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O USO DOS SOFTWARES DE WEB SIGS (SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA) PARA APLICAÇÃO NA CARTOGRAFIA ESCOLAR DO ENSINO FUNDAMENTAL ZONTA, Ana Carolina – UTP 1 [email protected] Eixo Temático: Didática: Teorias, Metodologias e Práticas Agencia Financiadora: não contou com financiamento Resumo O uso de metodologias que auxiliem no ensino e no aprendizado do aluno, é um desafio para o professor em sala de aula. É preciso que os profissionais da educação estejam abertos para os novos conceitos e as novas formas de ensinar. Os web SIGs aparecem como ferramenta para o professor de Geografia no ensino da cartografia escolar, a qual é exigido nos PCNs e nos livros didáticos. Trata-se de uma ferramenta de fácil aplicação, sendo necessário somente laboratório de informática. Essas tecnologias hoje estão acessíveis, não sendo necessário downloads dos programas acessando diretamente da internet. Com essa nova prática, é possível despertar o interesse dos alunos para a disciplina, incentivando a criação e desenvolvimento de produtos cartográficos e facilitando ao professor, em sala de aula, aliar teoria e prática. Trata-se de uma temática relevante em metodologia de ensino, sendo possível verificar aplicabilidade dos softwares como agente estimulador do ensino/aprendizagem da cartografia escolar. Palavras-chave: cartografia escolar, web SIGs, ferramenta de ensino. Introdução No contexto atual é preciso que os profissionais da educação estejam abertos para os novos conceitos e as novas formas de ensinar. Buscando a orientação tecnológica para não ficar à deriva no mar dos cibernéticos e atentos para não cair no abismo da alienação, desprezando elementos fundamentais, como os aspectos filosóficos, políticos e 1 Trabalho orientado pela professora Mônika Christina Portella da Universidade Tuiuti do Paraná

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O USO DOS SOFTWARES DE WEB SIGS (SISTEMA DE

INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA) PARA APLICAÇÃO NA

CARTOGRAFIA ESCOLAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

ZONTA, Ana Carolina – UTP1 [email protected]

Eixo Temático: Didática: Teorias, Metodologias e Práticas Agencia Financiadora: não contou com financiamento

Resumo

O uso de metodologias que auxiliem no ensino e no aprendizado do aluno, é um desafio para o professor em sala de aula. É preciso que os profissionais da educação estejam abertos para os novos conceitos e as novas formas de ensinar. Os web SIGs aparecem como ferramenta para o professor de Geografia no ensino da cartografia escolar, a qual é exigido nos PCNs e nos livros didáticos. Trata-se de uma ferramenta de fácil aplicação, sendo necessário somente laboratório de informática. Essas tecnologias hoje estão acessíveis, não sendo necessário downloads dos programas acessando diretamente da internet. Com essa nova prática, é possível despertar o interesse dos alunos para a disciplina, incentivando a criação e desenvolvimento de produtos cartográficos e facilitando ao professor, em sala de aula, aliar teoria e prática. Trata-se de uma temática relevante em metodologia de ensino, sendo possível verificar aplicabilidade dos softwares como agente estimulador do ensino/aprendizagem da cartografia escolar.

Palavras-chave: cartografia escolar, web SIGs, ferramenta de ensino.

Introdução

No contexto atual é preciso que os profissionais da educação estejam abertos para os

novos conceitos e as novas formas de ensinar. Buscando a orientação tecnológica para não

ficar à deriva no mar dos cibernéticos e atentos para não cair no abismo da alienação,

desprezando elementos fundamentais, como os aspectos filosóficos, políticos e

1 Trabalho orientado pela professora Mônika Christina Portella da Universidade Tuiuti do Paraná

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epistemológicos da educação. Acompanhando os alunos na era tecnológica, despertando para

a possibilidade de ampliação do interesse dos alunos pela disciplina de geografia.

Desenvolvimento

Cartografia Escolar

A representação do espaço geográfico pode se dar através do uso de cartas, plantas,

croquis, mapas, globos, fotografias, imagens de satélites, gráficos, perfis topográficos,

maquetes, textos e outros meios que utilizam a linguagem cartográfica. A função dessa

linguagem é a comunicação de informações sobre o espaço, daí a necessidade de haver uma

situação comunicativa (exposição e divulgação dos trabalhos) para que a atividade seja

significativa e ocorra aprendizagem e avaliação do processo, além de contribuir para que mais

pessoas tenham acesso ao conhecimento.

Conhecer a cartografia, conteúdo essencial para a compreensão das relações entre

espaço e tempo, permite ao aluno entender às necessidades que aparecerão no seu cotidiano

(qual melhor caminho para chegar a um lugar? E como conseguir localizar um amigo que vive

em outra região?) e também para melhor estudar o ambiente em que vive. Sendo assim, a

representação do espaço precisa ser dominada até o fim do Ensino Fundamental, que abrange

do 6° ao 9° ano. Interpretar e produzir mapas são habilidades que se formam gradualmente.

Por, isso, é preciso desenvolver atividades com esse objetivo desde cedo. Por meio da

alfabetização cartográfica, a turma entende conceitos básicos para conseguir interpretar e

produzir representações com proficiência crescente. A alfabetização cartográfica é o objetivo

básico das séries iniciais e ela propõe atividades que desenvolvam as seguintes noções:

pontos, linhas, áreas, lateralidade, orientação, localização, referências, noção de espaço e

tempo, sendo incluído no planejamento, o ensino de título, escala, projeção, orientação e

legenda.

Para PASSINI (1994), “A educação cartográfica ou alfabetização para a leitura de

mapas deve ser considerada tão importante quanto a alfabetização para a leitura da escrita.

Essa educação cartográfica significa preparar o aluno para fazer e ler mapas.” Para a autora

(PASSINI, 1994), o processo de leitura cartográfica nada mais é do que a compreensão da

linguagem cartográfica, decodificando os significantes através da legenda, utilizando cálculos

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para a reversão da escala, chegando às medidas reais do espaço projetado e à informação do

espaço representado, através da sua visualização.

A decodificação, ou seja, a leitura do mapa é o principal processo da alfabetização

cartográfica. Preparar o aluno para ler mapas, deve incluir em sua ação, a noção de como

elaborar mapas. Além disso, o objeto a ser mapeado deve ser o espaço conhecido do aluno,

cujos elementos lhe são familiares. Assim, no processo de alfabetização, o aluno deve ser

treinado e estimulado a codificar, através de significados atribuídos às coisas da sua vivência

e da sua imaginação. As ações envolvidas nos processos de codificação e decodificação de

mapas devem ser propostas de forma a respeitar o desenvolvimento cognitivo da criança, os

estágios e evolução da sua percepção espacial (SILVA, 2004).

Para ANDRÉ (1990)

“O que ocorre, via de regra, é que o professor não está preparado para

desempenhar esse papel na sala de aula, devido à formação deficitária que recebeu,

que nem lhe propiciou o acesso aos conhecimentos necessários ao domínio do

componente curricular que leciona, nem lhe deu oportunidade de desenvolver sua

condição de sujeito produtor desses conhecimentos e responsável por seu avanço”.

Constata-se, assim, que o chamado analfabetismo cartográfico é resultado de um

ciclo que se inicia a partir da atuação do professor de geografia na escola, desde as séries

iniciais do Ensino Fundamental.

No fluxograma, abaixo (quadro 1) observa-se a hierarquia das associações do ensino

da cartografia e suas áreas de abrangência, iniciando-se pela elaboração do ensino da

cartografia escolar.

Quadro 1 – FLUXOGRAMA HIERARQUIA DO ENSINO DA CARTOGRAFIA ESCOLAR

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Fonte: Livro Cartografia Escolar

A análise da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB e dos Parâmetros

Curriculares Nacionais - PCN, indica a importância do despertar do entendimento espacial do

aluno. O PCN do ensino fundamental salienta ainda que a Geografia, por uma imposição de

método, trabalha com uma pluralidade de espaços e lugares com recortes muito variados,

alguns mais próximos, outros mais distantes do observador. Inclusive com níveis de interesses

diferentes no aprofundamento dos elementos caracterizadores desses espaços. Tudo isso

coloca para o geógrafo e para o professor de Geografia, a necessidade da existência de

recursos técnicos e didáticos que permitam, em seus estudos e pesquisas, a aproximação com

seu objeto de estudo.

A cartografia torna-se, então recurso fundamental para o ensino e a pesquisa. Ela

possibilita uma aproximação com as representações dos diferentes recortes desses espaços na

escala que interessa para o ensino e pesquisa. Para a Geografia, além das informações e

análises que se podem obter por meio dos textos em que se usa a linguagem verbal, escrita ou

oral, torna-se necessário, também, que essas informações se apresentem espacializadas com

localizações e extensões precisas e que possam ser feitas por meio da linguagem

gráfica/cartográfica. É fundamental, sob o prisma metodológico, que se estabeleçam as

relações entre os fenômenos, sejam eles naturais ou sociais, com suas espacialidades

definidas.

O aprendizado por meio de diferentes formas de representações e escalas

cartográficas deverá estar contemplado nesse momento em que o aluno se inicia nos estudos

geográficos. A cartografia pode oferecer uma variedade enorme de representações para o

estudo dos lugares e do mundo; fenômenos naturais e sociais poderiam ser estudados de

forma analítica e sintética. É interessante ensinar aos alunos a realizar estudos analíticos de

fenômenos em separado mediante os mapas temáticos, tais como: clima, vegetação, solo,

cultivos e agrícolas, densidades demográficas, indústrias etc.

Ensino da cartografia no livro didático

O ensino da cartografia, com base nos livros didáticos, aponta para relevância de

aliar a teoria com a prática em softwares de cartografia, estudos de mapa e aulas de campo,

visando incentivar e despertar o interesse dos alunos pela aprendizagem da Geografia. No

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livro Geografia: O mundo em transformação, de José William Vesentini 2011, o estudo da

cartografia inicia-se no capítulo 3 com uma introdução sobre mapas e sua importância. A

partir daí, o autor aborda:

• elementos de um mapa como título, símbolos, escala, indicadores de direção, linhas,

coordenadas geográficas;

• histórico dos mapas;

• como se faz um mapa;

• principais tipos de mapas.

No capítulo seguinte (4), estuda-se as projeções cartográficas existentes na

elaboração de mapas:

• projeção de Mercator;

• projeção de Gall-Peters;

• projeção plana e polares;

• projeção de Robinson;

• projeção descontínua;

• qual a melhor projeção

No capítulo 5, aborda-se como interpretar um mapa, o que são mapas temáticos,

físicos ou hipsométricos, como se analisa um mapa de população e correlaciona o relevo e a

latitude com o povoamento. Levantam-se algumas ainda, polêmicas existentes sobre os

mapas. No próximo capítulo (6), aborda-se a temática de localização absoluta e relativa, a

importância de seu entendimento e a utilização do GPS para a localização.

Ao final de cada capítulo, há exercícios que segundo abordagens de Straforini

(2004), correspondem ao método analítico que parte do entendimento fracionado para a

compreensão do todo. Ou seja, os exercícios partem da analise do que está no livro a partir

das experiências do cotidiano. Ao final da unidade sobre cartografia escolar, o autor sugere

livros, vídeos e sites para consultas e complementação do aprendizado.

Uma das formas de se conseguir chegar ao objetivo proposto no ensino da cartografia

do ensino fundamental é a utilização de tecnologias disponíveis gratuitamente como

ferramenta de ensino-aprendizado, trazendo novidades para sala de aula, despertando o

interesse em aprender, ajudando na compreensão e na intervenção da realidade social; na

compreensão de como diferentes sociedades interagem com a natureza na construção de seu

espaço das singularidades do lugar em que vivem; o que o diferencia e o aproxima de outros

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lugares, também podem conhecer as múltiplas relações de um lugar com outros lugares;

distantes no tempo e no espaço e perceber as relações do passado com o presente.

O Geprocessamento se torna, então essencial, permitindo ao aluno fazer análises,

correlações e sínteses contando com a praticidade e rapidez que o sistema disponibiliza na

manipulação de grande quantidade de informação. Coloca alunos e professores em constante

contato e manipulação de arquivos, bases de dados, multimídia e integração de outros tipos de

tecnologias tais como o sensoriamento remoto. Proporciona, também participação no processo

de aquisição de dados, armazenamento, análise e representação da informação, dados que

constituem uma ferramenta de aprendizagem para descoberta e experiência pessoal e

contribuem para o desenvolvimento de um raciocínio analítico, sintético e lógico-matemático,

na medida em que o usuário procura novas possibilidades de resposta, analisando e

sintetizando informação de acordo com os problemas apresentados.

Ao se utilizar o Geoprocessamento como ferramenta no ensino de geografia,

trabalha-se totalmente de acordo com os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) que

dizem “A Geografia trabalha com imagens, recorre a diferentes linguagens na busca de

informações e como forma de expressar suas interpretações, hipóteses e conceitos. Pede uma

cartografia conceitual, apoiada em fusão de múltiplos tempos e em linguagem específica, que

faça da localização e da espacialização uma referência da leitura das paisagens e seus

movimentos”.(PCN’s, 1999) . Segundo o PCN do ensino fundamental, o ensino da Geografia

tem como objetivo tornar o aluno capaz de saber utilizar diferentes fontes de informação e

recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos.

Web SIGs na sala de aula

Uma das tecnologias que auxiliam no alcance do objetivo proposto no ensino da

cartografia de forma fácil aos professores, é a utilização dos softwares de Web SIGs nos

laboratórios de informática existentes nas escolas, proporcionando uma aula diversificada e

dinâmica.

Um SIG para ambiente web é definido como um SIG de 3ª Geração2, caracterizado

como um banco de dados geográfico compartilhado por um conjunto de instituições, acessível

remotamente, por meio da internet, não sendo necessário fazer downloads do software, e é

2 Esta classificação deriva dos períodos evolutivos dos softwares, conforme tecnologia da informação.

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capaz de armazenar, além dos dados geoespaciais, as descrições acerca dos dados

(metadados) e documentos multimídia associados (texto, fotos, áudio e vídeo).

Como exemplo de Web SIGs pode citar o IBGE – PAÍSES@

(http://www.ibge.gov.br/paisesat/); um site desenvolvido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística), dedicado a agregar dados do mundo inteiro, referentes à população,

língua, moeda, PIB, bandeira e território. Ainda é possível consultar dados mais avançados,

como quantidade de redes telefônicas por cem habitantes, índice de desenvolvimento humano

e até mesmo taxas de matrícula nas redes de ensino.

O mapa é completamente interativo. Você entra no site, seleciona o idioma e uma

janela pop-up (é importante desabilitar o bloqueio de pop-ups para que o site funcione) abrirá;

então, um mapa-múndi será exibido e você estará livre para clicar nos países e ler sobre eles

(conforme figura 1).

O professor pode abordar temas da área da geografia humana e demonstrar, para

melhor compreensão do aluno, suas informações no mapa do software indicando as áreas

estudadas em sala.

Figura 1 – INTERFACE DO SOFTWARE IBGE PAÍSES@

Fonte: IBGE.gov.br/paisesat

Outro software possível de se utilizar em sala é o Imazongeo

(http://www.imazongeo.org.br/imazongeo.php), no qual há uma base de dados da Amazônia

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que é mostra ao usuário as áreas recentes de desmatamentos detectadas pelo SAD (Sistema de

Alerta do Desmatamento). Tais áreas estarão marcadas no mapa como indicativo do período

de detecção do desmatamento, além da área e da localização de cada polígono. Será possível

também, observar no mapa o ranking de desmatamento por estados, municípios,

assentamentos, terras indígenas, unidades de conservação estaduais e federais. Os relatórios

em pop-ups, trazem essas informações prontas para serem guardadas no computador em

formato pdf e posteriormente trabalhadas em sala de aula.

Além da mudança na estrutura do ImanzonGeo, uma nova camada de análises foi

incorporada: Infrações Ambientais em Áreas Protegidas. Nela, o usuário tem acesso a dados

coletados diretamente do Ibama sobre a localização, caracterização e situação de casos de

infrações ambientais nessas áreas. Além disso, o Imazongeo possibilita diferentes tipos de

análises a partir dessas informações, como por exemplo o ranking de Estados por valor de

multas ambientais em áreas protegidas; ranking de Unidades de Conservação Federal por

quantidade de processos administrativos de infrações ambientais e outras opções de acordo

com o interesse do usuário.

O Imazongeo é integrado com diversos tipos de mapas do Google, acompanhando a

tendência mundial. Além disso, sua tecnologia permite adição de novas camadas, sem que

haja necessidade de uma nova recarga total do site. A figura 2 mostra a interface do software.

Figura 2 – INTERFACE SOFTWARE IMAZONGEO

Fonte: Imazongeo.org.br

Como software mais completo de aplicação da cartografia escolar em sala de aula e

de fácil manuseio, cita-se o I3geo (Interface Integrada para Internet de Ferramentas de

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Geoprocessamento). É um software livre, brasileiro, disponibilizado pelo governo federal,

baseado em um conjunto de outros programas de licença semelhante, É utilizado para o

desenvolvimento de aplicações WebMapping (mapas online), fornece um excelente conjunto

de ferramentas de navegação, geração de análises e compartilhamento de mapas através de

uma interface bastante amigável, sendo possível a impressão para trabalhar em sala de aula,

desenvolvendo mapas temáticos, com escala, legenda e projeção. A figura 3 mostra a

interface o software.

Figura 3 – INTERFACE SOFTWARE I3GEO

Fonte: mapas.mma.gov.br

Conforme citado no PCN, a cartografia escolar é necessária para que o aluno

compreenda a relação espaço e tempo e saiba, a partir de então, interpretar um mapa e

atributos contidos nele. Com o I3geo é possível atingir esses objetivos através de suas

ferramentas de escala, projeção, legendas, títulos, localização. No programa, há banco de

dados do MMA (Ministério do Meio Ambiente) em que é possível montar mapas temáticos de

biomas brasileiros, aves, mamíferos, clima, hidrografia, geologia e muitos outros, sendo

possível ao professor, aliar a prática com a teoria, e o aluno elabora seu mapa e faz a

impressão como produto final do aprendizado.

Considerações finais

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Verifica-se que a atualização dos professores frente à nova era tecnológica em que os

alunos estão inseridos é de extrema importância ao planejamento da aula no contexto atual.

Na cartografia escolar, exigi-se essa atualização sendo um conteúdo importante no currículo

escolar, se o uso de tecnologias de web SIGs. O software i3geo mostrou-se adequado para

esse fim, sobretudo pela facilidade de manuseio e pelas ferramentas permitem trabalhar todos

os eixos temáticos propostos nos PCNs e no livro didático.

REFERÊNCIAS

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ANDRÉ, M.E.D.A . A avaliação da escola e a avaliação na escola. Cadernos de pesquisa, nº 74, 1990.

JULIÃO, R. P., 1999. Geografia, Informação e Sociedade .GEOINOVA- Revista de Geografia e Planejamento Regional, nº0, :pp.95-108

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : geografia /Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/

SEF, 1998. 156 p.

PASSINI, EY. Alfabetização cartográfica e o livro didático: uma análise crítica . Belo Horizonte : Ed. Lê , 1994.

SILVA, P.R.F.A. Educação Cartográfica na formação do professor de geografia em Pernambuco. Dissertação (mestrado). Universidade Federal de Pernambuco. Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação. Recife, 2004. 78p.

STRAFORINI, R. Ensinar geografia: o desafio da totalidade-mundo nas séries iniciais. São Paulo: Annablume, 2004

VESENTINI, J. Willian. Geografia o mundo em transição. Geografia Geral: Conceitos Principais. São Paulo; Editora Ática, 2011.

Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército CIGEX, http://www.cigex.eb.mil.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22&Itemid=56

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, http://www.ibge.gov.br/paisesat/ Imazongeo, Geoinformação sobre a Amazônia http://www.imazon.org.br/publicacoes/veja-tambem/imazon-lanca-a-imazongeo-2-0-beta

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Ministério do Meio Ambiente, Portal do Software Público http://mapas.mma.gov.br/i3geo/aplicmap/openlayers.htm?1961b83e6ca63a32e51ef5da18734f80