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Diagnóstico Das Oportunidades De Comércio No Vale Da Amoreira Iniciativa Bairros Críticos Vale da Amoreira Manuel Luís Moreira Malheiro De 27 de Junho a 9 de Agosto Orientadora: Dr.ª Ana Quintela

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Diagnóstico Das

Oportunidades De

Comércio No Vale Da

Amoreira

Iniciativa Bairros Críticos – Vale da Amoreira

Manuel Luís Moreira Malheiro

De 27 de Junho a 9 de Agosto

Orientadora: Dr.ª Ana Quintela

Manuel Luís Moreira Malheiro

Orientadora: Dr.ª Ana Quintela

27 De Junho a 9 de Agosto

Diagnóstico das Oportunidades de Comércio no Vale da

Amoreira

1

Síntese

O âmbito deste relatório surge da necessidade de um diagnóstico sobre as

oportunidades/potencialidades para o Vale da Amoreira no que toca à prestação de serviços e

geração de riqueza local através dos consumos daqueles que, efectivamente, trabalham no Vale

da Amoreira mas não são residentes.

O trabalho de diagnóstico foi realizado durante o período de 27 de Junho a 9 de Agosto

de 2011, sob a orientação da Dr.ª Ana Quintela e tiveram como base o Eixo 3 da iniciativa:

“formação profissional em contextos de exclusão”.

2

Índice de Gráficos:

Gráfico 1, Sexo dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011 ............................. 11

Gráfico 2, Idade dos trabalhadores não residente - Vale da Amoreira 2011 ............................. 12

Gráfico 3, Zona de Residência - Vale da Amoreira 2011 ........................................................... 13

Gráfico 4, Profissão dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011 ...................... 15

Gráfico 5, Entidade empregadora dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011 16

Gráfico 6, Horas trabalhadas por dia pelos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira

2011 ....................................................................................................................................... 17

Gráfico 7, Dias trabalhados por semana pelos trabalhadores não residentes – Vale da Amoreira

2011 ....................................................................................................................................... 18

Gráfico 8, Caracterização da Oferta de serviços pelos trabalhadores não residentes - Vale da

Amoreira 2011 ........................................................................................................................ 20

Gráfico 9, Frequência de consumo dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

............................................................................................................................................... 21

Gráfico 10, Serviços que os trabalhadores não residentes conhecem - Vale da Amoreira 2011

............................................................................................................................................... 22

Gráfico 11, Tipos de consumos dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011..... 23

Gráfico 12, Factores que explicam os consumos dos trabalhadores não residentes no Vale da

Amoreira - Vale da Amoreira 2011 .......................................................................................... 24

Gráfico 13, Mais serviços, mais consumo? – Vale da Amoreira 2011 ....................................... 25

Gráfico 14, Razões responsáveis pela escolha de consumir ou não no Vale da Amoreira - Vale

da Amoreira 2011 ................................................................................................................... 26

Gráfico 15, Serviços que os trabalhadores gostariam de ter acesso no Vale da Amoreira - Vale

da Amoreira 2011 ................................................................................................................... 27

Gráfico 16, Factores que levariam os trabalhadores não residentes a consumir mais no Vale da

Amoreira - Vale da Amoreira 2011 .......................................................................................... 28

Gráfico 17, Em que localidade almoçam os trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira

2011 ....................................................................................................................................... 30

Gráfico 18, Tipo de serviços de restauração utilizados pelos trabalhadores não residentes - Vale

da Amoreira 2011 ................................................................................................................... 31

Gráfico 19, Se os trabalhadores não residentes gostariam de ter mais serviços no Vale da

Amoreira - Vale da Amoreira 2011 .......................................................................................... 35

Gráfico 20, Justificações para mais serviços de restauração no Vale da Amoreira - Vale da

Amoreira 2011 ........................................................................................................................ 36

3

Gráfico 21, Tipos de serviços de restauração mais necessitados no Vale da Amoreira pelos

trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011 ........................................................... 38

Gráfico 22, Sugestões - Vale da Amoreira 2011 ....................................................................... 40

4

Índice de Tabelas:

Tabela 1, Inquéritos entregues .................................................................................................. 8

Tabela 2, Idade dos trabalhadores não residentes – Vale da Amoreira 2011 ............................ 11

Tabela 3, Cruzamento entre consumos dos trabalhadores não residentes com carga horária

diária dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011 ........................................... 23

Tabela 4, cruzamento entre local de almoço e serviços de restauração utilizados pelos

trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011 ........................................................... 32

Tabela 5, Cruzamento entre local de almoço fora do Vale da Amoreira e serviços de

restauração utilizados pelos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011 ............... 33

Tabela 6, Cruzamento entre local de almoço fora do Vale da Amoreira e zona de residência -

Vale da Amoreira 2011............................................................................................................ 34

Tabela 7, Cruzamento entre querer mais serviços de restauração e as razões - Vale da

Amoreira 2011 ........................................................................................................................ 37

Tabela 8, Cruzamento entre zona de residência e frequência de consumo no Vale da Amoreira -

Vale da Amoreira 2011............................................................................................................ 42

Tabela 9, Cruzamento entre zona de residência e mais serviços, mais consumos? - Vale da

Amoreira 2011 ........................................................................................................................ 43

Tabela 10, Cruzamento entre zona de residência e consumir mais no Vale da Amoreira, caso

existam mais serviços de restauração - Vale da Amoreira 2011 ............................................... 44

Tabela 11, caracterização grupo escola - Vale da Amoreira 2011 ............................................. 45

Tabela 12, Cruzamento entre Profissão, mais serviços, local de almoço e mais serviços de

restauração - Vale da Amoreira 2011 ...................................................................................... 46

Tabela 13, Cruzamento entre frequência de consumo, serviços utilizados e local de almoço -

Vale da Amoreira 2011............................................................................................................ 46

Tabela 14, Cruzamento entre mais oferta, mais consumos e suas razões - Vale da Amoreira

2011 ....................................................................................................................................... 54

5

Índice

Síntese ...................................................................................................................................... 1

Índice de Gráficos: .................................................................................................................... 2

Índice de Tabelas: ..................................................................................................................... 4

1.Introdução .............................................................................................................................. 6

2. Metodologia Utilizada ........................................................................................................... 8

3. Análise Agregada dos Resultados do Inquérito .................................................................... 10

3.1. Identificação ................................................................................................................. 11

3.2. Zona de Residência ...................................................................................................... 13

3.3. Profissão ...................................................................................................................... 15

3.4. Oferta de Serviços no Vale da Amoreira ....................................................................... 19

3.5. Alimentação/Refeições ................................................................................................. 29

3.6. Sugestões ..................................................................................................................... 40

4. Análise................................................................................................................................ 41

4.1. A zona de residência e o consumo no Vale da Amoreira ............................................... 42

4.2. A escola e os seus consumos......................................................................................... 45

5. Considerações Finais ........................................................................................................... 48

6.Anexos................................................................................................................................. 52

Anexo 1 .............................................................................................................................. 52

Anexo 2 .............................................................................................................................. 53

Anexo 3 .............................................................................................................................. 54

6

1.Introdução

O desenvolvimento local “valorizando o social e as pessoas”, procura “dar-lhes

protagonismo no processo de desenvolvimento. As pessoas e comunidades locais são o espaço

prioritário para o desenvolvimento. Este torna-se assim, num exercício de cidadania e resulta

da participação e implicação das pessoas”. 1

O diagnóstico que é apresentado surge com o objectivo de procurar descobrir quais as

potencialidades existentes no Vale da Amoreira através das necessidades de consumo dos seus

trabalhadores não residentes. Sendo assim, este projecto vai procurar contribuir para o sucesso

económico, mas sempre respeitando e baseando-se nos aspectos caracterizadores do Vale da

Amoreira, sejam eles sociais ou culturais.

Olhando à transcrição realizada, percebe-se que o tipo de desenvolvimento descrito se

afasta do “preconceito” económico de desenvolvimento, o crescimento económico como

processo de desenvolvimento único na economia. Este conceito, por sua vez, procura chegar

junto das populações e criar em cooperação com o poder local e com a comunidade, condições

para potenciar desenvolvimento com base nas pessoas e nos seus saberes e culturas. Deve,

portanto, cultivar-se um espírito de reciprocidade no que toca à aprendizagem, onde se ensina e

aprende, isto é, aprender-se mutuamente. As comunidades devem ser respeitadas e entendidas

em si mesmas, como a solução. A cooperação e a parceria, são essenciais, pois o resultado final

dependerá sempre dos dois lados.

“Num mundo cada vez mais ameaçado pelos problemas inerentes ao aquecimento

global, esgotamento de recursos, disparidades sociais e crises económico-financeiras, a

necessidade de um desenvolvimento sustentável do território torna-se urgente, procurando

sempre uma abordagem integrada e pluridisciplinar como forma de usufruir de todas as

potencialidades do território, conciliando o desenvolvimento com a economia de recursos.” 2

Ou seja, faz parte do nosso processo e objectivo de desenvolvimento e “evolução”

social procurar soluções harmoniosas que sejam potenciadoras do desenvolvimento Mundial, de

cada Zona Económica, de cada País, de cada Localidade e de cada Pessoa.

1 A globalização e desenvolvimento, desenvolvimento local

2 BRUNDTLAND, 1987

7

“A sustentabilidade socioeconómica pode ser incentivada através de políticas sociais,

urbanas ou outras iniciativas” 3

Estas iniciativas surgem como projectos, que procuram diagnosticar quais as

especificidades/potencialidades/oportunidades de cada zona, e perceber quais são os

impedimentos e ameaças que tornam estas regiões em Locais Críticos. Nestas podemos

facilmente enquadrar o papel da “Iniciativa Bairros Críticos – Operação Vale da Amoreira”.

Esta iniciativa, procura criar dinâmicas locais, através do envolvimento com a comunidade local

(em parcerias) para que o objectivo de coesão, requalificação e inserção territorial, social e

económica seja atingido, isto é, que os problemas ditos “críticos” desta zona sejam

ultrapassados através do empenho e trabalho das suas comunidades.

O projecto de diagnóstico que é apresentado, surge no âmbito da Iniciativa Bairros

Críticos, procurando perceber quais as potencialidades, em termos de comércio e serviços, que

possam ser implementadas e que sejam uma resposta às necessidades das pessoas que trabalham

mas não residem no Vale da Amoreira, quer dizer, aproveitar as necessidades de consumo das

pessoas que fazem do Vale da Amoreira o seu local de trabalho. Assim, pretende-se revitalizar a

freguesia através do empreendedorismo e da criação local de riqueza, aproveitando as

necessidades das pessoas que lá trabalham.

Este diagnóstico vai ser feito com base num inquérito, apurando as opiniões dos

trabalhadores não residentes no Vale da Amoreira. Posteriormente, será feita a sua análise e

apresentação das principais conclusões.

3 BRUNDTLAND, 1987

8

2. Metodologia Utilizada

O projecto de diagnóstico realizado, teve lugar na freguesia do Vale da Amoreira, no

âmbito da “Iniciativa Bairros Críticos”, sob coordenação e orientação da Dr.ª Ana Quintela,

responsável pelo Eixo 3 do Projecto (formação profissional em contextos de exclusão).

O mesmo foi efectuado como parte integrante do estágio curricular de final de

Licenciatura de Economia na Universidade ISCTE (Instituto Superior das Ciências do Trabalho

e da Empresa). As tarefas foram realizadas no período de 27 de Junho a 22 de Julho de 2011.

Durante estas 4 semanas de projecto, as tarefas foram repartidas sob 5 fases, sendo as mesmas

definidas a seguir:

1) Realização do inquérito como meio de obter as informações necessárias ao

diagnóstico4;

2) Entrega dos inquéritos pelo Parceiros Locais;

3) Recolha dos inquéritos;

4) Construção de uma base de dados de forma a analisar estatisticamente os resultados

(SPSS);

5) Análise dos resultados finais.

O diagnóstico foi realizado com base em 133 inquéritos, de onde a primeira expectativa

sobre o nº de trabalhadores está presente na tabela 1.

4 Ver inquérito em anexo: Anexo 1

Parceiros Locais Nº de trabalhadores não residentes (estimativa)

AIGAST 3

Delegação da Câmara 2

VITA Caminho 3

RUMO/GEAE 3

EB2,3 75

Junta de Freguesia 3

ESBB 20

Biblioteca 4

CATL/VIVA/CRIVA 10

Centro de Saúde 22

Outros parceiros Indefinido

Total Indefinido

Tabela 1, Inquéritos entregues – Vale da Amoreira 2011

9

Os inquéritos surgem como um meio preferencial para obter, em primeiro plano, a

opinião daqueles que são o objecto de estudo. Sendo assim, esse mundo amostral baseou-se nos

trabalhadores não residentes no Vale da Amoreira. O objectivo é diagnosticar se existem

necessidades de serviços/comércio e quais são os seus contornos, ou seja, quais são os tipos de

necessidade dos trabalhadores não residentes e o que gostariam de ter ao seu dispor. As

oportunidades surgem através da criação da oferta que irá responder a essas necessidades, logo,

o diagnóstico que aqui vai ser apresentado, ganha uma maior relevância e importância como um

meio a ser utilizado para uma revitalização económica da freguesia.

A amostra teve um número bastante positivo de respostas, que conseguiu superar o

universo estimado. Isto significa que o inquérito foi bem recebido, o que aumenta as

probabilidades de um real e útil diagnóstico.

De seguida, irão ser apresentadas as principais relações e ligações que poderão ser úteis

para uma subsequente análise.

10

3. Análise Agregada dos Resultados do Inquérito

Nesta parte do relatório, o desenvolvimento por designação, irão ser explorados os

inquéritos e as respectivas respostas.

Procurou-se sintetizar e apresentar os resultados mais importantes para uma

compreensão real da situação e da opinião dos que foram inquiridos.

O inquérito está dividido em 5 partes:

1) Identificação,

2) Zona de residência,

3) Profissão/trabalho,

4) Oferta de Serviços no Vale da Amoreira,

5) Alimentação/refeições,

6) Sugestões.

Estas serão analisadas e apresentadas seguindo a ordem proposta. Por sua vez, a análise

irá ser feita através da base de dados criada com recurso ao pacote estatístico do SPSS. A base

de dados foi feita em conformidade com o inquérito e tem nas suas variáveis e campos de

resposta as perguntas do inquérito.5

A dimensão da amostra figura nos 133 inquiridos, onde o valor estimável rondava os

123 trabalhadores não residentes. Trata-se de uma amostra considerável tendo em conta o curto

espaço de tempo, 4 semanas, que tivemos disponível para realizar o inquérito, entregar, recolher

e analisar.

5 Ver base de dados em anexo: Anexo 2

11

3.1. Identificação

No ponto de resposta 1 do inquérito, Identificação, considerou-se a Idade e o Sexo

como sendo os campos de resposta importantes, tanto para perceber que tipo de pessoas perfaz o

grupo de trabalhadores não residentes no Vale da Amoreira.

Torna-se importante perceber qual o grupo alvo a considerar como maioritário ou

predominante no Vale da Amoreira. É necessário perceber quais os seus tipos de consumo e se

realmente existe algum padrão digno de individualizar.

Segundo o gráfico 1, pode observar-se que existe um predomínio no que toca ao

sexo dos inquiridos, sendo que uma esmagadora maioria são do sexo Feminino (cerca

de 83%).

Face à idade, existe uma enorme variabilidade, visto que aparece um grupo que

vai desde os 22 anos aos 66 anos, sendo a amplitude da amostra 44 anos, que representa

a diferença entre o valor máximo e mínimo.

Segundo a Tabela 2, podemos observar que a idade que mais prevalente é 31

anos (moda), o que remete para uma base de dados relativamente jovem. Contudo, o

valor que é considerado como o ponto que separa a base de dados em duas (a mediana),

representa 42 anos. Este valor demonstra que a base de dados tem vários segmentos de

Idade (respostas) 132

Total 133

Média 41,3

Mediana 42

Moda 31

Mínimo 22

Máximo 66

Desvio Padrão 9,562

Variância 91,431

23; 17%

110; 83%

Sexo

Masculino

Feminino

Tabela 2, Idade dos trabalhadores não residentes – Vale da Amoreira 2011

Gráfico 1, Sexo dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

12

idades, desde os mais novos (22 anos) aos mais velhos (66 anos). Os inquiridos que têm

uma idade superior a 42 anos têm o mesmo tamanho que têm os inquiridos com menos

de 42 anos. Isto é importante pois assim, identifica-se que temos a opinião de vários

grupos etários e não apenas de um em específico.

Por outro lado, as idades mais comuns apresentadas são 31 e 47 anos, mostrando

mais uma vez que a variabilidade da amostra é razoável, descrevendo bem a idade

activa.

Gráfico 2, Idade dos trabalhadores não residente - Vale da Amoreira 2011

As conclusões que se podem retirar são que existe diversidade, mas os grupos

mais predominantes serão os que se encontram entre os 28-32 anos, os 35-38 anos e os

46 e 51 anos. Sendo assim, é identificável uma população adulta, mas jovem. Mais,

podemos perceber que existem vários grupos etários e logo, a variedade da opinião tem

mais relevância pois cada grupo etário tem expressa a sua opinião. A sua opinião, seja

ela igual ou diferente de grupo para grupo, está representada, dando mais

representatividade à amostra e análise.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

22 26 28 30 32 34 36 38 41 43 45 47 49 51 53 55 59 64

Idade

13

3.2. Zona de Residência

No ponto de resposta 2 do inquérito, Zona de Residência, consideraram-se 5 campos

de escolha:

1. Distrito de Setúbal,

2. Concelho da Moita,

3. Distrito de Lisboa,

4. Distrito do Barreiro

5. Outros.

Este ponto é importante para que se percebam quais são as localidades de residência

predominantes, dos que trabalham no Vale da Amoreira mas não são residentes, e também para

se compreender se viver em zonas limítrofes é positivo ou uma ameaça/constrangimento ao

consumo no Vale da Amoreira (ver capítulo 4).

Gráfico 3, Zona de Residência - Vale da Amoreira 2011

Num total de cerca de 133 inquiridos:

Cerca de 30% reside no Distrito de Setúbal;

Cerca de 27.8% reside no Concelho do Barreiro;

Cerca de 22,6% reside no Concelho da Moita;

Cerca de 13.5% reside no Distrito de Lisboa;

Cerca de 5 % reside noutra localização.

41

30

18

37

7

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Distrito de Setubal

Concelho da Moita

Distrito de Lisboa

Concelho do Barreiro

Outros

Distrito de SetubalConcelho da MoitaDistrito de LisboaConcelho do BarreiroOutros

14

Como se pode observar, o

Vale da Amoreira encontra-se entre o Concelho do Barreiro e o

Concelho da Moita. Sensivelmente

50% dos inquiridos reside nestes duas zonas. Será este ponto a favor

ou contra do consumo no Vale da

Amoreira? (ver capítulo 4).

Resumindo:

Neste ponto percebe-se que sensivelmente metade dos trabalhadores não residentes no

Vale da Amoreira reside no Concelho da Moita e do Barreiro. Será esta conclusão uma

potencialidade ou uma adversidade?

Por um lado, pode pensar-se que por estarem perto existe menor probabilidade de

realizarem no Vale da Amoreira os seus consumos, mas por outro lado, essa mesma situação

pode ser propensa a que o consumo seja feito no Vale da Amoreira por ser mais perto do local

de trabalho mas também de residência.

Contudo, também não se podem esquecer aqueles que residem no distrito de Setúbal e

Lisboa. Ao estarem consideravelmente longe da sua área de residência, a probabilidade de

consumirem ou a sua necessidade pode ser superior face aos que residem nas zonas limítrofes.

Ilustração 1, Localização Vale da Amoreira - Vale da Amoreira 2011

15

3.3. Profissão

No ponto de resposta 3 do inquérito, Profissão, existem 4 questões:

1. Profissão,

2. Entidade empregadora,

3. Quantos dias por semana trabalha no Vale da Amoreira,

4. Quantas horas, por dia, trabalha no Vale da Amoreira.

A profissão e as cargas horárias e semanal, são factores que podem ser utilizados para

perceber que tipos de consumos são característicos de cada um deles. Conhecer qual a

distribuição e o grupo determinante, torna-se essencial para saber que tipos de necessidades

existem em concreto para esse grupo, e o que se pode fazer para responder a essas mesmas

necessidades.

De seguida, as quatro questões irão ser abordas, começando pelas profissões que estão

representadas no gráfico 4.

Gráfico 4, Profissão dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

16

Como o gráfico 4 demonstra, a maior parte dos inquiridos (43%) tem a profissão de

professor. Pode então considerar-se este grupo de consumidores como o capaz ou com

condições de poder fazer a diferença no que toca a intenções de consumir. A profissão que tem

em segundo lugar mais impacto é a de assistente técnico(a), com apenas 7 %.

Sendo assim, a conclusão a retirar é que com base nestes 133 inquiridos, quase metade

são professores o que os torna num ponto de interesse para a comunidade. Isto acontece pois,

um grupo deste tamanho pode ter poder para trazer sucesso às dinâmicas económicas, isto é, aos

serviços através dos seus consumos.

A próxima questão a ser abordada é a entidade empregadora, que terá como referência o

gráfico 5.

Gráfico 5, Entidade empregadora dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

17

Mais uma vez, a maioria dos inquiridos pertence ou trabalha para uma escola, tendo o

Ministério da Educação, a ESBB, a EB 2/3 e o Agrupamento Vertical das Escolas do Vale da

Amoreira integram cerca de 60%.

Depois, ambos com 9%, tem-se o conjunto dos Parceiros ligados à Saúde (Usf Querer

mais, Ministério da Saúde e Ars Lvt- Aces Arco ribeirinho) e o CRIVA.

Este ponto volta a designar as escolas como um ponto de interesse devido à sua

dimensão. Isto significa que no grupo escola podem estar muitas oportunidades por explorar.

A seguir, vão surgir dois gráficos que remetem a análise para a carga de trabalho diária

(gráfico 6) e carga de trabalho semanal (gráfico 7).

Segundo a informação do gráfico 6, a maioria dos inquiridos demonstra trabalhar entre

7 a 10 horas por dia. Esta carga horária poderá ser um factor positivo para o consumo uma vez

que a maior parte do dia de trabalho é passado no Vale da Amoreira. Este ponto poderá ser

preponderante para a necessidade dos consumos, quer de produtos quer de serviços,

nomeadamente refeições.

9

27

80

14

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

< 3 horas 3 a 6 horas 7 a 10 horas > 10 horas

< 3 horas

3 a 6 horas

7 a 10 horas

> 10 horas

Gráfico 6, Horas trabalhadas por dia pelos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

18

A análise continua com o gráfico 7, onde a informação detalha a carga de trabalho

semanal dos trabalhadores não residentes.

Tal como na carga horária, os dias por semana apresentam também um valor para o qual

tendem, onde o valor é 5 dias por semana. Este factor pode também ser importante para a

necessidade e frequência de consumo, pois quantos mais forem os dias em que tenham que

trabalhar no Vale da Amoreira, maior será oportunidade de lá realizar os seus consumos.

Resumindo:

Os pontos a ter em conta depois de uma primeira análise a este ponto são o factor

Escola e Professores que pode ser um ponto de partida, ou seja, o seu elevado número dentro da

comunidade pode representar um igual número de oportunidades/necessidades que poderão ser

exploradas.

Tanto a carga horária como semanal indicam que a maior parte dos inquiridos passa no

Vale da Amoreira 7 a 10 horas por dia e 5 dias por semana, o que representa igualmente um

foco a ter em conta visto que os consumos (produtos, serviços, refeições) têm maior

probabilidade de acontecer (quanto mais tempo se passa num local durante o dia, mais propenso

se está a consumir nesse mesmo local).

4 615

100

3 5

0

20

40

60

80

100

1202 dias

3 dias

4 dias

5 dias

7 dias

pontualmente

Gráfico 7, Dias trabalhados por semana pelos trabalhadores não residentes – Vale da Amoreira 2011

19

3.4. Oferta de Serviços no Vale da Amoreira

No ponto de resposta 4 do inquérito, Oferta de Serviços no Vale da Amoreira,

existem 3 conjuntos de questões:

1. Caracterização dos serviços/comércio existentes no Vale da Amoreira,

2. Se consome e o que consome no Vale da Amoreira,

3. O que gostaria de ter ou que factores o levariam a consumir no Vale da Amoreira.

Este ponto é dos mais importantes, pois é basicamente a opinião dos inquiridos no que

toca à oferta de serviços e comércio do Vale da Amoreira. A partir desta, poderá perceber-se

quais os principais constrangimentos e quais as oportunidades e potencialidades existentes nos

serviços. Os principais pontos a destacar são:

Quais os consumos realizados no Vale da Amoreira;

Quais as suas necessidades quando se encontram no Vale da Amoreira;

Quais as razões das necessidades e consumos;

Quais as soluções para essas necessidades e quais os tipos de serviços mais solicitados.

A opinião dos inquiridos, nesta fase do inquérito, constitui a base do diagnóstico pois é

esta que irá determinar o seu resultado, ou seja, quais são as oportunidades existentes e quais

são os factores a favor e contra. A partir da opinião individual, podemos chegar a uma

conclusão generalizadas de quais os pontos fortes e fracos e quais os pontos de interesse, que

poderão vir a dinamizar a freguesia.

20

O gráfico 8 representa a apreciação dos inquiridos face à oferta de serviços

existente no Vale da Amoreira.

A maioria dos inquiridos considerou que o Vale da Amoreira tem uma oferta de bens e

serviços Baixa. Ulteriormente, as opiniões dividem-se entre o Muito Baixa e Razoável. Sendo

assim, surge uma possível conclusão:

A opinião geral aponta para uma reduzida oferta de serviços e comércio no Vale

da Amoreira, visto que, sensivelmente, mais de 50% considera que a oferta ou é

Muito Baixa ou Baixa,

Gráfico 8, Caracterização da Oferta de serviços pelos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

28

69

28

10

10

20

30

40

50

60

70

80

Muito Baixa Baixa Razoável Elevada

Muito Baixa

Baixa

Razoável

Elevada

21

O gráfico 9 apresenta a frequência com que os trabalhadores não residentes

consomem no Vale da Amoreira.

Face à frequência de consumo no Vale da Amoreira, a maioria dos inquiridos

respondeu que consome Às Vezes, Muitas Vezes e Sempre visto que em conjunto obteram mais

de 50%.

Só 8 em 133 inquiridos responderam que nunca consomem no Vale da Amoreira, o que

não ultrapassa os 6%. 49 inquiridos responderam Raramente, o que representa 37%.

A conclusão a reter é que mais de 50% dos trabalhadores não residentes consome com

uma frequência razoável no Vale da Amoreira.

8

4952

138

0

10

20

30

40

50

60

Nunca Raramente Às Vezes Muitas Vezes

Sempre

Nunca

Raramente

Às Vezes

Muitas Vezes

Sempre

Gráfico 9, Frequência de consumo dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

22

No gráfico 10, procura-se perceber e identificar quais são os serviços e comércio que

são mais conhecidos pelos trabalhadores não residentes no Vale da Amoreira.

A maioria dos inquiridos identificou diversos serviços, o que constitui um indicador de

que conhecem alguns serviços na sua área de trabalho.

Os serviços mais seleccionados foram os relacionados com a Alimentação/Refeições,

isto é, cafetaria/pastelaria, restaurante, churrasqueira. Depois temos a Farmácia, a

mercearia/minimercado e a papelaria/tabacaria.

Gráfico 10, Serviços que os trabalhadores não residentes conhecem - Vale da Amoreira 2011

23

89

38

18

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Refeições

Serviços Vários

Produtos_diversos

No seguimento do tópico anterior (gráfico 10), o gráfico 11 surge como a segmentação

dos tipos de consumos dos trabalhadores não residentes no Vale da Amoreira.

Pelo representado pelo gráfico 11, percebe-se que os serviços mais requeridos e

utilizados são as refeições, representado cerca de 67%.

Volta-se a chegar á conclusão que as necessidades relacionadas com as refeições, onde a

carga horária de 7 a 10 horas por dia tem influência, são um potencial ponto de interesse com o

objectivo de criar mais dinâmicas comerciais (tabela 3).

Gráfico 11, Tipos de consumos dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

< 3 horas3 a 6

horas

7 a 10

horas> 10 horas

Refeições 6 18 49 13 86

Serviços

Vários2 10 24 2 38

Produtos

diversos0 4 14 0 18

8 32 87 15

cruza

men

to e

ntre carga horária diária

O que

costuma

consumir no

Vale da

Amoreira?

total

total

Tabela 3, Cruzamento entre consumos dos trabalhadores não residentes com carga horária diária dos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

24

O gráfico 12 apresenta quais são os factores que pesam mais para os trabalhadores não

residentes para consumirem no Vale da Amoreira.

O gráfico 12 enumera as várias razões que são responsáveis pelo consumo dos

trabalhadores não residentes no Vale da Amoreira. Como se pode constatar, a maioria dos

inquiridos revelou que o factor mais determinante é ser perto do local de trabalho. Esta maioria

é relativamente abrangente uma vez que representa cerca de 92% dos inquiridos que

responderam a esta questão.

Os factores, que a seguir, revelam mais preponderância (mesmo que reduzida

relativamente) são o atendimento e os preços dos produtos.

Portanto, consumir no Vale da Amoreira tem a sua razão de ser pelo que este factor, ser

perto do local de trabalho, deve ser visto com bons olhos e como uma oportunidade a explorar.

Em primeiro lugar, ser perto do local de trabalho representa um factor importante, pois

as pessoas sentem necessidade de gerir o seu tempo útil. Ao ser perto do local de trabalho,

facilitam a rotina diária ao pouparem tempo, visto que a maioria dos trabalhadores não

residentes trabalham 5 dias por semana e 7 a 10 horas por dia.

Em segundo lugar, e seguindo o grau de importância dos factores enumerados, se a ser

perto do trabalho conseguirmos associar a vantagem através dos preços, qualidade, variedade e

atendimento poderá estar a ser criada uma sólida oportunidade. Isto acontece, porque o facto de

123

311 14

4 0 2 0 10

20

40

60

80

100

120

140 Perto do local de trabalho

Horário de atendimento

Preço dos Produtos

Atendimento

Qualidade dos Produtos

Higiene

Diversidade de produtos

Qualidade dos serviços

Outros

Gráfico 12, Factores que explicam os consumos dos trabalhadores não residentes no Vale da Amoreira - Vale da Amoreira 2011

25

estar perto do local de trabalho (factor de conveniência) alicia, numa primeira fase, os potenciais

consumidores e posteriormente, numa segunda fase, cativa pelas características próprias, isto é,

qualidade, variedade, preço, atendimento. Sendo assim, uma aposta em factores como a

diversidade, a qualidade, o preço e o próprio atendimento podem ser importantes para o sucesso

dos serviços. O comércio ganha, em primeiro lugar, por estar perto dos consumidores (ser perto

do local de trabalho) e depois aproveita esse factor, cativando esses consumidores com uma

oferta diversificada e de qualidade.

Com recurso ao gráfico 13, procura-se perceber se a existência de mais serviços à

disposição dos trabalhadores não residentes no Vale da Amoreira, teria como resposta mais

consumos, isto é, se existir um aumento da oferta disponível, será que a procura seguirá pelo

mesmo caminho?

Cerca de 34% afirma que faria os seus consumos no Vale da Amoreira, caso a

quantidade de serviços disponíveis aumentasse. Este valor é ligeiramente superior aos 23% que

negaram esta hipótese.

No entanto, os inquiridos que estão indecisos ou não conseguem prever o seu

comportamento, têm muito interesse para a análise (ver tabela 13, anexo 3). A maior parte dos

que responderam “não sabe”, afirmam que a sua futura escolha vai depender da qualidade,

quantidade e preço dos serviços oferecidos. Cerca de 22% dos que responderam “não sabe”

consumiriam, se existisse qualidade nos futuros serviços. Sabendo isto, o valor dos que

45; 34%

31; 23%

57; 43%

Sim

Não

Não sabe

Gráfico 13, Mais serviços, mais consumo? – Vale da Amoreira 2011

26

consumiriam aumenta consideravelmente, dando mais consistência à oportunidade e

potencialidade de criar riqueza local.

Por outro lado, os que responderam “não”, justificam-se dizendo que é apenas o seu

local de trabalho ou que é longe da sua residência (cerca de 32%). Os que responderam que

“sim”, afirmam consumir porque facilita a sua rotina diária ou por ser perto do local de trabalho

(cerca de 62%). Este valor volta a confirmar as potencialidades aferidas anteriormente.6

Com recurso ao gráfico 14, procura-se aferir quais as razões que levam os trabalhadores

não residentes a consumir no Vale da Amoreira.

Gráfico 14, Razões responsáveis pela escolha de consumir ou não no Vale da Amoreira - Vale da Amoreira 2011

Por corresponder a uma questão aberta no inquérito apenas obteve 72 respostas.

Contudo essas 72 respostas correspondem a 54% dos inquiridos, resultando numa boa base para

6 Ver em Anexo 3

27

análise. Para uma análise transversal, agruparam-se as respostas em grupos consoante o tipo de

respostas obtidas.

O gráfico 14 volta a realçar uma conclusão já mencionada anteriormente, isto é, que o

principal factor que pode levar ao consumo dos trabalhadores não residentes é o facto de ser

perto do local de trabalho, em primeiro plano, e as características dos serviços oferecidos

(qualidade, variedade, preço), em segundo plano. É, por isso, importante reforçar a ideia da

proximidade como conveniência (gerir ou poupar o tempo) e a qualidade e diversidade como

factores para manter os consumos no futuro (cativar).

O gráfico 15, remete a análise para enumeração dos serviços de que os trabalhadores

não residentes sentem mais necessidade ou gostariam de ter acesso no Vale da Amoreira.

Seria importante realçar os resultados, que seguindo a lógica de gráfico anterior, fazem

mais sentido. Nesse caso, deve focar-se a atenção nos resultados relacionados com o grupo

Alimentação/Refeições, isto é, Café/Restaurante, Padaria/Pastelaria, Takeway/Fast food,

Gráfico 15, Serviços que os trabalhadores gostariam de ter acesso no Vale da Amoreira - Vale da Amoreira 2011

28

Churrasqueira e Geladaria. Este conjunto teve 91 selecções (cerca de 24%), o que supera tanto

os bancos (cerca de 13%) como as caixas multibanco (12%).

A potencialidade que existe e persiste, em emergir nas sucessivas análises, aponta para

o ponto de interesse que se foca na Alimentação/Refeições.

No entanto, não se deve deixar de referir a importância do ginásio no conjunto das

várias selecções.

O gráfico 16, procura demonstrar quais os factores potenciadores de um maior nível ou

frequência de consumos, pelos trabalhadores não residentes no Vale da Amoreira.

Pela variedade e quantidade de respostas, pode aferir-se que esta questão (Que factores

o levam a consumir no Vale da Amoreira?) gerou uma boa dinâmica de respostas.

Pode ser destacado o factor “variedade de produtos e serviços”, que demonstra que a

necessidade com mais preponderância (relativo a esta base de dados) é a diversidade dos

serviços e produtos à sua disposição. Este resultado faz sentido, se se pensar que a maioria dos

inquiridos caracterizou a oferta de serviços do Vale da Amoreira como Baixa.

Contudo, não se devem deixar de parte as restantes respostas, uma vez que de seguida,

aparece a necessidade de maior segurança no bairro e um espaço público agradável.

49

19 21

61

38

0

10

20

30

40

50

60

70Maior Segurança no Bairro

Mais Caixas Multibanco

Pagamento Multibanco

Variedade de Produtos e Serviços

Espaço Público Agradável

Gráfico 16, Factores que levariam os trabalhadores não residentes a consumir mais no Vale da Amoreira - Vale da Amoreira 2011

29

3.5. Alimentação/Refeições

No ponto de resposta 5, Alimentação/Refeições, existem 3 conjuntos de questões:

1. Onde costuma almoçar durante o seu período de trabalho,

2. A que tipo de Serviços recorre,

3. Se gostaria que existissem mais espaços de restauração e qual o seu tipo de oferta.

Visto que a maioria das pessoas trabalha 5 dias por semana no Vale da Amoreira e tem

uma carga horária de 7 a 10 horas, a questão das refeições ganha relevo e uma importância que

não pode ser desprezada.

Além disso, do ponto de vista do empreendedorismo local, esta questão ganha outra

dimensão por poder ser o ponto de viragem em termos de dinâmicas económicas e criação de

riqueza e emprego local.

Aqui vai procurar aferir-se se de facto existe uma potencialidade concreta, ou

seja, se existe um conjunto de oportunidades e como podem ser usufruídas da melhor

forma, isto é, da maneira que contribua mais para a comunidade e para a sua

dinamização económica e empreendedora.

30

O gráfico 17 representa a divisão entre os trabalhadores não residentes que

almoçam no Vale da Amoreira e os que não almoçam no Vale da Amoreira.

Quase 70% dos trabalhadores não residentes, afirma almoçar no Vale da Amoreira, o

que demonstra um peso bastante razoável de potencial procura.

Mais uma vez, é de notar que este é um ponto forte pois denota potencialidade e

oportunidades a explorar.

Falta agora identificar a que tipos de serviços recorrem e quais os serviços que são mais

utilizados quando se encontram a trabalhar no Vale da Amoreira.

Vale da Amoreira

8868%

Fora do Vale da Amoreira

4132%

Vale da Amoreira

Fora do Vale da Amoreira

Gráfico 17, Em que localidade almoçam os trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

31

Recorrendo ao gráfico 18, consegue-se enumerar e identificar quais os serviços que são

mais utilizados pelos trabalhadores não residentes. No entanto, não existe aqui uma

segmentação ou individualização separando os que efectivamente almoçam ou não no Vale da

Amoreira.

Pode identificar-se que o restaurante é o mais utilizado, com 33% das escolhas. No total

de serviços utilizados, ou seja, o conjunto do “café”, churrasqueiras, restaurante e outros tem-se

uma percentagem que ronda os 79%. Este valor revela-se muito superior aos 21% dos que não

recorrem a nenhum serviço.

Assim, pode concluir-se que a restauração ou alimentação é um ponto de interesse que

vai ganhando cada vez mais importância, à medida que a análise vai decorrendo e avançando.

39

20

66

33

2

43

0

10

20

30

40

50

60

70 Café/Snack-Bar

Churrasqueiras

Restaurante

Pastelaria

Outros

Nenhum(ex. traz de casa)

Gráfico 18, Tipo de serviços de restauração utilizados pelos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

32

A tabela 4 surge no seguimento do que tem vindo a ser analisado e remete para a

identificação de quem almoça no Vale da Amoreira e a que tipos de serviços recorrem.

Assim, é possível identificar que, uma grande parte dos trabalhadores não residentes,

recorre a serviços de restauração no Vale da Amoreira, isto é, a cafés, churrasqueiras, pastelarias

e restaurantes. Consegue-se, deste modo, perceber que os consumos são realizados no Vale da

Amoreira e que existe em concreto potencialidade e oportunidade na alimentação/restauração.

Conjugando a tabela 4 e 5, é possível perceber-se quais são os tipos de consumo

predominantes daqueles que preferem almoçar fora do Vale da Amoreira. Assim, pode aferir-se

o que os leva a sair do Vale da Amoreira e que tipo de serviços os atrai. Sabendo esta

informação, existe a hipótese de se poder cativar os trabalhadores não residentes, oferecendo os

serviços que eles procuram ou sentem necessidade.

Café/Snack-Bar Churrasqueiras Restaurante Pastelaria Outros Nenhum(ex. traz

de casa)Total

Vale da

Amoreira22 19 46 17 1 32

137

Fora do Vale da

Amoreira17 1 18 16 1 9

62

Total 39 20 64 33 2 41 199

Cruza

men

to

entre

A que tipo de serviços recorre?

Onde costuma

almoçar?

Tabela 4, cruzamento entre local de almoço e serviços de restauração utilizados pelos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

33

Tabela 5, Cruzamento entre local de almoço fora do Vale da Amoreira e serviços de restauração utilizados pelos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

Pode observar-se que, a maioria dos inquiridos que almoçam fora do Vale da Amoreira,

concentram-se em concelhos ou freguesias limítrofes do Vale da Amoreira, ou seja, Barreiro,

Alhos Vedros e Baixa da Banheira.

Os serviços que estes procuram são cafés, restaurantes e pastelarias, ou seja, reflectem

os tipos de consumos que os que almoçam no Vale da Amoreira. Então, porque razões saem do

Vale da Amoreira para realizarem os seus consumos?

Café/Snack-Bar Churrasqueiras Restaurante Pastelaria Outros Nenhum(ex. traz

de casa)Total

Lavradio1 0 0 1 0 1 3

Barreiro4 0 4 6 0 1 15

Santo António

da Charneca1 0 1 1 0 1 4

Baixa da

Banheira1 1 3 0 0 3 8

Alhos Vedros1 0 3 2 1 2 9

Várias3 0 2 2 0 0 7

Setúbal0 0 1 0 0 0 1

Lisboa1 0 1 1 0 0 3

Total 12 1 15 13 1 8 50

Onde almoça?

Cru

zamen

t

o en

tre A que tipo de serviços recorre?

34

Tabela 6, Cruzamento entre local de almoço fora do Vale da Amoreira e zona de residência - Vale da Amoreira 2011

Segundo a tabela 6, é perceptível que a maioria dos que almoçam nos Concelhos ou

freguesias limítrofes ao Vale da Amoreira, o faz, por ser o seu local de residência.

Contudo, não podemos deixar de notar que representam apenas 32%, segundo o gráfico

17.

Distrito de

SetubalConcelho da Moita Distrito de Lisboa

Concelho do

BarreiroOutros total

Lavradio 1 0 0 2 0 3

Barreiro 2 2 1 5 0 10Santo António

da Charneca1 0 0 1 0 2

Baixa da

Banheira1 2 0 3 0 6

Alhos Vedros 0 5 0 1 1 7

Várias 2 0 0 0 1 3

Setúbal 1 0 0 0 0 1

Lisboa 0 0 1 0 0 1

total 8 9 2 12 2 33

Cru

zamen

to

entre

Zona de Residencia

Onde almoça

35

O gráfico 19, demonstra a previsão para os consumos de refeições dos trabalhadores não

residentes no Vale da Amoreira.

Num total de cerca de 126 respostas, 94 afirmaram que gostariam que existissem mais

espaços onde pudessem tomar uma refeição ou um snack (cerca de 74%).

Este valor é muito esclarecedor e mais uma vez realça a potencialidade e oportunidade

que este tipo de serviços constitui para a comunidade.

É de destacar que os inquiridos que não sabem são superiores aos que não necessitam, o

que se revela como um ponto a favor, pois podem não conseguir prever qual será o seu

comportamento. Contudo, mais adiante poderá comprovar-se tal situação (tabela 7).

94

11

21

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Sim Não Não Sabe

Sim

Não

Não Sabe

Gráfico 19, Previsão para os consumos de refeições dos trabalhadores não residentes no

Vale da Amoreira - Vale da Amoreira 2011

36

Recorrendo ao gráfico 20, procura-se inventariar as razões pelas quais os trabalhadores

não residentes, querem ou não ter à sua disposição mais serviços de restauração ou locais onde

tomar uma refeição/snack

É identificável que a qualidade, diversidade e preços são os factores mais

preponderantes e predominantes na opinião dos inquiridos. Esta conclusão é muito positiva,

uma vez que é um excelente sinal de que os inquiridos procuram consumir no Vale da

Amoreira, reconhecendo a sua necessidade por mais e melhores serviços.

Por terem essa necessidade, sentem que uma oferta mais variada e em maior quantidade

traria benefícios à sua rotina diária.

É de notar que a questão que deu origem ao gráfico 20 era de resposta aberta, pelo que

nem todos os inquiridos responderam.

13

6

36

13

2

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Perto do local de trabalho

Não reside no VA / vai a casa ou almoça na escola

Mais qualidade, diversiddade e preços

Falta de segurança / Espaço público poco cuidado

A oferta existente é suficiente

Não conhecem bem o VA

Gráfico 20, Justificações para mais serviços de restauração no Vale da Amoreira - Vale da Amoreira 2011

37

Com recurso à tabela 7, pode compreender-se que os inquiridos que responderam “não

sabe” se gostariam de mais serviços de restauração, indicam que gostariam de maior qualidade,

diversidade e preços.

Também é importante realçar que, mais uma vez, os inquiridos que responderam que

“sim”, isto é, que gostariam de ter mais serviços de restauração também têm as mesmas razões,

isto é, maior qualidade, diversidade e preços.

Uma oferta com maior diversidade e qualidade é uma conclusão transversal a ambos os

casos, quer para os que querem (“sim”), quer para os que estão indecisos (“não sabe”).

Por outro lado, os que responderam “não, isto é, que não necessitam, justificam-no

através da razão de não residir no Vale da Amoreira, almoçar em casa ou na escola. Este facto,

representa o que também já foi apontado, uma vez que muitos dos inquiridos residem em

freguesias ou concelhos limítrofes.

Tabela 7, Cruzamento entre querer mais serviços de restauração e as razões - Vale da Amoreira 2011

Perto do local de

trabalho

Não reside no VA /

Vai a casa ou

almoça na escola

Maior

qualidade,

diversiddade e

preços

falta de segurança

/ zona degradada

Oferta existente no

VA é suficiente

Não conhecem

oferta do VAtotal

Sim 13 0 32 0 0 0 45

Não 0 5 0 0 3 0 8

Não Sabe 0 2 4 1 0 2 9

total 13 7 36 1 3 2 62

Cruza

men

to entre

Razões de preferirem (ou não) uma maior oferta de serviços de restauração?

Gostaria que

existissem

mais espaços

onde pudesse

tomar uma

refeição?

38

O gráfico 21, demonstra quais os serviços de restauração que os trabalhadores não

residentes no Vale da Amoreira sentem mais necessidade ou que gostariam de ter em maior

quantidade à sua disposição.

Este gráfico, reveste-se de grande importância, pois já se percebeu que um dos pontos

de interesse, de potencialidade e de oportunidade é a alimentação/refeição. Isso é também

visível pelo simples facto de este gráfico ter na sua constituição uma enorme variedade de

respostas.

O serviço que apresentou maior escolha foi o restaurante, com cerca de 25%. Porém, o

valor que poderá apresentar mais importância e relevo para este diagnóstico é a escolha

“comidas típicas das culturas do Vale da Amoreira”, mesmo não representado o maior número

de respostas. Isto deve-se tanto pelo excelente resultado que obteve, como pelo facto de ser um

factor caracterizador do Vale da Amoreira. A sua diversidade é considerada como um ponto de

interesse e como potencialidade diferenciadora da sua freguesia face às demais. Sendo que

27

40

50

23

19

22

13

0

10

20

30

40

50

60

Fast Food

Comidas Tipicas das Culturas do VA

Restaurantes

Café/Snack-Bar

Churrasqueiras

Casa de Pregos e Bifanas

Comidas Exóticas

Gráfico 21, Tipos de serviços de restauração mais necessitados no Vale da Amoreira pelos trabalhadores não residentes - Vale da Amoreira 2011

39

conquistou cerca de 20% das respostas e é a segunda mais votada, demonstra-se realmente que

este factor é fulcral para a dinamização do Vale da Amoreira.

Por outro lado, devido à variedade das respostas, pode deduzir-se que qualquer um

destes tipos de serviços poderia ter uma boa probabilidade de sucesso visto que para os

inquiridos, o Vale da Amoreira apresenta uma baixa oferta de serviços (gráfico 8).

40

3.6. Sugestões

Este campo era de resposta aberta e apenas 4 pessoas o preencheram, contudo algumas

destas sugestões parecem ser interessantes.

Mais uma vez, os serviços de restauração surgem o que vem a reforçar a ideia de que

são uma importante necessidade e logo, uma oportunidade de empreendorismo.

Também surgiu uma ideia relacionada com um espaço de ensino de línguas tradicionais

das culturas existentes no Vale da Amoreira.

1 1 1 1

0

0

0

1

1

1

1

Supermercado com talho e peixaria

Buffet de comida ligeira/leve como saladas, masas, frutas, queijos

Mais restaurantes com qualidade e bons preços

Espaço de ensino de crioulo

Gráfico 22, Sugestões - Vale da Amoreira 2011

41

4. Análise

Neste capítulo, irão ser abordados dois tópicos que têm merecido destaque ao longo da

análise realizada. O primeiro, remete-nos para a zona de residência e como este factor pode

influenciar as necessidades frequências de consumo pelos trabalhadores não residentes no Vale

da Amoreira. O segundo, remete-nos para o grupo escola e qual a dimensão da sua possível

influência no dinamismo comercial do Vale da Amoreira, nomeadamente, no que toca aos

serviços de restauração.

Estes são apenas dois tópicos de interesse, os quais parecem pertinentes face à condução

da análise. Este facto não impede ou limita a possível existência de outros.

42

4.1. A zona de residência e o consumo no Vale da Amoreira

Neste ponto, a intenção figura-se em tentar captar se existe alguma relação que possa

ser utilizada para potenciar a exploração das necessidades de consumos dos trabalhadores não

residentes a favor de uma maior dinamização comercial do Vale da Amoreira.

Através da tabela 7, pretende-se descobrir se a proximidade do Vale da Amoreira é

prejudicial ou benéfica à frequência dos consumos realizados na sua freguesia.

Sabemos, através dos dados da tabela, que:

64% dos residentes no Distrito de Lisboa consomem frequentemente no Vale da

Amoreira;

62% dos residentes no Distrito de Setúbal consomem frequentemente no Vale da

Amoreira, isto é, Às Vezes, Muitas Vezes e Sempre;

50% dos residentes no Concelho da Moita consomem frequentemente no Vale da

Amoreira;

49% dos residentes no Concelho do Barreiro consomem frequentemente no Vale da

Amoreira.

Pode então deduzir-se que existe alguma relação entre a distância e a frequência dos

consumos no Vale da Amoreira, visto que na maioria dos casos, a frequência de consumo pelos

trabalhadores não residentes consta no mínimo em 50% destes, no Vale da Amoreira. Esta

frequência é maior quando se faz referência a locais mais afastados do Vale da Amoreira, como

Tabela 8, Cruzamento entre zona de residência e frequência de consumo no Vale da Amoreira - Vale da Amoreira 2011

43

o caso do Distrito de Lisboa. Sendo assim, quanto maior a distancia do local de residência ao

Vale da Amoreira, maior é a probabilidade de frequência de consumo.

No entanto, o facto de ser um Concelho limítrofe do Vale da Amoreira tem apenas uma

influência em 10%,reduzindo a percentagem da frequência de consumo para os 50%. Porém,

uma frequência de consumos de 50% de trabalhadores não residentes, no Vale da Amoreira, é

um valor considerável, ora veja-se:

De Setúbal, consomem frequentemente 24 dos 39 trabalhadores;

De Lisboa, consomem frequentemente 11 dos 17 trabalhadores;

Da Moita, consomem frequentemente 15 dos 30 trabalhadores;

Do Barreiro, consomem frequentemente 18 dos 37 trabalhadores.

Sendo assim, o facto de ser um Concelho limítrofe parece ter a uma ligeira influência

negativa, mas não o suficiente para que impeça o acto de consumir frequentemente no Vale da

Amoreira. Por outro lado, quanto mais afastado for o local de residência, maior é a

probabilidade de consumir frequentemente, quando se encontra no Vale da Amoreira.

Para confirmar a ideia delineada anteriormente, a tabela 9 e a 14 7 apresentam a

informação cruzada entre a zona de residência, a necessidade de mais serviços no Vale da

Amoreira e as razões dessa necessidade.

Tabela 9, Cruzamento entre zona de residência e mais serviços, mais consumos? - Vale da Amoreira 2011

7 Ver em Anexo 3

Sim Não Não sabe

Distrito de Setubal 13 12 16 41

Concelho da Moita 14 5 11 30

Distrito de Lisboa 8 3 7 18

Concelho do Barreiro 9 9 19 37

Outros 1 2 4 7

45 31 57 133

Zona de

Residencia

Total

Cru

zamen

to

entre

Se existissem mais serviços/comércio no Vale da

Amoreira, faria cá os seus consumos? Total

44

Assim, confirmar-se que os trabalhadores que responderam querer (“sim”) e não saber

(“não sabe”), querem consumir, uma vez que as suas razões se baseiam em estar perto do local

de trabalho e na qualidade e variedade dos serviços que estarão disponíveis.

Esta dedução é um bom indicativo das oportunidades existentes, principalmente no que

toca à necessidade de serviços de restauração, como se pode perceber através da próxima tabela.

Na tabela 10, cruzou-se a informação relativa à zona de residência e o facto de querer

mais serviços de restauração, de modo a perceber se a zona de residência seria um factor que

prejudicasse a necessidade de alimentação no Vale da Amoreira, durante o período de trabalho.

Tabela 10, Cruzamento entre zona de residência e consumir mais no Vale da Amoreira, caso existam mais serviços de restauração - Vale da Amoreira 2011

Como se tem vindo a descobrir, a zona de residência aparenta não ter uma grande

influência negativa. Esta conclusão, reforça o que tem sido apontado com uma grande

oportunidade de comércio, as refeições.

Sim Não Não Sabe

Distrito de Setubal 30 5 5 40

Concelho da Moita 19 3 4 26

Distrito de Lisboa 17 0 1 18

Concelho do

Barreiro23 2 10 35

Outros 5 1 1 7

94 11 21 126

Zona de Residencia

Total

Cru

zam

ento

entre

Gostaria que existissem no Vale da Amoreira mais

espaços onde pudesse tomar uma refeição/snack? Total

45

4.2. A escola e os seus consumos

Neste ponto, atende-se à importância do conjunto escola e quais são as potencialidades

que a sua dimensão pode trazer à dinâmica comercial do Vale da Amoreira.

Portanto, a identificação deste grupo é fulcral para a continuação da análise.

Tabela 11, caracterização grupo escola - Vale da Amoreira 2011

Como se pode observar através da tabela 11, existem cerca de 79 trabalhadores não

residentes no Vale da Amoreira, isto significa, que este grupo escola congrega cerca de 60% dos

trabalhadores não residentes.

Por sua vez, os professores constituem cerca de 70% deste grupo escola, ou seja, cerca

de 54 trabalhadores não residentes.

Porém, é de notar que aqui só se encontram os trabalhadores que responderam aos

inquéritos. Na altura, em que os mesmos foram entregues, muitos professores e docentes já se

encontravam de férias. Por isso, é muito natural que existam mais professores e logo, mais

oportunidades por explorar.

ESBB

Agrupamento vertical

das escolas do Vale

da Amoreira

EB 2/3Ministério da

EducaçãoTotal

Psicólogo(a) 0 0 0 1 1

Professor(a) 7 2 17 28 54

Animadora

Sociocultural0 3 0 0 3

Assistente Social 1 1 0 1 3

Assistente Operacional 2 0 1 3 6

Assistente Técnica 0 1 1 3 5

Educadora de Infância 0 0 0 4 4

Docente 0 0 1 2 3

Total 10 7 20 42 79

Cru

zam

ento

entre

Entidade Empregadora

Profissao

46

Tabela 12, Cruzamento entre Profissão, mais serviços, local de almoço e mais serviços de restauração - Vale da Amoreira 2011

Tabela 13, Cruzamento entre frequência de consumo, serviços utilizados e local de almoço - Vale da Amoreira 2011

As tabelas 12 e 13, surgem no decorrer desta análise para demonstrar quais são as

intenções de consumo e as necessidades do grupo escola.

Sim Não Não sabeVale da

Amoreira

Fora do Vale da

AmoreiraSim Não Não Sabe Total

Psicólogo(a) 3 0 4 5 2 7 0 0 21

Professor(a) 15 18 24 40 15 40 7 9 168

Animadora Sociocultural 2 0 1 3 0 3 0 0 9

Assistente Social 4 0 1 3 1 3 0 2 14

Assistente Operacional 3 1 3 4 2 5 0 1 19

Assistente Técnica 1 4 4 5 4 6 1 2 27

Educadora de Infância 0 1 3 1 3 2 2 0 12

Docente 0 2 3 3 2 2 1 1 14

Total 28 26 43 64 29 68 11 15 284

Mais serviços de restauração

no VA?

Profissao

Cru

zam

ento

entre

Mais serviços, consumia mais

vezes no VA?Onde costuma almoçar?

47

Como se pode observar através da tabela 12, cerca de 69% do grupo escola almoça no

Vale da Amoreira e 72% gostaria de ter à sua disposição mais serviços e espaços de restauração.

As conclusões que se podem retirar desta informação consistem que o grupo escola é

um ponto de interesse no que toca a dinâmicas comercias. Por outro lado, os professores são,

dentro deste grupo, um factor a ter em conta devido à sua quantidade. Cerca da 40 professores

afirmam querer mais serviços de restauração e que almoçam no Vale da Amoreira. Este número

mostra a importância destes para a análise. Mais, o facto de querem mais restauração faz com os

indecisos (“não sabe”) no que toca a mais serviços sejam vistos como pessoas que não sabem

prever o futuro mas que têm necessidade e querem consumir no Vale da Amoreira,

nomeadamente refeições.

Através da informação da tabela 13, é perceptível que os serviços de restauração são

muito utilizados no Vale da Amoreira, visto que, a maioria, respondeu utilizar pelo menos um

dos serviços referidos. Esta informação, aliada à questão de necessidade de mais serviços de

restauração, na tabela 12, demonstra que a alimentação, como tem vindo a ser referido, é uma

oportunidade por explorar e que tem uma necessidade expressa. Ainda mais, tem uma

necessidade expressa pelo grupo de maior dimensão, o grupo escola. Por isso, pode ser feita

uma dedução a partir destes dados, isto é, serviços de restauração perto dos vários elementos do

grupo escola terão maior probabilidade de sucesso.

Este dado pode ser argumentado através da frequência de consumo, onde 58% do grupo

escola, afirma consumir frequentemente quando se encontra do Vale da Amoreira, isto é, Às

Vezes, Muitas vezes e Sempre.

48

5. Considerações Finais

Neste último capítulo será realizado um breve resumo das inúmeras conclusões e

algumas sugestões de tarefas e processos a realizar com base nas oportunidades diagnosticadas

neste relatório.

Espaço agora para as conclusões mais importantes a reter de cada ponto do relatório:

1. Existe alguma amplitude nas idades dos trabalhadores não residentes mas os grupos mais

predominantes serão os que se encontram entre os 28-32 anos, os 35-38 anos e os 46 e 51

anos;

2. Tanto a carga horária como semanal indicam que a maior parte dos inquiridos passa no Vale

da Amoreira 7 a 10 horas por dia e 5 dias por semana;

3. A opinião geral aponta para uma reduzida oferta de serviços e comércio no Vale da

Amoreira, visto que sensivelmente mais de 50% considera que a oferta ou é Muito Baixa ou

Baixa;

4. A conclusão a reter é que mais de 50% dos trabalhadores não residentes consome com uma

frequência razoável no Vale da Amoreira;

5. Os serviços mais requeridos e utilizados no Vale da Amoreira pelos seus trabalhadores não

residentes são as refeições, representado cerca de 67%;

6. A maioria dos inquiridos revelou que o factor mais determinante para consumir no Vale da

Amoreira, quando cá se encontram, é ser perto do local de trabalho. Esta maioria é

relativamente abrangente uma vez que representa cerca de 92%;

7. Cerca de 34% afirma que faria no Vale da Amoreira os seus consumos, caso a quantidade

de serviços disponíveis aumentasse;

8. Segundo a opinião dos inquiridos e baseando-nos nos serviços que gostariam de ter à sua

disposição no Vale da Amoreira, a potencialidade que existe e persiste em emergir nas

sucessivas análises, aponta para o ponto de interesse que se baseia na

Alimentação/Refeições;

9. Relativamente aos factores que levariam os inquiridos a consumir mais no Vale da

Amoreira, a diversidade dos serviços e produtos à sua disposição foi a mais escolhida;

10. Quase 70% dos trabalhadores não residentes afirma almoçar no Vale da Amoreira;

11. Uma grande parte dos trabalhadores não residentes recorre a serviços de restauração no

Vale da Amoreira;

12. Podemos observar que a maioria dos inquiridos que almoçam fora do Vale da Amoreira

concentram-se em concelhos ou freguesias limítrofes do Vale da Amoreira, ou seja,

Barreiro, Alhos Vedros e Baixa da Banheira;

49

13. Percebemos que a maioria dos que almoçam nos Concelhos ou freguesias limítrofes ao Vale

da Amoreira, o faz por ser o seu local de residência, representando 32% dos inquiridos;

14. Num total de cerca de 126 inquiridos, 94 afirmaram que gostariam que existissem mais

espaços onde pudessem tomar uma refeição ou um snack (cerca de 74%);

15. O factor mais preponderante para que gostassem de ter mais serviços de restauração à

disposição no Vale da Amoreira é a necessidade de maior quantidade, variedade e

qualidade;

16. O facto de ser um Concelho limítrofe parece ter a uma ligeira influência negativa mas não o

suficiente para que impeça o acto de consumir no Vale da Amoreira, visto que na maioria

dos casos, a frequência de consumo é de 50%;

17. Grupo escola como um ponto de interesse devido à sua dimensão, visto que este congrega

cerca de 60% dos trabalhadores não residentes e 72% gostaria de ter ao seu dispor mais

serviços de restauração.

Portanto, agora apenas faltam realizar as sugestões de implementação futuras. As sugestões

que vão ser enumeradas seguem um pouco a ideia que tem vindo a ser desenvolvida no decorrer

deste relatório, isto é, um processo inicial para criar dinâmicas económicas e comerciais que

possam criar emprego local devem ter como base uma necessidade real e diagnosticada junto da

comunidade envolvida. Neste caso, o objecto de estudo baseou-se nos trabalhadores não

residentes no Vale da Amoreira.

Deste ponto de vista, as necessidades mais latentes são as relacionadas com os serviços

de restauração. Isto deve-se tanto à carga horária e semanal (5 dias por semana e 7 a 10 horas

por dia) mais predominante mas também à falta de opção de escolha (opinião dos inquiridos é

que a oferta no Vale da Amoreira é Baixa e que gostariam de ter mais serviços de restauração

disponíveis, com mais qualidade e diversidade). Sendo assim, um bom ponto de partida seria

apostar na criação de serviços que pudessem ir ao encontro da satisfação desta necessidade real

e diagnosticada.

Agora que já existe um ponto de partida expresso, convém aprofundar e identificar que

tipo de serviço é que deve ser implementado, isto é, qual o tipo de serviço que responderá

melhor às necessidades diagnosticadas? Este ponto foi abordado e o consenso foi a diversidade,

qualidade e conjugar estes com preços acessíveis. Porém, isto é algo bastante vago. Será que

existe alguma possibilidade de conjugar características do Vale da Amoreira com a oferta de

serviços de restauração? Sim, este foi um dos serviços mais escolhidos como aquele que

gostariam de ter acesso no Vale da Amoreira, isto é, um restaurante que tivesse como oferta

comidas típicas das culturas do Vale da Amoreira. Este é um excelente ponto de partida pois

50

conjuga a oportunidade de negócio com factores típicos e caracterizadores do Vale da Amoreira

e ainda é um potencial criador de emprego e riqueza local.

Outro ponto que deve ter em atenção é o facto de existir, com base neste diagnóstico,

um grupo que detém uma dimensão enorme. Refiro-me ao grupo escola, este representa cerca de

60% dos trabalhadores não residentes, onde 70% demonstra querer consumir mais no Vale da

Amoreira, nomeadamente refeições. Ora este facto é importante para o planeamento de

intervenção pois sabendo que existem zonas, dentro do Vale da Amoreira, onde as

possibilidades de sucesso são muito maiores devido à dimensão e intenções de consumo desses

grupos, porque não escolher uma localização que possa beneficiar dessas dinâmicas. Certamente

que este factor geográfico terá preponderância para o sucesso futuro de uma iniciativa

empresarial, principalmente se for ligado ao ramo da restauração. Isto porque, o Grupo escola

representa 72% dos trabalhadores não residentes que gostariam de ter à sua disposição mais

serviços de restauração no Vale da Amoreira.

Concluindo, as próximas fases de trabalho poderiam passar pela apresentação e

sensibilização das ideias e conclusões diagnosticadas junto da comunidade local pois estas

oportunidades têm sentido se forem aproveitadas pela própria comunidade através de uma acção

empreendedora local, pois o objectivo é criar emprego e riqueza a nível local, de modo a

diminuir a dependência que a freguesia tem face ao que a rodeia, por exemplo em termos da

criação de emprego (freguesias e concelhos limítrofes). Se existir, de facto, interesse, o próximo

passo pode passar por obter mais dados de modo a conseguir obter um número real dos

trabalhadores não residentes (pois este diagnóstico apenas engloba os trabalhadores não

residentes no grupo de parceiros locais) e também iniciar um diagnóstico para perceber quais

são as necessidades, em termos de serviços, que os trabalhadores residentes sentem. Isto para

perceber se existe alguma diferença entre os dois grupos (trabalhadores residentes e não

residentes) ou se têm as mesmas necessidades. É importante, pois se as necessidades forem

semelhantes, a probabilidade de sucesso aumenta devido às maiores dinâmicas de consumo

(procura), visto que o total de consumidores pode ser muito maior. E desse modo, consegue-se

responder a várias necessidades sentidas localmente.

51

52

6.Anexos

Anexo 1

53

Anexo 2

54

Anexo 3

Perto do local de

trabalho

Apenas o local

de emprego

Tem oferta

perto de casa

Depende da qualidade,

quantidade e preço

Depende do

orçamento mensal

Acesso a

grandes

superficies

comerciais

Oferta do VA é

suficiente

Horários

incompatíveis

Vai ao Vale da

Amoreira

pontualmente

Contrituir para o

desenvolvimento

económico

Total

Sim28

00

20

00

00

131

Não0

116

00

11

22

023

Não sabe1

10

131

00

00

016

2912

615

11

12

21

70

Se existissem

mais

serviços/comércio

no Vale da

Amoreira, faria cá

os seus

consumos?

Total

Cruzamento entre

Porquê?

Tabela 14, Cruzamento entre mais oferta, mais consumos e suas razões - Vale da Amoreira 2011