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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISS nº 1518-6091 RGBN 217-147 87 Feira da Mecânica 2012: Novo fôlego para a indústria Produção seriada: O desempenho das máquinas multitarefa A Parceria do Aprendizado: Bosch Curitiba

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Revista O Mundo da Usinage,

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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISS nº 1518-6091 RGBN 217-147

87

Feira da Mecânica 2012: Novo fôlego para a indústria

Produção seriada: O desempenho das máquinas multitarefa

A Parceria do Aprendizado: Bosch Curitiba

junho.2012/87

3o mundo da usinagemjunho.2012/87

04 Soluções de Usinagem I A Escola da Bosch Curitiba

12 Produtividade Máquinas multitarefa na produção seriada

19 Negócios da Indústria Novo showroom da Makino em Vinhedo aposta em produtos de alta tecnologia

20 Negócios da Indústria 29ª Feira Internacional da Mecânica

28 Conhecendo um pouco mais Cultura e lazer a um clique do mouse

30 Soluções de Usinagem II Novas tecnologias em furação curta

36 Nossa Parcela de Responsabilidade O cliente ainda é o rei

38 Anunciantes / Distribuidores / Fale com Eles

4 Soluções de Usinagem I 30 Soluções de Usinagem II

12 Produtividade

20 Negócios da Indústria 28 Conhecendo um Pouco Mais

edição 87Índice 06/2012

Contato da Revista OMU Você pode enviar suas sugestões de reportagens, críticas, reclamações ou dúvidas para o e-mail da revista O Mundo da Usinagem: [email protected] ou ligue para: 0800 777 7500

Acesse a nova página da Revista O Mundo da Usinagem digital em: www.omundodausinagem.com.br

EXPEDIENTEO MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de seis edições ao ano e distribuição gratuita para 15.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SPEditor-chefe: Fernando OliveiraCo-editora: Vera NataleCoordenação editorial, redação, produção gráfica e revisão: Ação e Contexto (Fernando Sacco, Gustavo R. Sanchez, João M. S. B. Meneses, Renato Neves, Thais Kuperman, Vivian Camargo)Jornalista responsável: Fernando Sacco - MTB 49007/SPProjeto gráfico: Renato NevesImpressão: Ipsis Gráfica e Editora

Ferramenta CoroDrill 880 Crédito: AB Sandvik Coromant

No viés das tendências do se-tor metalmecânico no Brasil para capacitação de colaboradores e qualidade de produtos e serviços, a Bosch Curitiba (Produção e De-senvolvimento da Divisão Diesel), bem como seus parceiros (SENAI e Sandvik Coromant), são visionários

de conceito e práticas educacionais para a formação de profissionais de qualidade e realmente habilitados em seu campo de atuação.

A Bosch Curitiba é a única em-presa a produzir e fornecer ao mercado brasileiro os modernos

sistemas de injeção eletrônica Die-sel, além de exportar seus produ-tos para Europa, Estados Unidos e Ásia. Adiantando-se ao futuro de necessidade de profissionais de competência refinada e demons-trando responsabilidade social pre-

A Escola da Bosch Curitiba: quando todos oferecem o que têm de melhor

Escola interna, ETS (Engineering Technical School), da Bosch Curitiba dentro do programa Aprendiz Industrial, em parceria com a Sandvik Coromant e SENAI, torna-se referência no setor metalmecânico

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soluções de usinagem I

A “Escolinha” está dentro do chão de fábrica da Bosch, apenas circundada pela faixa amarela, visível a todos os funcionários e visitantes

Em primeiro plano, a área de retificação (usinagem dura), onde os aprendizes do segundo semestre do curso desenvolvem competências neste processo

coce, a Bosch Curitiba fundou, em 1978, concomitantemente com a sua instalação na capital do Paraná, a carinhosamente chamada “Escoli-nha de Mecânica Geral”, parte de seu projeto Aprendiz Industrial. A “Escolinha” apresenta duas ver-

tentes dentro das depen-dências fabris: o campo administrativo, com 80 colaboradores-aprendizes trabalhando nos diversos setores da Unidade, e o campo técnico, com 70 aprendizes na ETS, onde é ministrado o Curso Téc-nico de Mecânica Geral, com 5 turmas de 14 apren-dizes cada uma.

Após três anos de fun-cionamento, consciente do potencial de sua inicia-tiva, a Bosch estabeleceu em 1981 parceria com o

SENAI e, a partir de 2005, a Sandvik Coromant participa dos trabalhos dessa escola profissionalizante, que vem se formatando na excelência conceitual e técnica das entidades que a conceberam e mantém.

Estrutura da Formação

A estrutura curricular do curso – seleção de turmas e método peda-gógico – é feita em conjunto com o SENAI CIC — Cidade Industrial de Curitiba, e a “Escolinha” incorpora uma das quatro turmas semestrais do Curso de Mecânica Geral do SE-NAI por meio de um refinamento da seleção inicial. Tal seleção considera

Alunos em aprendizado no primeiro semestre do treinamento

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o nível técnico-conceitual dos alu-nos e também procede a uma ava-liação comportamental e de aptidão dos quatorze educandos que com-põem a turma que receberá dupla formação, SENAI-Escolinha, até o término do curso.

Os alunos são colaboradores da Bosch desde o início do aprendiza-do, que tem a duração de cinco pe-ríodos semestrais (módulos), sendo quatro módulos dentro das depen-dências da “Escolinha”. O último módulo é reservado ao período pro-batório (três a seis meses), quando os alunos já são alocados em algum setor da Bosch para transição mo-nitorada pelo corpo docente ao seu futuro campo de atuação junto aos funcionários efetivos.

A carga horária programática é dividida em quatro horas/aula por dia nas dependências da “Escoli-nha” Bosch e outras quatro horas/dia no SENAI, durante os quatro primeiros semestres do curso. Nes-se contexto, o material didático do SENAI é passado sem perdas, so-mado ao material didático da Bosch

e técnico da Sandvik Coromant, constituindo-se em uma gama vasta e atualizada de conceitos, concep-ções técnicas e práticas.

Gestão da formação

Fábio Silveira, gestor da Escola Técnica de Mecânica Geral de Bosch Curitiba, ele próprio um ex-aluno (turma de 1991), elucida que os mé-todos e práticas educacionais reali-zados na “Escolinha” se baseiam em

um “tripé de sustentação” que de-termina o encaminhamento de cada educando ao longo do curso. Este “tripé” chama-se C.H.A. (Conheci-mento, Habilidade e Atitude), sendo cada item determinante à atividade, ao setor e à continuidade desse edu-cando como profissional a longo pra-zo dentro da Bosch. Esse processo se dá pela análise das preferências, ex-pertises e especialidades de cada edu-cando, somadas à sua atitude e ao seu comprometimento com suas funções e processos de aprendizagem.

No final do curso, todos os educan-dos são inseridos na cadeia produtiva da Bosch, seguindo suas especia-lidades e afinidades. “O único motivo

Do projeto ao produto final do belo jogo de xadrez em latão, o aluno aprende a dominar todas as fases do processo de usinagem nas máquinas CNC

Fernando Morello, vendedor técnico Sandvik Coromant e gestor Fábio Silveira controlando estoques nas Vending Machines

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soluções de usinagem I

que pode excluir um deles é a falta de

atitude, dentro do ‘tripé de sustentação’”, esclarece o gestor.

Formar profissionais compe-tentes e motivados é o objetivo da “Escolinha” e vale lembrar também que ela não usa a mão de obra dos aprendizes para produzir dentro da linha de produtos Bosch, mas sim desenvolve habilidades e compe-tências e, portanto, não faz produ-tos: forma pessoas.

Outro fator relevante dessa for-mação é a inexistência de obrigato-riedade do aluno em prestar servi-ços à Bosch. Uma vez formado, ele pode fazer sua carreira profissional na empresa de sua escolha, inclusive voltando à Bosch posteriormente.

Respondendo pela formação desse contingente de 56 alunos em níveis diversos de formação, além dos 14 em período probatório, a “Es-colinha” conta com três instrutores: Márcia Leal, Carlos Arriello e Rafael Mendes. O “chão de aprendizado” conta com 13 máquinas convencio-nais e oito máquinas CNC ( três cen-tros de usinagem, cinco tornos CNC e duas estações de CAD/CAM).

O gestor Fábio Silveira explica--nos que, “nas estações de CAD/CAM, os aprendizes demonstram sua criatividade por meio de cria-ção de peças que envolvam todos os tipos de usinagem e que te-nham também uma utilidade. Por exemplo, a máquina registradora funciona como calculadora (os botões realmente funcionam, pois tem uma calculadora embutida) e,

para cálculos mais complexos, na gaveta colocamos uma calculado-ra HP”. O jogo de xadrez permi-te o aprendizado de operações de usinagem de grande precisão e, como a caixa registradora e muitas outras, são usinadas por alunos no término do curso.

Metodologia e avaliação

Visitando a “Escolinha” vê-se a importância dos processos de assimi-

lação da teoria, em que cada edu-cando desenvolve suas expertises e habilidades pela observação da prá-tica, baseada na teoria e, posterior-mente, por repetição.

Esse processo de assimilação, seguido de exercícios orientados, comporta pré-requisitos e predis-posições de cada educando para se-quenciar o aprendizado, sendo um estágio primário de conhecimento necessário para o refinamento de conceitos e técnicas.

Assim, incorporam-se sedimenta-das práticas educacionais que definem

Alunos do segundo e quarto semestres, acompanhados dos instrutores Carlos Arriello, Márcia Leal, Rafael Mendes e do gestor Fábio Silveira

Caixa registradora usinada por alunos do último semestre do curso

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que há no processo cognitivo inteli-gente duas características: aprendiza-gem e desenvolvimento. A aprendi-zagem faz referência a uma resposta particular do educando, em função da sua experiência obtida de forma orde-nada. Já o desenvolvimento é o resul-tado da aprendizagem, concretizando a formação do conhecimento.

Outro aspecto importante é o processo de Avaliação Continuada implantado pela Gestão Escolar em todos os módulos do curso. O edu-cando entra em contato e é informa-do de todos os processos avaliativos realizados na escola, desde provas práticas e teóricas a trabalhos práti-cos e exercícios. O aluno tem, assim, plena consciência de seu próprio processo de aprendizagem. À medi-da em que o aprendizado progride,

o corpo docente capta as habilidades individuais dos alunos e acentua sua formação nas áreas de maior rendi-mento, sem abandonar as demais.

Alunos, ex-Alunos, futuros alunos

Os alunos do 1º módulo do cur-so desenvolvem atividades práticas para melhor definir suas expertises e habilidades. Dois deles, Erich Lean-dro e Bianca Visnioski, foram enfá-ticos ao afirmar que o curso superou suas expectativas quanto ao encami-nhamento que eles vêm recebendo e sentem-se seguros quanto ao seu futuro profissional. Tal confiança funciona como elemento de perten-cimento, tanto ao processo educacio-nal quanto à empresa que o oferece.

Em 34 anos de vida, a “Escoli-nha” formou cerca de 800 profissio-nais e a atual gestão vem buscando formar um quadro de sua história, inclusive localizando antigos for-mandos que tenham feito carreira fora da Bosch.

Luara Arcenio, formada na tur-ma de 2008, funcionária da Bosch no setor de planejamento técnico, atualmente cursando Engenharia Ambiental, demonstrou a impor-tância do Curso de Mecânica Geral no início de sua carreira. No correr de sua vida profissional, sentiu-se

Encontro de gerações: Malu Melo, aluna formanda de 2011 e Márcia Leal, formada pela turma de 1995 e hoje Instrutora da “Escolinha”

Fábio Silveira, gestor da Escola de Aprendizagem da Bosch de Curitiba, de aprendiz a instrutor e atualmente gestor da ETS

Campeões em excelência desde cedo

O campeão estadual – medalha de ouro em centros de usinagem CNC – Anthony Ziobro é aprendiz na “Escolinha” e participará das Olimpíadas do Conhecimento do SENAI FASE NACIONAL em novem-bro na cidade de São Paulo.

Na última competição na FASE NACIONAL, o aprendiz da Bosch Vinicius Gogola conquistou a me-dalha de bronze nessa modalidade.

O vencedor representará o Brasil na fase Internacional na Alemanha em 2013. O competi-dor utiliza ferramentas Sandvik Coromant em todas as provas.

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soluções de usinagem I

O vendedor técnico da Sandvik Coromant, Fernando Morello, ex-plica que “visitamos a Escola com a mesma frequência que visitamos os outros setores da Bosch e ela sem-pre é atualizada quando fazemos os lançamentos de nossos novos pro-dutos, que chamamos de CoroPaks”.

Ele especifica também que, além das aplicações do dia a dia, “oferecemos treinamentos especiais, direcionados aos alunos que participam das Olim-píadas do Conhecimento”.

O que se salienta nessa iniciativa de quase 35 anos é que a “Escolinha” de aprendizes da Bosch de Curitiba é parte intrínseca da responsabili-dade tecnológica e social da Bosch e do SENAI na formação de profis-sionais competentes e cidadãos ca-pazes de reproduzir tais valores. A Sandvik Coromant sente-se, assim, participando dos valores da Bosch e do SENAI e de sua responsabilida-de com nossa juventude.

João M.S.B.de MenesesGestor Ambiental

Bosch: quase 60 anos de Brasil

A Bosch foi fundada por Robert Bosch (1861-1942) em Stuttgart, em 1886, como Oficina de Mecânica de Precisão e Eletrotécnica, quando ele tinha apenas 25 anos de idade.

O Grupo Bosch é hoje um líder mundial no fornecimento de tecnologia e servi-ços, nos setores de tecnologia automotiva, tecnologia industrial, bens de consu-mo e tecnologia de construção, contando hoje com aproximadamente 300.000 colaboradores, em 350 subsidiárias e empresas regionais presentes em mais de 60 países. Considerando representantes de vendas e serviços, o número sobe para 150 países. O investimento da Bosch em pesquisa e desenvolvimento em 2011 foi de 4 bilhões de euros, com a solicitação de mais de 4.000 patentes em todo o mundo.

A Bosch Curitiba (1978, Divisão Diesel) da Robert Bosch GmbH conta hoje com aproximadamente 4.600 colaboradores, é a maior exportadora de autopeças da Região Sul e a maior empregadora do setor metalmecânico no Brasil. Na América do Sul desde 1924, seus colaboradores chegam a 12.500. Já no Brasil desde 1954, seu rendimento tem a magnitude de 4,5 bilhões de reais/ano e conta com 10.600 colaboradores. Estamos diante de uma empresa com 125 anos de ativida-des em benefício de melhor qualidade de vida para as populações de 150 países.

Fonte: http://www.bosch.com.br

A instrutora Márcia Leal controlando com os alunos a folha matriz de habilidades, que demonstra o domínio sobre o ensinamento recebido

sempre apta a operar os equipa-mentos e exercer as funções de seus cargos com grande familiaridade com maquinários e procedimentos. O material didático que ela recebeu durante o curso foi sua “cartilha” ao longo da carreira, nos diz ela.

Márcia Leal, formada na turma de 1995, confirma as informações de Luara e vai além, ao dizer que “tem ainda em casa os manuais recebi-dos da Sandvik Coromant duran-te o curso, pela sua objetividade e praticidade”. Ela, que já passou por diversos setores da Bosch desde sua formatura na “Escolinha”, retorna agora a ela como docente, minis-trando aulas práticas.

As ParceriasO interesse pela formação e conta-

tos entre Bosch e Sandvik Coromant vem de longa data, com algumas experiências na Bosch de Campinas--SP, entre 2000 e 2005. Foi na Bosch de Curitiba, contudo, que a iniciativa tomou corpo, a partir de 2005.

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Cadeia de Valores aproxima clientes e forma parcerias

Coromant, que conduzem treinamen-tos específicos com ênfase no uso de ferramentas e processos de usinagem, desde a aplicação das pastilhas, medi-ção de desgaste e avanço, até a tolerância das máquinas.

Alguns treinamentos direcionados aos profissionais da Bosch também se esten-dem para a escola, fazendo com que estu-dantes tenham os primeiros contatos com técnicas avançadas de usinagem. Transfor-mar estudantes em profissionais também significa aproximar o ambiente educacional da rotina industrial.

Por isso, problemas do dia a dia são acompanhados de perto pelos profissionais da área de ferramentas, que atendem a escola com a mesma urgência e atenção que dedicam aos seus outros clientes.

Apesar dos mais de 400 km que se-param as capitais de São Paulo e Paraná, os alunos visitam a unidade da Sandvik ao término do curso para estender seus treinamentos. No caso dos docentes, o aperfeiçoamento vem por meio de trei-namentos avançados.

A cada troca de turma, todo esse conhecimento é levado para dentro das fábricas, renovando a sistemática de produção com novos conceitos de organização, logística e estratégia. São esses valores que tornam os futuros profissionais mais capacitados e o mer-cado mais competitivo.

Nestes anos em que participa do Pro-jeto Aprendiz, a Sandvik Coromant se or-gulha de estar participando de soluções de usinagem em um dos locais onde elas nascem, no treinamento formativo bási-co que o profissional carrega ao longo de sua carreira, base fundamental para todas as demais soluções.

Marco TaharaNegócios Estratégicos e Marketing

Sandvik Coromant

Ao longo dos últimos seis anos de par-ceria com a Bosch de Curitiba, a Sandvik Coromant tem desenvolvido um de seus pontos fortes na área de serviços: o trei-namento. Trata-se de um dos focos do VCO (Value Chain Offer), uma sistemática que pode ser entendida como “Oferta de Cadeia de Valor”. Esse conceito especifi-ca a atitude de avaliar, atender e auxiliar nas necessidades de cada cliente, visan-do basicamente a redução de custos e o aumento de produtividade.

O conceito de VCO reúne um con-junto de serviços, entre eles Machine Investments, PIP (Progra-ma de Incremento da Pro-dutividade), serviços de logística e, no caso da es-cola da Bosch, educação. Todas as práticas têm como objetivos princi-pais o desenvolvimento, a economia e a redução de custos, que chegam ao processo pedagógico por uma série de práticas e soluções.

Uma delas é a Vending Solution, uma máquina de disposição de ferramen-tas dedicada ao controle logístico e de consumo das pastilhas. O espaço de ensi-no da Bosch possui uma unidade exclusi-va para uso na área de treinamento.

Por meio dela, os alunos desenvol-vem conceitos de organização, controle e métodos de reposição de estoque, fun-damentais na cadeia produtiva não só da Bosch, mas de qualquer empresa.

No caso das ferramentas, mais de 100 itens são fornecidos em condições acessíveis para utilização no processo de aprendizagem, englobando as áreas de torneamento, fresamento e furação.

No intuito de consolidar essas práti-cas profissionais, também foi colocado à disposição dos estudantes o softwa-re de gerenciamento AutoTas, dedicado ao controle logístico de ferramentas na área de trabalho, e que também permite controle de diversos itens ligados à ca-deia produtiva, não ficando limitado ao uso de peças de pequenas dimensões ou de grande giro de estoque.

O treinamento é acompanhado de perto por profissionais da Sandvik

Visita dos aprendizes e do gestor Fábio Silveira à Sandvik Coromant em 2011

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soluções de usinagem I

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Máquinas multitarefa na produção seriadaComo produzir peças seriadas com qualidade e menor custo

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produtividade

Definições, características e exigências de um bom projeto

A máquina multitarefa, também denominada Centro de Torneamen-to, é uma máquina-ferramenta de-senvolvida para executar operações de torneamento e fresamento, que conta com um elevado grau de au-tomatização, possibilitando contro-lar simultaneamente diversos eixos lineares e circulares, além de utili-zar tanto ferramentas fixas como acionadas, com o objetivo de pro-duzir peças complexas, por comple-to, com elevada precisão.

Com a evolução da informática, da eletrônica, dos componentes me-cânicos e das ferramentas de corte, os tornos CNC tiveram um enor-me avanço tecnológico, proporcio-

nando aos seus usuários a possi-bilidade de produzir peças de alta complexidade de forma completa, eliminando operações secundárias como fresamentos, furações, traba-lhos de retífica e usinagens no lado posterior da peça.

Os projetistas de máquinas-fer-ramenta, em sintonia com os dese-jos e as necessidades do mercado, vêm, cada vez mais, desenvolvendo equipamentos que oferecem me-lhores resultados e desempenho dos tornos CNC. O objetivo é o de se produzirem peças seriadas com qualidade ao menor custo. Para isso, é fundamental que os ciclos de trabalho sejam os mais rápidos

Detalhe de usinagem completa de uma peça

complexa, em um Centro de Torneamento marca Emco da série Hyper Turn, utilizando duas torres, trabalhando simultaneamente

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possíveis. Ao se projetar um equi-pamento que atinja essas caracterís-ticas, os seguintes pontos devem ser levados em consideração:– A construção deve ser rígida para que possa tornear os mais di-versos tipos de materiais, inclusive aqueles de difícil usinabilidade, que exigem elevados esforços de corte. A máquina deve ser desenvolvida para trabalhar com as ferramentas de corte de última geração.– A máquina deve proporcionar elevada precisão ao longo de sua vida útil, mesmo trabalhando em regimes severos de três turnos.–  A máquina deve ser versátil, sendo que diversas ferramentas de-vem trabalhar simultaneamente, de-pendendo da estratégia do processo de usinagem.– Pacote eletrônico de alta con-fiabilidade, ou seja, com baixo ín-dice de manutenção.

– Comando numérico de fácil pro-gramação e operação, que permita controlar diversos eixos lineares e circulares simultaneamente e com a capacidade de interpolá-los.– Potência suficiente para garantir a usinagem de materiais de difícil usinabilidade, assim como a apli-cação de altas rotações da árvore principal.– A lubrificação das guias dos car-ros porta-ferramentas deve ser feita de forma automática.

Área de trabalho de um Centro de Torneamento de Cabeçote Móvel, marca Star, modelo SW-20

Centro de Torneamento, marca Emco, modelo HyperTurn 65TT, dotado de três revólveres com eixos lineares X, Y e Z, ferramentas acionadas, fuso e contra-fuso para trabalhos a partir de barras ou de peças pré-formadas

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produtividade

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– O projeto deve ser voltado à ergonomia, oferecendo conforto tanto para os trabalhos de prepa-ração da máquina, como para os de manutenção.– O conjunto deve ser compacto, oferecendo uma ampla área para facilitar a evacuação dos cavacos.– As torres porta-ferramentas de-vem possibilitar a aplicação de sis-temas de troca rápida.– O projeto deve também prever a proteção ecológica, evitando os respingos do fluido refrigerante, os vazamentos de óleos, assim como a emissão de névoas de óleo e fumaças geradas pelo processo de corte.

– A máquina deve estar prepara-da para receber os mais modernos tipos de sistemas de alimentação automática de barras ou de peças pré-formadas. Nesse caso, como ro-bôs articulados ou manipuladores de pórtico.– A máquina deve emitir baixos índices de ruído.

O uso dos Centros de Torneamento

As máquinas multitarefa estão sendo amplamente utilizadas nos

países industrializados da Europa, nos EUA, no Japão e, no Brasil, es-sas máquinas já começam a estar presentes. Apesar de o investimen-to inicial ser maior do que em re-lação a um conjunto de máquinas convencionais ou mesmo CNC clás-sicas, os resultados no curto prazo são incontestáveis.

Os principais motivos de prefe-rência pelas máquinas multitarefa são a eliminação de operações pos-

Área de trabalho de um Centro de Torneamento de Carros Múltiplos, marca Ergomat, modelo TBS y, dotado de duas torres revólver, ferramentas acionadas e eixo ”Y” na torre superior

As indústrias brasileiras estão

ansiosas para investir em máquinas-ferramenta de

moderna tecnologia

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16 o mundo da usinagem junho 2012/87

produtividade

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teriores, a realização de usinagens completas de peças complexas em uma única máquina, a obtenção de melhor precisão e maior pro-dutividade, a redução da mão de obra, a diminuição significativa da ocupação de espaço, a redução dos gastos com a energia elétrica e, finalmente, a produção de peças a custos menores.

Em geral, máquinas multitare-fa são utilizadas por empresas que manufaturam peças técnicas com-plexas e de alta precisão, podendo citar-se indústrias de componen-tes automotivos, de telecomunica-ções, aeroespacial, de hidráulica e pneumática, petroquímica, fer-ramentarias e, cada vez mais, na área médico-hospitalar, em que são empregadas na produção de peças como próteses, parafusos ortopé-dicos e implantes dentários. Nesse último caso, destacam-se os Cen-tros de Torneamento de Cabeçote Móvel, por sua maior precisão, exi-gência fundamental na usinagem de peças da área médica.

Quanto mais complexa for a peça, maior será o ganho de pro-dutividade e de qualidade, com a eliminação de operações de usina-gem posteriores e, muitas vezes, até com a eliminação de operações de retífica. Como exemplo, é muito comum a usinagem de eixos, que devem ser torneados em todo seu comprimento e, em seguida, faze-rem-se operações de fresamentos, usinagem de chavetas, além de fu-rações e rosqueamentos transver-

sais e fora de centro. Nesses casos, obtém-se excelentes resultados de usinagem de peças por completo em uma única fixação, eliminan-do-se diversas máquinas previstas para operações posteriores, com ganhos significativos no ciclo de usinagem, reiterando o quanto dito acima.

O futuro das máquinas multitarefa no Brasil

O Brasil está vivenciando um rá-pido processo de desenvolvimento tecnológico na área de manufatura. Além dos motivos já citados para a utilização de máquinas multitare-fa, para se acreditar no crescimento do uso dessas máquinas no Brasil deve-se considerar o aumento da demanda por produtos manufatu-rados, a racionalização de processos de usinagem, o desenvolvimento de novos produtos, a modernização do parque de máquinas, a nacionali-zação de peças e o crescimento da competitividade nos mercados do-méstico e de exportação. As indús-trias brasileiras estão ansiosas para investir em máquinas-ferramenta de moderna tecnologia. Para que esse processo se intensifique nos pró-ximos anos, é importante que haja disponibilidade de financiamen-tos atrativos e de longo prazo, nos moldes dos países industrializados,

além da redução da carga tributária. A formação de mão de obra es-

pecializada é outro ponto decisivo para a aplicação dessas máquinas multitarefa, sendo que as escolas técnicas e de engenharia estão pre-paradas para tal. Devem ser consi-derados, também, outros aspectos como o crescimento sustentado do país, o aumento das exportações e a consolidação da cultura tecnológica do empresário brasileiro.

Engº Alfredo Ferrari Diretor de Vendas da

Ergomat Ind. Com. Ltda.

A formação de mão de obra

especializada é outro ponto decisivo para a aplicação dessas máquinas

multitarefa

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produtividade

A Makino, líder mundial em cen-tros de usinagem CNC de alta tec-nologia, é a mais nova fabricante de máquinas-ferramenta a reforçar seus investimentos no Brasil. A em-presa de origem japonesa, que tinha uma participação discreta no merca-do nacional, acaba de inaugurar um showroom permanente no centro de distribuição da Bener, em Vinhedo, interior de São Paulo.

No local serão comercializados centros de usinagem horizontal, ver-tical e 5 eixos, além de centros de usinagem para grafite, máquinas de eletroerosão a fio e por penetração. A parceria entre as duas empresas tam-bém envolve uma equipe de vendas, engenheiros e técnicos treinados por profissionais da Makino que garanti-rão suporte no pré e pós-venda.

“O mercado brasileiro da indústria de manufatura está experimentando um crescimento rápido”, avalia José Luis Martin, novo gerente geral da Makino do Brasil, que afirma ainda que

Makino inaugura showroom e aposta em produtos de alta tecnologiaCentros de usinagem e máquinas de eletroerosão serão comercializados em Vinhedo (SP)

Grupo BenerAtuando em parceria com empresas internacionais de máquinas, a

Bener, empresa fundada em 1995, é um dos principais fornecedores de máquinas-ferramenta no Brasil. Para atender à crescente demanda indus-trial, a empresa criou uma divisão de alta tecnologia.

Sediado em Vinhedo (SP), o Grupo Bener atende todo o País através de filiais e centros de distribuição estrategicamente localizados.

Paulo Lerner, diretor do Grupo Bener, José Luis Martin, novo gerente geral da Makino do Brasil e Don Lane, presidente e CEO da Makino América

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Makino: primeira década no Brasil

Fundada em 1937, a Makino foi a primeira empresa a desenvolver centros de usinagem e fresadoras CNC no Japão, em 1966. Conta hoje com uma receita global de US$ 1,3 bilhão e forte presença na Ásia e Europa. Nos EUA a Makino possui 25% de market share de centros de usinagem horizontais e 55% das máquinas de eletroerosão.

Desde 2000 a empresa opera no Brasil e atende, entre outras empresas, Embraer, GM, Krupp, Caterpillar e Delphi, com um total de 65 máquinas comercializadas. O faturamento anual da Makino no mercado brasileiro é de US$ 12 mi-lhões, com destaque para comer-cialização de centros de usinagem.

De acordo com Don Lane, pre-sidente e CEO da Makino America, a empresa aposta no desenvolvi-mento de mercados industriais es-palhados pelo mundo, o que deve gerar um crescimento de dois dígi-tos para a empresa.

“ao aumentar a disponibilidade de pro-dutos e serviços no mercado brasileiro, a Makino está propiciando também à indústria de manufatura o aumento de suas capacidades e habilidades, para alcançar um elevado nível de sucesso”.

O mesmo otimismo é compartilha-do por Paulo Lerner, diretor do Grupo Bener: "O Brasil é um dos mercados mais promissores do mundo para a fa-bricação de produtos de alta tecnolo-gia. A disponibilidade de soluções de produção globalizadas de fabricantes como a Makino é importante para o nosso crescimento contínuo".

No evento de inauguração do showroom, nos dias 8 e 9 de maio, em Vinhedo, foram expostas qua-tro máquinas: Centro Horizontal A61NX, Centro de Usinagem Verti-cal F5, Centro de Usinagem Vertical PS95 e Máquina de Eletro-erosão a fio DUO 43.

Fernando SaccoJornalista

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negócios da indústria

29ª Feira Internacional da Mecânica

prazos e redução de taxas de juros. Aliado a isso, o bom desempenho de setores como petróleo e gás e as expectativas de aumento de venda para indústria automotiva reforça-ram o volume de negócios.

Os números falam por si: mais de 100 mil visitantes compareceram ao evento, que registrou uma quan-tidade recorde de marcas apresen-tadas, mais de duas mil.

Máquinas e Equipamentos

A Deb’Maq, reuniu 25 mode-los de máquinas em seu estande,

um número inédito para a empre-sa em todas as suas participações. Eduardo Trevisan, gerente de Mar- keting e Relações Institucionais da empresa, destaca o Centro de Usinagem Speed BMT 543SD, li-nha na qual a empresa passou a trabalhar como resposta à alta demanda de mercado para usina-gem em duro.

Segundo Trevisan, os investi-mentos da indústria de petróleo e gás e construção naval têm sido crescentes e isso se refletiu nos re-sultados da feira: “Tivemos um saldo muito positivo, com mais de 130 máquinas comercializadas, so-bretudo modelos de grande porte

Estímulos fiscais e setores em alta animam expositores

Um otimismo cauteloso pairava entre os expositores da 29ª Feira In-ternacional da Mecânica, realizada entre 22 e 26 de maio, em São Paulo. Se por um lado o desempenho da indústria de transformação apre-sentou um resultado decepcionante - queda de 3,1% no primeiro trimes-tre de 2012, segundo dados do IBGE - as ações recentes do governo fede-ral conseguiram manter os ânimos da indústria em alta.

Às vésperas do evento o Minis-tério da Fazenda anunciou medidas de desoneração do setor automoti-vo e o BNDES alterou as condições de financiamentos para máquinas e equipamentos, com ampliação de

20 o mundo da usinagem junho 2012/87

negócios da indústria

como mandriladoras, fresadoras CNC, guilhotinas e dobradeiras.

A feira também foi a oportunida-de para empresas como a Ergomat fortalecerem suas representadas. O centro de usinagem vertical Bridge-port da Hardinge (EUA), tornos au-tomáticos CNC de cabeçote móvel da japonesa Star e o moderno torno mul-titarefa EMCO Hyperturn, da austrí-aca EMCO foram alguns exemplos.

Alfredo Ferrari, diretor de ven-das da Ergomat, reforça ainda o Centro de Torneamento Ergomat TBSy para usinagem completa de peças complexas, além da sua li-nha completa de máquinas. “O ambiente para investimento está

se tornando mais atrativo e nos-sas máquinas têm apresentado boa penetração na indústria au-tomotiva, autopeças, hidráulica e pneumática, bem como empresas de serviços, ferramentarias, teleco-municações, aeroespacial e na mi-crousinagem, com destaque para o segmento médico”, avalia Ferrari. O diretor de vendas ressalta ainda a importância do evento, princi-palmente em um momento que a Ergomat completa 50 anos de exis-tência e experiência na construção de máquinas-ferramenta.

Outro grande player do setor, a Indústrias Romi, realizou quatro lançamentos: centro de furação e

rosqueamento ROMI DCM 560DP, centro de usinagem vertical 5 eixos ROMI DCM 620-5X, Centro de Tor-neamento vertical ROMI VTL 500R/MR e Centro de Torneamento ROMI GL 350B. De acordo com Hermes Lago, diretor da unidade de máqui-nas-ferramenta, a nova geração de produtos marca a entrada da Romi em um nicho de mercado crescente e que não estava sendo explorado, a usinagem 5 eixos.

A Romi, que participou de todas as edições da feira, aposta ainda na família de tornos verticais leves. “Nosso foco na feira foi a produti-vidade atrelada à tecnologia, com máquinas de pequeno e médio por-

O mercado volta a ser comprador

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te dedicadas às indústrias automo-tiva e de máquinas agrícolas, que demandam alta produtividade” ex-plica Hermes Lago .

Outra empresa que vê com bons olhos o mercado automotivo é a Mori Seiki. Durante a feira fo-ram expostos o centro horizontal NHX 4000 e torno com ferramen-ta acionada NLX 2500 MC/700. “Vamos continuar fortalecendo a presença da marca no Brasil prin-cipalmente com a classe X, que reúne tornos, centros horizon-tais, verticais e de torneamento” explica Eduardo Kenji Watanabe, gerente regional da Mori Seiki. Se-gundo ele, muitos segmentos que não demandavam máquinas CNC estão se modernizando e esse mo-vimento tem sido muito produtivo para a empresa.

A Mazak também esteve pre-sente e expôs pela primeira vez o torno multitarefa de 5 eixos Inter-grex i-200. De acordo com Francis-co Nakasone, gerente de vendas da Mazak, a empresa pretende ampliar sua posição como líder no segmento de máquinas multitarefa. O centro de usinagem horizontal HCN 5000 II e o torno QSM 150 também esti-veram em exposição, com intuito de reforçar as características de produ-tividade e precisão das máquinas produzidas pela empresa. “No mo-mento, nosso foco é o mercado de máquinas de médio e grande porte” explica Nakasone.

Já Carlos Eduardo Ibrahim, gerente de vendas da América Lati-na da Okuma, explica que a empre-

sa elegeu, entre seus 250 modelos, a máquina multitarefa Multus B300. “A linha de multitarefas é nosso carro-chefe, e modelos como esse atendem a demanda por peças com-plexas, que passam por operações de torneamento e fresamento, com vo-lumes de produção medianos e alta precisão”, explica Ibrahim. O ge-rente de vendas complementa: “Es-távamos apreensivos por conta dos dois últimos meses (março e abril), entretanto, durante os cinco dias de evento recebemos muitos clientes com projetos fechados, sinal de que o mercado volta a ser comprador, principalmente os setores de ener-gia e automotivo”.

Já a Meggatech, empresa do Gru-po MEGGA dedicada ao setor de máquinas-operatrizes de alta tecno-logia apresentou, entre outros equi-pamentos, máquinas da sul-coreana Doosan Infracore, entre as quais os tornos CNC Lynx 220 e Puma 2100, e um centro de usinagem vertical DNM 400A. De acordo com Ennio Crispino, gerente regional de vendas da Doosan Infracore, os equipamen-tos apresentam custo-benefício com-petitivo e tecnologia avançada.

Para a DMG, o evento foi uma oportunidade para reforçar as dife-rentes tecnologias apresentadas em suas máquinas 5 eixos, tornos uni-versais, tornos para usinagem com barra e tornos automáticos. “Temos um grande pacote de negócios para desenvolver nos próximos meses, o que nos deixou extremamente ani-mados”, explica Décio Lima, diretor geral da empresa.

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negócios da indústria

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Apresentações con rmadas

®®lean summit 2 0 1 2

Local:

TransaméricaExpo Center

Informações:

11 - 5571 0804lean.org.br/leansummit2012

Realização:

O maior evento sobre Gestão Lean do Brasil reúne executivos e casos de grandes empresas

do setor automotivo

São Paulo, 7 e 8 de agosto

James WomackAprendendo

no gemba

Brian MaskellFinanças na

empresa lean

David VerbleDesenvolvendo

pessoas

David MeierFundamentos

do lean

Mike RotherKata: disciplina

da melhoria

Palestrantes internacionais

Apoio: Transportadora o cial:

Melhoria de processos

Vendedores de máquinas foram unânimes ao dizer que a busca por novas e modernas tecnologias nun-ca foi tão grande. Um exemplo disso foi a aposta da GF AgieCharmilles em sistemas de automação. A em-presa comercializou equipamentos da sueca System 3r, que já faz parte do grupo. “Além disso, trouxemos equipamentos diferenciados em ter-mos de tamanho e tecnologia, como máquinas de eletroerosão a fio (Pro-gress VP4) e por penetração (Formy 2000HP)”, explica Silvio Akio Mit-sunaga, que comemorou a comer-cialização de cerca de 50 equipa-mentos durante o evento, com um valor total de negócios maior que a edição de 2010.

A Mitsui Motion foi outra em-presa que teve como bandeira as so-luções em produtividade. “A otimi-zação dos processos e a velocidade das máquinas foram, para nós, um fator importante”, explica o super-visor de vendas Alan Câmara, ao reforçar a presença do centro de usinagem Robodrill Fanuc, com

24 mil RPM. “Atingimos nossas metas e contamos com um grande número de negócios futuros”, avaliou.

Inovações na cadeia metalmecânica

Também presente na 29ª Feira Internacional da Mecânica a Blaser Swisslube, além de novos fluidos sintéticos e semissintéticos, apro-veitou a ocasião para divulgar a li-nha Vasco de fluidos vegetais para produtos ferrosos e não ferrosos. “Tratam-se de microemulsões de óleo de base vegetal que chegam agora na sua segunda e terceira geração. Esses produtos devem consolidar a base vegetal de fonte renovável no Brasil, pois são mais estáveis em termos de microbiolo-gia e podem ser aplicados nas mais difíceis operações e mais exigentes requerimentos de rugosidades”, explica Alessandro Alcantarilla, ge-rente geral da Blaser Swisslube.

As novas tecnologias também se estenderam aos materiais. A Villa-res Metals apresentou sua linha

A DMG também aproveitou a ocasião para divulgar o lançamento de seu centro de usinagem compac-to de alta produtividade MILLTAP 700 da DMG/Mori Seiki, voltado para usinagem de peças com até 400 kg. A linha DMG Ecoline também cha-mou atenção dos visitantes.

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negócios da indústria

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V1280-Z800

de aços ferramenta para trabalho a quente e a frio, além de uma gama de aços para moldes plásticos.

A Mitutoyo foi mais um exem-plo de inovação. No estande da marca as atenções estavam volta-das ao microdurômetro Vickers HM-210B, um aparelho de medir microdureza de alto desempenho, que trabalha por imagens de forma automática. Destaque também para o Crysta Apex S 7106, uma máquina CNC de medição de coordenadas de alta velocidade.

Segundo Nelson Cunha, gerente da área de Engenharia de Aplicação, o mercado apresenta uma deman-da cada vez maior por aparelhos de nanometrologia. Além disso, os segmentos de petróleo e gás, equi-pamentos médicos, energia eólica e microeletrônica têm apresentado elevada demanda de equipamentos, bem como indústrias automotivas que estão se instalando no País.

Participação estrangeira

Quem percorreu os 85.000 m² da exposição notou a presença de muitos equipamentos importados. Além disso, representações chine-sas, argentinas e alemãs ganharam mais espaço no evento, que contou com 39 países.

Para Luiz Aubert Neto, presi-dente da Abimaq, a feira mostra o que tem de melhor na indústria, mas o País precisa reforçar sua po-sição como fabricante. “Éramos o 5º

maior fabricante de máquinas do mundo, hoje somos o 14º. Além dis-so, a política de juros ainda é extre-mamente conservadora. No mundo todo, ao comprar máquinas, paga--se 2% ao ano e aqui pagamos, no mínimo, 5,5% e ainda dizem que existe subsídio”.

Quem também alerta para o ris-co de desindustrialização é Milton Rezende, presidente do Sinafer (Sindicato da Indústria de Artefa-tos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no Estado de São Paulo). “A moeda depreciada está fazendo com que máquinas dos EUA, Eu-ropa e Japão, com alta tecnologia, cheguem ao mercado brasileiro a preços extremamente competitivos. Existem casos de máquinas fabrica-das pela mesma empresa no Brasil e na Alemanha, e a máquina alemã custa 25% menos”.

Já para Ennio Crispino, presi-dente da Abimei, a presença de estrangeiros representa competi-tividade. “É de suma importância reconhecer que os produtos im-portados são meios para conseguir a competitividade que se espera e a feira é um exemplo disso já que mais de 50% dos produtos expostos são de alguma forma importados”.

De acordo com o representante da Ergomat, Alfredo Ferrari, “a presença de máquinas importadas é saudável, desde que haja uma competição em igualdade de condições com as má-quinas produzidas no País”.

Vale lembrar que não se trata apenas das máquinas em si. Dados do Sinafer indicam que 58% das partes e peças para a indústria de máquinas são importadas. A pre-sença de produtos estrangeiros no mercado tende a ser cada vez mais constante. Cabe à indústria nacio-nal e ao governo federal equacionar essa realidade de forma a criar uma competitividade saudável.

Com novas tecnologias sendo incorporadas, a indústria se torna a cada dia mais exigente, competitiva e dinâmica. Além disso, a participa-ção estrangeira mostra que apesar do cenário econômico não ser pu-jante, o Brasil ainda é um mercado forte. E deve continuar assim se de-pender do esforço da indústria.

Fernando SaccoJornalista

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CULTURA E LAZER A UM CLIQUE DO MOUSE

Escolhendo-se, do elenco alfabé-tico, por nome de museu, é possível aceder às obras e aos artistas, mon-tando sua própria galeria de arte. A essa galeria pessoal pode-se também acrescentar fotos de obras que ainda não existam no acervo do projeto e, também, abrir a galeria “pessoal” as-sim montada à visitação pública. Mui-to útil que se possa navegar tanto em inglês quanto em português.

Um simples “passeio” por dentro do museu também é possível, dirigin-do seu olhar por salas, galerias, esca-darias, detendo-se diante das obras de sua escolha e até ir dar uma volti-nha no jardim!

No entanto, alguns grandes mu-seus, como o Museu Britânico (Lon-dres), o Louvre (Paris), o Prado (Madri) e o Hermitage (Moscou), que possuem site próprio interativo, não aderiram ao Google Project.

O site do Museu Britânico, por exemplo, (www.britishmuseum.org) disponibiliza mais de dois milhões de objetos para estudiosos, professores e muitos vídeos para visitantes virtuais.

Marca maior do maior império dos tempos modernos, as coleções

abrangem desde a mais remota an-tiguidade até inícios do século XVI. O Hermitage de Moscou, porém, o supera, com mais de três milhões de objetos de rara beleza e valor (www.hermitagemuseum.org).

Mas a fantástica National Gallery, de Londres, está presente no Google Project com suas centenas de quadros abrangendo mais de 400 anos da tra-jetória da arte ocidental a partir de 1500. A Ny Carlsberg Glyptotek, fun-dada e mantida pela empresa Carls-berg, apresenta desde obras-primas da remota antiguidade, com fantás-tica coleção de peças egípcias, até arte do século XIX. Lá se encontra uma das “bailarinas” de Degas, da série da qual o MASP de São Paulo possui um exemplar.

O Brasil comparece com o acervo do MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo - e da Pinacoteca do Es-tado de São Paulo, além de um Pano-rama da Arte Brasileira.

Mas se você quiser visitar a cidade inteira, acesse www.arounder.com para obter de programas de viagem a fotos de interação panorâmica, com giros de 360o, das principais cidades e monumentos do mundo.

Vale a pena investigar!Boa clicagem.

Ação & Contexto

Viagens culturais sem sair de casa?Nestes tempos em que a Internet

nos ajuda a resolver tantos problemas do cotidiano, de fusos horários a uma receita de bolo ou imagem para um trabalho escolar, estão na web, para uso de milhões de pessoas, três sites úteis e inovadores.

Um deles é o muito comentado projeto do Google, chamado de Goo-gle Art Project, que apresenta mais de 150 museus, de 39 países, tudo poden-do ser visitado com cliques do mouse.

O endereço www.googleartproject.com abre para visualização, e seleção que pode ser “guardada” dentro do próprio site, uma ampla gama de fo-tos de objetos de arte, de quadros a estátuas, de móveis a vasos de cerâ-mica, joias, etc.

28 o mundo da usinagem junho 2012/87

conhecendo um pouco mais

Novas tecnologias em furação curtaFerramentas, máquinas, boas práticas. Qual o elemento definidor quando o assunto é furação curta?

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soluções de usinagem II

A grande maioria dos produtos usinados, independentemente de sua complexidade ou dimensão, passa por ao menos um processo de furação. Na montagem de um avião, por exemplo, é possível con-tar mais de um milhão de furos.

De maneira geral, furos podem ser executados com fresas e mandri-ladoras, embora as brocas continuem sendo a maneira mais eficiente e pro-dutiva de conduzir esse processo.

A importância da furação é in-contestável e uma execução correta e consciente é fundamental na bus-ca pela qualidade final e otimização do tempo de manufatura.

Cada tipo de furo possui suas es-pecificidades e uma série de fatores influencia na escolha do processo mais adequado: Equipamento utilizado

Dimensão e composição da peça

Formato

Tolerâncias

Quantidade de furos

Diversidade no diâmetro dos furos

Quantidade de peças a serem usinadas

Abre-se então um universo de possibilidades que está diretamente ligado ao tipo de ferramenta de cor-te utilizada no processo.

Como escolher a ferramenta de corte

Fazer a escolha correta da fer-ramenta é fundamental para evitar problemas como furos ovalizados, fora de paralelismo, com rugosida-des inadequadas e mau acabamento. São problemas inerentes a todos os tipos de furos mas, no caso da fu-ração curta, são mais recorrentes, pois se trata do processo mais co-mum de furação.

Furos com até cinco vezes o diâ-metro da broca (5xD), são conside-rados curtos e exigem ferramentas de corte apropriadas. As diferenças de geometria, otimização de canal e arestas vão ser determinantes na obtenção do melhor custo-benefício do produto final.

O primeiro passo é escolher a broca adequada: broca inteiriça de metal duro, broca com pasti-lha intercambiável ou broca com ponta intercambiável.

No campo das brocas inteiri-ças de metal duro tomemos como exemplo a CoroDrill 860, a broca mais rápida para aço, com diâmetro

31o mundo da usinagemjunho 2012/87

de 3 a 20mm. As profundidades do furo variam de 3-8 x Dc, possibili-tando altas taxas de penetração.

Trata-se de ferramenta ideal para processos que requerem longa vida útil da ferramenta e formação de des-gaste controlada. Por conta disso, a CoroDrill 860 se destaca em fura-ções tradicionais, furos com chanfros, superfícies inclina-das, furos cruzados, furação de pacotes e superfícies côncavas e convexas. Além disso, a for-ma do canal proporciona um espaço efetivo para os cavacos, mesmo com maiores taxas de penetração.

A aresta de corte e a geometria de ponta ainda proporcionam a redução nas forças de corte e melhoram o con-trole do cavaco, fatores que, combi-nados, aliam precisão e desempenho.

A área de tolerância de furo da CoroDrill 860 varia de H8 a H9.

Já brocas com pastilha inter-cambiável, como a CoroDrill 880, surgem como opção para trabalhos que exigem versatilidade e produ-tividade e sem tanta exigência em relação às tolerâncias do furo.

O uso de pastilhas de metal duro inteiriças nas brocas Corodrill 880 possibilita a usinagem de furos com tolerâncias mais abertas, porém po-dem dobrar as faixas de avanço em relação às brocas existentes no mer-cado. Além disso, proporcionam qua-tro arestas de corte efetivas, o que gera maior economia de produção.

A evolução da usinagem com o uso de Step Technology da pastilha central controla o esforço radial na ferramenta, proporcionando uma en-trada “suave”, centrando a broca na entrada da peça e fazendo com que

se reduzam as forças de corte.

O posiciona-mento em ângu-

lo da pastilha no canal da broca tam-

bém ajuda no escoa-mento dos cavacos.

Com tolerâncias de furo entre H10 a H11,

diâmetro de 12 a 63.5mm e profundidades do furo

entre 2–5 x Dc, a CoroDrill 880 se consolidou no mercado pela sua ampla gama de aplicações, do escalonamento e chanfro quando uti-lizada em tornos à interpolação heli-coidal em centros de usinagem.

Entretanto, é preciso ficar atento às tolerâncias do furo desejadas.

Por fim, ao falarmos de brocas com ponta intercambiável, chega-mos ao modelo CoroDrill 870, com utilização para furação geral em aços e, como exemplo, pré-furos para machos e furos para parafusos.

A área de tolerância de furo é de H9 a H10 e as faixas de diâmetros estão entre 12 a 20,9 mm, devendo ser ampliadas para 9 a 33 mm para as áreas de usinagem de ferro fun-dido e aços inoxidáveis no segundo semestre de 2012. Já o comprimento varia de 3-5 x Dc.

De fácil manuseio, a ferramenta garante interface segura e de alta precisão entre o corpo e a ponta da broca para estabilidade extra.

Também é possível trocar a pon-ta enquanto a ferramenta está na máquina, reduzindo assim os tem-pos de parada.

A nova geometria da aresta de corte para forças de corte baixas assegura alta confiabilidade do pro-cesso, bom controle de cavacos, al-tas taxas de penetração e qualidade do furo, fatores indispensáveis nos processos de usinagem. A Coro-Drill 870 também apresenta canais com formato, tamanho e ângulo de hélice otimizados, proporcionando escoamento seguro de cavacos e es-tabilidade geral da ferramenta.

Aliado a isso, a nova classe, GC4234, desenvolvida para desgas-te previsível, vida útil longa e altas taxas de produtividade durante a furação em aços permite maior pla-nejamento no processo de furação, além de excelente qualidade do furo.

Escolher a ferramenta com a configuração certa para cada tipo de furo é um passo fundamental. Todavia, não podemos deixar de lado outros passos igualmente im-portantes no momento da furação, como set up e manutenção da ferra-menta, o escoamento e as caracterís-ticas dos cavacos, além dos parâme-tros da máquina, a correta seleção do sistema de fixação e refrigeração. Por isso, são muito úteis as suges-tões que se seguem.

E fique atento às novidades. As geometrias e classes das brocas são constantemente renovadas. Por isso, na busca pelo melhor proces-so, acompanhe os lançamentos. Eles podem definir a qualidade no seu processo de usinagem.

Escolher a ferramenta com a configuração certa para cada tipo de furo é um passo fundamental

32 o mundo da usinagem junho 2012/87

soluções de usinagem II

Dicas para boa qualidade do furoEscoamento de cavacos

O entupimento de cavacos afeta a qualidade do furo e a vida útil da ferramenta

Set up da ferramenta Use a broca mais curta possível

Use um porta-ferramenta rígido e pre-

ciso, com batimento radial mínimo

Certifique-se que o fuso da máquina

esteja em boas condições e não desa-

linhado

Gire a peça e a broca para alta retili-

neidade em furos profundos

Estabeleça as faixas de avanço corre-

tas para superfícies irregulares, angu-

lares e furos cruzados, se necessário

Cavacos

Verifique os dados de corte e a geometria da broca Inspecione a formação de cavacos – ajuste o avanço

e a velocidade

Verifique o fluxo e a pressão do fluido de corte

Inspecione as arestas de corte Verifique se a usinabilidade mudou devido ao novo

lote de peças – ajuste os dados de corte

Mais abertura devido a menos atrito

Broca inteiriça de metal duro

Broca para pastilha intercambiável

Central Periférica

CoroDrill 870Broca com ponta intercambiável

Excelente

Aceitável

Inaceitável: risco de entupimento de cavacos

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Manutenção

Troque regularmente o parafuso de fixação da

pastilha/ponta

Limpe o tip seat antes de trocar a pastilha

Use o torquímetro e o molykote

Parâmetros da Máquina

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Estabilidade da máquina Velocidade do fuso

Refrigeração

Pressão de Refrigeração

Fixação da peça

Fuso horizontal ou vertical

Potência e torque

Magazine de ferramentas

Seleção do sistema de fixação

Fatores a considerar quando selecionar o porta-ferramenta: Batimento radial – Transmissão de torque   Refrigeração – Acessibilidade   Modularidade – Balanço

Refrigeração

A refrigeração é fundamental para a operação de furação e influencia em vários aspectos: Escoamento de cavacos  Vida útil da ferramenta Qualidade do furo

Lembretes para uma boa refrigeração:  O volume do tanque de refrigeração deve ser de 5 a 10 vezes

maior que o volume do líquido refrigerante que a bomba fornece

por minuto

  É importante ter o fluxo de refrigeração suficiente. Os valores

mínimos recomendados podem ser encontrados no manual

de usinagem

  A capacidade de volume pode ser verificada usando um cronô-

metro e um recipiente adequado

Dorival SilveiraEspecialista de Produtos na área de Furação

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soluções de usinagem II

elevados de estoque tendem a gerar conformidade com o erro, camuflando as causas dos problemas que muitas vezes não são atacadas. Boa parte do lucro gerado pela empresa é destinado ao capital de giro para aquisição, mo-vimentação e manutenção dos esto-ques. Todo e qualquer armazenamen-to de material gera custos financeiros (juros e depreciação), com pessoal (salários, encargos sociais), armazena-mento (aluguel, impostos, eletricida-de, conservação) e manutenção (obso-lescência, deterioração, equipamentos de movimentação).

Duas variáveis aumentam esses custos: quantidade em estoque e o tempo de permanência no mesmo.

Quanto maior a quantidade, maior o espaço de ocupação, maior número de equipamentos de movimentação, de pessoas para o manuseio e consequen-te elevação dos custos. Com menor volume em estoque, o efeito é exata-mente o contrário.

São diversas as variáveis, ligadas à logística e à operacionalização da tran-sação, para chegar-se a um custo total de manutenção de estoque:  �Quanto� de� material� vale� a� pena�

manter em estoque? �Como�computar�o�valor�da�obsoles-

cência no valor do estoque?

 �Qual�o�custo�de�um�pedido? �Como�determinar�o�custo�pela�falta�

de estoque? �E�como�calcular�o�custo�total�de�

um estoque?É possível responder a essas ques-

tões com modelos matemáticos espe-cíficos, em sua maioria calculados em % do valor dos estoques médios em determinado período de tempo. Esse percentual gira em torno de 25% do valor do estoque médio. Para o cálcu-lo final da taxa de armazenagem usa--se uma composição de várias taxas como retorno de capital, armazena-mento físico, transporte e manuseio, obsolescência, outras taxas (água, luz, etc.). Assim, o custo de armazenagem é uma soma de custos de capital, segu-ros, transportes, obsolescência, despe-sas diversas, composto por uma parte fixa, independente da quantidade de material em estoque, e outra variável.

Ao escolher um sistema de estoca-gem e movimentação de materiais é muito importante uma análise compa-rativa entre os custos de armazenagem e a eventual economia para a empresa, no atendimento ao cliente.

Sandra�Pascutti�Controller da Sandvik Coromant

A afirmativa de que “o cliente sempre tem razão” tem conduzido de forma geral os negócios no mundo. É percebido que o sucesso só pode ser alcançado pela satisfação do cliente, já que é ele que, em última instância, paga todas as contas. Esse cliente, hoje, dispõe de tantas opções que é mais di-fícil de contentar, ou encantar. Atendi-mento rápido, alta qualidade e valor, produção personalizada, serviços tele-fônicos gratuitos, ecommerce, estoques que garantam o fornecimento a qual-quer momento, são algumas das res-postas mais exigidas. Até a definição de qualidade reflete esta perspectiva: qualidade é o que o cliente diz que é.

A globalização aumentou a compe-tição e atender às exigências com custo mais baixo é a força motriz para o suces-so. A definição de custo mais baixo leva a uma relação direta com um ativo do balanço cujo foco pode reverter-se em retorno de capital empregado: ESTO-QUE. E o que é estoque? Estoque é in-vestimento. Todo investimento corres-ponde a um capital empregado. Todo capital empregado tem um custo. Mas, se o estoque é um investimento, por que trabalhamos tanto na sua redução?

O estoque visa proteger a organi-zação da imprevisibilidade dos pro-cessos com os quais ela está envolvida. A falta de qualidade de seus processos internos e externos pressiona para elevar o volume de estoques. Níveis

“O CLIENTE AINDA É O REI”: QUALIDADE, VELOCIDADE E BAIXO CUSTO

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DistribuidoresSandvik Coromant

Anunciantes nesta ediçãoO Mundo da Usinagem 87

Agie-Charmilles 35

Blaser 29

Deb´Maq 37

Ergomat 2ª capa

Lean Institute Brasil 23

Mazak 11

Mitutoyo 15

Okuma 27

Romi 39

Sandvik 4ª capa

Selltis 25

Villares 17

ARWI Tel: 54 3026-8888 Caxias do Sul - RS

ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837-9106 São Paulo - SP

COFAST Tel: 11 4997-1255 Santo André - SP

COFECORT Tel: 16 3333-7700 Araraquara - SP

COMED Tel: 11 2442-7780 Guarulhos - SP

CONSULTEC Tel: 51 3321-6666 Porto Alegre - RS

COROFERGS Tel: 51 3337-1515 Porto Alegre - RS

CUTTING TOOLS Tel: 19 3243-0422 Campinas – SP

DIRETHA Tel: 11 2063-0004 São Paulo - SP

ESCÂNDIA Tel: 31 3295-7297 Belo Horizonte - MG

FERRAMETAL Tel: 85 3226-5400 Fortaleza - CE

GALE Tel: 41 3339-2831 Curitiba - PR

GC Tel: 49 3522-0955 Joaçaba - SC

HAILTOOLS Tel: 27 3320-6047 Vila Velha - ES

KAYMÃ Tel: 67 3321-3593 Campo Grande - MS

MACHFER Tel: 21 3882-9600 Rio de Janeiro - RJ

MAXVALE Tel: 12 3941-2902 São José dos Campos - SP

MSC Tel: 92 3237-4949 Manaus - AM

NEOPAQ Tel: 51 3527-1111 Novo Hamburgo - RS

PÉRSICO Tel: 19 3421-2182 Piracicaba - SP

PRODUS Tel: 15 3225-3496 Sorocaba - SP

PS Tel: 14 3312-3312 Bauru - SP

PS Tel: 44 3265-1600 Maringá - PR

REPATRI Tel: 48 3433-4415 Criciúma - SC

SANDI Tel: 31 3295-5438 Belo Horizonte - MG

SINAFERRMAQ Tel: 71 3379-5653 Lauro de Freitas - BA

TECNITOOLS Tel: 31 3295-2951 Belo Horizonte - MG

THIJAN Tel: 47 3433-3939 Joinville - SC

TOOLSET Tel: 21 2290-6397 Rio de Janeiro - RJ

TRIGONAL Tel: 21 2270-4835 Rio de Janeiro - RJ

TUNGSFER Tel: 31 3825-3637 Ipatinga - MG

Movimento - CursosDurante todo o ano, a Sandvik Coromant oferece cursos específicos para os profissionais do mundo da usinagem. Acesse www.sandvik.coromant.com/br, na barra principal, clique em ‘treinamento’ e confira o Programa de Treinamento 2012. Você poderá participar de palestras e também de cursos in plant, ministrados dentro de sua empresa!

Dorival Silveira (Sandvik Coromant): (11) 5696 – 5675Marco A. Tahara (Sandvik Coromant): (11) 5696-5593Paulo Lerner (Grupo Bener): (19) 3826-7373

CORRIGENDA: Substituir o texto lateral à figura 4, à pág. 19, da revista 86 (Abril 2012) pelo texto ao lado.

Coberturas superficiais• Com coeficientes de atrito reduzidos ao

máximo para proporcionar formação e escoamento mais suaves de cavacos

• Com dureza superficial altíssima, que torna a vida útil da ferramenta mais longa

• Espessuras muito pequenas para evitar arredondamento da aresta

4 O leitor de O Mundo da Usinagem pode entrar em contato com os

editores pelo e-mail: [email protected] ou ligue:

0800 770 5700

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