ocupação de áreas contaminadas na cidade de são paulo ... · gerenciamento de Áreas...

83
Geólogo Milton Tadeu Motta Prefeitura Municipal de São Paulo Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente Junho/2013 Ocupação de áreas contaminadas na cidade de São Paulo: atuação da SVMA nos processos de aprovação de empreendimentos

Upload: dangdat

Post on 12-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Geólogo Milton Tadeu Motta

Prefeitura Municipal de São Paulo

Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente

Junho/2013

Ocupação de áreas contaminadas na cidade de São Paulo: atuação da SVMA nos processos de

aprovação de empreendimentos

“A origem das áreas contaminadas está relacionada ao desconhecimento, em épocas passadas, de procedimentos seguros para o manejo de substâncias perigosas, ao desrespeito a esses procedimentos seguros e à ocorrência de acidentes ou vazamentos durante o desenvolvimento dos processos produtivos, de transporte ou de armazenamento de matérias primas e produtos”.

Contaminação pela atividade industrial.

Fonte: Decifrando a Terra (pág. 439)

Contaminação pela deposição incorreta de resíduos sólidos e pelas perdas da rede de esgoto.

Fonte: Decifrando a Terra (pág. 440)

Área potencialmente contaminada

é aquela onde estão sendo ou foram desenvolvidas atividades que por suas próprias características podem gerar contaminação.

AVALIAÇÃO PRELIMINAR

tem como objetivo principal constatar evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência de contaminação na área sob avaliação, por meio do levantamento de informações disponíveis sobre o uso atual e pretérito da área.

Área suspeita de contaminação

é aquela na qual, após a realização de avaliação preliminar, foram observadas indicações ou obtidas informações técnicas que induzam à suspeição de contaminação

Área contaminada

é aquela onde comprovadamente há poluição causada por quaisquer substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados, e que causa impacto negativo à saúde humana e ao meio ambiente.

“Área Contaminada”

Local cujo solo sofreu dano ambiental significativo que o impede de assumir suas funções naturais, ou legalmente garantidas.

GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

Em São Paulo, a constante mudança de uso do solo em função da alteração do perfil econômico da cidade,

principalmente nas antigas áreas industriais, favorece a descoberta de áreas contaminadas e indica que existe a

possibilidade de sucederem problemas de poluição ambiental.

Constituição REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Art. 30 Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei nº 13.430/02 (Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo - Considera as áreas

contaminadas ou suspeitas de contaminação como de interesse ambiental, podendo ser utilizadas após

investigação e análise de risco);

Decreto nº 42.319/02 (Dispõe sobre diretrizes e procedimentos relativos ao gerenciamento de

áreas contaminadas);

Lei Municipal nº 13.564/03 (Dispõe sobre a aprovação do parcelamento de solo, edificação ou

instalação de equipamentos em terrenos contaminados ou suspeitos de contaminação por materiais

nocivos ao meio ambiente e à saúde pública); e,

Lei Municipal nº 13.885/04 (Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras – Exige a

investigação e a avaliação de risco específico para a revitalização de áreas suspeitas e contaminadas).

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Lei nº 13.577/09 (Dispõe sobre as diretrizes e procedimentos para a

proteção da qualidade do solo e das águas subterrâneas, tanto para prevenção

quanto para correção das áreas existentes).

Decreto nº 59.263/13 (Regulamenta a Lei nº 13.577, de 8 de julho de 2009,

que dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade do

solo e gerenciamento de áreas contaminadas, e dá providências correlatas)

Atuação da PMSP / SVMA

Solicitação de avaliação preliminar e investigação confirmatória para projetos de parcelamento do solo e edificações em áreas potencialmente contaminadas;

Análise da avaliação preliminar e investigação confirmatória com emissão de Parecer Técnico para os órgãos de aprovação;

Acompanhamento do Plano de Intervenção.

Cadastro de áreas

• Levantamento de áreas com potencial de contaminação nas Zonas de Uso Predominantemente Industrial ZUPIs (zoneamento estadual) no Município (2005 / 2006)

• Levantamento de áreas com potencial de contaminação com base nos dados do SIPOL (Sistema de Fontes de Poluição ) - CETESB. (2007)

• Inclusão de dados relativos a contaminação no Sistema de Informações

Urbanas da PMSP (Boletim de Dados Técnicos – BDT).

Atuação da PMSP / SVMA

Acesso ao Sistema de Informação

1940 1954

2001 2009

Meios Impactados

Fonte de contaminação

Contaminantes

Restricão de uso

Situação da área

Relatório de Áreas Contaminadas SVMA (abr/2011)

Estudo de caso

Áreas Contaminadas no Estado de São Paulo - dezembro de 2012

Região

Atividade

Comercial Industrial Resíduos Postos de

combustíveis Acidentes /

Desconhecidos Total

São Paulo 67 194 31 1.239 8 1.539

RMSP - outros 43 177 22 527 12 781

Interior 74 217 45 1.296 14 1.646

Litoral 28 42 28 240 2 340

Vale do Paraíba 4 51 2 208 1 266

Total 216 681 128 3.510 37 4.572

Áreas Contaminadas no Estado de São Paulo Dezembro de 2012

Fonte: CETESB, 2012

“Foram registradas 458 áreas onde ocorreu ou está

planejada a reutilização de áreas contaminadas. Informação

relevante, pois mostra uma tendência de mudança de uso na

ocupação de áreas industriais desativadas, o que exige um

esforço adicional para a identificação de problemas e a

adoção de medidas adequadas de remediação ou intervenção

que garantam a saúde pública e a qualidade ambiental. Via

de regra são terrenos destinados a construção de

empreendimentos imobiliários”.

Fonte: Texto explicativo – Relação de áreas contaminadas e reabilitadas no Estado de São Paulo CETESB, 2012

Áreas Contaminadas no Estado de São Paulo -

dezembro de 2010

Região

Atividade

Comercial Industrial Resíduos Postos de

combustíveis Acidentes /

Desconhecidos Total

São Paulo 39 114 28 1.004 5 1.190

RMSP - outros 29 125 20 419 6 599

Interior 60 158 40 1.105 12 1.375

Litoral 15 40 21 223 1 300

Vale do Paraíba 4 34 1 171 1 211

Total 147 471 110 2.922 25 3.675

Dados do Município de São Paulo

•Áreas contaminadas: 1.190 (CETESB/10)

•Áreas potenciais (priorização): 36.000

•Áreas contaminadas: 303 (PMSP Abril/13), de acordo com o Decreto Municipal nº

51.436/2010 (Lei 15.098/2010)

Áreas Contaminadas – CETESB

Áreas Contaminadas - CETESB

Áreas Contaminadas - GTAC

0

10

20

30

40

50

60

Mo

oca

Lap

a

San

to A

mar

o

Ipir

anga

Bu

tan

Pin

hei

ros

Vila

Mar

ian

a

Cas

a V

erd

e /

Cac

ho

eiri

nh

a

Pe

nh

a

Vila

Pru

den

te /

Sap

op

em

ba

Ari

can

du

va /

Fo

rmo

sa /

Car

rão

Cap

ela

do

So

corr

o

Vila

Mar

ia /

Vila

Gu

ilhe

rme

Cid

ade

Ad

em

ar

Erm

elin

o M

atar

azzo

Itaq

ue

ra

Cam

po

Lim

po

Jaça

/ Tr

emem

M'B

oi M

irim

San

tan

a /

Tucu

ruvi

São

Mig

ue

l Pau

lista

Fre

gues

ia d

o Ó

/ B

rasi

lân

dia

Gu

aian

ases

Jab

aqu

ara

Par

elh

eir

os

São

Mat

eu

s

Itai

m P

aulis

ta

Pe

rus

Pir

itu

ba

/ Ja

ragu

á

101

135

42

25

Contaminada

Contaminada SobInvestigação

Em Processo deMonitoramentopara Reabilitação

Reabilitada

Áreas Contaminadas – GTAC

N

Lei 13.885 / 04

Zoneamento

ZM – 3b Zona Mista de Alta Densidade - b

ZER – 1 Zona Exclusivamente Residencial

ZM – 2 Zona Mista de Média Densidade

ZM – 3a Zona Mista de Alta Densidade - a

ZEPAM Zona Especial de Preservação Ambiental

ZUPI 1 131 e

ZUPI 1 130

ZPI Zona Predominantemente Industrial

ZUPI 1-130 e ZUPI 1-131 Total de 79 locais com atividades potenciais

N

Lei 13.885 / 04

Zoneamento

ZM – 3b Zona Mista de Alta Densidade - b

ZER – 1 Zona Exclusivamente Residencial

ZM – 2 Zona Mista de Média Densidade

ZM – 3a Zona Mista de Alta Densidade - a

ZEPAM Zona Especial de Preservação Ambiental

ZUPI 1 112,

ZUPI 1 114 e

ZUPI 1 117

ZPI Zona Predominantemente Industrial

ZUPI 1

114

ZUPI 1 117

ZUPI 1-112, ZUPI 1-114 e ZUPI 1-117 Total de 140 locais com atividades potenciais

CONJUNTO DE INTERVENÇÕES E MEDIDAS COORDENADAS PELO PODER

PÚBLICO MUNICIPAL, COM A PARTICIPAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS,

MORADORES, USUÁRIOS PERMANENTES E INVESTIDORES PRIVADOS, COM

O OBJETIVO DE ALCANÇAR EM UMA ÁREA TRANSFORMAÇÕES

URBANÍSTICAS ESTRUTURAIS, MELHORIAS SOCIAIS E A VALORIZAÇÃO

AMBIENTAL.

Estatuto da Cidade, Lei nº 10.257/01, art. 32, parágrafo 1º

Operação Urbana Consorciada

• Estatuto da Cidade – Lei Federal nº 10.257 / 2001 Regulamenta os artigos arts. 182 e 183 da Constituição Federal de 1988;

Institui diversos instrumentos de política urbana, entre os quais a outorga onerosa do direito de construir e as Operações Urbanas Consorciadas.

• Plano Diretor Estratégico (PDE) – Lei Municipal nº 13.430 / 2002 Indica as Operações Urbanas no Município, que são regidas por lei específica; Operações Urbanas devem obedecer às diretrizes da política urbana do

Município.

• Lei Municipal nº 13.885 / 2004 Estabelece normas complementares ao PDE, institui os Planos Regionais

Estratégicos das Subprefeituras (PREs), dispõe sobre o parcelamento, disciplina e ordena o Uso e Ocupação do Solo do Município de São Paulo.

Lei de Uso e Ocupação do Solo ou “Lei de Zoneamento”

Planejamento Urbano e Plano Diretor Estratégico

I - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano; II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e reciclagem de áreas consideradas subutilizadas; III - implantação de Programas de Habitação de Interesse Social; IV - ampliação e melhoria da Rede Estrutural de Transporte Público Coletivo; V - implantação de espaços públicos; VI - valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico; VII - melhoria e ampliação da infraestrutura e da Rede Viária Estrutural; VIII - dinamização de áreas visando à geração de empregos. Art. 227 da Lei nº 13.430/02

Objetivos das Operações Urbanas

• Projeto Urbanístico Sistemas Gerais / Solo Público – Programa de Investimentos e Obras Sistemas Edificados / Solo Privado – Ordenamento do uso e ocupação do solo, com definição de estoques de potencial construtivo adicional, setores e parâmetros urbanísticos específicos • Licenciamento Ambiental – EIA-RIMA (CADES / SVMA) Audiências públicas

• Projeto de lei e aprovação de lei específica pela Câmara Municipal

• Gestão da Operação Urbana – Grupo gestor (coord. SP Urbanismo) Leilão de CEPACs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) Aplicação em melhorias e obras dentro do perímetro da Operação Urbana

Operação Urbana Consorciada – Principais Etapas

Outorga Onerosa: adensamento com infraestrutura implantada

POTENCIAL ADICIONAL CONTRAPARTIDA

FUNDURB

APLICAÇÃO EM TODA A ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO

POTENCIAL ADICIONAL CEPAC / LEILÃO

FUNDO DA OPERAÇÃO

URBANA

APLICAÇÃO NA ÁREA DA OPERAÇÃO URBANA

Operação Urbana: adensamento com ampliação da infraestrutura

“QUALIFICAÇÃO” DAS OPERAÇÕES URBANAS

ÁREAS DE CONSOLIDAÇÃO DO SETOR TERCIÁRIO E DO

SISTEMA VIÁRIO ESTRUTURAL

ÁREAS DE REQUALIFICAÇÃO URBANA DOTADAS DE

GRANDES GLEBAS SUBUTILIZADAS E ÁREAS

INDUSTRIAIS EM PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO

ÁREAS OBJETO DE TRANSFORMAÇÃO DECORRENTE DE

GRANDES EQUIPAMENTOS URBANOS E INFRA-

ESTRUTURAS EM “ÁREAS DE TRANSIÇÃO” (CENTRO

EXPANDIDO / PERIFERIA)

ÁREAS OBJETO DE TRANSFORMAÇÕES URBANAS DE

ABRANGÊNCIA REGIONAL

ÁREAS DE INTERVENÇÕES EMINENTEMENTE SETORIAIS

E LOCAIS

Caracterização da área

Extenso parque industrial e logístico, parcialmente desativado, inserido na Operação Urbana Consorciada Mooca - Vila Carioca

PATRIMÔNIO EDIFICADO INDUSTRIAL

PATRIMÔNIO EDIFICADO INDUSTRIAL

SUB-UTILIZAÇÃO DAS ANTIGAS ÁREAS INDUSTRIAIS ALINHADAS À ANTIGA SANTOS JUNDIAÍ

ESVAZIAMENTO DE PARTE DOS ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS

OCUPAÇÕES EM TERRENOS VIZINHOS AOS GALPÕES INDUSTRIAIS

Ocupação de antiga indústria

Primeiros Estudos

Termo de Cooperação entre SVMA e a Agência Alemã de Cooperação Técnica – GTZ / 2002

"Revitalização de áreas urbanas degradadas por contaminação no Município de São Paulo" Área piloto: Inserida no perímetro da Operação Urbana Diagonal Sul (Atual Mooca – Vila Carioca) (Região com potencial de contaminação). Estudo de 2005

Projeto INTEGRATION Escolha da área de estudo: justificativa

•Todo um setor urbano, e não um lote específico, em função da experiência acumulada na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente no gerenciamento de áreas contaminadas;

•Metodologia eficaz para a aprovação de mudança de uso em áreas com potencial de contaminação;

•Antes da aprovação de novos empreendimentos: Estudos ambientais – ação preventiva; • Exemplos de projetos completos: Investigação, remediação e reconversão de uso.

Objeto contratado

Prestação de Serviços de Consultoria Técnica especializada em contaminação do solo e das águas subterrâneas, em especial, aquela decorrente das formas de ocupação da área em estudo, para subsidiar a elaboração dos estudos, planos, projetos e programas concernentes à formulação da Operação Urbana Diagonal Sul (Atual Mooca – Vila Carioca).

PRINCIPAIS OBJETIVOS

• Identificar a existência de áreas contaminadas, áreas suspeitas de contaminação e áreas potencialmente contaminadas;

•Subsidiar os Estudos de Impacto Ambiental - EIA necessários para a formulação e aprovação de legislação específica em operações urbanas, entre outros instrumentos ambientais;

• Subsidiar a escolha de áreas que favorecem a transformação de usos e novas formas de ocupação; e,

• Identificar as áreas onde a contaminação do solo e águas subterrâneas pode exigir pesquisas ambientais complementares e medidas específicas, incluindo restritivas, quanto à extensão da possível reutilização.

Área Total da Operação Urbana Mooca Vila Carioca: 1659 ha

Área avaliada: 604,9 ha

Abrange quatro subprefeituras: Sé, Mooca, Ipiranga e Vila Prudente

561 lotes avaliados – 380 ha

Área Territorial

122 Lotes Avaliados Prioritários

Critérios urbanísticos:

*Lotes inseridos em ZEIS com área superior a 3.000 m²;

*Lotes Tombados (ZEPEC); e,

*Lotes maiores que 50.000 m²

Critérios ambientais:

*Lotes com contaminação confirmada; *Lotes com área superior a 10.000 m², com cadastro no SIPOL / CETESB; *Lotes notoriamente suspeitos, segundo observações de campo, fotos aéreas, cadastro PROGAU / GTZ, etc., e que não se encaixam nos critérios listados acima.

CARACTERIZAÇÃO DOS LOTES AVALIADOS Fontes documentais Zoneamento Urbano Municipal (PMSP) Cadastros Culturais (PMSP e ESP) Cadastro Imobiliário (PMSP) Sistema de Fontes de Poluição - SIPOL (CETESB) Cadastro de Processo de Licenciamento Ambiental em andamento (CETESB) Cadastro de Áreas Contaminadas (CETESB e PMSP) Processos de Licenciamento Ambiental e/ou Avaliação de Passivo Ambiental (CETESB) Áreas em Processo de Tombamento (PMSP) Certificados de Registro da Propriedade (cartórios) Fotografias aéreas e mapas topográficos de diferentes períodos Fotografias aéreas das década de 1940, 1958, 1962, 1972, 1986/1987, 1994, 2001 Mapas topográficos de 1971, 1974, 1981 Imagem de satélite 2009 Entrevistas e vistoria de campo Registros fotográficos das fachadas de todos os lotes 187 entrevistas 32 vistorias autorizadas

FICHA CADASTRAL DE LOTE AVALIADO

FICHA CADASTRAL DE LOTE AVALIADO

PRINCIPAIS RESULTADOS DO TRATAMENTO DE DADOS: Lotes avaliados: Tipologia das atividades desenvolvidas nos lotes; Tipologia da ocupação atual dos lotes; Classificação ambiental dos lotes (AC, AS, AP). Lotes avaliados prioritários Potencial de contaminação relevante; Classificação preliminar para priorização de estudos futuros, considerando os objetivos do projeto urbanístico; Indicação de futuros estudos a serem executados.

60 Lotes em Zona Especial de Interesse Social (ZEIS)

8 Lotes em Zona Especial de Preservação Cultural (ZEPEC)

DPH – Departamento do Patrimônio Histórico – Secretaria Municipal de Cultura

372 Lotes com cadastro no Sistema de Fontes de Poluição (SIPOL) – CETESB

256 Lotes com cadastro no Sistema de Licenciamento Ambiental da CETESB

52 Áreas Contaminadas com cadastro CETESB e PMSP/SVMA

Tipologia do Uso

• 432 lotes utilizados: lote onde se desenvolve plenamente as atividades iguais ou semelhantes àquela para a qual foi concebido, ou que estejam com atividades com novo uso (exemplos: indústria ativa, shopping center, condomínios residenciais);

• 76 lotes subutilizados: lote utilizado para atividade significativamente diferente daquela para a qual foi concebida ou que possui mais da metade de sua área sem utilização (exemplos: indústria ocupada por cortiços, favelas, indústrias em processo de desativação e/ou desocupação, depósitos, incluindo sucata metálica e não metálicas, e depósitos comerciais);

• 43 lotes não utilizados: lote aparentemente sem uso, vago ou fechado, terreno abandonado ou vazio, e área com demolição total das antigas fabris ;

•10 lotes com novo uso: lote em que foi observado, em campo, a implantação de novo uso ou a intenção, manifestada pelo responsável, de ocupação no futuro próximo.

Tipologia da Atividade Atual

Tipologia da Atividade Atual

Classificação Ambiental

LOTES AVALIADOS PRIORITÁRIOS ANÁLISE DOS RESULTADOS E INDICAÇÃO DE MEDIDAS FUTURAS

(a) potencial de contaminação relevante; (b) ranking preliminar para priorização de estudos

futuros considerando os objetivos do projeto urbanístico;

(c) Indicação de estudos futuros a serem executados, incluindo sugestões de escopo para investigação confirmatória e detalhamento da avaliação preliminar.

Detalhamento feito para 70 AP’s

Recomendacões para Ações Futuras por Lote Avaliado Prioritário

1. Maior detalhamento da avaliação preliminar, em função das dificuldades no acesso às informações sobre os lotes, aliado à falta de acesso a todos os processos da CETESB - Agência Pinheiros (52 lotes);

2. Investigação Confirmatória (18 lotes);

3. Acompanhamento do processo de reabilitação de área contaminada (52 lotes).

A Atuação da PMSP / SVMA e o Decreto Estadual nº 59.263/13

Fluxograma para Avaliação

Ambiental de um Imóvel

LEGISLAÇÃO ESTADUAL Decreto nº 59.263/13

Artigo 33 - A Área Contaminada sob Investigação (ACI) não poderá

ter seu uso alterado até a conclusão das etapas de Investigação

Detalhada e de Avaliação de Risco.

Parágrafo único - Os órgãos públicos responsáveis pelo uso e ocupação

do solo ou pela expedição de alvarás de construção, uma vez

notificados da existência de uma Área Contaminada sob Investigação

(ACI) só poderão autorizar uma alteração de uso do solo após

manifestação da CETESB.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL Decreto nº 59.263/13

Da Reabilitação

Artigo 40 - A tomada de decisão sobre as medidas de intervenção a

serem adotadas em uma Área Contaminada com Risco Confirmado

(ACRi) será subsidiada por Avaliação de Risco a ser executada pelo

responsável legal.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL Decreto nº 59.263/13

Da Reabilitação

Artigo 41 - Classificada a área como Área Contaminada com Risco

Confirmado (ACRi), a CETESB adotará as seguintes providências:

IV - comunicar as Prefeituras Municipais;

VII - exigir do responsável legal pela área a apresentação

de Plano de Intervenção.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL Decreto nº 59.263/13

Da Reabilitação

Artigo 43 - A implementação do Plano de Intervenção não necessitará

de aprovação prévia da CETESB, exceto nas seguintes situações:

II - nas Áreas Contaminadas em Processo de Reutilização (ACRu).

Parágrafo único - Em todas as situações a CETESB acompanhará a

implementação do Plano de Intervenção.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL Decreto nº 59.263/13

Da desativação de empreendimentos

Artigo 56 - Os responsáveis legais por empreendimentos sujeitos ao

licenciamento ambiental e potenciais geradores de contaminação, a

serem total ou parcialmente desativados ou desocupados, deverão

comunicar a suspensão ou o encerramento das atividades no local à

CETESB.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL Decreto nº 59.263/13

Da reutilização de áreas contaminadas

Artigo 61 - A aquisição de terrenos onde são ou foram desenvolvidas

atividades com potencial de contaminação com vistas à sua

revitalização será considerada como de interesse público, devendo ser

incentivada e apoiada pelo poderes públicos estadual e municipal.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL Decreto nº 59.263/13

Da reutilização de áreas contaminadas

Artigo 62 - A edificação em Áreas com Potencial de Contaminação (AP)

dependerá de avaliação da situação ambiental da área a ser submetida

ao órgão municipal competente, podendo para tanto ser consultada a

CETESB.

Parágrafo único - A autorização de que trata o "caput“ este artigo

será concedida na condição em que não haja risco superior aos níveis

aceitáveis definidos pelos órgãos competentes à saúde dos futuros

usuários.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL Decreto nº 59.263/13

Da reutilização de áreas contaminadas

Artigo 64 - Nas áreas classificadas como Áreas Contaminadas sob

Investigação (ACI) ou Área Contaminada com Risco Confirmado (ACRi),

a CETESB deverá se manifestar acerca da possibilidade de edificação,

baseando-se em Plano de Intervenção

§ 3º - Caso o Plano de Intervenção apresentado pelo responsável legal

seja aprovado, o responsável legal deverá apresentar o parecer técnico

emitido pela CETESB aos órgãos municipais competentes para a

emissão das devidas autorizações para demolição e construção.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL Decreto nº 59.263/13

Da reutilização de áreas contaminadas

Artigo 64 –

§ 4º - No Plano de Intervenção serão admitidas propostas que

contemplem a implantação e a operação de medidas de remediação e de

medidas de engenharia, concomitante à execução das obras civis,

desde que adotadas medidas de proteção aos trabalhadores.

§ 5º - Os órgãos municipais competentes poderão emitir as

autorizações para a utilização da área, após a CETESB atestar, por

meio da emissão de Termo de Reabilitação para o Uso Declarado, o

cumprimento das medidas propostas no Plano de Intervenção aprovado.

O gerenciamento do uso do solo urbano apresenta uma variedade de

desafios. O gerenciamento sustentável do solo pode estimular o

investimento, gerar trabalho e melhorar a qualidade de vida. Contribui

para a preservação do patrimônio cultural e industrial e ajuda a

“limpar” e restaurar o ambiente. Tem como propósito manter a “vida

urbana” em aglomerados e restringir a extensão para áreas periféricas

e, assim, minimizar necessidades de transporte e de tráfego.

Considerações Finais

Geólogo Milton Tadeu Motta

Prefeitura Municipal de São Paulo

Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente

Junho/2013

Ocupação de áreas contaminadas na cidade de São Paulo: atuação da SVMA nos processos de

aprovação de empreendimentos