opatrimonioencostasdouro por unidades de paisagem

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  • O PATRIMNIO DAS ENCOSTAS DO DOURO

    por Unidades de Paisagem

  • FICHA TCNICA

    CMARA MUNICIPAL DE VILA NOVA DE GAIA

    Projecto Encostas do Douro

    TITULO

    O PATRIMNIO DAS ENCOSTAS DO DOURO,

    POR UNIDADE DE PAISAGEM

    EQUIPA TCNICA

    Vilma Silva COORDENAO TCNICA, ORDENAMENTO DO TERRITRIO E PAISAGEM

    Isabel Castro ORDENAMENTO DO TERRITRIO, INVENTRIO DO PATRIMNIO CULTURAL E PAISAGEM

    Ricardo Toms CARTOGRAFIA E SISTEMAS DE INFORMAO GEOGRFICA

    Tiago Costa INVENTRIO DO PATRIMNIO CULTURAL

    Eugnia Guedes RECOLHA E PESQUISA HISTRICA

    Helga Nair INVENTRIO DO PATRIMNIO CULTURAL

    Ftima Laranjeira DISPOSIES REGULAMENTARES

    Srgio Moreira DISPOSIES REGULAMENTARES

    Conceio Fernandes DISPOSIES REGULAMENTARES

    Paula Rua APOIO ADMINISTRATIVO

    Joo Mota e Silva ENGENHEIRO CIVIL

    Dina Henriques CHEFE DE EQUIPA DO PROJECTO ENCOSTAS DO DOURO

    VILA NOVA DE GAIA, 30 DE JUNHO DE 2011

  • O Patrimnio das Encostas do Douro

    Pretendeu-se como este documento sistematizar a informao existente sobre Patrimnio

    Cultural e Natural das Encostas do Douro e completar este conhecimento com informao

    proveniente de trabalho de campo e de pesquisa histrica. Neste contexto, foram

    desenvolvidas fichas de caracterizao individuais para cada ponto de interesse ao longo da

    rea integrada no Projecto Encostas do Douro, sendo apresentadas, de jusante para

    montante.

    Considera-se no entanto que estas fichas de caracterizao devem ser vistas como um

    documento aberto, sujeito sempre que necessrio, a novos contributos e actualizaes.

    As fichas de caracterizao foram elaboradas com base nas seguintes fontes de informao:

    Trabalho de campo realizado pela equipa multidisciplinar do Projecto Municipal

    Encostas do Douro;

    Inventrio do Patrimnio Arquitectnico e Arqueolgico desenvolvido pela GAIURB

    EEM, no mbito do processo de reviso do PDM de Vila Nova de Gaia, em 2007;

    Fichas de Inventariao do Patrimnio Imvel do Concelho, Arquivo Municipal de

    Vila Nova de Gaia (trabalho desenvolvido de 1999 a 2005);

    Monografias das freguesias abrangidas;

    Levantamentos fotogrficos realizados ao longo dos anos;

    Diversos registos histricos;

    Relatrio de Estgio de Arquitectura Paisagista As Quintas em Estrutura Ecolgica

    na margem Sul do Douro, de lea Soares.

    O Patrimnio Histrico e Cultural inventariado revela uma antiga e ntima relao entre o

    Homem e esta paisagem fluvial que nela erigiu um vasto conjunto construdo do qual resulta

    uma inventariao de 33 quintas privadas de recreio e produo, 21 cais, 5 ncleos

    ribeirinhos, 11 elementos arquitectnicos religiosos, 2 elementos industriais de Interesse

    Patrimonial e Histrico, 6 pontes e 2 areinhos.

    Para alm destes, destacam-se tambm infra-estruturas de apoio visita da orla ribeirinha do

    Rio Douro em Vila Nova de Gaia, ou seja, stios que podem ser considerados como portas de

    entrada e acesso ao Rio Douro. So exemplo disso o Laboratrio Edgar Cardoso, o Jardim de

    Oliveira do Douro, o Parque Botnico do Castelo, o Centro Nutico de Crestuma e o Centro de

    Educao Ambiental da empresa guas do Douro e Paiva.

    Para alm do vasto patrimnio material, destaca-se tambm a riqueza do patrimnio imaterial,

    como so o caso das lendas e tradies ligadas ao Rio. Este patrimnio no foi objecto de

    ficha de caracterizao, embora se considere que o conhecimento sobre este apresenta um

    grande interesse histrico e cultural, para alm de nos ajudar a perceber a relao do homem

    com esta paisagem.

    No respeitante ao Patrimnio Natural destacam-se como valores naturais nicos a escarpa da

    Serra do Pilar, os areinhos, o vale agrcola de Quebrantes, os afluentes do Rio Douro e suas

    galerias ripcolas.

    Ao longo dos tempos, parte destes valores patrimoniais foram-se desqualificando, muito

    devido s dinmicas relacionadas com o abandono agrcola, expanso urbana, viria e

    industrial.

    Actualmente assiste-se a uma crescente valorizao da dinmica ribeirinha enquanto potencial

    de desenvolvimento da regio, na perspectiva de devolver o Rio s suas gentes e de fomentar

    o seu potencial recreativo e turstico. Exemplo dessas iniciativas o recente Protocolo,

    celebrado entre o Instituto Porturio e dos Transportes Martimos (IPTM) e o Municpio de Vila

    Nova de Gaia, com o objectivo de requalificar o Cais do Esteiro em Avintes e o Cais de

    Crestuma.

    Prev-se igualmente, para um futuro prximo, a recuperao dos cais de acostagem, rampas,

    pesqueiras e muros construdos ao longo da margem, assim como a revitalizao dos

    percursos de p posto e acessos entre os distintos ncleos ribeirinhos. Assim, espera-se que

    muito do Patrimnio Cultural at hoje inventariado, possa ser recuperado, contribuindo para o

    enaltecimento da paisagem da frente ribeirinha e para a melhoria da qualidade de vida da

    populao do concelho e dos potenciais visitantes.

  • NDICE

    O PATRIMNIO DAS ENCOSTAS DO DOURO, POR UNIDADE DE PAISAGEM:

    UNIDADE DE PAISAGEM 1 ESCARPA DA SERRA DO PILAR 6

    UNIDADE DE PAISAGEM 2 AREINHO DE OLIVEIRA DO DOURO 18

    UNIDADE DE PAISAGEM 3 QUINTAS E MATAS (DO AREINHO FOZ DO RIO FEBROS) 40

    UNIDADE DE PAISAGEM 4 AREINHO DE AVINTES 52

    UNIDADE DE PAISAGEM 5 QUINTAS E MATAS (DE ESPINHAO AT AZENHA DE CAMPOS) 60

    UNIDADE DE PAISAGEM 6 QUINTAS E MATAS (DE AZENHA DE CAMPOS A ARNELAS) 72

    UNIDADE DE PAISAGEM 7 QUINTAS E MATAS (DE ARNELAS AO PARQUE BOTNICO DO CASTELO) 81

    UNIDADE DE PAISAGEM 8 REA ENVOLVENTE ALBUFEIRA CRESTUMA-LEVER 96

  • Escarpa da Serra do Pilar

    Portas da Paisagem Protegida

    Unidades Territoriais:

    Ncleos ribeirinhos

    Areinhos

    Estruturas de apoio visita

    Ncleos ribeirinhos

    Fluxos fluviais antigos entre margens

    Areinhos

    Quintas e Matas

    Contnuo florestal

    Plano Conceptual

  • o Quinta de Espinhao

    o Quinta do Gradouro

    o Quinta de Porcas

    o Quinta da Graceira

    o Cais da Quinta da Graceira

    o Quinta da Fundada

    o Lugar da Azenha de Campos

    o Cais da Azenha de Campos

    o Capela da Nossa Senhora dos Prazeres

    o Quinta na Rua da Azenha

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    o Ponte Luiz I

    o Mosteiro da Serra do Pilar

    o Escarpa da Serra do Pilar

    o Capela do Senhor dAlm

    o Cais de S. Nicolau

    o Ponte do Infante D. Henrique

    o Quinta do Vale da Glria

    o Ponte D. Maria Pia

    o Casa do Registo

    o Ponte S. Joo

    o Lugar de Arnelas e Capela de S. Mateus

    o Cais de Arnelas

    o Quinta do Ferraz

    o Quinta do Casalinho

    o Quinta do Pao (Arnelas)

    o Quinta de Cima

    o Quinta do Outeirinho e do Moledo

    o Quinta da Velha

    o Cais da Quinta da Velha

    o Quinta da Lagoa

    o Cais da Fbrica Metalrgica SOFUME

    o Parque Botnico do Castelo

    o Centro Nutico de Crestuma

    o Quinta das Touas

    o Quinta na Rua Eugnio Paiva Freixo

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    Fichas de Caracterizao do Patrimnio das Encostas do Douro, por Unidade de Paisagem :

    Imagem de Isabel Castro Freitas

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    o Lugar de Crestuma

    o Cais de Crestuma

    o Complexo Fabril Fiao e Tecelagem

    o Quinta da Estrela

    o Companhia de Fiao de Crestuma

    o Quinta da Torre Bella

    o Cais da Quinta da Torre Bella

    o Quinta das Carvalheiras

    o Cais da Quinta das Carvalheiras

    o Quinta da Fonte da Vinha

    o Cais da Quinta da Fonte da Vinha

    o Cais da Quinta dos Cubos

    o Quinta do Arcediago

    o Quinta dos Frades

    o Cais da Quinta dos Frades

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    CAIS DE

    GAIA

    ESTEIRO DE

    AVINTES

    ESPINHAO

    AZENHA DE

    CAMPOS

    ARNELAS

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    BARRAGEM

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    o Barragem e Albufeira de Crestuma-Lever

    o Quinta do Peso

    o Centro de Educao Ambienta das

    guas do Douro e Paiva

    o Quinta na Rua de Gondesende

    o Cais de Quebrantes

    o Laboratrio Edgar Cardoso

    o Quinta de S. Salvador

    o Quinta de Santo Antnio (do Prado)

    o Quinta da Bajanca

    o Quinta na Travessa de Azevedo Magalhes

    o Quinta de Quebrantes e Capela Romnica

    o Cais de Oliveira do Douro

    o Jardim de Oliveira do Douro

    o Areinho de Oliveira do Douro

    o Quinta da Alegria

    o Ponte do Freixo

    o Quinta do Mirante

    o Quinta da Pedra Salgada

    o Cais da Quinta da Pedra Salgada

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    o Quinta de Santo Incio de Fies

    o Arvoredo Classificado da Quinta de Santo Incio de Fies

    o Quinta de S. Julio

    o Quinta de Campinhos

    o Quinta do Cadeado ou do Sebastio

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    o Cais do Esteiro

    o Lugar do Esteiro

    o Areinho de Avintes

    o Quinta do Pao (Avintes)

    o Quinta da Devesa

    o Cais de Avintes

    o Lugar de Espinhao

  • UNIDADE DE PAISAGEM 1 Escarpa da Serra do Pilar

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    o Ponte Luiz I

    o Mosteiro da Serra do Pilar

    o Escarpa da Serra do Pilar

    o Capela do Senhor dAlm

    o Cais de S. Nicolau

    o Ponte do Infante D. Henrique

    o Quinta do Vale da Glria

    o Ponte D. Maria Pia

    o Casa do Registo

    o Ponte S. Joo

    CAIS DE

    GAIA

    ESTEIRO DE

    AVINTES

    ESPINHAO

    AZENHA DE

    CAMPOS

    ARNELAS

    CRESTUMA

    BARRAGEM

    DE

    CRESTUMA-

    LEVER

  • Rio Douro, pleno de vida e riqueza, pontes e

    barcos sobre as suas guas o cruzam,

    testemunhando a incessante corrente at ao mar

    to prximo.

    Isabel Castro, 2011

  • A Ponte Luiz I (tambm conhecida por Ponte D. Lus), ex-libris da cidade do Porto, includa

    no Centro Histrico do Porto, foi classificada como Imvel de Interesse Pblico e como

    Patrimnio Industrial pelo IPPAR em 1982, e ainda como Patrimnio Mundial Cultural da

    Unesco em 1996. Projectada pelo Engenheiro Tefilo Seyrig (discpulo de Gustave Eiffel), a

    Ponte Luiz I foi uma das obras de maior envergadura do plano rodovirio, realizado pelo

    monarca Luiz I.

    Inaugurada a 1886, a ponte apresenta 2 tabuleiros, com o comprimento de 395 metros e

    um arco de ferro com 172 metros de corda. Na altura da sua construo, permitia a

    passagem da estrada real vinda de Lisboa at ao norte do pas.

    PONTE LUIZ I

    SANTA MARINHA

    Paulo Oliveira, 2003

    Helga Nair, 2010 Memrias de Gaia atravs do Bilhete Postal Ilustrado, 2002

    Memrias de Gaia atravs do Bilhete Postal Ilustrado, 2002

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 08

    01

  • A Serra do Pilar, de vertente escarpada sobranceira ao Rio Douro e com 96 metros de

    altitude, encontra-se encimada pelo Mosteiro da Serra do Pilar, de Frades Agostinhos e

    hoje convertido em quartel militar. Para alm do Mosteiro, foram tambm consagrados a

    Patrimnio Mundial Cultural da UNESCO em 1996, a Igreja e Claustro da Serra do Pilar.

    A Poente da Serra do Pilar, junto ao tabuleiro superior da Ponte Luiz I, encontra-se o

    Jardim do Morro, que desfruta de uma vista soberba sobre o rio Douro e sobre os Centros

    Histricos do Porto e de Vila Nova de Gaia. O jardim possui um lago, um coreto e uma

    vasta variedade de espcies vegetais, entre as quais de destacam as tlias. Actualmente, o

    telefrico, inaugurado a 1 de Abril de 2011, faz a ligao entre o Cais de Gaia e o Jardim do

    Morro, percorrendo uma distncia de 560 metros.

    MOSTEIRO DA

    SERRA DO

    PILAR

    SANTA MARINHA

    Paulo Oliveira, 2003

    Helga Nair, 2010 Paulo Oliveira, 2003

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 09

    02

  • A escarpa da Serra do Pilar est situada entre a Ponte Luiz I, na freguesia de Santa

    Marinha e Quebrantes em Oliveira do Douro. Em termos geolgicos, a Serra do Pilar

    composta por granito alcalino de gro mdio a grosseiro, leucocrata de duas micas,

    correspondente ao granito que surge igualmente no Porto.

    Trata-se de uma rea que est sujeita a uma operao de requalificao urbanstica,

    prevendo-se a execuo posterior de um conjunto de aces que permitam a consolidao

    da escarpa, complementadas com trabalhos de tratamento paisagstico e renaturalizao

    da mesma.

    ESCARPA DA

    SERRA

    SANTA MARINHA

    Helga Nair, 2010

    Paulo Oliveira, 2003 Helga Nair, 2010

    Ricardo Toms, 2009

    Helga Nair, 2010

    Ricardo Toms, 2009

    Joo Ferrand, 2008

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 10

    03

  • A Capela do Senhor dAlm, referida como herdeira de um Hospcio Carmelita do sculo

    XVI, est situada na encosta da Serra do Pilar e foi edificada no lugar da antiga ermida do

    sculo XII, consagrada a Jesus Cristo Crucificado, cuja imagem se venera ali com

    invocao do Senhor dAlm.

    Foi reconstruda em 1877, merecendo destaque a talha dourada de grande ornamentao

    no altar e a Milagrosa Imagem.

    A festa em honra do Senhor dAlm realizava-se, processionalmente, em barcos pelo Rio

    Douro, no domingo seguinte em que se celebra a festividade Senhora do Pilar (no

    penltimo domingo de Agosto).

    CAPELA DO

    SENHOR

    DALM

    SANTA MARINHA

    Paulo Oliveira, 2003

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 11

    04

  • CAIS DE

    S. NICOLAU

    SANTA MARINHA

    O Cais de S. Nicolau est situado no sop da escarpa da Serra do Pilar.

    No passado serviu de apoio a uma antiga fbrica de cermica contgua.

    Serviu ainda, mais recentemente, de ponto de acesso ao plano de gua para

    desportos nauticos do CDUP, actividade que entretanto cessou naquele local.

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 12

    05

  • A Ponte do Infante D. Henrique, projectada pelo Arquitecto Jos Antnio

    Fernndez Ordez e pelo Engenheiro Ado da Fonseca, foi baptizada em honra

    do Infante D. Henrique, nascido no Porto, tendo sido inaugurada em Maro de

    2003.

    Localizada a montante da Ponte Luiz I e com uma extenso de 371 metros, a

    Ponte do Infante D. Henrique, liga o Bairro das Fontainhas no Porto, Serra do

    Pilar em Vila Nova de Gaia, destinando-se exclusivamente ao trnsito rodovirio,

    de modo a substituir o tabuleiro superior da Ponte Luiz I, convertida para uso do

    metro.

    PONTE DO

    INFANTE

    D. HENRIQUE

    SANTA MARINHA

    Helga Nair, 2010

    Paulo Oliveira, 2003 Helga Nair, 2010

    Isabel Castro, 2011

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 13

    06

  • A Quinta do Vale da Glria, localizada entre a Ponte do Infante D. Henrique e a

    Ponte Maria Pia, destaca-se pela sua posio sobranceira ao Rio Douro e pela

    presena de uma extensa mina cavada no granito, que se divide em dois ramais,

    denominada Fonte da Gruta. Outrora, a gua desta fonte era comercializada

    como gua da Gruta. Nos seus terrenos armados em socalcos, evidencia-se

    para alm de folhosas, um conjunto de Palmeiras das Canrias - Phoenix

    canariensis.

    QUINTA DO

    VALE DA

    GLRIA

    SANTA MARINHA

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    In Notas Monogrficas sobre a Freguesia de Santa Eullia de

    Oliveira do Douro

    Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 14

    07

  • A Ponte Maria Pia, assim chamada em honra de Maria Pia de Sabia, rainha de

    Portugal pelo seu casamento com o rei D. Luiz I um Monumento Nacional da

    autoria de Gustave Eiffel, datada de 1877. Foi a primeira ponte ferroviria a unir

    as duas margens do Rio Douro, tendo sido empregues mtodos revolucionrios

    para a construo do vo, o maior da sua poca. Aps 114 anos de

    funcionamento, a ponte foi considerada obsoleta, tendo sido encerrada em 1991

    e substituda pela Ponte de S. Joo, localizada a montante.

    PONTE

    MARIA PIA

    OLIVEIRA DO DOURO

    Paulo Oliveira, 2003

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Memrias de Gaia atravs do Bilhete Postal Ilustrado, 2002

    Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 15

    08

  • A Casa do Registo ou Barreira de Quebrantes, consiste numa construo antiga bastante

    adulterada, que apesar disso, mantm elementos construtivos indicadores de um passado

    recente. Um destes elementos o braso existente no edifcio, que pela sua configurao,

    se enquadra no armorial portugus, como braso real do fim da monarquia (1834 a 1910).

    No mbito econmico, sabe-se que teve alguma importncia para a Cidade do Porto e

    arredores, ao nvel da fiscalidade, justificada pelo grande fluxo mercantil que circulava no

    Rio Douro at aos finais do sculo XIX, gerador de uma das maiores fontes de receita do

    Reino de Portugal, pela sua localizao privilegiada, que antecede o cais da ribeira de Gaia

    e do Porto e pela acessibilidade franqueada, comprovada pela anlise de alguns (dos

    muitos) documentos existentes no acervo do Arquivo Histrico Municipal do Porto Casa

    do Infante.

    CASA DO REGISTO DE

    QUEBRANTES

    OLIVEIRA DO DOURO

    Fonte: Repositrio temtico da Universidade do Porto - http://repositorio-tematico.up.pt/ Helga Nair, 2011

    Helga Nair, 2011

    Helga Nair, 2011

    Eugnia Guedes, 2011

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 16

    09

  • A Ponte de S. Joo, projectada pelo Engenheiro Edgar Cardoso, com vista a substituir a

    Ponte D. Maria Pia, deve o seu nome em honra do Santo da Cidade do Porto, tendo sido

    inaugurada a 22 de Junho, do ano 2001. A construo desta ponte ferroviria revelou-se

    inovadora e distinta das anteriormente construdas em arco, por ter sido adoptada uma

    soluo em prtico, apoiado em dois pilares fundados no leito do rio, constituindo

    actualmente um sistema padro de construo mundial. Na margem sul do rio, na

    proximidade de um dos pilares da ponte, encontra-se o Outeiro do Castro um denso

    arvoredo sobre a encosta.

    PONTE DE

    S.JOO

    OLIVEIRA DO DOURO

    Lauren Maganete, 2010

    Paulo Oliveira, 2003 Isabel Castro, 2010 Paulo Oliveira, 2003

    Helga Nair, 2011

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 17

    10

  • o Cais de Quebrantes

    o Laboratrio Edgar Cardoso

    o Quinta de S. Salvador

    o Quinta de Santo Antnio (do Prado)

    o Quinta da Bajanca

    o Quinta na Travessa de Azevedo Magalhes

    o Quinta de Quebrantes e Capela Romnica

    o Cais de Oliveira do Douro

    o Jardim de Oliveira do Douro

    o Areinho de Oliveira do Douro

    o Quinta da Alegria

    o Ponte do Freixo

    o Quinta do Mirante

    o Quinta da Pedra Salgada

    o Cais da Quinta da Pedra Salgada

    UNIDADE DE PAISAGEM 2 Areinho de Oliveira do Douro

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    CAIS DE

    GAIA

    ESTEIRO DE

    AVINTES

    ESPINHAO

    AZENHA DE

    CAMPOS

    ARNELAS

    CRESTUMA

    BARRAGEM

    DE

    CRESTUMA-

    LEVER

  • Lauren Maganete, 2010

    Vista do Areinho e do Jardim de Oliveira do Douro na margem sul do Rio Douro

    cruzado por duas imponentes Pontes: a Ponte S. Joo e a Ponte D. Maria Pia.

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 19

  • O Cais de Quebrantes est situado a 7 km da foz do Rio Douro, imediatamente a

    montante da Ponte Ferroviria de S. Joo, em frente ao Laboratrio Edgar Cardoso.

    Constitudo actualmente por estacas e plataformas flutuantes para acostagem, este cais

    privativo de uma operadora francesa de embarcaes martimo-tursticas, cujos cruzeiros

    sobem o Douro at Espanha (ITPM 2008).

    Acima do cais, numa plataforma, destaca-se a Casa do Registo de Quebrantes, na qual

    permanece ainda o braso, antigo entreposto mercantil, intimamente relacionado com o

    cais.

    Neste local, aquando das Invases Francesas em 1808, serviu de passagem ao exrcito

    anglo-luso no desembarque e libertao da cidade do Porto, sitiada pelo exrcito Francs.

    CAIS DE

    QUEBRANTES

    OLIVEIRA DO DOURO

    Helga Nair, 2010

    Fonte: Repositrio temtico da Universidade do Porto - http://repositorio-tematico.up.pt/

    Helga Nair, 2010

    Isabel Castro, 2011

    Fonte: Notas Monogrficas sobre a Freguesia de Santa Eullia de Oliveira do

    Douro (ALMEIDA, L., 1985)

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 20

    11

  • QUINTA DA

    PEDRA

    SALGADA

    OLIVEIRA DO DOURO

    LABORATRIO

    EDGAR

    CARDOSO

    OLIVEIRA DO DOURO

    O Laboratrio Edgar Cardoso foi criado um pouco antes do incio dos trabalhos da construo da Ponte

    S. Joo, para servir como laboratrio estrutural de experimentao de materiais e de solues

    construtivas para a ponte.

    Estas instalaes, que incluem um auditrio, no estavam a ser utilizadas praticamente desde a

    concluso da obra da Ponte S. Joo.

    Depois de diversas tentativas efectuadas desde essa altura, o Municpio conseguiu celebrar

    recentemente com a REFER um contrato de concesso de uso privativo destas instalaes com vista

    sua preservao e reabilitao para actividades associadas ao rio e navegao, bem como

    realizao de aces e exposies ligadas cincia e tecnologia.

    Entretanto o Municpio celebrou um contrato-programa de desenvolvimento desportivo com a Federao

    Portuguesa de Canoagem, que j instalou a sua sede no Laboratrio Edgar Cardoso e funcionar como

    parceira do Municpio na reabilitao e dinamizao destas instalaes, que constituem um equipamento

    estratgico para a regenerao urbana da zona da cidade em que se situam.

    Helga Nair, 2011

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2011

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 21

    12

  • Por entre as frondosas folhagens das matas ribeirinhas, do

    Vale de Quebrantes, descobrem-se resqucios de uma

    vida intrinsecamente ligada terra: campos de cultivo,

    talhes e hortas, ramadas, pomares

    Isabel Castro, 2011

  • O Vale de Quebrantes delineado por vrios ribeiros, que conferem um elevado interesse

    paisagstico e ecolgico a este local. Apesar da degradao das suas margens, encontram-se

    ainda belos percursos pedonais sombreados pela vegetao ribeirinha, composta por

    extensas manchas de carvalhais, choupais e salgueirais.

    Ao longo da Ribeira do Gonalo, tambm denominada de Fontinha, de Sequelos, da Fonte

    Formosa ou de Quebrantes, surgiam outrora os moinhos de cereais que detiveram grande

    importncia no sculo XVII, sendo que a maior parte estava localizada na Quebrada da

    Madalena. Aqui o curso de gua adquiria maior volume, favorecido pelo terreno acidentado, o

    que permitia um maior aproveitamento da queda das guas. Os moleiros eram responsveis

    pela gua do ribeiro, tendo direito sua posse e obrigao de a vigiar at s nascentes em

    Cravel. Era tambm nas ribeiras que as lavadeiras desempenhavam as suas tarefas de

    lavagem da roupa das freguesas, que marcaram a cultura portuguesa, hoje recordadas pelas

    lendas, contos e cantigas.

    Fonte: http://www.geocities.ws/oliveiradouro/htm/cultura.html

    Paulo Oliveira, 2003

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 23

  • No vale espraiado sobre o Rio Douro, a poente da Ponte S. Joo, destacam-se os campos

    frteis limitados pelas ribeiras e suas galerias ripcolas, de elevada beleza paisagstica e

    interesse ecolgico. Ainda hoje, neste vale agrcola, se pode assistir ao pastoreio e ao cultivo

    destes campos, que outrora abasteciam a regio com cereais e hortcolas. Estes terrenos

    integram-se na Reserva Agrcola Nacional - RAN, correspondendo a terraos de aluvio e a

    reas inundveis de leito de cheia. O vale encontra-se actualmente subdividido em cinco

    unidades cadastrais que correspondem Quinta de S. Salvador, Quinta de Santo Antnio,

    Quinta da Bajanca, Quinta da Travessa de Azevedo Magalhes e Quinta de Quebrantes.

    Fonte: http://www.geocities.ws/oliveiradouro/htm/cultura.html

    Paulo Oliveira, 2003

    Helga Nair, 2010 Isabel Castro, 2010

    Helga Nair, 2011

    Memrias de Gaia atravs do Bilhete Postal Ilustrado, 2002

    Helga Nair, 2010

    Isabel Castro, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 24

  • Por entre os campos e prados do vale frtil de Quebrantes,

    passeia-se alheio realidade urbana que se edifica aqui to perto.

    Ricardo Toms, 2011

  • A Quinta de S. Salvador localiza-se a cerca de 6,6 Km da foz do Rio Douro e ocupa uma

    rea de 1,55 hectares. Apesar de no ser marginal ao Douro, localiza-se a meia encosta,

    beneficiando de excelentes vistas para o rio. Faz parte de um conjunto historicamente

    designado por Quinta de Quebrantes, dividida na Quinta de Cima e Quinta de Baixo

    sendo esta ltima a actual Quinta de S. Salvador. Constituda por uma Manso senhorial

    oitocentista, formada por um complexo de corpos adossados entre si e implantados num

    plano horizontal formando uma casa com capela de porte simples mas elegante (Gaiurb

    EEM, 2007).

    Remontam ao sc. XV as origens desta propriedade, associada famlia dos Pintos desde

    do sc. XVI (Gaiurb EEM, 2007). Hoje, com profundas alteraes ao traado original da

    casa, a quinta foi transformada em unidade hoteleira, com 7 quartos duplos, restaurante e 5

    sales para realizao de eventos que oferece logo chegada aos visitantes fruta

    fresca, gua mineral e Vinho do Porto.

    QUINTA DE

    S. SALVADOR

    OLIVEIRA DO DOURO

    Site Estalagens de Portugal (Disponvel em http://www.estalagensdeportugal.com)

    Gaiurb EEM, 2007 Gaiurb EEM, 2007

    Helga Nair, 2011

    Helga Nair, 2011 Helga Nair, 2011

    Helga Nair, 2011

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 26

    13

  • Localizada a 7 Km da foz do Rio Douro, imediatamente a montante da Ponte de S. Joo. A

    proximidade dos centros de V.N. Gaia e Porto e de vias, como o IC23 e a Avenida D. Joo

    II, contribuem para uma forte presso urbana ameaa preservao do carcter rural e

    agrcola de todo o vale onde se situa a quinta.

    A rea total da propriedade de 7,7 hectares e ter sido parte da Quinta de Guimares,

    antiga designao da Quinta de Quebrantes, bem como da parcela agrcola a Norte, que

    faz a ligao com o Rio Douro. limitada a Norte por um pequeno ribeiro, que juntamente

    com a vegetao ripcola presente, constituem um elemento de valor ecolgico a preservar.

    contgua a vrias outras, entre as quais a de S. Salvador e a da Bajanca.

    A quinta divide-se essencialmente em 3 zonas: a cota mais baixa, com risco de cheia, uma

    rea mais plana caracterizada por um mosaico de parcelas agrcolas, divididas por

    alinhamentos de choupos; em cotas um pouco mais elevadas, encontra-se o edificado, algo

    descaracterizado, no apresentando por isso grande interesse - excepo feita para os

    espigueiros, marcos da actividade agrcola de outrora e por isso, parte do patrimnio

    cultural; nas reas mais declivosas, de cota superior, situam-se as reas florestais, embora

    muitas delas estejam algo degradadas, sem coberto vegetal facto que aumenta ainda

    mais o risco de eroso.

    Em termos de PDM, a maioria da rea da quinta est integrada em Estrutura Ecolgica

    Fundamental, tratando-se de uma rea em leito de cheia, sendo tambm a maioria dos

    solos abrangidos pela RAN e REN.

    QUINTA DE

    SANTO

    ANTNIO

    (DO PRADO)

    OLIVEIRA DO DOURO

    Bing Maps

    Bing Maps

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Bing Maps

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 27

    14

  • A Quinta da Bajanca situa-se num terreno na proximidade da Rotunda Gil Eanes, em

    Oliveira do Douro, limitado por muros de granito.

    Actualmente, parte da quinta alberga um campo de treino de ces.

    A entrada para a quinta ladeada por choupos de grande porte e no terreno, onde se

    encontra uma casa antiga restaurada, avista-se uma belssima paisagem sobre o Porto e

    sobre o Rio Douro.

    QUINTA DA

    BAJANCA

    OLIVEIRA DO DOURO

    Bing Maps

    Isabel Castro, 2011

    Isabel Castro, 2011

    Isabel Castro, 2011 Helga Nair, 2011 Isabel Castro, 2011

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 28

    15

  • A Quinta na Travessa de Azevedo Magalhes, situada no nmero 8 da Travessa

    Azevedo de Magalhes, ladeada por um alto muro de granito.

    Trata-se de uma quinta urbana, integrada no Vale de Quebrantes. A entrada da

    quinta feita por um porto de grades de ferro que conduz a um percurso,

    sombreado por uma bela ramada at aos edifcios de pedra, entre os quais se

    destacam duas casas, uma eira e um espigueiro.

    Em termos paisagsticos, a quinta destaca-se pela presena de campos de

    cultivo, oliveiras e algumas folhosas.

    QUINTA NA

    TRAVESSA DE

    AZEVEDO

    MAGALHES

    OLIVEIRA DO DOURO

    Bing Maps

    Isabel Castro, 2011

    Isabel Castro, 2011 Isabel Castro, 2011 Bing Maps

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 29

    16

  • Remontam ao sc. XIV as referncias existncia da Quinta de Quebrantes. Desde o

    sc. XVIII pertence famlia Campo Bello, tendo sido fundada no sculo XIV por um

    guerreiro da Batalha de Aljubarrota, 1 Senhor de Gaia. Fazia parte do j referido conjunto

    da Quinta de Guimares, a par de outras quintas do Vale de Quebrantes, ainda hoje

    contguas a esta, como as quinta da Bajanca e de Santo Antnio do Prado e de outras sem

    designao conhecida.

    Os actuais pontos de referncia so: o braso da famlia Leites Pereira, ligada

    posteriormente famlia Campo Bello e a Capela Romnica dedicada Nossa Senhora da

    Conceio, identificada como patrimnio de interesse arquitectnico, na carta de

    salvaguardas da planta de ordenamento do PDM, em vigor.

    Est localizada entre a Ponte S. Joo e a Ponte do Freixo, a cerca de 7,2 Km da foz do Rio

    Douro e apresenta uma frente de rio de 275 metros. A forte presso antrpica est bem

    patente no seu limite Sul, o N de Gervide do IC 23, tendo a construo do mesmo

    originado o corte de parte da quinta. Os terrenos que totalizam uma rea de 26,35

    hectares, so limitados a este e atravessados a norte por linhas de gua, importantes pelo

    seu valor ecolgico, enquanto corredores ribeirinhos.

    A organizao da propriedade, aparenta ter resultado da juno de duas quintas. Assim,

    apresenta duas zonas distintas de produo agrcola, uma a Sul, outra a Norte, surgindo

    junto ao Rio Douro alguns talhes de cultivo de menor escala. Associadas a estas, esto

    duas reas edificadas distintas, residncia de caseiros, que apesar de descaracterizadas,

    apresentam elementos de interesse, como a j referida capela e os espigueiros existentes.

    Nas zonas mais declivosas, surge uma vasta mancha florestal, de densidade varivel.

    A importncia ecolgica do local est bem patente na sua incluso em termos de PDM,

    com a excepo do espao de enquadramento ao IC23, na Estrutura Ecolgica

    Fundamental. A propriedade encontra-se localizada numa rea em leito de cheia e

    tambm abrangida por reas de RAN e REN.

    QUINTA DE QUEBRANTES

    E CAPELA

    ROMNICA

    OLIVEIRA DO DOURO

    Paulo Oliveira, 2003

    Gaiurb EEM, 2007 Gaiurb EEM, 2007

    Gaiurb EEM, 2007

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 30

    17

  • O Cais de Oliveira do Douro, situado a jusante do Areinho de Oliveira do Douro,

    antes da Ponte do Freixo e defronte Marina do Freixo, ao Palcio do Freixo e

    ao Museu da Imprensa na margem esquerda do rio (todos eles se localizam a

    montante da Ponte do Freixo).

    O Cais constitudo por plataformas para embarcaes de recreio e por uma

    rampa de varar, tendo acesso pelo Jardim de Oliveira do Douro. Do cais, avista-

    se do outro lado da margem a belssima Quinta da China e o arvoredo dos

    Jardins Nova Sintra na freguesia do Bonfim.

    CAIS DE

    OLIVEIRA DO

    DOURO

    OLIVEIRA DO DOURO

    Bing Maps

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 31

    18

  • O Jardim de Oliveira do Douro, situado entre o Vale de Quebrantes e o Areinho

    de Oliveira do Douro, um espao que exerce a funo de parque de merendas

    aos visitantes. Dotado de algumas mesas e bancos de apoio, o jardim conta

    ainda com uma fonte antiga e um extenso arvoredo composto por pltanos de

    grande porte, que sombreiam o espao com vista para o Rio Douro.

    Justaposto ao Jardim, encontra-se um recinto desportivo de terra batida,

    conhecido por Campo do Areinho.

    Actualmente, este jardim constitui o nico espao verde formal, na rea

    abrangida pela proposta Paisagem Protegida Local.

    JARDIM DE

    OLIVEIRA DO

    DOURO

    OLIVEIRA DO DOURO

    Marta Terra, 2011

    Lauren Maganete, 2010 Isabel Castro, 2011 Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 32

    19

  • Espelham-se nas guas as silhuetas dos Pltanos, eternos

    observadores das vivncias quotidianas do Rio e das suas

    gentes.

    Marta Terra, 2011

  • O Areinho de Oliveira do Douro, situado a cerca de 7 km da foz do Rio Douro,

    tornou-se ao longo dos sculos, pela sua candura, num espao aprazvel de

    encontro do Homem com o rio. neste local que o rio se meandra e gera um

    vincado ponto de inflexo, onde outrora um Facho (hoje em dia situado sob a

    Ponte do Freixo) controlava e vigiava os barcos que nele navegavam. O Areinho

    volveu-se num dos locais de eleio para os artistas, pintores e escritores

    portugueses, inspirados pela sua beleza natural e pelas suas gentes, que o

    animavam e moldavam. Aqui, o leito do rio alarga-se, formando uma ampla bacia

    de lisura, propcia s prticas de pesca e de recreio balnear.

    Outrora uma importante pesqueira, assim referida no Foral de 1512, o Areinho

    hoje frequentado sobretudo para a prtica balnear e para utilizao de um recinto

    desportivo para a prtica de futebol, denominado Campo do Areinho. Do outro

    lado do rio, ergue-se majestoso o Palcio do Freixo, junto foz dos Rios Tinto e

    Torto, actualmente estrangulada pelo aterro da marginal, a Marina do Freixo e

    ainda o Museu Nacional da Imprensa.

    AREINHO DE

    OLIVEIRA DO

    DOURO

    OLIVEIRA DO DOURO

    Paulo Oliveira, 2003

    Lauren Maganete, 2011

    Fonte: Notas Monogrficas sobre a Freguesia de Santa Eullia e Oliveira do Douro

    Fonte: http://www.portoantigo.org/

    Travessia do rio pela brigada do General Ingls at ao Freixo para cortar a retirada das foras francesas

    Vista do Areinho, praia de banhos Areinho de Oliveira do Douro, Aurlia de Souza, (Anterior a 1908)

    Fonte: SILVA, R., Aurlia de Souza, 2004 Fonte: Notas Monogrficas sobre a Freguesia de Santa Eullia e Oliveira do Douro

    Gravura sobre o Areinho de Oliveira do Douro

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 34

    20

  • Com uma rea de 3,71 hectares e localizada em frente ao Areinho de Oliveira do Douro, a

    8 Km da foz do Rio Douro, a Quinta da Alegria ocupa uma frente de rio de 240 metros.

    limitada a Este e Sul pelo IC23, que faz a ligao Ponte do Freixo, cuja construo foi

    concluda em 1995 e que atravessou a quinta, dividindo-a em duas reas distintas.

    Dever ter servido para habitao, fazendo parte de uma tipologia de Quintas de Recreio

    caractersticas do sc. XVIII, identificveis pela vegetao ornamental junto da casa. De

    referir que muitas destas quintas esto hoje adaptadas para actividades hoteleiras.

    Nesta quinta destaca-se a elevada aptido agrcola dos terrenos, o patrimnio edificado,

    que embora considerado no PDM como estando em runa, apresenta algum interesse e

    possibilidade de restauro. Exemplo disso o edifcio de 2 pisos, de grandes dimenses,

    assente numa plataforma contida num muro de suporte de granito. Na poca, o acesso

    principal era feito pelo rio, facto determinante para a localizao da casa, que se

    desenvolve num eixo que potencia a contemplao do rio.

    Sabe-se que j no sc. XX foi transformada para albergar instalaes industriais, onde

    funcionou uma vacaria, a Vacaria da Quinta da Alegria, cuja runa do edifcio ainda existe

    na parte posterior da casa, destacando-se o painel de azulejo que possui. Outro dos

    elementos construtivos a destacar, o muro de granito que limita a quinta.

    Encontra-se totalmente integrada em Estrutura Ecolgica Fundamental e parcialmente

    integrada em REN. Encontra-se ainda integrada em Leito de Cheia e identificada na

    Carta de Salvaguardas da Planta de Ordenamento do PDM em vigor, como elemento de

    interesse patrimonial.

    QUINTA DA

    ALEGRIA

    OLIVEIRA DO DOURO

    5 6

    Paulo Oliveira, 2003

    Lauren Maganete, 2010

    Fonte: fotografia gentilmente cedida pelo Sr. Eng. Rodrigues dos Santos (proprietrio da quinta) Vero de 1973

    Lauren Maganete, 2010 Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 35

    21

  • A Ponte do Freixo foi projectada pelo Professor Antnio Reis e pelo Engenheiro

    Daniel de Sousa e inaugurada a Setembro de 1995. Com um comprimento total

    de 750 metros, a ponte mais a montante do Esturio do Rio Douro e que

    estabelece a ligao entre as auto-estradas para Viana do Castelo, Braga e

    Amarante (a Norte) e Aveiro, Coimbra e Lisboa (a Sul) atravs de duas pontes

    construdas lado a lado, afastadas de 10 cm.

    PONTE DO

    FREIXO

    OLIVEIRA DO DOURO

    Lauren Maganete, 2010

    Paulo Oliveira, 2003 Paulo Oliveira, 2003 Paulo Oliveira, 2003 Helga Nair, 2011

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 36

    22

  • A Quinta do Mirante est localizada imediatamente a montante da Quinta da

    Alegria, junto ao antigo sapal e ao Areinho de Oliveira do Douro, a 8,4 Km da foz

    do Rio Douro. A rea total de 0,5 hectares apresenta uma frente de rio de 65

    metros. contgua s Quintas da Alegria e da Pedra Salgada.

    O edifcio principal apresenta uma planta de base rectangular, simtrica, com 2

    pisos e o eixo maior, a desenvolver-se perpendicularmente ao rio, orientado para

    a sua contemplao. Encontra-se abandonado, num avanado estado de

    degradao. Destaca-se, ainda assim, a existncia de alguma vegetao

    ornamental de interesse junto a este.

    A totalidade da propriedade est includa na Estrutura Ecolgica Municipal e

    encontra-se quase na totalidade classificada como rea com risco de cheia. O

    carcter do lugar est marcado pela presena da Ponte do Freixo e os restantes

    acessos, que tm uma expresso muito forte na paisagem envolvente.

    QUINTA DO

    MIRANTE

    OLIVEIRA DO DOURO

    Paulo Oliveira, 2003

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 37

    23

  • Est situada a 8,6 Km da foz do Rio Douro, ocupando uma frente de rio de 220 metros. A

    propriedade caracterizada pela Casa Senhorial do incio do sc. XVIII, de 2 pisos e planta

    rectangular, sendo a fachada principal voltada para o Rio Douro. Nos cerca de 3,47

    hectares que a constituem, destaque para existncia de interessantes macios de

    vegetao ornamental, bem como lagos, fontes e outros elementos decorativos.

    O seu primeiro proprietrio foi Daniel Bull, Cnsul Holands no Porto, em 1712 (apesar de

    haver referncias do stio em 1128 e 1612). Em 1855 esta quinta estava ligada famlia

    dos Viscondes de Balsemo. O topnimo Pedra Salgada, advm de at ao local

    chegarem as mars vivas, de gua salgada. Apesar de s aparecer como lugar no censo

    de 1911, com 3 fogos e 20 habitantes, sabe-se que o nome muito mais antigo.

    A ligao da quinta com o rio uma das caractersticas mais marcantes, estando bem

    patente, seja na implantao da casa, seja na forma como a propriedade se desenvolve at

    ao cais de pedra existente. O principal acesso propriedade era feito pelo rio, existindo

    ainda o cais onde este se efectuava.

    Graas sua posio privilegiada, uma das quintas mais referidas, nas antigas

    descries desta zona do Rio Douro.

    Actualmente, aproveitando o ambiente especial que a quinta proporciona, o espao

    explorado por uma empresa para a realizao de eventos.

    QUINTA DA

    PEDRA

    SALGADA

    OLIVEIRA DO DOURO

    Paulo Oliveira, 2003

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Helga Nair, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 38

    24

  • CAIS DA

    QUINTA DA

    PEDRA

    SALGADA

    OLIVEIRA DO DOURO

    O Cais da Quinta da Pedra Salgada, localiza-se em frente entrada mais a

    montante da quinta.

    constituda por uma rampa de granito que se estende perpendicularmente

    desde a margem, at ao rio.

    Encontra-se actualmente parcialmente destruda, servindo unicamente para a

    actividade piscatria.

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 39

    25

  • Q

    U

    I

    N

    T

    A

    S

    E

    M

    A

    T

    A

    S

    o Quinta da Torre Bella

    o Cais da Quinta da Torre Bella

    o Quinta das Carvalheiras

    o Cais da Quinta das Carvalheiras

    o Quinta da Fonte da Vinha

    o Cais da Quinta da Fonte da Vinha

    o Cais da Quinta dos Cubos

    o Quinta do Arcediago

    o Quinta dos Frades

    o Cais da Quinta dos Frades

    UNIDADE DE PAISAGEM 3 Quintas e Matas do Areinho foz do Rio Febros

    CAIS DE

    GAIA

    ESTEIRO DE

    AVINTES

    ESPINHAO

    AZENHA DE

    CAMPOS

    ARNELAS

    CRESTUMA

    BARRAGEM

    DE

    CRESTUMA-

    LEVER

  • Paulo Oliveira, 2003

  • QUINTA DA

    TORRE BELLA

    OLIVEIRA DO DOURO

    A Quinta da Torre Bella est localizada a uma distncia de 8,9 Km da foz do Rio Douro,

    imediatamente a montante da Quinta da Pedra Salgada. A propriedade estende-se por uma

    rea de 4,87 hectares, ocupando uma frente de rio de 280 metros. No se obtiveram na

    pesquisa referncias histricas relevantes, desconhecendo-se o seu autor. O principal

    edifcio, de 2 pisos, tem por base uma planta em L e apresenta uma arquitectura com

    traos revivalistas. A principal fachada virada para o rio; no vrtice comum s 2 alas, o

    edifcio alteado em mais um piso, numa clara estratgia de afirmao e contemplao na

    envolvente. Existe ainda uma ampliao posterior deste edifcio, de 1 piso, bem como

    outras construes dispersas na propriedade, todas elas com menor importncia que a

    principal.

    A quinta desenvolve-se num patamar de cota superior ao rio, limitado por um muro que

    serve ao mesmo tempo de suporte e separao de um caminho pedonal, que circula a cota

    inferior, entre a quinta e o rio, dando acesso ao rio por uma rampa, poca da sua

    construo, bastante importante para o acesso propriedade.

    Actualmente foi instalada uma plataforma flutuante e rampa de acesso a embarcaes de

    recreio.

    No restante espao surgem relvados pontuados por palmeiras e outras espcies

    ornamentais, ou macios arbreo-arbustivos que se salientam pelo seu valor florstico,

    colocados junto dos principais caminhos. Existem tambm algumas reas de pastoreio,

    reas de mata, pequenos lagos construdos e reas de lazer, como campo de tnis e

    piscina.

    Paulo Oliveira, 2003

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Marta Terra, 2011

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 42

    26

  • CAIS DA

    QUINTA DA

    TORRE BELLA

    OLIVEIRA DO DOURO

    O Cais da Quinta da Torre Bella localiza-se a nascente de um imponente muro

    de suporte de terras em granito que ladeia a quinta e que a separa de um

    caminho pedonal, marginal ao Rio Douro.

    Esta quinta conta com o cais primitivo, constitudo por uma rampa de granito e

    uma escadaria que a acompanha desde o rio, at a dois portes de acesso

    quinta e ainda com um cais de construo mais recente, constitudo por uma

    plataforma flutuante, destinado a embarcaes de recreio, de pequeno porte,

    privativas da quinta.

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Bing Maps

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 43

    27

  • Situada a 9,1 Km da foz do Rio Douro, num terreno com 1,71 hectares, a Quinta das

    Carvalheiras ocupa uma frente de rio de 125 metros. No se encontraram, na pesquisa

    efectuada, referncias histricas do local. A quinta dominada pelas 2 grandes

    construes existentes: uma casa que aparenta ser a principal, com 3 pisos, algo

    descaracterizada e que no apresenta por isso grande interesse do ponto de vista

    arquitectnico; e uma outra construo, aparentemente mais recente, grande parte dela

    tendo apenas 1 piso. Junto a estes, surgem outros elementos construdos, como o caso

    da piscina e do ptio existentes.

    Ganha uma forte importncia por ser contgua s Quintas da Torre Bella e da Fonte da

    Vinha, fazendo parte de um conjunto de quintas marginais ao Rio Douro, confrontando a

    Norte com um percurso paralelo ao rio, limitado pelos muros destas e pontuado pelos

    diferentes cais que eram, em tempos, o principal acesso s propriedades. As

    caractersticas peculiares da vegetao arbrea das quintas, como o caso desta,

    contribuem tambm para o interesse e conforto deste percurso.

    QUINTA DAS

    CARVALHEIRAS

    OLIVEIRA DO DOURO

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 44

    28

  • CAIS DA

    QUINTA DAS

    CARVALHEIRAS

    OLIVEIRA DO DOURO

    Fora do muro est localizado um pequeno ancoradouro que deve ter servido a

    quinta no passado, tendo sofrido no entanto algumas intervenes, apresentando

    um carcter diferente daquele que deveria ser o original.

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Bing Maps

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 45

    29

  • Imediatamente a montante da Quinta das Carvalheiras, surge a Quinta da Fonte

    da Vinha. Tem uma rea total de 3 hectares e dista 9,3 quilmetros da foz do Rio

    Douro, ocupando uma frente de rio de 285 metros. O edifcio original, de 2 pisos,

    planta rectangular e com o eixo maior paralelo ao rio, est neste momento a ser

    remodelado, devido transformao da quinta num hotel de charme 5 estrelas.

    O Fonte da Vinha Hotel & Spa ter 34 unidades de alojamento, restaurante, bar,

    spa, 3 salas polivalentes, uma loja gourmet, sala de congressos e ainda um cais

    para embarcaes de recreio. (GAIURB EEM, 2011)

    Em relao quinta original, destaque para o antigo jardim formal em frente

    casa, cujo elemento central uma fonte ainda se encontra em funcionamento.

    Neste marcam presena 2 cedros e uma palmeira, todos de grande porte, bem

    como camlias de tamanho considervel.

    Ao longo de toda a propriedade, bem como no limite desta, destaque para os

    diversos muros de alvenaria, uns com maior valor esttico que outros, mas todos

    marcando o carcter desta quinta, em terrenos com uma pendente que comea a

    ser j considervel.

    QUINTA DA

    FONTE DA

    VINHA

    OLIVEIRA DO DOURO

    Paulo Oliveira, 2003

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 46

    30

  • CAIS DA

    QUINTA DA

    FONTE DA

    VINHA

    OLIVEIRA DO DOURO

    O Cais da Quinta da Fonte da Vinha, existente junto ao rio, a cota mais baixa,

    garantia o acesso quinta e pela sua dimenso percebe-se que era um

    importante local de embarque.

    Esse acesso ainda hoje possvel atravs das rampas de acesso e do porto

    existente no extremo Norte da quinta.

    Helga Nair, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Clube de Coleccionadores de Gaia, Postal Ilustrado, Polo aqutico F.C. Porto campeo nacional, 1932

    Helga Nair, 2010

    Bing Maps

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 47

    31

  • O terreno correspondente antiga Quinta dos Cubos foi objecto de uma operao de

    loteamento durante os anos 80. Est situado a 9,6 Km da foz do Rio Douro, entre a Quinta

    da Fonte da Vinha e a Quinta do Arcediago, e ocupa uma frente de rio de 275 metros. A

    rea de 8,58 hectares foi descaracterizada pela construo do IP1, actualmente A20, pelas

    obras de urbanizao realizadas e pelas construes entretanto edificadas, podendo-se

    dizer que a Quinta dos Cubos, enquanto quinta, j no existe.

    No entanto, resta ainda o antigo cais da quinta, servido pela antiga Rua da Fonte da Vinha

    (desactivada pela construo do IP1) e vulgarmente conhecida como Caminho dos

    Afogados, perpendicular ao rio e pelo caminho pedonal paralelo ao rio, que estabelece a

    ligao entre as quintas e o mesmo, testemunho da existncia da quinta e do acesso que a

    esta se fazia a partir do Rio Douro.

    O cais constitudo no por um avano sobre o rio, mas por uma rampa constituda por

    belas pedras de granito. Aproveitando o muro de suporte existente, a rampa mergulha no

    rio paralelamente margem, conseguindo vencer desta forma o desnvel entre o rio e o

    caminho referido. Carece de uma grande reparao, uma vez que algumas das referidas

    pedras esto deslocadas e outras cadas.

    De salientar ainda uma pesqueira existente na outra extremidade da Quinta dos Cubos,

    ligada histria da pesca do svel, da lampreia, da tainha, de bogas, de mugens e de

    barbos.

    CAIS DA

    QUINTA DOS

    CUBOS

    OLIVEIRA DO DOURO

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Marta Terra, 2011

    Helga Nair, 2010

    Bing Maps

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 48

    32

  • No sc. XV foi criado o Arcediago de Oliveira do Douro, pelo Cabido do Porto. O Arcediago era o clrigo

    que ajudava o bispo no poder da jurisdio e na administrao dos bens da diocese. O de Oliveira do

    Douro era obrigado a visitar, em nome do Bispo, toda e qualquer uma das igrejas, mosteiros, lugares e

    pessoas do julgado de Gaia: constitudo pelas freguesias de Mafamude, Oliveira do Douro, Avintes, Vilar

    de Andorinho, Canelas, Lever, Sandim, Arcozelo, Gulpilhares, Vilar do Paraso, Valadares, Madalena e

    Canidelo.

    De uma quinta que seria decerto muito mais extensa, resta hoje apenas uma pequena parte: uma

    propriedade de mais de 5 hectares, situada a cerca de 9,8 Km da foz do Rio Douro, tendo sido cortada

    pelo traado do IP1, actualmente A20, paralelo ao Rio Douro neste local, estando por isso dividida em 2

    terrenos.

    A parcela de cota mais baixa estende-se at ao Rio Douro, apresentando uma frente ribeirinha de 100

    metros. Caracteriza-se pela encosta maioritariamente florestada por eucalipto e pinheiro. Apresenta

    interesse enquanto espao-tampo da A20 e por se tratar de um contnuo florestal em reas bastante

    declivosas, atenuando o risco de eroso.

    A parcela de cota mais alta, a Oeste, situa-se junto ao Centro Paroquial e ao Cemitrio de Oliveira do

    Douro. Existem aqui vrios elementos inventariados nas fichas de patrimnio do PDM, pelo interesse

    patrimonial urbanstico, paisagstico, arquitectnico ou arqueolgico: a Alameda de Santa Eullia,

    principal acesso ao local; a Igreja Paroquial de Oliveira do Douro; a Capela de Santa Eullia (Capela

    Morturia).

    O acesso, livre e pblico, feito a partir da praa adjacente igreja Paroquial, para um espao onde se

    encontra um choupal, preenchido por um parque de merendas, bem como tlias, fiteiras e outras

    espcies, ou um notvel sobreiro. Existem vrios muros ou escadas de granito, bem como um tanque ou

    lagar, enquadrados por bordaduras de rosas ou hortnsias. Destaque ainda para uma casa em granito,

    com a correspondente eira e para um pequeno anfiteatro construdo abaixo desta, junto a um macio

    rochoso. Encontram-se tambm nesta propriedade pequenas hortas cultivadas.

    Da cota alta da propriedade, obtm-se excelentes vistas para o Areinho de Avintes, a montante e para o

    Areal de Gramido em Valbom, do outro lado da margem.

    QUINTA DO

    ARCEDIAGO

    OLIVEIRA DO DOURO

    Isabel Castro, 2011

    Isabel Castro, 2011 Isabel Castro, 2011 Isabel Castro, 2011 Isabel Castro, 2011

    Isabel Castro, 2011

    Isabel Castro, 2011

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 49

    33

  • A Quinta dos Frades, tambm conhecida por Quinta de Nossa Senhora da Conceio e

    mais recentemente e vulgarmente por Quinta dos Ingleses (por ter sido adquirida por uma

    famlia inglesa), est situada a 10,2 Km da foz do Rio Douro e junto foz do Rio Febros, a

    jusante do Areinho de Avintes e apresenta uma frente de rio de 135 metros. Com uma rea

    de 9,87 hectares, faz parte de um conjunto de propriedades rurais que dominavam o

    territrio de Oliveira do Douro.

    Estava associada ao Mosteiro de Nossa Senhora da Conceio, que dava em tempos

    nome quinta. O edifcio religioso foi mandado construir em 1679 por Antnio Leite de

    Albuquerque, ano em que se fundou a Real Congregao de Nossa Senhora de Oliveira do

    Douro, pelos Cnegos de S. Joo Evangelista, que actuavam principalmente no campo da

    assistncia hospitalar. Assim, na vasta propriedade do seu fundador, localizada numa

    encosta sobre o Rio Douro, passaram a ser acolhidos sacerdotes doentes, cegos, etc., que

    no tinham meios de subsistncia.

    Com a extino das ordens religiosas, a propriedade ficou em posse particular: em 1842 foi

    adquirida por Marcelino Mximo de Azevedo e Melo, primeiro Visconde de Oliveira; em

    1873 vivia ainda na quinta a Viscondessa de Oliveira; em 1984 foi adquirida pela GAF,

    Lda..

    No que toca aos elementos construdos, conserva-se o edifcio seiscentista, composto por

    uma s nave, torre e ala conventual, disposto em torno de um ptio de forma pentagonal.

    Parte dele foi recuperado e adaptado para habitao. A Igreja, de planta linear e dimenso

    modesta, com cobertura apenas nas reas correspondentes capela-mor e capela

    lateral, apresenta um elevado estado de degradao, apresentando no entanto fortes

    possibilidades de recuperao.

    No site do IGESPAR referido que o imvel se encontra em vias de classificao

    homologado como Imvel de Interesse Pblico de acordo com o despacho de 14 de

    Fevereiro de 1980 e com o despacho de homologao de 29 de Junho de 1976.

    QUINTA DOS

    FRADES

    OLIVEIRA DO DOURO

    IHRU, Ficha de 1994 (Fotografias anteriores a 1993)

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2011 Helga Nair, 2010

    Revista Casa & Jardim, 1993

    Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 50

    34

  • A cota mais baixa, junto ao rio, bem visvel o cais de acesso Quinta dos

    Frades, que se fazia atravs de um porto existente junto a este.

    Por uma calada que acompanha a vedao da quinta pelos seus limites a

    Poente e a Norte, possvel tambm aceder ao rio, na zona do cais.

    Este cais, actualmente unicamente utilizado para actividades piscatrias.

    Encontra-se bastante degradado, carecendo de uma grande reparao, uma vez

    que algumas das suas pedras esto deslocadas e outras cadas.

    CAIS DA

    QUINTA DOS

    FRADES

    OLIVEIRA DO DOURO

    Helga Nair, 2010

    Marta Terra, 2011

    Lauren Maganete, 2010

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Bing Maps

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 51

    35

  • UNIDADE DE PAISAGEM 4 Areinho de Avintes

    A

    R

    E

    I

    N

    H

    O

    D

    E

    A

    V

    I

    N

    T

    E

    S

    CAIS DE

    GAIA

    ESTEIRO DE

    AVINTES

    ESPINHAO

    AZENHA DE

    CAMPOS

    ARNELAS

    CRESTUMA

    BARRAGEM

    DE

    CRESTUMA-

    LEVER

    o Cais do Esteiro

    o Lugar do Esteiro

    o Areinho de Avintes

    o Quinta do Pao (Avintes)

    o Quinta da Devesa

    o Cais de Avintes

    o Lugar de Espinhao

  • O esteiro, localizado frente a Valbom na outra margem, era palco de actividades

    como a pesca, o conserto das redes, a reparao de barcos e de local de

    embarque nos valboeiros com cobertura, onde as padeiras de Avintes, levavam

    cidade, a sua famosa broa.

    no canal do Esteiro de Avintes que desagua um dos rios mais notveis do

    Concelho de Vila Nova de Gaia, o rio Febros, rio outrora truteiro, afluente do rio

    Douro, a cerca de 10 km da sua foz. As guas deste rio eram utilizadas para a

    rega dos campos e outrora, para movimentar os moinhos de rodzio (164 em

    1890), que se edificavam nas suas margens e moam o cereal que abastecia os

    fornos de Avintes, sendo que em 1747 eram cozidos 96 carros de po por

    semana e em 1854 j atingia a cifra dos 300 carros de po por semana

    (Pacheco, 1986).

    CAIS DO

    ESTEIRO

    AVINTES

    Helga Nair, 2011

    Isabel Castro, 2011

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 53

    36

  • O Lugar do Esteiro um ncleo ribeirinho da Freguesia de Avintes, onde se

    destacam as ruas estreitas em que as fachadas das casas se voltam para o rio

    Febros, j perto da sua foz, onde se espreita o Cais do Esteiro, evidenciando a

    importncia das actividades ligadas faina fluvial.

    um ncleo antigo e bastante pitoresco, pese embora o facto de se encontrar

    num estado avanado de degradao, face progressiva migrao populacional

    para zonas mais centralizadas.

    LUGAR DO

    ESTEIRO

    AVINTES

    Paulo Oliveira, 2003

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 54

    37

  • Na margem esquerda do Rio Douro, a montante do Lugar do Esteiro de Avintes,

    espraia-se o Areinho de Avintes, que tal como o Areinho de Oliveira do Douro,

    constitui uma rea inundvel de aluvio, onde o leito do sistema fluvial foi

    depositando sedimentos ao longo dos tempos, modelando uma plancie serena e

    convidativa prtica balnear e s actividades ligadas faina fluvial e pesca.

    Outrora, vinham pelo Rio Douro acima at ao Areinho de Avintes, os barcos de

    pic-nic em passeio, que aportavam vidos da famosa broa que a se vendia. O

    Areinho bordejado por uma frondosa alameda de espcies ripcolas que

    enquadram a paisagem.

    AREINHO DE

    AVINTES

    AVINTES

    Paulo Oliveira, 2003

    Marta Terra, 2011

    Desciam a rampa, que antecede o porto, alguns bandos de gente do povo, rindo, cantando, em

    plena festa; iam em direco ao rio. As barqueiras de Avintes aproximavam os barcos da

    margem para os receber; outras, ainda a grande distncia, chamavam, com toda a fora

    d'aquelles pulmes robustos, as pessoas que vinham por terra. Cruzavam-se os barcos,

    movidos pelos vigorosos braos d'estas engraadas e joviaes remeiras, e carregados com os

    frequentadores das diverses campestres do Areinho e da pesca do savel. Tudo era riso e

    cantigas no rio.

    Jlio Diniz (1839-1871) Uma Famlia Inglesa 1868

    Rio acima, as vrzeas de Campanh, de Ramalde e de Avintes resplandeciam com as esmeraldas da jovem Primavera.

    In O Arco de SantAna de Almeida Garrett

    Lauren Maganete, 2010

    Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 55

    38

  • A propriedade de 8,06 hectares, est situada a 11,5 Km da foz do Rio Douro, junto ao Areinho de

    Avintes, confinando com este a Norte, numa faixa de 257 metros. Desenvolve-se em 3 reas: a

    Norte, uma de cota mais baixa e baixos declives, com risco de cheia; uma intermdia onde

    assenta o edificado; a Sul, uma com declives acentuados e risco de eroso, coberta por uma

    pequena mancha florestal.

    A origem da quinta remonta Idade Mdia, estando assim bem prxima daqueles que seriam na

    poca, os ncleos mais habitados da Freguesia: Avintes e Espinhao. No sculo XVI foi

    construdo o solar e a partir da a propriedade foi pertena da famlia dos Almeidas, entre os quais

    D. Francisco de Almeida, 1 Vice-Rei da ndia ou, mais tarde, o Marqus de Lavradio e Conde de

    Avintes, cujo afilhado e procurador - o capito de Infantaria Joo Lus do Couto Alo, viveu

    tambm na quinta. Merecem referncia dois descendente do capito Joo Lus: Maria do Carmo

    Xavier, esposa de Tefilo Braga (2 Presidente da Repblica Portuguesa) e Jlio de Matos

    (famoso psiquiatra). J nos finais do sc. XIX era sua proprietria, a Viscondessa de Balsemo e

    o seu marido Roberto Guilherme Woodhouse.

    O solar primitivo, cuja runa ainda visvel, foi abandonado em meados do sculo XIX; na poca,

    o Marqus do Lavradio mandou edificar um novo solar de famlia a cota superior, no local onde

    havia o celeiro, junto ao caminho de Avintes. O edifcio de 2 pisos foi alvo de uma ampliao nos

    anos 80 que, embora tenha sido interrompida, o descaracterizou completamente. No exterior,

    mantm-se ainda em funcionamento um fontanrio.

    A capela original do sc. XVII foi transladada da sua localizao original, junto do solar primitivo,

    para junto do novo solar, integrando o volume da casa; conserva ainda as armas dos Pereira-

    Brando, bem como outros elementos caractersticos do perodo seiscentista.

    A quinta atravessada por uma pequena linha de gua. Mais de metade da propriedade integra a

    Estrutura Ecolgica Fundamental, sendo parte desta, correspondente a reas de REN e RAN.

    QUINTA DO

    PAO

    AVINTES

    Paulo Oliveira, 2003

    Fonte: Revista Caminho Novo Restos do Solar primitivo, construdo no sculo XVI

    Helga Nair, 2010

    Fonte: Revista Caminho Novo Solar novo, construdo em meados de sc. XIX Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 56

    39

  • A Quinta da Devesa localiza-se a Sul da Quinta do Pao, na freguesia de Avintes, numa

    cota intermdia, entre a beira-rio e o aglomerado populacional mais prximo, pelo que da

    se avista uma envolvente que inclui a margem Norte do Rio Douro.

    Actualmente encontra-se devoluta e em estado avanado de degradao, carecendo de

    obras de restauro e reposio de todos os seus elementos caractersticos.

    Desconhece-se o autor do projecto da quinta, no entanto importa referir, que se enquadra

    numa arquitectura erudita. Originalmente assentava numa planta em L formada por dois

    corpos que se intersectam na capela, tendo sofrido posteriormente grandes alteraes a

    nvel formal e volumtrico, pelo que se confunde uma leitura mais rigorosa. O conjunto

    localiza-se no interior da parcela e o percurso para a casa, acede ao ptio atravs de um

    arco por baixo do volume mais recente, o qual estabelece uma relao visual com o alado

    da capela.

    A capela apresenta-se num plano que intersecta o volume da casa na diagonal, voltando-se

    para a entrada do ptio. constituda por trs pisos, o trreo para arrecadaes e o nobre

    para habitao (cuja entrada se perdeu). O alado da capela salienta-se do conjunto pela

    nobreza do tratamento formal e pela escala dos vos. (Gaiurb EEM, 2007)

    QUINTA DA

    DEVESA

    AVINTES

    Bing Maps

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 57

    40

  • O Cais de Avintes est situado a 13,50 Km da foz do Rio Douro, imediatamente a

    nascente do Areinho de Avintes, junto ao Lugar de Espinhao, defronte ao

    Gramido.

    O cais constitudo por uma plataforma flutuante para embarcaes de pesca e

    de recreio de pequeno e mdio porte e uma rampa em cimento de varar, que se

    estende e mergulha no rio.

    CAIS DE

    AVINTES

    AVINTES

    Paulo Oliveira, 2003

    Helga Nair, 2010

    Original de Paulo Oliveira, 2003 alterada por Isabel Castro

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2009

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 58

    41

  • O Lugar de Espinhao, antiga colnia de pescadores j extinta, destaca-se pelas

    suas edificaes ribeirinhas em terreno armado em socalcos e pela sua

    actividade piscatria ainda existente.

    Constitudo por caminhos muito estreitos e ngremes, por vezes vencidos com

    escadas, em calada e/ou em cimento, so ladeados por muros de granito ou

    pelas fachadas dos edifcios.

    Por entre pitorescas e fechadas tramas de caminhos, surge por vezes uma

    abertura na paisagem, de onde se vislumbra o Rio Douro.

    LUGAR DE

    ESPINHAO

    AVINTES

    Paulo Oliveira, 2003

    Helga Nair, 2010

    Original de Paulo Oliveira, 2003 alterada por Isabel Castro

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 59

    42

  • UNIDADE DE PAISAGEM 5 Quintas e Matas de Espinhao at Azenha de Campos

    Q

    U

    I

    N

    T

    A

    S

    E

    M

    A

    T

    A

    S

    CAIS DE

    GAIA

    ESTEIRO DE

    AVINTES

    ESPINHAO

    AZENHA DE

    CAMPOS

    ARNELAS

    CRESTUMA

    BARRAGEM

    DE

    CRESTUMA-

    LEVER

    o Quinta de Espinhao

    o Quinta do Gradouro

    o Quinta de Porcas

    o Quinta da Graceira

    o Cais da Quinta da Graceira

    o Quinta da Fundada

    o Lugar da Azenha de Campos

    o Cais da Azenha de Campos

    o Capela da Nossa Senhora dos Prazeres

    o Quinta na Rua da Azenha

  • Isabel Castro, 2011

  • Situada junto Rua dos Restauradores, no Lugar de Espinhao, a Quinta de Espinhao

    ocupa a encosta imediatamente a montante do Cais de Avintes, numa frente de rio de 195

    metros. Tem uma rea total de 1,34 hectares e dista 12,1 Km da foz do Rio Douro.

    Num patamar de cota superior encontra-se um conjunto de edificaes pertencentes

    quinta que esto, contudo, abandonadas e fortemente degradadas. A sua posio na

    encosta declivosa permite uma dominncia e amplas vistas: tanto sobre o resto dos

    terrenos da quinta, como sobre o prprio Rio Douro. Apesar da degradao verificada,

    destacam-se alguns elementos construdos que esto minimamente conservados, como

    o caso do poo existente e as algumas estruturas associadas que, apesar de tudo, mantm

    a sua estrutura base, em pedra.

    Muitos dos terrenos pertencentes quinta, bem como algum do edificado abandonado,

    esto cobertos por silvado e outras trepadeiras, como glicnias. Os esteios de granito, ainda

    existentes, tpicos de Gaia, as espcies ornamentais como pinheiros, cedros e vrios ps

    de figueira que vemos a crescer, no meio do silvado, so todos eles elementos que nos

    ajudam a perceber a existncia desta quinta, enquanto espao de produo e lazer.

    QUINTA DE

    ESPINHAO

    AVINTES

    Marta Terra, 2011

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 62

    43

  • A Quinta do Gradouro situa-se a 12,4 Km da foz do Rio Douro e embora no tenha

    confronto directo com o rio, estabelece com este uma forte relao visual. A propriedade,

    de quase 5 hectares, caracterizada pelas reas de encosta arborizadas, com declives

    acentuados, cenrio que se repete na maioria das quintas a partir desta para montante.

    A Quinta do Gradouro tem toda a sua gnese e actividade ligadas gua, sendo

    percorrida por vrias minas, algumas com mais de 200 metros de comprimento, que se

    estendem at ao centro da vila. () A abundncia de gua de qualidade era uma fonte de

    rendimento em que atravs do ancoradouro eram carregadas as guas at ribeira do

    Porto, onde eram vendidas. (PEDED, 2008)

    Existem diferentes portes de acesso propriedade, todos eles devidamente identificados

    com o nome da quinta. A principal rea edificada situa-se a uma cota mais elevada, no

    extremo Norte da quinta, numa posio que permite a contemplao do Rio Douro que

    corre, neste troo, de Sudeste para Noroeste. Junto a esta, existe um conjunto de clareiras

    ajardinadas, com reas de relvado, que se estende at debaixo da sombra das vinhas,

    sustentadas pelos esteios de granito, cenrio que d ao jardim da casa, um certo carcter

    rural (o que j no se verifica para o campo de jogos ali existente).

    Um pouco mais abaixo surgem algumas reas de pasto para ovelhas, bem como uma rea

    de cultivo pontuada com Populus nigra Italica (choupos).

    Nesta quinta, apesar de no haver um grande interesse quanto ao patrimnio construdo,

    salienta-se o interesse do patrimnio natural, com uma grande diversidade de espcies

    arbreas, entre sobreiros, carvalhos, choupos, pltanos, oliveiras, pinheiros-mansos e

    vrios tipos de cupressceas. Muitas das reas ajardinadas contam tambm com belos

    exemplares de espcies ornamentais como rosas, camlias, estrelcias, hortnsias, entre

    outras.

    QUINTA DO

    GRADOURO

    AVINTES

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 63

    44

  • A Quinta de Porcas situa-se a uma distncia de 12,8 Km da foz do Rio Douro, ocupando

    uma frente de rio de 245 metros. A propriedade de 4,12 hectares maioritariamente

    desenvolvida em socalcos, situando-se a zona edificada, numa pequena linha de festo

    central, dominada pela casa de 3 andares, mais recente e sem particular interesse

    arquitectnico.

    Da casa de quinta original, que foi propriedade da famlia dos Cunha Souto Maior Pacheco

    Pereira Pamplona, nada resta, conservando-se contudo algumas peas arquitectnicas, de

    final do sculo XVIII: a capela e um fontanrio. A capela, dedicada a Nossa Senhora da

    Piedade, est orientada para Nascente, distinguindo-se na sua fachada principal a escala

    do portal. Existe ainda um volume adossado capela, onde est colocado o sino. No

    fontanrio identifica-se o adorno com uma figura mitolgica, bem como um nicho dedicado

    a S. Joo Baptista.

    Outros elementos de destaque so os muros genericamente construdos em alvenaria de

    pedra, bem como os percursos existentes, alguns ladeados por Camellias japnicas

    (japoneiras). Mais junto ao rio, um interessante ncleo de vegetao ribeirinha confere

    tambm um maior valor ecolgico ao local, enquadrando as vistas a partir do rio e da outra

    margem do Douro.

    QUINTA DE

    PORCAS

    AVINTES

    Marta Terra, 2011

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 64

    45

  • A Quinta da Graceira, construda durante o sculo XVIII, localiza-se numa

    encosta voltada para o Rio Douro a Nascente e por muros de granito a Poente. A

    entrada efectuada por Poente, atravs dum caminho que conduz a um porto,

    a partir do qual h uma rampa dirigida casa e ao rio, a qual se considera um

    eixo de grande beleza paisagstica. A casa tem uma relao muito forte com o

    rio, dispondo-se em trs plataformas definindo trs corpos, sendo que o de maior

    desenvolvimento, integra uma capela. (Gaiurb EEM, 2007)

    uma quinta de carcter rural, atravessada por minas de gua, pontualmente

    recolhidas em tanques, sendo constituda em socalcos ajardinados e que servem

    de pastoreio a alguns animais.

    QUINTA DA

    GRACEIRA

    AVINTES

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Helga Nair, 2010

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 65

    46

  • O Cais da Quinta da Graceira, localiza-se no sop da encosta onde de enverga

    de forma imponente, o edifcio principal da quinta.

    O acesso ao cais feito por caminhos estreitos e escadas, que percorrem a

    encosta de forma serpenteada, at ao rio.

    O cais constitudo por uma rampa e por um pequeno ponto, ambos em granito

    e a precisar obras de reconstruo.

    O acesso quinta pelo rio julga-se pouco usado actualmente, face densa

    vegetao que se verifica em volta dessas estruturas.

    CAIS DA

    QUINTA DA

    GRACEIRA

    AVINTES

    Bing Maps

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Lauren Maganete, 2010 Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 66

    46

  • A Quinta da Fundada, localizada a 13,8 Km da foz do Rio Douro e com uma

    frente de rio de cerca de 320 metros, est localizada no Lugar da Azenha de

    Campos, na Rua da Azenha, defronte Freguesia de Marecos. Trata-se de uma

    quinta rural, cujo terreno com uma rea total de 5,7 hectares, engloba uma rea

    de cultivo em socalcos voltados para o Rio Douro, destacando-se a nvel do

    patrimnio natural, a presena de vinhas e de algumas folhosas.

    QUINTA DA

    FUNDADA

    AVINTES

    Helga Nair, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 67

    47

  • No Lugar da Azenha de Campos, ncleo urbano ribeirinho, corre da encosta um

    pequeno regato que desagua no Rio Douro, dando frescura e beleza ao visitante

    que passa. A beira-rio sombreada por um alinhamento de choupos, confere um

    excelente espao de estadia e contemplao do rio.

    Do Lugar da Azenha de Campos, possvel aceder por um caminho pedonal, a

    um pequeno, mas deslumbrante areal, ladeado por uma frondosa mata ripcola,

    composta por espcies vegetais ribeirinhas, tais como os salgueiros e os

    choupos.

    LUGAR DA

    AZENHA DE

    CAMPOS

    AVINTES

    Bing Maps

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Isabel Castro, 2011

    Isabel Castro, 2011 Isabel Castro, 2011

    Isabel Castro, 2011

    Isabel Castro, 2011

    Isabel Castro, 2011

    Vilma Silva, 2011

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 68

    48

  • O Cais da Azenha de Campos, localiza-se a cerca se 15,5 Km da foz do Rio

    Douro, na Freguesia de Avintes, defronte a Marecos e Foz do Sousa, na

    margem Norte do rio.

    constitudo por uma plataforma flutuante para embarcaes de pesca e de

    recreio, destacando-se ainda a presena de uma antiga pesqueira.

    CAIS DA

    AZENHA DE

    CAMPOS

    AVINTES

    Helga Nair, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Isabel Castro, 2011

    Helga Nair, 2010

    Isabel Castro, 2011

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 69

    48

  • A Capela da Nossa Senhora dos Prazeres est situada no Lugar da Azenha de Campos,

    cota alta (45 metros), numa rua perpendicular Rua da Azenha, que liga ao Rio Douro. A

    sua construo dever datar do final do sculo XVI ou incio do sculo XVII. Fazia parte,

    originalmente, da Quinta da Azenha (actual Quinta do Cascudo), pertena no sculo XVIII

    da famlia Huet de Bacelar Soto Mayor, fidalgo da Casa Real e cavaleiro da Ordem de

    Cristo. No sculo XIX foi demolida a casa da Quinta da Azenha, restando hoje apenas a

    capela, com porta para o caminho pblico e o porto principal da quinta.

    O edifcio construdo em pedra de granito sem reboco, sendo a porta rectangular,

    simples, virada a Este. Sofreu j bastantes transformaes em relao construo

    original, como o caso do alpendre construdo, do elemento branco de beto situado junto

    porta, ou de alguns dos muros adjacentes capela. (Gaiurb EEM, 2007)

    CAPELA DA

    NOSSA

    SENHORA DOS

    PRAZERES

    AVINTES

    Bing Maps

    Gaiurb EEM, 2007

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Helga Nair, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 70

    49

  • QUINTA NA

    RUA DA

    AZENHA

    AVINTES

    Bing Maps

    Helga Nair, 2010

    Helga Nair, 2010 Isabel Castro, 2011

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 71

    50

  • UNIDADE DE PAISAGEM 6 Quintas e Matas de Azenha de Campos a Arnelas

    Q

    U

    I

    N

    T

    A

    S

    E

    M

    A

    T

    A

    S

    CAIS DE

    GAIA

    ESTEIRO DE

    AVINTES

    ESPINHAO

    AZENHA DE

    CAMPOS

    ARNELAS

    CRESTUMA

    BARRAGEM

    DE

    CRESTUMA-

    LEVER

    o Quinta de Santo Incio de Fies

    o Arvoredo Classificado da Quinta de Santo Incio de Fies

    o Quinta de S. Julio

    o Quinta de Campinhos

    o Quinta do Cadeado ou do Sebastio

  • A Quinta de Santo Incio ou de Fies, datada do sculo XVIII e situada a 14,6

    Km da foz do Rio Douro, actualmente a maior quinta de Avintes, com cerca de

    67 hectares.

    Alm das encostas densamente arborizadas por povoamentos monoespecficos

    na vertente at ao Rio Douro, onde se destaca igualmente a existncia de uma

    galeria ripcola com valor ecolgico, integram tambm o cadastro da quinta, uma

    rea destinada ao jardim zoolgico - Zoo Santo Incio e ainda um conjunto de

    edifcios seiscentistas representativos da arquitectura erudita de raiz tradicional e

    de jardins de caractersticas barrocas, em torno de um amplo terreiro em saibro,

    onde se reala a presena de uma fonte barroca em pedra.

    Alm disso, a quinta conta com a presena da Capela de Santo Incio, situada

    no plano mais elevado do terreno, que se evidencia pelo seu traado maneirista

    e ainda de Arvoredo Classificado como Imvel de Interesse Pblico. Assim, esta

    quinta funciona como um plo turstico de grande relevncia no contexto da

    freguesia e do concelho.

    H outra Ermida da invocao de Santo Ignacio fita na quinta de Jorge Maynart, Cavalleiro

    prodesso na Ordem de Christo, e Cidado do Porto, e est contigua s casas da mesma

    quinta. (CARDOSO, L.,1751)

    QUINTA DE

    SANTO INCIO

    OU DE FIES

    AVINTES

    Bing Maps

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 73

    51

  • Vilma Silva, 2005

    Vilma Silva, 2005

    Vilma Silva, 2005

    Vilma Silva, 2005

    Vilma Silva, 2005 Vilma Silva, 2005

    Vilma Silva, 2005

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 74

  • Vilma Silva, 2005 Vilma Silva, 2005 Vilma Silva, 2005

    Vilma Silva, 2005

    Vilma Silva, 2005 Vilma Silva, 2005

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 75

  • Classificada como de interesse pblico (publicado no Dirio da Repblica no

    Aviso n. 8326/2006, de 31 de Julho), a mata existente caracteriza-se pela

    presena de belos exemplares de carvalhos, tulipeiros, azevinhos, azereiros e

    outras folhosas, bem como um denso sub-bosque de japoneiras; o destaque,

    porm, vai para a presena imponente de Pinheiros-Mansos bicentenrios. Uma

    carta de 1800 d conta da solicitao de Pedro Van-Zeller para a substituio de

    pinheiros com cerca de 50 anos, que estavam feridos, por novos exemplares, a

    plantar no mesmo local so provavelmente esses mesmos pinheiros que

    podem ser hoje apreciados na quinta.

    Tambm de grande porte, so os eucaliptos monumentais plantados por Roberto

    Van-Zeller entre o jardim romntico e o bosque, entre os quais um dos maiores

    exemplares de Eucalyptus obliqua do nosso pas. O livro rvores Monumentais de

    Portugal (1984), de Ernesto Goes, citado no blogue referido - Dias com rvores

    explica que se trata de uma espcie algo difundida no Pas em Parques e Jardins,

    talvez pela sua beleza tanto em termos de textura como de cor, seja ao nvel do

    tronco ou da copa de densa folhagem verde escura.

    ARVOREDO

    CLASSIFICADO DA QUINTA DE

    SANTO INCIO DE

    FIES

    AVINTES

    Isabel Castro, 2011

    Isabel Castro, 2011

    Lauren Maganete, 2010 Isabel Castro, 2011 Fonte: Blogue Dias com rvores, 2005 Fonte: Blogue Dias com rvores, 2005

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 76

    52

  • A Quinta de S. Julio apresenta contiguidade com a Quinta de Santo Incio de Fies a

    poente e com a Quinta dos Campinhos a nascente. Est situada numa encosta orientada a

    nascente, a uma distncia de 15,4 Km da foz do Rio Douro. Integra um contnuo de

    encostas de topografia muito acidentada, muito susceptveis eroso e que se encontram

    por isso geralmente florestadas.

    A propriedade, com mais de 18,5 hectares, atravessada por uma linha de gua.

    Aproximadamente cota de 30 metros, numa rea de topografia mais suave e associado

    linha de drenagem natural, est o patrimnio edificado, de interesse, que inclui uma capela

    e vrios edifcios de construo tradicional.

    Apesar da grande maioria da rea florestal ser constituda por pinheiros e eucaliptos,

    destacam-se alguns pequenos ncleos de especial interesse, como o que se encontra junto

    rea edificada, algumas reas cobertas por urze e tojo, ou a vegetao ribeirinha de

    elevado valor ecolgico, ao longo dos 700 metros em que a propriedade confronta com o

    rio, sendo que parte desta rea se encontra em leito de cheia.

    A quinta est includa quase na totalidade na Estrutura Ecolgica Fundamental, com

    excepo da rea edificada. Parte da quinta est tambm classificada como Reserva

    Ecolgica Nacional.

    QUINTA DE

    S. JULIO

    AVINTES

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010

    Paulo Oliveira, 2003 Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 77

    53

  • A Quinta de Campinhos est localizada a 16,25 Km da foz do Rio Douro, na proximidade

    do Lugar de Arnelas, sendo contgua Quinta de S. Julio e Quinta do Cadeado ou do

    Sebastio. Numa posio sobranceira ao Rio Douro, a uma cota de aproximadamente 110

    metros, a quinta apresenta uma topografia muito acidentada, pelo que se encontra

    maioritariamente florestada e organizada em socalcos, que se alargam e estreitam,

    conferindo muito ritmo paisagem da quinta. Quanto ao edificado, encontra-se numa

    pequena plataforma cota de 25 metros, com vistas para a foz do Rio Sousa. Na margem

    ribeirinha da quinta, de salientar a presena de um corredor ripcola com uma largura

    superior a 20 metros. Relativamente ao edificado, assiste-se a uma descaracterizao do

    mesmo, existindo ainda vestgios de um patrimnio arquitectnico de interesse, tal como se

    pode ver nas fotografias apresentadas. A Sul, a quinta encontra-se limitada por uma

    unidade industrial. Quanto ao patrimnio natural, a quinta apresenta elevado interesse

    ecolgico, pela existncia de vegetao autctone e de pomares.

    QUINTA DE

    CAMPINHOS

    AVINTES

    Paulo Oliveira, 2003

    Lauren Maganete, 2010

    Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010 Lauren Maganete, 2010

    Anexo 1 Patrimnio das Encostas do Douro 78

    54