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OMS DIRETRIZES ESTRATÉGICAS DE COMBATE AO HIV EM POPULAÇÕES-CHAVE

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OMS

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS DE COMBATE AO HIV EM POPULAÇÕES-CHAVE

OMS Organização Mundial da Saúde

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS NO

COMBATE AO HIV ATRAVÉS DAS POPULAÇÕES CHAVE

Alberto Rosa Luiza Queiroz

“DIRETRIZES ESTRATÉGICAS NO COMBATE AO HIV ATRAVÉS DAS POPULAÇÕES CHAVE”

OMS

João Marco Barros

Joanan Nepomuceno Oliveira

Kathlyn Kayami de Fatima Paula Watanabe

APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA

Olá, senhoras e senhores delegadxs do comitê! Sejam bem vindxs! É com um

imenso prazer que a mesa diretora da Organização Mundial de Saúde da MiniMUN se

apresenta aos seus pupilos.

Eu sou Luiza Queiroz do 3º ano do Colégio Militar de Salvador, tenho 17 aninhos

e muito amor pelo mundo das simulações das Nações Unidas. Desde muito nova meu sonho é

ser diplomata, e minha entrada no CRI - Clube de Relações Internacionais - durante o 1º ano

só fez aumentar a minha vontade de estar inserida no contexto das relações internacionais no

futuro. Além de simular, sou apaixonada pela Sétima Arte e amo tocar guitarra e ouvir muito

Ed Sheeran e Radiohead. Torço muito para que vocês curtam tanto simular quanto eu e o meu

amigo com quem irei dividir a mesa.

Que sou eu, a pessoa que lhes escreve agora, meu nome é Alberto Rosa, também

do 3° ano do CMS. Tenho 18 anos e sou cativado pelas MUNs (Modelo das Nações Unidas).

Desde da minha iniciação no CRI, no 1° ano, meu interesse sobre a área da diplomacia surgiu

e só fez aumentar o anseio de tentar fazer um mundo melhor. Além das simulações, eu amo

assistir filmes, séries (GoT <3), ler, programar e ouvir música.

Enfim, espero que vocês passem a gostar de participar das MUNs e em um futuro

bem próximo amar tanto quanto nós. Ah, só mais uma coisa! Eu e a Luiza estamos e estaremos

sempre dispostxs para oferecer qualquer orientação necessária antes, durante e depois da

MiniMUN, okay?

Forte abraço e boas representações!

Alberto Rosa e Luiza Queiroz

4 5

GUIA DE ESTUDOS

SUMÁRIO

1. O Comitê ................................................................................................................................. 05

2. Promovendo Saúde: Valorizando Culturas e Ascendendo Direitos .............................. 07

3. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) ............................................................ 09

3.1 Contágio: Estado de Alerta ........................................................................11

3.2 Fisiopatologia: Conhecendo O Seu Inimigo ....................................................... 12

3.3 Diagnóstico .............................................................................................................. 13

3.4 Intervenções ............................................................................................................. 14

4. Ponto Foco: População-Chave ........................................................................................... 16

5. Direcionamento do Debate ................................................................................................. 18

6. Informações e Dados dos Países ........................................................................................ 19

7. Documento Final ..................................................................................................................... 49

8. Conclusão ............................................................................................................................... 50

9. Referências Bibliográficas .................................................................................................. 51

4 5

1. O COMITÊ

Em um de seus trabalhos, o Ex-presidente da Corte Interamericana de Direitos

Humanos, Antônio Trindade, faz uma alusão à fundação das organizações que hoje regem

a humanidade, tendo como base a criação da declaração Universal dos Direitos Humanos.

“Quando a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou, aos 10 de dezembro de

1948, a Declaração Universal de Direitos Humanos, ninguém poderia antecipar que se

estava dando início a um processo histórico de generalização da proteção internacional

dos direitos humanos. A visão holística dos direitos proclamados veio a reconhecê-los como

inter-relacionados (direitos culturais, sociais, econômicos, civis e políticos), indivisíveis,

inerentes a todo ser humano, e, portanto, anteriores e superiores ao Estado e a toda e

qualquer outra forma de organização política ou social”

A partir disso, foram criadas organizações específicas para tratar cada necessidade

humana. No que diz respeito à saúde, foi fundada a OMS – Organização Mundial da Saúde,

no ano de 1948, que se constitui como agência especializada em saúde, sendo subordinada

à Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o artigo 1° da sua constituição, a OMS

tem como propósito primordial garantir o nível mais elevado de saúde para todos os seres

humanos. Desse modo, como forma de estabelecer o acesso universal à saúde, ela promove

uma série de atividades por meio da cooperação técnica entre seus membros, orientadas

para melhorias no saneamento, na saúde familiar, na capacitação de trabalhadores da área

de saúde, no fortalecimento dos serviços médicos, na formulação de políticas de

medicamentos e pesquisas biomédicas e, principalmente, na luta contra patologias.

Composta por 192 Estados e dois membros associados, sendo que cada integrante se

pronuncia de acordo com o posicionamento de seu país ou organização, eles se reúnem todos

os anos em Genebra, no âmbito da Assembleia Mundial da Saúde, a fim de definir a política

geral da organização,

4 5

aprovar orçamentos e a cada cinco anos nomear um diretor-geral, com o intuito de alcançar

melhores níveis na saúde mundial.

4 5

2. PROMOVER SAÚDE: VALORIZANDO CULTURAS E

ASCENDENDO DIREITOS

A saúde é definida em sua concepção mais abrangente pela Organização Mundial

da Saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente

ausência de afecções e enfermidades” (OMS, 1946). Assim sendo, o viés da saúde deve

compreender diversos âmbitos humanos que expressam seu bem-estar, inclusive no que diz

respeito a sua sexualidade, sociedade e cotidiano. Indo além das doenças e patologias,

buscando preencher inúmeras lacunas que separam o bem-estar da enfermidade e do óbito,

deve-se compreender a sociedade como um todo através da Cultura, dos Direitos Humanos,

das condições socioeconômicas e de infraestrutura de cada localidade.

Diante dos problemas referentes à saúde mundial, às populações contaminadas com

vírus HIV representam um alto risco de pandemias e contaminações em massa, além das altas

taxas de morbidade, ou seja, a propensão a ocasionar doenças, de modo que se tornem

objeto de inúmeros debates que visam à erradicação do vírus. No entanto, tratar esse tema

e torná-lo prioridade supõe a superação de entraves de diversas ordens, tais como a

inexistência de meios públicos e acessíveis à saúde, o descaso político e governamental com

a causa, baixo incentivo e financiamento internacional para o campo da saúde pública, além

da superação de preconceitos e meios desumanos de enxergar e entender as mais variadas

formas de expressar suas opções sexuais, religiosas e comportamentais. Tais empecilhos

impactam profundamente no grau de vulnerabilidade às doenças, de modo que somente

abordagens integrais e transversais poderiam dar uma resposta a desafios tão elevados,

como a erradicação do vírus da AIDS.

Destarte, torna-se necessário salientar que a diversidade cultural presente nas

populações é um fator de base a ser considerado nas discussões políticas de promoção do

cuidado com a saúde em seus mais abrangentes segmentos.

4 5

Julgado como um assunto íntimo e singular à esfera privada, a extinção do HIV na população

global é um objetivo que demanda muitas discussões, debates e lutas para desconstruir tabus

em várias sociedades, afinal, cada indivíduo é cercado por rituais de significado individual

ou grupal que sucedem de um processo histórico de significação. Por fim, como meio de

alcançar o objetivo maior, faz-se importante, além de debater e equacionar meios de

melhoramento da saúde, promover discussões abrangentes e plurais que busquem como norte

promover a saúde, sem minimizar ou desqualificar qualquer cultura ou expressão íntima de

cada população.

4 5

3. SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS)

A AIDS é uma doença causada pelos retrovírus, vírus da imunodeficiência humana

(HIV), e caracterizada por uma profunda resposta imunológica, resultando em infecções

oportunistas, tumores secundários e manifestações neurológicas. A priori, deve-se ter cautela

ao tratar os conceitos de AIDS e HIV, enunciações diferentes, embora sejam duas concepções

relacionadas. AIDS é a doença em si, por sua vez, HIV é o vírus causador dessa doença. Há

trinta anos, o indivíduo ao receber o diagnóstico de portador do vírus HIV tomava para si a

condição irreversível de morte. Porém, graças ao avanço das pesquisas técnico-científicas,

atualmente o campo terapêutico conta com diversas drogas que auxiliam os pacientes,

garantindo-lhes mais anos com qualidade de vida, e acima de tudo, com mais saúde.

De acordo com os dados publicados pela Organização Mundial da Saúde em 2013,

atualmente o número de pessoas que carregam o vírus HIV chega a 34 milhões de indivíduos

espalhados por todos os cantos do mundo, sendo que, desse montante, 28 milhões elegíveis

recebem o tratamento através da terapia antirretroviral, um número expressivo, porém

insatisfatório.

FIGURA 1

10

Os impactos resultantes da pandemia da AIDS sobre a saúde pública têm atingido

cada vez mais as regiões com menos condições de oferecer tratamento devido às situações

de calamidades sociais e econômicas, ao passo que não há investimento por parte do governo

em prol de melhorias na saúde tampouco investimento em educação e conscientização da

população.

A Organização Mundial da Saúde e o Programa da Junta das Nações Unidas para

HIV/AIDS trabalham incessantemente para tratar os soropositivos e evitar que mais pessoas

sejam afetas por essa doença. Infelizmente, devido às particularidades de cada região, e

especificamente de cada país, a luta contra essa pandemia torna-se mais árdua e complexa.

Talvez fosse uma abordagem simplista afirmar que a AIDS é um mal que só ataca os pobres,

mas é impossível negar que a falta de informação, que normalmente vem junto com a falta

de recursos, pode desenvolver um ambiente em que seja facilitada a proliferação da doença.

Assim, nas palavras de Maria Cristina Pimenta, consultora da UNAIDS, órgão das

Nações Unidas para combate à AIDS:

“A pobreza é um fenômeno multidimensional, caracterizado pela dificuldade ou falta

de acesso à renda, mas que inclui também a dificuldade ou a impossibilidade de acesso a

direitos sociais e direitos humanos, a serviços de saúde e a medicamentos. Esse fenômeno tem

características distintas no meio rural, nas pequenas cidades ou nos chamados bolsões de

pobreza nas periferias das grandes metrópoles. Sabemos que a epidemia de AIDS é movida

pela pobreza, pela exploração econômica, pela opressão de gênero, pela opressão sexual

e pela discriminação racial. A sinergia entre essas diversas formas de opressão move a

epidemia. O primeiro é o reconhecimento do problema e o segundo é a sua priorização como

meta governamental de combate, com a alocação de recursos financeiros adequados. É claro

que, se um país tem limitação de recursos para atender às necessidades básicas da

população, áreas como educação e saúde serão prejudicadas, e, portanto, a resposta à

epidemia vai ser mais lenta e menos eficaz”.

11

Atualmente, a ciência não trabalha na tentativa de explicar a causa, ou o meio motor

da patologia imunológica da AIDS, mas sim buscar o seu combate. A comunidade científica

possui argumentos sólidos e embasados para apontar o vírus HIV como o causador da AIDS,

doença que aflige todos os setores da sociedade, porém sendo suscetível à propagação em

camadas sociais mais fragilizadas, nomeadas de Populações-Chave. Para fortificar a tese

de que o causador é o HIV, os cientistas baseiam-se no chamado postulado de Koch,

desenvolvido no século XIX, porém eficiente até os dias atuais, como meio de consolidar e

comprovar a responsabilidade de agentes patogênicos na proliferação de determinadas

doenças.

Stephen J. O’Brien, diretor do Laboratório de Diversidade do Genoma do Instituto

Nacional da Saúde, nos Estados Unidos, afirma:

“É hora de reconhecer que o debate sobre HIV e AIDS está terminado. A princípio ele

se mostrou construtivo porque obrigou os cientistas a investigar ainda mais a relação entre o

agente patogênico e a doença. Mas essa fase já passou. Esse tipo de discussão deve parar

para que todas as energias sejam direcionadas ao desenvolvimento de uma vacina

preventiva e de novas drogas”.

3.1 Contágio – Estado de Alerta

O vírus HIV vive nos fluidos do corpo, são eles principalmente: o sangue, o esperma,

a secreção vaginal e também o leite materno. Assim, o ponto de partida para o combate a

pandemia de AIDS é a opção preventiva, isto é, ações e atitudes que anulem a possibilidade

de contágio. Um dos caminhos mais eficazes e certos é o uso da camisinha em toda e qualquer

relação sexual, seja uma relação casual homem-mulher, oral e principalmente na relação

sexual anal, quando a penetração do pênis acomete pequenos ferimentos no ânus que

facilitam o contato de fluidos, e posteriormente, a entrada do vírus no organismo.

12

Outra situação importante a se destacar compreende as populações de usuários de

drogas injetáveis, pois o risco de contaminação é altíssimo quando se trabalha a possibilidade

de compartilhamento de seringas ou quaisquer materiais perfurantes, uma vez que a

quantidade deixada nesses instrumentos contaminados é mais que necessário para

desencadear o contágio da doença.

Além das formas convencionais de contágio, outras situações demonstram

possibilidades de transmissão, embora menos comuns, como o uso de materiais não

esterilizados em consultórios odontológicos. Antigamente, outro modo em que o contágio era

possível se dava através de transfusões de sangue ou doações de órgãos em que as condições

de realização não levantavam as hipóteses de DSTs, porém essa realidade parece ter ficado

no passado, principalmente em países desenvolvidos.

Enfim, tirando essas formas citadas de transmissão, outras situações fazem parte da

normalidade da vida humana. Hábitos sociais como conversar, apertar a mão ou abraçar

não representam uma ameaça, além disso, não existem casos comprovados de contágio por

meio de salivas ou lágrimas, tampouco por insetos que transportam quantidades desprezíveis

de sangue, como por exemplo, pernilongos.

3.2 Fisiopatologia: Conhecendo o Seu Inimigo

A AIDS é causada pelo HIV, um lentivírus pertencente à família dos retrovírus de

mamíferos que estabelecem infecções persistentes crônicas, com instalação gradual dos

sintomas clínicos. A multiplicação do vírus após a infecção é constante e sua composição pode

sofrer diversas mutações. Os seres humanos e os primatas não humanos constituem o único

grupo de hospedeiros naturais e suscetíveis ao vírus HIV.

O HIV se divide em dois grandes grupos, o tipo 1 e o tipo 2, chamados de HIV-1 e

HIV-2, isolados de pacientes com AIDS. O primeiro tipo é mais comum na Europa, nos Estados

Unidos e na África Central, enquanto o HIV-2 causa a

13

doença semelhante principalmente na África Ocidental e na Índia. Ainda que o HIV possa

infectar muitos tecidos, há dois alvos principais na infecção por HIV: o sistema imune e o sistema

nervoso central.

Caracteriza-se pela destruição gradual da imunidade mediada por células (linfócitos

T) e da autoimunidade, causando susceptibilidade a infecções oportunistas, câncer e outras

anormalidades. Uma imunossupressão profunda mediada por células é o emblema da AIDS.

Ela resulta principalmente na infecção de células T CD4+ e da perda destas, bem como de

uma disfunção na atividade das células T que sobrevivem. (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005).

O linfócito T é também conhecido por CD4, nome da proteína que existe em grande

quantidade na sua superfície e é usada pelo vírus para se conectar a célula e invadi-la. Essa

invasão é a única forma que ele tem de se multiplicar, coisa que não consegue fazer fora do

organismo. Depois que célula é atacada, ou ela morre ou deixa de funcionar

apropriadamente. Só para se ter uma ideia de como o HIV é devastador, uma pessoa normal

tem entre oitocentos e 1200 dessas células por milímetro cúbico de sangue. Em uma pessoa

altamente debilitada pela AIDS, esse número cai para menos de duzentos. Nesse momento,

começam as infecções pulmonares, intestinais, cerebrais e, consequentemente, a perda de

peso, diarreia e um tipo de câncer que deixa marcas escuras na pele, chamado de sarcoma

de Kaposi (LUCÍRIO, 2005).

3.3 Diagnóstico

Um dos aspectos peculiares na guerra contra o HIV é a busca por diagnósticos mais

antecipados e imediatos, pois, quanto mais cedo for diagnosticada a doença, mais

rapidamente ela será tratada e, além disso, outras pessoas não estarão correndo o risco de

serem contaminadas por pessoas já conscientizadas de sua condição.

Para tal, existem alguns testes que são realizadas por meio da coleta de amostras

sanguíneas dos indivíduos. Os principais testes são:

14

Testes Elisas;

Teste de Imunofluorescência Indireta para o HIV;

Teste Western Blot

Testes Rápidos anti-HIV.

3.4 Intervenções

Em livro publicado pela editora LAB, a coleção da Práxis Enfermagem em

Fisiopatologia Básica enuncia alguns mecanismos de intervenção:

Terapia primária: combinação de três tipos diferentes de antirretrovirais

– para inibir a replicação viral do HIV com menos reações adversas.

Recomendações atuais: uso de dois nucleosídeos (interferem na cópia do RNA viral

em DNA pela transcriptase reversa) mais um inibidor da protease (bloqueia a

replicação da partícula viral e reduz o número de novas partículas virais

produzidas), ou dois nucleosídios e um não- nucleosídio (interferem na ação da

transcriptase reversa) – para inibir a produção de cepas mutantes

Agentes imunomoduladores – para estimular o sistema imune enfraquecido pela

AIDS e pela terapia antirretroviral

Fator estimulante do crescimento de colônias de granulócitos humanos

– para estimular a produção de neutrófilos (a terapia antirretroviral causa anemia,

de modo que os pacientes podem receber epoetina alfa)

Agentes antiinfecciosos e antineoplásicos – para combater infecções oportunistas e

cânceres associados (alguns profilaticamente, para ajudar a resistir a infecções

oportunistas).

15

Terapia de suporte (suporte nutricional, de reposição de líquidos e eletrólitos,

alívio da dor, apoio psicológico) – para proporcionar conforto.

Aplicação das precauções universais – para prevenir a transmissão imprudente da

AIDS e de outras doenças infecciosas por via semelhantes.

Informação sobre grupos de portadores de HIV e AIDS e programas de apoio –

para ajudar o portador e seus familiares.

16

4. PONTO FOCO: POPULAÇÕES - CHAVE

Dentro dos parâmetros que envolvem a ocorrência ou transmissão do HIV na

expressão global do século XXI, a OMS ressalta a importância de um direcionamento urgente

e eficaz da atenção mundial a um grupo específico no combate a AIDS/SIDA, visto que se

encontra em uma linha de vulnerabilidade conflituosa. A OMS nomeia esse grupo como

Populações Chave, uma vez que esses indivíduos se deparam com uma situação corriqueira

de precariedade e isolamento social, mas que corresponde a um potencial singular no

combate à AIDS/SIDA. É de extrema importância para a OMS assegurar que se estabeleçam

diretrizes estratégicas que refletem as verdadeiras necessidades dessas populações com o

intuito de promover ações governamentais que garantem os serviços e a atenção necessária

para esses grupos tão entregues e acometíveis ao HIV.

Em muitos países, são deixados de fora dos planos nacionais de HIV, e as legislações

e políticas discriminatórias são as principais barreiras ao acesso. A OMS emite novas

recomendações para os países sobre os serviços de saúde e mudanças na política para

reverter a situação. Aproximadamente, 13 milhões de pessoas receberam ARVs nos países

em desenvolvimento a partir de final de 2013, mas as novas infecções, particularmente entre

essas populações-chave, são condução à propagação do HIV.

Segundo estudos sobre as condições, situações e circunstâncias de transmissões do HIV,

populações-chave e seus parceiros sexuais representam uma parcela considerável de novas

infecções pelo HIV em diversos países, como Nigéria (51%), Quênia (33%), Moçambique

(acima de 25%), Marrocos (80%),

República Dominicana (47%) e Peru (65%).

Os dados da OMS e das representações governamentais relacionados às tendências

epidemiológicas e de cobertura dos serviços proativos são recursos essenciais em propósito

de uma decisão sensata. Dentro de cada particularidade diplomática, no entanto, certos

grupos e realidades geográficas estão mais vulneráveis e, por conseguinte, são mais afetados

pela epidemia ou possuem uma

17

maior necessidade não atendida para o tratamento e combate ao HIV. Priorizar estudos e

formular estratégias que direcionem a esses ambientes e populações- chave envolvidas a

atenção necessária, além do acesso a sua localização, são formas de expressar um caminho

promissor e essencial rumo ao combate da epidemia AIDS/SIDA.

Ao estabelecer diretrizes estratégicas no tratamento do HIV em alinhamento de outras

ferramentas de prevenção comprovadas, em regiões geográficas estabelecidas e grupos nos

quais as proporções de transmissão e a urgência não atendida por serviços relacionados com

o HIV são extremamente altas, pode-se sem sombra de dúvidas alcançar o corte de modo

substancial da taxa de novas infeções, direcionando a Organização Mundial para um futuro

próximo de realizações no que se refere ao combate a AIDS/SIDA.

18

5. DIRECIONAMENTO DO DEBATE

A mesa diretora que compõe o comitê da Organização Mundial da Saúde (OMS)

transfere a todos os representantes diplomáticos um espírito investigador e uma atitude de

ousadia para os debates que ocorrerão nesse pleito. Salientamos a necessidade de estudos,

investigações e embasamentos teóricos para a defesa das aspirações políticas, econômicas,

sociais e culturais de cada nação. Lembramos também que a linha do debate de cada país

deverá acima de tudo representar de forma fidedigna e concreta a real posição da

diplomacia e sua visão global do tema tratado.

19

6. INFORMAÇÕES E DADOS DOS PAÍSES REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,629

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 1,2%

PIB per capita (em dólares) US$ 11,250,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 8,5%

Despesas de saúde pública (% do total) 47,7%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$689,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

100%

População total (milhões) 5.16

Números de pessoas que vivem com HIV 6.300,000

Óbitos por consequência da AIDS 200,000

A diplomacia da República da África do Sul, assim como a maioria dos países do

continente africano, destaca a saúde perante as demais demandas do país, uma vez que os

números mostram cada vez mais a ascensão de doenças contagiosas. Sendo assim, seus

representantes acreditam que todas as decisões políticas que os envolvem devem impactar

diretamente na área da saúde, além de depositar nas relações políticas internacionais o

dever de oferecer a população mão de obra e tecnologia suficientes para a produção de

medicamentos e vacinas (AGNU, 2009).

O país sofre com a vulnerabilidade ocasionada pelos altos níveis de pobreza e pelas

doenças diversas que permeiam a região, como o HIV, que influenciam nos altos níveis de

mortalidade da África-subsaariana.

20

CANADÁ

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,902

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 1,2%

PIB per capita (em dólares) US$ 37.520,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 11,2%

Despesas de saúde pública (% do total) 70,4%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 5.630,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

100%

População total (milhões) 35.67

Números de pessoas que vivem com HIV 72,000

Óbitos por consequência da AIDS <500

O Canadá tem a saúde como uma de suas maiores preocupações e possui como meta

atender toda sua população, desde a área urbana que representa a maior parte (80%) até

as áreas de difícil acesso. Para que isso ocorra, foi criado um processo dividido em três etapas

que atingem diversos âmbitos. A primeira das etapas está relacionada ao acesso a serviços

primários de saúde e a campanhas educativas para conscientizar sobre a importância dos

cuidados primários. A segunda etapa consiste em oferecer serviços de natureza mais

específica, como tratamento odontológico e a disponibilização de medicamentos, levando-se

em conta a dificuldade de acesso de alguns indivíduos em função das localidades em que

vivem. A última etapa, por fim, consiste no desenvolvimento de técnicas inovadoras pensando

no atendimento em locais de difícil acesso (ONU, 2013). Mesmo com métodos eficientes contra

prevenção de doenças, o HIV se faz presente no país.

REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,699

21

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 0,5%

PIB per capita (em dólares) US$ 6.091,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 5,2%

Despesas de saúde pública (% do total) 55,9%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 278,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

65%

População total (bilhões) 1.357

Números de pessoas que vivem com HIV 780,000

Óbitos por consequência da AIDS 28,000

Tendo consciência da correlação entre a saúde pública e a economia, o governo chinês

propõe debates internacionais que visam, a partir de três pontos, melhorias para a área da

saúde. O primeiro desses pontos é o fortalecimento da cooperação internacional em situações

de crise de saúde pública mundial. O segundo se refere ao aumento do apoio aos sistemas

de saúde dos países em desenvolvimento e, por último, o estabelecimento de um bom sistema

de saúde público. Mesmo com boas propostas para o andamento de uma população com

altos níveis de saúde, o país tem forte presença do HIV - em 2009.

REPÚBLICA DE CUBA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,780

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) -0,0%

PIB per capita (em dólares) US$ 6,051,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 10,0%

Despesas de saúde pública (% do total) 94,7%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 606,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

94%

22

População total (milhões) 11.16

Números de pessoas que vivem com HIV 16,000

Óbitos por consequência da AIDS 8,000

Tendo consciência das necessidades populacionais, o governo cubano divide seu

sistema de saúde em quatro níveis, de forma que o primeiro tem a função de conscientizar a

população e prevenir doenças de fácil transmissão. Assim, doenças mais avançadas não

perdem recursos, mantendo um padrão seguro de tratamentos para a população enferma.

O segundo nível é formado por hospitais regionais que trabalham em função das doenças

que surgem quando o primeiro nível não tem total eficiência, ou seja, conscientização. O

terciário e o quaternário são presentes em necessidades patológicas mais avançadas, como

internações e tratamentos intensivos (como UTI etc.).

Doenças sexualmente transmissíveis são presentes na região, porém em números

menores em comparação aos países próximos dali. O HIV tem maior presença em

profissionais do sexo e em homens, principalmente aqueles que fazem sexo sem proteção.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,914

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 0,7%

PIB per capita (em dólares) US$ 54.678,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 17,9%

Despesas de saúde pública (% do total) 47,9%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 8.608,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

95%

População total (milhões) 308.74

23

Números de pessoas que vivem com HIV 1,350,000

Óbitos por consequência da AIDS 24,000

Os Estados Unidos da América consideram a saúde global como fator de extrema

importância e acredita que ela só será possível perante uma cooperação internacional,

decorrente de ações ligadas a organizações subordinadas à Organização das Nações

Unidas (ONU). A resolução defendida pela nação estadunidense reconhece a necessidade

de uma cobertura universal de saúde apoiada na igualdade de gênero e no empoderamento

da mulher, bem como na qualidade dos sistemas de saúde, no desenvolvimento de pesquisas

inovadoras na área e na construção de capacidade regulatória nacional dos sistemas (AGNU,

2013).

No país, a saúde é tratada por meio de provedores públicos e privados, os ‘’seguros’’,

que são adquiridos pela população baseando-se em sua renda. Para indivíduos que vivem

com HIV, os seguros são ainda mais difíceis devido ao alto preço, fazendo com que apenas

uma pequena parte dessa população os tenha, deixando os demais infectados propícios ao

não tratamento e suscetíveis à transmissão para o restante da população, porém, por mais

difícil que seja o acesso, existem instrumentos governamentais gratuitos que proporcionam

condições necessárias para uma boa vida aos aidéticos.

REPÚBLICA DA INDONÉSIA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,629

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 1,2%

PIB per capita (em dólares) US$ 4.876,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 2.7%

Despesas de saúde pública (% do total) 34,1%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 95,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da 73%

24

população urbana com acesso)

População total (milhões) 249,9

Números de pessoas que vivem com HIV 640,000

Óbitos por consequência da AIDS 29.000

A Indonésia possui como ação imediata o comprometimento em aumentar seus serviços

de saúde pública, além de investir na ampliação e garantia do acesso em diversos serviços

relacionados à saúde. No ano de 2010, a Indonésia manifestou seu posicionamento em

defesa de uma concentração maior em esforços por parte dos países para a promoção da

saúde mundial e desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas. Dentro da perspectiva

dessa delegação, o ponto chave para busca de melhores condições para a população

mundial somente será possível com a cooperação e interação internacional.

Durante os últimos anos, o país tem organizado e praticado medidas que respondem

à situação da AIDS em seu território, assim, aumentando a testagem, conscientizações e

promoção de serviços de prevenção do HIV, principalmente referentes às populações-chave.

Dessa forma, inúmeras ações de combate à AIDS estão ajudando na estabilização da

epidemia, além de acelerar as prestações de serviço e tratamento de forma inovadora e

abrangente.

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,393

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 2,5%

PIB per capita (em dólares) US$ 565,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) %6,6

Despesas de saúde pública (% do total) 41,7%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 35,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

19%

25

População total (milhões) 25.83

Números de pessoas que vivem com HIV 1,600,000

Óbitos por consequência da AIDS 76.800

A perspectiva política no que se refere à saúde em Moçambique baseia-se

essencialmente dentro dos cuidados primários, além da promoção da igualdade e elevação

da eficácia dos serviços de saúde, movimentado através da parceria entre setor público e

privado.

Moçambique possui como desafios vencer as condições precárias da população e o

aumento constante dos números de infectados pelo vírus HIV. Assim, políticas públicas,

envolvimento privado e público, além da atenção especial na infraestrutura, especificamente,

no saneamento básico são medidas para prevenção e combate a doenças como a AIDS.

REINO DA NORUEGA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,471

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 2,8%

PIB per capita (em dólares) US$ 2,67

Total de despesas de saúde (% do PIB) 5,3%

Despesas de saúde pública (% do total) 36,7%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$80

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

31%

População total (milhões) 173,6

Números de pessoas que vivem com HIV 3,200,000

Óbitos por consequência da AIDS 210,000

O Reino da Noruega toma como política de promoção da saúde global o

direcionamento de prioridades e acordos coletivos que, fundada em um

26

essência de cooperação, possam desenvolver uma ação comum e eficaz no que se refere à

elevação dos índices de saúde das populações. A Noruega salienta os grandes riscos de

proliferação de pandemias dentro da sociedade globalizada, assim, coloca-se na defesa de

uma consciência individual de cada nação no que tange ao estabelecimento de medidas para

melhoria das condições de saúde de cada país, a fim de que as nações estejam preparadas

para proteger sua população.

A Noruega possui como prioridades no que se refere ao combate ao HIV a procura

de sinergias entre a agenda de desenvolvimento e apoio aos direitos humanos. Tal

diplomacia toma como foco a realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

(ODM) e, assim, coloca os grupos mais vulneráveis e marginalizados em uma situação mais

confortável de acesso a serviços básicos de prevenção e tratamento do HIV (UNAIDS, 2014).

REINO DA DINAMARCA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,9

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 0,8%

PIB per capita (em dólares) US$ 61.884,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 11,2%

Despesas de saúde pública (% do total) 84,3%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 3.817,23

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

100%

População total (milhões) 5.62

Números de pessoas que vivem com HIV 5250

Óbitos por consequência da AIDS 100

O Reino da Dinamarca acredita nos bons resultados provenientes da saúde universal.

Desse modo, o país adota um sistema eficiente de atendimento médico

27

gratuito que satisfaz 90% da população. Os níveis de doenças infecciosas são baixíssimos,

ainda assim, pesquisadores e estudiosos buscam curas e tratamentos para doenças que vêm

atingindo toda a população mundial. Em 2013, cientistas dinamarqueses se pronunciaram a

respeito de uma suposta cura para o HIV, que, por fim, não deu os resultados esperados.

REINO UNIDO DA GRÃ-BRETANHA E IRLANDA DO NORTE

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,892

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 0,6%

PIB per capita (em dólares) US$44.141,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 9,3%

Despesas de saúde pública (% do total) 82,7%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 3.609,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

100%

População total (milhões) 64,1

Números de pessoas que vivem com HIV 100,000

Óbitos por consequência da AIDS <500

A população desta região sofreu muito durante a década de 80 com a falta de

informações sobre a doença da AIDS, formando então um grupo infectado com base nas

populações-chave, como homossexuais, usuários de drogas injetáveis e pessoas que

receberam produtos derivados de sangue. O número de infectados só passou a diminuir na

década de 90 com o tratamento antirretroviral. Atualmente, a maior população infectada são

a de pessoas mais velhas e os maiores casos são decorrentes ainda das populações-chave.

28

UCRÂNIA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,734

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) -0,2%

PIB per capita (em dólares) US$ 3.142,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 9%

Despesas de saúde pública (% do total) 42%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 317,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

62,3%

População total (milhões) 45.49

Números de pessoas que vivem com HIV 210.000

Óbitos por consequência da AIDS 13.000

A Ucrânia possui um importante compromisso para com a saúde de sua população. O

país foi o primeiro da Europa Oriental a iniciar a redução de novos casos de infecção pelo

HIV entre 2001 e 2012. O Atual governo coloca-se em defesa de um papel de liderança e

importante compromisso para a expansão de serviços básicos de prevenção e tratamento do

HIV, incluindo a redução de danos gerais e terapias de substituição de opiáceos para usuários

de drogas. O programa desenvolvido na Ucrânia possui várias metas plausíveis e ambiciosas,

visto que defende a vasta expansão do tratamento antirretroviral para aidéticos e

portadores de HIV, além de um aumento significativo da participação financeira do governo

nesses projetos.

Atualmente, a Ucrânia apresenta uma das maiores crises epidemiológicas de HIV na

Europa Oriental, pois representa uma região que vem experimentando um aumento

expressivo no número de incidência de HIV.

29

REPÚBLICA SOCIALISTA DO VIETNÃ

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,617

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 1,1%

PIB per capita (em dólares) US$ 3.787,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 6,8%

Despesas de saúde pública (% do total) 40,4%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 95,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

93%

População total (milhões) 89,71

Números de pessoas que vivem com HIV 250,000

Óbitos por consequência da AIDS 12,000

O Vietnã possui como desafios a implementação de políticas eficazes de controle da

saúde, além do fortalecimento das orientações médicas e conscientização populacional. Um

dos pontos importantes a se destacar é a desnutrição infantil e a proliferação de doenças

como a AIDS em larga escala devido às condições precárias de vida da população e à quase

inexistência de infraestrutura básica, principalmente em regiões rurais. O Vietnã possui como

característica um grande potencial de crescimento dos números de pessoas contaminadas pelo

HIV, sendo que seus números expressam um dos maiores índices da Ásia. O Ministério da

Saúde vietnamita enunciou várias estratégias cabíveis para reduzir esse déficit, incluindo a

redução de custos e a elevação da eficiência e da mobilização de recurso dentro do setor

de saúde.

O Vietnã apresenta atualmente uma estabilização nos casos de HIV e um aumento

significativo no número de tratamentos com o antirretroviral. O grupo que mais sofre com a

contaminação da doença é o de usuários de drogas injetáveis e logo em seguida o de

profissionais do sexo, que teve aumento em diversas áreas do país.

30

REPÚBLICA ARGENTINA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,797

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 0,997

PIB per capita (em dólares) 17,4

Total de despesas de saúde (% do PIB) 8.5

Despesas de saúde pública (% do total) -

Despesas de saúde per capita (em dólares) 1,551

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

-

População total (milhões) 41,45

Números de pessoas que vivem com HIV 110000

Óbitos por consequência da AIDS 2900

A República Argentina define a saúde como elemento de extrema importância, desse

modo, oferece à população sistemas de saúde tanto públicos, com hospitais e clínicas

gratuitos, quanto privados. Mesmo com esses sistemas, o país apresenta hoje um dos piores

sistemas de saúde da América Latina, fato decorrente da crise que o atinge desde 2001.

Algumas doenças como o HIV, por exemplo, têm crescido no país devido ao descuido da

população quanto ao uso de preservativos e cuidados em geral e também pela falta de

incentivos governamentais. Os mais atingidos pela AIDS são os homens.

REPÚBLICA DO SUDÃO

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.414

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 2.1

PIB per capita (em dólares) 2.162

Total de despesas de saúde (% do PIB) 8.4

Despesas de saúde pública (% do total) 28.4

31

Despesas de saúde per capita (em dólares) 104

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

44

População total (milhões) 16.82

Números de pessoas que vivem com HIV 260000

Óbitos por consequência da AIDS 12000

A saúde pública no Sudão possui como pontos desafiadores a redução do número da

população que está acometida de alguma doença, a redução da pobreza e também da

desnutrição que assola grande parte dos indivíduos. Outro ponto a se destacar dentro das

perspectivas que envolvem as condições de saúde no Sudão ressalta-se a importância de

investimentos nesse setor no que diz respeito à educação, conscientização e métodos

terapêuticos para o atendimento da população.

O país apresenta um número alarmante de infectados com o vírus HIV que não para

de avançar. A taxa de crianças doentes vem aumentando muito ao decorrer dos anos, criando

para todo o continente africano um desafio complexo: combater a AIDS.

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DA SOMÁLIA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.364

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 1,596

PIB per capita (em dólares) 600

Total de despesas de saúde (% do PIB)

Despesas de saúde pública (% do total)

Despesas de saúde per capita (em dólares)

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

32

urbana com acesso)

População total (milhões) 10.5

Números de pessoas que vivem com HIV (2009) 34000

Óbitos por consequência da AIDS (2009) 1600

A Somália, desde o fim da Guerra Fria em 1991, vive em uma situação de

instabilidade complexa, pois as consequências da guerra trouxeram ao país uma lacuna em

suas camadas de poder, assim, esses vácuos são preenchidos por grupos extremistas, clãs e

senhores de guerra. Como resultado, a situação da saúde local encontra-se debilitada e os

serviços básicos de saúde foram cortados ou a população os recebe em condições precárias.

Com a demanda dentro do setor de saúde, a inexistência de órgãos públicos eficazes e a

falta de base econômica, as condições que envolvem a qualidade de vida da população são

diretamente afetadas. Com o intuito de promover os serviços básicos à população, bem como

a garantia de seus direitos, a Somália toma como base a governança proativa e o respeito

aos direitos humanos, sendo ponto importante na reconstrução do Estado, além da

participação da comunidade internacional a ser somada nesse montante.

Os casos de AIDS na Somália têm sido crescentes e cada vez mais presentes entre a

população jovem e crianças. A falta de conscientização sobre a doença aumenta a cada dia

que se passa. Informações sobre contágio e tratamento mal chegam às muitas camadas

sociais, dificultando a erradicação.

REINO DA SUÉCIA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.916

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 0.7

PIB per capita (em dólares) 43,021

Total de despesas de saúde (% do PIB) 9.4

Despesas de saúde pública (% do total) 80.9

33

Despesas de saúde per capita (em dólares) 5,331

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

100

População total (milhões) 9,593

Números de pessoas que vivem com HIV (2009) 8,100

Óbitos por consequência da AIDS (2009) 100

Durante os últimos anos, os avanços na área da saúde são expressivos e significativos,

sendo reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde, mas ainda há muitos desafios a

serem superados. A Suécia possui como objetivo a promoção da igualdade entre todos,

elevação do padrão geral de qualidade de vida e erradicação da pobreza. Um aspecto

importantíssimo a se destacar é a facilidade de proliferação de diversas doenças através

dos mecanismos da globalização, sendo todos suscetíveis a diversas doenças contagiosas.

Assim, a Suécia destaca a importância de órgãos internacionais como a ONU, além da ajuda

financeira por parte dos países desenvolvimentos em prol de uma cooperação mundial na

promoção da saúde. Nessa perspectiva, destaca-se o papel importante da Suécia nessas

ações de financiamento, sendo o segundo maior contribuinte per capita da ONU,

representando uma contribuição anual de

1.2 Bilhões de dólares à ONU. (AGNU, 2013).

A AIDS é tratada de forma peculiar na Suécia. O governo faz forte controle da

doença, chegando até mesmo a condenar infectados por exposição do próximo e por

transmissão. Com o auxílio de leis, o governo incentiva fortemente um soropositivo a contar a

seus parceiros o seu estado, visando ao sexo seguro e à diminuição do número de infectados.

34

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.73

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 0.9

PIB per capita (em dólares) 11,716

Total de despesas de saúde (% do PIB) 8.9

Despesas de saúde pública (% do total) 45.7

Despesas de saúde per capita (em dólares) 1,121

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

87

População total (milhões) 200,4

Números de pessoas que vivem com HIV

Óbitos por consequência da Aids

O Brasil possui papel importante dentro dos debates e discussões que envolvem a

comunidade internacional no que se refere ao acesso mundial à saúde. A defesa de uma

mobilização plural e multilateral por parte dos países em prol da melhoria das condições das

populações faz parte dos planos defendidos pelo Brasil. Interiormente, o sistema de saúde é

organizado através da assistência integral e gratuita à população, incluindo tratamentos que

favorecem os pacientes portadores do HIV, sendo nesse quesito um ponto positivo a se

destacar. O país reconhece que a saúde é um direito básico do cidadão e defende a

obrigação do Estado em disponibilizar e proporcionar condições para o indivíduo tenha

acesso a esse recurso essencial.

FEDERAÇÃO RUSSA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.788

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 0.5

PIB per capita (em dólares) 33,134

Total de despesas de saúde (% do PIB) 6.2

35

Despesas de saúde pública (% do total) 59.7

Despesas de saúde per capita (em dólares) 807

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

74

População total (milhões) 143,5

Números de pessoas que vivem com HIV (2009) 980000

Óbitos por consequência da AIDS

A Federação Russa propõe como seus maiores objetivos, sendo estes de grande

importância para o país, os seguintes itens: erradicação da pobreza e apoio ao crescimento

econômico por meio da expansão das oportunidades de investimento e criação de novos

empregos; e a luta contra doenças infecciosas. O país, com o fim da União Soviética, passou

por diversas mudanças. Nesse mesmo período, foi criado um sistema de saúde centralizado,

que destina uma maior verba para a saúde, o MHI (1993).

Em 2002, o governo auxiliou programas mundiais de saúde, como por exemplo, um

programa financiado pelo banco mundial, criado para conter o índice de HIV e tuberculose

devido aos índices elevados dessas doenças no país e no mundo.

REINO DA TAILÂNDIA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.690

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 0.3

PIB per capita (em dólares) 9.660

Total de despesas de saúde (% do PIB) 4.1

Despesas de saúde pública (% do total) 75,5

Despesas de saúde per capita (em dólares) 202

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população 93

36

urbana com acesso)

População total (milhões) 67,01

Números de pessoas que vivem com HIV

Óbitos por consequência da AIDS

A organização do sistema de saúde na Tailândia resultou em alguns pontos positivos

como a redução significativa da mortalidade infantil (atualmente sete nascituros morrem a

cada mil que nascem) através de um sistema de saúde que possui como base os serviços

elementares de assistência médica espalhados pelas cidades, principalmente em polos

turísticos e redes institucionais de saúde. Dentro da realidade da Tailândia, os desafios a

serem superados na área de saúde possuem um caráter de prevenção e combate a doenças

como a AIDS, já que está em constante expansão, tornando-se um grande problema de saúde

pública. Esse fato se deve, principalmente, ao aumento da prostituição, impulsionada pelo

grande número de turistas que visitam o país.

A Tailândia se apresenta como um dos únicos países que, mesmo crescendo, conseguiu

diminuir o número de casos de AIDS por um longo período. Tal feito foi conseguido por meio

de inúmeras propagandas de prevenção contra o HIV, incentivo ao uso de preservativos e

teve como consequência uma redução pela metade no comércio sexual. Hoje, porém, sofre

riscos de um retorno da doença, devido ao corte dos funcionais procedimentos.

REPÚBLICA ISLÂMICA DO PAQUISTÃO

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.515

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 1,7

PIB per capita (em dólares) 1.257

Total de despesas de saúde (% do PIB) 2,5

Despesas de saúde pública (% do total) 27,0

37

Despesas de saúde per capita (em dólares) 30

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

72

População total (milhões) 182,1

Números de pessoas que vivem com HIV (2009) 98000

Óbitos por consequência da Aids (2009) 5.800

O Paquistão coloca-se em defesa de um mecanismo internacional em prol da

promoção da saúde em meio a catástrofes e pandemias através da cooperação e integração

das nações, incluindo o financiamento e a transferência de tecnologia para os países mais

desfavoráveis. Dentro de sua realidade, o Paquistão deve tomar medidas com o intuito de

promover a saúde populacional através da superação de desafios, como a melhoria dos

sistemas de saúde essenciais, aumento do planejamento para os recursos humanos, aumento

do número de funcionários da saúde e a expansão desses serviços à população rural.

REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.92

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 0.1

PIB per capita (em dólares) 41,245

Total de despesas de saúde (% do PIB) 11,1

Despesas de saúde pública (% do total) 75.9

Despesas de saúde per capita (em dólares) 4,875

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

100

População total (milhões) 80,62

Números de pessoas que vivem com HIV (2009) 67.000

Óbitos por consequência da Aids (2009) 1000

38

A Alemanha apoia as Nações Unidas e reforça o papel da ONU como principal

instituição de uma ordem global enraizada na cooperação, no compromisso pacífico e em

soluções cooperativas. O sistema de saúde da Alemanha é financiado por um sistema de

contribuições sociais que assegura assistência médica gratuita para todos por meio de seguros

sociais de saúde (SINUS, 2014).

A Alemanha é o país com o quinto maior número de soropositivos na Europa Ocidental,

sendo que a maior parte dos infectados adquiriram a doença por meio de relações

homossexuais. A falta de conscientização promovida pelo governo privou a população de

informações básicas sobre o contágio e o tratamento da AIDS, que, ao contrário do que

muitos pensam, não tem cura.

REPÚBLICA FRANCESA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.893

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 0.5

PIB per capita (em dólares) 39,772

Total de despesas de saúde (% do PIB) 11,6

Despesas de saúde pública (% do total) 76,7

Despesas de saúde per capita (em dólares) 4.952

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

100

População total (milhões) 66,03

Números de pessoas que vivem com HIV 160000

Óbitos por consequência da Aids (2009) 1700

A República Francesa possui e reafirma seu compromisso para com os Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio (ODM), destacando a existência de um progresso considerável

nesse sentido, porém, a consciência da necessidade de superar desafios e atingir mais metas

faz parte do plano de desenvolvimento na

39

área de saúde da nação francesa. Um dos pontos a destacar sobre os planos e ações da

França para com o acesso universal à saúde é a luta incessante em busca de melhores índices

de saúde, principalmente através do próprio sistema de saúde e atendimento da população.

A França é o país com os maiores índices de HIV na Europa Ocidental, tendo como

maior incidência de contágio a infecção por meio de relações homossexuais. Mesmo obtendo

grandes números da doença, o país tem grande influência nas pesquisas mundiais sobre a

erradicação do vírus, além de grandes feitos e parcerias com pesquisadores brasileiros.

JAPÃO

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.912

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) - 0.2

PIB per capita (em dólares) 35,178

Total de despesas de saúde (% do PIB) 9.3

Despesas de saúde pública (% do total) 80.0

Despesas de saúde per capita (em dólares) 3,958

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

100

População total (milhões) 127,3

Populações–chave, homossexuais (% em relação à população)

Populações–chave, usuários de drogas (% em relação à população)

Números de pessoas que vivem com HIV (2009) 8.100

Óbitos por consequência da AIDS (2009) 100

O Japão considera a saúde nacional e mundial um fator de extrema importância,

desse modo, criou um sistema de seguros de saúde que proporcionou a toda população

melhor qualidade de vida. Tal sistema foi

40

considerado exemplo para os demais países devido a sua eficácia. O alto nível de

desenvolvimento dos japoneses tem grande colaboração na área de pesquisas mundiais,

como por exemplo, a liderança japonesa na formulação do instituto Global Health Innovative

Technology, além de diversas outras participações, como nos Médicos sem Fronteiras.

A população japonesa é extremamente conscientizada pelo governo, o que reduz os

números de doenças sexualmente transmissíveis no país. Mesmo com baixos números, existem

hospitais para o tratamento de HIV, por exemplo, com médicos especializados na área.

REPÚBLICA DA ÍNDIA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.554

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 1.3

PIB per capita (em dólares) 3,813

Total de despesas de saúde (% do PIB) 3,9

Despesas de saúde pública (% do total) 31.0

Despesas de saúde per capita (em dólares) 59

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

60

População total (bilhão) 1,252

Números de pessoas que vivem com HIV 2,4

milhões

Óbitos por consequência da AIDS 170000

A Índia posiciona-se em defesa de uma política plural, visto que através dessa

vertente o alcance de objetivos e a promoção do desenvolvimento da saúde mundial parecem

se fundamentar em bases sólidas, através da orientação das Nações Unidas, definindo metas

e fornecendo meios de atuação dos países dentro desse ambiente de cooperação mútua em

prol da melhoria das condições

41

de saúde. Dentro do sistema de saúde indiano, os desafios relacionam-se à infraestrutura, à

organização e ao melhoramento do atendimento qualificado e eficaz para a população.

A Índia é um dos 22 países que respondem por 90% das novas infecções pelo HIV

entre as crianças. Em 2011, UNAIDS e parceiros lançaram um Plano Global para a eliminação,

até 2015, de novas infecções pelo HIV entre crianças, a fim de aumentar os esforços entre os

países mais afetados.

Mulheres no mundo todo são 55% mais propensas a serem HIV-positivo se elas foram

vítimas de violência por parceiro íntimo. Um estudo entre as mulheres casadas na Índia

estabeleceu que a violência física e sexual por parte dos maridos foi associada com um

aumento de quase quatro vezes na prevalência da infecção pelo HIV. (UNAIDS, 2014)

REPÚBLICA DE UGANDA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,422

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 3,52

PIB per capita (em dólares) 939

Total de despesas de saúde (% do PIB) 8,0

Despesas de saúde pública (% do total)

Despesas de saúde per capita (em dólares) 108

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

-

População total (milhões) 37,58

Números de pessoas que vivem com HIV 1.2 milhões

Óbitos por consequência da AIDS 64000

A Uganda reconhece a importância da saúde universal e nacional para o bom

desenvolvimento de uma sociedade. O país foi definido pela OMS como um exemplo devido

a sua redução no número de infectados pelo vírus HIV, que um dia foi considerado o maior

do mundo.

42

Quando milhões de pessoas morriam por AIDS, o governo tomou uma decisão que

mudou tudo definitivamente. O problema deixou de ser questão médica e tornou-se uma

questão ética. Os rádios anunciavam repetitivamente “A AIDS é transmitida por relações

sexuais”, “não vale a pena perder a vida por sexo”. De pouco em pouco, a população passou

a seguir padrões de abstinência, preservativos e fidelidade, diminuindo, assim, os altos níveis

da doença.

REPÚBLICA DO HAITI

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0.456

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 1.4

PIB per capita (em dólares) 1,208

Total de despesas de saúde (% do PIB) 7.9

Despesas de saúde pública (% do total) 43.7

Despesas de saúde per capita (em dólares) 58

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da população

urbana com acesso)

34

População total (milhões) 10,32

Números de pessoas que vivem com HIV 120000

Óbitos por consequência da AIDS 7100

A situação da saúde dentro do Haiti permeia uma problemática muito conflituosa e

complexa. Os resultados históricos enfrentados por esse país e suas condições físicas

suscetíveis a catástrofes causam inúmeras barreiras que impossibilitam o desenvolvimento

mínimo. O Haiti ressalta a importância e a necessidade da ONU na promoção de seu

desenvolvimento, sendo que todo o progresso alcançado dentro desse país é fruto do

trabalho solidário desenvolvido por órgãos internacionais de cooperação. Assim, salienta-se

a necessidade na continuação do investimento econômico no Haiti como forma de promover

43

melhorias na condição de vida da população, uma vez que se encontra em plena crise e em

condições precárias de sobrevivência.

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA FEDERAL DA ETIÓPIA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,396

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 2,6%

PIB per capita (em dólares) US$ 1.109,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 4,7%

Despesas de saúde pública (% do total) 57,7%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 17,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

81%

População total (milhões) 94,1

Números de pessoas que vivem com HIV 790.000

Óbitos por consequência da Aids 45.100

A República Democrática Federal da Etiópia destaca a situação de 1.2 milhões de

pessoas vivendo na extrema pobreza, a maioria na África Subsaariana. Mesmo após a

redução de 20.6% na pobreza mundial em 2010, o país ainda está bem longe de atingir

metas nacionais e regionais nesse sentido. A pobreza possui uma natureza multifacetada e

não pode ser resolvida sem se pensar em esforços para cumprir outros Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio, como os ligados à área da saúde. A Etiópia defende que a

pobreza deve ser o centro da agenda de desenvolvimento pós-2015, visto que este é o

inimigo número um do desenvolvimento socioeconômico da África (AGNU, 2013).

De acordo com o relatório da cooperação entre Organização Mundial da Saúde e

Etiópia, o país desenvolveu uma política nacional de saúde alinhada ao cuidado primário de

saúde, iniciada em 1993. Além disso, a Etiópia tem desenvolvido uma estratégia nacional de

cinco anos de redução da pobreza chamada Plano de Transformação e Crescimento. Este é

um meio de promover

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crescimento econômico e apoiar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio ligados à saúde

(OMS, 2013).

REPÚBLICA BOLIVARIANA DA VENEZUELA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,764

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 1,5%

PIB per capita (em dólares) US$ 6.869,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 2,7%

Despesas de saúde pública (% do total) 31,6%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 507,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

79%

População total (milhões) 28,6

Números de pessoas que vivem com HIV 100.000

Óbitos por consequência da Aids 8.300

Na República Bolivariana da Venezuela, que possui 30 milhões de habitantes, 65

pessoas são mortas todos os dias, vítimas da falta de segurança (AGNU, 2012).

O Banco Central venezuelano assinalou que, no final de março, metade dos

medicamentos estava em falta no estoque do país, que possui uma das maiores reservas de

petróleo do mundo - representando um lucro de cerca de 100 bilhões de dólares anuais. O

presidente da Federação Médica venezuelana, Douglas Leon Natera, estima que 95% dos

hospitais do país têm apenas 5% dos móveis necessários para seu pleno funcionamento. "O

governo não se preocupou em equipá-los", explica Natera à AFP, enquanto participa de um

ato com outros médicos numa praça de Caracas.

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A AFA (Action for AIDS) Venezuela foi fundada em 1996, quando a sede, em Nova

York, começou a enviar medicamentos antirretrovirais a pessoas com HIV ou AIDS na

Venezuela. O crescimento constante da demanda por medicina levou à incorporação legal da

organização em 1998, tornando-se o primeiro escritório AFA a ser estabelecido na América

Latina. Em 2000, determinou-se a necessidade de abrir um programa de prestação de

atenção integral para meninos, meninas e adolescentes, que apresentam maior índice de

infecção do país.

REPÚBLICA DO MÉXICO

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,775

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 1,2%

PIB per capita (em dólares) US$ 16,734,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 6,2%

Despesas de saúde pública (% do total) 49,4%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 1062,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

85%

População total (milhões) 122,16

Números de pessoas que vivem com HIV 180.000

Óbitos por consequência da Aids 8.100

O México acredita firmemente no potencial do multilateralismo e reitera seu

comprometimento com a ONU. De acordo com o país, para se atingir o acesso universal à

saúde é preciso que a comunidade internacional decida focar, como um todo, em objetivos

que sejam ambiciosos, mas também concretos e atingíveis (AGNU, 2013).

Assim, para o México, os esforços referentes ao desenvolvimento devem ser

orientados pelo ideal da inclusão, combatendo-se a pobreza, a desigualdade e a exclusão

social. A experiência mexicana demonstra que, para se atingir o

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objetivo da inclusão, devem-se considerar todas as dimensões da pobreza, não somente a

falta de renda, mas também outras esferas, como a saúde. Somente assim será possível tomar

medidas que solucionem o problema de forma estrutural e sustentável. O México também

conclama a todos os Estados para que se mantenha em mente que o que ocorre em cada

nação afeta as demais nações. Assim, deve-se formar uma única consciência global que

promova inclusão e iguais oportunidades para todos (AGNU, 2013).

REPÚBLICA DE BANGLADESH

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,515

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 21,2%

PIB per capita (em dólares) US$ 1.851,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 3,7%

Despesas de saúde pública (% do total) 36,6%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 27,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

55%

População total (milhões) 156,6

Números de pessoas que vivem com HIV 97.000

Óbitos por consequência da Aids 25.300

Para a República de Bangladesh, as rápidas inovações tecnológicas estão

transformando o mundo. As mudanças envolvidas nesse processo também estão criando novos

conflitos interestatais e dentro dos Estados. Os mais afetados foram os mais vulneráveis e os

mais desfavorecidos. Bangladesh objetiva a criação de uma ordem mundial baseada na paz

e na justiça, e um arranjo econômico global para livrar o mundo da pobreza e da fome

(AGNU, 2013).

Bangladesh apresentou às Nações Unidas um projeto de Agenda de Desenvolvimento

pós-2015, que apresenta os objetivos socioeconômicos e os

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recursos necessários para alcançá-los. Tal projeto também seria útil para superar os desafios

relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no prazo de 2015 (AGNU, 2013).

Bangladesh enfrenta uma epidemia concentrada e sua baixa taxa de prevalência do HIV

ocorre em parte devido aos esforços de prevenção, com foco em homens que fazem sexo

com homens, profissionais do sexo e usuários de drogas intravenosas.

REPÚBLICA DE ANGOLA

Índice De Desenvolvimento Humano (IDH) 0,558

Taxa De Crescimento Populacional (% ANUAL) 3,1%

PIB per capita (em dólares) US$ 6.127,00

Total de despesas de saúde (% do PIB) 2,0%

Despesas de saúde pública (% do total) 21,6%

Despesas de saúde per capita (em dólares) US$ 342,00

Acesso a instalações sanitárias nas cidades (% da

população urbana com acesso)

69%

População total (milhões) 20,9

Números de pessoas que vivem com HIV 250.000

Óbitos por consequência da AIDS 17.000

A Saúde da República de Angola é classificada entre as piores do mundo, sendo

localizada em zonas endêmicas de febre amarela. A incidência de cólera é elevada. Apenas

uma pequena fração da população recebe atenção médica, ainda rudimentar. A partir de

2004, a relação dos médicos por população foi estimada em 7.7 por 100 mil pessoas. Em

2005, a expectativa de vida foi estimada em apenas 38.43 anos, uma das mais baixas do

mundo. A mortalidade infantil em 2005 foi estimada em 187.49 por 1000 nascidos vivos, as

mais altas do mundo. A incidência de tuberculose em 1999 foi de 271 por 100 mil pessoas.

Taxas de imunização de crianças de um ano de idade em 1999 foram estimadas em 22%

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em relação ao tétano, à difteria e à tosse convulsa, e 46% em relação ao sarampo. A

desnutrição afetou cerca de 53% das crianças abaixo de cinco anos de idade a partir de

1999.

Desde 1975 e 1992, houve 300 mil mortes relacionadas com a guerra civil. A taxa

global de morte foi estimada em 24 por 1000 em 2002. A prevalência de HIV/AIDS foi

3.90 por 100 adultos em 2003. Desde 2004, há aproximadamente 240000 pessoas que

vivem com HIV/AIDS no país. Em 2000, 38% da população possuíam acesso à água potável

e 44% ao saneamento adequado.

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7. DOCUMENTO FINAL

Ao término das simulações, as representações diplomáticas presentes no comitê da Organização Mundial da Saúde deverão desenvolver um documento em que as perspectivas, discussões e conclusões deverão ser colocadas em formato de texto, tendo como direcionamento a resposta de perguntas propostas pela Mesa Diretora. Além disso, os senhores delegados deverão estabelecer Diretrizes Estratégicas, isto é, caminhos e metas a serem alcançadas para o combate da AIDS, tendo como foco as populações-chave, visto que esse grupo se torna ponto crucial para o alcance do objetivo final, a erradicação do vírus HIV.

Porque promover o acesso universal à saúde é um aspecto importantíssimo para evitar as pandemias?

Qual a importância de cada diplomacia no que se refere à garantia e promoção

da saúde pública?

É importante a cooperação entre os Estados na promoção da saúde universal? Se sim, de que forma?

Além do trabalho em grupo, qual deve ser a conduta individual de cada país na promoção da saúde universal?

Como as instituições do Estado e os órgãos governamentais podem colaborar para a promoção da saúde mundial? Como agir nesse sentido?

Como a aplicação da ajuda financeira dos países desenvolvidos deve ser feita para que o sistema de saúde dos países em desenvolvimento não se torne dependente dessa ajuda?

Como deverão ser feitas as políticas públicas para a promoção de Direitos dentro

dos setores fragilizados na sociedade?

Assim, a partir das respostas das perguntas anteriores em formato de texto, da

abordagem das discussões e da conclusão do debate, os delegados estabelecerão diretrizes para a promoção da saúde mundial no que diz respeito à AIDS e os desafios que estão inseridos nessa problemática. Para tal, convém direcionar-se através das seguintes indagações:

O quê?

Onde?

Como?

Até quando?

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8. CONCLUSÃO

Perante as principais ideias apresentadas neste guia, deverão ser expostas, ao decorrer das simulações da Organização Mundial da Saúde, diretrizes para o atual problema que vem atingindo o mundo e, principalmente, as populações- chave: A AIDS.

Desse modo, é função inevitável de cada delegado propor soluções e temas para um debate produtivo que vise a melhorias efetivas para tal situação. Cada diplomata tem o dever de representar sua delegação de forma fidedigna ao tratar cada questão, sendo esta política, social ou científica.

Durante as seções, a mesa encoraja fortemente que cada delegado faça anotações sobre temas, respostas e assuntos em geral que deverão ser tratados em seu documento final.

Espera-se, assim, que se chegue a uma resolução eficaz para o problema que vem atingindo populações do mundo todo – o crescimento da AIDS-, respeitando a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FIGURA 1 – Disponível em http://info.abril.com.br/images/materias/2012/11/aids- 20121121104629.jpg. Acesso em 12/04/2015.

FIGURA 2 – BRUM, R. K. A. Fisiopatologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara, 2005. p. 171.

KUMAR, V; ABBAS, K. A; FAUSTO, N. Robins & Cotran Patologia. 7ª ed. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2005.

BRUM, R. K. A. Fisiopatologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara, 2005. GIKOVATE, F.

Drogas Opção de Perdedor. São Paulo: Editora Moderna, 2001.

LUCÍRIO, I. Aids: Veja a que Distância estamos da Cura. São Paulo: Terceiro Nome e Editora

Mostarda, 2005.

DUARTE, G. R. de. Sexo, Sexualidade e Doenças Sexualmente Transmissíveis. São Paulo:

Editora Moderna, 2001.

BRUNTON, L. L. (Org.). As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman.

12ª ed. New York: Editora AMGH Ltda, 2012.

Organização Mundial da Saúde AIDS/SIDA. Disponível em

http://www.who.int/topics/hiv_aids/es/. Acesso em 20/04/2015.

FERREIRA, B. T; RIBEIRO, B. C. M; RODRIGUES, C. P. ENDLER, T. Promover

Direitos, Valorizar Culturas. 10ª ed. Instituto de Relações Internacionais da

Universidade de Brasília, 2011.

UM Political Declaration on HIV/AIDS. Disponível em http://www.avert.org/un- political-

declaration-hivaids.htm. Acesso em 20/04/2015.

A Epidemia de Aids no Mundo. Disponível em

http://www.unaids.org.br/sobre_aids/sobre_aids.asp.