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REVISTA O MUNDO DA USINAGEM 80TRANSCRIPT
Publicação da Sandvik coromant do braSil iSSn 1518-6091 rg bn 217-147
logística reversaGestão de resíduos deveser compartilhada
SiStemaS de fixação
80
Soluções e alternativas para a máxima produtividade
escassez de mão de obraEngenheiros formados não suprem vagas do mercado nacional
Gabr
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para começar...
A modernidade facilita tanto a vida das populações, principalmente nas grandes cidades, que, por
certo, ninguém precisará caminhar mais do que algumas quadras para encontrar nas bancas de um
supermercado algum tipo de fruta que deseje degustar. É possível que muitos adolescentes nem
saibam se maçãs nascem em pencas ou grudadas no tronco das árvores.
Talvez, para eles, isso não tenha a menor importância, desde que a linha da internet não caia, mas,
na certa, esse comportamento diminui a percepção sobre a relevância da natureza no sustento do
homem. No entanto, para aqueles cuja alma cheira a relva molhada, apanhar uma fruta madura no
respectivo pé, mais que um gosto, é um retorno à inocência.
O Mundo da Usinagem �
índice80edição 08/ 2011
03 para começar...
04 ÍNDIce / expeDIeNte
06 machINe INveStmeNtS: fIxação Da ferrameNta coNfere precISão e SeGuraNça à uSINaGem
12 De olho No mercaDo I: polÍtIca NacIoNal De reSÍDuoS SólIDoS partIlha reSpoNSabIlIDaDe pela GeStão Do lIxo
22 teNDêNcIaS e oportuNIDaDeS: oferta De vaGaS é maIor que o Número De eNGeNheIroS formaDoS
32 SuprImeNtoS: DIStrIbuIDor coNtrIbuI para a melhorIa De reSultaDoS DoS fabrIcaNteS e De SeuS clIeNteS
40 NoSSa parcela De reSpoNSabIlIDaDe
42 aNuNcIaNteS / DIStrIbuIDoreS / fale com eleS
Publicação da Sandvik Coromant do BrasilISSN 1518-6091 RG. BN 217-147
eXpediente o mUndo da Usinagem é uma publicação da Sandvik coromant do brasil,
com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 15.000 leitores qualificados. av. das Nações unidas, 21.732 - Sto. amaro - cep 04795-914 - São paulo - Sp.
conselho editorial: aldeci Santos, ancelmo Diniz, aryoldo machado, edson truszco, edson bernini, eduardo Debone, fernando de oliveira, francisco marcondes, heloisa Giraldes,
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coordenação editorial, redação, edição de arte, produção gráfica e revisão: equipe house press propaganda (Décio colasanti, Sula Zaleski, ana carbonieri e ronaldo monfredo).
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Agilidade é um conceito in-
dispensável em um chão de
fábrica, já que cada segundo a
menos tem influência direta no aumen-
to da produtividade. Desenvolvidas
para atender ao constante crescimen-
to da produção industrial, atualmente
as máquinas-ferramenta estão cada
vez mais velozes, atingindo tempos
de cavaco a cavaco que chegam a 3
segundos e permitindo que as trocas
do ferramental sejam realizadas em
apenas 0,6 segundo.
Como consequência desta usina-
gem em alta velocidade, os eixos de
rotação (spindles) alcançam números
cada vez mais elevados. Este fator
acentua ainda mais a necessidade
de a ferramenta de corte estar firme-
mente presa à máquina, pois somen-
te com esta condição assegurada é
possível garantir rigidez, segurança
machine investments
Escolher o sistema de fixação mais adequado à operação de usinagem pode
garantir a transmissão de propriedades mecânicas importantes para a
ferramenta, contribuindo para a qualidade final do produto
Ferramenta rígida,
usinagem estável
e precisão ao processo de usinagem
mesmo após várias trocas.
Diante disso, a utilização de um
conjunto de mecanismos que atua
como interface entre o fuso da máqui-
na e a ferramenta de corte é decisiva
para a obtenção de bons resultados.
Além de proporcionar a troca rápida
das ferramentas, estes sistemas
devem transmitir propriedades im-
portantes, como a concentricidade
entre o eixo de rotação do fuso da
máquina e da ferramenta de corte, a
boa transmissão de torque, a precisão
do batimento radial (run out), o balan-
ceamento e a força de fixação (que
deve ser elevada).
Escolha decisivaPara fazer a escolha adequada
dos dispositivos que irão equipar a
máquina-ferramenta, é preciso conhe-
cer os diferentes tipos de sistemas
de fixação disponíveis no mercado.
Isto porque cada um deles costuma
ser mais indicado para um tipo de
operação, velocidade de corte ou
nível de precisão, sendo a experiência
do processista muito importante no
momento da escolha.
“Primeiramente, deve-se obser-
var o tipo de operação de usinagem
que será realizada e a capacidade
da máquina”, aconselha Francisco cavichiolli, especialista em sistemas
de ferramentas e fresamento da
Sandvik Coromant. “Depois, é preciso
levar em consideração as qualidades
exigidas pela peça, como tolerâncias,
Sistema corogrip
O Mundo da Usinagem�
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incorporado, sendo que quanto maior
as proporções do equipamento, maior
a dimensão das hastes cônicas.
Para centros de usinagem, os
tipos de cones mais utilizados são o
MAS-BT 403 (norma japonesa JMTBA
MAS.4O3 BT), o DIN 69871 (norma
publicada pelo Instituto Alemão para
Normatização), o HSK (Hohl Shaft
Kegel, em português haste cônica
oca) e os cones ISO nos tamanhos
30, 40 e 50 (normas publicadas
pela International Organization for
Standardization).
“Os cones ISO n°30 e n°40
são mais indicados para compor
máquinas menores com um maior
número de rotações por minuto, que
não exijam tanta força de fixação”,
explica Paulo Videira, especialista
em usinagem da Sandvik Coromant.
“Já o cone ISO n°50 é ideal para
máquinas maiores que operam com
ferramentas de grande porte”, acres-
centa. Por sua vez, os cones HSK
costumam ser bastante utilizados em
grau de acabamento e geometria do
componente”, continua.
De maneira geral, estes me-
canismos de interface podem ser
divididos em três diferentes partes:
cone (1), flange (2) e mecanismo
para prender a ferramenta (3) (veja
figura ao lado).
Na interface com o fuso
Diretamente acoplado ao fuso
da máquina-ferramenta está o cone,
elemento que permite a troca auto-
mática de ferramentas. Este compo-
nente deve ser escolhido conforme a
capacidade da máquina à qual será
Interface entre fuso e ferramenta
O Mundo da Usinagem �
máquinas de alta velocidade de corte,
com rotações acima de 25.000 rpm
(rotações por minuto).
Outra parte importante é o flange,
por onde o mecanismo é preso à
máquina-ferramenta. Em equipa-
mentos mais antigos, também havia
a possibilidade de o flange ser dire-
tamente preso ao fuso da máquina,
dispensando a existência do cone.
Entretanto, esta prática não é muito
aconselhada já que impede a troca
automática de ferramentas, deman-
dando a parada de máquina toda vez
que houver esta necessidade.
Aceitação no mercadoNa outra extremidade do meca-
nismo temos a parte onde é fixada
a ferramenta de corte, que pode ser
composta por diferentes tipos de sis-
temas de fixação que se diferenciam
principalmente quanto à forma de
prender a ferramenta.
Entre os mais utilizados no mer-
cado está o sistema porta-pinça ER
ou mandril DIN 6499 e DIN 6388.
Nele, a haste da ferramenta é fixada
mediante o aperto da porca que
fica ao redor do mandril, bastando
machine investments
parte de sua linha de produtos para
fixação de ferramentas os mandris
hidráulicos Hydro-Grip, que podem ser
adquiridos em diversos modelos.
Garantindo a transmissão de torque
Por sua vez, na fixação por contra-
ção térmica (shrink fit) um madril ope-
ra em conjunto com um aquecedor
especial. Na temperatura ambiente,
o furo onde a ferramenta é montada
é ligeiramente menor que sua haste.
Com o aquecimento (em torno de
370ºC), o furo do mandril dilata per-
mitindo a inserção da ferramenta e,
quando o mandril esfria novamente,
o furo se contrai, fixando-a.
Assim como o sistema hidráu-
lico, este dispositivo apresenta
alta transmissão de torque, baixo
run out e rigidez elevada; sendo
também ideal para operações de
afrouxá-la para soltar novamente a
ferramenta.
“A ampla utilização deste sis-
tema está ligada ao baixo custo e
flexibilidade em fixar diferentes diâ-
metros de hastes de ferramentas”,
explica Cavichiolli. O sistema por-
ta-pinça é indicado para hastes de
fresas de topo de HSS (aço rápido)
e de metal duro, e para operações
de furação e fresamento.
No entanto, este mecanismo de
fixação não é muito aconselhado para
peças que exijam alta precisão. “Para
obter um grau de precisão maior, é
indicado utilizar o sistema de fixação
por mandril hidráulico ou por contra-
ção térmica”, aconselha Videira.
Precisão na medida certa
O mandril hidráulico é dotado de
uma câmara interna que pode ser
preenchida com óleo hidráulico ou
graxa especial. Assim, quando o pa-
rafuso presente no corpo do mandril é
apertado, um pequeno pistão interno
é movimentado dando pressão ao
óleo, o que resulta na contração da
parede interna do mandril que acaba
por fixar a ferramenta.
Indicado para operações de
furação com brocas de metal
duro, para fresamentos de
acabamento com fresas de
metal duro e operações de
alargamento, este sistema apre-
senta como principais vantagens a
alta transmissão de torque, o baixo
run out, além de não necessitar de
equipamentos auxiliares para fixar ou
soltar as ferramentas, o que reduz o
investimento inicial.
A Sandvik Coromant oferece como
Sistema corogrip garante uma fixação segura para todos os
tipos de aplicação
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Porta-pinça Er é indicado para
centros de usinagem
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considerado um sistema universal, coromant capto pode
ser utilizado em qualquer tipo de máquina-ferramenta
desbaste. O sistema por contração
térmica costuma ser barato, mas a
necessidade do aquecedor acarreta
um custo inicial elevado.
Desenvolvido pela Sandvik, o corogrip é um mandril de fixação
por contração. Porém, neste caso, a
contração se dá por um dispositivo
mecânico existente dentro do corpo
do mandril, que é movimentado por
meio de pressão hidráulica exercida
pelo óleo. Por isso, esse mandril é
classificado como de fixação hidro-
mecânica. “O CoroGrip é utilizado em
operações de fresamento, nas quais
se requer forças de fixação bastante
elevadas, e em furações, onde se
exige uma transmissão de torque
bastante alta”, conta Videira.
Por fim, temos o sistema
de fixação por mandris
Weldon e Whistle Notch.
Nestes casos, um parafuso
fica em contato com a fer-
ramenta, o que a mantém
no seu lugar. Para que este siste-
ma possa ser aplicado, é necessário
que a ferramenta apresente uma
área plana na haste.
Segundo Cavichiolli, estes siste-
mas proporcionam alta transmissão
de torque. “O sistema Weldon
é eficiente para operações de
desbaste e fresamento”, conta.
“Já o Whistle Notch é utilizado
basicamente para furações, pois
muitas brocas possuem este padrão
de haste”, explica.
Produção flexívelComo podem ocorrer inúmeras
trocas de ferramentas durante o pro-
cesso de fabricação de uma peça, os
sistemas de fixação precisam ser fle-
xíveis para que exista a possibilidade
de acoplar uma mesma ferramenta em
diferentes máquinas.
“Caso a máquina que o operador
estiver utilizando quebre, a padroniza-
ção permite que o mesmo ferramental
seja montado em uma máquina al-
ternativa”, exemplifica Videira. “Isso
impede que a produção pare, evitando
possíveis prejuízos”, explica.
Adicionalmente, a padronização
reduz o número de itens para fixação
armazenados no estoque, o que gera
um custo—benefício ainda maior.
Pensando nisso, a Sandvik
Coromant desenvolveu o Coromant
Capto, um mecanismo na forma de
um polígono cônico trilateral dotado
de um encosto de
machine investments
face que funciona como conector
entre a máquina e a ferramenta. “O
Coromant Capto pode ser utilizado
em qualquer tipo de máquina, pois é
considerado um sistema universal”,
conta Cavichiolli.
Ainda segundo o especialista,
este sistema pode ser aplicado em
operações de desbaste pesado, até
o acabamento preciso de uma peça.
“O Coromant Capto oferece alta pre-
cisão, capacidade de transmissão de
torque e rigidez”, relata. “Além disso,
é o único sistema de fixação no mer-
cado eficaz tanto para ferramentas
rotativas como para ferramentas
estáticas, normalmente utilizadas
em operações de torneamento”,
finaliza o especialista.
Thais Paiva
Jornalista
mandril Whistle Notch, indicado para operações de furação
mandril Weldon
é ideal para operações de
desbaste e fresamento
Veja mais informações em:www.omundodausinagem.com.br
Veja mais informações em:
O Mundo da Usinagem10
Padronização do ferramental para fixação de ferramentas reduz o número de itens no estoque o que agrega custo—benefício ao processo produtivo
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Acada ano a produção de lixo
cresce exponencialmente
no País, em decorrência
do desenvolvimento econômico e
também dos elevados índices de
consumo da população. Somente em
2010 no território nacional foram
produzidas 60,8 milhões de tone-
Sólidos no Brasil, publicado pela
Associação Brasileira de Empresas
de Limpeza Pública e Resíduos Es-
peciais (Abrelpe).
Diante deste cenário, surge o
questionamento: o que fazer com
tanto lixo? Algumas respostas para
esta questão constam nos termos
ladas de resíduos sólidos – o que
corresponde a uma produção diária
de 195 mil toneladas de detritos.
Deste total excretado ao longo do
ano, 42,4% foram destinados a lo-
cais impróprios como lixões, aterros
irregulares, rios e córregos. É o que
aponta o Panorama dos Resíduos
de olho no mercado i
Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cresce o debate sobre a logística reversa, que responsabiliza empresas e sociedade pelo
descarte sustentável dos produtos
gestão do lixo é responsabilidade de todoscaminho de volta
O Mundo da Usinagem12
venda, que diz respeito aos produtos
que retornam antes do consumo, tanto
por existência de falhas quanto por
não terem sido vendidos; e a logística
reversa de pós-consumo, que inclui
os produtos que foram consumidos,
chegaram ao final de sua vida útil e
devem ser descartados.
Além de contribuir para a re-
dução dos impactos ambientais,
a logística reversa também pode
beneficiar a imagem corporativa
das empresas e promover a geração
de novas fontes de lucro. Segundo
o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (ipea), o Brasil perde
anualmente R$ 8 bilhões ao enterrar
materiais recicláveis que poderiam
ser reaproveitados pela indústria.
Entre os entraves existentes para
a destinação correta destes resíduos,
wanderley baptista, analista de
políticas industriais da Confederação
Nacional da Indústria (cni), destaca
os altos custos do transporte de resíduos. “O ideal seria que os
governos concedessem isenção de
imposto a este tipo de transporte”,
analisa. “Por este motivo, já está
sendo discutida uma regulamenta-
Em 2010, projeto reciclagem da Sandvik coromant recolheu aproximadamente 25 toneladas de pastilhas e ferramentas
leite, presidente do Conselho de
Logística Reversa Brasileira (clRb). O
documento prevê também a extinção
dos lixões até 2014 e o incentivo ao
serviço prestado pelas cooperativas
de catadores de material reciclável.
Outra determinação relevante é a
logística reversa, que responsabiliza
fabricantes, importadores, distribuido-
res e comerciantes pelo recolhimento
e destinação correta de seus produ-
tos. De acordo com Paulo Leite, essa
prática pode ser dividida em duas
esferas: a logística reversa de pós-
da Política nacional de Resíduos sólidos (PnRs), regulamentada
em dezembro de 2010 após tra-
mitar por mais de vinte anos no
Congresso Nacional.
Composta por 58 artigos, a PNRS
estabelece a responsabilidade compartilhada pela gestão dos resíduos sólidos, envolvendo so-
ciedade, empresas, prefeituras e
governos estaduais e federal. “Essa
legislação tem a característica de
chamar à ação todos os elos da cadeia
produtiva”, destaca Paulo Roberto
Entre as medidas ecológicas empreendidas pela cSn está a reutilizaçãode resíduos ferrosos como matéria-prima
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brasil perde anualmente r$ 8 bilhões ao enterrar materiais que poderiam ser reaproveitados. na foto, depósito da Supply Service
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de olho no mercado i
ção comum a todos os estados que
efetive esta desoneração”.
Sobre a melhor aplicação da
logística reversa, Baptista destaca a
necessidade de diferenciação das estratégias elaboradas para cada
produto. “A destinação e o tratamento
de alguns materiais exigem uma políti-
ca de incentivo muito forte, enquanto
outros podem ser beneficiados com
pequenas medidas”.
Resíduos industriaisMetais pesados, resíduos fer-
rosos, fluidos de corte, névoas e
vapores, cavacos, borras, solventes
e óleo lubrificante estão entre os
principais resíduos produzidos pelas
indústrias metalmecânica e side-
rúrgica. No entanto, com exceção
do óleo – cujo descarte será regu-
lamentado nesta primeira fase da
implementação da logística reversa
–, a PNRS ainda não aborda dire-
tamente o descarte destes outros
materiais. Antecipando-se a futuras
regulamentações, porém, algumas
indústrias do setor já desenvolveram
e têm colocado em prática planos de
descarte sustentável.
É o caso da Companhia Siderúr-
gica Nacional (csn), que está entre
os maiores complexos siderúrgicos
integrados do mundo. Seu primeiro
plano de gestão ambiental data de
1993, mesmo ano em que foi priva-
tizada. Após esta primeira iniciativa,
que envolveu os setores de Supri-
mentos, Meio Ambiente e Vendas,
a empresa passou a adotar muitas
outras ações sustentáveis. Um marco
neste sentido foi a assinatura do Ter-
mo de Compromisso em janeiro do
ano 2000, no qual se comprometeu
a realizar 130 obras para melhorar
o desempenho ambiental de suas
operações industriais.
De acordo com o artigo acadêmi-
co Logística Reversa: Oportunidades
para Redução de Custos em Decor-
rência da Evolução do Fator Ecológi-
co – escrito por sérgio ulisses lage da Fonseca e sueli Ferreira de souza em 2008, durante o curso de
pós-graduação em Gestão Estratégica
da Logística da Universidade Gua-
A logística reversa pode beneficiar a imagem
corporativa das empresas e promover a geração de
novas fontes de lucro
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de olho no mercado i
rulhos (ung) –, entre as medidas
ecológicas empreendidas pela CSN
estão o reaproveitamento dos gases
gerados durante o processo industrial
como combustível para termelétrica
e a reutilização de resíduos ferrosos
como matéria-prima.
A companhia também reaproveita
as escórias de alto forno e de aciaria,
que são convertidas em brita, areia e
clínquer siderúrgicos. Produtos carbo-
químicos (como óleos, solventes e pi-
che), sucatas ferrosas e não ferrosas,
plásticos, papéis, papelões, madeiras
e cal são outros exemplos de resíduos
aos quais a CSN oferece destinação
correta. Os benefícios deste trabalho
vão além do campo ambiental, já que
o reaproveitamento de materiais rende
à empresa uma economia de mais de
R$ 150 milhões por ano.
Destino sustentávelA sandvik coromant também
está preocupada com a destinação
correta de suas ferramentas de corte
e pastilhas, especialmente na fase
pós-consumo. Por meio do projeto
Reciclagem, a empresa compra as
pastilhas e as ferramentas inteiriças
de metal duro de seus clientes ao final
da vida útil. “Esse projeto começou
em 1996, mas ganhou mais força há
cinco anos”, relata Ricardo chagas, líder local do projeto Reciclagem e
supervisor de Atendimento ao Cliente
da Sandvik Coromant.
O processo pode ser iniciado pelo
cliente, que solicita uma oferta para a
compra de suas pastilhas usadas, ou
pela própria Sandvik Coromant e seus
distribuidores autorizados, que fazem
a oferta às empresas. Após avaliar o
Da teoria à práticapara elaborar e planejar as ações de gerenciamento dos materiais descar-
tados previstas na política Nacional de resíduos Sólidos, foram criados dois grupos: o comitê Interministerial da política Nacional de resíduos Sólidos e o comitê orientador para a Implantação dos Sistemas de logística reversa.
composto por representantes de doze ministérios, entre eles a casa civil e a Secretaria de relações Institucionais da presidência da república, o comitê Interministerial é responsável pela aprovação do calendário de ações e pela formulação de estratégias que promovam a criação e a utilização de tecnolo-gias limpas para a gestão dos resíduos sólidos.
Já o comitê orientador, presidido por Izabella teixeira, ministra do meio ambiente, deverá avaliar o andamento das políticas propostas e analisar a viabilidade técnica e econômica da logística reversa. este grupo conta com a participação de quatro outros ministros, assim como de assessores de cada um dos ministérios envolvidos.
Wanderley baptista, analista de políticas industriais da confederação Na-cional da Indústria (cNI), explica que a pNrS prevê três formas de se imple-mentar a logística reversa: por meio de acordos setoriais; de decretos; e de termos de compromisso, que complementam os dois primeiros itens.
os acordos setoriais são contratos firmados entre o poder público e os fa-bricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes. eles têm por objetivo estabelecer a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto e podem ser iniciados tanto pelo poder público quanto pelas empresas.
regulamentos expedidos pelo poder público, os decretos podem ser instituídos de forma direta. porém, devem passar por uma análise prévia do comitê orientador. Já os termos de compromisso vinculam as partes que os assinam à implementação da logística reversa.
transporte do material coletado é feito pela Supply Service e, para isso, a empresa conta com veículos de vários tamanhos
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eira
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de olho no mercado i
material, a Sandvik Coromant faz uma
oferta e, caso o cliente aceite, enca-
minha a ele embalagens adequadas
para colocar a mercadoria e custeia
o seu transporte.
O material coletado é exportado
para a Índia, onde a Sandvik Coromant
possui uma planta na cidade de
Chiplun especialmente dedicada à
reciclagem de metal duro. “Em todos
os países nos quais a Sandvik atua, o
material recolhido passa pelo mesmo
processo”, explica Chagas. “Trata-se
de um conceito global da empresa”.
Nas instalações do país asiático, o
material passa então por um processo
químico, transformando-se em pó de
metal duro.
O pó obtido é utilizado como
matéria-prima para a produção de
novos produtos que serão usados em
diversos setores da indústria.
De acordo com Chagas, em
2010 este projeto da Sandvik
Coromant recolheu aproximada-
mente 25 toneladas de material,
minimizando a geração de resíduos
que causam danos ambientais e
contribuindo para a redução da
extração de minérios.
Resíduos oleososAo lado de eletroeletrônicos, lâm-
padas de vapores mercuriais, sódio e
mista, medicamentos e embalagens
em geral, o óleo lubrificante e suas
embalagens também terão regras defi-
nidas para o seu descarte na primeira
fase de implantação da logística rever-
sa prevista pela PNRS. O óleo mineral
não é biodegradável e seu descarte
incorreto pode originar diversos pro-
blemas ambientais. A poluição gerada
pelo descarte de uma tonelada por dia
de óleo usado no solo ou em cursos
de água equivale ao esgoto doméstico
de 40 mil habitantes.
No entanto, além desta nova nor-
matização, o descarte correto de óleo
lubrificante já havia sido determinado
por outras leis, como a Resolução do
Conselho Nacional de Meio Ambiente
(CONAMA) número 362, de 2005.
“Todo óleo usado ou contaminado
deverá ser recolhido, coletado e ter
destinação final, de modo que não
afete negativamente o meio ambiente
e propicie a máxima recuperação dos
constituintes nele contidos, na forma
prevista nesta Resolução”, estabelece
o artigo primeiro do documento.
Antes mesmo destas normatiza-
ções serem publicadas, algumas em-
presas já prestavam serviços para o
descarte correto de óleo. Um exemplo
é a Supply Service, que realiza a cole-
ta e o tratamento de resíduos oleosos
há 19 anos. “Quando começamos
este trabalho, nós é que procuráva-
mos as empresas para oferecer este
tratamento”, lembra david siqueira de Andrade, diretor-presidente da
Supply Service.
Oferecidos ao segmento industrial,
os serviços prestados pela Supply
Service incluem o tratamento de
sólidos contaminados com óleos e operador da Supply Service, adilson de camargo garcia filtra o óleo lubrificante já reciclado, pronto para a etapa de envase
mar
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eira
analista química natália Souza, da Supply Service, realiza procedimento para identificar metais no fluido que seguirá para destinação final
mar
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eira
O Mundo da Usinagem1�
de olho no mercado i
de emulsões aquosas de óleo solúvel
(utilizadas em grande escala em pro-
cessos de usinagem), a reciclagem
dos lubrificantes industriais e o des-
carte de todo o resíduo oleoso.
Segundo Siqueira, as emulsões
oleosas semissintéticas passam por
um processo de decomposição, em
que são separados o óleo mineral,
a água e os resíduos sólidos. “Os
metais são enviados para queima
em fornos de cimenteira por meio
de um processo chamado de copro-
cessamento”, explica o profissional.
“E depois de serem queimados em
um forno, são utilizados na fabrica-
ção de cimento”, acrescenta. Já o
óleo é reciclado e retorna ao mer-
cado como óleo mineral; e a água
é devidamente tratada, até atender
as especificações exigidas por lei,
sendo posteriormente enviada em
caminhões-tanque para a SABESP.
Siqueira relata que, após os
clientes contratarem os serviços
da Supply Service, é redigida uma
carta de anuência, que comprova
a aptidão da empresa a receber os
materiais. Este documento deve ser
então encaminhado à Companhia
Com unidades em funcionamento nos
estados de São Paulo, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e Paraná, além de
uma em construção no Rio de Janeiro,
a empresa atua também em outros
oito estados brasileiros.
Atendendo diversos clientes do
setor metalmecânico, incluindo a
Sandvik Coromant, em 2010 a Supply
Service tratou e descartou 46 mil to-
neladas de resíduos líquidos e sólidos,
o que representa um crescimento de
37% em relação a 2007.
Muito mais do que uma obrigação,
os projetos de logística reversa repre-
sentam um compromisso que deve
ser assumido pelas empresas com
a sociedade, de modo a comprovar
sua responsabilidade ambiental e sua
preocupação com o futuro. “A logística
reversa certamente permitirá maior
satisfação dos clientes e da socieda-
de”, conclui Paulo Leite, do CLRB.
Anna Ligia Machado
Rodrigo Hora
Jornalistas
Veja mais informações em:www.omundodausinagem.com.br
Veja mais informações em:
ao final da vida útil, pastilhas são transformadas em pó de metal duro
fern
ando
fav
oret
to
de Tecnologia de Saneamento
Ambiental (CETESB), que, por sua
vez, faz uma análise da capacidade
de processamento da empresa cole-
tora e emite um Certificado de Auto-
rização de Destinação de Resíduos
de Interesse Ambiental (CADRI). “A
partir deste certificado, as empresas
são autorizadas a entregar este ma-
terial e a Supply Service a recebê-lo”,
comenta o diretor-presidente.
O transporte do conteúdo co-
letado é feito pela Supply Service
e, para isso, a empresa conta com
veículos e caminhões de vários ta-
manhos. “Todos os custos, da coleta
à destinação final, estão sob nossa
responsabilidade”, afirma Siqueira.
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anu_mercopar_01_02.ai 23.08.11 16:00:23
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Diante do desenvolvimento econômico do Brasil, cresce a oferta de vagas na área de Engenharia, mas universidades não formam número
suficiente de profissionais para absorver essa demanda
engenheiros
tendências e oportUnidades
Mais de 7% de crescimento.
Segundo dados divulgados
pelo IBGE, esta foi a mar-
gem alcançada pelo PIB do Brasil
em 2010. Somado a isso, apenas
no primeiro trimestre de 2011 o
setor industrial aumentava seu de-
sempenho em 2,3% frente ao ano
anterior. Diante deste cenário positi-
so de Engenharia Mecânica da Univer-
sidade Federal de Goiás (uFg). “Um
exemplo é a descoberta de petróleo
na camada pré-sal, que irá demandar
mão de obra altamente qualificada”,
completa.
Milhões de reais em investimentos
também serão atraídos para o Brasil
com o advento dos megaeventos
vo da economia brasileira, diversos
segmentos da indústria optaram pela
ampliação dos meios de produção e,
como consequência, a demanda por
profissionais da área de Engenharia
sofreu um boom.
“As oportunidades são imensas”,
comenta o professor Kléber Mendes de Figueiredo, coordenador do cur-
procura-se
O Mundo da Usinagem22
tendências e oportUnidades
Divu
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Inst
ituto
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á de
tec
nolo
gia
esportivos de 2014 e 2016, já que
haverá a necessidade de obras de
infraestrutura em praticamente todas
as regiões do País. “Instalações de
grande capacidade e com alto padrão
de qualidade e segurança serão cons-
truídas para atender o elevado fluxo
de turistas que virão prestigiar esses
eventos”, informa o professor Otavio silvares, reitor do Centro Universitário
do Instituto Mauá de Tecnologia.
A sofisticação de produtos e pro-
cessos é outro fator que contribui para
o aumento da demanda por esses
profissionais, já que o aumento de
vagas para engenheiros no País está
diretamente relacionado à busca pela
melhoria de processos de produção
e de operações logísticas.
Gargalo na EngenhariaSendo assim, em todas as regi-
ões do País nota-se uma carência
de engenheiros. “Em 1997, a Enge-
nharia era a terceira graduação com
o maior número de matriculados ao
ano, com cerca de 150.000 inscri-
tos”, informa Silvares. “Já em 2006,
caiu para a 16ª graduação com
maior procura, com apenas 62.000
matriculados”, continua.
Estes números mostram claramen-
te a origem da falta de profissionais de
Engenharia no mercado. “Formamos
cerca de 35.000 profissionais por ano,
enquanto deveríamos estar formando
65.000”, observa o professor.
Segundo Figueiredo, da UFG, há
demanda por engenheiros em todos
os setores da indústria, tanto em
empresas dedicadas à extração de
minérios e produção de matérias-
primas como nas que produzem
bens de consumo. Vanderli Fava de Oliveira, diretor de Comunicação
da Associação Brasileira de Educação
em Engenharia (Abenge) e membro
do grupo de trabalho de graduação
da Associação Brasileira de Engenha-
ria de Produção (Abepro), completa
apontando que é por meio da con-
tribuição destes profissionais que se
torna viável agregar tecnologia de ponta aos produtos nacionais.
“Hoje somos praticamente um
País que comercializa commodities”,
critica. “Se não revertermos este
quadro, nos tornaremos escravos
das patentes, pagando royalties
a outros países para usufruir de
tecnologias que poderiam ter sido
desenvolvidas aqui”, alerta.
Segundo Silvares, da Mauá, o
governo deve interagir com univer-
Papel das universidades é formar profissionais versáteis, com conhecimentos globais e aptidão para aprender rápido
kléber Figueiredo, da uFg: "avanço da tecnologia gerou a necessidade de se ter uma visão mais ampla da realidade"
Vanderli Oliveira, da ABENGE: “É por
meio da contribuição desses profissionais
que é possível agregar tecnologia de ponta aos
produtos nacionais”
Aumento de vagas para engenheiros no País está relacionado à busca pela melhoria de processos de produção e de operações logísticas
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O Mundo da Usinagem2�
tendências e oportUnidades
sidades e empresas a fim de apoiar
pesquisas para o desenvolvimento de
novas tecnologias no País. Ao contrá-
rio do que ocorre no Brasil, nos países
desenvolvidos governo e iniciativa pri-
vada investem em pesquisa, gerando
patentes, o que sem dúvida valoriza
a produção intelectual. “Para manter
o mercado brasileiro tão competitivo
quanto os demais, é necessário de-
senvolver tecnologias nacionais, com
foco em novos processos e produtos”,
pontua.
Profissional internacional
A Engenharia Mecânica é uma das
áreas que mais tem apresentado alta
demanda por esses profissionais; e
o bom ano de 2010 para a indústria
automotiva abriu muitas vagas nesse
setor. O mesmo está ocorrendo nos
setores de energia, de minas, petróleo
e gás e metalurgia.
“As instituições de ensino não
estão conseguindo oferecer vagas
suficientes para a atual necessidade
do País”, comenta Figueiredo. “Uma
alternativa para suprimir este gargalo
tem sido a ‘importação’ de profissio-
nais de outros países, ou até mesmo
de outras áreas”, completa.
Com a globalização dos mercados,
além do domínio de um segundo
idioma – requisito hoje indispensável
–, outra novidade é a tendência à in-
ternacionalização dos profissionais.
Um grande número de estrangeiros
tem vindo ao Brasil atraído pelas
múltiplas oportunidades de trabalho
e, na contramão, muitos brasileiros
estão indo atuar no mercado externo
em busca de melhores ofertas de
remuneração, já que muitas vezes
o salário pago aos engenheiros no
Brasil é incompatível com o nível
técnico exigido pelas empresas.
“Hoje, a atuação desses pro-
fissionais se dá em escala interna-
cional”, conta o professor Marcelo Alves, professor do Departamento
de Engenharia Mecânica da Escola
Politécnica da Universidade de São
Paulo. “A tendência é a formação de
equipes multinacionais onde será
preciso conviver com pessoas de
outras culturas, acostumadas a tra-
balhar de forma diferente”, explica.
Segundo Figueiredo, o avanço
da tecnologia e da globalização
gerou a necessidade de se ter uma
visão mais ampla da realidade e de
uma nova maneira de organizar o
trabalho. “A percepção do profissio-
nal contemporâneo não pode mais
se restringir à sua área de atuação,
mas deve contemplar todas as áreas
de interface”, comenta.
otávio Silvares, da mauá: “brasil deveria formar 30.000 engenheiros a mais a cada ano"
Diante dos resultados positivos alcançados em 2010, cresce o número de vagas disponíveis para que novos profissionais passem a atuar na indústria automotiva
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O Mundo da Usinagem2�
tendências e oportUnidades
Superando desafiosPara ocupar posições cobiçadas
no mercado, o profissional necessita
conhecer a fundo o funcionamento
das empresas e dos mercados,
como as tendências do setor em
que deseja atuar e os métodos de
trabalho da companhia. “Desde os
cursos de graduação, é fundamental
que os professores fortaleçam o lado
empreendedor dos estudantes, pois
é a partir desta postura que boas
oportunidades aparecerão”, acredita
o professor Alves, da Poli.
Outro desafio é manter-se atua–
lizado. O uso intensivo de sofistica-
dos softwares para projetos, cons-
truções, operações e controle de
equipamentos e instalações requer
o constante aprimoramento dos
profissionais de Engenharia.
Entretanto, essa escalada profis-
sional começa por um bom curso de
Engenharia, que prepara os estudan-
tes por meio de uma sólida formação
teórica, fornecendo as condições
necessárias para que possam rapida-
mente assimilar a parte prática. “Hoje
o mercado não está interessado so-
mente naquilo que o aluno sabe, mas
principalmente naquilo que o aluno
sabe fazer com os conhecimentos
que adquiriu”, diferencia Vanderli, da
ABENGE.
Para isso, é importante que as
escolas não só ensinem os conhe-
cimentos técnicos da profissão, mas
desenvolvam também nos alunos
outras competências como lide-
rança, empreendedorismo e visão
sistêmica. “O mercado muda mais
rápido que as instituições de ensino
modificam seus currículos”, admite
o professor Alves, da Poli.
“As boas escolas de Engenha-
ria oferecem mais do que aulas
teóricas”, defende Alves. “Elas dis-
ponibilizam infraestrutura moderna
para que os estudantes já comecem
a ganhar experiência nas salas de
aula”, finaliza.
Formar um engenheiro especia-
lizado na indústria “A” pode ser um
equívoco caso este profissional ve-
Onde estão os engenheiros?
Dos profissionais que se formam anualmente em engenharia no país, são muitos os que migram para outras áreas de atuação não ligadas ao setor ou que vão atuar em outros países.
este fluxo acontece em decorrência das melhores ofertas de remuneração. o setor financeiro, por exemplo, contrata muitos engenheiros para trabalhar em bancos e outras instituições da área. outros preferem trabalhar no exterior onde, geralmente, os salários e benefícios são melhores.
Deste modo, torna-se cada vez mais necessário atrair e requalificar os profissionais de engenharia que tenham saído do mercado ou se deslocado para outras funções. para manter a competitividade do setor no brasil, é necessário que haja iniciativa do governo, das empresas e das universidades em investir na engenharia e nos talentos nacionais.
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O Mundo da Usinagem2�
nha a atuar na indústria “B”. Por este
motivo, o papel das universidades é
formar profissionais versáteis, com
conhecimentos globais e aptidão
para aprender rápido. Para melhor
compreensão deste cenário, Vander-
li, da ABENGE, faz um paralelo entre
a formação de um profissional e o
perfil de uma fábrica:
“Até a década de 1960, bastava
ter boas instalações, equipamentos
modernos e o dinheiro necessário
para que uma fábrica conseguisse
produzir e vender seus produtos
É fundamental que as escolas desenvolvam nos alunos competências como liderança, empreendedorismo e visão sistêmica
com sucesso”, lembra. “Mas hoje é
diferente. Se não houver um investi-
mento constante no aprimoramento
dos processos de fabricação, manter
uma fábrica competitiva no mercado
torna-se impossível”, continua.
Vanderli conclui afirmando que
é preciso investir na melhoria dos
processos de aprendizagem dentro
das universidades a fim de formar
engenheiros competitivos e prontos
para atuar em um mercado cada vez
mais exigente.
Thais Paiva
Jornalista
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Para ocupar posições cobiçadas, profissional
precisa conhecer a fundo a dinâmica dos mercados
tendências e oportUnidades
sUprimentos
Etapa fundamental da cadeia produtiva de uma empresa, distribuição eficiente pode contribuir para redução de desperdícios e
ganho de produtividade
distribuidoro elo entre o Fabricante e seu cliente
O Mundo da Usinagem�2
e encarregados do estoque – atuam
como intermediários entre o fabri-
cante e o cliente final e, por esse
motivo, a área de distribuição de
uma empresa é fundamental para
que o cliente seja atendido com
rapidez e eficiência.
Presença técnica no chão de fábrica
Quando o produto a ser comer-
cializado está relacionado a proces-
sos complexos, como é o caso da
usinagem, José edson bernini, ge-
rente nacional de Vendas da sandvik coromant, explica que a distribuição
vai além do “comprar e vender”. “O
distribuidor deve ter uma bagagem
técnica para conseguir indicar a
melhor solução e fazer sugestões de
melhorias no processo produtivo da
empresa-cliente”, acredita.
José Roberto Ferretti, diretor da
Comércio de Ferramentas e Asses-
soria Técnica (cofast) – distribuidor
Sandvik Coromant – explica que a
rotina de um distribuidor técnico
está diretamente ligada ao chão de
fábrica de seus clientes. “Prestamos
assessoria técnica a todas as empre-
sas, e isso inclui visitas periódicas
para acompanhar o desempenho da
ferramenta na máquina”, detalha.
Um time vencedor é aquele
que trabalha de forma co-
ordenada, estabelecendo
uma conexão perfeita entre defesa
e ataque. Porém, muitas vezes os
responsáveis pelo sucesso da equi-
pe são os atletas que têm a função
de conectar esses dois setores,
arquitetando a jogada no meio de
campo para que a equipe alcance
melhores resultados.
Essa premissa também é válida
para o processo produtivo de uma
empresa. Para que o produto final
seja fabricado com as característi-
cas e os prazos pré-estabelecidos,
é preciso escalar o meio de campo
de forma estratégica: neste caso, os
distribuidores. Esses profissionais
atuam como intermediários entre o
fabricante e o cliente final e têm como
responsabilidade comercializar, pres-
tar assessoria e entregar o produto
ou o serviço ao consumidor.
Todos os colaboradores envol-
vidos – vendedores, assistentes
técnicos, motoristas, entregadores
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Foco na redução de desperdícios: distribuição física deve ser estruturada levando em consideração tempo de entrega, localização do estoque e transferência dos bens produzidos
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O Mundo da Usinagem ��
sUprimentos
“No caso de ferramentas para
usinagem, é também função do dis-
tribuidor técnico avaliar juntamente
ao operador se é preciso alterar os
parâmetros de corte em determinado
processo”, completa Ferreti.
Esse contato com o cliente
pode ser estabelecido por meio
de distribuição própria ou ter-
ceirizada. De acordo com Olavo tapajós, doutor em Engenharia
de Transporte com foco em Logís-
tica pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ) e professor
do Centro Universitário de Ensino
Superior do Amazonas (ciesA), a
distribuição própria permite que o
fabricante tenha maior autonomia
no processo. Entretanto, o pro-
fessor observa que a tendência é
pela terceirização.
Isso ocorre em consequência de
a distribuição própria elevar os custos
do fabricante nesta atividade. Por
isso, muitos fornecedores optam por
desenvolver parceiros estratégicos.
Bernini, da Sandvik Coromant,
complementa apontando que a dis-
tribuição terceirizada contribui para
o melhor atendimento aos clientes,
já que assim é possível disponibi-
lizar estoque, assistência técnica e
corpo de vendas mais próximo às
empresas. “Em muitos casos, os
fabricantes não conseguem chegar
a todos os pontos onde haja, por
exemplo, uma pequena indústria
necessitada de ferramentas e algum
suporte técnico”, explica Bernini.
“Por este motivo, é preciso dispor
de distribuidores estrategicamente
localizados pelo País a fim de prestar
um serviço superior a um leque maior
de empresas”, enfatiza.
De qualquer forma, independen-
temente da forma de distribuição,
Bernini alerta que a eficácia dessa
relação depende do acompanha-
mento dado pelo fabricante: “Desta
forma, é possível ter a certeza de
que o cliente não está recebendo
apenas produtos, mas também o pa-
cote de serviços agregado àquelas
soluções”. (Confira mais informa-
ções sobre serviços agregados no
conteúdo online desta edição)
Treinar para padronizarAlessandro coppo, gerente
de Supply Chain da Festo – fabri-
cante de tecnologias de automação
– defende a padronização dos ser-
viços como forma de oferecer um
atendimento completo a todos os
clientes, não importando o porte e
localização da empresa.
Segundo Coppo, esta padroni-
zação pode ser feita principalmente
por meio de cursos e treinamentos
Quando a distribuição está relacionada a processos complexos, distribuidor deve ter bagagem técnica para indicar melhor solução
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José Roberto Ferretti, da Cofast: “ No caso de ferramentas para
usinagem, é também função do distribuidor
técnico avaliar se é preciso alterar os padrões de corte em determinado processo”
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sUprimentos
oferecidos aos distribuidores (forne-
cedores). “É fundamental que este
profissional identifique as necessida-
des de seu cliente durante uma visita
e ofereça soluções de acordo com
suas expectativas”, acredita.
Bernini, da Sandvik Coromant,
relata que é durante os treinamentos
que os distribuidores conhecem os
detalhes de cada produto e verificam
quais benefícios podem oferecer aos
clientes. (Para saber mais sobre os
treinamentos e cursos da Sandvik
Coromant, acesse o conteúdo online
desta edição)
Tapajós, do CIESA, classifica
essas informações fornecidas du-
rante os treinamentos como um
serviço agregado e um diferencial
competitivo tão importante quanto a
contratação de um profissional qua-
Tipos de distribuição físicaconfira abaixo os três principais tipos de distribuição física apontados por
olavo tapajós, doutor em engenharia de transporte com foco em logística pela universidade federal do rio de Janeiro (ufrJ) e professor do centro universitário de ensino Superior do amazonas (cIeSa): intensiva – produtos do fabricante são estocados no maior número
possível de pontos de vendas Seletiva – um grupo pré-selecionado de intermediários comercializam os
produtos do fabricante em regiões estratégicas exclusiva – um único distribuidor tem o direito de comercializar os
produtos da empresa em uma região específica
lificado. “Uma informação acessível e
adequada ao profissional que presta
atendimento às empresas contribui
de forma decisiva para a otimização
de resultados, tanto para o fabricante
quanto para o cliente”, pontua.
Conexão para longas distâncias
Dentre as etapas que compõem a
distribuição, está a logística, dedica-
da, entre outras atividades, à entrega
dos produtos. Nesta fase, os distri-TX611 C-4_202x133.pdf 1 2/5/2011 15:21:22
sUprimentos
Veja mais informações em:www.omundodausinagem.com.br
Veja mais informações em:
buidores têm como foco principal
reduzir o custo das intermediações
deste tipo de operação. Por este mo-
tivo, Tapajós, do CIESA, explica que
quando o fabricante decide estruturar
uma rede ou reavaliar a estrutura que
já possui, deve-se levar em conside-
ração três fatores básicos:
O tempo necessário para dispo-
nibilizar o produto ou o serviço ao
mercado consumidor; a localização do estoque, que deve estar próximo
ao cliente, e a transferência do pro-
duto ou serviço. Para que benefícios
como a redução de tempo e custo
sejam alcançados, o fabricante deve
implantar o tipo de distribuição mais
adequado à realidade de sua empre-
sa (saiba mais detalhes no quadro
‘Tipos de distribuição física’).
Atendimento sustentável
Durante a distribuição física, espe-
cificamente nas etapas de transporte
e armazenamento é fundamental que
o distribuidor preste serviços que
atendam a quatro requisitos: intangi-bilidade (agregar valor por meio de
serviços eficientes ao produto comer-
cializado), perecibilidade (garantir
a validade e a conservação do bem),
não variabilidade (cumprir sempre o
que foi prometido no contrato) e inse-parabilidade (possibilidade de reunir
e entregar todo o conjunto de diferen-
tes produtos com todos os atributos
prometidos na oferta, não importando
a região). De acordo com o professor
Tapajós, operações logísticas bem-su-
cedidas aplicadas à distribuição geram
economia e eficiência para todos os
agentes do processo.
Estar ao lado do cliente durante
o atendimento, a compra, a assis-
tência técnica e a entrega é uma
das características de distribuidores
bem-sucedidos em sua função.
Alinhando essa maior proximidade
aos objetivos comerciais e insti-
tucionais do fabricante, a relação
produtor—distribuidor—cliente será
mais vantajosa e rentável para toda
a cadeia produtiva.
Jenifer Carpani
Jornalista
Excelência reconhecidaNo dia 24 de março o distribuidor comércio de ferramentas e assessoria
técnica (cofast), que comercializa soluções Sandvik coromant, recebeu o prêmio top Supplier da festo – fabricante de tecnologia de automação – na categoria de fornecedor não produtivo. a cerimônia, que além da categoria “não produtivo” também premiou empresas nas categorias “produtivo” e “customer solution didatic”, aconteceu no auditório da festo, em São paulo.
Segundo alessandro Coppo, gerente de Supply chain da festo, o prêmio reconhece a excelência no fornecimento de produtos à empresa. “fizemos uma avaliação dos últimos dois anos e levamos em consideração os critérios de qualidade, pontualidade na entrega, preço, atitude e tecnologia”, explica. “a cofast obteve uma boa combinação desses cinco fatores”, conclui.
Sediada em Santo andré (Sp), a cofast distribui produtos e presta serviços na área da usinagem para os clientes da região do abcD paulista. José roberto ferretti, diretor da empresa, acredita que o que levou a cofast a receber o prêmio foram a experiência e o conhecimento técnico da equipe aliados ao acompanhamento da aplicação das ferramentas de corte na produção. trabalhando em sintonia com os interesses da festo, o processo resultou em maior produtividade e economia para o chão de fábrica, contribuindo assim para elevar o nível de competitividade do cliente.
Olavo Tapajós, do CIESA: “Informações fornecidas
em treinamentos são um diferencial competitivo”
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nossa parcela de responsabilidade
atitude positiva é diFerencial
competitivo
Há rumores de instabilidade
financeira no mercado. Estes
indícios abalam a economia
global, fazendo com que a insegu-
rança passe a permear as organi-
zações, paralisando investimentos
e postergando decisões. Surge
novamente o medo da recessão.
Este cenário afeta todas as
organizações, desde as grandes
indústrias até os pequenos comér-
cios. As famílias também sofrem com
esta situação, já que o temor do
desemprego e da falta de recursos
tira o sono de muitas pessoas. Nesse
sentido, certos questionamentos
acabam sendo inevitáveis: Estamos
preparados para enfrentar outra
crise? O que fazer neste momento?
Será que aprendemos alguma lição
com a recente crise de 2008?
Mas, é difícil encontrar respostas.
E, a despeito das afirmações de
nossos governantes – que garantem
que o nosso País está preparado
para outra possível crise na eco-
nomia global –, sabemos que a de-
pendência internacional por certo irá
impactar as nossas organizações.
E nossa responsabilidade conti-
nua sendo buscar maior eficiência na
utilização dos recursos. Temos que
conseguir fazer o máximo com o míni-
mo possível, seja reduzindo os custos
diretos de nossos processos, ou au-
mentando a nossa produtividade.
É por isso que neste momento se
torna muito importante a visão ho-
lística de nossos processos. Precisa-
mos nos questionar a cada momento
se estamos investindo nos projetos
certos, contratando os profissionais
adequados, ou usando as melhores
alternativas para nossas operações.
Enfim, precisamos ter a certeza de
que estamos buscando aquilo de
que realmente precisamos. Temos
que pensar estrategicamente sem,
contudo, perder o foco nos detalhes,
pois em um tempo de escassez de
negócios são os pequenos detalhes
que fazem a diferença para que uma
empresa alcance o sucesso.
Entretanto, é preciso ter consciên-
cia de que fazer o nosso melhor pos-
sível nem sempre será a realização
de algo inusitado e magnífico. Muitas
vezes, será um pequeno gesto, a
intensidade ou simplesmente a forma
com que nos propomos a fazer algo
que fará a diferença. A atenção, o
foco, a dedicação e a alegria com que
nos dispomos a realizar uma tarefa
nos farão diferentes, nos destacando
junto aos nossos clientes, sejam eles
externos ou internos.
Outro ponto muito importante
em um momento como este é man-
termos o otimismo e a motivação
para não perdermos a qualidade
de nosso trabalho. O desenvolvi-
mento pessoal se torna ainda mais
relevante e, independentemente do
desânimo e da preocupação, temos
que nos manter atualizados e expan-
dir nossos horizontes culturais e de
conhecimentos técnicos.
Rever as experiências bem-suce-
didas em nossa vida e adaptá-las às
nossas necessidades atuais, buscar
casos de sucesso em outras orga-
nizações e estarmos abertos às ne-
cessidades de mudar quando preciso
nos deixarão melhor preparados para
as adversidades. Pense nisso!
Fernando Garcia de Oliveira
gerente de Marketing e treinamento sandvik
coromant do brasil
O Mundo da Usinagem�0
aNuNcIaNteS NeSta eDIçãoo mundo da Usinagem 80
agie-charmilles . . . . . . . . . . . . . . . . .27
blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
bucci . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20
cosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3ª capa
deb´maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25
dynamach . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31
ergomat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
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intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29
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mack brook . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35
mg indústria . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
mitsui motion . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
mitutoyo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37
okuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23
romi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
rudloff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30
sandvik . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4ª capa
selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2ª capa
tupy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
villares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
ARWI Tel: 54 3026-8888Caxias do Sul - RS
ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837-9106São Paulo - SP
COFAST Tel: 11 4997-1255Santo André - SP
COFECORT Tel: 16 3333-7700Araraquara - SP
COMED Tel: 11 2442-7780Guarulhos - SP
CONSULTEC Tel: 51 3321-6666Porto Alegre - RS
COROFERGS Tel: 51 3337-1515Porto Alegre - RS
CUTTING TOOLS Tel: 19 3243-0422Campinas – SP
DIRETHA Tel: 11 2063-0004São Paulo - SP
ESCÂNDIA Tel: 31 3295-7297Belo Horizonte - MG
FERRAMETAL Tel: 85 3226-5400Fortaleza - CE
GALE Tel: 41 3339-2831Curitiba - PR
GC Tel: 49 3522-0955Joaçaba - SC
HAILTOOLS Tel: 27 3320-6047Vila Velha - ES
KAYMÃ Tel: 67 3321-3593Campo Grande - MS
MACHFER Tel: 21 3882-9600Rio de Janeiro - RJ
MAXVALE Tel: 12 3941-2902São José dos Campos - SP
MSC Tel: 92 3237-4949Manaus - AM
NEOPAQ Tel: 51 3527-1111Novo Hamburgo - RS
PÉRSICO Tel: 19 3421-2182
Piracicaba - SP
PRODUS Tel: 15 3225-3496Sorocaba - SP
PS Tel: 14 3312-3312Bauru - SP
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