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ONa sequência do estudo da Carta

aos hebreus, analisaremos o

capítulo 3.

OJesus é maior que Moisés.

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OMoisés ocupa uma posição singular entre os profetas: Nm.12:6,7; Dt.34:10-12. Isto porque:

a) falava com Deus cara a cara, tinha uma revelação direta do Senhor;

b) fez sinais e maravilhas;

c) agiu com “mão forte”;

d) agiu com “espanto grande”.


ONão resta dúvida, portanto, que, entre os israelitas, não poderia haver alguém maior que Moisés.

ONo entanto, o próprio Moisés anunciou ao povo que surgiria “um profeta como ele”, a quem os israelitas deveriam ouvir (Dt.18:19,18).


OO escritor aos hebreus chama seus destinatários de “irmãos santos”, porque:

a) ostentavam a condição de “irmãos de Jesus Cristo”;

b) haviam sido santificados em Cristo Jesus.


OO escritor também os denomina de “participantes da vocação celestial”, porque:

a) pela “paixão da morte”, Jesus tornou possível a salvação;

b) por terem crido em Jesus, alcançaram a salvação.


ODevemos considerar Jesus como

“apóstolo e sumo sacerdote da

nossa confissão” (Hb.3:2).

OJesus é chamado de “apóstolo”,

pois Ele foi “enviado pelo Pai”.


O Jesus é superior a Moisés, que, embora tenha sido também “enviado”, é menor que Cristo, pois:

a) foi enviado “pela mão do anjo”, enquanto que Deus enviou Jesus diretamente, pois o próprio Jesus disse ter vindo e saído de Deus (Jo.8:42);

b) não pôde nunca ver a face de Deus, mas Jesus, ao revés, disse conhecer o Pai e d’Ele ser (Jo.7:29).de onde tinha saído e para onde iria (Jo.8:42).

c) o próprio Moisés reconheceu a sua indignidade para tanto (Ex.4:10-16), enquanto que o Filho prontamente atendo ao chamado do Pai, aceitando vir ao mundo, pois era digno para tanto (Hb.10:5-9).


O Jesus é chamado de “sumo sacerdote da nossa confissão”, posição superior a que foi obtida por Moisés.

O Jesus não é apenas um sacerdote, como foi Moisés, mas, sim, o “sumo sacerdote”, ou seja, Ele ostenta uma condição que Moisés não ostentou, pois o sumo sacerdote escolhido foi Arão e não Moisés.


OMoisés é apresentado como “servo fiel em toda a sua casa”.

O Jesus também foi fiel, fazendo a vontade d’Aquele que O enviara, com tanta intensidade que chegou mesmo a dizer que fazer a vontade do Pai era a “Sua comida”, ou seja, a Sua própria razão de ser sobre a face da Terra (Jo.4:34).


O Se Moisés é tido como servo fiel em toda a casa de Deus, o certo é que maior honra do que a casa tem aquele que a edificou e o escritor aos hebreus mostra que quem edifica todas as coisas é Deus.

O Moisés foi fiel em uma casa já edificada, onde atuou como servo para testemunho das coisas que se haviam de anunciar (Hb.3:4,5), enquanto que Cristo, na condição de Filho, que é superior a de servo, edificou a própria casa, casa esta que somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até o fim (Hb.3:6).


O Mais do que Moisés, que era servo fiel em toda a casa de Deus, Cristo nos faz ser casa de Deus, até porque o Seu corpo é templo (Jo.2:21) e a Igreja é o corpo de Cristo.

O Moisés, apesar de toda a sua fidelidade, jamais pôde transformar os israelitas em “templo de Deus”, algo que o Senhor Jesus pôde fazer, uma vez que, uma vez glorificado, em virtude do sacrifício perfeito que efetuou, pôde fazer com que passássemos a ser morada de Deus em Espírito (Jo.7:39; 14:17,21; Ef.22:22).


O Esta superioridade de Cristo em relação a Moisés é o mote para mais uma exortação aos crentes hebreus para que não desanimassem, pois, em conclusão a este argumento, pede que esses irmãos ouvissem a voz do Espírito Santo e não endurecessem os seus corações.

O Quando não ouvimos a voz do Espírito Santo, impedimos que Ele possa fazer morada em nós, deixamos de ser “casa de Deus” e o resultado disso é o fracasso espiritual inevitável, pois, assim fazendo, estaremos a tentar a Deus, a provocar o Senhor.


O Somente seremos “casa de Deus”, diz o escritor aos hebreus, se conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até o fim (Hb.3:6).

O “Conservação da confiança” é a manutenção da fé. A fé salvadora vem-nos pela Palavra de Deus (Rm.10:17), mas é necessário que, depois que nos apropriamos da fé, desenvolvamo-la, pois ela vem até nós como grão de mostarda, a menor das sementes, mas tem de se tornar a maior das hortaliças (Mt.17:20; Mc.4:31,32; Lc.17:6).


O Ter fé não é apenas ouvir a Palavra de Deus, mas praticá-la, cumpri-la (Mt.7:24-27; Tg.1:22-25).

O É preciso também “conservar a glória da esperança”, ou seja, precisamos ter a consciência de que a salvação se encerra apenas na glorificação e que esta glorificação virá quando o Senhor Jesus vier arrebatar a Sua Igreja e, por isso, temos de viver esperando a vinda do Senhor.


O Esta dupla conservação somente se fará possível se formos atentos à voz do Espírito Santo e não endurecermos os nossos corações, como fizeram os israelitas e o próprio Moisés nas águas de Massá e Meribá (Ex.17:1-7; Nm.20:7-13).

O “Massá” significa “tentação”. Não se pode tentar o Senhor (Mt.7:4; Dt.6:16), ou seja, não se pode pôr a Deus sob prova, sob teste, como se o Senhor estivesse à disposição dos seres humanos.


O “Meribá” significa “contenda”. Quando pomos o ego como referencial, levando-nos até a tentar o Senhor, entramos em uma “contenda”, a típica luta entre a nossa vontade e a vontade de Deus.

O A atitude pecaminosa leva-nos a contender com Deus (Gn.6:3; Jr.25:31; Os.4:1; Mq.6:2) e a contenda nunca pode ser o caminho a ser traçado pelo homem, visto que, se Deus é contra nós, quem poderá ser por nós?


O Agir como em Massá e Meribá é “endurecer o coração”.

O Caso os destinatários da carta tomassem a decisão de deixar a Cristo e voltar às práticas judaicas, estariam repetindo o fatídico erro de seus ancestrais e passariam a vaguear por este mundo, aguardando tão somente a morte, que não seria apenas a morte física, temida por alguns, mas, o que é mais grave, a morte eterna, visto que não entrariam no repouso reservado para os salvos para toda a eternidade.


O Quando passamos a “vaguear” pelo deserto desta vida, apartando-nos do Deus vivo, passamos a ter um coração mau e infiel.

O Este coração mau, conforme o próprio texto grego original, é um “coração de incredulidade” e a incredulidade foi o motivo pelo qual não pôde a geração do êxodo ingressar em Canaã (Hb.3:19).


O Para evitar este triste e lamentável estado, o escritor aos hebreus conclama seus leitores, no tempo chamado “hoje” para que ninguém se endureça pelo engano do pecado, o que somente se fará se retivermos o princípio da confiança até o fim, ou seja, se mantivermos e desenvolvermos a fé (Hb.3:13,14).

O Esta retenção depende de uma exortação mútua. A salvação é individual, mas o encorajamento é coletivo.


OHá um juramento divino para que os desobedientes não entrem no repouso.

ODeus somente Se indigna com os que forem desobedientes. Não sejamos incrédulos, mas crentes, como disse o Senhor Jesus a Tomé, pois estes é que serão os bem-aventurados (Jo.20:27-29).


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