ofício circular n.42-2011 - assistência estudantil

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Ofício Circular n.42-2011, que trata da Assistência Estudantil no âmbito da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia.

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  • MINISTRIO DA EDUCAOSECRETARIA DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA

    Esplanada dos Ministrios, Bloco L 4 andar Gabinete.Fone: 61-2022-8582 2022-8581

    Ofcio Circular n 42/2011/GAB/SETEC/MEC

    Braslia, 03 de maio de 2010.

    Aos Dirigentes dos Institutos Federais de Educao Profissional e Tecnolgica e Centros Federais de Educao Profissional e Tecnolgica

    Assunto: Assistncia Estudantil complementao de orientaes contidas no ofcio circular n. 21/2011.

    Senhores (as) Dirigentes,

    Em complementao as orientaes contidas no Ofcio Circular

    supramencionado, expedido pela Diretoria de Formulao de Polticas de

    Educao Profissional e Tecnolgica desta Secretaria, passamos a expor o que

    segue:

    1. O Decreto Presidencial n. 7.234 de 19 de julho de 2010 dispe sobre o

    Programa Nacional de Assistncia Estudantil PNAES, regulando no seu artigo

    4: As aes de assistncia estudantil sero executadas por instituies federais

    de ensino superior, abrangendo os Institutos Federais de Educao, Cincia e

    Tecnologia, considerando suas especificidades, as reas estratgicas de ensino,

    pesquisa e extenso e aquelas que atendam s necessidades identificadas por

    seu corpo discente.

    2. Portanto, as aes de assistncia estudantil devem considerar a

    necessidade de viabilizar a igualdade de oportunidades, contribuir para a melhoria

    do desempenho acadmico e agir, preventivamente, nas situaes de reteno e

    evaso decorrentes da insuficincia de condies financeiras de alunos das

    classes populares, especialmente os oriundos do meio rural, pertencentes

    comunidades indgenas, quilombolas.

  • 3. Nesse sentido, a assistncia estudantil constitui-se em investimento

    concreto feito pela instituio para garantir bons ndices de aproveitamento e

    avaliao, coibindo a evaso escolar.

    4. O pargrafo primeiro do artigo 3 do Decreto n. 7.234 de 2010, dispe

    sobre as reas de ao da assistncia estudantil, quais sejam: moradia estudantil;

    alimentao; transporte; ateno sade; incluso digital; cultura; esporte;

    creche; apoio pedaggico e acesso, participao e aprendizagem de estudantes

    com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e

    superdotao. O decreto ainda determina que a instituio defina os critrios e a

    metodologia de seleo dos alunos a serem beneficiados (art. 2., 2.).

    5. Os recursos da assistncia estudantil para 2011 foram calculados

    conforme a matriz de matrculas dos Institutos e CEFETs do ano de 2010. Abaixo

    a evoluo do oramento desta rubrica na rede:

    Assistncia Estudantil da Rede EPT (Ao 2994)Ano Valor %Aumento

    2003 5.151.958 base2004 7.869.768 53%2005 9.512.826 21%2006 11.653.675 23%2007 14.090.044 21%2008 17.102.344 21%2009 23.664.984 38%2010 42.943.938 81%2011 162.051.472 277%

    6. A assistncia estudantil est contida na rubrica 2994. Alm disso, foi

    disponibilizado um limite oramentrio para aes de Formao Inicial e

    Continuada e para EAD, ambas alocadas pela instituio na ao 2992

  • Funcionamento da Educao Profissional e Tecnolgica, sendo possvel com este

    oramento atender a implantao da rede CERTIFIC, destacada em nossa rede

    pelo reconhecimento dos saberes dos trabalhadores.

    7. Os limites programados para EAD possibilitam a compra de

    equipamentos de informtica, inclusive na perspectiva da Educao Inclusiva,

    atendendo estudantes de baixa viso, cegos e cadeirantes.

    8. Por fim, o decreto presidencial no determina a contrapartida do

    estudante, no entanto, os investimentos realizados pela instituio na oferta de

    transporte, alimentao, reproduo de material didtico, repasses financeiros

    para o estudante, mobilidade estudantil, acessibilidade, podem ser

    potencializados por atividades de pesquisa e extenso vinculadas ao ensino, o

    qual o foco principal da assistncia estudantil.

    2. Diante de todo o exposto, a Secretaria de Educao Profissional e

    Tecnolgica, respeitado o princpio da autonomia dos Institutos Federais,

    recomenda a aprovao pelos Conselhos Superiores de uma regulamentao

    especfica para a assistncia estudantil, envolvendo os setores da assistncia

    social, coordenao pedaggica, psicologia, com critrios claros de acesso dos

    estudantes de origem popular, especialmente os vinculados ao PROEJA Mdio e

    FIC, aos trabalhadores da rede CERTIFIC, aos estudantes atendidos pelos

    NAPNES, s mulheres vinculadas ao Programa Mulheres Mil, ao atendimento da

    mobilidade estudantil nacional e internacional.

    3. Nossa perspectiva um pas sem misria, alicerado pelo empenho da

    Educao Profissional e Tecnolgica, aplicando com seriedade os recursos da

    Assistncia Estudantil, bem como os da Formao Inicial e Continuada e da

    Educao Distncia presentes na programao de investimento dos Institutos

    Federais de Educao Profissional e Tecnolgica e dos CEFETs.

    ELIEZER PACHECO

    Secretrio

    SECRETARIA DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA