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Clique para editar o estilo do título mestre • Clique para editar os estilos do texto mestre • Segundo nível • Terceiro nível • Quarto nível • Quinto nível 1 Clique para editar o formato do título de texto 1 Programa Conexões Científicas Ciclo III - 2007 Da idéia de “impacto” a de “viver com” a internet A percepção de jovens usuários do programa AcessaSP sobre o Orkut Pesquisadora Melissa Migliori S. Machado

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Programa Conexões CientíficasCiclo III - 2007

Da idéia de “impacto” a de “viver com” a internetA percepção de jovens usuários do programa AcessaSP sobre o Orkut

PesquisadoraMelissa Migliori S. Machado

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Em todas as pesquisas realizadas na atualidade sobre a internet, a proporção

de jovens acessando a rede é maior do que na população adulta. Estamos

presenciando o início de uma era na qual jovens estão crescendo com/na

Internet e, portanto está se desenvolvendo uma cultura de Internet. Uma

cultura pressupõe valores, hábitos e costumes, um modo de vida, que é

diferente de adquirir um conhecimento sobre a internet, ou o apenas o

desenvolvimento de uma nova área de conhecimento.

Contexto• Internet como modo de vida, uma cultura e suas implicações

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Contexto• Impactos diretos e indiretos

Os impactos da internet podem ser divididos em dois tipos principais:

a) impactos diretos: aqueles gerados pela interação dos usuários com a rede de computadores ou pela interação entre usuários por meio dela;

b) impactos indiretos: aqueles que incidem tanto sobre os usuários da rede quanto sobre homens e mulheres que podem jamais ter tido qualquer experiência direta com a internet. Isso porque tanto os primeiros quanto os últimos sofrem os efeitos das profundas alterações introduzidas pela internet no mercado de trabalho, na circulação do capital, no exercício da cidadania, no acesso à informação, na educação etc.

Nicolai Costa

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A transmutação do conceito de “comunidade” em “redes sociais”. Essa

mudança se deve em grande parte a explosão das comunidades virtuais no

ciberespaço, fato que acabou gerando uma série de estudos não apenas

sobre essa nova maneira de se fazer sociedade, mas igualmente sobre a

estrutura dinâmica das redes de comunicação. No centro destas

transformações, conceitos como capital social, confiança e simpatia parcial

são invocados para que possamos pensar as novas formas de associação

que regulam a atividade humana em nossa época.

Contexto• a passagem de Comunidades virtuais para Redes Sociais

Rogério da Costa

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TRANSMUTAÇÃO

COMUNIDADES foco regional, nos laços próximos de vizinhança e parentesco, pequenas cidades

Imagem do contorno da comunidade, dos aspectos que a identificam, as relações estão presas a certos padrões específicos e estabelecidos.

REDES SOCIAIS foco diretamente nos laços sociais e sistemas de trocas informais de recursos. Compreensão da interação humana de modo mais amplo.

Imagem das relações interpessoais, com muitas dimensões, mobilização de fluxo entre inúmeros indivíduos distribuídos segundo padrões variáveis

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Contexto • Da idéia de “impacto” a de “viver com” a internet

• Essa geração não viu a “transformação” de um mundo analógico em digital, mas sim cresceu dentro de um ambiente no qual a vida virtual nada mais é que parte de seu cotidiano, uma ampliação de território. Quais os efeitos dessa informatização nesses jovens? Esta, certamente, é a geração considerada como depositária das novas informações

• A cultura de rede exige novos aspectos e competências de sociabilidade em novos contextos: atenção, cooperação, confiança e inter-relação. (Costa, R.; 2002) Tais aspectos apontam para o surgimento de uma nova linguagem e convidam para uma análise sobre nossas capacidades de se comunicar, de se relacionar com inúmeros indivíduos e ambientes de informação.

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A Pesquisa A presente pesquisa buscou investigar quais mudanças se estariam operando nas subjetividades destes jovens, hoje. Pretendemos compor a imagem que os jovens têm dessa realidade, quais os traços que ressaltam e as conexões que se apresentam.

Foco:• O foco da pesquisa foi o orkut, por ser o “campeão de audiência” entre os jovens usuários do programa Acessasp.

• Uma vez que é sabido que o jovem usa muito o orkut, buscamos investigar qual sua percepção sobre essa rede e como começou a fazer parte de sua vida.

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Universo

• Foi selecionada uma mostra de jovens: idade entre 16 a 18 anos sexo: masculino e feminino (6 representantes de cada) freqüência no posto: 1 a 4 dias por semana Total de estudos de caso/entrevistas: 12

• Posto Parque Fontes do Ipiranga: a escolha do posto se deu pensando na influência que seu perfil poderia ter nas possibilidades de comparações entre o encontro com amigos no ambiente virtual e no presencial.

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Metodologia

• A perspectiva de investigar aspectos da subjetividade direcionou a opção por uma

metodologia de pesquisa qualitativa.

• Foi elaborado um roteiro semi-estruturado de entrevista a fim de realizar os estudos de

caso.

• Análise qualitativa dos dados, estabelecendo códigos de análise a partir dos resultados

obtidos.

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Resultados

• Foram realizadas doze entrevistas, sendo uma mostra de três meninas e nove

meninos.

• Foram estabelecidos 3 caminhos de análise:

• linguagem e comunicação

• ampliação de território (a questão da “não-fronteira” entre real e virtual)

• construção de confiançaOs dois primeiros temas aparecem na apresentação geral da pesquisa, mas não se

consolidam como análise aprofundada. O recorte mais trabalhado aqui é referente a

construção de confiança.

• A dinâmica das entrevistas permitiu que a análise e comparação dos dados, a partir

de indicadores de referencia estabelecidos do agrupamento e cruzamento dos

conteúdos obtidos, formasse um corpo coeso que passa a constituir nosso “jovem

imaginário” que representará o resultado deste coletivo.

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Relevância

• Os temas de comunicação e linguagem, e território merecem pesquisas de aprofundamento:

• A questão da linguagem e comunicação refere-se as novas competências da maneira de escrever,

perceber sutilezas da comunicação verbal e não-verbal e da capacidade de realizar um colagem entre

elementos separados para formar a imagem de uma pessoa e se emocionar, perceber e compreender

o todo da comunicação. Esta nova competência, no caso do orkut, compõe a foto, as mensagens, as

comunidades, o perfil, seus afetos, pensamentos e imaginação para criar seu interlocutor e

estabelecer uma relação.

• A questão do território fica bem marcada na medida em que os jovens não se referem, durante a

entrevista, a dois mundos diferentes: o presencial e o virtual. Referem-se as suas vidas, ao que fazem,

aos amigos, às diferenças de graus de intensidade de relações, mais do que à diferenças físicas e

espaciais. Fica a percepção de fato, de um território ampliado, de uma nova percepção da realidade e

de um modo de vida, mais do que a soma de uma parte a uma vida que sempre existiu.

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Resultados: a construção de confiança • Percebemos que a participação em redes sociais não é uma mera apropriação tecnológica ou conceitual, mas sim um modo de vida, um jeito de ser, existir, fazer e se relacionar. A internet, de fato, é tida como uma experiência, e não um conceito entendido.

• Na conceituação dos jovens entrevistados, o orkut é um lugar para encontrar os amigos e fazer novos, podendo ainda conhecer gente do mundo inteiro. As respostas não indicam comparação ou exclusão/substituição de um pelo outro, mas sim a percepção de complementaridade. Não há um lugar que possa ser comparado ao orkut, mas que se complementa. Os lugares citados foram: escolas, shoppings, parques e festas, por conta da possibilidade de encontrar os amigos. Em qualquer um destes ambientes “... não vai ter todo mundo que tem no orkut, e também não vai ter meus amigos do orkut, vai ter só alguns [os amigos do grupo daquela balada].”

• Outro aspecto interessante é a complementaridade que o orkut faz às paqueras e aproximações entre novos amigos. Pelo orkut “podemos mandar mensagens sem ter medo da reação da menina, se ela não gostar nem chegamos nela quando encontramos. Mas se ela for receptiva, marcamos um encontro.”

• A possibilidade de se comunicar em escala e estar em contato com todos ou muitos ao mesmo tempo é um atributo essencial e já incorporado.

• Fica claro que o orkut, e tudo o que representa, não substitui nenhum outro tipo de relacionamento, e sim amplia e modifica as possibilidades de se relacionar e se comunicar. Parece estar surgindo uma nova filosofia do encontro: em redes sociais.

• Este aspecto tão ressaltado pelos jovens, de aumentar sua rede de amigos, conhecer a rede dos seus conhecidos, iniciar redes de conversa, trocar, traz a questão da segurança, mas com ela, a da confiança também.

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Resultados: a construção de confiança • Quando questionados sobre esta dinâmica da rede social, trazem suas competências de segurança. Dizem já saber distinguir bons encontros de maus encontros. Este aprendizado digital, de um novo jeito de comunicar e fazer amigos tem sutilezas e subjetividades que conseguem ler nas telas e, por exemplo, saber identificar ameaças.

• “Ah, a gente sabe, o tipo de mensagem, o jeito que ela fala. Aí não aceita [ o convite].” “Eu sei que o orkut tem muitas coisas erradas também né, essas coisas que as pessoas ficam falando: essas coisas de pedófilos, de marcar encontro com outras pessoas... Isso eu sei, eu tenho consciência disso que está acontecendo, tanto que, não vou ficar ouvindo tudo o que as pessoas falam [no orkut]. Vou conversar normal, e se alguém me chamar para ir em algum lugar, depende de quantas pessoas vão, se é conhecido ou não. Não é uma pessoa que vai acessar o meu orkut e dizer que vai ter uma festa, vai ser assim e assim, eu não vou. É preciso ter cabeça, é preciso saber usar o orkut. Sabendo usar não vai acontecer nada.” • “Acho que isso pode acontecer num shopping também. Porque é um lugar livre, um lugar público e se a pessoa não conhece a outra, ela pode arrastar a pessoa para algum lugar e ninguém saber.”

• Na medida em que a questão da segurança parece estar integrada no seu universo de percepção, e que estão buscando suas respostas, podemos abordar este ponto também sob um outro aspecto: a confiança. A questão da segurança, portanto, pode ser vista sob a ótica da confiança e desconfiança.

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Análise Geral • Um dos aspectos essenciais para consolidação de comunidades pessoais ou redes sociais é, sem dúvida, o sentimento de confiança mútua, que precisa existir em maior ou menor escala entre as pessoas.

• A construção dessa confiança está diretamente relacionada com a capacidade que cada um teria de entrar em relação com os outros, de perceber o outro e incluí-lo em seu universo de referencia.

• Redes sociais só podem ser construídas com base na confiança mútua disseminada entre os indivíduos.

• Confiança é uma dinâmica, apesar de muitos agirem como se fosse um estado:

“Ela é de fato parte da vida, não da base inerte, dos relacionamentos. A confiança é uma prática social, não um conjunto de crenças. É um aspecto da cultura e o produto de uma prática, não só questão de psicologia ou de atitude individual. O problema da confiança é prático: como criar e manter confiança, como se mover da desconfiança para a confiança, de um abuso na confiança para sua recuperação. A confiança é questão de relacionamentos recíprocos, não de previsão, de risco ou de dependência. A confiança é questão de tecer e manter compromissos, e o problema da confiança não é perder a confiança, mas sim o fracasso em se cultivar o tecer de compromissos.” (Fernando Flores)

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Análise Geral

• Com tantos eventos coletivos disparados pelo orkut, não há dúvidas sobre seu potencial de reorganização da dinâmica dos movimentos sociais.

• As redes digitais representam hoje um fator determinante para a compreensão e ampliação de novas formas de redes sociais.

• Cobrar das comunidades virtuais aquilo que se entendia “romanticamente por comunidade”, pode ser simplesmente se impedir de ver o que vem acontecendo nos movimentos coletivos de nossa época.

• As comunidades virtuais são uma nova forma de se fazer sociedade.

• Essa forma fala de outra divisão dos espaços, é desprendida, baseada muito mais na cooperação, trocas objetivas e interesses específicos do que na permanência de laços próximos.

• Estes termos só foram possíveis com o apoio das novas tecnologias de comunicação.

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Desafios

Como estes resultados podem contribuir para uma proposta de inclusão digital? Podemos

deslocar a ênfase do olhar do objeto (o computador, o programa, o orkut, este ou aquele

software) para o projeto (o ambiente cognitivo, a rede de relações humanas que se quer

instituir). A questão não é regularizar/normatizar um bom uso da máquina e seus

componentes, mas sim articular as possibilidades de desenvolvimento que surgem da

relação com este universo. Pode-se pensar que um programa de inclusão digital não

persegue uma finalidade concreta e imediata, mas que pode estar encarregado de compor

os equipamentos coletivos da inteligência, contribuindo para estruturar os espaços

cognitivos dos indivíduos, assim como os arquitetos definem o espaço físico no qual se

desenvolve boa parte da vida privada e das atividades sociais.

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Encaminhamentos

• Um dos papéis mais importantes das instituições não é exatamente o de governar as relações entre as pessoas, mas o de mobilizar suas tendências, integrando-as num todo maior.

• Para tanto, pesquisas como essa são importantes para desenhar tendências, analisar cenários e definir estratégias.

• Este recorte da subjetividade dos jovens apresentado pode indicar necessidades que são supridas pelo programa, mas cujo resultados serão a longo prazo, é uma construção social, mais do que capacitação técnica do uso das novas tecnologias.

• O espaço para ações casadas nos ambientes presencial e não-presencial é fértil, podendo-se pensar em ações envolvendo monitores e comunidades locais. Esta relação, parece estar dada pelos usuários do programa.

• É preciso se estabelecer com clareza a matriz de identidade do programa de inclusão digital: seus princípios, missão e diretrizes, para saber compor da melhor maneira com os resultados apresentados.