oliveira, marcos - popper sobre demarcação

Upload: carlo-fuentes

Post on 13-Apr-2018

223 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    1/17

    ras/Form/ A o, So lo5: 5101 , 192.

    SOBRE O PROBLEA DA DEMARCAO. *

    Mrcos Brbos de OIVE IRA

    RESUMO Desde sua pubcao, no tm faltado ataques ao ctrio da refutabidade - a solu0 proposta por Popper para seu problema da demarcao. A crtica do presente artigo mais funda

    ental seu alvo o prprio problema da demarcao. Como preminar, mosrase ha ver na obra deopper no apenas um, mas dois problemas da demarcao, distintos e incompaveis. Uma anse doantiessencialismo de Popper o ponto de partida para a demonstrao da tese central do artigo, a saber, a tese de que o problema da demarcao deve ser abandonado, por ser part de uma a bordagemcientiista da questo do valor das incias.

    UNI TERMOS: O problema da demarcao; cinia; pseudocncia; cienticismo; definies; essenciasmo; essenasmo tico.

    Deveos, por flr isso, deixr clrodesde j que se l gu cois o u

    cici, el o ecessriee .Por exeplo, o or o u ci-ci. Poro, se lgu cois o u cici, iso o sigific que hlgo de errdo co el ; sigific pesque el o u cici .

    e

    O ero derco' coo oee u proble eori do cohecime-

    o foi iroduzido lierur filosficor Popper. O prieiro rblho public-do e que ocorreu foi su cr o edior revis Ekenntni que preceu ovolue 3, ero 46, em 1 933 Nes

    cr ele ideific o proble d de-rco com o proble kio dos

    liies do cohecime o ciefico , e o de-fie coo o problem de formulr u cri-rio pr disio ere s pro posiesds cicis eprics e s d efsic.s Logik de ohng. . . . , publi-cdo e fis de 1 934, que co expo-sio clssic ds idis de P opper sob re oprole d demrco. Afirm ele es- obr que ese o problem cerl deori do cohecieo" 2, p. 3). -or es ese poss ser queso-

    d, o h dvid lgum sobre iporci do proble dero d filo-sofi de Popper: o cririo d refubili-dde soluo propos por ele pr oproble d derco cosiui o

    Este ato consste na taduo e adatao de ates dos catuos 11 e X de mnha tese Criique of Popper'sViews on Demaraion and Induion, deendda junto Unvesdade de Londes em eveeo de 1981 Duante a eaboao desta tese conte com o aoo nanceo da FAPESP e do C NPq , e o qua aadeo .

    Deatamento de Fosoa - Facudade de Educao, Fosoa, Cncas Socas e da ocumentao - UNESP 1 7 S0 - a a - SP .

    I v. secton 3 1 . (A taduo das ctaes de mnha esonsab dade, emboa tenha consutado os tetos das

    veses em otuus das obas de onde eas ovm - quando estas so dsonves .) Reoduzda no andce de S (. 3436) .

    Este o ttuo da ve so o na de La da Pesquisa Cienfia osto no catuo de mnha tese que o obema da emacao aenas uma das omas em que os obemasfndamentas da teoa do conhec mento se ode m manest a

    85

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    2/17

    LIVEIRA, M B de - Sobe o poblema da dmacao Tras/Form/Ao, o aulo, 851 1 ,982

    ncleo prr do qul su epsemologflsfccos se desevolv eu

    Desde publco de Logik eFoschung no m fldo ques o cr-ro d refubildde. A cric que vser desenvolvid o presee rigo misfundmenl el se dirge o soluopropos por Popper, ms o prproproble d demrco. Mh ese, empoucs plvrs, de que, embor eseproble refl um preocupo compores queses relvs o vlor deconheceno de cers dscpls, e dcnci em gerl, ele deve ser bdon-do, j que express um iude cefics dne dess queses*. Pr de-onsrr es ese necesro primeirocrcerizr com precso urez e osignifcdo d d de demrco. Umleur en d ob r de Popp er revel exisnc de cers iscrepcis bemrcds, discrepcs ess q ue ju sif-c frmv de que exsem es

    obr no pens um, ms dos problemsd derco. Um deles prece prnci-plene em Logik de Foschung; o ouro nos rblhos d e cuh o uobogrfcoque Popper publcou gor, sber, conferc Philosophy s sciece per

    onl repor' de 1 9 3 * * , e uobogrfielecul que bre o volume d Lbrryof Lvg Phlosophers dedcdo ele** * r explcr melhor e demonsrr esed exsnc de dos problems d demr

    co n obr de Popper, vou pricipirpr resur o relo ddo por ele os rblhos uobiogrfcos qu e me refer

    * * *

    Ao fim d Primer Guerr Mundilo Iprio Ausrco erou em colpso;

    onrqui fo dissolvid e usrirnsforouse um repblic. Ese fo

    perodo de exrordr gopolc e nelecul no ps; hv fome,os provocdos pel fl de lmenos, nflo glope, greves e levesopper nh eo dezesses os de dde e prcipv vmee d vd nelecul e polic do ps . Ds ovs idisque circulvm em Vien, ele se ieress-v especilmene pels eors d relividde de Ense, pe lo mrxism o, pel psi-cnlise freudn e pel chmd psco-

    logi individul' de Adler. Poliicmee,opper provnh de um f ml lberl, enes poc enrou pr ssoco deesudnes socl ss ds escols secund-rs; prcpou bm de reuies de es-udnes unversiros soclss. Embor prncpo desconfido dos counss, ele pssou se co nsderr como l npriver de 1 9 1 9 . Su deso ereno durou muio. Pouco es de seu dco so nversro, um incdene

    ocorreu em Ven em coseqc doqul Popper ornouse logo depos um -rxs

    Algus comunss hvm sidodedos e se chvm n cenrl depolc de Ve. Isigdos por counss, lgus rpzes socilss,desrmdos, fzim um mnifeso de proeso, fm de judr ospresos fugir. A o iroeio princi-

    pou. Vros joves rblhdorescounss e soclss form mor-os quei horrorzdo e chocdoco bruldde d polc, msbm comgo mesmo pelo menose prncpo, n codo de mrxs-, pre d responsbilidde er mi-nh. A eor mrxis exige que lu

    nh a popost e que o poblema da de macao deve se abandonado n o mplca que o cto da efutablade deva se tambm eetado em mae

    s consdeaes: este cto pode se eamnado enquanto soluo de um ou

    t? poblema, a sabe, o poblema de def a noo de empiriidade paa poposes e teoas Em outos captulos demha tese mosto qu,enquanto solu? paa este ltmo poblema, o cto da efutabldade nfeo ao cto da

    tesbdade testabldade sendo efda no, manea de Poppe, como snnmo de efutabldade, mas como a capacdade de uma poposo ou teoa de se efutada ou confirmada pela evdnca empca

    Publc

    ada coo captulo I de Conjeuas e.Refuaes com o ttulo Cnca: conjectuas e efutaes .

    ambem publcada sepaadamente, e m gles como Unended Ques, em potugus com Auobiografi Ineleual

    86

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    3/17

    LIVEIRA, M B de - Sobre o problema da demarcao. Tras/r/ A, So Pauo, 5 : 8 5 1 0 1 ,1982

    de clsses sej inensificd, fide celerr dveno do sociliso.A ese rxis de que, ebor revoluo poss reclr lgusvis, o cpiliso s recl enero ior do que ods s revo-lues sociliss.

    Is o er pre d eori rxis pre do chdo socilisocienfico'. Pergunei i esose esses clculos poderi ser susen-dos cienificene'. A experin-ci od e, e especil, ess indg-

    o, provocr no eu nio upernene revirvol de senien-os. (, p. 3940)

    Hvi eno u eori o rxis-o d qul se derivv u nor deo inensifico d lu de clsses.Foi o resuldo rgico des o que le-ou Popper quesionr o preendido es-uo cienfico d eori e queso, ergunr se os clculos do s rxis s po-

    di ser susendos pe l cinci .

    U ouro incidene que, eboruio enos iporne n vid de P op-per, b iluin s oives que olevr forulr o proble d der-co, ocorreu qundo ele rblhvco Adler e u de sus clnics de s-sisnci soci .

    er vez, e 1919, inforeio de

    u cso que no e preci ser pri -culrene dlerino, s que eleno eve qulquer dificuldde enlisr nos eros d su eori dosenieno de inferioridde, eborne eso ivess e viso crin equeso. Ligirene chocdo, per-gunei coo poderi er n cere-z. Porque j ive il experincisdesse ipo" respondeu; o que nopude deixr de reucr o esenovo cso, o n ero pssr eno il e u . . . "O que queri dizer er que sus ob-serves neriores podi no e

    recer uio is cerez q ue es li-; que cd observo hvi sidoexind luz d experinci ne-rior' , sondose o eso epos ours coo confiro icio-n. Ms, pergunei i eso,que que confirv cd nov ob-servo? Siplesene o fo deque cd cso podi ser exindo luz d eori. Reflei, conudo, queiso significv uio pouco, pois o-do e qulquer cso concebvel podeser exindo luz d eori de

    Adler, ou , igulene, luz d eoride reud. (7, p . 6 )

    O proble, nese cso, no er o denors de o nefss sere derivdsde u eori, s o de u eori, quese preende cienfic, ser n relidde v-zi de conedo eprico .

    oo se pode perceber, o que preo-cupv Popper nes poc no er e-

    fsic, s si s disciplins pr squis o esuo cienfico er indevid-ene legdo, ou sej, s pseudocin-cis. Enre s disciplins (e su opinio)seudocienfics, o rxiso er cer-ene is iporne pr ele. E s uuobiogrfi, ele fir Meus encon-ros co psicologi individul" de Al-fred Adler e co psicologi freudinfor uio enos significivos queeu enconro co o rxiso, eborenh seguido is ou enos o esoesque, e enh conecido proxi-dene n es poc (u do coneceue 1919)" (, p.43). Ese eseunho corrobordo pelo fo de que Popperis rde discorreu longene sobre orxiso e dus de sus ob rs - A Misria do Historiismo e A Sociedade berta e seus Inimigos s nunc deueno cprvel psicologi indivi-

    dul" ou psicnlise.E conrse co ess experincis

    negivs co s eoris de Mrx e deAdler, reo de Popper eori d re

    87

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    4/17

    LIVEIRA, M .B de - Sobre o problema da demarcao Trans/For/ Ao So Paulo, : 85101,1982

    lividde foi de diro exule. Eleos co

    E io de 199, dus expedi-es igless esr co sucesso sprevises de Eisei relivs eclip-ses. Co esses eses, surgiu subi-ee u ov eori d grvioe u ov cosologi, o coosiples possibilidde, s coo relperfeioeo ds idis de New-o, coo elhor proxio dverdde.

    Eisei fez u preleo eVie que copreci. Lebroepes de que fiquei deslubrd o. Oe esv be ci de ihcopreeso. Eu hvi sido cridou osfer qul ecicewoi e elerodiic deMxwell er ceis, ldo ldo,coo verddes iquesioveis . . .

    A idi de que eori d e New-o espelhv verdde resulv,urlee, de seu xio icrvel,que culir descober do pl-e Neuo . . . Apesr disso udo,Eisei coseguir preser uleriv re, foru ldo , s e es-perr por ovos experieos, ueori preeee elhor. Tl co-o Newo, Eisei fizer previsescerc de ovos efeios que se i-fesri o Sise Solr (e fordele). E lgus desss previses h-vi gor sido esds co suces-so. (5 , p.434)

    For ess expericis que for-r o coexo eociol, oivoque levou Popper forulr o p robled derco.

    88

    Foi dure o vero de 1 9 1 9 que

    coecei e seir cd ve z is i-sisfeio co esss rs eoris eori rxis d hisri, psic-lise e psicologi idividul; ps-sei er dvids sobre seu esuo

    ciefico Meu proble ssuiu,prieiree, u for siples

    O que esr errdo co o rxis-o, psiclise e psicologi idi-vidul? Por que sero o difereesds eoris fsics, d eori de New-o e, especilee, d eori d re-lividde?" (7, p.64)

    Es forulo iicil d o probledeix clro que fil idde do cri rio dederco o er de sep rr coiss d oeso vlor coo, por exeplo, s pes

    brcs e pres de u jogo de xdrez; queso er is coo de seprr o joiodo rigo.

    Mis expliciee, siuo er seguie cici er eo cosiderdcoo for por excelci de coheci-eo e Popper subscrevi es opiio.Ele b exergv o perigo que hvie cers eoris sere idevideeclssificds coo ciefics. U -eir de evir que iso ocorresse er i-ver u ese o qul u eori erique pssr pr que se lhe fosse cocedidoo ulo de ciefic" . O ese proposopor ele foi seu cririo de refubilidde.Co plico do ese, seri dess -crdos os iposores.

    Ese ese ih urlee grderelevci polic, especilee qudo

    plicdo eoris sociis, pois, us-ci de u rivl sri, ser cosiderdciefic, pr u eori, er o esoque ser cosiderd coo co edo ver-dde (ou, coo diri Popper, elhorproxio d verdde) sobre seu obje-o. Por exeplo, se eori rxis ps-ssse o ese, e se fosse julgd elhoreori dispovel e seu do io , e o propos de Popper ipl icri que o r-xiso devesse ser ceio; coo u co-

    jecur, si, s d es eir pelqul eori d reliv idde er cei. Npric, el iplicri que odo o udodevesse se or r rxis. Por ouro l-do, se eori rxis fosse crceriz

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    5/17

    LIVEIRA, M B de - obre o problema da demarcao. Tras/For/ Ao, o Paulo, ; 8 5 1 0 1 ,1982

    coo nocienfic por no pssr n oese, eno se u vlor de conhecimeno e-

    ri e ser considerdo nulo , ou m uio pe-queno. El eri que ser rd coo er conjecur, d qul no se po -eri derivr nors de o, e quleveri ser bndo d no cso de hverqulquer eori rivl norefud queouvesse ps sd o no ese .

    Popper bsne explcio cerc dosignificdo que o proble d derc-o inh pr ele nes poc. Diz eleInicilene no o considerei u pro-ble filsofico eu inh pouco mis deezessee nos, e ebor ivesse lido umouco de filosofi, no sonhv e dreu eso u conribuio el.rvse pr i d e u p roble m pes-sol urgene, e su soluo me judouiensene e inhs decises pes-sois, is coo inh rejeio d psic-nlise e reud e de Adler, e do mrxis-

    o ." 8 p. 97) Al desse significdoessol, Popper b inh conscin-ci ds iplices sociis d quesoNes poc, e 1920, ele [ o cririo deerco ] preceume quse rivil,ebor resolvesse um proble inelec-ul que e hvi preocupdo profund-ene, e que inh mb co nseqn cisrics bvis (polics, p or exemplo). "7 , p . 9) Preceme dequdo, em vise do iso, que se d o r ulo de p oli-

    co" es verso do problem de demr-co que se enconr nos esemunhosuobiogrficos d e Popper .

    onsidereos gor Lgik d Fung A idi de de rco que emerg ees obr be diferene d q ue j ex-inos. Pr comer, derco gor enre cinci e mefs ic, no enrecinci e pseudocinci; psicnlise enciond soene um vez, naant e o rxiso nenhu vez. A

    cric inicil pseudocinci subsi- por u defes d m efsic conr

    o que posiivis. O speco policoesprece, seu lugr ocupdo pelsconseqncis purmene filosfics doroble.

    A bordge gor seguine erco u pro ble filos fico quereon ue; e Kn ele se orn oproble cenrl d eori do conheci-eno. onsise e formulr u c-rcerizo ceivel d cinci epri c,

    ou e definir os conceios cinci epri-c' e mefsic' de mneir l que, ropsio de um deerindo sise deroposies, possmos dizer se seu esudois profunddo colocse ou no nobio d cinci epric". (2, p. 38) ours plvrs, prime ir ref dlgic do conhecimeno de elborru nit d ina mpia de m-neir ornr o definid qunopossvel u erminologi gor lgoincer, e de odo rr um clr li-nh de derco enre cinci e idisefsics" . ( 2, p. 40) O que fz co queo proble sej o impor ne su rele-vnci pr ouros pr obl es d eori doconhecieno

    O nico moivo que enho prpropor eu cririo de demrco o de ele ser proveioso co seu

    uxlio, uis queses pode seresclrecids e explicds .. . S pr-ir ds conseqncis de inh defi-nio de cinci epric e ds deci-ses eodolgics del dependenespoder o cienis perceber quepono el se conform co idi in-uiiv que em cerc do objeivo desus ividdes.

    O filsofo, por su vez, s cei-r inh definio como il se pu-der ceirlhe s conseqncis. Te-os que drlhe grni de que esssconseqncis nos hbilim ideni

    89

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    6/17

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    7/17

    OLIVEIRA, M. B de - Sobre o problma da demarcao Trans/Form/Ao, So Paulo, : 85101,

    1982

    a abordage lgica pela picolgica noe se refere teoria do conheciento.cf 5, p. 845) A ltia etapa deste pro-

    cesso ocorreu quando ele percebeu queavia ua conexo entre a induo aal, coo ua teoria psicolgica sobre aarendizage, ele j havia rejetado e aearcao. Esta conexo residia na idiae que o todo indutivo era o ncleo dea soluo inadequada para o p roble aa dearcao. E conseqncia, a idiaa dearcao passou a se integrar nacrrent principal da tradio filosfica.

    tro evento que contribuiu para quepper se volta sse para a filos ofia foi s euscntatos co ebros d o Crculo de Vie-na, os quais principiara por volta de28. Ocorreulhe que o critrio da refu-tabilidade sua soluo para o problealtico da dearcao tab pode-ria ser utilizado co o soluo par a o pr o-lea dos positivistas o problea (esa iterpretao) de estabelecer a dear-cao entre a cincia e a etafsica. (O

    roblea dos positivistas era na verdade de forular ua ju stificao para a re-jeio pregada por eles da etafsi-ca. A soluo que eles adotaa consistiano princpo da verificabilidade, por eioo qual se deonstraria sere as proposi-es da etafsica desprovidas de senti-o. ) Foi por sugesto de Feig que Poppercoeou a redigir o texto que foi final-ente publicado coo Logik der Fors-ung obra esta forulada e larga

    edida coo crtica s idias dos positi-vistas.

    H alguns aspectos do critrio deopper que reflete claraente o proces-so de transplantao que ele sofreu , o fatode ter sido inicialente formulado co osoluo par o problea de dearcar acincia da pseudocincia e posteriorenteaplicado ao problea de dearcar a cin-cia da etafsica. Por exeplo, e con-

    traste co o princpio dos positivistas, ocritrio de Popper te ua coponenteetodolgica; ele explica a necessidade d eintroduzila da seguinte for a:

    Consequenteente, se caracteri-zaros a cencia epca to-soente pela estrutura lgica ou for-

    al de suas proposies, no tereoscoo excluir dela aquela doinantefora de atafsica proveniente dese elevar ua teoria cient fica obsole-ta ao nvel de verdade incontestvel.

    Estas so inhas razes parapropor que a cincia eprica seja ca-racterizada por seus todos: pornossa aneira de anipular sisteascientficos, por aquilo que fazeos

    co eles, e aquilo que fazeos aeles . ( 2 , p . 52

    Que quer que leia o artigo Cincia :conjecturas e refutaes' perceber que adoinante' fora de etafsica' queP op-per tinha no fundo da ente ao escreer apassage acia era o arxiso (o qual,coo j observaos, no encionadone ua vez e Logik der Forsch ung. A

    psicanlise freudiana e a psicologia indi-vidual' de Adler era consideradas porele coo sendo irrefutveis por razes pu-raente lgicas. ( Cf. 7, p. 67 Para a de-arcao entre a cincia e a etafsica,entretanto, as regras etodolgicas deopper so totalente irrelevantes.

    onsidereos agora a segunda daserguntas colocadas acia, a saber, qualdos dois probleas representa a posio

    real de Popper? A resposta deve ser, sedvida: o problea poltico. E prieirolugar, o problea filosfico deveu suaforulao e parte a circunstnciaspolticas conjunturais , coo acabaos dever. E o fato de Popper ter reeoradosuas otivaes polticas originais, daaneira coo o fez e seus textos auto-biogrficos, deonstra que ele no as re-pudiou. O problea filosfico, al doais, est e con flito co a prpria viso

    de Popper acerca da naturea da filosofia,coo vereos agora. U aspecto funda-ental do pensaento de Popper, que seanifesta e tantas de suas obras, e que

    9 1

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    8/17

    OLIVEIRA M de - obe o poblema da demacao Tras/ForlAo, o Paulo, 85 0 ,982

    ele uis vezes expliciou, idi deque filosofi o , ou melhor, o deveser u fi e si es, sedo relev-ci pr ours queses a ic jus ific-iv possvel pr su pric. EConhecimento Objetivo ele fir To-dos ns eos osss filoso fis, es ejosou no cosciees dese fo. Ms o i-pco de osss filosofis sobre ossses e sobre osss vids uis vezesdevsdor. Iso or ecessrio que e-eos elhorr osss filosofis por meiod cric. Es ic desculp q ue sou

    cpz de oferecer pel con iu d exis-ci d fi losofi. " ( 6 , p. 4 ) E corseco Wigesei e seus seguidores, elecredi exisci de problems filo-sficos geuos; eses, ereo, sopens os que orige em quesesnofilosfics. A p rimeir ese' que ser-ve de bse su cric esses filsofos(no rigo A urez dos p robles filo-sficos e sus rzes ciefics') diz o se-guine Probles filosficos geuos

    eso sepre erizdos e problemsexrfilosficos urgee s, e eles morre sesus rzes degeer." (7, p. 100.) Poisbe, e Logik de Fochung como vi-os, Popper forul o proble m (filos-fico) d demrco coo o de ecorru coveo dequd, cuj filidde uer preciso d liguge, co-veno es que deve ser vl id co b-se e su ferilidde filosfic. No e-cessrio efizr icomp ibilid de queexise enre su cocepo de filosofi ees forulo.

    * * *

    Tedo clrificdo idi de der-co, psso gor demosrr esericipl dese rigo, sber, ese deque o problem d derco deve serbndodo. coforidde com oque cbos de ver, es demosrodeveri, e pricpio, resrigirse oproble polico d demrco, j que

    9

    ese que represe verddeiree oenseo de Popper. De icio, ere-no, vou forulr deosro erelo o proble filosfico. Adoo es-e percurso e pre porque es epconsiuise u coveiee iroduopr our, is ipore, que se se-gue, e pre pr que o rese dvidsquno o rgueo quero mosrr queo proble d derco deve ser b-dodo eso se ierpredo de cordoco o exo de Logik de Fochung

    A ese de que o proble filosficod derco deve ser bdodo e verdde, coseqci dire de u dou-rin defedid pelo prprio Popper douri deoid por ele iesseciliso' . O iesseciliso de Poppe r,enreno, e quro vri es disis,ind que ierrelciods. prieirdesss vries (de cordo co ordee que s descreverei bixo) que iplicdever o proble filosfico d derc-o ser bdodo; u dos rgueosforuldos por Popper pr suser segund vrie, ereo, b releve pr ih dem os ro.

    A prieir vrie do iesseci-liso de Popper cosise ese de quediscusses sobre coceios , ou sobre o sig-nificdo de plvrs, ou sobre defiiesso desipores e esreis. Or, o pro-

    ble filosfico d demrco cosise,fundelee, e formulr udenio sisfri do concito de ci-ci . A cocluso que preedo esb elecerseguese eo iedimee se o pro-ble filosfico d der co pre deu discusso esril e desipore, e -o ele deve ser bd od o . E s priei-r vrie prece freqeeee sors de Popper; ele ecio pric-ee ods s vezes e q ue fz qulquercoenrio sobre u queso ermiol-gic. U ds eirs pel qul ele ex-press seguie ele prese es -bel

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    9/17

    LIVEIRA, M B de - Sobre o problema da demarcao. Tras/Forl Ao, So Paulo, : 8511,1982

    IIASou seja

    DESIGNAES oU TRMOS oU ONEITOS ENNIAOS oU PROPOSIS oU TORIAS

    podem ser formuladas emASSRSPALAVRAS

    SIGNIFIATIVAS

    SIGNIFIAO

    FINIES

    ONEITOS NOFINIOS

    que podem ser

    e cujaVERAEIRAS

    VRAE

    US

    PROPOSIS PRIMITIVAS

    pode ser reduzida, por meio de

    de

    a tentativa de estabelecer (emvez de reduzir) por tais meios sua

    SINIFIAO VERAconduz a uma regress80 infinita

    e eno comena

    Minha ese que o ld sqd dst tl n t iptniem comparao com o ado direio oque nos deve ieressar so eorias,verdade, argumeo. Se aos fisofos e cieisas aida pesam queconceios e sisemas coceiuais (eprobemas de sua sigificao ou do

    significado de paavras) so comparveis em imporcia a eorias e sisemas ericos (e a probe mas de su averdade, ou da verdade de proposies), eno eso aida sofredo d oerro pricipa de Pao. Pois conceios so em pare meios de formuareorias, em pare meios de sieizareorias. De quaquer modo , s ua sigificao pricipamee isrumea; e ees podem ser sempre subsi

    udos por ouros cocios. segunda variae do aiesseiaismo de Popper correspode sua rejeio da douria que ee deomia essenciaismo meodogico" a respeiodos fis e modos da cicia. De acordocom o essenciaismo meodogico, ofim da cicia revear esscias eescrevas por meio de dfiies" (,vo. I, p.). caro que esseciaisaseodogicos m que rejeiar a p rimeira

    variae do aiesseciaismo de Popper a ese da desimporcia de paavras,conceios e defiies . possve, por ouro ado, rejeiar esa ese sem adoar o essenciaismo meodogico .

    Um dos argumeos que Popperapresena conra o esseciaismo meodogico baseiase uma co mparao e re aconcepo esseciaisa de defiies e afuno que defiies m a cicia mo

    derna. A descrio de Popper do papedas definies a cicia moderna , se correa, ambm serve de apoio primeiravariane de seu aiesseciaismo. Deacordo com o esseciaismo meodogico, numa defiio, o ermo a ser defiido (o defiiedum) o ome da essciae uma coisa, e a frmua defiidora (odefiies) uma descrio desa esscia(cf. , vo. 11, p. 0 1 ) . igurado uma de

    finio como uma idenidade, esado odefiniendum esquerda do sia de iguadade, e o defiiens sua direia, Popperaega que de acordo com a cocepo essenciaisa, a defiio ida d sqd diit o seido de que o definiedum evaa uma queso que respondida peo defiies. m corase,

    dii tl nlnt pgd n ini dn d s d d t p dint

    A a i araa a ri ira z A ri chci a irc ia' (7 1 25 ) a

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    10/17

    OL IVEIRA, M . B . de - So bre o proble ma da dearcao Trans/Form/ Ao , So Pau lo, 5 : 8 1 0 1 ,

    1982

    ou da dieita paa a esqueda, poiscomea com a frmua defiidra e

    recama para ea um simpes rtu.Assim, do poto de vista cietfico, adefiio um potro um cavao jovem" uma resposta perguta'Como devems hama um cavao

    jovem? ' e o uma resposta perguta 'Que um potro?' . (Questescomo Que graviae? ' o esempeham pape agum em cicia. )O uso cietfico de defiies caracterizado pea abordagem da direita

    para a esquerda' est de acordo com que se pode chamar a iterpretonominasta , em cotraste com a i e r p r e t a o a r i s t o t i c a o uesseniasta Na cicia modera soete ocorrem de fiies omiaistas, ou seja, abreviaes ou rtuosso itroduzidos para resumir umaoga histria. E a partir dissoercbese imediatamete que defiies no desempeham quaquer pape importate em cicia. ois caro que abreviaes pod em sempr e sersbstitudas peas epresses maislogas, as frmuas defiidoras queeas represetam (4, vo . 11, p. 01) .

    As duas variates do atiesseciaiso de opper que acabaram de ser caracterizadas so aqueas que so reevatesara o argumeto do presete artigo; por

    uma questo de competude, vou agoraesrever sucitamete as outras duas.E sua autobiografia opper cota queadotou a opi io de ue paavras , co ceits e defiies o tm importcia (arieira variate de seu atiesseciaiso) quando tiha quize aos de idade,co resutado de uma discusso que tivera cm seu pa. cf. , p. 23) e tetouento identificar seu prbema com umos probemas trdicioais da fiosofia, e

    cegou cocuso que ee era estreitaente reacioado com o probema dosuiversais cf. , p. ) O resutad destaidetificao que mas tarde ee pass oua cosiderar erre a pode ser visto em

    4

    A isa do Histoiismo cf. p.34),de ee prope que o termo esseciai s

    o' deva substituir reaismo' como one de uma das doutrias cssicas arespeito da atureza do s u iversais (a outra sendo, caro, o omiaismo). A terceira variante do esseciais mo de oppercrrespode eto sua oposio ao reaiso equato doutria so bre a aturezaos uiversais.

    E, fiamete, a quarta variate cosiste na rejeio do prime iro dos Trs

    otos de vista sobre o cohecimeto huano' . Ee formua este poto de vista tambm chamado por ee esseciaiso' da seguite maeira: "As mehores teoias as vedadeiamente ientfias desevem a 'essnia ou a 'natueza essenia das iss - s edadesque jazem po dets das pnias Essas teorias o ecessitam epicaes ad icionais, em so suscetveis de tais epicaes: so em si mesmas expiaes

    mas, e ecotras o bjetivo fina docientista . " (7 , p . 1 3 1 ) Este primeiro potoe vista sobre o cohecimet humaono tem reao com a questo da importncia de paavras, coceitos e de fiies; tambm fudametamete distito doesseciaismo metodogico, apesar dacorrcia comum do termo esscia 'em ambas as suas caracterizaes : as essncias' do esseciaism o metodo gicoso epresas por meio de defiies, as

    esscias < , do primeiro poto de vistas epressas por meio de teorias .

    Estas duas timas variates do atiessenciaismo de opper, como mecioneiacima, o so reevats para o arguento do presente artigo; daqui por diate o termo atiesseciaismo ' ser utilizad para deotar apeas a doutrina eue alavras, coceitos e defiies os importantes. No h dvida que ao

    rmular e tentar resover o probema aemarcao (e sobretudo, ao afirmar queeste o problema cetra da teo ria do conhecimento) opper co traria sua prpriaregao atiesseciaista. Co sideremos

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    11/17

    OLI VEIRA, M . B . de - Sobre o problema da demarcao Trans/Form/Ao , So Paulo, S: 85- 1 0 1 ,

    1982

    r, sucinmene, es dourin Deneir erl, creio que o esprio doniessencilismo do opper deve serscrio Dus ressalvs, enreano, de ser feis quano a sua mneira deresslo

    A primeir que opper no disine iscusses sobre conceito de discusses sore nome de conceito. Discussessore nomes de conceios so desimpornes, e, n verdde, riviais se comparas discusses sobre verde ou falsie de eoris Es ese, enreno,m rivi: ningum conesrins dis de hoje A desimpor ncia de disusses sbre conceios, por ouro ldo, ues mis conroverida; a segundrsslv referese o que opper diz resei del Afirm ele que discusses sore cnceios no so impornes Esfirm ceivel, porm somene seresrinid por um epresso com emlim nlise' A rzo pela qual ju lgo

    ser necessria al resrio deriv do faoe que, em erl, discusses sobre cnceis so pens f orm eern em qu senifesm desacordos sobre eoris Oue firno, em ours plavrs, quenlisnd uma discuso sobre m concei, escobrese na maioria dos casosue el conm ' um desacoro sobreris Tmbm afirmo (e opper cerene cncordari comigo quano isso)ue um discusso sbre um conceio

    rnse mais clr e profcua quno reepress como uma discusso sobre umaeri A decorrncia prica desas afires prano: anes de deiar de la qulquer discusso sobre um co nceio,eese eaminl cuiddosamene, para

    ue hj cerez de que ela no conmum descordo sobre eorias; se iso aconece, devese reformula em ermos desse descordo opper afirma no ocorrere n cinci naural moderna discusses sobre conceios Esa firmao engns O que se no na hisria d cinci que conceios cienficos fundamenis is como massa, for, nergiaenrp, subsncia, elemeno, espce,ene, e muios ouros form odos obje de debes Ele poderia redarguir,r uro ldo, que eses debaes, se an

    lisds, mosrm ser n verdde, debaessr eoris, e que a evoluo de conceis pens um subproduo d o progressoerico

    A cnseqncia disso udo pra oprlem d demarcao que ele deveser deid de lado (esa ambm umimplico do niessencialismo de opper), ms que nes de abandonlo devems verificar se ele no envolve algumques reliva a eorias O resulado

    es verifico posiivo: o debae depper com os posi ivisas sobre a demarc , n verdde, lgo mais que umiscuss respeio do conceio de cinci Ele reflee desacordos sobre asseres, o principa l deles sen do no ano umescrdo sobre um eoria, mas sim sore soluo de um imporane problem: problem d induo Ese no ,enreno, como opper lega, penasum eemplo ou uma facea do problem

    demrco" (7, p83): um problem imprne por se us prprios mrios,e eve ser rado independenemene doprblem da demarcao (e, de fao, ssim em sido, eceuandose o cso depper) as se o problema da induo

    prpro Popper segue epctamente est e procedmento ao dscutr teoras da verdade em Uma vso reasta dagca, da fsca da hsta' (6 p 283 293) Prme ro ee fomua essas teoras com o se ea s consstssem em respostas -dadas sob a forma de defnes - quest o qu e a verdade ' De acordo com esta nterpretao , a teora da correspon dnca, por eempo, dz: verdade correspondnca com os fatos Em seguda Popper traz baa sua poso antessencasta de acordo com a qua questes da forma que ' so estres, e defnes desmportantes; depos efor

    ula o debate sobr teoras da verdade como u m debate sobre asseres Dz ee: Nosso probema pode ser ntdamenteepresso somente ndcandose que todos os oponentes das teoras da corr espondnca fazem uma assero odos assevera no poder estr cosa ta como a correspondnca entre uma proposo e um fato " (3 ,p 28 )

    Esta tambm a abordagem adota da na tese de onde este artgo provm Esta contm uma anlse das reaes entreos dos problemas, bem como uma crtca souo de Poppe r para o probema da nduo seguda de uma proposta aternatva de souo

    5

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    12/17

    LVERA, M B d - ob o poblma da dmacao Tras/For/ Ao, o Paulo, 5 : 8 5 1 0 1 ,1982

    for destacado d o da demarcao este noais refetir quaquer questo de impor-

    tncia: nada se perder com seu abandono

    opper no deiou de notar a contrad i o e i s t e n t e e n t r e s e u a n t i essenciaismo e suas teses sobre a demar-cao. O que ee diz a respeito o seguinte:

    Desde o incio caracterize meucritro de demarcao como umaproposta . Isto se deveu em parte aeu constrangimento em relao adefinies e a minha averso a elas.Definies ou so abreviaes e nes-te caso desnecessrias embora ta-vez convenientes ( defnies da direita para a esuerda' como as cha-ei em A Sociedade Aberta) ou sotentativas aristoticas de especifi-car a essncia' de uma paavra e en-to domas convencionais. Se defino cincia' po r meio de meu crit-

    rio de demarcao (admito que isto

    ais ou menos o que fao) entoquaquer pessoa pode propor outradefinio ta como a cincia a so-a total das proposies verdadeiras' . Uma discusso sobre os mri-tos de tais definies pode tornarsetotaente mprodutiva. sta a ra-zo pea qua dei aqui primeiramenteuma dscrio da cincia grandiosaou herica e depois p ropus um crit-

    rio que permite que se demarque aproimadamente este tipo decincia. (8 p.8 1 )

    No considero que esta passagematinj a seu objetivo de eimina r a contradi-o e questo. A caracterizao de seucritrio como uma proposta' no mudanada: esta uma roposta reativa a uma

    definio; se defnies so desimportantes tambm o so propostas reatvas a

    defnies. a respeito da tima senten-a da citao podese perguntar: porqueno procedeu opper de acordo com suasteses sobre a natureza das definies ape-nas sugerindo um simples rtuo' pararepresentar sua descrio de cincia heri-ca e vez de propor um critrio de dearcao (e aegando epois q ue havia resovido o probema centra da teoria doconhecimento)?

    assarei agora demonstrao daarte ais importante da tese deste artigo a que se refere ao probema polticoda dearcao. A questo continua sendo a de formuar uma definio de cincia; esta definio entretanto agora de tipo diferente. A definio de que trata o probema fiosfico semelhante sdefinies que ocorrem em cincia nosentido de que o termo a ser definido considerado novaorativo. por issque possve contrastar como foi feitoacia as teses de oper sobre definiescientficas com sua atitude para com a de-finio de cincia no conteto do proble-a filosfico No conteto do probemaotico por outro ad o o termo a ser de-finido valorativo uma vez qu e a cincia considerada ago fundamentalentebo. sta pressuposio como veremose a s detahes daqui a pouco absou

    taente crucial para o probema poticoda dearcao: se ea abandonada orobema perde sua razo de ser .

    odese dizer portanto que o probea poti co o probe ma de for muar adefinio de um termo tico. e na verdade em certa medida anogo aos probeas de definir termos como justia'coragem' piedade' e outros que so

    saria rar ir q sa ar ari rfrs anas a rma fisfi da mar; s s

    s aras a mara n s aqi as m na, s sr nsiras a sir amm nm xar ar q a afirmr q rma fisfi a mara sr aandna, s srin qn s a nna rr ma fini inia. Qaqr m, a srr sr inia, s n isa fisfi, hisri, sii, nara mn xiiar sa fini inia ara q n haa ia a rsi s srs sas finis, nran, n r r si s mair imrni a, n dar rim a rbma am, ma z q n sr mamn xsias: ifrns ars m aar fiis dirsas, a mmsm ar aar finis irsas m ifrns nxs, sm q iss as qaqr dan.

    6

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    13/17

    LIVEIRA, M B de - Sobre o problema da demarcao Tras/Form/Ao, So Paulo, : 8511,1982.

    icuio em vrio o iogo e P ao Ea obra exempi ficam um moo

    e iar com quee ica por meio eua formuao como probema obreefiie e ermo ico Por aaogiacom a omecaura e P opper, poem ochamar ee mo ssniasmo tio A iia bica o eeciaimo ico expicaa e efeia a eg uie pa agemxraa e Plato: th Man a nd his Wok,e Tayor

    Como muio o iogo, amids em formamee como objei

    vo ecorar uma efiio Em ica, peo meo, pareceo e iciouma maifeao e peaimoaribuir imporcia a mera efiie o ivero vaore Uma efiio, eamo iciao a pear, a mehor a hipee uma qu eoe ome, e quao que o peameo ico everia ocupare e reaiae cocrea' Se um homem recohecer e praicar uma orma e viaobre, impora muio pouco com queome ee eiga a ao correa, eee a coiera uma maifeao ecoragem, ou e juia, ou e emperaa Ao fei o amirve poe e facimee, a verae, fazer com queexiba a aparcia e quaquer eavirue' Io verae, ma opoer er coocao como crica procura ocrica por efiie'

    quao a quee e coua Dopoo e via grego, o prprio probema a efiio o um probema e ome, ma im e coia Para que oo jugameo mora ejajuo, e oa prica mora boa, evemo aprovar e eaprovar correamee Devemo amirar e imiar oque reamee obre, e o podemo o deiar coduzr a faa eoriae m prica por peameo cofuo

    acerca o bem e o ma O probema

    e ecorar a efiio e uma virue' o fuo o probema e for

    muar um iea ico, e ee pooe via que evemo coi ero Oimporae qu e evemo aber preciamee o que amirar a cou a,e que oa amirao eja dirigiaao que reamee amirve O fracao em ecorar a efiie igifica que a verae o abemo oque amirar, e equao o oubermo io oa via mora ear merc e um emipeameo ei

    mea ( p 47)

    O eeciaimo ico aia largamee uiizao o ia e h oje ; io e vcaramee em reao a aguma queeica o campo a poica Na pocaua, vruamee oo o pario egrupo poico ubcrevem a propoioe que a iberae e a emocraca o c oia boa, eejvei O eacoro e oem reao a com o ea o e evem er

    eia, iferee pario e grupoao repoa ivera qu ee que iberae?' e que emocracia?' Temo aim eacoro obre vaoremaifeaoe como ebae obre efiie e ermo No creio haver aa eerrao com o eeciaimo ico em gera, ereao, ou e opiio que ee eve er rejeiao o ca o paricuar o probema poico a emarcao . Vouagora expicar po r qu

    Em quaquer apicao o eeciaimo ico exie um ermo cuja aurezaica (mai precame e, e ee e refere aalgo bom ou a ago mau) o e emqueo Em ebae poico auai, igum e cooca co ra a iberae ou a emocracia; o diogo e Pao o eecoram aega e e q ue a coragem oua juia o coia ieejvei Afirmeih pouco que o coexo o probema

    poico a emarcao preumee que a

    No discuirei os mrios do essencialismo ico, uma ve que mi na preocupao principal com o problema da dearcao. Quem rejeiar ese modo de raar de queses icas c egar por uma roa mais cura concluso que preendo esabelecer, a saber, q ue o problema polico a demarcao deve ser abandonado .

    97

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    14/17

    OLIVEIRA, M B de - Sobre o problema da demarcao Tras/For/Ao, So Paulo, : 85101,1982

    cincia ag o fundamentamen te bom . I sto em verdade o que acontec e, entretanto, a pressuposio em que se fundam entaeste probema e que d demarcao seucunho crtico ainda mais forte: a proposo de que no somente a cincia ago bom, mas que quaquer discipina,uaquer forma de investigao n o boase no for cientfica. Chamem os esta pro-osio de tese cientifiista De acordocom a tese cientificista, se um a discipinaD no uma cincia, D no boa. O pa-e de um critrio de demarcao servir

    de fundamento para que se possa estabeecer que agumas discipinas particuresno so cincias. Es te o mecanis mo bsi-co da demarcao de opper. Um critrioode ser formuado a hc para que cer-tas discipinas sejam ecudas d o domni oda cincia. Se esta maneira ad hoc' conspcua, entretanto, o critrio caraente deia de ser eficaz enquanto crticadas discipinas em ques to . por isso quea alegao de opper a re speito da fertii-

    dade fiosfica de seu critrio, em particu-ar sua afirmao de que e e permite a souo do probema da induo , tende a intensificar sua eficcia como arma crticacontra o marismo e a psicanise: ela po-de ser vista como prova de que o critriono hc

    Um critrio de demarcao no consiste num argumento a favor do cientifi-ciso; em vez disso, o que acontece que

    e s pode ser eficaz como arma crtica sepreeiste um consenso cientificista. Seaquees contra quem a crtica dirigidatabm subscrevem a tese cientificista,ento naturamente maior a fora destacrtica . Este era o caso dos avos da de-arcao de opper, como prova a veencia com que adeptos do marismo eda psicanise camavam o estatutocientfico para suas discipinas. Este fato,a propsito, epica uma das diferenasentre as demarcaes de opper e d os positivistas gicos. Esta tambm tem umcunho crtico; ea era dirigida, entretanto,no contra pseudocincias, ma contra a

    8

    etafsica. Mas os metafsicos a quem osositivistas atacavam no subscreviam, gera, a tese cientificista; no que lhesdizia respeito , portanto, a aega o de queetafsica no cincia no constituaua crtica. Em outras paavras, o termocincia' no era para ees um termo vao-rativo, como ee o era para os pseudocientistas. Os positivistas tinham portanto deintroduzir um outro eemento em sua decao, um termo que tambm fossereconhecido como vaorativo peos metafsicos; esse termo era, naturamente,

    se sentido' (meaningess'). por issoue a demarcao de opper u ma identidade simpes : irrefutve nocientfico, ao passo que a dos positivistas ua identidade dupa: inverifice =nocientfico = sem sentido.

    Vejamos agora como a tese cientificista utiizada na prtica. A inaiadetima de opper ao conceber a idia dedearcao era aramente evar ao des-

    crdito o marismo e a psicanise: fazerco que estas teorias no fossem evadaa srio do ponto d e vista iteectua, nemtoadas como fundamento de normas deao. O argumento de opper baseavasedesta maneira nos princpios, de acordoco os quais as questes devem as teorias da discipina D ser evadas a srio doonto de vista inteectua?' e Devem asteorias da discipina D ser tomadas comofundamento de normas de ao?' devem

    ser respondidas afirmativamente se D ua cincia, e negativamente no casocontrrio. Estes dois princpios so cara-ente conseqncias da tese cientificista.A tese cientificista pod e na v erdade ser e pressa como uma coeo de princpioscontendo estes dois , j untamente com mui-tos outros princpios anogos. Cada umdesses princpios corresponde a uma per-gunta reativa a uma discipina quaquerD, e assevera que a pergunta deve ser res-pondida afirmativamente se D uma cincia, e negativamente no caso contrrio.s princpios ma is freqentemente usados am dos dois j mencionados so os

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    15/17

    LIVEIRA, M B de - Sobre o probem d demrco Tras/Form/Ao, So Puo, : 85101,1982

    e correspodem s segui tes pergutas :eve a pesquisa em D ser custeada comndos pbicos? ' D eve a pesquisa em Dser permitida?' Deve a maeira de se iar com um pro bema prtico q ue r ecoendada peos adeptos de D ser adota?' Deve um adepto de D se evado asrio do poto de vista iteectua?' Deve D ter departametos em uiversidaes?' .

    ara simpificar chamemos a s questes dessa orma quete etadipnare . A importcia das questes metadis

    ipiares o pode creio ser egada. Oientiicismo pode ser cosiderado como dos mtodos de se che gar a resposta s aes. At agora imiteime a descrever ocientificismo: ada do que foi dito costiti objeo a ee. ergutemos agora:ua a codio para que o cietificismoseja aceitve? A resposta : para que oietificismo seja aceitve seus pricpiosprecisam ser utiizados em associao coma deiio de cicia ta que re spostas

    orretas so dadas s questes metadiscipiares. ois bem o que susteto queesta codio o pod e a prtica ser saiseita e esta a razo pea qua o cietiicismo deve ser rejeitado .

    osideremos como eempo aesto Deve a pesqu isa em D ser custead com fudos pbicos?'. caro que acorreo da resposta que se d a esta perta depede de muitos fatores . Depe

    de de icio dos provveis beefco s querestriam dessa pesquisa. Esses benefcios podem ser divididos em duas categorias: os iteectuais e os prticos. Osprticos so soues para probema s cocretos que podem ser obtidas por meiodas teorias produzidas pea pesquisa em. depedtemete de suas apicaesprticas etretato teorias podem sercosideradas como ago de vaor apease virtude de suas cotribuies paranosso etedimeto e apreciao de ag aspecto do mudo em que vivemos.ssas cotribuies s o os beefcios iteectais que podem resutar da pesquisa

    e D. Os beefcios iteectuais e prticos etretato represetam apeas umdos ados da equao no outro ecotrase o custo da pesquisa. Este o pode seredido apeas em termos moetrios:a pesquisa pode ser itrisecameteperigosa pode cotrariar pricpios ticos pode produzir cohecimeto que tiizado de maeira ta que a quaidadede ossas vidas prejudicada etc. Estesso apeas agus dos fatores dos quaisdepede a corre o de uma resp osta a soete uma das questes metadiscipia

    res. istem aturamete muitos outrosfatores reevates para outras questesetadiscipiares. evidete que todosesses atores deveriam estar de agumaaeira represetados uma defiio decicia para que esta defiio coduzisses respostas corretas pra todas as questes metadiscipiares. Ta defiio teri portato que ser to absurdametecopicada que o poderia ser utiizadada aeira pea qua as defiies or

    amete o so. A cocuso de que aprtica impossve formuar uma defiio de cicia que faria com qu e o cietiicismo fosse aceitve .

    Afirmei acima que o cosidero haver ada de errado com o esseciaismotico em gera mas que o rejeito o casoparticua do probema p otico da demarcao . stou agora em codies de epicar por qu. As cosideraes do pargra

    fo aterior deiam caro que o que dizrespeito a seu vaor a cicia uma etidde etremamete compea. O vaor dacicia o cosiste um s eemeto ua combiao de diversos vaores positivos e egativos: iteresse iteectuatiidade prtica vrios tipos de custoetc. odese afirmar portato que dopoto de vista tico cicia' um termotidimesioa ao passo que termoscoo coragem' justia' e iberdade'so uidimesioais. por iso que possve ormuar para esses termos masno para cicia' defiies viveis queos evariam a (as paavras de Tayor)

    99

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    16/17

    OLVERA, M B d - Sobr o probla da dmarcao. Tras/FrmlA, So Paulo : 85 10 1 ,1982

    aprovar e desaprovar corretamete' e di-rigir ossa admira o ao qu e reamete

    admirve ' .A maeia de idar com quest es me-

    tadiscipiares que em miha opiio de-ve ser adotada em ugar do cietificismo esseciamete a seguite. ara comear,quado os cofrotamos com u ma ques-to metadiscipiar reativa a uma disci-pia D, cosideramos as proposies D uma cicia' e D o um a cicia' co-mo totamete irreevates. Tratamoscicia' e cietfico' como termos ovaorativos; ees podem ser utiizados (deacordo com aguma defii o impcita ouepcita) para f is puramete descritivos,mas o tomamos o fato de D ser ou ouma cicia com idicao do vaor de D ,em derivamos deste fato a resposta questo metadiscipiar com que estamosidao. Este , por assim dizer, o adoegatvo da aborda gem que propoho ascoisas que o fazemos. O ado posi;ivoo tem ada de muito especia o qu e fa-zemos em esscia traduzir a questometadiscipiar em vrias questes maisfacimete respodveis, tais como Quoem cofirmadas so as teorias de D?',uais so as provveis apicaes prti-cas das teorias que podem resu tar da pes-quisa em D?', a pesquisa em D perigo-sa? ' , Quo iteressates d poto de vis-ta iteectua so as teorias de D? ' , Qu aisso os provveis efeitos secudrios que

    podem resutar da souo para um pro-bema prtico que recomedada peosadeptos de D? ' , etc. Com base as respos-tas que dermos a estas pergutas podere-mos eto passar a formuar a resposta queto metadiscipiar com a qua osdefrotvamos de i cio .

    A maioria das pessoas com icia-es cietificistas o se d ao trabahocomo opper o faz) de compemetar os

    pricpios cietificistas com uma defii-o epcita de cicia eas simp esmet epssupem que a bioogia, a qumica e,especiamete, a fsica so paradigmas decietificidade, e usm proposies da for

    100

    ma D uma cicia' ou D o macicia' ou como propagada gerca a

    favor ou cotra D, ou como argumeto'para defeder sua posio quato a agu-ma deciso que deva ser tomada em rela-o a D como, por eempo, se umapesquisa em D deve ser apoiada fiacei-ramete. Deste modo, o cietificismopreeche com propagada um espao i-teectua que deveria ser ocupao pea dis-cusso racioa. O cietificismo tambmpode ser caracterizado como a atitude deapoio acrtico e admirao a tudo que

    cietfico. Como ta, ee acaba por gerarseu oposto a atitude de rejeio geeraizada da cicia que como se vem o-tado os timos tempos est cada diamais dissemiada. Na abordagem defe-dida aqui, em cotraste, o se cosideraestabeecido que a cicia seja um bem,em um ma o desevovimeto de qual-quer pesqusa, a adoo de quaquer m-todo de se idar com um probema prticoso jugados com base uma avaiao desuas prprias vatages e desvatages ; aapreciao gera da cicia (de acordocom quaquer defiio que se queira es-coher) emerge eto da mutipicidadedessas avaiaes particuares. Esta abor-agem cosiste, portato, a adoo daatitude crtica o somete dentro dacicia, mas tambm sobe a cicia. Ela, em miha opiio, a ica abordagemue os pode evar a assumir uma posio

    racioa frete cicia, a aocar a ea ougar que he cabe em ossas vidas, acotroa de modo a miimizar seusefeitos egativos sem reuciar a seus be-efcios.

    O probema potico da demarcao,como afirmoue acima, pressupe umcoseso cietificista; se isso, ee perdesua razo de ser. odese acrescetar que,ao forecer uma defiio fiosfica'

    de cicia, um critrio de demarcao te-de a reforar este coseso. Se o cietifi-cismo deve ser rejeitado, eto o probe-ma potico da demarcao tem que seraadoado.

  • 7/25/2019 OLIVEIRA, Marcos - Popper Sobre Demarcao

    17/17

    IVEIRA, M. B . de - Sobre o problema da demarcao. Tras/For/Ao, So Paulo, : 85101,1982.

    r concuir, gostri de deir c-ro que no creio que ningum dote o

    intificismo etmente como ee foiqi crcterizdo Est firmo tm-bm vle, em especi, com reo op-r Isto n o sigific que e st crcteri-o sej inti: epresento do cien-ificiso em su fo rm etrem pode nos

    judr tomr coscenci de, e nos

    pecvermos contr um tednci semdvid stnte generizd em nossosdis No que diz respeito opp er, ni-c proposio que susteto ter esteeci-do de que seu proem d demrco mnifesto de cietificismo

    LIVEIRA, M. B. de - On the prolem of demarcation. Tras/For/Ao, So Paulo, 85101,1982.

    ABSTRCT: Since its pubcation there has been no lack of attacks directed against th e criterionf refutability - the soltion proposed by Popper for his problem of demarcation. more fundament criticism is raised in the present paper: its target is the problem of demarcation itself. t is shown firsttat Popper's work contains not one but tw distinct and incompatible problems of demarcaon. Annalysis of Popper's an tiessentiasm is the starting point for the demonsration of the main thesis ofte paper namely the thesis tha t the problem of demarcation should be dismissed given that it is partf a scientistic approach to the q uestion of the value of the scences.

    KEY WORDS: The problem of demarcation; science; pseudoscience; sientism; definitions; essentiasm; ethical essentiasm

    REFERJNCIAS BI BOG RFCAS

    1. FEYNMAN, R. P. - The feynman lectures onphysics Reading, Mass. , AddisonWesley,1963.

    2 . POPPER, K R. - lgia da pesquisacientca. Trad. de eonidas Hegenerg ectanny Silveira da Mota. o Pauo,EDUSP, 1975.

    3 . POPPER, K R. - misria do historicismo Trad. de Octanny S. da Mota e eonidas

    Hegenerg. So Paulo, Cutrix/ED P,1980.

    4. POPPER, K R. - sociedade aberta e seusinimigos Trad. de Milton Amado. BeloHorizonte, tatiaia/EDSP , 1 97.

    5 . POPPER, K R . - utobiograa intelectualTrad. de Octanny S. da Mota e eonidasHegenerg. o Paulo, Cultrix/EDSP,1977.

    6 . POPPER, K R . - Conheimento objetivo.Uma abordagem evolucionria Trad. deMiltonAa do Belo Ho rizonte, tatiaia/EDSP, 197.

    7. POPPER, K . - Conjecturas e refutaes.O progresso do conhecimento ientco.Trad. de Srgio ath. Braslia, Ed. Uni v.Braslia, s d.

    8 . POPPER, K R. - eplies to my critics . InSCHPP, P . A . ed . - The phylosophy ofKarl Popper a Salle, . , Open Court,1 97 . p . 96 1 1 1 9 7 .

    9 . SCHPP, P . A. ed . - The phylosophy ofKarl Popper a Sale, . , Open Court,1974.

    10. TAYOR, A. E. - lato: the man and hiswork. 3 . ed. ondon, Methuen, 1 929.

    0