edgard demarcação 4ª parte

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DEMARCAÇÃO: TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA, UMA ETNIA FABRICADA PELA FUNAI – 4ª PARTE. Nos textos anteriores, provamos o seguinte: No primeiro texto o inicio da FARSA, que antes de serem Tupinambás eram Pataxós. No segundo texto fizemos uma viagem na história, provando que a verdadeira etnia que habitou a nossa região, foi a TUPINIQUIN. No terceiro texto provamos a COOPTAÇÃO de elementos de todos os matizes para por em pratica a FRAUDE. E hoje, para concluir o nosso proposito de provar didaticamente de que a ETNIA TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA foi FABRICADA PELA FUNAI vamos expor a FARSA das “TRADICIONAIS ALDEIAS TUPINAMBÁS”. Antes de fazer as nossas considerações vamos reproduzir alguns trechos da entrevista concedida no dia 19 de fevereiro de 2014 ao Jornal O GLOBO, pela passional antropóloga Suzana Viegas de Mattos, MENTORA da FARSA TUPINAMBÁ. Observe as respostas vazias para perguntas objetivas da jornalista Cleide Carvalho Quando a senhora teve contato com o povo tupinambá? Primeiro na literatura antropológica sobre os povos indígenas no Sul da Bahia (textos publicados nos anos 1990 já relatavam a situação por eles vivida); segundo, em contatos com colegas da Universidade Federal da Bahia. A partir de agosto de 1997 em contato direto com eles, quando iniciei o trabalho de campo na região. Foi no desenrolar dessa pesquisa de campo que pude ir conhecendo, por indicação de contatos interpessoais ao longo de meses, a realidade vivenciada por esta população. Quando a senhora esteve no Sul da Bahia, visitou alguma aldeia ou comunidade específica? O meu contato foi com todos os índios que me foram sendo apresentados à medida que, durante o ano em que vivi na região (1997-1998), sabiam que eu fazia um estudo sobre os

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Page 1: Edgard demarcação 4ª parte

DEMARCAÇÃO: TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA, UMA ETNIA FABRICADA PELA FUNAI – 4ª PARTE.

Nos textos anteriores, provamos o seguinte: No primeiro texto o inicio da FARSA, que antes de serem Tupinambás eram Pataxós. No segundo texto fizemos uma viagem na história, provando que a verdadeira etnia que habitou a nossa região, foi a TUPINIQUIN. No terceiro texto provamos a COOPTAÇÃO de elementos de todos os matizes para por em pratica a FRAUDE. E hoje, para concluir o nosso proposito de provar didaticamente de que a ETNIA TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA foi FABRICADA PELA FUNAI vamos expor a FARSA das “TRADICIONAIS ALDEIAS TUPINAMBÁS”.

Antes de fazer as nossas considerações vamos reproduzir alguns trechos da entrevista concedida no dia 19 de fevereiro de 2014 ao Jornal O GLOBO, pela passional antropóloga Suzana Viegas de Mattos, MENTORA da FARSA TUPINAMBÁ. Observe as respostas vazias para perguntas objetivas da jornalista Cleide Carvalho

Quando a senhora teve contato com o povo tupinambá?

Primeiro na literatura antropológica sobre os povos indígenas no Sul da Bahia (textos publicados nos anos 1990 já relatavam a situação por eles vivida); segundo, em contatos com colegas da Universidade Federal da Bahia. A partir de agosto de 1997 em contato direto com eles, quando iniciei o trabalho de campo na região. Foi no desenrolar dessa pesquisa de campo que pude ir conhecendo, por indicação de contatos interpessoais ao longo de meses, a realidade vivenciada por esta população.

Quando a senhora esteve no Sul da Bahia, visitou alguma aldeia ou comunidade específica?

O meu contato foi com todos os índios que me foram sendo apresentados à medida que, durante o ano em que vivi na região (1997-1998), sabiam que eu fazia um estudo sobre os índios ou caboclos de Olivença. Na época não havia um mapeamento que eu pudesse seguir, assim como um guião de quem eram os índios. O meu guião foi a persistência, dia após dia, de seguir as indicações da população que vivia na região - não apenas os índios, mas também os não índios e até os fazendeiros me sabiam dizer quem eram os índios.

Voltei: As respostas aos dois questionamentos corrobora com tudo aquilo que temos afirmado. A passional antropóloga dando tiro no pé afirmou: “... foi no desenrolar dessa pesquisa de campo que pude ir conhecendo, por indicação de contatos interpessoais ao longo de meses,...”. Ela conheceu os “índios de Olivença” através de “relações interpessoais”, e bote interpessoal nisso, o NATIVO amancebado que o diga.

No segundo questionamento, que é o TEMA deste texto, reiteramos; “Quando a senhora esteve no Sul da Bahia, visitou alguma aldeia ou comunidade específica?”

Page 2: Edgard demarcação 4ª parte

Numa tremenda saia justa a passional continuou atirando no próprio pé, “O meu contato foi com todos os índios que me foram sendo apresentados à medida que, durante o ano em que vivi na região (1997-1998),... O meu guião foi a persistência, dia após dia, de seguir as indicações da população que vivia na região. ...e até os fazendeiros me sabiam dizer quem eram os índios”. A sua resposta tem duas vertentes: A primeira vertente é com a verdade, ela admite a inexistência de ALDEIAS TRADICIONAIS, já que ela não poderia citar o que não existia. A segunda vertente é com a mentira, ao afirmar que nós “os fazendeiros” lhes indicava “quem eram os índios”. Nós nunca colaboramos com esta farsante, além do que, não sabíamos da sua presença em nossa região, conspirando contra os nossos interesses.

Esta entrevista veio colocar muito luz nesta FRAUDE. A FARSA começou a ser montada sem o nosso conhecimento desde 1997, ficando claro o modus operandi da passional antropóloga. Ela confessa claramente que foi feita uma COOPTAÇÃO corpo a corpo e que não existia nenhuma ALDEIA INDIGENA na região. No nosso entendimento esta entrevista deve fazer parte da nossa defesa, como uma prova incontestável da MALANDRAGEM na montagem da FRAUDE.

AS “TRADICIONAIS” ALDEIAS TUPINAMBÁS.

Este tema é da maior importância, pois expõe com clareza como a FUNAI fabricou a ETNIA TUPINAMBÁ em nossa região. Sem ALDEIAS não podia existir índios tradicionais. Como na nossa região aldeias faziam parte de um passado muito longínquo a FUNAI tratou de fabrica-los. Chamamos a atenção que este processo de fabricação esta registrado com datas no próprio relatório de identificação construído pela antropóloga portuguesa, Suzana de Matos Viegas, MENTORA DA FRAUDE.

No 7º volume do relatório nas paginas 1207 a 1231 a passional antropóloga portuguesa que foi oficialmente contratada pela FUNAI em fevereiro de 2004 relata com detalhes como pôs em pratica suas técnicas de guerrilha. Coincidentemente, logo após a sua contratação começamos a ser vitimas de algo novo em nossas vidas, as violentas invasões, equivocadamente conhecidas como “retomadas”. Uma alegação sem razão de ser, já que não podiam “retomar” o que nunca lhes pertencera.

Neste capitulo do relatório, examinando os anexos, fica evidente o modus operandi da perversa portuguesa. Para cada invasão realizada, automaticamente era redigida uma carta endereçada a FUNAI, com um conteúdo técnico, onde a justificativa alegada era igualmente repetida em todas, “... a imediata publicação do relatório de identificação e reconhecimento do território”, embora as ações ocorressem em lugares distintos e com lideranças diferentes, as cartas eram padrão e constam no relatório de identificação fabricado pela portuguesa.

Com a batuta da antropóloga portuguesa a orquestra das invasões está registrada no relatório da seguinte maneira:

Page 3: Edgard demarcação 4ª parte

1. Fazenda Limoeiro - ocupação 21.02.2006. Carta FUNAI informando conflito.

2. Fazenda Cachoeira - ocupação 06.03.2006. Carta a FUNAI, “imediata publicação do relatório de identificação e reconhecimento do território”.

3. Fazenda Tucum - ocupação 28.09.2007. Carta a FUNAI, “demora na publicação do relatório de identificação e reconhecimento do nosso território.”.

4. Fazenda Santa Luzia – ocupação 30.09.2007. Carta a FUNAI, “única forma de o governo nos ouvir é ocupando o território que é nosso.”.

5. Carta genérica à FUNAI – 13.02.2007.

“Escondemos nossa identidade durante décadas, forçados e ameaçados por fazendeiros”... Solicitamos da FUNAI em caráter de urgência o reconhecimento da terra tradicional do nosso povo, no diário oficial, que estamos fazendo retomadas.

6. Fazenda FERKAU – ocupação 20.06.2008. Carta a FUNAI, “como forma de pressionar a FUNAI”.

7. Fazendas na Serra do Padeiro – ocupação 21.01.2008. Carta a FUNAI, “como forma de pressionar a FUNAI”.

Estas e outras propriedades privadas que foram “retomadas” a partir de 2004, se tornaram “ALDEIAS TRADICIONAIS”.

Com tantas mentiras documentadas a portuguesa construiu uma verdade para os burocratas de Brasília que não conhecem in loco a nossa realidade e viajam nas utopias líricas contidas no relatório da passional antropóloga.

Com as primeiras “retomadas” estava cumprido o capitulo inicial da cartilha da FUNAI, Como caracterizar uma terra como tradicionalmente ocupadas se não existia uma única aldeia? Cumprindo o que está na cartilha da autarquia, se não tem se fabrica. E foi o que passou a acontecer, conforme está registrado no 3º volume nas paginas 433 a 435 do relatório de reconhecimento, “As aldeias tupinambás tem o seu significado na dinâmica de habitação permanente...”.

Neste capitulo do relatório fica latente o inicio do processo da fabricação da etnia Tupinambá de Olivença. Habitação permanente e tradicional significa que eles já habitavam nesta região em antigas aldeias e não é o que a antropóloga contraditoriamente relata em seu relatório de reconhecimento. Se não vejamos:

Aldeias da Serra do Padeiro _ retomadas em 2004 e 2008

Aldeias Limoeiro _ retomada em 2005

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Aldeia Tucum _ retomada em 2007

Aldeia Santa Luzia _ retomada em 2007

Aldeia Curupitanga _ retomada em 2008

Aldeia Itapoã _ retomada em 2007

Aldeia Santana _ retomada em 2004

Aldeia Mamão _ retomada em 2007

Hoje, existem 22 “aldeias tradicionais” que na realidade são 22 propriedades privadas invadidas a partir de 2004 para justificar a tese da antropóloga, aceita e aprovada pela FUNAI. Reiterando, é muito importante ressaltar esta realidade, todas, absolutamente todas “aldeias tradicionais” são propriedades privadas invadidas a partir de 2004, confirmado no próprio relatório da FUNAI. A antropóloga portuguesa para justificar a ocupação tradicional e permanente, deveria também elencar as antigas Aldeias, mas, ficou impossibilitada de fazê-los, porque inexistam. Abaixo “ALDEIAS TRADICIONAIS”

A FAZENDA FERKAU VIROU ISSO: “A ALDEIA TRADICIONAL CURUPITANGA”

Page 5: Edgard demarcação 4ª parte

Se existia alguma duvida, acreditamos que com o demonstrado nos textos, ela foi tirada, e, ficou a certeza de que, os TUPINAMBÁS DE OLIVENÇA É UMA ETNIA FABRICADA PELA FUNAI. Esta convicção ficou ainda maior pelo silencio daqueles que defende a causa TUPINAMBÁ e acompanha regularmente os nossos escritos. Mesmo provocados, em nenhuma ocasião se pronunciaram para rebater as nossas contundentes afirmações. Mas, rebater como? Tinham mais que ler e calar-se.

Agradeço o estimulo recebido de AMIGOS, que enalteceram o trabalho pelo conteúdo e, principalmente, pelas provas apresentadas. Alguns chegaram ao um lúcido entendimento a ponto de questionar-me: Com tantas provas como é possível este processo ainda não ter sido arquivado? Ainda não foi, mas, temos certeza que será.

Para encerrar afirmamos: OS TUPINAMBÁS DE OLIVENÇA É UMA GRANDE FARSA.