o valor das nossas diferenças

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Revista Bimestral de Comunicação Interna Ano I número 06 O valor das nossas diferenças BRASILIDADE Autonomia pelo menor custo de moagem TrigoBrasil Neta de Monteiro Lobato, Dona Joyce Campos, conta histórias do avô Entrevista

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Page 1: O valor das nossas diferenças

Revista Bimestral de Comunicação InternaAno I número 06

O valor das nossas diferenças

O valor das O valor das O valor das O valor das BRASILIDADE

Autonomia pelomenor custo de moagem

TrigoBrasilNeta de Monteiro Lobato,

Dona Joyce Campos,conta histórias do avô

EntrevistaNeta de Monteiro Lobato,

Dona Joyce Campos,conta histórias do avô

EntrevistaNeta de Monteiro Lobato,

Dona Joyce Campos,

Entrevista

Page 2: O valor das nossas diferenças

Brasilidade.Consumidor prefere

produtos que incorporam valores da cultura local. Conheça este conceito que é um dos valores da nossa organização.

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Meninos e Meninas. Que tal

brincar e aprender novas palavras? Divirta-se com os jogos que a Diálogo traz nesta edição.

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Maio/Junho 2006

Sugestões e comentários: Juliana (85) 4006-6168 Débora (85) 4006-8152 E-mail: [email protected]ço: Rua Benedito Macêdo 79, Vicente Pinzón, Fortaleza-CE, CEP 60180-900www.jmacedo.com.br www.donabenta.com.br www.petybon.com.br

Entrevista.Dona Joyce Campos, neta

de Monteiro Lobato, fala de sua convivência com o escritor e em-preendedor que é referência de identidade nacional.

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URN Salvador.Com atuação na Bahia e em

Sergipe, a URN fatura cerca de R$ 12 milhões por mês. A estru-tura de distribuição responde por 40% do resultado da URN.

6NESTA EDIÇÃO

Conselho de Administração: Presidente José Dias de MacêdoConselheiros Roberto Macêdo, Amarílio Macêdo, Georgina Macêdo Comitê Estratégico (coordenador) Edson Vaz MusaComitê de Marcas (coordenador) Marcel Fleischmann Comitê das Pessoas e da Organização (coordenador) João de Paula Monteiro Comitê de Auditoria (coordenador) Humar Oliveira Diretoria Executiva: Presidente Amarílio Macêdo Diretores Eiron Pereira, Jacob Cremasco e Marcos Andrade Comitê de Comunicação José Souza, Jumar Pedreira e Flávio PaivaCoordenação Geral Juliana Mota e Sabrina Romero JornalistaResponsável Débora Cronemberger, MTB DF01749JP Projeto Gráfico e Editoração OMNI Editora Associados Impressão Gráfica Halley Tiragem 3.700 exemplares

A Revista Diálogo J.Macêdo é uma publicação bimestral dirigida aos colaboradores de J.Macêdo, com o objetivo de intensificar o diálogo, praticar a transparência, fortalecer o trabalho de equipe, divulgar os valores da empresa, informar fatos relevantes acontecidos no período, disponibilizar dados dos produtos e das unidades, aprimorar permanentemente a comunicação interna, aproximar o universo de trabalho de todos os que fazem a J.Macêdo com suas famílias.

Ilustração Mario Sanders

MAIO/JUNHO 2006 | Diálogo | 3www.donabenta.com.br

Page 3: O valor das nossas diferenças

avanço do intangível na economia é fenô-meno mundial que passa pela emoção e por um novo conceito de valor. Aumenta a neces-

sidade de inovação para dotar produtos e serviços com atributos de distinção, dentre os quais se inclui a agregação de valores culturais. Cresce a sensibilidade e a exigência do consumidor com relação à rastreabili-dade dos produtos e serviços, a qual inclui não só sua qualidade intrínseca, mas também o cumprimento de compromissos éticos e sociais, ao longo de toda a sua cadeia produtiva.

Por outro lado, a pressão homogeneizante da glo-balização produziu uma reação de busca de afirmação nacional. Essa situação foi antecipada por John Naisbit, em 1982, no seu best-seller Megatrends, e referendada por estudiosos como Octávio Ianni, sociólogo e profes-sor da USP, que afirmou que esse fenômeno, que uni-versalizou e agilizou a informação e o conhecimento, gerou como reação a valorização da cultura local.

Considerando essas duas tendências, várias em-presas brasileiras e até multinacionais que atuam no Brasil vêm utilizando valores distintivos da cultura bra-sileira como temas alavancadores dos seus negócios, fazendo correlações institucionais para beneficiar suas imagens e identificações com seus produtos para va-lorizar suas marcas. Algumas dessas empresas sequer têm raízes históricas e culturais que lastreiem esses procedimentos.

No caso de J. Macêdo, a ampliação do uso da Bra-silidade aumenta a nossa capacidade de melhor apro-veitar as oportunidades que são oferecidas por essas tendências de dar importância a elementos intangíveis e de valorizar atributos nacionais. Como empresa de raízes brasileiras, de caráter multirregional, que com-bina a diversidade com a unidade nacional, temos as melhores condições de cultivar a nossa Brasilidade para que dela brotem excelentes negócios.

Deve-se entender a Brasilidade como o conjunto de atributos que diferenciam positivamente a condição do que é ser brasileiro. Ela não deve ser confundida com nacionalismos ufanistas, xenófobos e excluden-

agricultores, onde a Índia triplicou a produção. Ao lado dessa matéria, a revista consegue integrar a história do trigo com a história de um colabora-dor da empresa, mostrando um pouco da história de vida do mesmo, fortale-cendo o sentimento de existir um algo a mais na empresa, uma grande famí-lia. Excelente matéria, parabéns!Lorena VerasAnalista de SuporteFortaleza, CE

SugestãoGosto bastante da revista. Gosto do layout, das informações e tudo. Acho que a revista precisa cobrir mais os eventos da companhia, justamente pra divulgar e valorizar o que está sendo feito. Seria legal também que todo mês a revista colocasse a foto de um departamento. Assim, a gente poderia conhecer melhor a empresa toda.Daniela Pereira ArrudaAdministração de VendasLapa, SP

Marketing em AçãoA Revista Diálogo age como um elo entre os colaboradores da J.Macêdo. Através dela ficamos sabendo tudo o que acontece na empresa, conhecemos colegas de trabalho de outras unida-des e ainda nos informamos sobre todas as novidades. Por falar em novi-dades, venho convidá-los a conhecer a página do Marketing em Ação, na intranet. Você conhecerá todas as ações realizadas por J. Macêdo nas áreas de Trade Marketing e as feiras e eventos que aconteceram em todas as regionais. É muito fácil acessar: http://portal.jmacedo.com.br/informacoes/mkt_em_acao/index.htmCarla Franco ZanattaMarketingLapa, SP

EDITORIALBem-vindo à nossa revista

Brasilidade como fator de bons negócios

DIGALÁ!Espaço aberto para Cartas, Sugestões e Críticas

Mais unidadeManter-se informado tornou-se fun-damental para todos. Em nossa famí-lia J. Macêdo temos acesso à revista Diálogo, que é 100% feita pelos nossos companheiros de trabalho. Nas edições da revista Diálogo que pude ler, gostei da forma que são transmitidas as informações. Todo o seu conteúdo é de fácil compreensão e ainda tem muitas fotos para ilustrar ainda mais aquilo que foi escrito.

Sem contar que ela aborda vários gêneros de assuntos. A revista tem o poder de transmitir a união da nossa equipe e nos faz sentir próximos de todos, mesmo distantes. Aí sim temos literalmente a tradução da palavra uni-dade. Espero que todos os leitores co-laborem com suas idéias enviando suas informações a cada setor de RH de sua unidade para que o nosso veículo de comunicação cresça cada vez mais.

Na grande escola da vida nunca po-demos nos esquecer que todas as dú-vidas e problemas sempre se resolvem com um bom e sincero DIÁLOGO.João Eduardo de OliveiraAuxiliar de ProduçãoItapetininga, SP

AproximaçãoAcho interessante que a revista possa ter sempre uma entrevista com um funcionário destaque, falando um pouco da vida dele, do que gosta de fazer, o que estuda, sua experiência profissional. A Revista Diálogo é a maneira que encontrei de estar conhecendo as pessoas, pois muitas vezes só nos comunicamos por telefo-ne ou somente por e-mail. A revista é uma forma inteligente de aproximar as pessoas.João Luiz Bonelli RodriguesAdministração de VendasLapa, SP

Matéria interessanteInteressantíssima a matéria na última edição sobre o trigo, onde relata a sua história, o marco da perda do poder dos monopólios estatais de grãos e o início da produção de grãos pelos

O

Amarílio Macêdo – Eiron Pereira – Jacob Cremasco – Marcos AndradeCOMEX – Comitê Executivo da J.Macêdo S/A

Mande seu e-mail para [email protected] ou entregue sua carta ao Coordenador de RH de sua unidade, ele se encarregará de fazê-la chegar até a Redação.

Motivação e criatividadeA revista é um importante instrumento para conhecermos melhor a empresa e o que está sendo feito nas várias áreas. Por isso quero compartilhar aqui a in-formação de que reunimos 200 promo-tores e repositores da Grande São Paulo no final de maio em um treinamento. Entre as várias atividades que reali-zamos, selecionamos a melhor versão de música que pudesse motivar ainda mais o nosso trabalho. O resultado está logo abaixo. Parabéns ao Sandro AlvesViana, autor da versão!Rosângela Araújo de AlmeidaCoordenadora de TradeLapa, SP

Tema: TÔ NO PONTO!!!!(ao ritmo do samba-enredo “Idéias e Paixões: Combustível das Revolu-ções”, da Gaviões da Fiel, 2004)Ninguém vai me calar, nem conseguir mudar / Este orgulho de ser promotor, nes treinamento / Eu vou falar estou no ponto a trabalhar. / Viajei e gostei, encontrei nesta cidade idéias e paixões / Revoluções da Dona Benta, vou abordar e mostrar novidades / Pra toda a família; a Dona Benta criou as novi-dades lançou, / Nos mercados, surgiram as gelatinas os bolos e pudim, / Sou Dona Benta Alimentos um verdadeiro promotor e campeão / Vamos abordar? / Ninguém vai me calar nem conseguir mudar / Este orgulho de ser promotor, neste treinamento / Eu vou falar, estou no ponto a trabalhar.

Errata.Na última edição da Diálogo (nº 5), na matéria sobre a Campanha contra o Desperdício (pág. 9), a foto apresen-tada é na verdade da unidade de Ca-bedelo e não da unidade de Londrina,conforme indicado na legenda.

tes, nem com deturpações produzidas por modelos mentais desagregadores dos interesses coletivos. Tais distorções seriam incompatíveis com o Brasil, que é marcado, em sua origem, por um pluralismo de etnias e culturas que é a própria essência da Brasilidade. Em J. Macêdo a Brasilidade deve ser tratada como algo permanente e de longa duração para a vida da em-presa, em conformidade com a dinâmica dos nossos mercados regionais. Não cabe restringi-la, portanto, a ações de marketing de oportunidade ligadas apenas a momentos de exaltação nacional, como os que costu-mam ocorrer em relação a eventos tais como Copa do Mundo, Carnaval e Olimpíadas.

No processo de evolução da J. Macêdo, a Brasili-dade, que vinha sendo plasmada desde a fundação da empresa, expandiu-se a partir de 1979, quando a marca Dona Benta foi lançada. Esse lançamento, que colocou muitos milhões de pacotes de farinha e de ou-tros derivados de trigo nas prateleiras dos supermerca-dos de todo o País e nas mesas das famílias brasileiras, reforçou a exposição do nome Dona Benta, utilizado desde os anos 1920, na obra de seu criador, Monteiro Lobato, exposição que já tinha tido uma ampliação relevante nos anos 1940, com a publicação do livro de receitas da Dona Benta “Comer Bem”, da Companhia Editora Nacional. Mesmo pessoas que nunca compra-ram um produto com a marca Dona Benta têm dentro de si uma imagem de Dona Benta aderente ao concei-to da marca Dona Benta de J. Macêdo.

Desta forma, está em nossas mãos fazer render cada vez mais o patrimônio que acumulamos como empresa ética e cumpridora dos seus compromissos sociais, e o valor contido na nossa essência de Brasili-dade. O nosso desafio maior é tornar isso ainda mais perceptível e valorizado pelo consumidor brasileiro de todas as regiões. Que cada um de nós, que faze-mos a J. Macêdo, esteja onde estiver, possa expressar o seu jeito peculiar de exercitar a Brasilidade, afina-do com a proposta da empresa, contribuindo para a efetivação de bons negócios na área de cada uma das nossas URNs.

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Sergipe

Bahia

Henrique Duarte à frente dos agentes de vendas e promotores da URN Salvador

URNSALVADORConheça mais sobre o modelo de Gestão da sua empresa

m faturamento médio de R$ 12 milhões por mês, a partir de uma base de aproxima-

damente 500 clientes ativos nos estados da Bahia e de Sergipe. Este é um resumo do desempenho da URN Salvador, que de 2004 para cá reali-zou um intenso trabalho de alinha-mento estratégico da equipe. A URN fatura cerca de 6.000 toneladas de produtos por mês.

Por trás desses números, está uma equipe local formada por 20 profissionais da área de vendas e 34 de trade marketing (Promoção e Merchandising), 15 de logística e 10 de apoio administrativo (RH, TI e Célula Fiscal). Do volume de produ-tos vendidos pela URN, 42% do total corresponde a farinha de trigo, 34% a massas, 16% a biscoitos e 8% a

Força das marcas aumenta rentabilidade do negócio

A URN Salvador fatura cerca de 6.000 toneladas de produtos vendidos por mês na Bahia e em Sergipe

misturas para bolo.O líder da URN, Henrique Duarte,

saiu em 2004 de Goiânia (GO), onde atuava como regional de vendas, para assumir as estratégias da em-presa para os mercados baiano e sergipano. Ao chegar à Bahia, afirma que o que mais chamou sua atenção positivamente foi a força das marcas da J. Macêdo naqueles mercados. “Eu sabia que temos marcas fortes, mas isso me impressionou muito aqui”, comenta.

O grande desafio inicial, segun-do ele, foi mudar as características da regional, trabalhando melhor a força das marcas. “Esse trabalho, capitaneado pelos coordenadores de venda com suas respectivas equipes, passou pela conscientização de um melhor trabalho em todas as catego-rias de produto e foco em todos os clientes, pois todos os clientes teriam obrigatoriamente que ser lucrativos.”

Em um ano, foi possível dobrar o volume de todas as categorias. “Conseguimos, nesse período, aumentar em 30% o volume de margem de contribuição. Com a evolução de fermento, massa sêmo-

U

la e grano duro conseguimos ter a melhor rentabilidade por tonelagem, a nível Brasil, por linha de produto”, afirma Henrique.

Outro fato que tem contribuído para o desempenho positivo da URN Salvador é a estrutura mon-tada com 13 distribuidores, o que facilita muito a distribuição das nossas marcas em todos os clientes da Bahia e de Sergipe. A estrutura de distribuição responde por 40% do resultado da URN.

e tem uma marca de macar-rão que está no coração dos baianos, essa é a Brandini.

“Em todas as pesquisas espontâne-as de lembrança de marcas, a Bran-dini ultrapassa 50% de citações”, afirma Henrique Duarte. A partici-pação da marca na Bahia é de 40% no mercado de massas.

A força dessa marca tem gerado uma série de ações por um cresci-mento cada vez maior no mercado. No carnaval deste ano, a Brandini teve pela primeira vez um camaro-te, onde houve degustação de pro-dutos com grande aceitação entre os convidados.

Outra marca é particularmente forte no mercado baiano: a Águia. O estado baiano vende 70% do que é produzido na categoria de bis-coitos, que responde por 16% do faturamento da URN Salvador.

O crescimento da importância do produto provocou um ajuste na estratégia de vendas. Henrique Du-arte afirma que desde o dia 1º de junho, toda a equipe passou a ven-der todas as linhas de produto. Ele conta que antes disso havia agentes de vendas exclusivos para biscoitos, mas o produto evoluiu muito bem e passou a ser trabalhado por todos os agentes de vendas.

Marcas de impacto

S

URN SalvadorÁrea Atendida

Reconhecendo a importância dessas parcerias, a URN Salvador realizou no dia 18 de julho o 1º En-contro dos Distribuidores. O objetivo foi integrar toda a nossa estrutura de distribuição, discutindo novas oportunidades de negócio.

Os desafios daqui para frente? Henrique responde: “Manter todas as conquistas até aqui e buscar novas oportunidades para que o processo evolutivo da URN Salvador tenha continuidade”.

Perfil do líder da URN SalvadorHenrique Medeiros Duarte, 51 anos, nasceu em Santa Catarina, mas foi criado em Curitiba (PR). Formado em Ciências Econômicas e atualmente cursando MBA em Marketing na Fundação Getúlio Vargas, Henrique é casado e tem três filhas.

Em 1997, Henrique iniciou as atividades na J. Macêdo de Curitiba como Gerente de Vendas do Para-ná. Em 2002 foi transferido para Ribeirão Preto, atuando em todo o interior de São Paulo como Gerente de Vendas. Depois de um ano foi promovido para Gerente Regional de Vendas em Goiânia com a Divisão Dona Benta, onde ficou por seis me-ses, e em setembro de 2004 se mu-dou para Salvador, onde começou o trabalho como líder da URN.

Abertura do 1º Encontro de Distribuidores, realizado pela URN em 18 de julho

final de junho marcou o encerramento das nego-ciações e a formalização

do acordo com as regras do Pro-grama Prosperar na versão 2006. O programa de remuneração variável, que existe desde 2005, abrange todos os colaboradores de J. Macêdo.

O Prosperar não é um benefí-cio, mas uma relação de negócio entre o colaborador e a empresa. É um programa orientado para resultados, diretamente vinculado ao alcance de metas e objetivos essenciais para a geração de resul-tados sustentáveis e a consolida-ção da J. Macêdo 100% consumo.

O Prosperar 2006 deve ser visto e entendido por todos os cola-boradores como um instrumento inovador e agregador de valor na cultura J. Macêdo, bem como uma importante ferramenta gerencial de desenvolvimento dos colabo-radores no processo de Gestão de Pessoas. O programa serve de suporte nas ações de alinhamento em busca dos objetivos comuns para o negócio, além de orientar e fortalecer o trabalho em equipe, o processo de feedback, a motiva-ção, o comprometimento e o ge-renciamento de conseqüência.

A base do Prosperar é justa-mente o trabalho em equipe – to-dos temos um importante papel no atingimento das metas da empresa.

Você já pode e deve intensificar suas atitudes na geração de valor que irá ajudar a tornar o Prosperar 2006 efetivo para a empresa, para sua equipe e para você mesmo. Pergunte ao seu superior imediato quais são suas metas, peça feed-back e dê suas sugestões. Se você não souber de que forma as suas atividades contribuem para os re-sultados da organização, pergunte ao seu superior imediato ou fale com o RH.

O

Trabalho de equipe para atingir metas

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Page 5: O valor das nossas diferenças

ocê tem curiosidade de saber alguma informação sobre a história de J.Macêdo ou a trajetória do fundador da empresa? Então, envie

sua pergunta sobre a vida, obra, valores e crenças do nosso funda-dor José Dias de Macêdo, para o e-mail [email protected], que ele responderá nesta seção fixa da sua revista Diálogo. Participe e confira a resposta nas próximas edições.

Geraldo Damázio – Gerente Regional de Logística Sul (Barueri, SP).Enfrentamos a cada dia batalhas gigantescas, em especial as que decorrem de ações dos concorrentes, que chegam a ser predató-rias. Além disso, nos deparamos constantemente com alterações na política fiscal gerada principalmente pela disputa cega entre os Estados. Fatores como estes dificultam nosso crescimento. Que perspectivas o Sr. vê diante deste cenário?

José Dias de Macêdo. A concorrência é inerente ao mundo dos negócios. Ela é natural e saudável. Essencial à eficiência e ao equilí-brio do sistema econômico. Exemplo disso, é que, quando existem monopólios e oligopólios, os primeiros prejudicados são os consu-midores e a sociedade. O que significa menos produção, emprego, renda e impostos. Isso evidencia a necessidade de normas sociais para assegurar os benefícios da livre concorrência. Quando essas normas não funcionam a contento, se estabelece o jogo predatório a que você se refere. Temos, portanto, a responsabilidade de pra-ticar uma ética concorrencial e sermos ativos na ajuda à sociedade para que ela nos distinga com suas escolhas na hora de fazer suas compras. Quanto à chamada “guerra fiscal” entre os Estados e re-giões, temos que continuar trabalhando com afinco para que sejam cumpridas as leis vigentes que coíbem essa prática desarticuladora do sistema produtivo nacional.

V

PERGUNTE AOERGUNTEFUNDADOR

Ronaldo Celestino – Moagem (Fortaleza, CE)Senador, como o Sr., na condição de grande empresário, vê a atual política econômica do País?

José Dias de Macêdo. A atual política econômica do País segue uma linha de pragmatismo que vem sendo desenvolvida desde o governo anterior. Ela está de acordo com padrões internacional-mente disseminados nas últimas décadas. Estabilidade e crescimen-to são os pilares buscados por essa política. É inegável a conquista da estabilidade, embora não se tenha conseguido ainda um nível razoável de crescimento com emprego e distribuição de renda. In-dependente de quem venha a ser o próximo governante, entendo que ele precisa acelerar o crescimento com redução da pobreza do desemprego e das desigualdades, condições para alcançarmos o desenvolvimento sustentável do nosso País.

Bunge e J.Macêdo já operam na área de moagem de trigo sob uma mesma orientação

estratégica e gerencial. O anúncio oficial do aprimoramento do que se chamava anteriormente de Operação Moagem (OM) ocorreu no dia 3 de julho durante jantar realizado na cidade de Curitiba (PR) com cerca de 40 executivos das duas empresas. A TrigoBrasil, no mesmo formato de consórcio da OM, já nasceu como uma das maiores do seu setor no país e é exemplo do que é pensar novo, agir diferente e produzir resultados com foco na eficiência operacional.

“Estamos aqui para ratificar a confiança e otimismo depositados na ação dessa valiosa equipe que está à frente da TrigoBrasil, comandada pelo diretor Jorge Biz, e em todas as pessoas que integram esse gigantes-co conglomerado de moagem”, disse o presidente da Bunge Alimentos, Sérgio Roberto Waldrich, que foi o anfitrião juntamente com Amarílio Macêdo, presidente da J. Macêdo.

Paralelamente, a diretoria da Trigo-Brasil e lideranças das duas empresas, com apoio das áreas de Desenvolvi-mento Organizacional das regionais, explicaram aos colaboradores dos 12 moinhos, em eventos simultâneos,

Modelo inovador de moagem

A TrigoBrasil nasce para atender a Bunge e a J.Macêdo a partir de uma gestão autô-noma, focada na bus-ca da máxima eficiên-cia no processamento de trigo

Autonomia pela melhor eficiência operacional

como ficarão, daqui para frente, as operações de moagem da TrigoBrasil.

“A TrigoBrasil não é Bunge nem J. Macêdo. É um empreendimento gestor de serviços de moagem por ordem compartilhada e conjunta da Bunge e da J. Macêdo, em três me-lhores condições: melhor qualidade exigida pelo cliente e consumidor, menor custo e no tempo e local con-tratados”, afirmou Amarílio Macêdo.

Os moinhos continuam pertencen-do a cada uma das respectivas em-presas: Bunge e J. Macêdo. Ou seja, as unidades recebem o trigo, moem e devolvem a farinha ou a mistura à Bunge ou J. Macêdo no tempo, na quantidade, na qualidade e na emba-lagem adequados.

“Além de ser a mais competitiva – menor custo/benefício e qualidade – em seu setor de atuação, a Trigo-Brasil deverá prestar serviços dentro

das especificações requeridas previa-mente pela Bunge e J. Macêdo, de modo que atendam seus mercados e seus diferentes clientes”, explicou o engenheiro Jorge Biz, escolhido ges-tor operacional da TrigoBrasil, num processo seletivo de consenso pelos dirigentes das duas empresas.

Jorge, que fez carreira na Bunge Alimentos, se reportará a um comitê gestor formado por dois executivos de cada empresa. Superada a fase de ajustes, a TrigoBrasil deverá ter seu modelo próprio de gestão, indepen-dente da cultura e das características de suas patrocinadoras.

Ajuste a uma nova realidade.Afinal, por que a Bunge e J. Macêdo tomaram a decisão de se unir na operação de moagem de trigo? “Para revitalizar um negócio que era feito da mesma forma há 100 anos”, acentua o

A

presidente da Bunge Alimentos, Sérgio Roberto Waldrich.

“O mercado do trigo no Brasil mudou, assim como a economia e os hábitos de consumo da popula-ção brasileira. Era preciso reinventar o negócio trigo para torná-lo mais competitivo e atualizado à nova necessidade das duas empresas, do mercado, dos clientes e dos consumi-dores”, segue explicando Waldrich.

O primeiro passo foi dado em 2004, quando a Bunge e J. Macêdo assinaram um acordo que estabele-ceu a troca de linhas de produção recíproca de farinhas, bem como criou sinergias e facilidades de lo-gística na cadeia de negócios trigo. A criação da TrigoBrasil é, portanto, a consolidação de um processo de ajuste a uma nova realidade, que vale igualmente para J. Macêdo e para a Bunge. Por acreditarem am-bas nos mesmos valores, acertaram juntas o caminho da construção das novas bases de operação em busca de melhores serviços ao mercado e maiores resultados para os respecti-vos acionistas.

Operações estratégicas indepen-dentes. A constituição da TrigoBrasil não implicará quaisquer alterações na composição de capital da Bunge Alimentos e da J.Macêdo, assim como nas operações estratégicas de negócios das duas empresas.

“Quando nós – Bunge Alimentos e J.Macêdo – planejamos a TrigoBrasil, pensamos como poderíamos transfor-mar esse centenário negócio em algo moderno, competitivo e que conti-nuasse a crescer e a gerar empregos, salários e satisfação para os nossos clientes e consumidores”, diz Sérgio Roberto Waldrich, presidente da Bun-ge Alimentos. “A Trigo Brasil aperfeiço-ará cada vez mais a sua própria cultu-ra e políticas, dentro de um conceito inovador no seu mercado de atuação e que já faz dela uma das maiores empresas de moagem do mundo”, afirma José Souza Silva, Gerente de Recursos Humanos da J. Macêdo.

Sérgio Waldrich, Jorge Biz e Amarílio Macêdo, no jantar do anúncio oficial da TrigoBrasil, em Curitiba

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Page 6: O valor das nossas diferenças

A história do fermento

Encontrado naturalmente na pele da uva e grãos, o fermento pode ter origem pré-históri-ca. Esse ingrediente tem presença certa na co-zinha de quem gosta de botar a mão na massa

Nutrição, gastronomia e conhecimento

VISITENOSSA COZINHA

to Antigo e datam de 3.000 a.C., mas nem todo mundo concorda que a produção de pão fermen-tado só tenha começado a partir daí. Alguns historiadores acreditam ser possível que o fermento, assim como o pão, tenha origem pré-histórica.

A desconfiança vem do fato de que as leveduras, fun-gos responsáveis pela fermenta-ção, estão em todos os lugares, incluindo a superfície de grãos de cereais. Bastaria, assim, alguém esquecer de colocar a massa de pão úmida para secar, alguns dias, para ela fermentar naturalmente.

O fermento é encontrado natu-ralmente na pele da uva e grãos. Acredita-se que o primeiro vinho e a primeira cerveja tenham sido feitos quando um suco de uva ou mingau prontos não tenham sido consumi-dos imediatamente. O fermento, então, agiu e produziu uma bebida alcoólica. O primeiro crescimento da massa de pão pode ter acontecido quando uma bebida alcoólica tenha sido adicionada acidentalmente a essa massa. Com a massa do pão em repouso, ela começou a crescer. A boa surpresa é que o pão estava leve e saboroso depois de assado.

fermento é um ingrediente bastante utilizado na cozinha. Ele é necessário para fazer

delícias como pizzas, pães e bolos. Há dois tipos de fermento: o químico e o biológico. A diferença entre os dois está na composição. O químico é constituído de bicarbonato de só-dio e o biológico apresenta um fungo do tipo levedura.

E a origem do fermento, você conhece? Os egípcios foram os pri-meiros a usar fornos de barro para assar pães por volta do ano 7.000 antes de Cristo. Atribui-se também a eles a descoberta do acréscimo de líquido fermentado à massa do pão para torná-la leve e macia.

As evidências mais antigas de pão fermentado foram encontradas no Egi-

O

Que o fermento é um *fungo, não são grandões como os cogumelos mas seres microscópicos, chamados de levedura, que vivem no ar e na superfície das coisas. Ao entrar em contato com a massa do pão, essas leveduras, batizadas pelos cientistas de Saccharomyces cerevisiae, se ali-mentam dos açúcares e, ao mesmo tempo, eliminam álcool e gás carbô-nico — um processo denominado fermentação ou levedação.

*fun.go: s. m. Bot. Cada um dos numerosos mi-croorganismos vegetais desprovidos de clorofila, como os bolores, fermentos, bactérias etc.

VOCÊ SABIA?

IngredientesMassa2 ¼ xícaras (chá) de Farinha de Trigo Especial Dona Benta1 colher (chá) de Fermento em pó Dona Benta sabor tradicional5 colheres (sopa) de gordura vegetal hidro-genada5 colheres (sopa) de manteiga1 colher (chá) de açúcar1 ovo médio2 colheres (sopa) de água geladaRecheio3 colheres (sopa) de manteiga1 xícara (chá) de cebola picada1 colher (sopa) de Farinha de Trigo Especial Dona Benta1 xícara (chá) de queijo prato ralado grosso3 ovos médios¾ xícara (chá) de creme de leiteSal e pimenta-do-reino a gosto

>> Fontes:http://www.invivo.fiocruz.br http://www.abip.org.brhttp://cienciahoje.uol.com.br

Ingredientes1kg de Farinha de Trigo Especial Ve-neranda ½ colher (sopa) de sal1 eenvelope de Fermento Biológico Seco Instantâneo Fermix1 colher (sopa) de açúcar¾ xícara (chá) de óleo½ litro de água

Modo de preparo1 – Peneire a Farinha de Trigo Especial Veneranda com o sal.2 – Abra uma cova no centro e coloque o Fermento Biológico Seco Instantâ-neo Fermix, o açúcar e aos poucos o óleo e a água.3 – Sove bem a massa, feche como bola e cubra com um pano úmido e deixe descan-

sar até dobrar de volume.4 – Divida a massa em porções de 200g, formando bolas firmes e deixe crescer.

Modo de abrir a massa

Pizza1 – Sobre uma mesa polvilhada generosa-mente com a Farinha de Trigo Espe-cial Veneranda, abra com um rolo no formato de disco e passe um pincel para retirar o excesso.2 – Arrume sobre a pá ou fôrma de pizza, espalhe o molho de tomate e pré-asse por cerca de 15 minutos em forno médio (180ºC), preaquecido.3 – Espalhe o recheio de sua preferência e volte ao forno para terminar de assar ou guarde pré-assada.

Massa básica para pizza, calzone e pão sírioCalzone1 – Divida a massa em porções de 300g e deixe crescer.2 – Abra em formato de disco, coloque o recheio de sua preferência, feche como um pastel e forme um cordão de massa na beirada, torcendo para fechar.3 – Asse, pincele com molho e queijo ralado por cima, volte ao forno para dourar o queijo.Sugestão de recheio: mussarela ralada, rodelas de tomate e orégano,

Pão Sírio1 - Divida a massa básica em porções de 60g, faça bolas e deixe crescer.2 – Forme discos com um rolo de macar-rão e asse em forno quente (250ºC), pre-aquecido, por 15 minutos ou até dourar ligeiramente.3 – Utilize para beirutes, acompanhamen-tos ou no seu dia-a-dia.>> Dica. Depois de assado, congele até por um ano.

Tempo de preparo: 1 hora

Rendimento: 60 unidades com cerca de 8g cada uma.

>> Dica. Para mantê-los crocantes por mais tempo, guarde-os em sacos plásticos ou potes hermeticamente fechados, reti-rando bem o ar.

Ingredientes2 xícaras (chá) de Farinha de Trigo Especial Dona Benta ½ xícara (chá) de aveia1 xícara (chá) de coco ralado1 xícara (chá) de açúcar½ colher (chá) de sal1 colher (chá) de Fermento em pó Dona Benta sabor baunilha1 xícara (chá) de margarina (200g)1 ovo½ xícara (chá) de chocolate ao leite picado

Cookie de coco com chocolate

Modo de preparo:Massa: numa vasilha, misture, com a ponta dos dedos, a Farinha de Trigo Espe-cial Dona Benta com o Fermento em pó Dona Benta sabor tradicional, a gordura e a manteiga e junte o açúcar. À parte, bata o ovo com água, acrescente à massa e amasse só para ligar os ingredien-tes. Faça uma bola. Coloque a bola entre duas folhas de plástico, achate com um rolo e abra até ficar com 3mm de espessu-ra. Forre os fundos e laterais de uma fôrma de 25cm de diâmetro, sem untar. Fure a massa com um garfo. Cubra com filme plástico e deixe na geladeira por 1 hora. Recheio: numa panela pequena, derreta manteiga, junte a cebola e cozinhe só até murchar, mexendo de vez em quando. Retire do fogo e deixe esfriar. Tire a massa da geladeira e espalhe o refogado de ce-bola. Numa vasilha pequena, misture bem a Farinha de Trigo Especial Dona Benta e o queijo e polvilhe sobre a cebola.

Modo de preparoEm um recipiente, misture a Farinha de Trigo Especial Dona Bentacom a aveia, o coco, o açúcar, o sal, o Fermento em pó Dona Benta sabor baunilha, a margarina e o ovo, até ficar homogêneo. Adicione o chocolate e misture delicadamente. Com uma colher de chá, pegue por-ções de massa e modele bolinhas com cerca de 2cm de diâmetro. Arrume-as em assadeiras, deixando espaço entre elas.Asse em forno médio (180ºC), prea-quecido, por cerca de 20 minutos ou até dourar. Retire e deixe esfriar.

Tempo de preparo: 1 hora

Rendimento: 60 unidades com cerca de 8g cada uma

>> Dica. Para mantê-los crocantes por mais tempo, guarde-os em sacos plásticos ou potes hermeticamente fechados, retirando bem o ar.

Torta suíça de queijo Em um recipiente, bata os ovos com o creme de leite, o sal e pimenta-do-reino. Despeje sobre a massa. Asse em forno médio (180ºC), pré-aquecido, por cerca de 30 minutos ou até o recheio firmar. Tire do forno e deixe descansar por 20 minutos para servir.

Tempo de preparo: 2 horas

Rendimento: 10 porções com cerca de 150g cada uma.

>> Dica. Se preferir, substitua o queijo prato por queijo provolone ou suíço. Faça tortinhas individuais, utilizando-se de fôr-mas menores.

ca. Esse ingrediente tem presença certa na cozinha de quem gosta de botar a mão na massa

to Antigo e datam de 3.000 a.C., mas nem todo mundo concorda que a produção de pão fermen-

gos responsáveis pela fermenta-ção, estão em todos os lugares, incluindo a superfície de grãos de cereais. Bastaria, assim, alguém

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mas menores.

MAIO/AIO/AIO J/J/ UNHO 2006 | Diálogo | 11MAIO/JUNHO 2006 | Diálogo | 11

Page 7: O valor das nossas diferenças

Valores dos atributos que distinguem os brasileiros

CAPABRASILIDADE

J. Macêdo é uma empresa que, em quase sete déca-das de história, tem in-

corporado em seus princípios de atuação um conjunto de valores diretamente ligados à maneira de ser dos brasileiros que agem

A

Valorizar o Brasil tem seu valor

Tradicionalmente vi-venciada por J. Ma-cêdo, a brasilidade ganha força no atual momento em que o consumidor passa a valorizar com mais intensidade a cultura local, as marcas e os produtos das empre-sas que demonstram compromisso com o seu País.

ção dos negócios. Nos últimos anos tem-se verificado que as pessoas estão dando preferência aos pro-dutos que incorporam valores da cultura local.

Este é um fenômeno que passa pela emoção e um novo conceito de valor na cabeça do consumidor, que presta atenção não só ao con-teúdo do que compra, mas espera que a empresa que vende esteja em dia com seus compromissos sociais, tributários, trabalhistas e ambientais. A empresa que tem produtos de qualidade e que esteja em dia com suas obrigações ganha força e credibilidade no jogo do consumo. Essa tendência deixa J. Macêdo à vontade, pois existe uma convergência dessa evolução com os princípios que adotamos desde a nossa fundação. Essa constatação nos transmite otimismo, conside-rando que esse espírito de brasili-dade, tradicionalmente já faz parte da cultura da nossa organização e

e pensam com espírito de cida-dania. Somos uma empresa que valoriza o patrimônio histórico, econômico, cultural e o potencial de desenvolvimento do nosso País e que dá a sua contribuição a esse desenvolvimento, através de um comportamento ético e do cum-primento de compromissos sociais responsáveis. J. Macêdo é uma empresa movida pela relevância que atribui àquilo que chamamos de brasilidade.

E o que é brasilidade? No dicio-nário do Aurélio, encontramos que se trata de uma “propriedade dis-tintiva do brasileiro e do Brasil” e de um “sentimento de amor ao Brasil”. Já no dicionário Houaiss lê-se que é uma “qualidade individualizadora do que é ou de quem é brasileiro”. Esses conceitos têm sido ressalta-dos por suas extraordinárias forças de impulso ao desenvolvimento do nosso País, destacando-se princi-palmente como fator de dinamiza-

que a identificação do consumidor com uma marca vai muito além do preço praticado ou da qualidade percebida do produto. Atualmente, o bom comportamento das empre-sas é considerado um importante elemento na hora da decisão de consumo e, quanto a isso, a J. Ma-cêdo tem um destacado histórico de ações positivas para a alavanca-gem dos seus negócios.

Empresa com visão pública.Toda empresa genuinamente bra-sileira, imbuída dos princípios de brasilidade, tende a pautar sua atuação não apenas com o objetivo privado de lucro, mas também com o interesse público do desenvolvi-mento nacional. É o caso da J. Ma-cêdo, manifestado a partir da histó-ria do nosso fundador, José Dias de Macêdo e da atuação do seu atual presidente, Amarílio Macêdo.

Fundada em 1939, momento em que se intensificava a fase de in-dustrialização brasileira da Segunda República, a J. Macêdo iniciou suas atividades num período marcado por uma geração de empreendedo-res com visão pública, que viam os destinos dos seus negócios direta-mente ligados ao desenvolvimento do Brasil. José Dias de Macêdo, Monteiro Lobato, Walter Moreira Sales, Victor Civita, Leon Feffer,

Maurício Klabin, Valentim Diniz, Horácio Láfer, José Ermírio de Mo-raes, Walter e Hugo Gerdau, Ama-dor Aguiar, Olavo Setúbal e Attilio Fontana, entre outros grandes em-preendedores, desenvolveram seus negócios pensando também no futuro do País.

No exercício dos seus mandatos

parlamentares, de deputado federal e senador, o fundador da J. Macêdo pautou suas atividades no apoio a projetos de sistematização do planejamento nacional e de infra-estrutura econômica, a exemplo da luta pela expansão da eletrificação no Nordeste brasileiro e da instala-ção de uma refinaria no Ceará.

Continuando a agir empresa-rialmente com essa visão pública, o Presidente-Executivo da J. Ma-cedo S/A, Amarílio Macêdo, vem participando ativamente de movi-mentações cidadãs e de entidades públicas e privadas que procuram contribuir para o desenvolvimento do Brasil. Exemplos disso são suas participações no Instituto Uniemp, no Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), no Conselho Nacional de Seguran-ça Alimentar (Consea) – Governo FHC, no Conselho de Desenvol-vimento Econômico e Social da Presidência da República (CDES) e Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Industrial (CNDI) – ambos do atual governo; sem contar com diversas participações em ações empresariais e de cidadania, que se referem especificamente ao de-senvolvimento do Ceará, local de origem e sede da companhia.

Características da Brasilidade. Uma das principais características da brasilidade é a mistura das ra-ças e de suas religiões, como fato-res positivos de convivência social e de originalidade cultural, sem seqüelas decorrentes de tentativas separatistas. Essa miscigenação e esse sincretismo produziram uma gente alegre, afetiva, fraterna,

Somos uma em-presa que valori-za o patrimônio histórico, eco-nômico, cultural e o potencial de desenvolvimento do nosso País

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Page 8: O valor das nossas diferenças

receptiva, esperançosa, criativa e cosmopolita. Produziu-se, então, ao longo de cinco séculos, uma admirável diversidade cultural. No campo da gastronomia, por exem-plo, contamos com um criativo e variado cardápio de sabores, que inclui pratos originais, tradicionais, estrangeiros e abrasileirados.

O modo de vida dos habitantes originais do Brasil permitiu uma integração com o colonizador, ocorrida de maneira menos confli-tuosa do que na maioria das áreas de colonização espanhola, onde havia um sentido de Estado. Ao iniciar a colonização do Brasil, o português era aberto à mestiça-gem, por já ser uma gente mesti-ça, misturada historicamente com mouros, africanos e outros povos.

A transferência da corte portu-guesa, que tornou o Brasil sede da Coroa facilitou a unificação da colônia, antes constituída por um aglomerado de ocupações pouco articuladas entre si e que, em mui-tos casos, mantinham contatos em separado com Lisboa. A movimen-tação ultramarina de toda uma co-mitiva real, composta por mais de dez mil pessoas, que acompanha-ram Dom João VI (1767 – 1826) na sua fuga das perseguições de Na-poleão Bonaparte (1769 – 1821), é um caso único no mundo em que

o país colonizado foi sede do go-verno colonizador. A elevação da Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1808 – 1822), fez com que o Estado implantado fosse condizente com os padrões internacionais da época.

Às vertentes indígenas, ibéricas e africanas que vinham se mesclando nos três primeiros séculos de for-

mação da nação brasileira, a partir da segunda metade do século XIX somaram-se as novas correntes migratórias, especialmente de italia-nos, alemães e japoneses, forman-do essa rica mistura étnico-cultural e religiosa, um dos atributos mais fortes da nossa diversidade.

Valores dos atributos que distinguem os brasileiros

CAPABRASILIDADE

Foi essa compre-ensão que levou a J. Macêdo a se organizar como empresa multir-regional brasilei-ra, atuando por meio de URNs

Ninguém até hoje conse-guiu criar uma sociedade verdadeiramente multirracial

e vocês [os brasileiros] estão perto de realizá-la. Não há outro país no mundo em que a nação seja tão forte quanto no Brasil. E digo mais: o povo brasileiro sabe que o Brasil é a mais forte nação do mundo hoje. Até exis-te no Japão um sentido nacional qua-se tão forte quanto o brasileiro, mas é excludente. No Brasil alguém pode chegar e tornar-se brasileiro em cinco anos. Você percebe a força disso? Por essa razão sempre analiso a América Latina e o Brasil separadamente. Que-ro ressaltar uma coisa: aprendi que no Brasil as coisas dão certo quando são feitas ao modo brasileiro

Peter Drucker, pensador austríaco que se tornou referência mundial em administração, revista HSM Management, janeiro/fevereiro 2006

Êxito notável do Brasil, país demográfica, econômica e politicamente tão diverso

e de tamanho continental, é sua unidade nacional. Dentro dessa uni-dade, os brasileiros compartilham, claro, a mesma identidade nacional, a brasilidade, mas, ao mesmo tem-po, sentem-se orgulhosos de serem gaúchos, paulistas, baianos, amazo-nenses e, em geral, desconfiam da centralização. Na construção de sua unidade, a Europa deveria mirar-se no exemplo do ‘Brasil das regiões’, porque o cidadão precisa de unida-des de identificação menores para não se sentir desarraigado

Jens R. Hentschke, cientista político alemão, em 7/9/2000, comemoração dos 500 anos do Brasil

O país está à frente de vá-rios dos outros chamados emergentes numa área

importantíssima, que é a da solidez das instituições. Arrisco-me a dizer que as possibilidades do Brasil são até melhores que as da China e as da Índia, a médio prazo

Vinod Thomas, diretor do Banco Mundial, revista Veja, 26/4/2006

O que me apaixona no Brasil é o nascimento de uma grande potência. Não

digo isso em termos de armas, mas de um país cuja palavra e ação irão determinar o que será o mundo. O mundo daqui a 50 anos, 100 anos, 30 anos. O Brasil é um país que tem uma vocação mundial. O Brasil é um país que sempre quis ser por-tador de uma mensagem de valor universal. Eu diria que quanto mais o Brasil influenciar o mundo mais a paz mundial estará garantida. É o País sobre o qual devemos apostar as maiores esperanças

Alain Touraine, sociólogo e cientista político francês – Programa Conexão Roberto D´Ávila, RPTV, 7/11/2003

Brasil por brasileiros e estrangeiros

O mundo está olhando para nós e tudo indica que nós, brasileiros,

também estamos dispostos a en-xergar o Brasil

Flávia Martinelli, revista Criativa (Globo), fev/2003

Sonhar no Brasil não é devaneio. Vivemos em um país abençoado em

termos de recursos naturais, loca-lização geográfica e disciplina de trabalho. Poucas nações desfrutam dessas benesses. O que nos falta é utilizá-las bem

Antonio Ermírio de Moraes, Folha de S.Paulo, 1/1/2006

Cultivar o que é brasileiro é o caminho para poder participar desse grupo de

nações que está forjando a nova política global. Combatemos o fast-food norte-americano com a comida a quilo. É uma ação tipica-mente brasileira

Aspásia Camargo, doutora em Sociologia pela Universidade de Paris, 20/2/2002

Acredito num nacionalis-mo moderno, numa brasi-lidade inteligente

Nelson Tanure, presidente do Jornal do Brasil, Observatório da Imprensa, 11/4/2001

Recolocar na moda o sentimento nacional é um dever de todos os bra-

sileiros em posições de liderança, nos partidos, nas universidades, nas empresas e nas diversas instituições da sociedade

Benjamin Steinbruch, empresário e diretor-presidente da CSN, Folha de S.Paulo, 8/2/2005

A brasilidade, como qual-quer outra identidade nacional, é uma consciên-

cia e um sentimento – e sentimento não deve ser confundido com sen-timentalidade. Os brasileiros não sabem bem o que são, mas sen-tem, sabem que são brasileiros. A maioria das nações do mundo tem pouca consciência de sua identida-de nacional

Vamireh Chacon, prof. Emérito da UnB, 9/5/2006

A ampliação de fronteiras por meios pacíficos, com delimitações baseadas em acordos diplomáti-cos, contribuiu para a consolida-ção de um território continental, com idioma unificado, o que fez do nosso país um verdadeiro con-junto de blocos regionais integra-dos. Foi essa compreensão que levou a J. Macêdo a se organizar como empresa multirregional bra-sileira, atuando por meio de URNs (Unidades Regionais de Negócios).

A forma predatória como os recursos naturais brasileiros foram explorados nos últimos séculos comprometeu a sua sustentabili-dade, mas uma série de movimen-tos tem sido desencadeada para reverter esse quadro. O processo de amadurecimento da nossa so-ciedade sinaliza que a nossa biodi-versidade, bem cuidada, comece a ser percebida como um patrimônio econômico, turístico, ecológico, científico e estético incomparável. Afinal, temos uma estabilidade relativa do clima e dos fenômenos geológicos e está em nossas mãos o maior cabedal de recursos hídri-cos e biológicos do mundo.

É, enfim, movidos pela compre-ensão da importância da grandeza da cultura e da natureza brasilei-ras, que pautamos o nosso jeito J. Macêdo de empresariar.

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mundo de Monteiro Lo-bato pode ser interpreta-do como uma metáfora de brasilidade, formada por ligas de realidade e

de ficção. A fibra do escritor, do em-preendedor e do admirável futurista que ele representa, foi temperada en-tre o pensar e o fazer. Sonhando com um país capaz de superar as amarras do modelo mental de colonizado, para poder enxergar o potencial da sua gente e do seu patrimônio natural e cultural, ele agiu como escritor (de obra retumbante) e empreendedor (de negócios estratégicos como petróleo e indústria editorial) para assim poder exercer influências diretas na criação de uma sociedade tecnologicamente moderna e intelectualmente desenvol-vida, disposta a valorizar a dinâmica das suas raízes e, ao mesmo tempo, interagir com o que existe de melhor no mundo.

A inovação e a determinação para a antecipação do futuro aparecem com destaque nos feitos de Lobato. Há

quase um século, sua cabeça já estava ligada na compreensão de que as inven-ções eram extensões dos sentidos humanos, na importância da democracia para o desenvolvimento, nos males da corrupção como obstáculo para o crescimento, na questão agrária, na auto-suficiência do Brasil em petróleo, no saneamento básico, na necessidade de simplificação dos impostos, na revolução das redes de comunicação, na indispensabilidade de uma literatura infanto-juvenil brasileira e em temas que só mais recentemente entraram em fase de consolidação, como a presença da mulher nas definições da vida cotidiana, tão bem retratada na figu-ra catalisadora da Dona Benta, no Sítio do Picapau Amarelo.

As inúmeras e costumeiras citações feitas nas mais variadas mídias sobre a vida e a obra de Monteiro Lobato e a incontável quantidade de escolas e logra-

Diálogo. Lobato ficou muito feliz quando a senhora nasceu. Ele es-creveu que em pouco tempo aquela “americanazinha” deixaria de ser apenas fisiologia para ser fisiologia e imaginação. Fisiologia porque um bebê é o que faz: come, dorme, suja as fraldas. Depois esse bebê vai cres-cendo e ganhando imaginação para poder fazer arte, reinações...Dona Joyce. É, meu avô achava fantástica a inocência do olhar das crianças. Acho que umas duas vezes eu o ouvi dizer: “Mas que maravilha é o olhar de uma criança”. É a única hora que se pode ver, através do olho infantil, o que a criança está pensan-do. Fora disso ninguém sabe.

Diálogo. Como era a sua relação com ele, como vocês se tratavam?Dona Joyce. Ele me chamava mes-mo de Joyce e não era de ficar fazendo muitas gracinhas. Eu o chamava de Juca. Mas ele era Juca para todo mun-do da família. Minha convivência com meu avô foi longa, mas entrecortada. Quando ele foi preso, por defender que o Brasil precisava explorar o seu próprio petróleo, eu tinha uns 10 ou 11 anos. Ainda fui visitá-lo, mas naquela época criança era um bicho estranho que não podia nem falar na mesa. Ele viajava muito pelo mundo afora. Esteve na Argentina, depois ficou doente e quando estava em campanhas pelo Norte do Brasil eu não via o meu avô. Convivi bem com ele, quando moramos em Campos do Jordão. Eu estava com uns 6 anos e não tinha escola ainda. Então podia ficar indo e voltando com ele para São Paulo. Essas viagens eram fantásticas. Ali éramos só nós dois, não tinha nin-guém para atrapalhar a conversa.

Diálogo. No final de semana que passamos juntos, em 2004, na Fazen-da Canhotinho [Quixeramobim,CE], com um grupo de amigos, tendo como anfitriões o Senador José Macêdo e sua esposa Dona Maria, a senhora nos contou que Lobato costumava inven-tar que no sótão da casa de Campos

OLOBATO EM FAMÍLIA

ENTREVISTANeta do escritor Monteiro Lobato (1882 – 1948), a ar-quiteta Joyce Cam-pos conviveu por 18 anos com o criador da literatura infan-to-juvenil brasileira e tem muitas histórias para contar desse avô que, por força da obstinação em pre-parar o Brasil para o futuro, tornou-se uma das personali-dades de influência mais perene no País.

DONA JOYCE

Flávio PaivaSecretário-Executivo de Comunicação

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Dona Joyce ao lado do retrato do avô Lobato, pintado por seu pai, J. U. Campos (1903-1972),em setembro de 1947

Dona Joyce ao lado do retrato

douros públicos espalhados por todo o País com o seu nome, são parâmetros da sua representatividade e atualidade. Mas como era essa personalidade no dia-a-dia? Quais as suas manias? O que gostava de fazer quando estava em casa? O que gostava de comer? Como se relacionava com a neta que nasceu em Nova Iorque, em 1930, quando ele era adido comercial brasileiro nos Esta-dos Unidos, e que o acompanhou de volta ao Brasil no auge da sua teimosia transformadora? Essas e outras perguntas foram respondidas por Dona Joyce em uma agradável conversa-entrevista, realizada em São Paulo, da qual partici-param o seu marido, Sr. Jorge Kornbluh, Diretor da Monteiro Lobato Licencia-mentos e o jornalista Vladimir Sacchetta, Diretor da Companhia da Memória e editor de conteúdos do sítio de Lobato na internet.

VVVISTA

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Page 11: O valor das nossas diferenças

Lobato chegou a aproveitar algumas dessas suas reinações na hora de es-crever o Sítio do Picapau Amarelo?Dona Joyce. Não, nas histórias dele as reinações

quando eu era menina. Cada vez que ia ao curral ficava olhando se a vaca não fazia xixi na hora de tirar o leite que era para mim. Se fizesse eu não queria aquele leite “com gosto de xixi” e ficava esperando a próxima. Por isso imaginei uma vaca de torneirinha.

Diálogo. Qual dos personagens do Sítio é o seu favorito?Dona Joyce. Eu sempre gostei mais do Visconde. Ele foi meu predileto. Eu não gostava de bonecas, apesar de ter guardado uma muito curiosa, fantástica, linda, que o meu avô trouxe da Bahia para mim. Eu gostava mesmo era de brincar de pião e boli-nha de gude com os meninos.

Diálogo. E a senhora não se inco-modava com o fato de o Visconde ser escravo da Emília?Dona Joyce. Cá entre nós, nunca fiquei com raiva da Emília por isso. Quem manda ele ser burro, não é?

Diálogo. Pensei que como menina gulosa a sua atração maior fosse pela Tia Nastácia.Dona Joyce. Eu tinha as minhas Nastácias em casa. A minha avó criou duas filhas de ex-escravas, que casaram, tiveram filhos e continuaram morando com ela a vida inteira. A última casa que lembro da minha avó tinha três andares e no andar de baixo tinha uma segunda cozinha onde moravam a Benedita e a Maria de Gabriela. Aquela cozinha era uma delícia. Tinha fogão a lenha e fogão elétrico. Nunca entendi bem para que servia o elétrico, pois todo mundo gos-tava mesmo era do fogão a lenha, que todo dia tinha bolo e bule de café em cima da chapa. Era bom demais.

Diálogo. A senhora gosta de co-zinhar?Dona Joyce. Gosto muito. É a única coisa doméstica que gosto de fazer. O Jorge diz que faço um eisbein [joelho de porco] excelente. Faço também salmão e bacalhau. Gosto de fazer tortas. Já fiz muito pão e panqueca. Agora gosto mais de nhoque. Aqui em casa se come espaguete toda semana.

do Jordão tinha saci, para lhe deses-timular a fazer reinações lá em cima. Como foi mesmo essa história?Dona Joyce. Era uma casa de estilo normando, com um quartinho em cima e com um alçapão para entrar. Meu avô transformou aquele quarto em escritório. Tinha uma escada, dessas utilizadas pelos pedreiros, que ele botava lá para subir e de-pois retirava. Se ele esquecia a tal da escada é que aconteciam as coisas. Era um negócio muito atraente subir aquela escadinha. Ele não queria que ninguém mexesse naquele lugar. Por isso inventou que tinha um saci dentro de uma garrafa lá por cima. Isso me deixou mais curiosa ainda. Até que um dia consegui subir e abrir a garrafa. Era pinga. Foi uma desilusão. Mas não contei nada para ele nem para ninguém, ficou um segredo.

Diálogo. A senhora contou também que ele andava com bombons nos bolsos para dar às crianças. Como ele tratava os meninos e as meni-nas? Percebe-se que na literatura infanto-juvenil a chave para essa re-lação utilizada pelo seu avô está no respeito...Dona Joyce. Ele era muito carinho-so e atencioso com crianças em geral. Ele levava as crianças a sério. Achava que criança não era um adulto em miniatura, era criança mesmo, inteli-gente e tinha de ser respeitada.

Diálogo. A senhora era muito dana-da, fazia muitas travessuras?Dona Joyce. Eu tinha uma imagina-ção muito fértil. Eu fazia coisas. Não era uma menina bem comportada, boazinha. Caía do telhado, essas coisas que antigamente eram cha-madas de reinações. Eu era sozinha, não tinha criança alguma na família. Então, uma criança sozinha acaba brincando como cordeirinho ou viran-do uma peste; e eu virei uma peste. Eu fugia, queria participar da vida de todo mundo. Rabiscava em cima das provas que o meu avô estava fazendo e corrigindo...

Diálogo. A senhora percebe se

eram mais intelectuais do que as minhas brincadeiras. Apesar de eu gostar de ler. Meu avô era sui generis. Ele gostava de dar presentes educati-vos, dava livros como os da coleção “Tesouro da Juventude” [enciclopédia de conhecimentos que tratava com seriedade as interrogações simples e complexas da curiosidade infantil]. Aos sábados e domingos eu ia para a casa da minha avó [Dona Purezinha]; digo minha avó porque ela estava sempre lá e ele umas vezes ou outras. Eu dormia junto com eles. Quando o meu avô estava em casa ele inventava histórias na hora e também contava algumas que estava escrevendo. Perguntava o que eu achava e eu palpitava. Lembro que uma vez ele incorporou um palpite meu no livro “A Reforma da Natureza”: aquela va-quinha que tinha torneirinha. Eu era louca por leite, era gulosa e andava quilômetros em Taubaté para tomar leite fresco de vaca [leite mugido]. E olhe que uma criança acordar às 4 horas da manhã e andar no meio da neblina para tomar leite de vaca, não é para qualquer um não. E hoje tenho alergia a leite. Mas eu adorava leite

Benta era a avó de um cole-

ga dele, que se chamava Pedri-nho e vivia falan-do da sua mara-vilha de avó.

Lembro que uma vez ele in-

corporou um pal-pite meu no livro A Reforma da Na-tureza: aquela va-quinha que tinha torneirinha.

Trecho do livro “AReforma da Natureza” – Editora Brasiliense, 38ª edição, 1994, e 14ª reimpressão, 2005, pág. 15, São Paulo.

Diálogo. E a Dona Benta? De onde surgiu? Esse nome é uma versão feminina de Bento, de José Bento Monteiro Lobato? Dona Joyce. O Benta da Dona Benta não tem nada a ver com o Bento dele, não. Benta era a avó de um colega dele, que se chamava Pedrinho e vivia falando da sua maravilha de avó.

Diálogo. O Sítio do Picapau Amarelo era uma espécie de Brasil ideal, cos-mopolita e com profundo apreço por suas raízes. Tudo o que acontecia ou que havia de importante no mundo era literariamente abrasileirado para chegar às crianças. Nas traduções de autores estrangeiros, não era diferen-te. Quando Lobato traduzia o Mark Twain, por exemplo, o Tom Sawyer

dele ficava com um jeito de Pedrinho. A Pollyanna, de Eleonor H. Porter, na tradução de Lobato, em algum mo-mento é parecida com a Narizinho.Dona Joyce. Acho que ele fazia essas conformações pensando em tornar as coisas mais digeríveis. Li to-das as traduções que ele fez de livros juvenis. Meu pai [Jurandir Ubirajara Campos] era artista plástico e fazia as capas. Era uma beleza aquilo. Foi por causa do meu avô que meu pai virou pintor. Ele pintou inclusive um retrato meu, que vendeu não sei para quem. Eu tinha 13 anos e posei com muita má vontade. Achei uma coisa muito chata ele inventar aquilo. É horrível ser modelo. Gosto de uma foto, que o meu avô tirou espontaneamente de mim, em que aparece a sombra dele. Ele tinha a característica daquele chapéu. As pessoas olham para a foto e sabem logo quem é.

Diálogo. Dos livros que ele escreveu para adultos, qual o que a senhora mais gosta?Dona Joyce. Nunca vejo ninguém falar do livro que eu mais gosto dele que é “O presidente negro e o Choque das Raças” [Jornal da Manhã, 1925], um romance que narra a vitória de um candidato negro à presidência dos Estados Unidos. Acho esse livro fantástico, uma história projetada para o ano de 2222.

Dona Joyce conversa, em casa, com Vladimir Sacchetta, Flávio Paiva e Jorge Kornbluh, na sala decorada com quadros de seu pai, J. U. Campos

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lássicos são autores e livros que deixam marcas, fixando-se na memória e no incons-

ciente coletivo. Um clássico não envelhece nem se esgota e sempre surpreende como se fosse lido pela primeira vez. Conquista leitores e um lugar definitivo nas bibliotecas. São clássicas as fábulas de La Fontaine e de Esopo, assim como as aventuras da turma do Sítio do Picapau Ama-relo. Os personagens de Monteiro Lobato saltam das páginas para a televisão, ocupam palcos e viram letras de música, permeando o imaginário de gerações sucessivas de brasileiros. Desde 1920, quando lançou A menina do narizinho arre-bitado, o pai da Emília não parou de fazer sucesso.

Dialogando com o desenho ani-mado e a indústria cinematográfica que se firmava, as histórias de Loba-to ganharam vitalidade e permanên-cia. Lidas pelos nossos avós, agora são visitadas por crianças, jovens e adultos que se deliciam com o universo democrático e libertário da república feminista de Dona Benta. Ali, graças ao pó de pirlimpimpim, ingrediente mágico catalisador da fantasia, viajamos à Grécia Antiga ou ao espaço sideral. Na turma he-terogênea e divertida liderada por uma boneca falante, crítica e irônica, alter-ego e porta voz do seu próprio criador, todos aprendem brincando.

Homem de idéias progressistas, sempre à frente do seu tempo, Lo-bato não se contentou em dar vida à literatura infanto-juvenil genui-namente nacional nem implantar a nossa indústria editorial. Idealista e empreendedor, engajou-se em cam-

Co clássico que sabia ler o futuro

Diálogo. Esse livro não foi muito bem recebido nos Estados Unidos. Aliás, é um livro que continua à frente do seu tempo, já que os EUA ainda não elege-ram um presidente negro. Como essa, muitas das idéias de Lobato causavam polêmicas. Como isso se refletia na sua vida, na condição de neta dele?Dona Joyce. Não fui mais perturba-da porque eu não levava o sobrenome do meu avô, eu era conhecida como Joyce Campos. Agora, não sei como, tinham uns professores que desco-briam e me perseguiam para que eu tirasse nota boa em Português, por ser neta de escritor, e tinham outros que me pegavam no pé, com esse negócio de que meu avô era comunista. Isso acontecia também com colegas de faculdade, por volta de 1953. Meu avô tinha umas teorias extremadas. Ele dizia que se todo mundo tivesse a bomba atômica não aconteceria nada, ninguém teria coragem de declarar guerra a ninguém.

Diálogo. Essa imagem que Lobato utilizou com referência à bomba atô-mica no tempo da Guerra Fria [1946 – 1989] poderia muito bem ser feita hoje a partir da crise internacional anunciada pelos EUA por conta de testes de mísseis nucleares feitos pela Coréia do Norte.

Máquina de datilografia que pertenceu a Lobato com duas biografias de referência: “Monteiro Lobato – Vida e Obra”, de Edgard Cavalheiro, Companhia Editora Nacional, 1955 e “Monteiro Lobato – Furacão na Botocúndia”, de Carmen Lucia Azevedo, Marcia Camargos e Vladimir Sacchetta, Editora Senac São Paulo, 1997

Dona Joyce. E ele tinha mania de fazer isso. Numa ocasião, quando eu tinha uns 16 anos, fiquei muito chate-ada com ele. Só depois é que percebi a importância da provocação que ele havia feito para mim. Naquele tempo ninguém ia a baile sozinha. Moça de família só ia a festa acompanhada com pai, mãe, tio. Tinha um baile que eu queria ir muito, mas não tinha nin-guém para me fazer companhia. Meu pai não ia para essas coisas comigo. Eu estava lá, macambúzia, e meu avô me perguntou por que eu estava da-quele jeito, com aquela cara. Eu disse que queria ir ao Baile das Américas e não tinha com quem. Ele perguntou: “Como não tem com quem ir?” Eu falei que precisava de alguém para me acompanhar. No que ele falou: “Ah, então você é maria-vai-com-as-outras?” Pronto, fui ao baile sozinha. Chateada, mas fui. Quando voltei, ele perguntou se eu tinha me divertido e eu disse que sim, com uma cara não muito boa.

Diálogo. Qual a lembrança mais recorrente que a senhora tem dele, aquele tipo de lembrança que chega sem ser chamada, sem avisar?Dona Joyce. É a imagem do meu avô morto. Essa é uma visão que nunca esqueci. Ele tinha um cabelo branco,

Dona Joyce conta que Mon-teiro Lobato não costumava parar na mesa para fazer as refeições e que tinha um paladar meio estranho. Dos seus hábi-tos alimentares, lembra que ele gostava de comer:

>> Laranja, descascando intei-rinha e exibindo a casca em forma de espiral;

>> Os tradicionais biscoitos doces de Jacareí, que, quando se enche a boca e fala, sai um punhado de farinha, numa brincadeira gostosa;

>> Café preto com açúcar;>> Tudo o que era feito com fa-

rinha de milho, broa, bolo de fubá;

>> Biscoitos de polvilho, feitos pela Dona Purezinha;

>> Tijolinho de doce de leite Em-baré;

>> Rebuçado [bala de açúcar queimado] de Campos do Jor-dão, que ele colocava inclusive dentro do leite quente;

>> Rapadura, que ele colocava em pedacinhos no bolso do pijama, que ele não tirava o dia inteiro quando escrevia;

>> Iça [tanajura] torrada com sal;

Dona Joyce conta que, mesmo quando os derivados de trigo ainda não eram comuns no Brasil, a Benedita, uma das “tias Nastácias” que moravam na casa do avô, costumava fazer um bolo muito gostoso, que era cortado em forma de losango, com parte de cor de rosa, feita de groselha, e parte branca, feita de limão.

O que Lobato gostava de comer

955 e “Monteiro Lobato – Furacão na Botocúndia”, de Carmen

zevedo, Marcia Camargos e Vladimir Sacchetta, Editora Senac São Paulo, 1997

Lobato andou sempre 20 ou 30

anos na frente dos nossos problemas

Edgard Cavalheiro — Autor do livro “Monteiro Lobato, Vida e Obra”.

MonteiroLobato so-

nhava transfor-mar o Brasil em uma nação prós-pera cujo povo pudesse desfru-tar os benefícios gerados pelo progresso e de-senvolvimento Carmen Lúcia de

Azevedo, Márcia Camargos e Vladimir Sacchetta — Autores do livro “Monteiro

Lobato, Furacão na Botocúndia”.

prateado, que eu achava maravilhoso. Eu queria ficar pertinho dele o tempo todo e só então pude entender, com aquela movimentação toda, a sua dimensão para as outras pessoas. Eu achava tão injusto pegarem meu avô e levarem para a biblioteca [Biblioteca Municipal Mário de Andrade], quando eu achava que ele era meu. De lá, o corpo foi acompanhado por uma multidão e sepultado no Cemitério da Consolação. O túmulo dele é mui-to visitado, tem sempre flores, velas acesas, cartinhas e promessas. Há uns quatro anos, uma moça prometeu que se passasse no exame da Ordem dos Advogados ela iria ler toda a obra dele. Tomara que tenha lido.

MonteiroLobato so-

nhava transfor-mar o Brasil em uma nação prós-pera cujo povo pudesse desfru-tar os benefícios gerados pelo progresso e de-senvolvimento Carmen Lúcia de Carmen Lúcia de

Azevedo, Márcia Camargos e Vladimir Sacchetta — Autores do livro “Monteiro

Lobato, Furacão na Botocúndia”.

Lobato, Furacão na Botocúndia”.

Monteiro Lobato,

Óleo de Lobato presente-ado pelo amigo Cesário Ber-naldo de Quirós (1879-1968), renomado artista argentino

Por Márcia Camargos (*)

(*) Jornalista e doutora em História Social pela USP, é coordenadora do Centro de Documentação e Memória da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Escreveu, entre outros, Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia (SENAC, 1997), em co-autoria com Vladimir Sacchetta, prêmios Jabuti e Livro do Ano/não ficção de 1998, além de A Semana de 22: entre vaias e aplausos (Boitempo, 2002); A Turma do Sítio na semana de 22 (Globo, 2002); Nas pegadas do saci (Conex, 2005) e Micróbios na cruz (Companhia das Letras, 2005).

panhas por saúde, educação e refor-ma agrária. Disposto a transformar o país numa nação moderna e próspera, apostou na auto-suficiência do petró-leo, afinal conquistada em abril deste ano, concretizando a utopia de um visionário. Também adivinhou o fim da era da roda ao vaticinar que um dia, através das infovias, nos comuni-caríamos sem sair do lugar. Além do fenômeno do planeta interligado pela rede, o escritor inventou o porviros-cópio, uma máquina de enxergar o futuro. Loucura? Sonho? Como Loba-to mesmo disse, todas as conquistas humanas sempre começaram assim, movidas a paixão e ousadia. Quem sabe ainda vamos presenciar o nasci-mento deste incrível aparelho...

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Page 13: O valor das nossas diferenças

Leitura, música, passeios, diversão. Dicas de todo o Brasil.

OLHAQUELEGAL

LIVRO “UMA VIDA COM PROPÓSITOS – VOCÊNÃO ESTÁ AQUI POR ACASO”Indicação de: César Augusto da SilvaFinanceiro — Fortaleza, CE

ServiçoTítulo: Uma vida com propósitos – você não está aqui por acasoAutor: Rick WarrenEditora: VidaPáginas: 294Preço Médio: R$ 20,00Onde encontrar: Nas melhores livrarias.

Sinopse: Usando mais de 1.200 citações bíblicas, Rick Warren oferece sabedoria inspirada na essência do que realmente significa viver.

“Estou sugerindo este livro movido pelas várias opini-ões das pessoas que conheço que já leram e foram mui-to enriquecidas com a leitura. Ainda não tive a oportuni-dade de lê-lo, mas já está na minha lista de prioridades”

LIVRO “VIRANDO A PRÓPRIA MESA”Indicação de: Lisandra Aparecida FariaRH – São José dos Campos, SP

ServiçoTítulo: Virando a própria mesaAutor: Ricardo SemlerEditora: RoccoPáginas: 231Preço Médio: R$ 30,00Onde encontrar: Nas melhores livrarias

Sinopse: Publicado pela primeira vez em 1988, tor-nou-se best seller instantâneo. Este livro oferece novos pontos de vista, propõe reformulações num sistema tra-dicional de administração e provoca uma reflexão sobre a vida profissional a partir da experiência do autor na condução da empresa da sua família - a hoje poderosa e lucratica Semco.

“O livro fala de uma mudança cultural em uma empre-sa, que tinha conceitos muito rígidos e passou a melhorar quando se tornou mais flexível. É muito interessante.”

CDIndicação de: Ricardo ReisControles Industriais — Salvador, BA

ServiçoTítulo: Leila Pinheiro — Nos horizontes do mundoPreço Médio: R$ 28,90Onde encontrar: Nas melhores lojas“Leila Pinheiro, com sua voz inconfundível, nos emociona e extasia com 16 canções maravilhosas.”

REVISTA “REVISTA TERRA”Indicação de: Kátia Haibara PinheiroLogística — Barueri, SP

“Eu adoro leitura. A gente tem essa vida corrida e muitas vezes não dá para ler um livro, acho que as revis-tas são mais dinâmicas. Essa revista me chamou muito a atenção, pois gosto de leitura mais educativa. As maté-rias abordam temas históricos e são muito interessantes. Li há algum tempo uma matéria sobre Galileu Galilei que me chamou muito a atenção”

ServiçoTítulo: Revista TerraPreço: R$ 9,90Editora: PeixesPeriodicidade: MensalOnde encontrar: Bancas e livrarias.

DVDIndicação de: Vanessa MacêdoControladoria — Fortaleza, CE

“O filme trata, de forma de-licada, de uma triste e pobre realidade da África, onde os interesses e diretrizes econô-micos usam pessoas como cobaias para experiências.”

ServiçoTítulo: O Jardineiro FielPreço Médio: R$ 44,90Onde encontrar: Nas melhores lojas

Conheça mais a empresa em que você trabalha

A Central de Atendi-mento atua para dar suporte a diversas áreas, em especial a área de Vendas

arantir suporte às diversas áreas da empresa, em especial ao nosso time de vendas. Esse

é o principal objetivo da Central de Atendimento da J. Macêdo, que con-ta com uma equipe de 13 pessoas e é sediada em Fortaleza.

A Central de Atendimento foi cria-da em 2004, reporta-se à Diretoria Comercial e é coordenada pelo ge-rente de Serviço ao Cliente, Fabrice Rubin. “A estrutura atual começou a ser implantada em 2004. Até então o atendimento era regional, com cen-trais em diversos locais como Niterói, Lapa e Salvador.”

Os serviços da Central de Atendimento

G

são estratégicos para qualquer empre-sa, de maneira a melhorar o relacio-namento com seus clientes, logística, suprimentos, distribuidores e fornece-dores. “Nosso compromisso é atender todas as necessidades com o melhor resultado. A Central é um canal com-pleto e está ligada a todas as áreas da empresa”, diz Fabrice Rubin, que tam-bém coordena outro canal de atendi-mento da empresa, o Serviço de Aten-dimento ao Consumidor (SAC), que é voltado para atender aos consumido-res dos produtos da nossa empresa.

“A Central de Atendimento é fun-damental no dia-a-dia da área de vendas. É uma área de suporte mui-to importante”, afirma Ericka Korus, gerente de Administração de Vendas da J. Macêdo. Segundo Ericka, a Cen-tral é plano de contingência da área de vendas, para a implantação de um dos nossos bens mais preciosos, o pedido de vendas. Ela funciona como uma alterna- tiva importante

para o caso de problemas de auto-mação (utilização de ferramentas da informática para otimização do pro-cesso de venda).

A equipe da Central se divide em três grupos de atendimento: Pedidos, Back Office e Outras Informações. Na parte de Pedidos, as atendentes re-gistram pedidos, consultam saldos e registram alterações, por exemplo. O grupo de Back Office registra devolu-ções de mercadorias e Outras Infor-mações são referentes ao repasse de telefones de assistentes de vendas ou prorrogações de duplicatas.

Clivia Geritza, líder de Atendimen-to da J. Macêdo, diz que a Central também dá suporte aos PCPs – sigla da função que significa Planejamento Controle da Produção. Por exemplo, se a Unidade de Salvador precisa de fa-rinha que está em Barueri, que conta com estoque, o PCP faz a programa-ção do pedido e passa para a Central, que implanta o pedido no sistema.

No mês de maio, a Central realizou um total de 11.367 atendimentos. Para Clívia, as características mais im-portantes que a Central busca aper-feiçoar para realizar um atendimento cada vez melhor são as seguintes: empatia, proatividade, comprome-timento, habilidade, competência, atenção e espírito de equipe.

Canal estratégico de comunicação

CENTRAL DE ATENDIMENTO

Serviço:Central de Atendimento: 0800.7261010Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 7h às 19h, e aos sábados das 7h às 13h

Equipe da Central de Atendimento da J. Macêdo

Os serviços da Central de Atendimento

pedido de vendas. Ela funciona como uma alterna- tiva importante

ção do pedido e passa para a Central, que implanta o pedido no sistema.

No mês de maio, a Central realizou um total de 11.367 atendimentos. Para Clívia, as características mais importantes que a Central busca aperfeiçoar para realizar um atendimento cada vez melhor são as seguintes: empatia, proatividade, comprometimento, habilidade, competência, atenção e espírito de equipe.

Serviço:Central de Atendimento: 0800.Horário de funcionamento: a sexta, das sábados das

Equipe da Central de Atendimento da J. MacêdoAtendimento da J. MacêdoA

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Page 14: O valor das nossas diferenças

25 anos. No dia 10 de maio de 1981, François Miterrand é escolhido o primeiro presidente socialista da Fran-ça. Dez dias depois, o Célio Rodrigues dos Santos foi contratado para J. Ma-cêdo em Maceió.

No dia 2 de junho deste ano, foi criado o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, com uma área de 155 mil hectares de muita beleza. No dia 5 de junho, foi a vez do Antonio Miguel dos Santos, também de Maceió, in-gressar em J. Macêdo.

20 anos. No fim de maio de 1986, teve início, no México, a décima terceira Copa do Mundo, conquistada pela Argentina. Nesse mesmo mês, passaram a integrar o time da empresa o Ivanildo Silva Reis em Fortaleza (2/5), o José Alves da Silva Costa em Maceió (5/5) e o Maurílio Ribeiro de Oliveira em Londrina (20/5).

No dia 14 de junho, morre o escri-tor argentino Jorge Luis Borges, ven-cedor do prêmio Nobel de literatura e um dos maiores escritores de todos os tempos. No início do mês, começam a trabalhar em J. Macêdo o Gerardo Assis da Silva, em Fortaleza (1/6), a Roseane Santos Salomão Seabra, em Fortaleza (2/6), e o Jurandir Alves Leite,

em Londrina (7/6).

15 anos. Brasil e Espanha as-sinam, em 14 de maio de 1991, o Tratado Geral de Cooperação e Amiza-de. Antônio Ribamar Souza Vieira foi contratado em Fortaleza no dia 2/5 e Gelsimio Costa Silva foi admitido em Salvador, em 20/5.

Em 20 de junho de 1991, Ber-lim volta a ser capital da Alemanha unificada. Em diferentes regiões do Brasil são admitidos João Luis de Jesus Queiroz (3/6) e Elinaldo David de Jesus (12/6), ambos em Salvador; Jailton Ferreira de Lima (3/6), em Maceió; Sil-vana Aparecida Gomes (12/6) e Lineu Santiago Santana (17/6) em São Paulo e Raimundo Lobo de Oliveira (17/6)

em Fortaleza.

10 anos. Em 29 de maio de 1996, o candidato direitista

Benjamin Netanyahu é eleito primeiro-ministro de Israel. Nesse mês, ingressam em J. Macêdo: Adriana Zu-careli Teodoro (1/5) e Donizetti Batista da Cruz (6/5) em São José dos Cam-pos; Sérgio Luiz Brenner da Luz (2/5) e José Maurício Cândido da Silva (15/5) em Fortaleza; e Wanderlei Favila (2/5) e Francisco Carvalho de Souza (7/5) em São Paulo.

No dia 15 de junho de 1996, morre a cantora de jazz norte-americana Ella Fitzgerald, conhecida como a “primei-ra-dama da canção”. Neste mês entra-ram na empresa João Carlos da Silva Cabral (1/6), Valmir Stenio Mendes

Máquinado tempo

Veja quem faz aniversário de tempo de empresa em maio e junho — e o que acontecia no Brasil e no mundo quando eles foram contratados

(3/6), Enivaldo Souza de Oliveira (5/6), Roziane Gomes da Silva (11/6), todos em Fortaleza. No dia 3/6 foram admi-tidos Ataildes Neves da Silva e Nelson Bensivengo em São Paulo e, por fim, no dia 17/6 foram contratados Lindi-nalva Silva Souza, em Salvador, e Elecy Rafael da Silva e Atevaldo Cardoso Gomes, ambos em Simões Filho.

5 anos. Em maio de 2001, os senadores José Roberto Arruda (sem partido-DF) e Antônio Carlos Maga-lhães (PFL-BA) renunciaram ao manda-to para não perder direitos políticos. Eles foram submetidos ao Conselho de Ética, acusados de terem violado o painel na votação da cassação do ex-senador Luiz Estevão. Aqui em J. Macêdo foram feitas 8 contratações: Paulo Sérgio Gomes da Silva (2/5) e José Valter Freitas da Cruz (3/5) em Salvador; Enok Soares Santos (2/5) em Simões Filho; Rogério Nogueira (7/5) e Carolina de Barros (24/5) em Barueri, Jumar da Silva Pedreira (8/5) em Forta-leza, Raimundo Francisco Filho (10/5) em Fortaleza e Djalde Gomes de Souza (14/5) em Cabedelo.

No dia 10 de junho de 2001, o tenista Gustavo Kuerten conquistou o tricampeonato ao vencer o torneio de Roland Garros. No dia 30, a seleção masculina de vôlei do Brasil venceu a Liga Mundial pela segunda vez. O Brasil derrotou a Itália num jogo dispu-tado em Katowice, na Polônia. Neste mês, o time J.Macêdo agregou mais 3 integrantes: Welington Silva Boragina (1/6), em Jaguaré, Adaliton Oliveira dos Santos (5/6), em Salvador e Luiz Vidal Santos (9/6), em Fortaleza.

TUDOAZULAs nossas datas especiais, aniversários, casamentos e conquistas

Momentos especiais na vida da gente

1º Lugar — BolicheSilvia Helena de Campos OrsiCoordenadora da Garantia da Qualidade

1986, teve início, no México, a décima terceira Copa do Mundo, conquistada pela Argentina. Nesse mesmo

Ferreira de Lima (3/6), em Maceió; Silvana Aparecida Gomes (12/6) e Lineu Santiago Santana (17/6) em São Paulo e Raimundo Lobo de Oliveira (17/6)

em Fortaleza.

Benjamin Netanyahu é eleito primeiro-ministro de Israel. Nesse mês, ingressam em J. Macêdo: Adriana Zucareli Teodoro (1/5) e Donizetti Batista da Cruz (6/5) em São José dos Cam

Robson e RegianeQuem casou dia 6 de maio foi o Rob-son Geremias Rossete Rosa, assistente fiscal que trabalha na Unidade de Londrina desde setembro de 2000. Em clima de muita alegria e beleza, Robson e Regiane se emocionaram

com esse momento especial e foram alvo de muitos elogios por parte dos convidados.

O clima interno na unidade que já era bom ficou melhor ainda, uma vez que este evento esti-

mula a interação e integração entre as pessoas em caráter interdepartamental. Esperamos que a J. Macêdo continue apoiando e incentivando este tipo de evento esportivo

Luiz Carlos de Carvalho Técnico de Segurança do Trabalho – Idade: 47 anos (Atleta e Orientador técnico)

1º Lugar — Vôlei de Quadra Vice campeão — Futsal

1º LUGAR — Vôlei de AreiaPaulo Eduardo Venâncio — Aux. de

Laboratório / Jean Fabricio Santos de Almeida — Operador de Produção

1º Lugar — Vôlei de Quadra

1º Lugar — BolicheSilvia Helena de Campos OrsiCoordenadora da Garantia da Qualidade

Vice campeão — Futsal

O clima interno na unidade que

reia

O clima interno na unidade que já era bom ficou melhor ainda, uma vez que este evento esti-

mula a interação e integração entre as pessoas em caráter interdepartamental. Esperamos que a J. Macêdo continue apoiando e incentivando este tipo

Luiz Carlos de Carvalho

Itapetininga nos JOISO nosso pessoal de Itapetininga tem conseguido ótimos resultados na 59ª edição dos JOIS - Jogos Industriários do SESI, que começaram em abril e vai durar até agosto. Cerca de 40% do quadro efetivo de Itapetininga está participando das competições. Alguns de nossos destaques até agora: a dupla Jean Fabrício e Paulo Venâncio, que ganharam o 1º lugar em Vôlei de Areia; Robson Barbosa, 1º lugar em Salto em Distância e também em 200 metros rasos. Jean Fabrício, Robson Barbosa, Everton Giovani e Tiago de Jesus conquistaram o 2º Lugar no Reveza-mento 4 x 100 com bastão e o 3º Lugar no Futebol de Campo. Parabéns a todos os atletas e equipes de apoio!

integrantes: Welington Silva Boragina (1/6), em Jaguaré, Adaliton Oliveira dos Santos (5/6), em Salvador e Luiz Vidal Santos (9/6),

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com esse momento especial e foram alvo de muitos elogios por parte dos convidados.

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Gente NovaEssa fofura envolta de muito ca-rinho por seus pais é o Gabriel Cardoso Lima. Ele nasceu no dia 24 de maio e é filho do Reginaldo

Cardoso da Silva, que trabalha como Assistente de Vendas

na Regional São Paulo Inte-rior e da Sandra Emília. À família, muitas felicidades com a chegada desse novo integrante.

Page 15: O valor das nossas diferenças

MENINOS&MENINASInformação e diversão para os pequenos

ocê já brincou de palavras cruza-das? Esse é um jogo que mistura

diversão com conhecimento e é mui-to popular no mundo inteiro. Esse passa-tempo é muito antigo, sendo criado na época do antigo Egito (1350 a.C.).

As palavras cruzadas não foram apro-veitadas só como brincadeira não. Em época de guerra, elas já foram usadas até para passar mensagens secretas! Durante a Segunda Guerra Mundial, as forças ar-madas britânicas contrataram especialistas em palavras cruzadas para tentar decifrar códigos secretos usados pelos alemães.

A primeira publicação desse jogo acon-teceu em um jornal da Inglaterra, em 1913. De lá para cá, o número de fãs só aumentou. O entusiasmo é tão grande que tem até campeonato mundial desse passa-tempo, que pode ser encontrado em vários níveis de dificuldade.

Agora que você sabe um pouco da história das palavras cruzadas, aprovei-

te para se divertir e testar seu co-nhecimento nos jogos que seguem!

V

Brincadeira e conhecimentoTodo mundo gosta de brincar, não é? Quando a gente se diverte e também aprende, melhor ainda.

©C

OQ

UETEL 2

006

Solução Caça-Palavra

Solução Palavras Cruzadas

Solução Descubra

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