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PUBLICAÇÃO DA SANDVIK COROMANT DO BRASIL ISSN 1518-6091 RG BN 217-147 SERRAS Eficiência começa na escolha da lâmina FERRAMENTAS 72 Manutenção correta reduz custos e otimiza usinagem REDES SOCIAIS Insira sua empresa no universo virtual

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REVISTA O MUNDO DA USINAGEM 72

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PUBLICAÇÃO DA SANDVIK COROMANT DO BRASIL ISSN 1518-6091 RG BN 217-147

serrAsEfi ciência começa na escolha da lâmina

FERRAMENTAS

72

Manutenção correta reduz custos e otimiza usinagem

redes sociAisInsira sua empresa no universo virtual

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pArA começAr...

A pescaria é mais do que uma alternativa para fugir do estresse,

é também uma ótima oportunidade para cultivar algumas amizades que valem

mais do que qualquer peixe que se possa fisgar.

O Mundo da Usinagem �

Page 4: OMU_72

Índice72edição 10 / 2010

03 PARA COMEÇAR...

04 ÍNDICE / EXPEDIENTE

06 GESTÃO EMPRESARIAL: FITA OU CIRCULAR? VEJA QUAL LÂMINA É MAIS ADEQUADA PARA SUA OPERAÇÃO COM SERRAS

14 PROCESSO INDUSTRIAL: PARA SOBREVIVER, EMPRESAS DEVEM CONSIDERAR CENÁRIO DA MANUFATURA

16 CHÃO DE FÁBRICA I: REDUZIR TEMPO DE SET UP DE MÁQUINA É FUNDAMENTAL NO PROCESSO DE MAXIMIZAÇÃO DA PRODUTIVIDADE

24 CHÃO DE FÁBRICA II: CONHEÇA OS CUIDADOS ESSENCIAIS QUE PROLONGAM A VIDA ÚTIL DA FERRAMENTA

34 TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES: REDES SOCIAIS - UMA ESTRATÉGIA PARA ESTAR MAIS PRÓXIMO DE SEUS CLIENTES

40 NOSSA PARCELA DE RESPONSABILIDADE

42 ANUNCIANTES / DISTRIBUIDORES / FALE COM ELES

Publicação da Sandvik Coromant do BrasilISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

eXpediente o mundo dA usinAGem é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil,

com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 15.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP.

conselho editorial: Aldeci Santos, Ancelmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes,

Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira e Vera Natale. editor-chefe: Francisco Marcondes

coordenação editorial, redação, edição de arte, produção gráfica e revisão: Equipe House Press Propaganda (Natália Carcavilla, Ronaldo Monfredo, Rogério Morais e Décio Colasanti).

Jornalista responsável: Francisco Marcondes - MTB 56.136/SP propaganda: Gerente de contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 2335-7558 Cel: (11) 9909-8808

projeto gráfico: House Press Gráfica: Company

CONTATO DA REVISTA OMU

Você pode enviar suas dicas e sugestões de reportagens, críticas, reclamações ou dúvidas para

o e-mail da Revista O Mundo da Usinagem: [email protected]

ou então ligue para: 0800 770 5700Para anunciar na revista, envie e-mail para:

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O Mundo da Usinagem4

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Page 6: OMU_72

Gestão empresAriAl

sos setores e utilizadas para cortar

elementos como metais, madeiras

e carnes, entre outros –, é possível

encontrar no mercado desde serras

manuais até serras utilizadas em

ferramentas elétricas ou máquinas

para serrar, como as serras tico-tico,

sabre, copo, circular ou de fita.

No entanto, Fernando Spanholi Teles, gerente de Engenharia da Sul Corte – empresa especializada na

Para garantir uma operação

de usinagem de qualidade é

fundamental que o material

a ser usinado apresente tamanho

adequado para ser encaixado cor-

retamente na máquina-ferramenta,

evitando assim possíveis danos ao

processo e também ao equipamen-

to. Como alguns metais são forne-

cidos em placas, barras ou tarugos

de formato padrão, é necessário

que estes passem primeiramente

por uma operação de corte, para

que seu tamanho seja adequado ao

processo que será realizado e às

especificações do equipamento da

operação posterior.

Por esta razão, as operações de corte com serras são fundamentais

em qualquer processo produtivo,

e por serem muito abrangentes

– podendo ser aplicadas em diver-

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Conheça os principais tipos de serras, suas aplicações e saiba como escolher a lâmina ideal

OperaçãO cOm serras é essencial em

processos de usinagem

O Mundo da Usinagem�

Page 7: OMU_72

fabricação de serras –, ressalta que

existem basicamente duas linhas de

serras, a de fita e a circular. Segundo

o gerente, ambos os processos não

possuem restrições de aplicação e as

serras podem ser utilizadas em qual-

quer material, seja metálico, não me-

tálico, madeira ou borracha. “O que

diferencia um processo do outro é a

dimensão do material a ser cortado, a

velocidade de corte e o acabamento

superficial desejado”, observa Teles.

“Contudo, as operações com serras

de fita normalmente são mais abran-

gentes e ideais para grandes seções

de corte, enquanto as serras circula-

res são utilizadas em processos com

seções pequenas ou médias, porém

possuem maior velocidade de corte

e melhor acabamento superficial”,

acrescenta.

Aplicação versátilDe acordo com Felipe Fabrega

Teixeira, supervisor de Produto da

Starrett – fabricante de lâminas de

serras e instrumentos de medição

–, as serras de fita são destinadas

tanto para a alta produção quanto

para serviços de corte em geral. O

material utilizado na composição

dos dentes desta linha de serras

varia conforme a necessidade da

operação, podendo ser fabricados

com aço carbono, aço rápido ou

metal duro.

Segundo Teixeira, a escolha da

composição dos dentes da serra irá

variar conforme a produtividade, a

velocidade de corte e o acabamento

desejado na operação, assim como

da dureza do material a ser cortado.

Para materiais de fácil corte, como

plástico, madeira ou aços de baixa

dureza, é indicado o aço carbono.

Já em processos com materiais não

ferrosos até aços temperados, de

dureza elevada, são aplicadas as

serras com dentes de aço rápido.

Por último, os dentes que possuem

metal duro em sua composição são in-

dicados para operações de corte em

materiais abrasivos ou em ligas de

ferro fundido. “Atualmente, podemos

considerar as serras com dentes de

metal duro uma das tecnologias mais

avançadas do mercado, pois oferecem

à operação melhor acabamento e

maiores produtividade e velocidade

de corte”, aponta Teixeira. “Uma peça

que seria cortada em cinco minutos

por uma serra de aço carbono poderia

ser cortada em 30 segundos com

uma serra de fita com dentes de metal

duro”, exemplifica o supervisor.

Teixeira ressalta que é impor-

tante que as serras com dentes

de metal duro sejam utilizadas em

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Serras de fita de metal duro oferecem melhor acabamento e maior produtividade, além de maior velocidade de corte na operação

Serras de fita são destinadas tanto para

a alta produção quanto para serviços de

corte em geral

O Mundo da Usinagem �

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Gestão empresAriAl

Como aumentar a vida útil da serraPara ampliar a vida útil de uma serra, Felipe Fabrega Teixeira,

supervisor de Produto da Starrett, explica que é fundamental realizar a manutenção da máquina para que o equipamento funcione corretamente e não prejudique a performance da serra ou danifi que sua qualidade técnica.

Outro cuidado importante para conservar a vida útil da serra é prestar atenção às características de cada aplicação e do material a ser cortado. Segundo Teixeira, existem particularidades em cada operação e, portanto, o operador deve saber escolher corretamente a velocidade e o avanço do corte, além da dentição e do tipo adequado de serra, entre outros aspectos. Para auxiliar neste trabalho, a Starrett desenvolveu a ferramenta Powercalc, um software que indica os dados de corte mais adequados para cada aplicação em função do material a ser cortado, formato da peça e modelo de máquina utilizado.

O supervisor lembra ainda que o procedimento chamado amaciamento de corte ajuda a ampliar a vida útil da serra. Sempre que uma serra nova é colocada na máquina, é necessário realizar este procedimento – que consiste em utilizar um avanço de corte menor do que o ideal nos primeiros minutos de trabalho para proporcionar uma geometria melhor aos dentes da ferramenta.

máquinas de alta qualidade, robus-

tas e que garantam menores níveis

de vibração pois, por serem extre-

mamente duros, os dentes podem

ser quebrados em função de altas

vibrações ou choques. “Máquinas de

dupla coluna são indicadas para este

tipo de serra, porque apresentam

menor vibração durante a operação

de corte”, complementa Teixeira.

O supervisor da Starret ainda

acrescenta que existem diferentes

tipos de lâminas de metal duro, indi-

cadas para aplicações diversas. Ideal

para cortes de aços endurecidos e

cementados, a lâmina de serra de fita Advanz CS, da Starrett, possui

dentes com ângulo negativo de 20º,

que a torna mais resistente para

cortes de materiais de difícil usinabi-

lidade. Nesta mesma linha de serras,

a Starrett também oferece a Advanz TS, indicada para cortes de aço e

ligas de elevada dureza, e a Advanz FS, ideal para cortes de materiais

abrasivos e fundidos. “Temos ainda

duas linhas de serras com metal

duro, a Advanz CG e a Advanz DG,

em que os dentes não são sinteri-

zados como nas pastilhas, mas sim

granulados, e servem para cortar

materiais como vidros, cerâmicas e

porcelanatos”, revela Teixeira. “Por

possuirem grãos na região do corte,

estas serras geram pó ao invés de

cavacos”, complementa.

Qualidade tecnológicaAs serras circulares também

podem ser compostas por três dife-

rentes materiais: aço rápido, metal

duro e cermet. Segundo o gerente

de Engenharia da Sul Corte, as ser-

ras de aço rápido representam uma

tecnologia mais antiga e são utili-

zadas principalmente para o corte

de tubos, mas podem ser aplicadas

também em operações com seções

maciças. “Hoje, as serras de metal

duro e cermet estão ocupando o

lugar do aço rápido devido à sua

Serras circulares com pastilhas de cermet proporcionam maior velocidade de corte e maior vida útil

Serras circulares podem ser compostas por três

diferentes materiais: aço rápido, metal duro e

cermet

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Gestão empresAriAl

maior velocidade de corte e maior

vida útil”, observa Teles.

O gerente ainda acrescenta que a

tecnologia cermet é recente no mer-

cado mundial. “A Sul Corte é pioneira

na fabricação de serras circulares

com pastilhas deste material no País”,

informa Teles. “Além de proporcionar

um corte mais rápido, estas serras

possuem vida útil muito maior do que

as serras de fita”, destaca.

Entretanto, o material utilizado na

fabricação das serras não é o único

aspecto que influencia a qualidade

da operação. A escolha adequada da dentição da ferramenta tam-

bém é fundamental para garantir

um processo produtivo. Portanto, a

dentição ou o número de dentes por

polegada deve ser escolhido em fun-

ção da seção de corte. Em geral, ma-

teriais de seção fina requerem uma

serra com número maior de dentes

por polegada, enquanto materiais

com seção grossa requerem serras

com menor número de dentes. “A

geometria dos dentes varia de acor-

do com a usinabilidade do material e

suas características de formação de

cavacos”, acrescenta Teles.

Para que o processo de corte

seja aproveitado da melhor forma

possível, Teles explica que tanto

em operações com serras circu-

lares quanto com serras de fita é

importante utilizar máquinas bem dimensionadas, e a rigidez do equipamento também é um ponto

essencial para garantir o sucesso

da operação. Porém, cada aplicação

requer diferentes tipos de máqui-

nas, que podem ser divididas pela

Dentição da serra e geometria dos dentes devem ser escolhidos conforme a seção de corte

orientação de corte em horizontais

e ver ticais e pelo acionamento

em manuais, semiautomáticas ou

automáticas.

Análise inteligenteAntes de eleger a máquina e

a serra que serão utilizadas no

processo, é necessário analisar a operação que se pretende rea-lizar. O supervisor de Produto da

Starrett explica que, se a aplicação

é para altos volumes de produção, o

ideal é optar por uma máquina auto-

mática e uma serra com dentes em

metal duro, pois este conjunto pode

proporcionar maior velocidade de

Para escolher a serra ideal devem ser analisados...Di

vulg

ação

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Material a ser cortado Dimensão do material Variação das seções de corte Demanda diária, mensal ou anual de corte Qualidade do acabamento superfi cial

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Gestão empresAriAl

corte e produtividade, além de ofe-

recer melhor acabamento superficial

em relação a outros equipamentos.

Quando não há a necessidade de

cortar grandes quantidades, mas

existe uma certa demanda por pro-

dução, Teixeira aconselha a escolha

de uma máquina semiautomática ou

uma serra com dentes de aço rápi-

do. Mas, se a necessidade de corte

é esporádica, o mais adequado é

adquirir uma máquina gravitacional

ou manual. “Quando o material a

ser cortado é muito duro ou muito

grande, é preciso utilizar máquinas

de grande porte e robustas, porque

o material irá exigir muito da lâmina”,

explica o supervisor.

Teixeira também informa que,

além de analisar a produtividade e o

acabamento desejado da operação,

existem outras etapas igualmente

importantes para adquirir a lâmina

correta. Uma delas é verificar em que tipo de máquina a serra será utilizada. Ao determinar o

modelo do equipamento, é possível

identificar o comprimento e a largura

da lâmina. Definir o material que será cortado também é importante

para encontrar a geometria ideal dos

dentes da serra. Após esta etapa,

deve ser definido o tamanho deste

material e como ele deve ser fixado

na máquina. Com isso, é possível

identificar o número de dentes que

deverá compor a lâmina.

Vale lembrar que apenas analisar

cuidadosamente todos estes aspec-

tos não basta para garantir a qualida-

de total da operação. Além de utilizar

máquinas adequadas para cada tipo

de processo é necessário também

realizar a manutenção preventiva

do equipamento de corte, pois a

vida útil da serra está diretamente

relacionada à qualidade técnica da

máquina (veja quadro “Como au-

mentar a vida útil da serra”). “Caso

o equipamento esteja desalinhado e

com muita vibração, certamente irá

prejudicar a performance da lâmina”,

adverte Teixeira.

Em resumo: é primordial contar

com o trabalho de profissionais

capacitados pois, se o operador

não estiver apto para escolher a

velocidade de corte correta, o fluido

de corte adequado e não utilizar a

lâmina correta para cada operação,

a vida útil da serra será significati-

vamente reduzida.

Fernanda Feres

Jornalista

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Refrigeração do processo de corte é importante para aumentar a vida útil da serra

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processo industriAl

vez mais exigente e customizado,

não se escolhem somente as carac-

terísticas do produto a ser adquirido,

mas também o preço que se quer

pagar por ele.

Pensando o processo A evolução das ferramentas

gerenciais utilizadas na manufatura,

passando por Círculos de Controle de

Qualidade (CCQ), Delineamento de

Experimentos (DOE), FMEA, Kaizen,

6-Sigma e Lean Manufacturing, entre

outros, tem contribuído para que os

produtos sejam produzidos mais

Pronto! Lá vem mais um artigo

sobre manufatura, falando

sobre redução de custos, au-

mento de produtividade, flexibilidade,

produção enxuta...Mas poderia ser

diferente? A despeito de todo o

avanço da tecnologia observado no

desenvolvimento dos novos veículos,

com seus componentes eletrônicos

embarcados e profusão de módulos

e sensores, como tudo isso se tor-

naria realidade? Logicamente, tendo

alguém para juntar tudo e fazer do

projeto e de uma infinidade de peças e

conjuntos um bem tangível, um sonho

de consumo! Afinal de contas, não

passamos do 12º lugar em produção

de veículos em 2007 para o 5º lugar

em 2009 por acaso.

Dentro dos cenários globais de

montadoras, sistemistas e fornece-

dores, a manufatura desempenha

um papel fundamental, visto todos os

custos envolvidos. Manufatura inefi-

ciente é custo adicional no preço do

veículo e ninguém vai querer pagar

por um produto se nele estiverem

embutidos os custos do desperdício

– do qual o consumidor não tem cul-

pa. Além disso, em um mundo cada

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cani

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Em um mercado cada vez mais customizado é preciso flexibilizar produção, processos e relacionamento com clientes e fornecedores

é a chave dO sucessOManufatura flexível

O Mundo da Usinagem14

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rapidamente, com maior qualidade

e menor custo.

A análise dos desperdícios nos

aspectos que fazem parte do coti-

diano da manufatura, como método,

meios, mão-de-obra, materiais e

meio ambiente, deve ser constante

e com o foco incansável na elimina-

ção do desperdício. A inovação em

cada um destes aspectos também é

primordial para que haja diferencial

competitivo que possa auxiliar as

empresas na execução de suas es-

tratégias de crescimento. Além disso,

dado que muitas empresas atuam

em nível global, as áreas de manu-

fatura devem apresentar integração

constante em todas as unidades,

como forma de possibilitar o dire-

cionamento otimizado dos recursos.

Flexibilidade deve ser entendida

como a palavra-chave.

Dentro deste contexto, não

pode ser menosprezada a parceria

dentro da cadeia de fornecimento,

por meio de um conceito logístico

eficaz, também como forma de se

controlar todos os custos envolvidos.

Parceiros são considerados como tal

no processo moderno de produção

e não somente coadjuvantes. O ali-

nhamento das montadoras com seus

fornecedores parceiros deve garantir

que os pedidos sejam atendidos

dentro do prazo, na quantidade e na

qualidade corretas, podendo reagir

com mais eficiência às demandas.

A utilização de tecnologia na

manufatura também não deve ser

obsessão, é preciso atender às ne-

cessidades específicas de cada área,

processo ou produto. Não convém

adquirir mais e mais robôs, a custo

excessivo, se o processo requer pou-

cas operações que agreguem valor ao

produto ou não exista a necessidade

premente de flexibilidade. Muitas

vezes, a simplicidade supera a tec-nologia e, assim, custos podem ser

evitados para o bem da operação.

Fator humano e ambiental

Não podemos esquecer nunca do

principal fator em todo este processo:

as pessoas. Por mais que este seja

o lema de muitas empresas – ‘o

recurso mais importante que temos

são as pessoas’ –, a sua formação

e capacitação será o diferencial de

sucesso para a plena execução das

estratégias. Políticas de desenvolvi-

mento devem fazer parte da cultura

da empresa para formar e reter os

talentos necessários para que o co-

nhecimento e know-how adquiridos

também se transformem em diferen-

cias competitivos.

A manufatura tem também, como

se não bastasse tudo isso, de de-

sempenhar suas atividades com

foco nas necessidades de sustenta-

bilidade. Como sua missão diária é

transformar peças em produtos, não

se deve esquecer de garantir que

todo o processo produtivo – meios,

equipamentos, máquinas, materiais

diretos e indiretos – tenha tratamento

e destinação apropriada para que não

sejam observados impactos no meio

ambiente interno e externo.

Afinal, tudo isso que elencamos é

suficiente? Podemos parar por aqui?

Claro que não! Ainda temos de redu-

zir custos, aumentar a produtividade,

ser flexíveis e muito mais...

Divu

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Utilização de tecnologia na manufatura não deve ser obsessão: é preciso atender às necessidades específicas de cada área, processo ou produto

Marcelo Martin

Diretor do Comitê de Manufatura do Congresso

SAE BRASIL 2010 realizado em São Paulo no mês de outubro

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O Mundo da Usinagem 15

Page 16: OMU_72

Menor tempo de preparação de máquina pode representar um diferencial competitivo para as indústrias, permitindo a fabricação

de lotes menores

esta operação exige cuidados especí-

ficos e muita atenção. Uma preparação

de máquina mal feita pode resultar em

peças com defeito, que deverão voltar

ao processo anterior para uma possí-

vel reparação, ou ainda em peças com

falhas, que serão descartadas.

Situações como estas repre-

sentam perda de tempo útil para

as indústrias, pois o operador, que

poderia estar envolvido em outras

Para os preparadores de má-

quina, o trabalho começa

quando a produção de um

determinado lote está chegando

ao fim. Neste momento, os profis-

sionais envolvidos no processo de

preparação escolhem as ferramentas

necessárias para a produção do

próximo lote e as dispõem ao lado

da máquina. Quando a produção

atual é por fim concluída, os pre-

paradores montam nas máquinas

todo o ferramental com os demais

componentes necessários – como

dispositivos de fixação da peça e da

ferramenta – para a próxima opera-

ção de usinagem. Somente depois

de fabricada e aprovada a primeira

peça do novo lote é que a produção

será efetivamente iniciada.

Embora possa parecer menos

importante do que a fabricação em si,

chão de fábricA i

SET UP rÁpidO cOnFere dinamismo à produção

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O Mundo da Usinagem1�

Page 17: OMU_72

atividades, terá que refazer a opera-

ção. Além disso, perde-se também

em tempo de produção, já que a

máquina ficará parada em parte

do set up – como o processo de

preparação de máquina é também

denominado.

Análise fundamentalAntonio Batocchio, professor

da Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual de Campi-nas (Unicamp), aponta alguns ele-

mentos que devem ser observados

para que a preparação de máquina

seja feita de forma precisa e não

comprometa os passos seguintes

de uma produção. “A especificação

e a documentação técnica das fer-

ramentas, dos componentes e dos

acessórios e dispositivos devem ser

analisados detalhadamente, para

confirmar se a fixação do conjunto

está sendo feita de forma correta”,

orienta Batocchio. “Ainda antes da

montagem, todos estes itens devem

ser preparados em locais adequados

e, dependendo da situação, com

temperatura controlada”, acrescenta

o professor.

Além do estudo dos materiais, Nelson Carvalho Maestrelli, con-

sultor de empresas da Nortegubi-sian Consultoria e Treinamento

– empresa de consultoria, enge-

nharia industrial e treinamento –,

acredita que a capacitação é outro

fator fundamental para o sucesso da

preparação de máquinas, apesar de

muitas vezes ser pouco valorizada

pelas empresas. “Acredito que hoje

o mercado tem uma carência de

profissionais que conheçam pro-

fundamente as técnicas essenciais

da preparação de máquina”, afirma

o consultor. “Alguns cursos se limi-

tam a ensinar apenas os aspectos

operacionais do set up, mas é

necessário apresentar também as

técnicas que ajudam a aprimorar

este processo e torná-lo mais ágil”,

opina Maestrelli.

Um pouco de históriaPor volta dos anos 1970, Shigeo

Shingo (1909-1990), engenheiro

japonês e consultor da Toyota, aju-

dou no desenvolvimento do Sistema Toyota de Produção que, entre

outras técnicas para otimizar os

processos produtivos das indústrias,

apresentava maneiras de reduzir os

tempos de preparação de máquina.

Com a descoberta de Shingo,

novas possibilidades começaram a

surgir na área da manufatura. Tra-

balhando com set ups mais rápidos,

as empresas poderiam produzir

lotes de tamanhos menores, pois

teriam maior facilidade de adaptar

as máquinas para a usinagem de

um novo tipo de peça. Desta forma,

a indústria pôde atender às solici-

tações de seus clientes sem impor

limites quanto ao tamanho dos lotes,

pois passou a trabalhar com uma

produção dinâmica e facilmente

adaptável.

Documentação técnica das ferramentas deve ser estudada para confirmar se a fixação está sendo feita de forma correta

Fern

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Com a aplicação do conceito de agilidade durante o set up, o tempo de preparação que era de quatro horas na década de 70 foi reduzido para quatro minutos

O Mundo da Usinagem 1�

Page 18: OMU_72

chão de fábricA i

Para tornar esta realidade possí-

vel, entre as soluções desenvolvidas

por Shingo destaca-se a técnica

Single Minute Exchange of Die

(SMED), traduzida para o português

como Troca Rápida de Ferramentas.

Com este processo, o engenheiro

acreditava que seria possível redu-zir os tempos de set up a valores inferiores a dez minutos.

Gilberto Itiro Kosaka, dire-

tor executivo do Lean Institute Brasil, lembra os avanços que a

Toyota alcançou com a aplicação

desta prática. “Em um conjunto de

prensas, o tempo de set up que

çados no chão de fábrica de muitas

indústrias. Especialistas indicam

que há diversas formas para otimi-

zar este processo e, ainda assim,

fazê-lo de forma correta. Foi para

atender a esta necessidade que os

fabricantes de ferramentas desen-

volveram sistemas modulares de

ferramentas de troca rápida, como

por exemplo o Coromant Capto, de-

senvolvida pela Sandvik Coromant,

que permite a troca total de uma

ferramenta em segundos enquanto

uma ferramenta similar convencio-

nal pode consumir minutos.

Antonio Batocchio, da Unicamp,

recorda a pesquisa divulgada pelo

professor Eugene Merchant – impor-

tante profissional do setor da manufa-

tura – no congresso da International

Academy for Production Engineering,

realizado em 1975. Em seu traba-

lho, Merchant apontou que 95% do

tempo das produções é considerado

improdutivo e é ocupado por ativi-

dades que não agregam valor – tais

como set up de máquinas, esperas

por materiais, tempos gastos com

peças com falhas, falta de ferramental

e quebra de máquina. Portanto, eli-

minar os imprevistos é uma forma de

contribuir para a redução do tempo

despendido durante a preparação.

era de quatro horas na década

de 70 foi reduzido para os quatro

minutos atuais”, indica Kosaka.

Por um set up mais rápido

A busca pela agilidade na pre-

paração de máquinas, alcançada

pela Toyota desde a descoberta

de Shigeo Shingo, ainda é um dos

principais objetivos a serem alcan-

Check list da preparaçãoUm estudo apresentado em 2006 durante o Encontro Nacional

de Engenharia de Produção (ENGENEP), promovido pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção, apresenta soluções que podem tornar o set up de máquinas mais rápido. Veja a seguir a lista com algum deles:

Utilização de ferramentas pré-montadas Preparação antecipada das condições operacionais, como

temperatura e pressão Implementação das operações em paralelo: enquanto um preparador

trabalha a parte frontal da máquina, outro pode montar o ferramental na parte traseira

Utilização dos dispositivos funcionais: dispositivos que servem para prender objetos com um esforço mínimo, evitando desperdício de tempo na operação de aperto e desaperto

Mecanização: uso da tecnologia pode reduzir os tempos de set up

fonte: “Estudo de Caso de Implementação de Troca Rápida de Ferramenta em uma Empresa Metalmecânica” apresentado em 2006 durante o encontro Engenep. Disponível em: http://bit.ly/ENEGEP2006

Padronização dos processos pode ser uma

boa forma de agilizar a preparação de máquinas

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Por sua vez, Nelson Maestrelli,

da Nortegubisian, explica que pri-

meiramente é preciso entender as

fases que compreendem a prepara-

ção de máquinas: o set up externo

e o set up interno. No primeiro, o

ferramental e os acessórios são

preparados e posicionados na

bancada perto do operador. Esta

etapa acontece fora da máquina

– portanto, não há necessidade

de interromper a produção para

chão de fábricA i

Onde posso aprender?Por meio do set up de máquina rápido e bem feito, as indústrias

podem alcançar resultados muito positivos em termos de produtividade. Por isso, é importante que os profi ssionais responsáveis por esta operação estejam bem preparados e conheçam a fundo todas as técnicas necessárias para realizar a preparação com excelência. Confi ra algumas instituições que oferecem cursos sobre esta atividade:

Métodos p/ redução de tempos de set up - Hominiss (S. Carlos - SP)Oferece cursos abertos para 2011 e cursos in company. Mais informações e detalhes sobre inscrições pelo telefone (16) 3307-7679 ou pelo e-mail [email protected] inscrições podem ser feitas pelo site www.hominiss.com.br

Set up rápido - Nortegubisian (Campinas - SP)Curso aberto nos dias 7 e 8 de dezembro. Mais informações e inscrições no site www.nortegubisian.com.br ou pelo e-mail [email protected]

Set up rápido - Lean Institute Brasil (São Paulo) Oferece cursos in company. Mais informações pelo telefone (11) 5571-0804 ou pelo site www.lean.org.br

Set up sistema de troca rápida de ferramentas - Câmara de Indústria Comércio e Serviços de Caxias do Sul (Caxias do Sul – RS)Oferece cursos in company. Informações pelo telefone (54) 3218-8000

Programa SENAI de Logística Oferece consultoria às empresas sobre troca rápida de ferramentas para reduzir desperdícios e aumentar a efi ciência do processo produtivo. O atendimento é oferecido em diversas regiões do País. Mais informações pelo telefone 0800 48-1212

concluí-la. Depois, é feito o set

up interno, em que os itens são

montados na máquina. “Como é

necessário interromper a produção

na preparação interna da máquina,

recomenda-se que a montagem seja feita o mais rapidamente possível”, observa o consultor.

Gilberto Itiro Kosaka, do Lean

Institute Brasil, sugere o controle

preciso das horas investidas neste

processo como estratégia para

O Mundo da Usinagem20

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Page 22: OMU_72

chão de fábricA i

reduzir o tempo de preparação. “É

preciso identificar o tempo que se

leva para preparar cada elemento,

tanto no set up interno quanto no

externo, e depois deve-se estipular

qual seria o tempo ideal mínimo para

cada fase”, descreve. Kosaka ainda

acrescenta que, assim que a opera-

ção chegar a um tempo satisfatório,

todas as etapas do processo devem

ser registradas. Com cada uma das

fases definidas e descritas, o traba-

lho do preparador em um próximo

set up será mais fácil e ágil.

Não admita errosEntre as estratégias para o chão

de fábrica apresentadas pelo pro-

fessor Shingo na década de 70 está

também o sistema Poka Yoke, tradu-

zido para português como Dispositivo

à Prova de Falhas. Estes mecanismos

impossibilitam a ocorrência de falhas,

alertando os operadores ou interrom-

pendo a produção. Recursos como

estes são comumente utilizados em

máquinas, mas Kosaka aponta que na

preparação de ferramentas também

há poka yokes que podem ser utiliza-

dos para orientar os operadores. Veja mais informações em:www.omundodausinagem.com.br

Veja mais informações em:

“Uma maneira de evitar erros seria

projetar produtos com formatos físicos

que impeçam a montagem de peças

de forma incorreta”, sugere Kosaka.

“Outra solução mais moderna seria a

utilização de fotocélulas para identifi-

car se a combinação correta de peças

está sendo cumprida no produto que

está sendo montado”, completa o

diretor do Lean Institute.

Tendo como base sua experiência

de mercado, o diretor ainda afirma

que em muitas empresas há profis-

sionais que não têm consciência da

importância desta etapa da produ-

ção. “Em algumas indústrias existem

equipamentos ociosos e subutilizados,

pois os operadores não têm conheci-

mento para preparar corretamente as

máquinas”, observa Kosaka. “Assim, é

fundamental que as empresas saibam

fazer um bom set up de máquina para

que possam viabilizar a produção de

lotes cada vez menores”, conclui.

Thaís Tüchumantel

Jornalista

Operadores que fazem o set up da máquina devem saber observar os cuidados que uma preparação exige

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O Mundo da Usinagem24

Page 25: OMU_72

Manutenção adequada das ferramentas garante a qualidade da usinagem e a

segurança dos operadores no chão de fábrica

um zelO

necessário

Ao serem transportadas do fa-

bricante às indústrias-cliente,

as pastilhas de metal duro são

acondicionadas em pequenas caixas

para que não haja contato entre elas.

Este cuidado evita a formação de

microfissuras nas arestas, geradas

a partir do atrito ou do choque en-

tre as ferramentas. No entanto, se

isso não for observado, após algum

tempo de uso e com a constante

incidência de cavacos na região

onde se formaram as microfissuras,

as pastilhas podem sofrer desgastes

prematuros e perder seu rendimento

original.

Por isso, cabe aos operadores

que lidam diariamente com as

pastilhas dedicar-se à manutenção

adequada das ferramentas, para que

a vida útil destes itens seja a mais

longa possível. Acompanhe a seguir

algumas dicas de profissionais do

setor sobre como manter as ferra-

mentas de corte em boas condições

de uso. Implantando estas práticas

em sua rotina de trabalho, será

possível alcançar mais qualidade e

precisão na usinagem, além de pre-

servar melhor suas ferramentas.

Base firmeMesmo uma ferramenta de boa

qualidade, quando não é montada

corretamente, poderá levar a ope-

rações imprecisas de usinagem.

Francisco Marcondes, editor-chefe

da Revista O Mundo da Usinagem,

lembra que os operadores devem

dedicar atenção especial a esta

etapa. “Toda a pastilha deve estar muito bem apoiada até a ponta,

que é a região que sofre maior es-

forço durante a usinagem. Se houver

folga ou balanço em excesso pode

haver avarias, quebra ou lascamento

da ferramenta quando em opera-

ção”, adverte.

Nestes casos, é importante lem-

brar que a quebra de uma pastilha

pode representar perigo aos opera-

dores. Com as máquinas usinando

em altas rotações, os estilhaços

gerados na quebra costumam ser

arremessados em alta velocidade

devido à força centrífuga.

Por este motivo, o calço – com-

ponente que oferece apoio à pastilha

– é um elemento fundamental para o

sucesso das operações de usinagem

e, assim, deve estar sempre em boas

O Mundo da Usinagem 25

Page 26: OMU_72

condições de uso. “Algumas pasti-

lhas requerem calços específicos,

e também por isso os operadores

devem consultar sempre o catálogo

do fabricante de ferramentas para

verificar qual é o componente mais

adequado para sua aplicação”, en-

sina. Marcondes alerta que muitos

profissionais acreditam que o calço

utilizado é o correto apenas porque

se encaixa no alojamento a ele

destinado, mas isso nem sempre

é verdade. “É preciso consultar o

catálogo do fabricante, pois em

algumas situações, embora aparen-

temente bem encaixado, um calço

minimamente mais curto ou mais

espesso, por exemplo, pode gerar

grandes diferenças de rendimento

na aplicação de uma determinada

pastilha”, justifica.

Sintonia do conjuntoEm ferramentas do tipo fresa,

que utilizam diversas pastilhas, o

cuidado na montagem deve ser ain-

da mais criterioso. A variação entre

a pastilha mais alta e a

mais baixa é chamada de batimento.

Esta medida é estipulada por labora-

tórios que avaliam o limite permitido

para que a operação seja realizada

com sucesso. Caso a fresa apresente

batimento fora dos padrões, a usi-

nagem poderá gerar superfícies mal

acabadas ou riscadas.

Hailton José Borges de Almei-da, diretor da Hailtools – distribui-

dor da Sandvik Coromant no Espírito

Santo –, explica que a aferição na hora da montagem deve ser feita

com equipamentos precisos e bem

ajustados. “Quando a aferição não

é feita desta forma, a pastilha que

está saliente trabalha mais do que

as outras, desgastando-se mais

rapidamente ou até mesmo que-

brando”, explica.

Outros elementos que podem in-

fluenciar no posicionamento correto

de todas as pastilhas das fresas são

os componentes. Segundo Marcon-

des, uma forma de garantir o alinha-

mento destes itens é apertar todos

os parafusos com força controlada.

“Neste processo, é recomendável

utilizar um torquímetro para aferir a

força empregada no aperto de cada

componente”, sugere.

Limpeza impecávelEm muitos tipos de usinagem, va-

riações de centésimos de centímetro

no posicionamento da ferramenta

podem fazer diferença no resultado

final da operação. Desta forma, a

limpeza de todos os itens envol-

vidos no processo de usinagem,

assim como a limpeza da máquina,

é uma boa forma de garantir que a

ferramenta estará sempre bem posi-

cionada. “Antes de montar uma nova

pastilha, os resíduos metálicos e a poeira devem ser removidos com um pincel”, orienta Marcondes. Ele

também adverte que a limpeza com

ar comprimido deve ser evitada. “O

chão de fábricA ii

ArmAzenAmento dAs pAstilhAs em locAl AdequAdo mAntém As ArestAs intActAs, gArAntindo suA mAior vidA útil

cAso A fresA Apresente um bAtimento entre As pAstilhAs

superior Ao recomendAdo, A usinAgem poderá gerAr superfícies

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chão de fábricA ii

ar pode empurrar e incrustar os

resíduos dentro do alojamento ao

invés de expulsá-los”, justifica.

Por sua vez, Almeida aconselha

que o processo de limpeza seja

feito peça por peça. “Quando reti-

radas da máquina, as ferramentas

devem ser limpas com álcool, as-

sim como os demais componentes

do conjunto, como as cunhas, os

grampos e os parafusos, para que as

impurezas não interfiram na usina-

gem”, propõe o diretor da Hailtools. anuncio_usinagem_202x133.pdf 1 4/11/2010 10:12:57

No armárioDepois de finalizado um lote de

produção, as ferramentas serão tro-

cadas por outras mais apropriadas

para a próxima operação de usina-

gem. As pastilhas serão

então armazena-

das para que

possam voltar

a ser utilizadas

posteriormente.

“Há empresas que

não adotam o devido

cuidado durante a ar-

mazenagem das ferramentas

de corte, e guardam todas elas em

uma única lata, gaveta ou recipiente,

o que pode danificar suas arestas”,

prevê Marcondes. Para resolver este

inconveniente as pastilhas, quando

fora do respectivo suporte ou fresa,

devem voltar para as embalagens

originais apropriadas.

Ao requisitar uma ferramenta

do almoxarifado para reposição em

um determinado processo, é im-

portante observar se ela

apresenta caracterís-

ticas idênticas ao

daquela que estava

em uso, ou seja, se

possui exatamente

o mesmo código de

identificação. Do con-

trário, o operador poderá,

por exemplo, não se dar conta

de que requisitou uma pastilha de

precisão M e classe P, no lugar de

uma anterior de precisão G e classe

K, e com isso poderá perder tempo

para ajustar o processo às novas

medidas da ferramenta. Além disso,

Consultar o catálogo do fabricante das

ferramentas é uma forma de assegurar a escolha

correta de componentes para manutenção

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chão de fábricA ii

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o rendimento com as novas pastilhas

será diferente do anterior, embora

ambas se encaixem bem no mesmo

alojamento do suporte ou da fresa.

Secundários, porém importantes

“É comum que as indústrias que

trabalham com produção contínua

tenham em seu estoque ferramen-

tas para substituição, caso ocorra

alguma avaria com a que estiver em

uso”, lembra Marcondes. “Mas não

são todas as empresas que mantêm

componentes originais como calços,

grampos e parafusos”, observa. Ele

nota que este cuidado preventivo

simples pode contribuir para otimi-

zar a performance da ferramenta.

Marcondes ressalta que, duran-

te a usinagem, os componentes durAnte o processo, dilAtAções seguidAs de contrAções térmicAs dos componentes podem provocAr emperrAmentos e espAnAr pArAfusos e grAmpos

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prod_nacional 202x133.pdf 1 4/11/2010 10:11:13

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chão de fábricA ii

Veja mais informações em:www.omundodausinagem.com.br

Veja mais informações em:

componentes bem lubrificAdos permitem

eXecutAr melhores operAções de usinAgem

e fAcilitAm A retirAdA de pArAfusos e outros

componentes pArA mAnutenção

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envolvidos, assim como a pastilha,

também ficam sujeitos às variações

de temperatura geradas pelo pro-

cesso. “Com o calor provocado, os

componentes e a ferramenta sofrem

uma dilatação e quando a operação

termina estes se resfriam e se con-

traem novamente. No entanto, por

apresentarem coeficientes de dila-

tação térmica diferentes isso poderá

contribuir para o emperramento de

algum grampo ou parafuso quando

se desejar substituir uma determna-

da pastilha”, explica Marcondes.

Nestes casos, a lubrificação do conjunto é uma forma de assegurar

uma retirada dos parafu-

sos sem problemas após

o uso. Alguns fabricantes

de ferramentas fornecem

junto a seus produtos o óleo lu-

brificante molycote, composto por

partículas de molibidênio. “Durante

a operação, o lubrificante evapora

devido à alta temperatura, por isso

é importante reaplicar a pasta”,

ressalta Almeida. “Outra vantagem

desta substância é que o molycote

permite maior torção do parafuso

que prende a pastilha, evitando que

este componente se quebre com o

aperto excessivo”, acrescenta.

Marcondes lembra ainda que

todos estes cuidados são relativa-

mente simples, mas que podem

fazer considerável diferença no

resultado final quando colocados em

prática com frequência. “Geralmente

as empresas se preocupam somente

com as máquinas de usinagem, que

representam investimentos maiores;

mas a longo prazo, estes pequenos

cuidados com as ferramentas de

corte também são alternativas para

reduzir o consumo da indústria, além

de ser uma maneira para se obter

mais qualidade na usinagem dos

produtos”, conclui o editor-chefe.

Thaís Tüchumantel

Jornalista

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Para durar maisVeja alguns cuidados simples

que podem aumentar a vida útil das ferramentas de corte: Mantenha o calço sempre em

bom estado de conservação Consulte o catálogo do

fabricante de ferramentas para escolher os componentes mais adequados para reposição e manutenção de ferramentas

Controle a força com torquímetro ao apertar os parafusos de fi xação das pastilhas, principalmente na montagem de fresas

Limpe as ferramentas e os componentes cuidadosamente e evite usar jato de ar para isso

Armazene as pastilhas em locais próprios e organizados

Lubrifi que os componentes das ferramentas com frequência

O Mundo da Usinagem�2

Page 33: OMU_72
Page 34: OMU_72

tendênciAs e oportunidAdes

Por meio das mídias sociais, pessoas e empresas se comunicam de forma mais próxima, produtiva e rentável

Ao ler jornais, revistas, websi-

tes e até mesmo ao receber

informações por meio de

nosso próprio celular, quase sempre

encontramos referências às famosas

mídias sociais. Muito se fala sobre

este novo fenômeno da comunica-

ção. No entanto, você sabe o que

são as mídias sociais? Qual a real

importância da interação social por

meio delas? E como elas podem co-

laborar em suas atividades pessoais

e profissionais?

Com o objetivo de responder estas

questões de forma prática, a Revista

O Mundo da Usinagem apresenta a

seguir uma reportagem sobre este

assunto. Confira as próximas páginas

e saiba como tirar proveito das novas

ferramentas da comunicação digital.

nOvas pOssibilidades surgem nO universo digital

O Mundo da Usinagem�4

Page 35: OMU_72

redes sociais é o compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de

objetivos comuns.

Foi a partir destas organizações

que recentemente nasceram as mí-dias sociais eletrônicas. Durante

os últimos anos a tecnologia avançou

muito e, assim, a comunicação entre

pessoas e empresas vem se modifi-

cando rapidamente, principalmente

com o avanço dos meios de comuni-

cação, desde jornais e telefones até

celulares e Internet.

Cada vez mais interativos, estes

meios de comunicação possibilitam

que as redes sociais se fortaleçam

por meio de ferramentas e platafor-

mas digitais, que são chamadas de

mídias sociais. Estas ferramentas já

são bem conhecidas pelo público

que costuma navegar na Internet.

São elas: blogs, Facebook, LinkedIn,

MSN, Orkut e Twitter, entre outras

(veja mais detalhes no quadro ‘Por

dentro dos novos canais’). Basica-

mente, estas plataformas suportam

arquivos de formatos diferentes como

textos, fotos, áudios e vídeos. É por

meio destes comunicadores que os

usuários podem interagir instanta-neamente com outros usuários em

todo o mundo.

Por que fazer parte?Muitas pessoas ainda não partici-

pam das mídias sociais por questões

de segurança. É importante lembrar

que, quando se cria um perfil em

qualquer plataforma, quem adiciona

dados é o usuário, ou seja, você

tem total liberdade para expor as

informações que desejar sobre sua

vida pessoal ou profissional.

estAr conectAdo em rede Abre umA oportunidAde de estAbelecer novos contAtos profissionAis e pessoAis, Além de possibilitAr A reAlizAção de objetivos comuns entre os pArticipAntes

Como tudo começou É importante lembrar que, ao

contrário do que muitos acreditam, as

mídias sociais não são um fenôme-

no recente. Elas nasceram das redes sociais (ou como são chamadas em

inglês, networkings), que existem

há milhões de anos, desde que os

homens primitivos começaram a se

comunicar e a criar laços afetivos

entre si.

Uma rede social é uma estrutura

composta por pessoas (ou orga-

nizações), conectadas por um ou

vários tipos de relações compostas

de valores e objetivos. Uma das

características fundamentais das

redes é a possibilidade de construir

relacionamentos horizontais e não

hierárquicos entre os seus participan-

tes. Assim, o principal objetivo das

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O Mundo da Usinagem �5

Page 36: OMU_72

Outros não aderem às platafor-

mas de mídias sociais porque não

veem necessidade de estar presente

no espaço virtual. Em artigo publica-

do no website Mídia Social, Deborah Dubner, diretora da Cybermind

Comunicação Interativa, explica que

quem decide participar das mídias

sociais passa por vários estágios.

Primeiro, a pessoa passa pelo des-

conforto de não ter a menor ideia

de qual tecla apertar; depois chega

ao estágio em que encontra amigos,

familiares e colegas de trabalho;

e posteriormente descobre o que

pode fazer, como se comunicar, ler

coisas interessantes, compartilhar o

seu mundo, ter novas ideias e fazer

negócios.

Deborah Dubner ainda indica no

artigo que existe um quarto estágio

para os participantes deste novo con-

ceito digital, porém não são todos os

usuários que chegam lá. É quando o

usuário se sente em casa, familiariza-

do com as ferramentas e consegue

explorar “o melhor dos mundos”. É

quando a pessoa se diverte mais,

cria, inventa, faz, refaz, compartilha,

experimenta, arrisca e evolui.

Ver e ser vistoSe você não quer ter o seu perfil

pessoal nas novas mídias sociais, não

se esqueça que, para a sua empresa

ou para os seus serviços, é impor-tante estar nelas, pois estas platafor-

mas podem ser também importantes

ferramentas de marketing.

Empresas de pequeno, médio e

grande porte já estão atrelando blogs

corporativos aos seus websites para

se comunicar de forma mais direta e

informal com seus clientes e fornece-

dores. Páginas e álbuns no Facebook

e Flickr, além de perfis de empresas

no Twitter, Orkut, LinkedIn e YouTube

surgem a todo o momento, pois es-

tas são consideradas ferramentas de

marketing de baixo custo e poderosas

armas de disseminação de conteúdo

(informações nos formatos de texto,

áudio e vídeo).

Eduardo Marques, gerente de

Projetos de Web da agência dBrain,

explica que alguns cuidados devem

ser tomados por empresas que atuam

ou pretendem atuar nas redes digitais.

“A abordagem deve seguir o padrão

tendênciAs e oportunidAdes

Dados reais no mundo virtual

Para se ter ideia da importância das mídias socias nos dias de hoje, confi ra no quadro abaixo algumas informações retiradas do livro Socialnomics: Como a Mídia Social Transforma o Jeito que Nós Vivemos e Fazemos Negócios, de Erik Qualman. Mais de 50% da população mundial tem menos de 30 anos de idade 96% da geração Y (que compreende pessoas nascidas após o ano

1980) faz parte de alguma mídia social As mídias sociais são atualmente a principal

atividade da web 80% das companhias usam as mídias

sociais para recrutamento de pessoas 34% dos usuários de blogs publicam suas

opiniões sobre marcas e produtos

Segundo Erik Qualman, as mídias sociais fazem parte de uma mudança na forma pela

qual a sociedade se comunica

Shut

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96% da geração Y (que compreende pessoas nascidas após o ano

As mídias sociais são atualmente a principal

O Mundo da Usinagem��

Page 37: OMU_72
Page 38: OMU_72

traçado para os outros veículos de

comunicação da empresa. Manter

a união do discurso é fundamental

para que não haja duas identidades

distintas”, esclarece Marques.

O gerente ainda revela que a ‘per-

sonalidade’ da empresa é um fator

importante para se ter boa atuação

nas mídias sociais. “As estratégias

de ação precisam ter em suas bases

os valores de cada corporação”,

informa. “Criar uma estrutura e um

planejamento é essencial para se

atuar em qualquer mídia”, adverte.

Por meio das mídias sociais, além

de as empresas poderem se apro-

ximar de seu público e disseminar

seus serviços ou produtos, gestores

de Marketing ainda têm em mãos

bons canais para entender o que os

seus clientes (ou possíveis clientes)

estão falando sobre a sua marca

ou negócio: afinal, nestas mídias

qualquer pessoa pode gerar propa-

ganda espontânea – tanto positiva

quanto negativa – para qualquer

companhia.

Modismo ou necessidade?

Erik Qualman, autor americano do

bestseller ‘Socialnomics: Como a Mídia

Social Transforma o Jeito que Nós Vi-

vemos e Fazemos Negócios’, propõe

uma discussão sobre este assunto em

seu livro. A conclusão encontrada pelo

autor é a seguinte: as mídias sociais

não são modismo; elas fazem parte de

uma mudança fundamental na forma

em que a sociedade se comunica nos

dias atuais. Pense nisso!

Ana Carbonieri

Jornalista

tendênciAs e oportunidAdes

Por dentro dos novos canais

Veja abaixo algumas informações sobre as principais mídias sociais disponíveis no universo digital:

Blogs: são ferramentas para a publicação de conteúdo (textos, imagens, áudios e vídeos), que permitem compartilhar pensamentos de forma fácil. Diversos sites oferecem o serviço de blogs: www.blogger.com; br.wordpress.org; www.typepad.com

Facebook (www.facebook.com): mídia social de uso pessoal. Um perfi l sobre cada usuário é criado e neste espaço é possível enviar e receber mensagens de outras pessoas, além de publicar imagens e vídeos. Também é possível criar páginas sobre empresas ou grupos.

Flickr (www.fl ickr.com): website de hospedagem e compartilhamento de imagens fotográfi cas, e eventualmente de outros tipos de documentos gráfi cos, como desenhos e ilustrações.

LinkedIn (www.linkedin.com): mídia social pessoal com o intuito exclusivo de criar e fortalecer contatos profi ssionais entre os usuários.

Orkut (www.orkut.com): mídia social de uso pessoal (parecida e com os mesmos propósitos do Facebook). Grande parte de seus usuários encontra-se no Brasil.

Twitter (www.twitter.com): mídia social e servidor para microblog que permite aos usuários enviar e ler atualizações pessoais e de empresas. A característica de microblog se deve ao fato de a plataforma permitir a postagem de textos compactos, com no máximo 140 caracteres.

YouTube (www.youtube.com): mídia social que permite os usuários carregar e compartilhar vídeos em formato digital.

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ress

www.sandvik.coromant.com/br

Através do Projeto CRC, a Sandvik Coromant coleta a sucata de pastilhas e ferramentas de metal duro utilizadas por seus clientes, dando a elas a destinação correta e contribuindo para a conservação do meio ambiente.

Entre em contato pelo e-mail [email protected] ou fale com um Distribuidor Autorizado Sandvik Coromant em sua região.

Conceito de Reciclagem Coromant.Adote esta idéia por um mundo melhor.

SANDVIK COROMANT DO BRASILwww.sandvik.coromant.com/br0800 559698

Você pode reciclar suas ferramentas usadas.

O Mundo da Usinagem�8

Page 39: OMU_72

housep

ress

www.sandvik.coromant.com/br

Através do Projeto CRC, a Sandvik Coromant coleta a sucata de pastilhas e ferramentas de metal duro utilizadas por seus clientes, dando a elas a destinação correta e contribuindo para a conservação do meio ambiente.

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SANDVIK COROMANT DO BRASILwww.sandvik.coromant.com/br0800 559698

Você pode reciclar suas ferramentas usadas.

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Nós, da Sandvik Coromant,

sempre acreditamos na capa-

cidade que o mercado tem

de se reerguer. Por isso, durante a

crise econômica mundial que mar-

cou especialmente o ano de 2009,

enquanto alguns segmentos do setor

industrial apresentavam baixos níveis

de crescimento, mantivemos nossa

atuação presente em todos os setores

para os quais trabalhamos – tanto em

empresas de micro quanto de médio

e grande porte. Isso porque acredita-

mos que sempre é possível aprimorar

processos, elevar os índices de produ-

tividade e reduzir custos operacionais.

Na ocasião, nosso objetivo era mostrar

que sempre é possível fazer diferente;

sempre é possível melhorar.

No entanto, no final do ano passa-

do o cenário se transformou. Diversos

segmentos da indústria começaram a

registrar índices muito positivos, um

crescimento que perdura até hoje.

Já recuperadas, as empresas se

deparam agora com outro desafio: o

de se tornarem cada vez mais com-petitivas. O câmbio é outro fator que

contribui para reforçar este cenário.

Com o real valorizado, muitas indús-

trias passaram a importar produtos

de outros países para serem utiliza-

dos em sua produção. Por sua vez,

os fabricantes brasileiros procuram

destacar-se para atender o mercado

interno com seus produtos.

Neste contexto, encontrar formas

para obter melhorias nos processos

passou a ser uma necessidade para

enfrentar a competição do mercado.

Após todo o suporte que oferecemos

durante o período de dificuldade,

fomos requisitados para colocar em

prática as indicações que havíamos

sugerido, desenvolvendo projetos

e estudando processos. Em meio à

busca constante por melhores índices

de produtividade, as empresas procu-

ram fornecedores de confiança, que

possuam know-how e tecnologia para

desenvolver novas soluções para a

produção – e foi isso o que fizemos.

Para atender esta demanda, nos-

sa equipe cresceu em 2010. Além

disso, continuamos investindo na

capacitação de nossos profissionais,

seja com cursos de reciclagem, com

treinamentos de conteúdo técnico ou

palestras sobre particularidades da

área de Vendas.

Sabemos também que, para agre-

gar competitividade, as soluções a se-

rem implantadas dentro de uma fábrica

não devem ser pontuais, limitando-se

à troca de uma pastilha ou à melhoria

de um processo isolado. A visão do

vendedor deve ser abrangente e con-

siderar todos os fatores envolvidos. É

esta a estratégia de nossa equipe de

Vendas. Com acompanhamento cons-

tante, nos prontificamos a solucionar

as dificuldades do chão de fábrica e

tornar os processos mais produtivos,

sempre levando em consideração a

produção como um todo.

Mesmo durante os períodos

de instabilidade econômica, conti-

nuamos investindo no desenvolvi-

mento de novas ferramentas para

a indústria. Um exemplo é o evento

CoroPak 10.2, que foi realizado

na primeira semana de outubro,

quando apresentamos ao mercado

novas soluções de usinagem. Entre

as muitas inovações, podemos citar

a calculadora de usinagem para

telefones iPhone e Android; as

pastilhas na classe GC 1040 para

fresamento; pastilhas ISO S para

torneamento de superligas resis-

tentes ao calor e titânio; pastilhas CoroThread 266 na geometria C

para rosqueamento; e os suportes e pastilhas CoroMill 325 para

turbilhonamento de roscas.

Com uma estrutura baseada

no acompanhamento constante ao

cliente e com investimentos em novas

soluções, esperamos encerrar 2010

com excelentes resultados. E para

2011 vislumbramos índices ainda

melhores, pois com o crescimento da

indústria, que será impulsionada pelos

eventos esportivos dos próximos

anos, teremos novas oportunidades

para prosperar juntos!

José Edson BerniniGerente Nacional de Vendas

Sandvik Coromant

Fern

ando

Fav

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to

nossA pArcelA de responsAbilidAde

supOrTe para Ocrescimento

O Mundo da Usinagem40

Page 41: OMU_72
Page 42: OMU_72

ANUNCIANTES NESTA EDIÇÃOO Mundo da Usinagem 72

Agie-charmilles . . . . . . . . . . . . . . . . . .5

blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

bucci . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22

cosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23

deb´maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3ª capa

dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27

dynamach . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

ergomat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

hexagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29

intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37

Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28/30

machsystem . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12

mitutoyo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

okuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

romi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33

sandvik local . . . . . . . . . . . . . . . . . .39

sandvik . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4ª capa

selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2ª capa

turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41

Villares metals . . . . . . . . . . . . . . . . .19

Vitor & buono . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

ARWI Tel: 54 3026-8888Caxias do Sul - RS

ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837-9106São Paulo - SP

COFAST Tel: 11 4997-1255Santo André - SP

COFECORT Tel: 16 3333-7700Araraquara - SP

COMED Tel: 11 2442-7780Guarulhos - SP

CONSULTEC Tel: 51 3343-6666Porto Alegre - RS

COROFERGS Tel: 51 3337-1515Porto Alegre - RS

CUTTING TOOLS Tel: 19 3243-0422Campinas – SP

DIRETHA Tel: 11 2063-0004São Paulo - SP

ESCÂNDIA Tel: 31 3295-7297Belo Horizonte - MG

FERRAMETAL Tel: 85 3226-5400Fortaleza - CE

GALE Tel: 41 3339-2831Curitiba - PR

GC Tel: 49 3522-0955Joaçaba - SC

HAILTOOLS Tel: 27 3320-6047Vila Velha - ES

KAYMÃ Tel: 67 3321-3593Campo Grande - MS

MACHFER Tel: 21 3882-9600Rio de Janeiro - RJ

MAXVALE Tel: 12 3941-2902São José dos Campos - SP

MSC Tel: 92 3613-9117Manaus - AM

NEOPAQ Tel: 51 3527-1111Novo Hamburgo - RS

PRODUS Tel: 15 3225-3496Sorocaba - SP

PS Tel: 14 3312-3312Bauru - SP

PS Tel: 44 3265-1600Maringá - PR

PÉRSICO Tel: 19 3421-2182 Piracicaba - SP

REPATRI Tel: 48 3433-4415Criciúma - SC

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As seis novas geometrias foram projetadas para lidar com profundidades de corte de 0.2 a 10 mm (0.008 - 0.393polegadas) com grande controle de cavacos e baixa pressãoda ferramenta. Quatro geometrias foram introduzidas paraprofundidades de corte pequenas a moderadas em aplicaçõesde desbaste leve ao acabamento. Duas geometrias mais robustasforam introduzidas para profundidades de corte maiores em desbasteou desbaste leve.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

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