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COLÉGIO TIRADENTES DA PMMGAULA - 15
A BAIXA IDADE MÉDIA II
Objetivo Consequente:Verificar o estreitamento dos vínculos entre a monarquia e a Igreja
e a nobreza.
Objetivo Principal:Discutir o fortalecimento das monarquias europeias em meio
às transformações da Baixa Idade Média.
A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS EUROPEIAS
Feudalismo: Poder Local da Nobreza + Poder Universal da Igreja = Rei como grande Suserano mas sem muita autoridade.
Obs.: Mas o toque de um rei, que fora consagrado pela Igreja, era visto por muitos como algo capaz de curar.
Impulsos Para o Poder Absolutista (Séc. XI até XIV):* As dificuldades da nobreza em lidar com as revoltas camponesas;* Ampliação das atividades comerciais;* Fortalecimento das cidades;* Aparecimento da Burguesia.
O RENASCIMENTO COMERCIAL E O ABSOLUTISMO:
Feudalismo: Cada feudo tinha seu próprio sistema de pesos e medidas; seu próprio sistema monetário.
Estado Nacional Moderno: Sistema monetário mais organizado e unificado e a padronização de medidas facilitaram as atividades de todos os setores envolvidos no comércio, principalmente da burguesia.
Obs.: A nobreza medieval era cada vez mais sensível ao luxo do meio urbano e às vantagens comerciais.
FORTALECIMENTO DO PODER REAL
* Finanças reais foram ganhando volume (Pedágio e impostos sobre mercadorias vendidas);* O poder real foi, com o dinheiro arrecadado, se militarizando (exércitos mercenários até o século XV e a partir dele: permanente e assalariado) e deixando mis robusta sua administração;* Criação e uma burocracia estatal;* Rei assumiu o controle sobre a cunhagem de moeda;
IMPORTANTE: A CRISE DO SÉCULO XIV Consolidou o Poder Real.
CRISE DO SÉCULO XIV1) Mudança Climática;2) Más Colheitas Estagnação e Perda da Produção (Inflação);3) Fome;4) Declínio Populacional;5) Perda da Mão-de-obra (Morte e Desemprego – Fuga das aldeias);6) Superexploração do Servo (Revoltas Servis ou Jacqueries);7) Pestes (Peste Negra: Castigo Divino?);
Obs.: Século XIV é marcado por histeria e superstições.
REVOLTAS CAMPONESAS / REVOLTAS SERVIS:* 1323: Revolta Camponesa nos Flandres (Nobres tentaram reestabelecer antigas obrigações servis);* Inglaterra (1349): Lei do trabalho por valores fixos e baixos;* França (1358): Camponeses se revoltam contra soldados que saqueavam os campos;* Inglaterra (1381): Revolta contra a legislação que prendia a terra a impunha mais tributos;* Grandes tensões entre camponeses e nobres.
GUERRA DOS CEM ANOS (1337-1453)Opositores: França versus InglaterraMotivo Inicial: Sucessão do tronoMotivo Secundário: Domínio dos FlandresConsequência Imediata par ambas as nações: organização de um exército profissional de soldados (Formação de um Exército Nacional)Consequências Indiretas: estímulo à fidelidade ao Rei (Rei se torna símbolo da identidade nacional e da luta contra o inimigo estrangeiro).
OBS.: Monarcas diminuíram a independência do clero e passaram a controlar as universidades e a julgar os seus cursos.
A CRISE SUCESSÓRIAO estopim dos conflitos se deu com o problema sucessório resultante da morte do
terceiro e último filho de Filipe IV, o Belo, Carlos IV, em 1328. Entre os possíveis sucessores estavam: o rei inglês Eduardo III, da dinastia Plantageneta, sobrinho do falecido monarca pelo lado materno, detentor dos títulos de duque da Aquitânia e
conde de Ponthieu (na região do canal da Mancha); e o nobre francês Filipe, conde de Valois, sobrinho de Filipe IV, o Belo, pertencente a um ramo secundário da família real.
As pretensões dos dois foram examinadas por uma assembleia francesa que, apoiando-se na Lei Sálica, segundo a qual o trono não poderia ser ocupado por um
sucessor vindo de linhagem materna, inclinou-se para o candidato nacional, aclamando o sobrinho, Filipe de Valois, com o título de Filipe VI. O rei inglês não
discutiu a decisão, reconhecendo Filipe VI em Amiens em 1329.O Conde de Nevers, regente de Flandres desde 1322, prestou juramento de obediência
ao seu suserano Filipe VI, decisão que poderia paralisar a economia flamenga.Eduardo III, após a intervenção de Filipe VI em Flandres apoiando o conde contra os
amotinados flamengos, suspende as exportações de lãs. A burguesia flamenga forma um partido a favor do rei de Inglaterra incitando-o a proclamar-se rei de França. Assim Eduardo III, instigado por Jacques Artervelde - rico mercador que já havia liderado uma rebelião na cidade flamenga de Gante - e temendo perder o ducado francês de Ducado
da Aquitânia - mantido como feudo de Filipe VI -, repudiou o juramento de Amiens e alegou a superioridade de seus títulos à sucessão.
Os franceses acusavam os ingleses de desenvolverem uma política expansionista, percebida pelos interesses na Aquitânia e em Flandres. Já os ingleses insistiam em seus legítimos direitos políticos e territoriais na França. Embora tenham ocorrido crises anteriores, em geral, a data de 24 de maio de 1337 é considerada como o início da guerra: nesse dia, após uma série de discussões, Filipe VI, cônscio da grave ameaça que
representava para seus domínios a existência de um ducado leal à coroa inglesa, apoderou-se de Aquitânia. Eduardo respondeu imediatamente: não reconheceu mais "Filipe, que dizia ser rei da França", e ordenou o
desembarque de um exército em Flandres. Iniciava-se a Guerra dos Cem Anos. A situação se deteriorou diante do auxílio francês à
independência da Escócia nas guerras que Eduardo III e seu pai haviam iniciado contra os reis escoceses para ocupar o trono desse país.
FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL INGLÊS* Rei João Sem-Terra (1199-1216) passou a cobrar impostos dos nobres;* Em 1215 nobres se rebelaram se rebelaram e forçaram o monarca a assinar a Magna Carta (Limites para Imposição de Tributos);* Século XIV: Após a Guerra dos Cem Anos a nobreza inglesa dividiu-se na disputa entre os Lancaster e os York (Guerra das Duas Rosas) (1455-1485) –Enfraquecimento dos nobres;* Assume o trono Henrique VII (1457-1509) dando início à Dinastia Tudor e unificando o país.
(Em Classe)(ENEM) A Peste Negra dizimou boa parte da população europeia, com efeitos sobre o crescimento das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos [...] E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.”
DI TURA, Agnolo. The Plague in Siena: na italian Chronicle.In: BOWSKY, William M. The Black Death: a TurningPoint In History? Nova York: HRW, 1971. (Adaptado)
O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que:a) o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos.b) a Igreja buscou conter o medo, disseminando o saber médico.c) a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e identificáveis.d) houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste.e) o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados.