ondas eletromagnéticas e física moderna -...

46
Física VIII Ondas eletromagnéticas e Física Moderna Aula 5: Interferência e Difração (Parte I) 1 Baseado no material preparado por Sandro Fonseca de Souza Helena Malbouisson

Upload: truongthu

Post on 30-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Física VIIIOndas eletromagnéticas e Física

ModernaAula 5: Interferência e Difração

(Parte I)

1

Baseado no material preparado porSandro Fonseca de SouzaHelena Malbouisson

Difração: Desvio da propagação retilínea da luz

Trata-se de um efeito característico de fenômenos ondulatórios, que ocorre sempre que parte de uma frente de onda (sonora, de matéria, ou eletromagnética) é obstruída.

2

Augustin Fresnel (1788-1827)• Dez anos mais novo que T. Young, A. Fresnel foi um engenheiro civil francês que se interessou por estudos de ótica. Ele não participava do círculo acadêmico de Paris e não conhecia o trabalho de Young. Era contrário a Napoleão e quando este retornou em 1815, Fresnel ficou em prisão domiciliar. Fresnel estudou o efeito da luz por uma fenda.

• Em 1817 a Academia Francesa ofereceu um premio ao melhor trabalho experimental sobre difração, que apresentasse um modelo teórico explicando o efeito. Fresnel apresentou um trabalho de 135 páginas (modelo de ondas). O júri era composto por S-D Poisson, J. B. Biot, e P. S. Laplace, todos Newtonianos que apoiavam a teoria corpuscular da luz. Poisson calculou, usando a teoria de Fresnel, algo que parecia inconsistente. Feito o experimento, Fresnel estava correto.

3

Em um anteparo, obtemos um padrão de difração

Difração por uma fenda

Franjas escuras ocorrem para:

a : largura da fenda

4

Determinação da Posição dos Máximos e Mínimos

Supondo:

A diferença de caminho óptico é:

No anteparo as ondas devem estar fora de fase para formação da primeira franja escura:

δ

δ

5

A condição que determina a segunda franja escura é encontrada dividindo a fenda em 4 partes :

Teremos um mínimo quando:

Assim, para todos os mínimos :

δ

6

A posição dos mínimos é dada pela condição de que a diferença de percurso entre o raio superior e o inferior seja múltiplo de :

θ

λ

7

Determinação da Intensidade

Verificaremos que:

onde

8

↵ =1

2� =

⇡a

�sen✓

I (✓) = Im⇣ sen↵

⌘2

Observe que aumentando a largura da fenda, diminui a largura do máximo central:

9

Difração por uma Abertura Circular A posição do primeiro mínimo, para uma abertura circular de diâmetro d, é dada por:

10

sen✓ ⇡ 1,22�

d

ResoluçãoAs imagens difratadas de dois objetos pontuais, ao passarem por um orifício de diâmetro d, podem ser distinguidas se possuem uma separação angular da ordem de: d

1211

Critério de Rayleigh : A separação angular mínima para que duas fontes pontuais possam ser distinguidas é aquela onde o máximo central de uma coincide com o primeiro mínimo da figura de difração da outra:

(pontilhismo)12

�✓R = arcsen

✓1,22

d

◆⇡ 1,22

d

Un dimanche à la Grande Jatte

Georges Seurat (French, 1859-1891)A Sunday on La Grande Jatte -- 1884, 1884-86Oil on canvas, 81 3/4 x 121 1/4 in. (207.5 x 308.1 cm)

13

O diâmetro da pupila humana varia, mas tomando uma média para situação de claridade, como sendo de aproximadamente 2 mm, para um comprimento de onda de 550 nm:

Onde Δl é 2,54mm, a distância entre os pigmentos, e d a distância do observador, portanto:

Exercício

14

Os sistemas ópticos (microscópios, telescópios, olho humano) são caracterizados por um poder de resolução:

15

Difração por Duas Fendas

• No estudo do experimento de Young consideramos e obtivemos a figura da direita. • Neste limite as fontes S1 e S2 irradiam (I0) de modo uniforme para todos os ângulos.

• Mas, se considerarmos uma razão finita, cada fonte irradiará de modo semelhante a figura da direita.

16

Intensidade da figura de interferência de duas fendas:

onde:

No limite obtemos a eq. para a intensidade no experimento de Young:

No limite obtemos a eq. para a intensidade numa fenda única:

17

I (✓) = Im cos

2 �⇣sen↵

⌘2

↵ =⇡a

�sen✓� =

⇡d

�sen✓

I (✓) = Im⇣ sen↵

⌘2

I (✓) = Im cos

2 �

O gráfico geral da intensidade é algo como:

uma fenda

duas fendas

18

Determinação da intensidade da luz difratada por uma fenda

Condição para mínimos

N regiões “Δx” Ondas secundárias Huygens

Ponto P ⇒ Interferência das amplitudes ΔE

Fasores

diferença de fase de ondas secundárias

diferença de distância percorrida

19

Fasores1o.

min.max. central

φφ

φ

1o. max. secundário

20

Condição para mínimos

21

Determinação da intensidade da luz difratada por uma fenda

Fasores

Ondas secundárias

Logo, substituindo R:

Como:

Então:φ

φ/2

α

α=

22

E✓

2=

✓Em

◆sen

2

Mínimos em:

Substituindo α:

Ou:

(min. – franjas escuras)

23

Exercício

A B

I

θ0

Dois comprimentos de onda, 650 e 430 nm, são usados separadamente em um experimento de difração por uma fenda. A figura mostra os resultados na forma de gráficos da intensidade I em função do ângulo θ para as duas figuras de difração. Se os dois comprimentos de onda forem usados simultaneamente, que cor será vista na figura de difração resultante (a) para o ângulo A e (b) para o ângulo B?

24

(min. – fr. escuras)

Lembrando:

Portanto:

A B

I

θ

0

λ=650nm

λ=430nm

só vermelho só azul

25

Exercícios

37-10E. Uma luz monocromática com um comprimento de onda de 538 nm incide em uma fenda com uma largura de 0,025 mm. A distância entre a fenda e a tela é de 3,5 m. Considere um ponto na tela a 1,1 cm do máximo central. (a) Calcule o valor de θ neste ponto (ângulo entre a reta ligando o ponto central da fenda à tela e a reta ligando o ponto central da fenda ao ponto em questão na tela). (b) Calcule o valor de α. (c) Calcule a razão entre a intensidade neste ponto e a intensidade no máximo central.

26

a)

b)

c)

27

Extras

28

Mudanças de fase causadas por reflexão

Refração fase não muda Reflexão fase pode mudar ou não

Caso da óptica: Reflexão mudança de fase Meio com n menor 0 Meio com n maior 0,5 λ (ou π)

antesdepois

antesdepois

Interferência em Filmes Finos

30

31

a)  Luz&incide&no&ponto&a&da&figura&(super4cie&anterior&do&filme);&

b)  O&raio&refle;do&r1,&é&inteceptado&pelo&olho&do&observador;&c)  O&raio&refratado&atravessa&o&filme&e&chega&ao&ponto&b&da&

super4cie&posterior,&onde&é&parcialmente&refle;do&e&refratado;&

d)  A&luz&refle;da&no&ponto&b&atravessa&o&filme&e&chega&no&ponto&c,&onde&é&novamente&parcialmente&refle;da&e&refratada;&

e)  A&luz&r2&refratada&em&c,&também&é&interceptada&pelo&olho&do&observador;&

f)  Se&os&raios&r1&e&r2&chegam&em&fase&ao&olho&do&observador,&produzem&uma&interferência&constru;va;&

g)  Se&r1&e&r2&chegam&totalmente&fora&de&fase&!&interferência&destru;va.&

Interferência em filmes finos

32

33

34

Exercícios

• 35.5,35.6 (Exercícios Resolvidos no Halliday-8Ed.-Vol.4)

35

Exercícios e Problemas

36-34E. Uma lente com índice de refração maior que 1,30 é revestida com um filme fino transparente de índice de refração 1,25 para eliminar por interferência a reflexão de uma luz de comprimento de onda λ que incide perpendicularmente a lente. Qual é a menor espessura possível para o filme?

Difração por uma fenda e Fasores

38

Difração por uma fenda e Fasores

38

Difração por uma fenda e Fasores

38

Difração por uma fenda e Fasores

38

Difração por uma fenda e Fasores

38

Intensidade da Onda Difratada

Ef

Ei

39

Intensidade da Onda Difratada

Ef

Eir

r

β

β

Ei

Ef

E0

39

Intensidade da Onda Difratada

r

r

β

β

Ei

Ef

E0

40

Intensidade da Onda Difratada

Mínimos:

Máximos:

I (✓)

I0=

E2✓

E20