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D o m C a s m D o m C a s m u r r o u r r o M a c h a d o d e A s s i s

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  • D o m C a s m u r r oM a c h a d o d e A s s i s

  • Anlise e resumo da ObraA obra conta a histria de Bentinho, um homem que sofre devido ao grande cime que sente por sua esposa,Capitu.Este cime faz com que Bentinho acredite que Capitu o traiu com seu amigo, Escobar. Durante a obra, Bentinho nos coloca a diante de situaes para que ele prove que Capitu realmente o traiu, porm, essas situaes e cenas so muito tendenciosas pois o narrador levado principalmente pelo cime.

  • Anlise e resumo da Obra dividida em trs partes: na primeira parte temos a infncia e uma parte da adolescncia de Bentinho. Na segunda, mostra o seminrio e o cime que bentinho sente por Capitu, mostram tambm o casamento de Escobar e Sancha e a sada do seminrio. J a terceira parte mostra a relao de Capitu e Bentinho e a morte de Ezequiel. Nos dois ltimos captulos, temos uma explicao final,que fecham a obra como um crculo.

  • Dom Casmurro

    Dom Casmurro de 1900. uma obra - prima e, sob todos os aspectos, o mais cruel dos romances do autor cruelmente ambguo. Discute-se at hoje porque Machado transformou em instigante suspeita de infidelidade aquelas cenas idlicas entre Bentinho e Capitu, ocorridas numa infncia essencialmente brasileira, com o nome de ambos escrito no quintal, ou quando Bentinho chega surpresa do primeiro beijo, amorosamente penteando os cabelos de Capitu. Mas a vida infiel, como infiel teria que ser Capitu; Capitu a imagem da vida.

    Professor Paulo Monteiro

  • Estrutura da Obra Dom Casmurro dividido em 148 captulos.

    Ao: Predomina o elemento psicolgico A narrativa digressiva, ou seja, interrompida todo o tempo por fugas de linearidade para acrescentar pensamentos ou lembranas fragmentadas do narrador

  • Estrutura da ObraFoco narrativo : Narrado em primeira pessoa, por Bento Santiago, que escreve a histria de sua vida; Dessa forma o romance funciona como uma pseudo-biografia.Espao : A obra se passa no Rio de Janeiro, por diversos bairros e ruas, desde o Engenho Novo at a Rua de Matacavalos, onde passou sua infncia e conheceu Capitu. interessante ressaltar que as duas casas so muito semelhantes.

  • Retrato fiel da vida, observada em seus aspectos sociais e psicolgicos.Busca da explicao do mundo concreto.Postura documental, experimental, analtica que leva:- interpretao pessimista do mundo e do homem - ou atitude de buscar modificar a realidade.

    Realismo - Caractersticas

  • Objetividade controle da razo sobre a emoo.Anlise do cotidiano: - o casamento por interesse - o adultrio - o lucro desejado - os problemas familiaresIronia e pardia formas de analisar o real.Realismo - Caractersticas

  • Machado de Assis: o autor

    Nasceu dia 21 de junho de 1839 no Rio de Janeiro

    Morreu dia 29 de setembro de 1908 no Rio de Janeiro

    Origem humilde, mulato e epiltico.

    Estudou apenas o primrio.

    Trabalhou como tipgrafo, revisor, redator e colaborador de jornais e em revistas.

    Iniciou sua produo intelectual com a crnica, a poesia e o teatro.

  • Seus romances o consagraram como um dos maiores autores da Lngua Portuguesa.

    Fundador da Academia Brasileira de Letras, tambm chamada de Casa de Machado de Assis.

    Dono de um estilo em que h:aspectos clssicos: clareza, equilbrio, harmonia

    aspectos de vanguardas contemporneas:humor, incluso do leitor na narrativa

    Machado de Assis: o autor

  • Machado de Assis: Suas Obras

    Conjunto da obra dividido em duas fases muito diferentes:Fase romntica, 1864/1878 marcada por: Conformismo com os valores da poca Esquematismo psicolgico Uso de lugares- comuns

    Obras: Crislidas, Contos Fluminenses, Ressurreio, Histrias da meia-noite, A mo e a luva, Helena, Iai Garcia.

    Nesta fase, Machado escreveu peas de teatro, tambm, crnicas, crtica literria e poesia romntica

  • Machado de Assis: Suas Obras

    Fase madura ou realista, 1880/1908 marcada por:Destruio da narrativa linearAnlise psicolgicaTcnica do desmascaramento (aparncia x essncia)Anlise dos valores sociaisPessimismo machadianoHumor irnicoPerfeio expressivaObras: Memrias pstumas de Brs Cubas, Papis avulsos,Histrias sem data, Quincas Borba, Vrias Histrias, DomCasmurro, Esa e Jac, Memorial de Aires e poesia parnasiana.

  • Machado de Assis: Suas Obras

    Suas Obras eram de difcil classificao, pois : - incorpora traos do Realismo / Naturalismo - supera estilos e modas - possui caractersticas prprias

    Viso de mundo: - pessimismo - humor / ironia - denncia da hipocrisia e do egosmo

  • Personagens- Homens e mulheres comuns, dotados de sentimentoscontraditrios, complexos, como qualquer pessoa.- difcil classific-las como boas ou ms.- O autor penetra na conscincia das personagens ( maiorimportncia dada ao mundo interior, e no ao exterior) denunciando, muitas vezes: * o apego ao material * a postura egosta * a vaidade * o medo da opinio dos pares da sociedade * a dissimulao ( forte marca de personagens femininas, aexemplo de Capitu, em Dom Casmurro ).

    Machado de Assis: Suas Obras

  • O narrador:- 1 pessoa : personagem narrador : Bentinho.

    - Desejo de unir as duas pontas da vida: a velhice e a adolescncia.

    - Escrever sobre a prpria histria foi o meio encontrado pelo narrador de fugir: * da prpria solido * da angstia da dvida * da incapacidade de fugir de si mesmo, tentando escrever sobre poltica, filosofia...

    - O narrador no sustenta os determinismos que comprovem e/ou justifiquem o adultrio de Capitu.

    - Constri uma teia de indcios e contraprovas, deixando ao leitor a funo de resolver a problemtica da obra.

    Dom Casmurro

  • Capitu O Centro do Enigma

    - A construo do enredo se d com base em fatos ou marcaslingsticas que revelam e negam possibilidades.- Nesse grande enigma, que Dom Casmurro, Capitu est nocentro, cercada por personagens masculinos: Bentinho, Escobar,Ezequiel.- Na relao entre eles, paira uma dvida que no sanada peloautor.- Os indcios do adultrio de Capitu esto no livro, assim comoas marcas que negam o mesmo. Dom Casmurro

  • Dom Casmurro Capitu

  • Dom Casmurro Bentinho

  • EscobarDom Casmurro

  • EzequielDom Casmurro

  • Trechos Para AnalisarTRECHO 1 Enfim, chegou a hora da encomendao e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam tambm, as mulheres todas. S Capitu, amparando a viva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arranc-la dali. A confuso era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadver to fixa, to apaixonadamente fixa, que no admira lhe saltassem algumas lgrimas poucas e caladas...ANLISE 1 Nesse trecho, Machado lana uma dvida. De um lado, a viso do narrador condiciona a opinio do leitor quando diz, por exemplo, que Capitu vencia a si mesma, dando a entender que ela seria dissimulada. No entanto, o leitor atento percebe que Bento tambm chorou pouco; por outro lado, temos a situao em que Capitu, ao se ver livre do olhar de todos, parece se despedir de seu amado. No se pode confiar no narrador, seu relato revestido de dio e ressentimento, e no podemos, ns, leitores, confiar nos prprios olhos.

  • Trechos Para AnalizarTRECHO 2 Retrica dos namorados, d-me uma comparao exata e potica para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. No me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? V, de ressaca. o que me d idia daquela feio nova. Traziam no sei que fluido misterioso e enrgico, uma fora que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para no ser arrastado, agarrei-me s outras partes vizinhas, s orelhas, aos braos, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas to depressa buscava as pupilas, a onda que saa delas vinha crescendo, cava e escura, ameaando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? S os relgios do cu tero marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pndulas; nem por no acabar nunca deixa de querer saber a durao das felicidades e dos suplcios. ANLISE 2A bela e estonteante metfora dos olhos de ressaca ressalta o poder sedutor de Capitu, que traga Bentinho como areia movedia. Os olhos do tambm a idia metonmica do que Capitu vai representar para o narrador. O poder avassalador que a pequena ter sobre o homem, conduzindo-o de acordo com os interesses dela.