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ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA DO TRABALHO E EMPREGO

Rua: Dr. Silvério Jorge, 368 – Jaraguá - Maceió - AL - CEP 57022-110 Fone: (82) 3315-1872 - CNPJ: 03.589.899/0001-18

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO

SECRETÁRIO DE ESTADO Rafael de Góes Brito

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE GESTÃO INTERNA Lailson Ferreira Gomes

SUPERINTENDENTE DE EMPREGO E RELAÇÕES DO TRABALHO Nivaldo Lessa Santos

ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO Pinehas Furtado de Albuquerque Melo

PESQUISADORES DO OBSERVATÓRIO DO TRABALHO Ana Maria Rita Milani

Thiago Queiroz de Figueiredo

2015



Análise (CAGED) Resumida de 2015 Página 2

Análise Resumida do Emprego Formal em Alagoas no Ano 2015 (CAGED)

Os dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do Governo Federal do Brasil para o

mercado de trabalho formal alagoano mostram uma recuperação no saldo de

movimentações (admissões – desligamentos) a partir do mês de agosto, pois neste

período se percebe o aumento das contratações do subsetor Sucroalcooleiro, com o

início da moagem das usinas de açúcar e álcool elevando as contratações de mão

de obra para esta atividade, conforme Gráfico-1 abaixo:

Gráfico 1: Evolução do Emprego Formal em Alagoas no Ano de 2015

Fonte: CAGED, 2015.

Neste contexto, no mês de setembro acontece o pico de admissões, no

entanto, ocorre a desaceleração destas nos meses subsequentes até apresentar

saldo negativo em dezembro.

Quando se compara a evolução do saldo de movimentações de 2015 em

relação a 2014, percebe-se uma configuração similar, onde predominam saldos

negativos de Janeiro a Julho e a recuperação a partir de Agosto até Dezembro, mas

com tendência declinante neste último período, de acordo com o Gráfico-2 a

seguir:




Gráfico 2: Evolução do Saldo de Movimentações do Emprego Formal em Alagoas (2014/2015)

Fonte: CAGED, 2014, 2015.

Vale ressaltar que no ano (2014), todos os setores da economia ainda

estavam aquecidos, tanto pelos investimentos do setor privado quanto pelos

incentivos do Governo Federal inseridos na indústria, construção civil, no comércio

e serviços, seja pelas políticas de aceleração do crescimento (PAC) e as demandas

geradas pela Copa do Mundo de Futebol realizada no país neste ano.

Entretanto, por outro lado, o final de (2014) já sinaliza a forte recessão que

o ano (2015) iria atravessar, pois quando se comparam os dados destes anos

percebe-se, em relação ao mercado de trabalho formal, a piora significativa, ou

seja, enquanto no ano retrasado (2014) a taxa média de desemprego anual

correspondeu a 6,8%, no entanto, a mesma taxa para (2015) foi de 4,9% (IPEA,

2015).

Em 2015, o Brasil perdeu aproximadamente 1,5 milhão de postos de

trabalho e houve uma redução de mais de 17% no número de admissões formais

em relação a 2014, o que comprova o período recessivo (Jan./15-Dez./15)

ocasionado, sobretudo, pelas recessões internacionais, principalmente a da China –

a maior parceira comercial do Brasil – além disto, o aumento dos déficits públicos –

o que forçou o Governo elevar as arrecadações e cortar subsídios e incentivos ao

setor privado e neste contexto os setores mais dinâmicos (indústria e serviços)




sentem o maior impacto reduzindo consequentemente os seus investimentos e as

admissões (IPEA, 2015); contudo, as regiões mais industrializadas, principalmente

o Sudeste e o Sul do país sofreram maior perda do que o Nordeste e neste, estados

menos desenvolvidos, como Alagoas, apresentaram resultados melhores,

especialmente no segundo semestre devido à intensificação das admissões

provindas da atividade sucroalcooleira, como demonstra o Gráfico-3:

Gráfico 3: Evolução da Taxa de Variação Relativa do Emprego Formal em

Alagoas, Nordeste e Brasil no Ano de 2015

Fonte: CAGED, 2015.

Enquanto as taxas relativas, as quais medem a variação do estoque de

emprego formal de um mês em relação ao seu anterior, do Brasil e do Nordeste

apresentam ao longo do ano (2015) poucas oscilações, no entanto, Alagoas

demonstra grandes oscilações no mesmo período, característico de um mercado de

trabalho predominado por atividades sazonais, como é o caso do subsetor

sucroalcooleiro.

Contudo, comparando-se o mesmo período de 2014 com o de 2015 verifica-

se um desempenho menos desfavorável neste ano (2015) em relação ao ano

passado (2014), pois Alagoas apresentou uma taxa de variação relativa do

emprego formal em (2014) correspondente a (-0,91%), a qual colocou o estado em




26º lugar no ranking de todos os estados do Brasil que menos perderam postos de

trabalho formal no ano, enquanto que, por outro lado, em 2015 esta taxa foi de (-

1,2%), no entanto, Alagoas aparece em 4º lugar no ranking nacional, obtendo uma

classificação muito melhor em 2015 (CAGED, 2014, 2015).

A seguir far-se-ão análises do mercado de trabalho em Alagoas por

variáveis, como: faixa etária, grau de escolaridade, gênero e por municípios.

Em relação à faixa etária, os jovens (de 18 a 24 anos de idade) apresentaram

além de saldo positivo, o melhor entre todos desta variável, enquanto as outras

faixas com idade superior demonstraram saldos negativos no acumulado do ano

(2015), conforme o Gráfico-4:

Gráfico 4: Evolução do Emprego Formal em Alagoas no Ano de 2015 – Por

Faixa Etária (Saldo de Movimentação do Ano 2015)

Fonte: CAGED, 2015.

Assim como demonstrado no gráfico da evolução do emprego formal em

Alagoas, as contratações dos jovens acompanharam a mesma tendência, tendo em

setembro o maior saldo de admissões formais (3.073), como no Gráfico-5:





Faixa Etária (Saldo de Movimentação de 18 – 24 anos de idade)

Fonte: CAGED, 2015.

Outro aspecto relevante nesta análise do emprego formal em Alagoas para

2015 é com relação ao grau de escolaridade, pois a categoria que apresentou os

melhores resultados no acumulado do ano (2015) neste item foi a com nível Médio

Completo de acordo com o Gráfico-6:





Grau de Escolaridade (Saldo de Movimentação do Ano 2015)

Fonte: CAGED, 2015.

E dentro da mesma análise para o comportamento do mercado de trabalho

alagoano, as admissões com este nível de formação apresentaram a maior

quantidade em setembro (1.554), de acordo com o Gráfico-7 a seguir:




Gráfico 7: Evolução do Emprego Formal em Alagoas (2015) – Por Grau

de Escolaridade (Saldo de Movimentação – Médio Completo)

Fonte: CAGED, 2015.

No que tange ao gênero, percebe-se que o mercado de trabalho formal

alagoano em 2015 foi constituído, de forma predominante, por homens, pois do

total de admissões formais no estado, ou seja, 127.201 contratações formais,

94.303 (74,14%) pertencem ao sexo masculino, enquanto que, por outro lado,

apenas 32.898 (25,86%) são do sexo feminino, conforme o Gráfico-8 a seguir:




Gráfico 8: Evolução do Emprego Formal em Alagoas (2015) – Por

Gênero (Saldo de Admissões)

Fonte: CAGED, 2015.

Ao se analisar a evolução do saldo de movimentações do emprego formal

nos municípios alagoanos no ano de 2015, percebem-se algumas diferenças na

trajetória destes e como forma de simplificar esta visualização e a compreensão

destes dados, o Gráfico-9 demonstra as principais cidades do estado, de acordo

com cada região que elas estão inseridas, ou seja, Maceió (capital e região

metropolitana), Arapiraca (agreste), Maragogi (litoral norte), Marechal Deodoro

(litoral sul), São Miguel dos Campos (zona da mata) e Santana do Ipanema (sertão).

Pelo exposto, em relação às duas principais cidades do estado, verifica-se

que Arapiraca apresenta os melhores saldos no primeiro semestre do ano (Jan./15

– Jul./15), enquanto que, por outro lado, Maceió tem os piores (Maio/15 –

Ago./15); no entanto, a partir de setembro, a capital alagoana se recupera e atinge

o maior saldo, porém cai em outubro, apresenta uma leve melhora em novembro e

volta a ter dados negativos a partir de dezembro, como mostra o Gráfico-9:




Gráfico 9: Evolução do Emprego Formal em Alagoas (2015) – Por

Municípios (Saldo de Admissões)

Fonte: CAGED, 2015.

No que diz respeito aos outros municípios analisados, percebem-se poucas

oscilações, em que Santana do Ipanema apresenta um delineamento constante,

quase sem alterações, contudo, Marechal Deodoro e São Miguel dos Campos

demonstram uma recuperação no segundo semestre após ter predominado saldos

negativos de Janeiro a Julho (2015).

Assim, pelo exposto, podem-se verificar resumidamente alguns aspectos

relevantes no comportamento do mercado de trabalho formal alagoano no ano de

2015, como:

Enquanto em 2014 Alagoas ficou na 26ª posição no ranking nacional dos

estados que menos perderam postos de trabalho formal, por outro lado, em

2015 o estado conseguiu a 4ª colocação;

No ano de 2015, no contexto de período fortemente recessivo da economia

brasileira, o mercado de trabalho em Alagoas intensificou as admissões

formais nos jovens da faixa etária de 18 a 24 anos de idade, do sexo

masculino e com nível médio de escolaridade;




Os maiores municípios de Alagoas, Maceió e Arapiraca, destacaram-se pelo

maior número de admissões formais no ano (2015); no caso de Arapiraca,

os saldos positivos predominaram no primeiro semestre, enquanto, em

Maceió o maior saldo ocorreu no mês de setembro, com destaque para o

setor de Serviços e mais especificamente as empresas de telemarketing, as

quais intensificaram as contratações nestas respectivas cidades em 2015.




REFERÊNCIAS

MTE - Ministério do Trabalho e de Emprego, dados CAGED – Cadastro Geral de

empregados e desempregados, 2014-2015.

IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Carta de Conjuntura do

Mercado de Trabalho, 2015.

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