Óleo de cártamo e sua utilização pela medicina ortomolecular

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ÓLEO DE CÁRTAMO E SUA UTILIZAÇÃO PELA MEDICINA ORTOMOLECULAR O cártamo é uma planta oleaginosa, cujas sementes possuem elevados teores de ácidos linoléico (70%) e oléico (20%) e baixa porcentagem de ácido linolênico (3%). Inibe a ação da enzima humana responsável por armazenar gordura em nosso corpo. O que obriga o organismo a usar a gordura acumulada como combustível para atividades físicas, otimizando a queima de gordura, gerando mais energia e eliminando calorias extras. O Óleo de Cártamo possui ainda propriedades para tratar diferentes condições de pele, como as fotoenvelhecidas, sensíveis, secas, frágeis, irritadas e com sinais de envelhecimento (rugas e pés-de-galinha). É indicado também para o tratamento da celulite, tem ação regeneradora, melhora a função barreira e reaviva a cor e o brilho dos cabelos. A ação do ácido linoléico proveniente do óleo de cártamo no organismo cria um ambiente propício para a redução das reservas lipídicas. O que é ácido Linoléico? É um ácido graxo fonte de ômega 6, que age de maneira positiva sobre o metabolismo de gorduras e proteínas. É encontrado naturalmente em alimentos de origem vegetal, porém em baixas concentrações. O Ácido Linoléico na Redução da Gordura Corporal O Ácido Linoléico tem a capacidade de inibir a atividade da enzima LPL (lipase lipoprotéica). Esta enzima tem como função transferir a gordura presente na corrente sanguínea para o interior das células adiposas, responsáveis por armazenar a gordura corporal e que compõem o tecido adiposo do corpo humano. Quanto maior e mais intensa a atividade da LPL, maior quantidade de gordura é armazenada dentro das células adiposas e, como conseqüência, o volume do tecido adiposo aumenta, ou seja, engordamos. Com o bloqueio da ação do LPL, a transferência de gordura para as células também fica inibida, o que obriga o organismo a utilizar o estoque de gordura já existente como fonte de energia para a atividade muscular, a chamada lipólise = queima de gordura. O Ácido Linoléico no Desenvolvimento Muscular O Ácido Linoléico age também aumentando a atividade de uma enzima presente no organismo, chamada CPT (carnitina palmitoltransferase). Esta enzima está presente nos músculos esqueléticos (de contração voluntária, ex.: bíceps), e é responsável pelo transporte de gordura (em forma de ácidos graxos) para dentro da mitocôndria, que é a célula responsável por converter esta gordura em energia. Com a atividade aumentada da CPT, maior quantidade de energia é transportada para células adiposas e, conseqüentemente, queimada, gerando mais energia para o trabalho muscular e

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LEO DE CRTAMO E SUA UTILIZAO PELA MEDICINA ORTOMOLECULAR

O crtamo uma planta oleaginosa, cujas sementes possuem elevados teores de cidos linolico (70%) e olico (20%) e baixa porcentagem de cido linolnico (3%).

Inibe a ao da enzima humana responsvel por armazenar gordura em nosso corpo. O que obriga o organismo a usar a gordura acumulada como combustvel para atividades fsicas, otimizando a queima de gordura, gerando mais energia e eliminando calorias extras.

O leo de Crtamo possui ainda propriedades para tratar diferentes condies de pele, como as fotoenvelhecidas, sensveis, secas, frgeis, irritadas e com sinais de envelhecimento (rugas e ps-de-galinha).

indicado tambm para o tratamento da celulite, tem ao regeneradora, melhora a funo barreira e reaviva a cor e o brilho dos cabelos.

A ao do cido linolico proveniente do leo de crtamo no organismo cria um ambiente propcio para a reduo das reservas lipdicas.

O que cido Linolico?

um cido graxo fonte de mega 6, que age de maneira positiva sobre o metabolismo de gorduras e protenas. encontrado naturalmente em alimentos de origem vegetal, porm em baixas concentraes.

O cido Linolico na Reduo da Gordura Corporal

O cido Linolico tem a capacidade de inibir a atividade da enzima LPL (lipase lipoprotica). Esta enzima tem como funo transferir a gordura presente na corrente sangunea para o interior das clulas adiposas, responsveis por armazenar a gordura corporal e que compem o tecido adiposo do corpo humano. Quanto maior e mais intensa a atividade da LPL, maior quantidade de gordura armazenada dentro das clulas adiposas e, como conseqncia, o volume do tecido adiposo aumenta, ou seja, engordamos.

Com o bloqueio da ao do LPL, a transferncia de gordura para as clulas tambm fica inibida, o que obriga o organismo a utilizar o estoque de gordura j existente como fonte de energia para a atividade muscular, a chamada liplise = queima de gordura.

O cido Linolico no Desenvolvimento MuscularO cido Linolico age tambm aumentando a atividade de uma enzima presente no organismo, chamada CPT (carnitina palmitoltransferase). Esta enzima est presente nos msculos esquelticos (de contrao voluntria, ex.: bceps), e responsvel pelo transporte de gordura (em forma de cidos graxos) para dentro da mitocndria, que a clula responsvel por converter esta gordura em energia.

Com a atividade aumentada da CPT, maior quantidade de energia transportada para clulas adiposas e, conseqentemente, queimada, gerando mais energia para o trabalho muscular e seu desenvolvimento.

O cido Linolico e Efeito Antioxidante

Os antioxidantes protegem o organismo da ao danosa dos radicais livres, alguns antioxidantes so produzidos por nosso prprio corpo e outros (como as vitaminas C, E e o beta-caroteno) so ingeridos. CLA fonte natural de agentes antioxidantes, que contribui para a melhora do aspecto dos tecidos.

As gorduras (lipdios) so substncias muito abundantes em animais e vegetais, so oleosas, insolveis em gua e no-volteis. Compreendem os leos, as gorduras e outras substncias semelhantes aos lipdios (KATCH & McARDLE, 1996).Os lipdios so considerados constituintes importantes da dieta, no s pelos seus elevados valores energticos, como tambm pelas vitaminas lipossolveis e cidos graxos essenciais

contidos na gordura dos alimentos naturais. No organismo, a gordura serve como fonte eficiente de energia quando armazenada no tecido adiposo. Serve como material isolante nos tecidos subcutneos em volta de certos rgos e os lipdios no polares atuam como isolantes eltricos que permitem a rpida propagao das ondas de despolarizao ao longo dos nervos mielinizados. O teor de gordura do tecido nervoso particularmente elevado. As combinaes de gordura e protena (lipoprotenas) so constituintes celulares importantes, ocorrendo tanto na membrana celular como na mitocndria, dentro do citoplasma, servem ainda, como meio de transporte dos lipdios no sangue. O conhecimento da fisiologia dos nutrientes, e em particular dos lipdios, importante no entendimento das relaes de muitas reas biomdicas de interesses comuns; por exemplo: obesidade, aterosclerose, utilizao de gorduras durante o exerccio e a funo de vrios cidos graxos poliinsaturados na nutrio e sade (FOX & KETEYIAN, 2000; SCHAUF, MOFFET & MOFFETT, 1993).

O presente estudo de reviso tambm analisa os efeitos metablicos do consumo de alguns alimentos na rea fisiolgica dos lipdios.DISCUSSOA maior parte das gorduras naturais constituda por 98 a 99% de triglicerdios que so, primariamente, constitudos por cidos graxos (cadeias retas de hidrocarbonetos terminando num grupo carboxila e na outra extremidade um grupo metila) cuja nomenclatura, extenso da cadeia e grau de saturao traam um perfil diferenciado entre si, incidindo fortemente no seu grau de importncia (KATCH & McARDLE, 1996; McARDLE, KATCH & KATCH, 1998).Quanto extenso da cadeia os cidos graxos classificam-se em cidos graxos de cadeia curta com 4 a 8 tomos de carbono (gorduras de laticnios); cadeia mdia, de 8 a 12 carbonos (leo de coco e de palmeira) e os de cadeia longa, mais de 12 tomos de carbono (muitos tipos de gorduras de origem animal). A existncia ou no de duplas ligaes na cadeia determina o grau de saturao do cido graxo saturado (nenhuma dupla ligao), insaturado (com uma ou mais duplas ligaes), monoinsaturado (com apenas uma dupla ligao) e os poliinsaturados (contm duas ou mais duplas ligaes), segundo KRUMMEL (2000) e KATCH & McARDLE (1996).A nfase dada aos cidos graxos poliinsaturados d-se ao fato do organismo humano no poder sintetiza-lo. As duas classes de cidos poliinsaturados essenciais (PUFA) so o mega-6(a linolico) e o mega-3 (a linolnico e derivados), conforme FULLER & JIALAL (1994). O cido linolico comum no reino vegetal, especialmente em sementes vegetais, enquanto que o linolnico e derivados podem ser encontrados em folhas, em poucas sementes oleoginosas, mas principalmente em peixe de guas geladas de grande profundidade.A conhecimento do transporte e armazenamento do lipdio torna-se indispensvel compreenso da proposta em estudo. Sabe-se que quase todos os lipdios da dieta so absorvidos da mucosa intestinal para o sistema linftico, exceto os cidos graxos de cadeia mdia, que so absorvidos diretamente para circulao portal, atravessando o sistema linftico. O transporte para a linfa ocorre atravs dos quilomcrons (so as lopoprotenas sintetizadas pelas clulas intestinais, contendo cerca de 70% de triglicerdios, fosfolipdios, colesterol e seus steres) com uma pequena quantidade de protenas (MONTEIRO & ROSADO, 1993; SCHAUF, MOFFET & MOFFETT, 1993; KATCH & McARDLE, 1996; McARDLE, KATCH & KATCH, 1998). As poliprotenas A e B absorvidas para sua superfcie externa e conduzidas pelo sangue venoso para o fgado ou removidas para o tecido adiposo. No fgado, os lipdios podem ser metabolizados, armazenados ou convertidos a lipoprotenas que so transportadas no sangue para os tecidos.As lipoprotenas so classificadas em quatro tipos:quilomcrons;alfalipoprotenas ou HDL (high density lipoprotein) ou LAD (lipoprotena de alta densidade) contm mais protena e menor quantidade de colesterol e triglicerdios;betalipoprotenas ou LDL (low density lipoprotein) ou LBD (lipoprotena de baixa densidade) contm mais colesterol e triglicerdios do que protenas;prebetalipoprotenas ou VLDL (very low density lipoprotein) ou LMBD (lipoprotena de muito baixa densidade) contm mais triglicerdios do que colesterol.Juntos, esse complexo de triglicerdios, colesterol, fosfolipdios e protena chamado lipoprotena, sendo diferenciado quanto ao local de sntese e distribuio percentual de seus elementos (BARBANTI, 1990; MONTEIRO & ROSADO, 1993; POLLOCK & WILMORE, 1993; KATCH & McARDLE, 1996; McARDLE, KATCH & KATCH, 1998).

A alta densidade da HDL tem uma ao protetora na aterosclerose, estudos comprovam que estas lipoprotenas removem colesterol srico para o fgado antes que ele possa depositado em uma placa, foi sugerido que a HDL poderia no estar ativamente envolvido na preveno do acmulo da placa de colesterol, mas que nveis mais elevados apenas seriam reflexo de um sistema de transporte saudveis que no levaria aterosclerose (KRUMMEL, 2000).As correlaes populacionais entre colesterol total e LDL so fortes. Os nveis de lipoprotenas considerados de risco para coronariopatia (CHD) so: LDL acima de 130 mg/dl, HDL abaixo de 35 mg/dl e colesterol total acima de 200 mg/dl. Propores entre colesterol e LDL ou HDL so usadas como pontos alm dos quais deve ser instituda teraputica diettica associada atividade fsica para reduzir o nvel de CHD. Quando o colesterol total est entre 200 e 400 mg/dl a proporo colesterol total: HDL aumenta em 3 a 4 vezes o risco de cardiopatia do que LDL isoladamente e 5 a 6 vezes do que o colesterol total isolado. A HDL reduzida na presena de LDL elevada favorece o uso de drogas para tratamento. Os pacientes devem ser aconselhados a deixar de fumar, reduzir o peso, se forem obesos (HDL reduzido e LDL elevado), aumentar o exerccio caso sejam sedentrios (na prtica de exerccios fsicos ocorre aumento da lpase da lipoprotena; aumenta HDL e diminui a LDL) e evita o uso de esterides anabolizantes), de acordo com KRUMMEL (2000) e POLLOCK & WILMORE (1993).Estudos epidemiolgicos foram desenvolvidos a partir da associao das gorduras da dieta com a incidncia de CHD mostrando que populaes com reduzida cardiopatia consumiam dietas pobres em gordura total, gordura saturada e colesterol. Nunca foi encontrada nenhuma populao que subsistisse com uma dieta pobre em gorduras e que tivesse altos nveis de colesterol ou alta freqncia de ataques cardacos. A influncia dos cidos graxos no desenvolvimento do colesterol srico medida em termos de seus variados grupos de saturao que influenciam nos nveis de LDL e HDL em formas diferentes. Os cidos graxos saturados tendem a elevar tanto a LDL como o HDL. No entanto, o efeito parece estar limitado a cidos graxos com comprimento de cadeia entre 10 e 18 cabonos, os mais aterognicos so o mirstico (C-14) e o palmtico (C-16). O cido esterico (C-18) uma exceo porque ele desnaturado em cido olico (cido graxo monoinsaturado) to rapidamente que no tem efeito de elevao do colesterol. O cido esterico o cido graxo saturado mais comum na carne (20%), leo de coco e manteiga do cacau; como nestes alimentos tambm encontramos cido palmtico eles continuam a elevar o colesterol srico (DENKER,1994; KATCH & McARDLE, 1996 ). Estudos realizados por DENKER (1994) mostraram que o chocolate no aumentou a concentrao de LDL tanto quanto se prognosticou, pelo total de cido graxo saturado contido em sua estrutura; o tipo de cido graxo saturado mostrou a reao diferenciada, o cido esterico rapidamente se transforma em cido olico. Ainda neste experimento foi feito um estudo comparativo entre o chocolate, os leos vegetais, a carne e a manteiga; observou-se que o contedo do cido palmtico do chocolate em relao a todos estes alimentos somente maior do que nos leos vegetais (azeite de oliva), e justamente esta poro que proporciona no chocolate maior efeito aterognico.Durante muitos anos a utilizao dos PUFAs (cidos graxos poliinsaturados) foi mantida pela capacidade de reduzir os nveis sricos de colesterol quando usados em substituio aos SFA (cidos graxos saturados), o consumo praticamente dobrou nos ltimos 90 anos. Os PUFAs tornaram-se foco de muitos interesses quando se voltou a ateno para a populao de esquims na Groelndia, cujas ingestes elevadas de leos de peixe estavam associadas com a baixa incidncia de CHD (KATCH & McARDLE, 1996). Os PUFAs mega-3 pareciam reduzir os nveis de triglicerdios plasmticos, provavelmente pela inibio da sntese de VLDL, qualquer efeito de reduo de LDL est relacionado com seu deslocamento de SFA. No adianta apenas adicionar PUFAs mega-3 dieta sem reduzir, simultaneamente, o SFA. Estes cidos, altamente insaturados (Eicosapentaenico e Docosahexaenico) so precursores de prostaglandinas (um grupo de componentes semelhantes ao hormnio, que participam na regulao da presso sangunea, freqncia cardaca, dilatao vascular, coagulao sangunea, liplise, resposta imunolgica e sistema nervoso central), que interferem na coagulao sangunea. Ingestes excessivas de PUFAs resultam em tempos de sangramento prolongados, uma condio comum em populaes esquims com altas ingestes dietticas (FULLER & JIALAL, 1994; KATCH & McARDLE, 1996).Um significativo nmero de dados acumulou-se ao longo de dois anos atestando a neutralidade dos cidos graxos monoinsaturados na elevao dos nveis de colesterol srico. Estudos mais recentes mostram que, quando substitumos os cidos graxos saturados por monoinsaturados os nveis de LDL diminuem enquanto HDL permanece inalterado. Uma dieta contendo 20% de gorduras reduziu o colesterol total e LDL, mas elevou o triglicerdio reduzindo, significativamente, o HDL; numa outra dieta, com 40% de Kcal de gordura 43% dos quais foram monoinsaturados apresentou reduo do colesterol total e LDL, mas no teve qualquer efeito sobre os triglicerdios ou HDL. Esses novos achados polemizam a questo da relao consumo cidos graxos poliinsaturados, monoinsaturadsos e saturados. Os monoinsaturados da dieta ocorrem quase exclusivamente na forma de cido olico que constituem cerca de metade (45%) da dieta norte americana. Alguns leos vegetais como oliva canola so muito ricos em monoinsaturados. Experimentos usando leo e margarina de canola (monoinsaturado) apresentaram um potencial de produzir significantes e proveitosas mudanas do perfil lipoprotico, particularmente em indivduos que tem hipercolesterolemia. Num grande inverno na Antrtica o uso do leo da canola e margarina acima do perodo de 13 semanas foi associado com a diminuio de 67% no colesterol total, 10% na reduo do LDL e poucas mudanas no HDL (MATHERSON et alii, 1996).Um outro enfoque importante dos lipdios est nos processos de oxidao. A permanente oxidao, a nveis elevados na LDL, promover em ao prolongada um atraso na reao lipdica (FULLER & JIALAL, 1994). Assim, num processo seqenciado os oxidantes vo se acumulando e formam-se os radicais livres que, preferencialmente, atacam os antioxidantes (a tocoferol, b caroteno, cido ascrbico) comprometendo outros tecidos e levando a destruies. Quando a vitamina E (a tocoferol) oxidada se transforma num radical livre (tocoferoxil), a vitamina C vai diminuir o tocoferoxil fazendo com que ele volte a ser a vitamina E. Indivduos com problemas cardacos tem baixo nveis de vitaminas oxidantes no sangue. O LDL, a partir do ataque dos radicais livres, formam produtos que vo continuar a oxidao de outras lipoprotenas nas membranas (FULLER & JIALAL, 1994). O LDL oxidado aumenta a atividade da Acetil- CoA e a esterificao do colesterol, proporcionando a entrada de colesterol na clula. A vitamina E promove a contraposio destes efeitos; diante disto, nos pacientes cardiopatas sugerem a suplementao das vitaminas C e E em dosagens de 500 mg/dia e de 100 a 170 mg/dia respectivamente, sem configurar megadoses.Trabalhos recentes tentam provar a ao do vinho tinto como protetor da oxidao do LDL, embora no exista comprovao quanto a estes estudos (RIJKE et alii, 1996).CONCLUSOO avano das cincias propiciou uma srie de mudanas e o surgimento de uma anlise diferenciada dos lipdios em todo aporte calrico do indivduo. Uma busca incansvel tenta definir da melhor forma possvel as cotas dietticas consideradas ideais. Hoje, a viso unnime de que a seleo dos lipdios indispensvel acompanha a necessidade de se manter a distribuio 1:1 em relao aos monoinsaturados, poliinsaturados e saturados.Faz-se necessria a continuidade de estudos capazes de evidenciar a importncia da fisiologia lipdica no contexto do metabolismo humano.REFERNCIAS BIBLIOGRFICASBARBANTI, V. J.Aptido fsica: um convite sade. So Paulo: Manole, 1990. 146p.DENKER, M. A. Effects of cocoa butter on serum lipids in humans historical higlihts.TheAmerican Journal of Clinical Nutrition, Bethesda, v. 60, p.1014-1020, 1994.FOX, E. L., KETEYIAN, S. J.Bases fisiolgicas do exerccio e do esporte. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.FULLER, J. C., JIALAL, I. Effects of antioxidants and fatty acids on low-density-lipopeotein oxidation.TheAmerican Journal of Clinical Nutrition, Bethesda, v. 60, p.1010-13, 1994.KATCH, F. I., McARDLE, W. D.Nutrio, exerccio e sade. 4. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1996.KRUMMEL, DEBRA. Nutrio na doena cardiovascular. In: MAHAN, L. K., ESCOTT-STUMP, S.Alimentos, nutrio & dioterapia. 9. ed. So Paulo: ROCA, 1998. p.525-567.MATHERSON, B., WALTER, K. Z., TAYLOR, D. McD., PETERKIN, R., LUGG, D., ODEA, K. Effects serum lipids of monounsaturated oil and margarine inthe diet of an Antarctic expedition.TheAmerican Journal of Clinical Nutrition, Bethesda, v. 63, p.933-941, 1996.McARDLE, W. D., KATCH, F.I., KATCH, L.V. Fisiologia do exerccio: energia, nutrio e desempenho humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.MONTEIRO, J. B. R., ROSADO, L. E. F. P. L.Nutrio e doenas cardiovasculares. 2. ed. Viosa: Imprensa Universitria, 1993. 52p.POLLOCK, M. L., WILMORE, J. H.Exerccios na sade e na doena: avaliao e prescrio para preveno e reabilitao. 2. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1993RIJKE, B. Y., DEMACKER, N. M., ASSEN, A. N., SLOOTS, M. L., KATAN, M. B., STALENHOEF, F. H. Rede wine consumption does not affect oxidizabitity of low-density lipoproteins in volunteers.TheAmerican Journal of Clinical Nutrition, Bethesda, v. 63, p.329-334, 1996.SCHAUF, C. L., MOFFETT, D. F., MOFFETT, S. B.Fisiologia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.

Calcule seu gasto calrico dirioCalcule sua ingesto calrica diriaCalcule seu IMC (ndice de Massa Corparal)Autor:Marco Antonio DinoConsultor do Sade em Movimento

Otecido adiposo uma variedade especial detecido conjuntivono qual se encontra o predomnio deadipcitos, um tipo declulaque acumula gotculas delipdiosem seucitoplasma. Localizado principalmente embaixo dapele, na chamadahipoderme, o tecido adiposo modela a superfcie do corpo e ajuda noisolamento trmicodo organismo. Alm disso, tem a importante funo de servir como depsito de energia: ostriglicerdiosacumulados nos adipcitos so usados para fornecer energia no intervalo entre as refeies. Em umser humanode peso normal, o tecido adiposo corresponde a 20-25% do peso corporal nasmulherese 15-20% noshomens.1ndice[esconder] 1Funo 2Origem 3Classificao 3.1Tecido adiposo unilocular 3.2Tecido adiposo multilocular 4Ver tambm 5Referncias 6Bibliografia 7Ligaes externasFuno[editar|editar cdigo-fonte]A funo primordial do armazenamento de gordura servir como reservaenergticado organismo, mas tambm pode atuar comoisolante trmico, (ajudando na manuteno da temperatura do corpo) e como amortecedor (proteo contra choques mecnicos), posicionando-se entre apelee osrgosinternos.Apesar de possuir uma funo importante, o tecido adiposo indesejvel em excesso. Em animaissedentrios, quando o gasto deenergiacom atividades dirias menor do que sua ingesto, o organismo transfere a energia em excesso para a formao de lipdios, depositados no tecido adiposo. Esse depsito aumenta o peso e o volume corporal, implicando em alteraes morfolgicas e sobrecarga docoraoe dospulmes, responsveis pela oxigenao de um volume corporal maior do que o esperado.Origem[editar|editar cdigo-fonte]Originam-se dos lipoblastos, que por sua vez tm origem a partir de clulas mesenquimatosas.Classificao[editar|editar cdigo-fonte]O tecido adiposo pode ser classificado de acordo com o nmero devacolosde gordura presentes em cada clula. Cada umas das variedades possui fisiologia, distribuio no corpo, estrutura e patologia diferenciadas.2Tecido adiposo unilocular[editar|editar cdigo-fonte]O tecido adiposo do tipo unilocular recebe esse nome pelo fato de suas clulas apresentarem uma gotcula de gordura predominante, que preenche quase todo o seu citoplasma. Ele tambm conhecido como tecido adiposo comum ou amarelo, apesar de que sua cor varia entre o branco e o amarelo-escuro. Essa variao na colorao explicada pelo acmulo decarotenoidesdissolvidos na gordura, que pode oscilar a depender dadieta.2Forma o panculo adiposo, camada de gordura disposta sob a pele; no recm nascido de espessura uniforme, j em adultos o acmulo em determinadas posies, sendo a distribuio regulada por hormnios.Principal lipdio armazenado otriglicerdeo. Fontes: alimentao, fgado, sntese a partir deglicose.Sintetiza molculas comoleptinaeadiponectina. Leptina ( hormnio que participa da regulao da quantidade de tecido adiposo no corpo e na ingesto de alimentos).Tecido adiposo multilocular[editar|editar cdigo-fonte]Formado por clulas que contm vrias gotculas de gordura, ou seja, possui vrios vacolos de gordura e vrias mitocndrias.Sua cor castanha devido vascularizao abundante e s numerosas mitocndrias, que fazem gerar energia mais rpido que o tecido unilocular.Localiza-se em reas determinadas, encontrados em grande quantidade em animais hibernantes e em recm nascidos.Tem como principal funo gerar calor.O consumo de alimentos ricos em mega 3, mega 6 e mega 9 ajuda a prevenir o infarto e o AVC isqumico. Entenda como

Os cidos graxos dos grupos mega desempenham papis fundamentais para o bom funcionamento do metabolismo humano. Como constituintes das gorduras insaturadas, so usados pelo corpo como energia, alm de colaborarem na produo de hormnios. No entanto, especialmente para os casos do mega 3 e do mega 6, que no so produzidos por nosso organismo, faz-se necessria a incorporao deles dieta. Por tal motivo, so denominados cidos nutricionalmente essenciais.A importncia dos cidos graxos do grupo mega para a sadeSegundo os dados daSociedade Brasileira de Cardiologia:mega 9O principal representante deste grupo o cido olico. Este colabora para a reduo do colesterol do sangue, e para a diminuio docolesterol ruim (LDL), alm de ajudar a diminuir a agregao de plaquetas. Pode ser incorporado dieta por meio do consumo dos leos de oliva e colza, da azeitona, do abacate e de oleaginosas (castanhas, nozes, amndoas).mega 6Este conjunto representado principalmente pelo cido linolico (AL) encontrado principalmente emleos vegetais, como milho, soja e colza. O AL est relacionado reduo do colesterol total e do colesterol ruim (LDL) e ao aumento docolesterol bom (HDL).Uma vez ingerido, o AL pode ser transformado em outros cidos graxos do conjunto. O mais importante o acido araquidnico (AA). Este tambm pode ser obtido diretamente por meio da alimentao, pois encontrado em carnes e na gema do ovo.mega 3O representante mais abundante deste grupo o cido alfa-linolnico (ALA). Os alimentos que o fornecem so principalmente as sementes de linhaa e dechia, das quais pode-se extrair o leo. Tambm pode ser encontrado em quantidade significativa em nozes e no leo de colza. O ALA necessrio para a manuteno das membranas celulares, funes cerebrais e transmisso de impulsos nervosos.Quando j est presente no organismo humano, o ALA pode ser transformado em outros dois cidos graxos do mesmo grupo e tambm essenciais ao organismo: o cido eicosapentaenico (EPA) e o cido docosahexaenico (DHA). Ambos so encontrados em algas marinhas e peixes, como o salmo, o atum, a sardinha, o arenque e a cavalinha. Tanto o EPA quanto o DHA esto relacionados diminuio do nvel de colesterol total e triglicrides no sangue, e ao aumento do colesterol bom (HDL).No entanto, a converso de ALA em cidos EPA e DHA limitada, pois as enzimas necessrias para processo tambm so usadas pelo corpo para outras funes. Por isso, recomenda-se a ingesto de alimentos que sejam naturalmente ricos em EPA e DHA.Por que os megas so separados em 3, 6 e 9?Os cidos graxos compem asgorduras insaturadas, que so divididas em monoinsaturadas (apenas uma ligao dupla entre carbonos da cadeia hidrocarbnica) e polinsaturadas (mltiplas ligaes duplas entre carbonos da cadeia hidrocarbnica).Os cidos graxos do grupo mega 9 compem as gorduras do tipo monoinsaturadas, enquanto os cidos graxos do grupo mega 3 e 6, as polinsaturadas.O que confere aos grupos seus respectivos nmeros a posio na qual ocorre a ligao dupla. No caso do mega 9, ocorre apenas uma ligao dupla, no nono carbono a partir da hidroxila. No caso dos polinsaturados, a primeira ligao dupla deve ocorrer no terceiro carbono para conferir-lhe o nome mega 3, e no sexto carbono para identific-lo como mega 6.A importncia de ter uma dieta rica no consumo de alimentos fonte de mega 3Por ser um anti-inflamatrio, o mega 3 colabora na reduo do processo de ocorrncia daaterosclerose, que uma doena inflamatria crnica diretamente ligada maior suscetibilidade ocorrncia de infarto e AVC isqumico.Alm de ajudar a proteger os msculos cardacos, o mega 3 representa um tero dos lipdeos no crebro e a carncia dessas substncias malfica para o organismo ainda na fase fetal. Por isso, comum que os mdicos recomendem a suplementao de DHA e EPA durante a gravidez e a lactao. Segundo oestudo, a suplementao de mega 3 durante o perodo gestacional colabora para o bom desenvolvimento do crebro da criana, colaborando para a preveno de dficits cognitivos e psicopatolgicos na idade adulta.Em adultos e principalmente idosos, a carncia de mega 3 pode colaborar para o desenvolvimento de sintomas de ansiedade e depresso. De acordo com o que descrito emestudo, o consumo de DHA melhora problemas relacionados depresso, pois capaz de melhorar a ligao entre neurotransmissores e receptores. Enquanto o EPA tende a aumentar o suprimento de oxignio e glicose para o crebro e protege contra o estresse oxidativo. afirmado emestudoque ingerir alimentos ricos em cidos EPA e em DHA, do grupo mega 3, ajuda na preveno e tratamento de tipos de cncer, como os de mama, de prstata e de clon, e tambm combate o mal de Alzheimer. Devido s suas propriedades anti-inflamatrias, o mega 3 tende a colaborar para a reduo de peso, uma vez que a obesidade caracterizada por um processo de inflamao crnica.A recomendao daOrganizao Mundial de Sade(OMS) o consumo regular de 200 mg a 500 mg por semana de cido EPA e DHA, como mtodo preventivo doenas cardiovasculares, como o infarto e o AVC isqumico. Estas concentraes podem ser obtidas atravs do consumo de peixe duas vezes por semana. Para o caso de pessoas que no incluem peixe em na dieta, a OMS recomenda o aumento no consumo de alimentos ricos em ALA. Este, como mencionado anteriormente, ao ser ingerido, pode se transformar em EPA e DHA. Existe tambm a alternativa de incorporar dieta o consumo de algas marinhas, tipicamente usadas na culinria oriental, que, como os peixes marinhos, tambm so fontes de EPA e DHA.Essas recomendaes no contemplam os casos especficos de pessoas que so orientadas a suplementar o mega 3 atravs do consumo de cpsulas de leo de peixe, ou extrato de algas marinhas como mencionado acima. Contudo, importante salientar que a suplementao alimentar de mega 3 deve ser feita apenas quando recomendada por um mdico, pois em alguns casos, o excesso de mega 3 pode fazer mal sade.Altas concentraes de mega 3 esto associadas ao aumento da suscetibilidade peroxidao lipdica (destruio das camadas de lipdios polinsaturadas das membranas celulares porradicais livres) e ao aumento da incidncia de episdios hemorrgicos em determinadas pessoas.