opnv 07-12
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Gestão Global (DN + JN) Tiragem: 139485
País: Portugal
Period.: Mensal
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 4
Cores: Preto e Branco
Área: 25,58 x 34,42 cm²
Corte: 1 de 1ID: 45091290 01-12-2012
No Natal eu
quero que o Pai Natal traga
de Vermelho só o Nariz para brincar
todo o ano com o seu petiz
Que ele traga muitas cócegas na pança
para rir todo o ano com a sua criança
(Doutor Migas Migalhas)
Nesse Natal a
Dra. Da Graça quer um super
computador hipersónico megabarico
inoxidável para mandar muitas fotos
lindas e mensagens para todos os
meninos nos hospitais em
Portugal
Se da obra que nasce se diz que a precede o sonho, não se-remos menos empreendedores se nos dissermos sonhadores. Afinal, “sempre que um homem sonha, o mundo pula e avan-ça” e é pelo sonho que nós, os portugueses, não raras vezes lançamos desafios, vamos à luta, remamos contra as marés e fazemos nascer a obra.
Desta obra que me proponho enaltecer, não há paredes erguidas, traços de obra de arte ou sequer ditos ou dizeres gravados para a eternidade. Há pessoas. Profissionais que são palhaços e da alegria fazem a cura.
Ser palhaço é, por definição de dicionário, ser-se “perso-nagem cómica e burlesca de circo que diverte o público com brincadeiras, anedotas, etc.”
Há-os de circo, de teatro, de rua. O que é rico, que os que são pobres estão sempre a trapacear. E há-os doutores. Dou-tores Palhaços, bem entendido, que garantem, por lema e con-vicção, que “o coração bem-disposto é um remédio eficiente”.
Destes doutores, cujo princípio ativo da profissão assenta em fazer rir as crianças doentes, reza a história que nasceram pela convicção de Michael Christensen, fundador da Clown Care Unit, nos Estados Unidos.
E de lá chegaram até cá quando Beatriz Quintella, depois de ler um artigo sobre o trabalho desta associação, se fez Dou-tora Palhaço e foi prescrever sorrisos para o Hospital D. Es-tefânia.
Fê-lo como voluntária durante oito anos, até que, em 2002, Bárbara e Mark, de nariz vermelho em riste, se juntaram ao projeto e do sonho se fez obra, ou se quisermos, operação - Operação Nariz Vermelho (ONV).
Atualmente são vinte e dois os Doutores Palhaços que se-manalmente contagiam com alegria as crianças hospitaliza-das, as famílias e os profissionais de saúde de doze hospitais nacionais.
“Hoje, estou especialmente orgulhosa por ser também por-tuguesa e orgulhosa de Portugal, um país que acredita no bom humor como ferramenta de transformação do mundo e pre-meia uma Associação de Palhaços”.
ORGULHOSAMENTE UNIDOS
A Dra. Fofoka
portou-se muito bem, por
isso pede tudo para os outros
também! Saúde para todos não só no
natal, acho uma prenda fenomenal. Peço
ao Pai Natal Paz, amor, bondade e
solidariedade. Não só no natal!
para a eternidade.
Assim o disse Beatriz Quintella, no dia 11 de Dezembro de 2009, quando a Operação Nariz Vermelho recebeu na Assem-bleia da República a medalha de ouro do Prémio dos Direitos Humanos.
E assim acreditamos todos nós que, apesar de todos os pe-sares dos ciclos e contraciclos económicos, contribuímos para que estas pessoas, que tomaram para si, mais do que a profis-são, a missão de transformar o mundo pelo sorriso, o façam de forma profissional e contínua.
A Operação Nariz Vermelho é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem vinculações políticas ou religio-sas que necessita da contribuição da sociedade para manter a sua presença nos hospitais.
Então, porque o Natal está a chegar e o tal espírito natalício determina a exacerbação da veia solidária, ou então só porque vale a pena por um sorriso, vamos adotar um nariz vermelho. E depois vamos mudar o mundo.
Afinal, há quem defenda que, “De Doutor e Palhaço, todos temos um pouco”.
Liliana Marinho
O Dr. Boavida
para este Natal quer sol,
calor, nada de chuva nem frio e já
agora que os duendes do Pai Natal
fiquem por cá para ajudarem nas
consultas dos meninos.
editorial