até mesmo à difusão de informações incorretas e falsas

(MARQUES, 2003).

Conforme DAHLBERG et al., (2007) as maiores preocupações de usuários de M-

Payment são classificadas em:

Uso não autorizado;

Erros de transação;

Falta de registro da transação e da documentação;

Imprecisão da transação;

Questões de privacidade;

Dispositivo e confiabilidade da rede móvel;

DING e UNNITHAN (2002) dizem que, embora todas as partes interessadas em

manter um processo de segurança trabalhem no sentido de formular um ambiente

que permita aos operadores móveis, instituições financeiras e outros fornecedores

de serviços, transações móveis mais seguras em toda a linha, isto ainda não foi

conseguido.

2.5. Regulação e Implicações Legais

De acordo com o Banco Central do Brasil (BACEN), pouco se avançou nas

discussões acerca da definição de um modelo para o país sobre moeda eletrônica

baseado em celular – Mobile Payment, não havendo consenso entre operadoras de

serviços móveis pessoais, instituições financeiras e respectivas associações

representativas. O desenvolvimento de um modelo aberto e interoperável, que

possibilite o acesso a todas as instituições financeiras e operadoras de telefonia

móvel aderentes aos padrões tecnológicos e de segurança requeridos pela

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plataforma, tem o potencial de aumentar a eficiência do sistema de pagamentos e a

de facilitar a inclusão financeira da população desatendida (BACEN, 2011).

Conforme o relatório World Economic Forum’s Global Information Technology Report

2011, o ambiente regulador brasileiro é visto como extremamente oneroso para as

empresas. O Brasil possui baixa prioridade no governo no que compete a decisões

de aquisição de fomento e inovação tecnológica e é igualmente classificado em

medidas de proteção à propriedade intelectual se comparado a outros países, como

Austrália, Canadá, França e Alemanha (MASTERCARD, 2011).

A Figura 6 mostra a comparação entre o Brasil e os países supracitados.

Figura 6: Proteção da Propriedade Intelectual, Direitos e Ativos Financeiros

Fonte: MOBILEREADINESS, 2011

Segundo a (ABECS, 2012), não há no Brasil uma legislação específica para

pagamentos móveis, o que enquadra o serviço na categoria de pagamento via conta

corrente e torna a cobrança complexa por necessitar de muitos dados do cliente. A

empresa sugere um modelo no qual a cobrança seja simplificada, feita via desconto

no modelo pré-pago. A discussão de uma nova lei já está em pauta junto ao Banco

Central (BACEN), o Ministério das Telecomunicações e a Associação Brasileira das

Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (ABECS).

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2.6. As 5 Forças de Porter

De acordo com PORTER (1999), a atratividade intrínseca em longo prazo de um

mercado depende de cinco fatores: a ameaça de novos concorrentes; o poder de

barganha dos consumidores; o poder de barganha dos fornecedores; a ameaça de

produtos ou serviços substitutos; e a capacidade de manobra dos competidores.

Para que uma empresa consiga definir uma estratégia para lidar com as forças de

mercado, precisa compreender como elas atuam sobre o seu ramo de atividade e

afetam a própria empresa.

A Figura 7 mostra essa relação:

Figura 7: Forças que dirigem a concorrência na indústria.

Fonte: PORTER, 1999

2.6.1. Capacidade de Manobra dos Competidores

De acordo com PORTER (1999) a capacidade de manobra dos competidores

evidencia-se na briga por posições táticas envolvendo preço, propaganda e

desenvolvimento de novos produtos e serviços. Para aumentar a participação dentro

dos seus mercados, as empresas realizam seus movimentos competitivos. Alguns

podem até ocasionar o aumento do potencial de mercado como um todo, chamando

a atenção dos clientes para aquela categoria de produto ou serviço, no entanto,

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14

outros movimentos como uma guerra de preços, podem tornar o mercado menos

atrativo. A força da capacidade de manobra dos competidores é forte quando:

O número de concorrentes é muito grande;

A diversidade desses concorrentes é alta;

A taxa de crescimento do mercado é baixa;

Os custos fixos são altos;

Os custos de estocagem são elevados;

A diferenciação de produto é pequena;

Os custos de troca entre produtos da concorrência são baixos;

As barreiras de saída são elevadas;

As apostas estratégicas são altas.

2.6.2. Ameaça de Novos Entrantes

A ameaça de novos concorrentes é proporcionalmente inversa à força das barreiras

de entrada. Quanto maiores forem as barreiras de mercado, menores serão as

chances do surgimento de novos concorrentes (PORTER, 1999).

Desta forma, pode-se considerar que um ramo de atuação possui baixas barreiras

de mercado quando:

As economias de escala são baixas;

Os níveis de diferenciação de produto são pequenos;

Os investimentos iniciais são baixos;

Os custos de troca são baixos;

Os controles dos canais de distribuição das empresas que atuam no mercado

são pequenos;

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Os direitos de propriedade intelectual são irrestritos;

As matérias-primas necessárias são de fácil acesso;

Existem subsídios do governo.

2.6.3. Ameaça de Produtos e Serviços Substitutos

Conforme PORTER (1999), a força da ameaça de produtos substitutos vem do

potencial que as empresas do ramo têm de introduzir novos produtos que ameacem

os produtos atuais.

Produtos substitutos limitam o potencial de retorno de um mercado porque

estabelecem um teto de preços. Se esses produtos substitutos conseguem

demonstrar um ganho na relação custo/beneficio, a ameaça que oferecem é ainda

maior.

A força da ameaça de produtos substitutos é maior quando estes produtos:

Utilizam novas tendências que melhorem a sua competitividade em preço;

Provocam inovações tecnológicas;

Produzem mudanças significativas em custos relativos e qualidade;

Representam um ganho na relação custo/benefício.

A força da ameaça de produtos substitutos também é grande quando o ramo:

Tem alta lucratividade na produção de produtos substitutos;

Tem custos de troca baixos por parte dos consumidores.

2.6.4. Poder de barganha dos consumidores

Os consumidores têm a capacidade de estímulo do aperfeiçoamento de produtos e

serviços através de suas experiências e críticas constantes. Esse poder faz com que

exerçam influência direta sobre a concorrência, deixando de comprar produtos de

uma empresa em prol de outra e acirrando a disputa entre os competidores.

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Para cada ramo de mercado existem diferentes tipos de cliente, destes, cada um

com suas características próprias, volume de compra e importância em relação ao

mercado como um todo. A combinação desses fatores é que determina o poder de

barganha de cada um dos grupos (PORTER, 1999).

O poder de barganha dos consumidores é grande quando:

A oferta é muito superior à demanda;

O volume de compra é alto;

Há pouca diferenciação de produto entre as empresas do mercado;

Os consumidores têm bom conhecimento dos custos e da estrutura das

empresas vendedoras;

A lucratividade dos compradores é alta;

A redução de custos por meio dos produtos comprados é pequena;

A importância do fornecedor para a qualidade do produto final do comprador é

baixa;

A porcentagem de gastos dos consumidores em produtos dos fornecedores é

alta.

2.6.5. Poder de barganha dos fornecedores

Os fornecedores podem exercer seu poder de barganha sobre os participantes do

mercado ao ameaçar aumentar os preços ou reduzir a qualidade dos produtos e

serviços comprados. Os grandes fornecedores de matérias-primas podem reduzir a

lucratividade de um mercado caso as empresas clientes não consigam repassar

esses aumentos de preço em seus produtos (PORTER, 1999).

O poder de barganha dos fornecedores é alto quando:

A concentração dos fornecedores em relação à quantidade de compradores no

mercado é alta;

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17

A disponibilidade de produtos substitutos é baixa;

A partir do modelo proposto por PORTER (1999), foi feita uma adaptação para os

meios de pagamentos móveis, levando em consideração fatores abordados nos

capítulos anteriores e encaixando cada qual sob a perspectiva das 5 forças de

mercado.

A Figura 7 mostra uma adaptação das 5 forças de mercado de PORTER (1999) para

o Mobile Payment.

Figura 7: Forças que governam a competição em Mobile Payment.

Fonte: Adaptado de PORTER, 1999.

Enquadrando os itens abordados nos capítulos anteriores conforme as cinco forças

de Porter, tem-se:

Entrantes Potenciais: Estes seriam os meios de pagamentos tradicionais (ou já

estabelecidos) tais como cartões de crédito e débito, cuja penetração vem se

expandindo nos últimos anos. A aceitação desses meios se relaciona com as

mudanças no ambiente social e cultural, como a ascensão das classes emergentes,

e também com as mudanças no ambiente de negócios, através do acesso ao crédito

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18

e a serviços, além do aumento das vendas de dispositivos móveis pelo varejo e

empresas de telecom.

Ao invés de serem vistos como uma ameaça, estes entrantes podem ser

considerados portas de entrada para o M-Payment, uma vez que surjam formas de

debitar os valores transacionados na fatura destes através de uma operação via

celular.

Produtos e Serviços Substitutos: Levando em consideração os fatores

apresentados por PORTER, pode-se considerar a barreira de entrada a produtos e

serviços substitutos alta, pois há poucos serviços disponíveis no país e estes ainda

não se popularizaram. Os investimentos também são relativamente altos, pois parte

da tecnologia que viabilizaria o Mobile Payment (como o NFC, por exemplo) exigiria

mudanças operacionais e de infraestrutura para permitir a aceitação destes meios

em terminais específicos ou multiplataforma. Já para o consumidor, a substituição de

meios de pagamentos tradicionais por M-Payment (via SMS, por exemplo) seria

baixa, dada a penetração de celulares por habitante (mais de 1 para cada brasileiro).

Poder de Barganha dos Fornecedores: Na adaptação do modelo das cinco forças

de PORTER (1999) identifica-se que o poder de barganha dos fornecedores, pode

ser considerado alto, pois a concentração dos fornecedores em relação aos

compradores no mercado é muito mais alta, além de não existirem produtos

substitutos disponíveis.

Poder de Barganha dos Consumidores: Se analisado o volume de pagamentos

realizados por meios alternativos ao dinheiro versus a oferta de Mobile Payment, a

demanda de serviços de pagamentos hoje é maior do que a abrangência dos meios

de pagamentos móveis existentes, tornando o poder de barganha dos consumidores

baixa.

Capacidade de Manobra dos Competidores: Considera-se alta a capacidade de

manobra dos competidores, pois, o número de concorrentes no segmento de M-

Payment ainda é baixo e o produto é altamente diferenciado, a ponto de ainda estar

sob regulamentação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

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19

3. DADOS DO SETOR

3.1. Vendas de Telefones Móveis

Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL, 2012) indicam que o

Brasil terminou Março de 2012 com 250,8 milhões de celulares. O crescimento do

mês (3,2 milhões) superou a marca registrada em um mês de março nos últimos 13

anos. O crescimento do pós-pago superou o do pré-pago que foi de 1,7% e 1,2%

respectivamente.

A Teleco World, empresa de Inteligência como foco no ramo de telecomunicações

publicou uma série histórica de dados que abrangem vendas de telefones celulares

na América Latina e no Brasil, bem como o ranking de vendas e a densidade de

telefones celulares da população de cada país (TELECOWORLD, 2012).

A Tabela 1 mostra o ranking dos seis principais países em volume de aparelhos

celulares, que juntos, representam cerca de 80% de todos os aparelhos da América

Latina, onde o Brasil figura em primeiro lugar, com mais de 242 milhões de

aparelhos no 4º. Trimestre de 2011:

Tabela 1: Desempenho Trimestral de Vendas de Celulares na América Latina

Fonte: TELECO E ÓRGÃOS REGULADORES, 2012

Assim como é líder no volume de aparelhos, a Tabela 2 mostra que o Brasil também

está no topo dos países com maior densidade de aparelhos, com aproximadamente

124 celulares para cada 100 habitantes, um crescimento de 25,3% em comparação

ao 1º. Trimestre de 2010:

Desempenho Trimestral

Celulares

Milhões 1T10 2T10 3T10 4T10 1T11 2T11 3T11 4T11 ∆Tri ∆Ano

Brasil 179,1 185,1 191,5 202,9 210,5 217,3 227,4 242,2 6,50% 19,40%

México 85,3 86,9 88,8 91,4 93,7 95 96,2 94,6 -2,60% 3,51%

Argentina 53,6 54,6 54,6 56,7 57,9 57,9 57,7 57,7 0,00% 1,60%

Colômbia 42 42,7 42,5 43,7 45,3 46,3 47,8 ND - -

Venezuela 28,1 28,2 27,9 27,9 27,2 26,9 27 28,8 6,70% 3,20%

Chile 17,1 17,6 18,3 19,9 20,3 20,8 21,5 ND - -

Fonte: Teleco e Órg. Reguladores

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Tabela 2: Densidade de aparelhos celulares para cada 100 habitantes

Fonte: TELECO E ÓRGÃOS REGULADORES, 2012

Já a Figura 8 traz as informações de acesso a aparelhos celulares e dados de

volume e densidade distribuídos regionalmente na América Latina. As informações

têm atualização até o 3º. Trimestre de 2011.

Figura 8: Acessos na América Latina (3T 2011)

Fonte: TELECO E ÓRGÃOS REGULADORES, 2012

Densidade

/100hab. 1T10 2T10 3T10 4T10 1T11 2T11 3T11 4T11

Brasil 93 95,9 98,9 104,7 108,3 111,6 116,5 123,9

México 75,9 77,4 79,1 81,3 83,4 84,6 84,6 84,2

Argentina 133,6 136,1 134,8 140 140,7 140,6 140,7 140,2

Colômbia 92,2 93,8 93,4 96,1 99,6 101,8 104,9 ND

Venezuela 98,4 98,5 97 96,7 94 92,5 92,9 98,3

Chile 100,2 102,7 106,9 117,3 118,8 118,8 123,8 ND

Fonte: Teleco e Órg.Reguladores

+25%

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21

3.2. Ascensão das Classes, Crédito e Bancarização

Segundo o estudo "Bancos: Exclusão e Serviços", feito pelo Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada (IPEA, 2011), houve um crescimento acelerado do acesso à

bancarização pela população brasileira no período de 2005 a 2010, saindo de 16,1%

para 60,5%, respectivamente, o que significa que 115 milhões de pessoas possuem

acesso a serviços financeiros.

Ainda segundo o IPEA (2011), a compreensão sobre a principal função de um banco

apresenta algumas diferenças do ponto de vista regional. Nas regiões mais

desenvolvidas economicamente (Sudeste e Sul) há uma menor percepção da

relevância da concessão de crédito, enquanto nas regiões menos desenvolvidas

economicamente (Nordeste e Norte), os entrevistados atribuem uma maior

relevância a essa função dos bancos.

A Figura 9 apresenta a percepção sobre a principal função de um banco por faixa de

renda e mostra que todas as faixas atribuem a maior importância ao item Concessão

de Crédito, seguido dos Serviços e Pagamentos de Contas. O segundo item têm

maior relevância nas faixas de renda inferiores a 20 Salários Mínimos (SM):

Figura 9: Principal Função de um Banco por Faixa de Renda.

Fonte: Adaptado de IPEA, SIPS, 2010.

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Conforme com uma pesquisa anual realizada pela CETELEM-IPSOS (2011), o ano

de 2010 foi marcado pelo aumento da renda da população. Brasileiros de todas as

classes e de todas as regiões tiveram aumento em sua renda média. Contudo,

proporcionalmente, pode-se dizer que o ano foi ainda mais expressivo para as

classes C, D e E (CETELEM-IPSOS, 2011).

Nos últimos anos, tem sido possível acompanhar a melhora nas condições de

consumo de uma parcela importante da população brasileira. Entre 2005 e 2009, no

Brasil, 26 milhões de brasileiros deixaram as classes DE e alcançaram a classe C e

outros 4 milhões conseguiram atingir as classes AB. Já no ano de 2010, o

movimento ocorreu de forma mais expressiva - quase 19 milhões de pessoas

deixaram as classes DE e 12 milhões alcançaram as classes AB. Em 2005, as

classes AB e C juntas correspondiam a 49% da população; em 2010, elas somavam

74% (CETELEM-IPSOS, 2011).

A Tabela 3 mostra o crescimento de 62% da classe C entre 2005 e 2010.

Tabela 3: Mobilidade Social – Número Absoluto de Pessoas

Fonte: Adaptado de CETELEM-IPSOS, 2011

A Figura 9 traz a representação gráfica desta distribuição, o que torna o fato ainda

mais evidente:

Mobilidade Social

Número Absoluto de Pessoas

Classe 2005 2006 2007 2008 2009 2010

AB 26.421.172 32.809.554 28.078.466 29.377.015 30.217.541 42.195.088

C 62.702.248 66.716.976 86.207.480 84.621.066 92.850.384 101.651.803

DE 92.936.688 84.862.090 72.941.846 75.822.249 66.884.870 47.948.964

Total 182.060.108 184.388.620 187.227.792 189.820.330 189.952.795 191.795.854

Fonte: Pesquisa Cetelem-Ipsos 2010

+62%

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Figura 9: Mobilidade Social – Número Absoluto de Pessoas

FONTE: Adaptado de CETELEM-IPSOS, 2010

A partir da observação da importância dada aos serviços e pagamentos de contas

pelas faixas de renda mostradas na Figura 8 e do aumento da renda média da

população, pode-se supor que a melhor exploração do uso desses serviços nessas

camadas específicas teria condições de alavancar o número de pagamentos

efetuados via intermediação de um banco.

A Tabela 4 permite observar a penetração de celulares pelas classes sociais no

Brasil e a penetração do crédito concedido pelos bancos - neste caso, representada

pela penetração de cartões de crédito e débito – em que se pode identificar que

ainda há espaço tanto para bancarização quanto para a venda de aparelhos

celulares, especialmente nas classes C e D:

Tabela 4: Poder de penetração de cartões e celulares nas classes sociais.

Fonte: FEBRABAN, 2009

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4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1. Método de Pesquisa

Quanto ao método de pesquisa, será utilizado predominantemente o método de

pesquisa qualitativo que, de acordo com GODOY (1995), não procura enumerar e/ou

medir os eventos estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise dos

dados, mas envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e

processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada,

procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja,

dos participantes da situação em estudo.

4.2. Tipo de Pesquisa

ROBSON (2002) indica quatro tipos de finalidade de pesquisa conforme o objetivo

que se pretende alcançar: exploratória, descritiva, explicativa e emancipatória.

O procedimento metodológico adotado para a primeira etapa deste trabalho foi a

pesquisa exploratória através de revisão bibliográfica que, segundo GIL (1999) é

desenvolvida com base em material já existente, composto principalmente por livros

e artigos científicos.

De acordo com GIL (1999), um trabalho é de natureza exploratória quando envolve

revisão bibliográfica, entrevistas com pessoas que possuem familiaridade ou

experiências práticas com o problema de pesquisa e análise de exemplos que

estimulem a compreensão. Possui, ainda, a finalidade de desenvolver, esclarecer e

modificar conceitos e idéias para a formulação de abordagens futuras. Dessa forma,

este tipo de estudo tem como objetivo proporcionar um maior conhecimento para o

pesquisador acerca do assunto, a fim de que esse possa formular problemas mais

precisos ou criar hipóteses que possam ser pesquisadas por estudos posteriores.

Para auxiliar este estudo na investigação das oportunidades e barreiras

mencionadas no texto, foi realizada uma revisão de literatura de artigos científicos,

publicações periódicas, notícias publicadas na mídia e bibliografia utilizada no curso

de Administração de Empresas, além de pesquisas de mercado específicas e

material elaborado para congressos apresentados a órgãos brasileiros, como

BACEN e FEBRABAN.

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25

A classificação de relevância dos temas se deu através da escolha dos títulos e dos

subtítulos das seções, seguindo a ordem de estrutura deste trabalho.

A Figura 10 exibe as possibilidades de utilização das fontes bibliográficas de acordo

com GIL (1999):

Figura 10: Classificação das fontes bibliográficas.

Fonte: GIL (1999).

4.3. Instrumento de Coleta de Dados

Para a Coleta dos Dados, foi escolhido o modelo de entrevista, em que o

entrevistado discorre sobre um tema com base nas informações que ele detém e

que no fundo são a verdadeira razão da entrevista. Conforme (LAKATOS;

MARCONI, 1994), a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma

delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma

conversação de natureza profissional.

A entrevista é o procedimento mais usual no trabalho de campo que, num primeiro

nível, é uma técnica que se caracteriza por uma comunicação verbal que reforça a

importância da linguagem e do significado da fala. Já, num outro nível, serve como

um meio de coleta de informações sobre um determinado tema científico. (MINAYO,

2002).

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26

GIL (2010) classifica as entrevistas em três tipos:

Estruturada: é aquela em que o entrevistador segue um roteiro previamente

estabelecido.

Não estruturada: o entrevistado tem liberdade para desenvolver cada

situação em qualquer direção que considere adequada.

Painel: consiste na repetição de perguntas, de tempo em tempo, às mesmas

pessoas, a fim de estudar a evolução das opiniões em períodos curtos.

Neste trabalho, a entrevista será feita utilizando um roteiro estruturado.

4.4. Técnica de Análise

Após transcrição da entrevista obtida através do uso de um roteiro estruturado, o

estudo utilizará a técnica de análise de conteúdo que, conforme BARDIN (1977) é

um conjunto de técnicas de análise das comunicações que utiliza procedimentos

sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens.

BARDIN (1977) também diz que é um conjunto de instrumentos metodológicos que

se aperfeiçoa constantemente em que se aplicam discursos diversificados.

4.5. Amostra

VERGARA (2007) afirma que existem dois tipos de amostra: probabilística e não

probabilística, onde a definição de amostra não probabilística é:

Aquela em que a seleção dos elementos da população para compor a amostra

depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do entrevistador no

campo. Não há nenhuma chance conhecida de que um elemento qualquer da

população venha a fazer parte da amostra (MATTAR,1996, p. 132).

Neste mesmo sentido, (MARCONI E LAKATOS,1990) afirmam que quando não se

pode usar uma amostra probabilística, o pesquisador procura um subgrupo que seja

típico, em relação à população como um todo, vindo a se tornar a amostragem por

tipicidade.

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A amostra a ser utilizada neste estudo será composta por 4 a 5 profissionais

propositalmente selecionados, com experiência no ramo de meios de pagamento e

telecomunicações.

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5. REFERÊNCIAS

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