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PUBLICAçãO DA SANDVIK COROMANT DO BRASIL ISSN 1518-6091 RG BN 217-147 LOGÍSTICA REVERSA Gestão de resíduos deve ser compartilhada SISTEMAS DE FIXAÇÃO 80 Soluções e alternativas para a máxima produtividade ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA Engenheiros formados não suprem vagas do mercado nacional

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REVISTA O MUNDO DA USINAGEM 80

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Publicação da Sandvik coromant do braSil iSSn 1518-6091 rg bn 217-147

logística reversaGestão de resíduos deveser compartilhada

SiStemaS de fixação

80

Soluções e alternativas para a máxima produtividade

escassez de mão de obraEngenheiros formados não suprem vagas do mercado nacional

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para começar...

A modernidade facilita tanto a vida das populações, principalmente nas grandes cidades, que, por

certo, ninguém precisará caminhar mais do que algumas quadras para encontrar nas bancas de um

supermercado algum tipo de fruta que deseje degustar. É possível que muitos adolescentes nem

saibam se maçãs nascem em pencas ou grudadas no tronco das árvores.

Talvez, para eles, isso não tenha a menor importância, desde que a linha da internet não caia, mas,

na certa, esse comportamento diminui a percepção sobre a relevância da natureza no sustento do

homem. No entanto, para aqueles cuja alma cheira a relva molhada, apanhar uma fruta madura no

respectivo pé, mais que um gosto, é um retorno à inocência.

O Mundo da Usinagem �

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índice80edição 08/ 2011

03 para começar...

04 ÍNDIce / expeDIeNte

06 machINe INveStmeNtS: fIxação Da ferrameNta coNfere precISão e SeGuraNça à uSINaGem

12 De olho No mercaDo I: polÍtIca NacIoNal De reSÍDuoS SólIDoS partIlha reSpoNSabIlIDaDe pela GeStão Do lIxo

22 teNDêNcIaS e oportuNIDaDeS: oferta De vaGaS é maIor que o Número De eNGeNheIroS formaDoS

32 SuprImeNtoS: DIStrIbuIDor coNtrIbuI para a melhorIa De reSultaDoS DoS fabrIcaNteS e De SeuS clIeNteS

40 NoSSa parcela De reSpoNSabIlIDaDe

42 aNuNcIaNteS / DIStrIbuIDoreS / fale com eleS

Publicação da Sandvik Coromant do BrasilISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

eXpediente o mUndo da Usinagem é uma publicação da Sandvik coromant do brasil,

com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 15.000 leitores qualificados. av. das Nações unidas, 21.732 - Sto. amaro - cep 04795-914 - São paulo - Sp.

conselho editorial: aldeci Santos, ancelmo Diniz, aryoldo machado, edson truszco, edson bernini, eduardo Debone, fernando de oliveira, francisco marcondes, heloisa Giraldes,

Nivaldo braz, Nivaldo coppini, Nixon malveira e vera Natale. editor-chefe: francisco marcondes

coordenação editorial, redação, edição de arte, produção gráfica e revisão: equipe house press propaganda (Décio colasanti, Sula Zaleski, ana carbonieri e ronaldo monfredo).

Jornalista responsável: francisco marcondes - mtb 56.136/Sp propaganda: Gerente de contas - thaís viceconti / tel: (11) 2335-7558 cel: (11) 9909-8808

projeto gráfico: house press impressão: company

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você pode enviar suas dicas e sugestões de reportagens, críticas, reclamações ou dúvidas para

o e-mail da revista O Mundo da Usinagem: [email protected]

ou ligue para: noVo nÚmeRo 0800 777 7500para anunciar na revista, envie e-mail para:

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Acompanhe os conteúdos exclusivos da Revista O MundO dA usinAgeM digitAl em:

www.OMundOdAusinAgeM.cOM.bR

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Agilidade é um conceito in-

dispensável em um chão de

fábrica, já que cada segundo a

menos tem influência direta no aumen-

to da produtividade. Desenvolvidas

para atender ao constante crescimen-

to da produção industrial, atualmente

as máquinas-ferramenta estão cada

vez mais velozes, atingindo tempos

de cavaco a cavaco que chegam a 3

segundos e permitindo que as trocas

do ferramental sejam realizadas em

apenas 0,6 segundo.

Como consequência desta usina-

gem em alta velocidade, os eixos de

rotação (spindles) alcançam números

cada vez mais elevados. Este fator

acentua ainda mais a necessidade

de a ferramenta de corte estar firme-

mente presa à máquina, pois somen-

te com esta condição assegurada é

possível garantir rigidez, segurança

machine investments

Escolher o sistema de fixação mais adequado à operação de usinagem pode

garantir a transmissão de propriedades mecânicas importantes para a

ferramenta, contribuindo para a qualidade final do produto

Ferramenta rígida,

usinagem estável

e precisão ao processo de usinagem

mesmo após várias trocas.

Diante disso, a utilização de um

conjunto de mecanismos que atua

como interface entre o fuso da máqui-

na e a ferramenta de corte é decisiva

para a obtenção de bons resultados.

Além de proporcionar a troca rápida

das ferramentas, estes sistemas

devem transmitir propriedades im-

portantes, como a concentricidade

entre o eixo de rotação do fuso da

máquina e da ferramenta de corte, a

boa transmissão de torque, a precisão

do batimento radial (run out), o balan-

ceamento e a força de fixação (que

deve ser elevada).

Escolha decisivaPara fazer a escolha adequada

dos dispositivos que irão equipar a

máquina-ferramenta, é preciso conhe-

cer os diferentes tipos de sistemas

de fixação disponíveis no mercado.

Isto porque cada um deles costuma

ser mais indicado para um tipo de

operação, velocidade de corte ou

nível de precisão, sendo a experiência

do processista muito importante no

momento da escolha.

“Primeiramente, deve-se obser-

var o tipo de operação de usinagem

que será realizada e a capacidade

da máquina”, aconselha Francisco cavichiolli, especialista em sistemas

de ferramentas e fresamento da

Sandvik Coromant. “Depois, é preciso

levar em consideração as qualidades

exigidas pela peça, como tolerâncias,

Sistema corogrip

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incorporado, sendo que quanto maior

as proporções do equipamento, maior

a dimensão das hastes cônicas.

Para centros de usinagem, os

tipos de cones mais utilizados são o

MAS-BT 403 (norma japonesa JMTBA

MAS.4O3 BT), o DIN 69871 (norma

publicada pelo Instituto Alemão para

Normatização), o HSK (Hohl Shaft

Kegel, em português haste cônica

oca) e os cones ISO nos tamanhos

30, 40 e 50 (normas publicadas

pela International Organization for

Standardization).

“Os cones ISO n°30 e n°40

são mais indicados para compor

máquinas menores com um maior

número de rotações por minuto, que

não exijam tanta força de fixação”,

explica Paulo Videira, especialista

em usinagem da Sandvik Coromant.

“Já o cone ISO n°50 é ideal para

máquinas maiores que operam com

ferramentas de grande porte”, acres-

centa. Por sua vez, os cones HSK

costumam ser bastante utilizados em

grau de acabamento e geometria do

componente”, continua.

De maneira geral, estes me-

canismos de interface podem ser

divididos em três diferentes partes:

cone (1), flange (2) e mecanismo

para prender a ferramenta (3) (veja

figura ao lado).

Na interface com o fuso

Diretamente acoplado ao fuso

da máquina-ferramenta está o cone,

elemento que permite a troca auto-

mática de ferramentas. Este compo-

nente deve ser escolhido conforme a

capacidade da máquina à qual será

Interface entre fuso e ferramenta

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Page 8: OMU_80

máquinas de alta velocidade de corte,

com rotações acima de 25.000 rpm

(rotações por minuto).

Outra parte importante é o flange,

por onde o mecanismo é preso à

máquina-ferramenta. Em equipa-

mentos mais antigos, também havia

a possibilidade de o flange ser dire-

tamente preso ao fuso da máquina,

dispensando a existência do cone.

Entretanto, esta prática não é muito

aconselhada já que impede a troca

automática de ferramentas, deman-

dando a parada de máquina toda vez

que houver esta necessidade.

Aceitação no mercadoNa outra extremidade do meca-

nismo temos a parte onde é fixada

a ferramenta de corte, que pode ser

composta por diferentes tipos de sis-

temas de fixação que se diferenciam

principalmente quanto à forma de

prender a ferramenta.

Entre os mais utilizados no mer-

cado está o sistema porta-pinça ER

ou mandril DIN 6499 e DIN 6388.

Nele, a haste da ferramenta é fixada

mediante o aperto da porca que

fica ao redor do mandril, bastando

machine investments

parte de sua linha de produtos para

fixação de ferramentas os mandris

hidráulicos Hydro-Grip, que podem ser

adquiridos em diversos modelos.

Garantindo a transmissão de torque

Por sua vez, na fixação por contra-

ção térmica (shrink fit) um madril ope-

ra em conjunto com um aquecedor

especial. Na temperatura ambiente,

o furo onde a ferramenta é montada

é ligeiramente menor que sua haste.

Com o aquecimento (em torno de

370ºC), o furo do mandril dilata per-

mitindo a inserção da ferramenta e,

quando o mandril esfria novamente,

o furo se contrai, fixando-a.

Assim como o sistema hidráu-

lico, este dispositivo apresenta

alta transmissão de torque, baixo

run out e rigidez elevada; sendo

também ideal para operações de

afrouxá-la para soltar novamente a

ferramenta.

“A ampla utilização deste sis-

tema está ligada ao baixo custo e

flexibilidade em fixar diferentes diâ-

metros de hastes de ferramentas”,

explica Cavichiolli. O sistema por-

ta-pinça é indicado para hastes de

fresas de topo de HSS (aço rápido)

e de metal duro, e para operações

de furação e fresamento.

No entanto, este mecanismo de

fixação não é muito aconselhado para

peças que exijam alta precisão. “Para

obter um grau de precisão maior, é

indicado utilizar o sistema de fixação

por mandril hidráulico ou por contra-

ção térmica”, aconselha Videira.

Precisão na medida certa

O mandril hidráulico é dotado de

uma câmara interna que pode ser

preenchida com óleo hidráulico ou

graxa especial. Assim, quando o pa-

rafuso presente no corpo do mandril é

apertado, um pequeno pistão interno

é movimentado dando pressão ao

óleo, o que resulta na contração da

parede interna do mandril que acaba

por fixar a ferramenta.

Indicado para operações de

furação com brocas de metal

duro, para fresamentos de

acabamento com fresas de

metal duro e operações de

alargamento, este sistema apre-

senta como principais vantagens a

alta transmissão de torque, o baixo

run out, além de não necessitar de

equipamentos auxiliares para fixar ou

soltar as ferramentas, o que reduz o

investimento inicial.

A Sandvik Coromant oferece como

Sistema corogrip garante uma fixação segura para todos os

tipos de aplicação

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Porta-pinça Er é indicado para

centros de usinagem

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considerado um sistema universal, coromant capto pode

ser utilizado em qualquer tipo de máquina-ferramenta

desbaste. O sistema por contração

térmica costuma ser barato, mas a

necessidade do aquecedor acarreta

um custo inicial elevado.

Desenvolvido pela Sandvik, o corogrip é um mandril de fixação

por contração. Porém, neste caso, a

contração se dá por um dispositivo

mecânico existente dentro do corpo

do mandril, que é movimentado por

meio de pressão hidráulica exercida

pelo óleo. Por isso, esse mandril é

classificado como de fixação hidro-

mecânica. “O CoroGrip é utilizado em

operações de fresamento, nas quais

se requer forças de fixação bastante

elevadas, e em furações, onde se

exige uma transmissão de torque

bastante alta”, conta Videira.

Por fim, temos o sistema

de fixação por mandris

Weldon e Whistle Notch.

Nestes casos, um parafuso

fica em contato com a fer-

ramenta, o que a mantém

no seu lugar. Para que este siste-

ma possa ser aplicado, é necessário

que a ferramenta apresente uma

área plana na haste.

Segundo Cavichiolli, estes siste-

mas proporcionam alta transmissão

de torque. “O sistema Weldon

é eficiente para operações de

desbaste e fresamento”, conta.

“Já o Whistle Notch é utilizado

basicamente para furações, pois

muitas brocas possuem este padrão

de haste”, explica.

Produção flexívelComo podem ocorrer inúmeras

trocas de ferramentas durante o pro-

cesso de fabricação de uma peça, os

sistemas de fixação precisam ser fle-

xíveis para que exista a possibilidade

de acoplar uma mesma ferramenta em

diferentes máquinas.

“Caso a máquina que o operador

estiver utilizando quebre, a padroniza-

ção permite que o mesmo ferramental

seja montado em uma máquina al-

ternativa”, exemplifica Videira. “Isso

impede que a produção pare, evitando

possíveis prejuízos”, explica.

Adicionalmente, a padronização

reduz o número de itens para fixação

armazenados no estoque, o que gera

um custo—benefício ainda maior.

Pensando nisso, a Sandvik

Coromant desenvolveu o Coromant

Capto, um mecanismo na forma de

um polígono cônico trilateral dotado

de um encosto de

machine investments

face que funciona como conector

entre a máquina e a ferramenta. “O

Coromant Capto pode ser utilizado

em qualquer tipo de máquina, pois é

considerado um sistema universal”,

conta Cavichiolli.

Ainda segundo o especialista,

este sistema pode ser aplicado em

operações de desbaste pesado, até

o acabamento preciso de uma peça.

“O Coromant Capto oferece alta pre-

cisão, capacidade de transmissão de

torque e rigidez”, relata. “Além disso,

é o único sistema de fixação no mer-

cado eficaz tanto para ferramentas

rotativas como para ferramentas

estáticas, normalmente utilizadas

em operações de torneamento”,

finaliza o especialista.

Thais Paiva

Jornalista

mandril Whistle Notch, indicado para operações de furação

mandril Weldon

é ideal para operações de

desbaste e fresamento

Veja mais informações em:www.omundodausinagem.com.br

Veja mais informações em:

O Mundo da Usinagem10

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Padronização do ferramental para fixação de ferramentas reduz o número de itens no estoque o que agrega custo—benefício ao processo produtivo

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Acada ano a produção de lixo

cresce exponencialmente

no País, em decorrência

do desenvolvimento econômico e

também dos elevados índices de

consumo da população. Somente em

2010 no território nacional foram

produzidas 60,8 milhões de tone-

Sólidos no Brasil, publicado pela

Associação Brasileira de Empresas

de Limpeza Pública e Resíduos Es-

peciais (Abrelpe).

Diante deste cenário, surge o

questionamento: o que fazer com

tanto lixo? Algumas respostas para

esta questão constam nos termos

ladas de resíduos sólidos – o que

corresponde a uma produção diária

de 195 mil toneladas de detritos.

Deste total excretado ao longo do

ano, 42,4% foram destinados a lo-

cais impróprios como lixões, aterros

irregulares, rios e córregos. É o que

aponta o Panorama dos Resíduos

de olho no mercado i

Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cresce o debate sobre a logística reversa, que responsabiliza empresas e sociedade pelo

descarte sustentável dos produtos

gestão do lixo é responsabilidade de todoscaminho de volta

O Mundo da Usinagem12

Page 13: OMU_80

venda, que diz respeito aos produtos

que retornam antes do consumo, tanto

por existência de falhas quanto por

não terem sido vendidos; e a logística

reversa de pós-consumo, que inclui

os produtos que foram consumidos,

chegaram ao final de sua vida útil e

devem ser descartados.

Além de contribuir para a re-

dução dos impactos ambientais,

a logística reversa também pode

beneficiar a imagem corporativa

das empresas e promover a geração

de novas fontes de lucro. Segundo

o Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada (ipea), o Brasil perde

anualmente R$ 8 bilhões ao enterrar

materiais recicláveis que poderiam

ser reaproveitados pela indústria.

Entre os entraves existentes para

a destinação correta destes resíduos,

wanderley baptista, analista de

políticas industriais da Confederação

Nacional da Indústria (cni), destaca

os altos custos do transporte de resíduos. “O ideal seria que os

governos concedessem isenção de

imposto a este tipo de transporte”,

analisa. “Por este motivo, já está

sendo discutida uma regulamenta-

Em 2010, projeto reciclagem da Sandvik coromant recolheu aproximadamente 25 toneladas de pastilhas e ferramentas

leite, presidente do Conselho de

Logística Reversa Brasileira (clRb). O

documento prevê também a extinção

dos lixões até 2014 e o incentivo ao

serviço prestado pelas cooperativas

de catadores de material reciclável.

Outra determinação relevante é a

logística reversa, que responsabiliza

fabricantes, importadores, distribuido-

res e comerciantes pelo recolhimento

e destinação correta de seus produ-

tos. De acordo com Paulo Leite, essa

prática pode ser dividida em duas

esferas: a logística reversa de pós-

da Política nacional de Resíduos sólidos (PnRs), regulamentada

em dezembro de 2010 após tra-

mitar por mais de vinte anos no

Congresso Nacional.

Composta por 58 artigos, a PNRS

estabelece a responsabilidade compartilhada pela gestão dos resíduos sólidos, envolvendo so-

ciedade, empresas, prefeituras e

governos estaduais e federal. “Essa

legislação tem a característica de

chamar à ação todos os elos da cadeia

produtiva”, destaca Paulo Roberto

Entre as medidas ecológicas empreendidas pela cSn está a reutilizaçãode resíduos ferrosos como matéria-prima

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brasil perde anualmente r$ 8 bilhões ao enterrar materiais que poderiam ser reaproveitados. na foto, depósito da Supply Service

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de olho no mercado i

ção comum a todos os estados que

efetive esta desoneração”.

Sobre a melhor aplicação da

logística reversa, Baptista destaca a

necessidade de diferenciação das estratégias elaboradas para cada

produto. “A destinação e o tratamento

de alguns materiais exigem uma políti-

ca de incentivo muito forte, enquanto

outros podem ser beneficiados com

pequenas medidas”.

Resíduos industriaisMetais pesados, resíduos fer-

rosos, fluidos de corte, névoas e

vapores, cavacos, borras, solventes

e óleo lubrificante estão entre os

principais resíduos produzidos pelas

indústrias metalmecânica e side-

rúrgica. No entanto, com exceção

do óleo – cujo descarte será regu-

lamentado nesta primeira fase da

implementação da logística reversa

–, a PNRS ainda não aborda dire-

tamente o descarte destes outros

materiais. Antecipando-se a futuras

regulamentações, porém, algumas

indústrias do setor já desenvolveram

e têm colocado em prática planos de

descarte sustentável.

É o caso da Companhia Siderúr-

gica Nacional (csn), que está entre

os maiores complexos siderúrgicos

integrados do mundo. Seu primeiro

plano de gestão ambiental data de

1993, mesmo ano em que foi priva-

tizada. Após esta primeira iniciativa,

que envolveu os setores de Supri-

mentos, Meio Ambiente e Vendas,

a empresa passou a adotar muitas

outras ações sustentáveis. Um marco

neste sentido foi a assinatura do Ter-

mo de Compromisso em janeiro do

ano 2000, no qual se comprometeu

a realizar 130 obras para melhorar

o desempenho ambiental de suas

operações industriais.

De acordo com o artigo acadêmi-

co Logística Reversa: Oportunidades

para Redução de Custos em Decor-

rência da Evolução do Fator Ecológi-

co – escrito por sérgio ulisses lage da Fonseca e sueli Ferreira de souza em 2008, durante o curso de

pós-graduação em Gestão Estratégica

da Logística da Universidade Gua-

A logística reversa pode beneficiar a imagem

corporativa das empresas e promover a geração de

novas fontes de lucro

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de olho no mercado i

rulhos (ung) –, entre as medidas

ecológicas empreendidas pela CSN

estão o reaproveitamento dos gases

gerados durante o processo industrial

como combustível para termelétrica

e a reutilização de resíduos ferrosos

como matéria-prima.

A companhia também reaproveita

as escórias de alto forno e de aciaria,

que são convertidas em brita, areia e

clínquer siderúrgicos. Produtos carbo-

químicos (como óleos, solventes e pi-

che), sucatas ferrosas e não ferrosas,

plásticos, papéis, papelões, madeiras

e cal são outros exemplos de resíduos

aos quais a CSN oferece destinação

correta. Os benefícios deste trabalho

vão além do campo ambiental, já que

o reaproveitamento de materiais rende

à empresa uma economia de mais de

R$ 150 milhões por ano.

Destino sustentávelA sandvik coromant também

está preocupada com a destinação

correta de suas ferramentas de corte

e pastilhas, especialmente na fase

pós-consumo. Por meio do projeto

Reciclagem, a empresa compra as

pastilhas e as ferramentas inteiriças

de metal duro de seus clientes ao final

da vida útil. “Esse projeto começou

em 1996, mas ganhou mais força há

cinco anos”, relata Ricardo chagas, líder local do projeto Reciclagem e

supervisor de Atendimento ao Cliente

da Sandvik Coromant.

O processo pode ser iniciado pelo

cliente, que solicita uma oferta para a

compra de suas pastilhas usadas, ou

pela própria Sandvik Coromant e seus

distribuidores autorizados, que fazem

a oferta às empresas. Após avaliar o

Da teoria à práticapara elaborar e planejar as ações de gerenciamento dos materiais descar-

tados previstas na política Nacional de resíduos Sólidos, foram criados dois grupos: o comitê Interministerial da política Nacional de resíduos Sólidos e o comitê orientador para a Implantação dos Sistemas de logística reversa.

composto por representantes de doze ministérios, entre eles a casa civil e a Secretaria de relações Institucionais da presidência da república, o comitê Interministerial é responsável pela aprovação do calendário de ações e pela formulação de estratégias que promovam a criação e a utilização de tecnolo-gias limpas para a gestão dos resíduos sólidos.

Já o comitê orientador, presidido por Izabella teixeira, ministra do meio ambiente, deverá avaliar o andamento das políticas propostas e analisar a viabilidade técnica e econômica da logística reversa. este grupo conta com a participação de quatro outros ministros, assim como de assessores de cada um dos ministérios envolvidos.

Wanderley baptista, analista de políticas industriais da confederação Na-cional da Indústria (cNI), explica que a pNrS prevê três formas de se imple-mentar a logística reversa: por meio de acordos setoriais; de decretos; e de termos de compromisso, que complementam os dois primeiros itens.

os acordos setoriais são contratos firmados entre o poder público e os fa-bricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes. eles têm por objetivo estabelecer a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto e podem ser iniciados tanto pelo poder público quanto pelas empresas.

regulamentos expedidos pelo poder público, os decretos podem ser instituídos de forma direta. porém, devem passar por uma análise prévia do comitê orientador. Já os termos de compromisso vinculam as partes que os assinam à implementação da logística reversa.

transporte do material coletado é feito pela Supply Service e, para isso, a empresa conta com veículos de vários tamanhos

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material, a Sandvik Coromant faz uma

oferta e, caso o cliente aceite, enca-

minha a ele embalagens adequadas

para colocar a mercadoria e custeia

o seu transporte.

O material coletado é exportado

para a Índia, onde a Sandvik Coromant

possui uma planta na cidade de

Chiplun especialmente dedicada à

reciclagem de metal duro. “Em todos

os países nos quais a Sandvik atua, o

material recolhido passa pelo mesmo

processo”, explica Chagas. “Trata-se

de um conceito global da empresa”.

Nas instalações do país asiático, o

material passa então por um processo

químico, transformando-se em pó de

metal duro.

O pó obtido é utilizado como

matéria-prima para a produção de

novos produtos que serão usados em

diversos setores da indústria.

De acordo com Chagas, em

2010 este projeto da Sandvik

Coromant recolheu aproximada-

mente 25 toneladas de material,

minimizando a geração de resíduos

que causam danos ambientais e

contribuindo para a redução da

extração de minérios.

Resíduos oleososAo lado de eletroeletrônicos, lâm-

padas de vapores mercuriais, sódio e

mista, medicamentos e embalagens

em geral, o óleo lubrificante e suas

embalagens também terão regras defi-

nidas para o seu descarte na primeira

fase de implantação da logística rever-

sa prevista pela PNRS. O óleo mineral

não é biodegradável e seu descarte

incorreto pode originar diversos pro-

blemas ambientais. A poluição gerada

pelo descarte de uma tonelada por dia

de óleo usado no solo ou em cursos

de água equivale ao esgoto doméstico

de 40 mil habitantes.

No entanto, além desta nova nor-

matização, o descarte correto de óleo

lubrificante já havia sido determinado

por outras leis, como a Resolução do

Conselho Nacional de Meio Ambiente

(CONAMA) número 362, de 2005.

“Todo óleo usado ou contaminado

deverá ser recolhido, coletado e ter

destinação final, de modo que não

afete negativamente o meio ambiente

e propicie a máxima recuperação dos

constituintes nele contidos, na forma

prevista nesta Resolução”, estabelece

o artigo primeiro do documento.

Antes mesmo destas normatiza-

ções serem publicadas, algumas em-

presas já prestavam serviços para o

descarte correto de óleo. Um exemplo

é a Supply Service, que realiza a cole-

ta e o tratamento de resíduos oleosos

há 19 anos. “Quando começamos

este trabalho, nós é que procuráva-

mos as empresas para oferecer este

tratamento”, lembra david siqueira de Andrade, diretor-presidente da

Supply Service.

Oferecidos ao segmento industrial,

os serviços prestados pela Supply

Service incluem o tratamento de

sólidos contaminados com óleos e operador da Supply Service, adilson de camargo garcia filtra o óleo lubrificante já reciclado, pronto para a etapa de envase

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analista química natália Souza, da Supply Service, realiza procedimento para identificar metais no fluido que seguirá para destinação final

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de olho no mercado i

de emulsões aquosas de óleo solúvel

(utilizadas em grande escala em pro-

cessos de usinagem), a reciclagem

dos lubrificantes industriais e o des-

carte de todo o resíduo oleoso.

Segundo Siqueira, as emulsões

oleosas semissintéticas passam por

um processo de decomposição, em

que são separados o óleo mineral,

a água e os resíduos sólidos. “Os

metais são enviados para queima

em fornos de cimenteira por meio

de um processo chamado de copro-

cessamento”, explica o profissional.

“E depois de serem queimados em

um forno, são utilizados na fabrica-

ção de cimento”, acrescenta. Já o

óleo é reciclado e retorna ao mer-

cado como óleo mineral; e a água

é devidamente tratada, até atender

as especificações exigidas por lei,

sendo posteriormente enviada em

caminhões-tanque para a SABESP.

Siqueira relata que, após os

clientes contratarem os serviços

da Supply Service, é redigida uma

carta de anuência, que comprova

a aptidão da empresa a receber os

materiais. Este documento deve ser

então encaminhado à Companhia

Com unidades em funcionamento nos

estados de São Paulo, Mato Grosso,

Mato Grosso do Sul e Paraná, além de

uma em construção no Rio de Janeiro,

a empresa atua também em outros

oito estados brasileiros.

Atendendo diversos clientes do

setor metalmecânico, incluindo a

Sandvik Coromant, em 2010 a Supply

Service tratou e descartou 46 mil to-

neladas de resíduos líquidos e sólidos,

o que representa um crescimento de

37% em relação a 2007.

Muito mais do que uma obrigação,

os projetos de logística reversa repre-

sentam um compromisso que deve

ser assumido pelas empresas com

a sociedade, de modo a comprovar

sua responsabilidade ambiental e sua

preocupação com o futuro. “A logística

reversa certamente permitirá maior

satisfação dos clientes e da socieda-

de”, conclui Paulo Leite, do CLRB.

Anna Ligia Machado

Rodrigo Hora

Jornalistas

Veja mais informações em:www.omundodausinagem.com.br

Veja mais informações em:

ao final da vida útil, pastilhas são transformadas em pó de metal duro

fern

ando

fav

oret

to

de Tecnologia de Saneamento

Ambiental (CETESB), que, por sua

vez, faz uma análise da capacidade

de processamento da empresa cole-

tora e emite um Certificado de Auto-

rização de Destinação de Resíduos

de Interesse Ambiental (CADRI). “A

partir deste certificado, as empresas

são autorizadas a entregar este ma-

terial e a Supply Service a recebê-lo”,

comenta o diretor-presidente.

O transporte do conteúdo co-

letado é feito pela Supply Service

e, para isso, a empresa conta com

veículos e caminhões de vários ta-

manhos. “Todos os custos, da coleta

à destinação final, estão sob nossa

responsabilidade”, afirma Siqueira.

Page 21: OMU_80

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Diante do desenvolvimento econômico do Brasil, cresce a oferta de vagas na área de Engenharia, mas universidades não formam número

suficiente de profissionais para absorver essa demanda

engenheiros

tendências e oportUnidades

Mais de 7% de crescimento.

Segundo dados divulgados

pelo IBGE, esta foi a mar-

gem alcançada pelo PIB do Brasil

em 2010. Somado a isso, apenas

no primeiro trimestre de 2011 o

setor industrial aumentava seu de-

sempenho em 2,3% frente ao ano

anterior. Diante deste cenário positi-

so de Engenharia Mecânica da Univer-

sidade Federal de Goiás (uFg). “Um

exemplo é a descoberta de petróleo

na camada pré-sal, que irá demandar

mão de obra altamente qualificada”,

completa.

Milhões de reais em investimentos

também serão atraídos para o Brasil

com o advento dos megaeventos

vo da economia brasileira, diversos

segmentos da indústria optaram pela

ampliação dos meios de produção e,

como consequência, a demanda por

profissionais da área de Engenharia

sofreu um boom.

“As oportunidades são imensas”,

comenta o professor Kléber Mendes de Figueiredo, coordenador do cur-

procura-se

O Mundo da Usinagem22

Page 23: OMU_80
Page 24: OMU_80

tendências e oportUnidades

Divu

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entro

uni

vers

itário

do

Inst

ituto

mau

á de

tec

nolo

gia

esportivos de 2014 e 2016, já que

haverá a necessidade de obras de

infraestrutura em praticamente todas

as regiões do País. “Instalações de

grande capacidade e com alto padrão

de qualidade e segurança serão cons-

truídas para atender o elevado fluxo

de turistas que virão prestigiar esses

eventos”, informa o professor Otavio silvares, reitor do Centro Universitário

do Instituto Mauá de Tecnologia.

A sofisticação de produtos e pro-

cessos é outro fator que contribui para

o aumento da demanda por esses

profissionais, já que o aumento de

vagas para engenheiros no País está

diretamente relacionado à busca pela

melhoria de processos de produção

e de operações logísticas.

Gargalo na EngenhariaSendo assim, em todas as regi-

ões do País nota-se uma carência

de engenheiros. “Em 1997, a Enge-

nharia era a terceira graduação com

o maior número de matriculados ao

ano, com cerca de 150.000 inscri-

tos”, informa Silvares. “Já em 2006,

caiu para a 16ª graduação com

maior procura, com apenas 62.000

matriculados”, continua.

Estes números mostram claramen-

te a origem da falta de profissionais de

Engenharia no mercado. “Formamos

cerca de 35.000 profissionais por ano,

enquanto deveríamos estar formando

65.000”, observa o professor.

Segundo Figueiredo, da UFG, há

demanda por engenheiros em todos

os setores da indústria, tanto em

empresas dedicadas à extração de

minérios e produção de matérias-

primas como nas que produzem

bens de consumo. Vanderli Fava de Oliveira, diretor de Comunicação

da Associação Brasileira de Educação

em Engenharia (Abenge) e membro

do grupo de trabalho de graduação

da Associação Brasileira de Engenha-

ria de Produção (Abepro), completa

apontando que é por meio da con-

tribuição destes profissionais que se

torna viável agregar tecnologia de ponta aos produtos nacionais.

“Hoje somos praticamente um

País que comercializa commodities”,

critica. “Se não revertermos este

quadro, nos tornaremos escravos

das patentes, pagando royalties

a outros países para usufruir de

tecnologias que poderiam ter sido

desenvolvidas aqui”, alerta.

Segundo Silvares, da Mauá, o

governo deve interagir com univer-

Papel das universidades é formar profissionais versáteis, com conhecimentos globais e aptidão para aprender rápido

kléber Figueiredo, da uFg: "avanço da tecnologia gerou a necessidade de se ter uma visão mais ampla da realidade"

Vanderli Oliveira, da ABENGE: “É por

meio da contribuição desses profissionais

que é possível agregar tecnologia de ponta aos

produtos nacionais”

Aumento de vagas para engenheiros no País está relacionado à busca pela melhoria de processos de produção e de operações logísticas

arqu

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esso

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O Mundo da Usinagem2�

Page 25: OMU_80
Page 26: OMU_80

tendências e oportUnidades

sidades e empresas a fim de apoiar

pesquisas para o desenvolvimento de

novas tecnologias no País. Ao contrá-

rio do que ocorre no Brasil, nos países

desenvolvidos governo e iniciativa pri-

vada investem em pesquisa, gerando

patentes, o que sem dúvida valoriza

a produção intelectual. “Para manter

o mercado brasileiro tão competitivo

quanto os demais, é necessário de-

senvolver tecnologias nacionais, com

foco em novos processos e produtos”,

pontua.

Profissional internacional

A Engenharia Mecânica é uma das

áreas que mais tem apresentado alta

demanda por esses profissionais; e

o bom ano de 2010 para a indústria

automotiva abriu muitas vagas nesse

setor. O mesmo está ocorrendo nos

setores de energia, de minas, petróleo

e gás e metalurgia.

“As instituições de ensino não

estão conseguindo oferecer vagas

suficientes para a atual necessidade

do País”, comenta Figueiredo. “Uma

alternativa para suprimir este gargalo

tem sido a ‘importação’ de profissio-

nais de outros países, ou até mesmo

de outras áreas”, completa.

Com a globalização dos mercados,

além do domínio de um segundo

idioma – requisito hoje indispensável

–, outra novidade é a tendência à in-

ternacionalização dos profissionais.

Um grande número de estrangeiros

tem vindo ao Brasil atraído pelas

múltiplas oportunidades de trabalho

e, na contramão, muitos brasileiros

estão indo atuar no mercado externo

em busca de melhores ofertas de

remuneração, já que muitas vezes

o salário pago aos engenheiros no

Brasil é incompatível com o nível

técnico exigido pelas empresas.

“Hoje, a atuação desses pro-

fissionais se dá em escala interna-

cional”, conta o professor Marcelo Alves, professor do Departamento

de Engenharia Mecânica da Escola

Politécnica da Universidade de São

Paulo. “A tendência é a formação de

equipes multinacionais onde será

preciso conviver com pessoas de

outras culturas, acostumadas a tra-

balhar de forma diferente”, explica.

Segundo Figueiredo, o avanço

da tecnologia e da globalização

gerou a necessidade de se ter uma

visão mais ampla da realidade e de

uma nova maneira de organizar o

trabalho. “A percepção do profissio-

nal contemporâneo não pode mais

se restringir à sua área de atuação,

mas deve contemplar todas as áreas

de interface”, comenta.

otávio Silvares, da mauá: “brasil deveria formar 30.000 engenheiros a mais a cada ano"

Diante dos resultados positivos alcançados em 2010, cresce o número de vagas disponíveis para que novos profissionais passem a atuar na indústria automotiva

arqu

ivo p

esso

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O Mundo da Usinagem2�

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Page 28: OMU_80

tendências e oportUnidades

Superando desafiosPara ocupar posições cobiçadas

no mercado, o profissional necessita

conhecer a fundo o funcionamento

das empresas e dos mercados,

como as tendências do setor em

que deseja atuar e os métodos de

trabalho da companhia. “Desde os

cursos de graduação, é fundamental

que os professores fortaleçam o lado

empreendedor dos estudantes, pois

é a partir desta postura que boas

oportunidades aparecerão”, acredita

o professor Alves, da Poli.

Outro desafio é manter-se atua–

lizado. O uso intensivo de sofistica-

dos softwares para projetos, cons-

truções, operações e controle de

equipamentos e instalações requer

o constante aprimoramento dos

profissionais de Engenharia.

Entretanto, essa escalada profis-

sional começa por um bom curso de

Engenharia, que prepara os estudan-

tes por meio de uma sólida formação

teórica, fornecendo as condições

necessárias para que possam rapida-

mente assimilar a parte prática. “Hoje

o mercado não está interessado so-

mente naquilo que o aluno sabe, mas

principalmente naquilo que o aluno

sabe fazer com os conhecimentos

que adquiriu”, diferencia Vanderli, da

ABENGE.

Para isso, é importante que as

escolas não só ensinem os conhe-

cimentos técnicos da profissão, mas

desenvolvam também nos alunos

outras competências como lide-

rança, empreendedorismo e visão

sistêmica. “O mercado muda mais

rápido que as instituições de ensino

modificam seus currículos”, admite

o professor Alves, da Poli.

“As boas escolas de Engenha-

ria oferecem mais do que aulas

teóricas”, defende Alves. “Elas dis-

ponibilizam infraestrutura moderna

para que os estudantes já comecem

a ganhar experiência nas salas de

aula”, finaliza.

Formar um engenheiro especia-

lizado na indústria “A” pode ser um

equívoco caso este profissional ve-

Onde estão os engenheiros?

Dos profissionais que se formam anualmente em engenharia no país, são muitos os que migram para outras áreas de atuação não ligadas ao setor ou que vão atuar em outros países.

este fluxo acontece em decorrência das melhores ofertas de remuneração. o setor financeiro, por exemplo, contrata muitos engenheiros para trabalhar em bancos e outras instituições da área. outros preferem trabalhar no exterior onde, geralmente, os salários e benefícios são melhores.

Deste modo, torna-se cada vez mais necessário atrair e requalificar os profissionais de engenharia que tenham saído do mercado ou se deslocado para outras funções. para manter a competitividade do setor no brasil, é necessário que haja iniciativa do governo, das empresas e das universidades em investir na engenharia e nos talentos nacionais.

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O Mundo da Usinagem2�

Page 29: OMU_80
Page 30: OMU_80

nha a atuar na indústria “B”. Por este

motivo, o papel das universidades é

formar profissionais versáteis, com

conhecimentos globais e aptidão

para aprender rápido. Para melhor

compreensão deste cenário, Vander-

li, da ABENGE, faz um paralelo entre

a formação de um profissional e o

perfil de uma fábrica:

“Até a década de 1960, bastava

ter boas instalações, equipamentos

modernos e o dinheiro necessário

para que uma fábrica conseguisse

produzir e vender seus produtos

É fundamental que as escolas desenvolvam nos alunos competências como liderança, empreendedorismo e visão sistêmica

com sucesso”, lembra. “Mas hoje é

diferente. Se não houver um investi-

mento constante no aprimoramento

dos processos de fabricação, manter

uma fábrica competitiva no mercado

torna-se impossível”, continua.

Vanderli conclui afirmando que

é preciso investir na melhoria dos

processos de aprendizagem dentro

das universidades a fim de formar

engenheiros competitivos e prontos

para atuar em um mercado cada vez

mais exigente.

Thais Paiva

Jornalista

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tock

Para ocupar posições cobiçadas, profissional

precisa conhecer a fundo a dinâmica dos mercados

tendências e oportUnidades

Page 31: OMU_80
Page 32: OMU_80

sUprimentos

Etapa fundamental da cadeia produtiva de uma empresa, distribuição eficiente pode contribuir para redução de desperdícios e

ganho de produtividade

distribuidoro elo entre o Fabricante e seu cliente

O Mundo da Usinagem�2

Page 33: OMU_80

e encarregados do estoque – atuam

como intermediários entre o fabri-

cante e o cliente final e, por esse

motivo, a área de distribuição de

uma empresa é fundamental para

que o cliente seja atendido com

rapidez e eficiência.

Presença técnica no chão de fábrica

Quando o produto a ser comer-

cializado está relacionado a proces-

sos complexos, como é o caso da

usinagem, José edson bernini, ge-

rente nacional de Vendas da sandvik coromant, explica que a distribuição

vai além do “comprar e vender”. “O

distribuidor deve ter uma bagagem

técnica para conseguir indicar a

melhor solução e fazer sugestões de

melhorias no processo produtivo da

empresa-cliente”, acredita.

José Roberto Ferretti, diretor da

Comércio de Ferramentas e Asses-

soria Técnica (cofast) – distribuidor

Sandvik Coromant – explica que a

rotina de um distribuidor técnico

está diretamente ligada ao chão de

fábrica de seus clientes. “Prestamos

assessoria técnica a todas as empre-

sas, e isso inclui visitas periódicas

para acompanhar o desempenho da

ferramenta na máquina”, detalha.

Um time vencedor é aquele

que trabalha de forma co-

ordenada, estabelecendo

uma conexão perfeita entre defesa

e ataque. Porém, muitas vezes os

responsáveis pelo sucesso da equi-

pe são os atletas que têm a função

de conectar esses dois setores,

arquitetando a jogada no meio de

campo para que a equipe alcance

melhores resultados.

Essa premissa também é válida

para o processo produtivo de uma

empresa. Para que o produto final

seja fabricado com as característi-

cas e os prazos pré-estabelecidos,

é preciso escalar o meio de campo

de forma estratégica: neste caso, os

distribuidores. Esses profissionais

atuam como intermediários entre o

fabricante e o cliente final e têm como

responsabilidade comercializar, pres-

tar assessoria e entregar o produto

ou o serviço ao consumidor.

Todos os colaboradores envol-

vidos – vendedores, assistentes

técnicos, motoristas, entregadores

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Foco na redução de desperdícios: distribuição física deve ser estruturada levando em consideração tempo de entrega, localização do estoque e transferência dos bens produzidos

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O Mundo da Usinagem ��

Page 34: OMU_80

sUprimentos

“No caso de ferramentas para

usinagem, é também função do dis-

tribuidor técnico avaliar juntamente

ao operador se é preciso alterar os

parâmetros de corte em determinado

processo”, completa Ferreti.

Esse contato com o cliente

pode ser estabelecido por meio

de distribuição própria ou ter-

ceirizada. De acordo com Olavo tapajós, doutor em Engenharia

de Transporte com foco em Logís-

tica pela Universidade Federal do

Rio de Janeiro (UFRJ) e professor

do Centro Universitário de Ensino

Superior do Amazonas (ciesA), a

distribuição própria permite que o

fabricante tenha maior autonomia

no processo. Entretanto, o pro-

fessor observa que a tendência é

pela terceirização.

Isso ocorre em consequência de

a distribuição própria elevar os custos

do fabricante nesta atividade. Por

isso, muitos fornecedores optam por

desenvolver parceiros estratégicos.

Bernini, da Sandvik Coromant,

complementa apontando que a dis-

tribuição terceirizada contribui para

o melhor atendimento aos clientes,

já que assim é possível disponibi-

lizar estoque, assistência técnica e

corpo de vendas mais próximo às

empresas. “Em muitos casos, os

fabricantes não conseguem chegar

a todos os pontos onde haja, por

exemplo, uma pequena indústria

necessitada de ferramentas e algum

suporte técnico”, explica Bernini.

“Por este motivo, é preciso dispor

de distribuidores estrategicamente

localizados pelo País a fim de prestar

um serviço superior a um leque maior

de empresas”, enfatiza.

De qualquer forma, independen-

temente da forma de distribuição,

Bernini alerta que a eficácia dessa

relação depende do acompanha-

mento dado pelo fabricante: “Desta

forma, é possível ter a certeza de

que o cliente não está recebendo

apenas produtos, mas também o pa-

cote de serviços agregado àquelas

soluções”. (Confira mais informa-

ções sobre serviços agregados no

conteúdo online desta edição)

Treinar para padronizarAlessandro coppo, gerente

de Supply Chain da Festo – fabri-

cante de tecnologias de automação

– defende a padronização dos ser-

viços como forma de oferecer um

atendimento completo a todos os

clientes, não importando o porte e

localização da empresa.

Segundo Coppo, esta padroni-

zação pode ser feita principalmente

por meio de cursos e treinamentos

Quando a distribuição está relacionada a processos complexos, distribuidor deve ter bagagem técnica para indicar melhor solução

Shut

ters

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José Roberto Ferretti, da Cofast: “ No caso de ferramentas para

usinagem, é também função do distribuidor

técnico avaliar se é preciso alterar os padrões de corte em determinado processo”

O Mundo da Usinagem��

Page 35: OMU_80

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Page 36: OMU_80

sUprimentos

oferecidos aos distribuidores (forne-

cedores). “É fundamental que este

profissional identifique as necessida-

des de seu cliente durante uma visita

e ofereça soluções de acordo com

suas expectativas”, acredita.

Bernini, da Sandvik Coromant,

relata que é durante os treinamentos

que os distribuidores conhecem os

detalhes de cada produto e verificam

quais benefícios podem oferecer aos

clientes. (Para saber mais sobre os

treinamentos e cursos da Sandvik

Coromant, acesse o conteúdo online

desta edição)

Tapajós, do CIESA, classifica

essas informações fornecidas du-

rante os treinamentos como um

serviço agregado e um diferencial

competitivo tão importante quanto a

contratação de um profissional qua-

Tipos de distribuição físicaconfira abaixo os três principais tipos de distribuição física apontados por

olavo tapajós, doutor em engenharia de transporte com foco em logística pela universidade federal do rio de Janeiro (ufrJ) e professor do centro universitário de ensino Superior do amazonas (cIeSa): intensiva – produtos do fabricante são estocados no maior número

possível de pontos de vendas Seletiva – um grupo pré-selecionado de intermediários comercializam os

produtos do fabricante em regiões estratégicas exclusiva – um único distribuidor tem o direito de comercializar os

produtos da empresa em uma região específica

lificado. “Uma informação acessível e

adequada ao profissional que presta

atendimento às empresas contribui

de forma decisiva para a otimização

de resultados, tanto para o fabricante

quanto para o cliente”, pontua.

Conexão para longas distâncias

Dentre as etapas que compõem a

distribuição, está a logística, dedica-

da, entre outras atividades, à entrega

dos produtos. Nesta fase, os distri-TX611 C-4_202x133.pdf 1 2/5/2011 15:21:22

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sUprimentos

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buidores têm como foco principal

reduzir o custo das intermediações

deste tipo de operação. Por este mo-

tivo, Tapajós, do CIESA, explica que

quando o fabricante decide estruturar

uma rede ou reavaliar a estrutura que

já possui, deve-se levar em conside-

ração três fatores básicos:

O tempo necessário para dispo-

nibilizar o produto ou o serviço ao

mercado consumidor; a localização do estoque, que deve estar próximo

ao cliente, e a transferência do pro-

duto ou serviço. Para que benefícios

como a redução de tempo e custo

sejam alcançados, o fabricante deve

implantar o tipo de distribuição mais

adequado à realidade de sua empre-

sa (saiba mais detalhes no quadro

‘Tipos de distribuição física’).

Atendimento sustentável

Durante a distribuição física, espe-

cificamente nas etapas de transporte

e armazenamento é fundamental que

o distribuidor preste serviços que

atendam a quatro requisitos: intangi-bilidade (agregar valor por meio de

serviços eficientes ao produto comer-

cializado), perecibilidade (garantir

a validade e a conservação do bem),

não variabilidade (cumprir sempre o

que foi prometido no contrato) e inse-parabilidade (possibilidade de reunir

e entregar todo o conjunto de diferen-

tes produtos com todos os atributos

prometidos na oferta, não importando

a região). De acordo com o professor

Tapajós, operações logísticas bem-su-

cedidas aplicadas à distribuição geram

economia e eficiência para todos os

agentes do processo.

Estar ao lado do cliente durante

o atendimento, a compra, a assis-

tência técnica e a entrega é uma

das características de distribuidores

bem-sucedidos em sua função.

Alinhando essa maior proximidade

aos objetivos comerciais e insti-

tucionais do fabricante, a relação

produtor—distribuidor—cliente será

mais vantajosa e rentável para toda

a cadeia produtiva.

Jenifer Carpani

Jornalista

Excelência reconhecidaNo dia 24 de março o distribuidor comércio de ferramentas e assessoria

técnica (cofast), que comercializa soluções Sandvik coromant, recebeu o prêmio top Supplier da festo – fabricante de tecnologia de automação – na categoria de fornecedor não produtivo. a cerimônia, que além da categoria “não produtivo” também premiou empresas nas categorias “produtivo” e “customer solution didatic”, aconteceu no auditório da festo, em São paulo.

Segundo alessandro Coppo, gerente de Supply chain da festo, o prêmio reconhece a excelência no fornecimento de produtos à empresa. “fizemos uma avaliação dos últimos dois anos e levamos em consideração os critérios de qualidade, pontualidade na entrega, preço, atitude e tecnologia”, explica. “a cofast obteve uma boa combinação desses cinco fatores”, conclui.

Sediada em Santo andré (Sp), a cofast distribui produtos e presta serviços na área da usinagem para os clientes da região do abcD paulista. José roberto ferretti, diretor da empresa, acredita que o que levou a cofast a receber o prêmio foram a experiência e o conhecimento técnico da equipe aliados ao acompanhamento da aplicação das ferramentas de corte na produção. trabalhando em sintonia com os interesses da festo, o processo resultou em maior produtividade e economia para o chão de fábrica, contribuindo assim para elevar o nível de competitividade do cliente.

Olavo Tapajós, do CIESA: “Informações fornecidas

em treinamentos são um diferencial competitivo”

O Mundo da Usinagem��

Page 39: OMU_80
Page 40: OMU_80

fern

ando

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oret

to

nossa parcela de responsabilidade

atitude positiva é diFerencial

competitivo

Há rumores de instabilidade

financeira no mercado. Estes

indícios abalam a economia

global, fazendo com que a insegu-

rança passe a permear as organi-

zações, paralisando investimentos

e postergando decisões. Surge

novamente o medo da recessão.

Este cenário afeta todas as

organizações, desde as grandes

indústrias até os pequenos comér-

cios. As famílias também sofrem com

esta situação, já que o temor do

desemprego e da falta de recursos

tira o sono de muitas pessoas. Nesse

sentido, certos questionamentos

acabam sendo inevitáveis: Estamos

preparados para enfrentar outra

crise? O que fazer neste momento?

Será que aprendemos alguma lição

com a recente crise de 2008?

Mas, é difícil encontrar respostas.

E, a despeito das afirmações de

nossos governantes – que garantem

que o nosso País está preparado

para outra possível crise na eco-

nomia global –, sabemos que a de-

pendência internacional por certo irá

impactar as nossas organizações.

E nossa responsabilidade conti-

nua sendo buscar maior eficiência na

utilização dos recursos. Temos que

conseguir fazer o máximo com o míni-

mo possível, seja reduzindo os custos

diretos de nossos processos, ou au-

mentando a nossa produtividade.

É por isso que neste momento se

torna muito importante a visão ho-

lística de nossos processos. Precisa-

mos nos questionar a cada momento

se estamos investindo nos projetos

certos, contratando os profissionais

adequados, ou usando as melhores

alternativas para nossas operações.

Enfim, precisamos ter a certeza de

que estamos buscando aquilo de

que realmente precisamos. Temos

que pensar estrategicamente sem,

contudo, perder o foco nos detalhes,

pois em um tempo de escassez de

negócios são os pequenos detalhes

que fazem a diferença para que uma

empresa alcance o sucesso.

Entretanto, é preciso ter consciên-

cia de que fazer o nosso melhor pos-

sível nem sempre será a realização

de algo inusitado e magnífico. Muitas

vezes, será um pequeno gesto, a

intensidade ou simplesmente a forma

com que nos propomos a fazer algo

que fará a diferença. A atenção, o

foco, a dedicação e a alegria com que

nos dispomos a realizar uma tarefa

nos farão diferentes, nos destacando

junto aos nossos clientes, sejam eles

externos ou internos.

Outro ponto muito importante

em um momento como este é man-

termos o otimismo e a motivação

para não perdermos a qualidade

de nosso trabalho. O desenvolvi-

mento pessoal se torna ainda mais

relevante e, independentemente do

desânimo e da preocupação, temos

que nos manter atualizados e expan-

dir nossos horizontes culturais e de

conhecimentos técnicos.

Rever as experiências bem-suce-

didas em nossa vida e adaptá-las às

nossas necessidades atuais, buscar

casos de sucesso em outras orga-

nizações e estarmos abertos às ne-

cessidades de mudar quando preciso

nos deixarão melhor preparados para

as adversidades. Pense nisso!

Fernando Garcia de Oliveira

gerente de Marketing e treinamento sandvik

coromant do brasil

O Mundo da Usinagem�0

Page 41: OMU_80
Page 42: OMU_80

aNuNcIaNteS NeSta eDIçãoo mundo da Usinagem 80

agie-charmilles . . . . . . . . . . . . . . . . .27

blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

bucci . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

cosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3ª capa

deb´maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25

dynamach . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

ergomat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17

eroma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28

grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39

haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

heller . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41

intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29

Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36

mack brook . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35

mg indústria . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14

mitsui motion . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

mitutoyo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37

okuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23

romi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5

rudloff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

sandvik . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4ª capa

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