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TURBULÊNCIA DIFICULTA REGRESSO AOS MERCADOS O Estado deverá voltar a emitir obrigações depois da avaliação da troika e se até os mercados acalmarem Expresso 1/8/9 S/Cor 1599 131300 Nacional Informação Geral Semanal Página (s): Imagem: Dimensão: Temática: Periodicidade: Classe: Âmbito: Tiragem: 24082013 Economia Economia

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TURBULÊNCIA DIFICULTAREGRESSO AOS MERCADOS

O Estado só deverá voltar a

emitir obrigações depois daavaliação da troika e se até láos mercados acalmarem

Expresso

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Financiamento Conjuntura atual dificulta regresso aos mercados IGCP espera por melhores dias analistas concordam

Incertezas não pagam dívidasTexto JOÃO SILVESTRE

e JORGE NASCIMENTO RODRIGUES

Setembro de 2013 foidesde o início do programa da troika apontadocomo o mês do regresso aos mercados A expressão foi usada comdiferentes conotaçõesao longo dos últimosdois anos mas aquilo

que o Governo pretendia ao apontaresta data era assegurar que a Obrigação do Tesouro que vence no dia 23 pudesse ser paga já com recurso a emissões de médio e longo prazo Nesse aspeto o objetivo foi cumpridoEm outubro de 2012 a Agência de

Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública IGCP fez uma operação de troca epagou €3757 milhões com novos títulos a vencer em 2015 Já este ano foram realizadas duas emissões de obrigações a 5 anos em janeiro e 10 anosem maio num total de €5 5 mil milhões que cobrem praticamente a sérieque chega agora à maturidade

Assegurar este pagamento que era oobjetivo inicial não é o mesmo que dizer que o Estado português estájá comacesso normal ao mercado Quando oIGCP fez a emissão de janeiro as taxasa 5 e 10 anos estavam em respetivamente em 4 965 e 5 871 Quatromeses mais tarde na segunda colocação situavam se em 4 128 e 5 532

Neste momento mantém se em6 274 e 6 649 Não é uma distânciainultrapassável até porque o apetitedos investidores pela dívida nacional semantém No ano passado houve umafuga em parte automática devido às alterações no rating e foram os bancosnacionais a aguentar o barco Este anohouve um regresso de internacionais

Mas o IGCP só voltará ao mercadoquando a situação melhorar Há váriosfocos de incerteza como a política monetária nos EUA no plano externo ou apróxima avaliação da troika que estãoa afetar as taxas O mais provável é quea próxima emissão só aconteça depoisde ultrapassadas as perturbações internas ou seja a avaliação da troika e aelaboração do Orçamento do Estadoreferiu uma fonte governamental Oque significa que poderá demorar maisalgumas semanas até final de setembro pelo menos

Financiamento adiantado

Neste momento o Estado tem apenaspor financiar €8 2 mil milhões das necessidades previstas para o próximoano O objetivo do IGCP é pré financiaro mais possível já em 2013 para chegara janeiro a seis meses do fim do programa da troika sem pressão Para issopretende fazer três ou quatro leilõesnormais de obrigações apresentar novos produtos de retalho e efetuar umanova operação de troca Esta última poderá ser a primeira a avançar e visa

uma das duas séries que vencem em2014 ou a que chega à maturidade em2015 Recorde se que foramjá estendidas as maturidades dos empréstimosdo fundo de resgate europeu FEEFEm qualquer caso desde que a troika

envie as tranches e o IGCP continue arefinanciar os Bilhetes do Tesouro o Estado pode viver vários meses sem novasemissões Eventualmente até junho de2014 altura em que termina oficialmente o programa de assistência financeiraA grande questão é saber como irá serdepois da saídada troika e como irá funcionar o plano cautelar — umaespéciede resgate light — que já começou aserdiscutido Não se coloca para já um cenário de segundo resgate clássico comoestá a ser admitido para a GréciaO caminho a percorrer dependerá do

mercado O sentimento dos investidores em relação aos países periféricos dazona euro tem estado fortemente influenciado pela política monetária daReserva Federal dos EUA Fed Oanúncio da intenção de mudança noprograma de alívio quantitativo quantitative easing em inglês que poderáser descontinuado em meados do próxi

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mo ano tem feito disparar as taxas dadívida americana e alemã de longo prazo As Treasuries americanas a 10 anossubiram de um mínimo do ano de

1 62 a 2 de maio para 2 9 esta semana enquanto as Bunds aumentaram de1 17 para 1 92 neste período

Analistas aconselham cautelas

Estas movimentações nas placas tectónicas a nível mundial têm provocadomúltiplos efeitos negativos nas econo

mias emergentes O impacto observase nas bolsas com alguns analistas afalarem de um massacre nos últimostrinta dias particularmente nas praçasda Indonésia índia Turquia e Tailândia com quebras superiores a 7 Também os juros da dívida e as moedas desses países têm sido bastante castigadosÉ neste ambiente que Portugal preten

de voltar ao mercado Há quem tenhadúvidas Neill Unmack colunista da

Reuters Breakingviews em Londresconsidera pouco provável uma vezque o ambiente de mercado se deteriorou Em relação ao primeiro semestrede 2014 considera difícil mas não impossível e sublinha que mais uns trimestres de estabilidade política e decrescimento farão toda a diferençaJá Nuno Martins responsável pelos

mercados em Portugal do Citi e sediado em Lisboa coloca a questão em termos de taxa A questão de acesso aosmercados não está em causa foi testada em janeiro e definitivamente superada em maio A questão é o preço Tendo em conta que as necessidades de financiamento este ano estão cobertas oimportante é ter as melhores condiçõesde preço Terá de se aguardar pelo momento mais apropriadoNo mesmo sentido vão as declarações

de Filipe Silva O diretor de gestão deativos do Banco Carregosa refere quese não tivermos mais nenhum episódio de stresse político e se não houverproblemas com mais nenhum país periférico aparentemente temos condiçõespara emitir dívida de longo prazo e dizque no contacto com investidores estrangeiros sente que haveria compradores Tudo depende do momentoem concreto Mas avisa que se nãohouver melhorias no plano macroeconómico a hipótese de pedirmos maisdinheiro e ou mais tempo mantém selembrando que o que estamos a fazeré contrair nova dívida para pagar a antiga enquanto os credores aceitaremO futuro costuma dizer sé a Deus

pertence Mas neste caso está mais nasmãos dos investidores e das institui

ções europeias quepoderão ajudarPortugal a ter vida para além da troika

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Crescimento económicoacelera no espaçodos países da OCDE

O Produto Interno Bruto PIBdos 34 países da OCDEcresceu 0 5 em cadeia nosegundo trimestre segundo asestimativas da organizaçãoacelerando face aos 0 3registados entre janeiro emarço Em termos homólogosa atividade económica tambémacelerou com uma expansãode 0 9 que compara com0 6 no primeiro trimestre

Reservas de emergênciados bancos centraiscaem €60 6 mil milhões

Desde maio as reservas deemergência dos bancos centraisdos países em desenvolvimentocaíram €60 6 mil milhõessegundo uma análise daMorgan Stanley citada peloFinancial Times Tudo porcausa de fluxos de saída decapitais e intervenções nosmercados cambiais IndonésiaTurquia Ucrânia e índia foram

os países mais afetados A Alemanha deverá poupar €41 milmilhões entre 2010 e 2014 devido àdiferença entre juros previstos epagos segundo o Ministério dasFinanças alemão citado pela DerSpiegel Tudo por causa da quedados juros com os investidores aprocurar refúgio contra a criseeuropeia na dívida alemã

BERLUSCONI FAZ ULTIMATOOu se encontra uma solução nos

próximos dez dias ou haverá crise —éa posição do Partido Povo da Liberdade

PdL do ex primeiro ministro italianoO PdL não aceita continuar na

coligação se o Partido Democráticolíder do Governo permitir a expulsãode Berlusconi do Senado Uma crise

política em Itália poderá ter um efeitode contágio nos mercados financeiros

Terceiro resgate financeiroda Grécia na calha

Confirmação O último a falar no assunto esta semana foi Jeroen Dijsselbloem que preside atualmente ao Eurogmpo O holandês disse quinta feira ao jornal Het Financieele Dagblad que os problemas na Grécianão serão resolvidos em 2014 e porisso algo mais terá de acontecer Antes tinha sido o ministro das Finançasalemão Wolfgang Schäuble que numa ação de campanha eleitoral emAhrensburg afirmou que terá de havernovo programa para a Grécia

Novas encomendas naconstrução abrandam quedaobras O índice de novas encomendasna construção diminuiu em termos homólogos 11 3 no segundo trimestreo que compara com uma contração de19 nos primeiros três meses do anorevelou esta semana o Instituto Nacio

nal de Estatística O comportamento

menos negativo do índice ficou a deverse sobretudo à evolução do segmento de Obras de Engenharia que passou de uma variação homóloga de 1 3no primeiro trimestre para 29 2 entre abril e junho

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