o uso de sistema de informaÇÃo geogrÁfica na gestÃo …

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RENATA DE MELLO TAMBANI O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO DE UM CAMPUS: ESTUDO DE CASO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Londrina 2017

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RENATA DE MELLO TAMBANI

O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA

GESTÃO DE UM CAMPUS: ESTUDO DE CASO -

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Londrina 2017

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RENATA DE MELLO TAMBANI

O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA

GESTÃO DE UM CAMPUS: ESTUDO DE CASO -

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Geografia. Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Pereira Coelho Neto

Londrina 2017

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RENATA DE MELLO TAMBANI

O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA

GESTÃO DE UM CAMPUS: ESTUDO DE CASO -

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Geografia.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Pereira Coelho

Neto Universidade Estadual de Londrina - UEL

____________________________________ Prof. Dr. Rigoberto Lázaro Prieto Cainzós Universidade Estadual de Londrina - UEL

____________________________________ Prof. Dr. Karen Camargo

Universidade Estadual de Londrina - UEL

Londrina, _____de ___________de _____.

Page 4: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

AGRADECIMENTOS

Agradeço à minha família, que sempre me apoiou e valorizou minha

educação...

Ao Marco, pela paciência e companheirismo...

Aos meus amigos de faculdade e de fora dela, que sempre me

impusionaram e deram forças para continuar o curso, mesmo nos momentos mais

difíceis e exaustivos...

Aos meus amigos do Ciência sem Fronteiras, que me mostraram

que o conhecimento não vem só de dentro da universidade, mas também da

vivência com diferentes pessoas e culturas...

Ao meu orientador do TCC, Osvaldo Pereira Coelho Neto, não só

pela constante orientação neste trabalho, mas sobretudo pela sua amizade ...

Ao meu supervisor de estágio, Gilson Jacob Bergoc, pelo

conhecimento adquirido no último ano.

Page 5: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

EPIGRAFE

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TAMBANI, Renata de Mello. O uso de Sistema de Informação Geográfica na gestão de um campus: estudo de caso – Universidade Estadual de Londrina. 2017. 49p.. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Geografia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2017.

RESUMO

A utilização dos Sistemas de Informação Geográfica na administração dos campi tem sido cada vez mais comum devido à grande extensão territorial e ao fluxo crescente de pessoas e serviços dentro de um campus. O SIG permite planejar, analisar e gerir bens imóveis, infra-estruturas, transportes, logística, atendendo interesses da reitoria, dos órgãos internos e da comunidade acadêmica. Neste trabalho foram realizados a vetorização e o georreferenciamento do campus da Universidade Estadual de Londrina a partir de arquivos dwg e visitas in loco, criando shapefiles a fim de desenvolver um banco de dados georreferenciado com um código específico para cada espaço, além de informações como uso dos espaços, área em m², localização, entre outros. A criação dos shapefiles e a ligação com o banco de dados gerou um SIG voltado principalmente para a administração do campus, que será compatibilizado com o banco de dados já existente da UEL, além das disponibilização das informações geradas através de aplicativos online e via smartphone. Palavras-chave: Sistema de Informação Geográfica. SIG. Campus. Gestão Administrativa.

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TAMBANI, Renata de Mello. The Geographic Information System use in the campus management: case study – Londrina State University. 2017. 49p. Completion of Course Work (Bachelor Degree in Geography) – Londrina State University, 2017..

ABSTRACT

The Geographic Information Systems use in the campi administration has been increasingly common due to great territorial extension and by the growing flux of people and services inside the campus. The GIS allows to plan, analyze and manage assets and properties, infrastructures, transports, logistics, attending the rectory, intern organs and academic community’ interests. In this study were made vectorization and georeferencing for the Londrina State University campus from dwg files and in loco visits, creating shapefiles in order to develop a georeferenced data bank with a specific code for each space, besides information such as the use of spaces, area in m^2, localization, among others. The creation of shapefiles and the link with the data bank created um GIS focused mainly for the campus administration, which will be compatibilized with the current data bank used in UEL, in addition to the availability of the information generated by online apps and via smartphone. Key words: Geographic Information System. GIS. Campus. Administrative Management.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Atividades que compõe o Geoprocessamento ....................................... 00

Figura 2 – Exemplo de camadas (layers) sobrepostas ............................................ 00

Figura 3 – Estruturas em formato vetorial e matricial (raster) .................................. 00

Figura 4 – Consolidação da base SIG do Campus da UFRJ ................................. 00

Figura 5 – Cadastro de um edifício no Atlas - USP ................................................. 00

Figura 6 – Imagem do satélite Quickbird, maio de 2006 ......................................... 00

Figura 7 – Zoneamento da Universidade Estadual de Londrina segundo Plano

Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial de 2010-2015 ................................... 00

Figura 8 – Zona B, Tipo 1, Bloco 22, 1º pavimento e espaços e usos internos....... 00

Figura 9 – Visualização através do ArcGIS online ................................................... 00

Figura 10 – Pavimento térreo da Universidade Estadual de Londrina ..................... 00

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Exemplos de estruturas de dados vetoriais ........................................... 00

Tabela 2 – Áreas dos Centros de Estudo ................................................................ 00

Page 10: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Estrutura Administrativa e organização interna da UEL ....................... 00

Quadro 2 – Código de zoneamento ......................................................................... 00

Quadro 3 – Tipos de estrutura construtiva............................................................... 00

Quadro 4 – Códigos de pavimento .......................................................................... 00

Quadro 5 – Lista de códigos de uso dos espaços internos e externos .................... 00

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ArcGIS Software de Geoprocessamento da ESRI

ATI Assessoria de Tecnologia de Informação

CAD Computer Aided Design (em português, Desenho Assistido por

Computador)

DPDF Diretoria de Planejamento e Desenvolvimento Físico

PCU Prefeitura do Campus Universitário

PDI Plano de Desenvolvimento Institucional

PROGRAD Pró-Reitoria de Graduação

PROPLAN Pró-Reitoria de Planejamento

SAD 69 South American Datum (em português, Datum Sul Americano)

SIG Sistema de Informação Geográfica

SIRGAS Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas

SGBD Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados

UEL Universidade Estadual de Londrina

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

USP Universidade de São Paulo

WGS 84 World Geodetic System (em português, Sistema Geodético Mundial)

Page 12: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

LISTA DE MAPAS

Mapa 1 – Localização da Universidade Estadual de Londrina, dividido por

zonas..........................................................................................................................00

Mapa 2 – Bloco A do Centro de Tecnologia e Urbanismo, pavimento térreo – Uso

das salas....................................................................................................................00

Mapa 3 – Salas ocupadas e desocupadas do Bloco A do CTU, pavimento térreo, às

quarta-feiras do 1º semestre de 2016, das 08h20min às 09h10min..........................00

Page 13: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..........................................................................................

2 GEOTECNOLOGIAS: BASES TEÓRICAS..............................................

2.1 GEOPROCESSAMENTO .................................................................................

2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA.......................................................

2.2.1 Estruturas de Representação de Dados Espaciais....................................

2.3 O USO DE GEOPROCESSAMENTO NA GESTÃO ADMINISTRATIVA.......................

2.3.1 Planejamento e Gestão Utilizando Sistemas de Informação

Geográfica.................................................................................................

2.3.2 O Caso da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ....................

2.3.3 O Caso da Universidade de São Paulo – USP..........................................

3 A UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA......................................

3.1 HISTÓRICO...................................................................................................

3.2 PLANEJAMENTO E GESTÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA...........

4 MATERIAIS E METODOLOGIA...............................................................

4.1 MATERIAIS..................................................................................................

4.2 METODOLOGIA............................................................................................

4.2.1 O Uso do Software ArcGIS...................................................................

4.2.2 Banco de Dados..................................................................................

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................

REFERÊNCIAS.........................................................................................

Page 14: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

12

INTRODUÇÃO

O uso das geotecnologias vem passando por um grande avanço nas

últimas décadas, quando o uso dos computadores passou a substituir dados e

mapas que antes estavam disponíveis apenas em papel. Nesse contexto surgiu o

Geoprocessamento, capaz de trabalhar com diversas atividades envolvendo o

processamento digital de imagens, dados espaciais e tabulares, possibilitando

análises precisas e em tempo real através do uso de softwares cada vez mais

avançados.

O trabalho foi desenvolvido durante período de estágio não obrigatório na

Diretoria de Planejamento e Desenvolvimento Físico da Pró-Reitoria de

Planejamento da Universidade Estadual de Londrina, sob supervisão do Profº Dr.

Gilson Jacob Bergoc, do Centro de Tecnologia e Urbanismo, entre os meses de

agosto de 2015 e dezembro de 2016.

O objetivo do trabalho, realizado em período de estágio, foi a criação de

um sistema que possa gerir a Universidade Estadual de Londrina em ambiente

computacional, utilizando-se para isso plantas em papel, arquivos em CAD, dados

patrimoniais, ortofotos georreferenciadas, planos diretores, entre outros dados que

possibilitem a sobreposição de dados espaciais e tabulares através de um Sistema

de Informação Geográfica próprio da Universidade Estadual de Londrina, o SIGUEL.

Através do SIGUEL será possível criar ou importar mapas, selecionar e

manipular dados para geração de novos mapas e novas formas de visualizações,

identificar padrões e fluxos nas atividades desenvolvidas na universidade, monitorar

e planejar novas formas de intervenções que proporcionem melhoria na

infraestrutura e gestão do campus, desde a área de desenvolvimento física, gestão

patrimonial, otimização de serviços desenvolvidos pela Prefeitura do Campus

Universitário e geração de um aplicativo que permita aos servidores, docentes e

discentes localizar centros, prédios e salas, entre muitas outras funcionalidades.

Page 15: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

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2 GEOTECNOLOGIAS: BASES TEÓRICAS

Segundo Fitz (2008), a Geografia está inserida em um contexto

tecnológico que abarca distintas áreas do conhecimento e se utiliza de diversas

ferramentas que servem de apoio às pesquisas e à busca pelo conhecimento.

Dentre essas ferramentas, o mapa continua sendo uma ferramenta “esquecida” e

deixada de lado pelos geógrafos, que não consideram o seu uso e, principalmente, o

uso das novas geotecnologias como parte do "fazer Geografia", demonstrando como

os preceitos marxistas da década de 1970 passaram a predominar na ciência

geográfica desde então.

Ao negar o uso das geotecnologias, que têm se sobreposto ao uso

dos mapas analógicos, abre-se espaço para que estas acabem sendo apropriadas

por profissionais de outras áreas, que vão substituindo os geógrafos no campo de

trabalho e desenvolvendo trabalhos que não possuem a visão do geógrafo (FITZ,

2008, p. 17).

Desse modo é importante que o geógrafo além de ter “[...] como

objeto de estudo a complexa rede de interação dos fenômenos experimentados pela

sociedade e do ambiente por ela ocupado” (FITZ, 2008, p.19), possa utilizar de

novas tecnologias (chamadas de geotecnologias) como aliadas da ciência

geográfica, pois elas podem se configurar em um expressivo e poderoso

instrumental para o seu trabalho. Bosque Sendra (1999) apud Fitz (2008) afirma que

“os próximos anos vão resultar num período crucial no desenvolvimento da

Geografia”, e que caberá aos geógrafos decidirem pelo futuro direcionamento que

será dado à ciência geográfica e a esse novo campo vinculado às tecnologias.

Os mapas, que sempre foram vistos como instrumentos de poder e

de domínio, utilizados apenas como forma de controle pelo Estado e por

especialistas, hoje fazem parte das diversas atividades do dia a dia em que as

pessoas necessitam “consultar mapas de trânsito, acessar imagens de satélite

gratuitamente ou utilizar um sistema GNSS para localização via smartphone para

indicar onde seus amigos se encontrarão na sexta-feira” (CEREDA JUNIOR, 2005).

Nesse contexto o uso das geotecnologias têm se difundido

rapidamente, apresentando um avanço sem precedentes das geotecnologias e do

seu emprego em atividades comuns (PRADO; SANTOS, 2014), principalmente

quando se refere ao uso dos Sistemas de Informação Geográficas, que trazem

Page 16: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

14

informações atualizadas e a possibilidade de espacializar qualquer tipo de dado que

esteja ligado à localização, não se restringindo apenas à utilização por especialistas.

2.1 GEOPROCESSAMENTO

O termo Geoprocessamento deriva do latim, onde “processus”

significa “avançar”. Dessa forma, o Geoprocessamento significa implantar um

processo que traga progresso e avanço na representação da Terra (origem do termo

Geografia), onde o foco não é apenas a representação, mas sim a associação de

informações com o espaço. (MOURA, 2005, p.8)

O Geoprocessamento surgiu a partir da necessidade de se

representar e armazenar informações e dados em ambiente computacional

priorizando a localização dos mesmos sobre a superfície terrestre, permitindo a

sobreposição e análise de mapas e informações que não eram possíveis

anteriormente, quando as informações só eram armazenadas e visualizadas em

mapas e documentos em papel.

Câmara et al (2001) definem que trabalhar com geoprocessamento

significa utilizar a informática como instrumento de representação de dados

espacialmente georreferenciados, reduzindo as informações à algoritmos e

estruturas de dados que facilitem o armazenamento e tratamento dos mesmos. A

evolução computacional têm permitido que o computador (hardware) e os programas

específicos de geoprocessamento (software) consigam realizar o tratamento de um

infinito número de informações de cunho geográfico de forma cada vez mais rápida e

eficaz (FITZ, 2008).

Resumindo, o geoprocessamento utiliza técnicas matemáticas e

computacionais para tratar informações geográficas em áreas como “cartografia,

análise de recursos naturais, transportes, comunicações, energia e planejamento

urbano e regional” (CÂMARA et al, 2001), apoiado em ferramentas computacionais

como os Sistemas de Informação Geográfica (SIG), que permitem realizar análises

complexas integrando dados e criando um banco de dados georreferenciado.

Para Moura (2005, p.8) o geoprocessamento “engloba o

processamento digital de imagens, a cartografia digital e os sistemas de informação

geográfica” (Figura 1). Neste trabalho foram utilizados conhecimentos das áreas de

cartografia digital, Sistemas de Informação Geográfica e bancos de dados, sendo

Page 17: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

15

que a cartografia digital baseia-se na automação de projetos, captação, organização

e desenho de mapas, já que os mapas e cartas topográficos fornecem informações e

são vistos como uma das principais fontes de dados para o geoprocessamento. Os

mapas analógicos (em papel) podem ser digitalizados em alta ou baixa resolução,

gerando arquivos com tamanhos que represente as áreas de interesse do utilizador,

sempre em função da escala dos mapas, cartas ou fotografias (PIROLI, 2010).

Figura 1- Atividades que compõe o Geoprocessamento

Fonte: Maguire (1991), Org.: Renata de Mello Tambani

Diferentemente da cartografia digital, os Sistemas de Informação

Geográfica (SIG) referem-se à “aquisição, armazenamento, manipulação, análise e

apresentação de dados georreferenciados, ou seja, um sistema de processamento

de informação espacial” (MOURA 2005, p.8), através do uso de softwares que

possibilitem espacializar qualquer tipo de informação que esteja relacionada ao

espaço, proporcionando análise e manipulação de dados (tanto cartográficos quanto

alfanuméricos). O capítulo seguinte tratará mais detalhadamente dos Sistemas de

Informação Geográfica.

O banco de dados é o componente central de qualquer sistema de

informação. No caso dos bancos de dados geográficos é necessário que os

fenômenos que possam ser relacionados ao espaço geográfico sejam representados

em um espaço computacional (CASANOVA et al, 2005, p. 12), e a manipulação

desses dados se dá por meio de um Sistema Gerenciador de Bancos de Dados

Page 18: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

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(SGBD). Segundo Fitz (2005), o SGBD deve ser estruturado de forma que os dados

possam ser relacionados entre si através de códigos que identificam cada registro

dentro do sistema. Relacionar os dados alfanuméricos de um SGBD à dados

espaciais é a principal característica de um SIG.

2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Para entender como funcionam os Sistemas de Informação

Geográfica é preciso primeiro definir o que significam esses conceitos

separadamente. Segundo Fitz (2008), sistema é qualquer conjunto integrado de

elementos que sejam interdependentes, e que estejam estruturados de modo que

estes possam se relacionar a fim de realizar determinada função. Teixeira et al

(1992) afirmam que, para evitar confusões, é necessário diferenciar dados e

informações, sendo que:

Um dado é um símbolo utilizado para a representação dos fatos, conceitos ou instruções em forma convencional ou pré-estabelecida e apropriada para a comunicação, interpretação ou processamento por meios humanos ou automáticos, mas que não tem significado próprio. Já informação é definida como o significado que o ser humano atribui aos dados, utilizando-se de processos pré-estabelecidos para sua interpretação. Concluindo, pode-se dizer que dados são um conjunto de valores, numéricos ou não, sem significado próprio e que informação é o conjunto de dados que possuem significado para determinado uso ou aplicação.

Sendo assim, informação geográfica é um conjunto de dados que

possuem significado e tenham relação com o espaço. Essas informações referem-se

tanto a aspectos do meio natural, como relevo, solo, clima, vegetação, como os

aspectos sociais, econômicos e políticos, chamados por Teixeira et al (1992) de

“estratos de informação” (informações sobrepostas em camadas, ou layers) (Figura

2).

Os dados necessários para alimentar um SIG, segundo Teixeira et al

(1992), podem ser provenientes de diversas fontes, que podem ser chamadas de

primárias, quando o levantamento se dá diretamente no campo ou sobre produtos

oriundos do sensoriamento remoto (como imagens de satélite, por exemplo), ou

fontes secundárias, onde os dados são originários de mapas ou estatísticas (ou seja,

dados que já foram tratados).

Page 19: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

17

Figura 2 – Exemplo de camadas (layers) sobrepostas

Fonte: BRASIL, 2016.

As fontes dos dados podem ser as mais variadas possíveis, como

levantamentos realizados diretamente no campo, que exigem equipes e

equipamentos apropriados, resultando em uma coleta de dados mais precisa e,

conseqüentemente, mais custosa; realização de entrevistas ou questionários, que

visa coletar dados de aspectos sociais; o sensoriamento remoto, que fornece

informações de grandes áreas, e têm apresentado cada vez mais uma maior

precisão em suas imagens; o uso de fotos áreas (ortofotos), que tem fornecido aos

usuários uma visão mais detalhada de áreas em maiores escalas.

Outro fator imprescindível nos SIG é a definição de qual sistema de

coordenadas (sistema geodésico de referência) será utilizado pelo pesquisador, e

deve ser definido de forma que o sistema melhor represente a sua área de estudo.

Segundo Fitz (2008, p.35) a representação de coordenadas é geralmente baseada

em um sistema sexagesimal denominado Sistemas de Coordenadas Geográficas,

onde os pontos na superfície terrestre são determinados por valores de longitudes e

latitudes, medidos em graus (º), minutos (‘) e segundos (“). Através dessas

coordenadas é possível localizar qualquer ponto na superfície terrestre, seja um

objeto, uma pessoa, um local, entre outros.

Os SIG’s utilizam os sistemas de coordenadas geográficas para

georreferenciar as informações no espaço, de modo que cada informação no

software esteja sempre no exato local em que ela se encontra no mundo real. Por

Page 20: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

18

isso, ao obter dados em campo ou de fontes secundárias, é necessário verificar qual

sistema está sendo utilizado, para evitar distorções.

Fitz (2008) define um SIG como um

[...] sistema constituído por programas computacionais, o qual integra dados, equipamentos e pessoas com o objetivo de coletar, armazenar, recuperar, manipular, visualizar e analisar dados espacialmente referenciados a um sistema de coordenadas conhecido. (FITZ, 2008, p.23)

Há também a possibilidade de definir diferentes usuários para os

SIG, sendo que cada um tenha acesso a determinadas informações, ferramentas e

fuções. Por exemplo, um usuário pode ter acesso à visualização dos mapas; outro

usuário pode ter acesso à visualização e pode introduzir novos dados no SIG; outro

usuário, que seja o responsável pelo SIG, pode ter a atribuição de introduzir, editar,

tratar ou apagar dados. Assim, cada usuário tem acesso às ferramentas que lhe

concerne.

Segundo Fitz (2008) essa interação entre mapa e usuários é o que

diferencia o SIG de outros sistemas, como o CAD (Computer Aided Design),

responsável por armazenar dados espaciais como entidades gráficas com grande

precisão, sendo utilizado principalmente em projetos de arquitetura e engenharia.

Ao unir informações e georreferenciamento o SIG abre espaço para

um número infinito de possibilidades, como planejamento, gestão, monitoramento,

análises, entre outros usos que facilitem o trabalho do usuário, e permita a troca de

informações em tempo real.

2.2.1 Estruturas de Representação de Dados Espaciais

Segundo Teixeira et al (1992) as estruturas em SIG’s podem ser

divididas em vetoriais ou raster, que podem ser utilizadas em conjunto ou

convertidas entre elas. Casanova et al (2005) definem que as estruturas de dados

vetoriais são as compostas por pontos, linhas e polígonos, definidas por

coordenadas cartesianas (x, y), e que representam as “coordenadas das fronteiras

de cada entidade geográfica” (CASANOVA et al, 2005, p. 33).

Sobre as estruturas vetoriais, a mais simples é o ponto, sendo ele um

par de coordenadas espaciais x e y, utilizado comumente para identificar

localizações ou ocorrências no espaço; As estruturas em linha são representadas

por um conjunto de pontos conectados formando feições unidimensionais e

Page 21: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

19

relacionadas à topologia arco-nó, onde cada nó (ponto inicial e final da linha)

apresenta um valor que se associa à linha; No caso do polígono são armazenados

os nós iniciais e finais de cada linha, que quando conectadas podem representar

unidades espaciais relacionadas à área (CASANOVA et al, 2005). A tabela 1

apresenta exemplos de uso das diferentes estruturas vetoriais:

Tabela 1 – Exemplos de estruturas de dados vetoriais

Estruturas Exemplos

Ponto Localização de crimes, ocorrência de doenças, postes;

Linha Muros, cercas, fronteiras;

Polígono Setores censitários, distritos, zonas, municípios; Fonte: CASANOVA et al (2005). Org: Renata de Mello Tambani.

Segundo Casanova et al (2005) estruturas vetoriais em formato de

polígono podem representar objetos isolados (como é o caso da representação de

edifícios, piscinas e quadras, onde os objetos não se tocam) e objetos adjacentes

(que representam bairros, zonas e municípios). No caso das linhas, elas podem ser

representadas por linhas isoladas, em árvore ou em rede, representando por

exemplo, respectivamente, muros, rios e seus afluentes, e redes elétricas.

Outro tipo de estrutura de representação é a matricial (ou raster),

obtidas através de uma malha formando células, chamadas de pixel, que contem

informações tanto de dimensões horizontais quanto de dimensões verticais

(TEIXEIRA et al, 1992). Segundo Casanova et al (2005, p. 40):

Nesta representação, o espaço é representado como uma matriz P (m, n) composto de m linhas e n colunas, onde cada célula possui um número de linha, um número de coluna e um valor correspondente ao atributo estudado e cada célula é individualmente acessada pelas suas coordenadas.

Concluindo, a estrutura vetorial é mais utilizada quando se necessita

de maior precisão, como na produção de cartas. A estrutura matricial, apesar de ser

menos precisa e requerer mais espaço de armazenamento, representa fenômenos

com variação contínua no espaço, simulando e modelando feições (CASANOVA et

al, 2005), como fica claro na figura 3 .

Page 22: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

20

Figura 3 – Estruturas em formato vetorial e matricial (raster)

Fonte: CASANOVA ET AL (2005).

2.3 USO DE GEOPROCESSAMENTO NA GESTÃO ADMINISTRATIVA

O planejamento é fundamental para ordenar o crescimento do

espaço físico de uma área e suas formas de utilização, sendo este anterior ao

conceito de gestão. Para Moura (2005) o ato de "planejar" geralmente ocorre em

maior escala temporal e pode se dar em áreas maiores, como no caso do

planejamento regional, nacional, entre outros. A gestão, no entanto, está ligada ao

acompanhamento da dinâmica e processos de transformação, focando em áreas

mais reduzidas.

A gestão é um conceito ligado à administração e que vem ganhando

expressões como gestão urbana, gestão territorial, gestão educacional, entre outras,

sendo caracterizada como a efetivação do planejamento, que possuem um

referencial temporal distinto, mas são complementares. O planejamento tem que ser

visto como uma preparação para a gestão, com o objetivo de prever e minimizar

problemas futuros, porém, o planejamento tem perdido destaque para gestão

(SOUZA, 2010),

O enfraquecimento do termo "planejamento" se dá pela

popularização do termo "gestão" (management, em inglês) focando em

administração dos recursos “aqui e agora”, pensando nos problemas a curto e médio

prazo com uma visão imediatista (SOUZA, 2010). Desse modo, prioriza-se a gestão

e deixa de lado toda a atividade de planejar, pensar o futuro e prever problemas que

poderiam ser evitados.

Com o uso dos SIG’s a atividade de planejar ganha uma nova

perspectiva, pois ele surge como uma importante ferramenta para auxiliar o

planejamento e gestão, e tem sido usado cada vez mais por prefeituras e outros

Page 23: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

21

órgãos de administração pública a fim de prever acontecimentos, planejar, analisar e

facilitar a administração, que precisa de respostas rápidas e corretas para solucionar

problemas diários,

desde o suporte ao gerenciamento e manutenção da infraestrutura física, passando pela segurança patrimonial e das pessoas, até geração de cenários para análise, como uso e ocupação físico-territorial ou mesmo ocupação de salas x demanda x necessidade de novas instalações – desvelando a necessidade de uso de ferramentas geográficas na compreensão da complexa realidade das organizações do mundo real, organizados em níveis (ou layers). (CEREDA JUNIOR, 2005).

Além do uso pelos governos e empresas, os SIG’s, quando utilizados

pela administração de um campus universitário, apresentam enormes benefícios

como a diminuição de custos operacionais, ganho de tempo, maior eficiência na

realização de tarefas e relatórios, planejamento orçamentário prevendo aumentos de

custos, entre outros, auxiliando administradores a tomarem decisões mais rápidas e

precisas (MANZOLI, 2003).

A implementação de Sistemas de Informação Geográfica é uma

atividade de longa duração, que despende investimento de tempo e dinheiro, até

que o sistema esteja finalmente operacional. No caso da administração de um

campus, partindo do planejamento até a gestão, exigem-se usuários que coletem,

atualizem e convertam dados atualizados, fornecendo ao administradores do

campus o poder da informação (MANZOLI, 2003).

2.3.1 Planejamento e Gestão Utilizando Sistemas de Informação Geográfica

A crescente participação da população em questões referentes à

administração das cidades exige um governo transparente, colaborativo e acessível

aos cidadãos, onde a população tenha acesso às informações e planos do

município, como acontece com a utilização dos SIG’s. “No contexto da administração

local, o que está em causa é a obtenção de um serviço público de qualidade,

definido a partir do diálogo com o cidadão, e prestado com eficiência, eficácia e

economia”. (ESRI PORTUGAL, 2016), envolvendo a população com a administração

pública, pois “a tecnologia permite a criação de técnicas de participação mais

interativas, e assim podem fortalecer as comunidades para tomar as suas decisões

de forma estruturada e autônoma”.(BUGS et al,, 2012).

Page 24: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

22

Souza (2010) chama de “planejamento politizado” aquele que tem

como características principais os ativismos e movimentos sociais urbanos,

valorizando o planejamento como instrumento de promoção de reformas urbanas

que modifiquem a vida dos cidadãos. Segundo Lima et al (2005) atualmente

procura-se utilizar os conceitos de cidadania e sustentabilidade “em todos os níveis

de vivência da sociedade” e o SIG auxilia por ser uma plataforma participativa,

envolvendo o cidadão com a administração pública, como tentativa de trazer

melhorias à cidade e à população através de novos instrumentos de planejamento e

gestão, que proporcionem uma nova visão da realidade.

Como solução destaca-se o uso dos SIG’s, uma nova forma de

planejar e gerir cidades e campi universitários, modificando completamente a relação

entre a comunidade e os serviços urbanos, ou, no caso de um campus universitário,

entre comunidade acadêmica e administração da reitoria. A colisão entre o

crescimento de cidades/campus e o fluxo massivo de dados sobre elas e seus

cidadãos/usuários permite adaptar a tecnologia de formas inovadoras para atender

necessidades locais, criando cidades e campi inteligentes (PRADO; SANTOS,

2014).

Segundo Cereda Junior (2005) os campi universitários são um

exemplo de unidade-territorial que acaba sendo esquecido nas discussões sobre

ordenamento do território e planejamento físico. Os campi universitários e seus

cidadãos, “sejam do corpo acadêmico, técnico ou a população que consome tais

espaços” formam uma verdadeira cidade, sendo algumas vezes maior que grande

parte dos municípios brasileiros, justificando o uso dos SIG’s pela administração dos

campi, sendo eles reitoria, prefeitura e outros órgãos internos.

O SIG, quando utilizado em um campus não serve apenas para

fornecer mapas ou gerar relatórios de uso e ocupação, mas permite levantar

informações para a alta administração (reitoria), identificar a situação de processos

atendidos, entre outros. Além disso, no contexto administrativo e financeiro pode-se

observar uma diminuição de custos e uma forma muito mais eficiente de se analisar

como o capital vem sendo empregado nas questões ligadas ao gerenciamento e

manutenção dos campi (CEREDA JUNIOR, 2005). O SIG é capaz de agregar “em

um só sistema as dimensões físico-administrativa-acadêmica” (CEREDA JUNIOR,

2005).

Page 25: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

23

Resumindo, este ambiente de Inteligência Geográfica Aplicada

“disponibiliza vasto ferramental para interoperabilidade de toda esta base de dados

(geodatabase), que pode ser aplicada desde o gerenciamento da infraestrutura

universitária até as rotinas acadêmicas” (LIMA et al, 2015). Atualmente, destacam-se

o número de prefeituras e campus que tem utilizado os SIG's em suas

administrações, como mostram os trabalhos a seguir.

2.3.2 O Caso da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

O projeto para a criação do SIG no campus da Universidade Federal

do Rio de Janeiro (UFRJ) baseou-se no conceito de Smart City, caracterizado por

um planejamento urbano voltado para a eficiência e construído paralelamente com a

participação de usuários. A Smart City une então o planejamento urbano,

administração pública, tecnologia da informação e comunicação, sociedade e

usuários, criando novos modelos de gestão territorial (PRADO; SANTOS, 2014 apud

LIMA et al, 2015).

Os autores abordam o Smart Campus a partir da implementação de

um SIG no campus da UFRJ, focado em “não somente prover monitoramento e

controle exclusivos da instancia administrativa, mas tornar-se um objeto a ser

apropriado por toda a comunidade universitária e seus eventuais freqüentadores”

(LIMA et al, 2015).

Os primeiros resultados do projeto de criação do SIG já

apresentavam “dados para um diagnóstico da demografia do Campus (endereço de

origem e localização no Campus dos alunos, docentes e funcionários) e para a

distribuição da infraestrutura básica (água, esgoto, energia, comunicações, etc.)”,

além de “disponibilizar dados e experimentos para serem compartilhados entre todo

o Corpo Social da universidade” (LIMA et al, 2015). Nesse caso, o SIG da UFRJ é

visto como um laboratório de estudos dentro do próprio campus, que apresenta

como objetivo uma posterior disseminação dos resultados obtidos no campus para

uma reaplicação na cidade..

O desenvolvimento do trabalho contou com a participação da

Prefeitura do Campus, o Sistema de Gestão Acadêmica e os gestores de

infraestrutura. Deu-se preferência a um recorte metodológico de um dos campi da

UFRJ, a Ilha da Cidade Universitária, iniciando o trabalho com a coleta de

Page 26: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

24

informações (em CAD ou imagens) não georreferenciadas. Essas informações foram

convertidas em feições geográficas e tabelas, gerando o mapa da figura 4.

Figura 4 - Consolidação da base SIG do Campus da UFRJ

Fonte: LIMA et al, 2015

A equipe que desenvolveu o trabalho foi dividida em duas, com

diferentes focos. Uma das equipes foi responsável por estudar a demografia dos

campus utilizando dados do Sistema de Gestão Acadêmica, com foco nos centros,

unidades, cursos e departamentos, o que culminou na criação de um mapa com a

densidade da Cidade Universitária. Além disso, a equipe também foi responsável

pela vetorização da infraestrutura do campus, tratando, “da organização,

digitalização e georeferenciamento de informações internas do campus relacionadas

à escala urbana, sem entrar na escala da edificação” (LIMA et al, 2015). A segunda

equipe teve foco no tema de mobilidade, estudando o transporte público presente,

estações e rotas. Juntos, os estudos puderam identificar origens e concentrações

dos alunos, docentes e funcionários, propondo alternativas para a mobilidade interna

do campus.

A partir desses estudos foi possível repensar a disposição da

infraestrutura do campus, permitindo que seja feito um melhor planejamento das

futuras intervenções a serem feitas no espaço físico do campus.

Page 27: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

25

2.3.3 O Caso da Universidade de São Paulo – USP

O Atlas é um Sistema de Informação Geográfica desenvolvido pelo

Laboratório de Informatização de Acervo (LabArq), da faculdade de Arquitetura –

FAU USP, com o objetivo de auxiliar órgãos gestores do patrimônio físico nas

atividades de planejamento, controle dos espaços utilizados e na manutenção do

cadastro atual do campus Cidade Universitária Armando Salles Oliveira – CUASO. A

USP possui outras unidades de campi distribuídas pela Capital e interior do estado,

porém o foco do projeto Atlas foi a CUASO, localizada no bairro Butantã, em São

Paulo. (COUTO, 2012).

A gestão patrimonial do CUASO é feita através de três órgãos: a

Coordenadoria do Espaço Físico da Universidade de São Paulo (COESF), que

organiza e sistematiza todas as atividades relacionadas ao espaço físico, sendo o

principal órgão de planejamento de intervenções físicas em edifícios e no território,

elaborando estudos e propostas de reformas, ampliações, questões ambientais e

questões relativas à infraestrutura; a Coordenadoria do Campus Capital (COCESP),

responsável pela gestão de todas as áreas externas do campus, como áreas

verdes,ruas, avenidas, mobiliário urbano, entre outros; e o Centro de Computação

Eletrônica (CCE), que coordena e executa a área de informática, gerindo a rede

computacional da USP e sendo responsável pela rede de dados e telefonia do

campus (COUTO, 2012).

O autor afirma que a maior dificuldade durante o projeto foi a

comunicação técnica entre os três órgãos, além da falta de cadastro atualizado do

Campus. Durante o projeto foram feitas licitações para novos levantamentos

topográficos e colaboração de estudantes, pesquisadores e profissionais das áreas

de informática, engenharia, arquitetura, geografia e biblioteconomia.

Segundo Couto (2012), foram mapeadas áreas externas e internas

dos edifícios, possibilitando o detalhamento interno e cadastramento de 385 edifícios

do campus, permitindo o cadastro de 19.370 ambientes (Figura 05). O Atlas permitiu

as seguintes operações de gestão patrimonial: planejamento, gerenciamento de

espaços, planejamento e adequação de espaços, inventário, manutenção e

operação, e gerenciamento de infra-estrutura.

Page 28: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

26

Figura 5 – Cadastro de um edifício no Atlas - USP

Fonte: Couto, 2012.

Page 29: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

27

3 A UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

3.1 HISTÓRICO

Segundo o Plano de Desenvolvimento Institucional (UEL, 2016b) a

Universidade Estadual de Londrina foi criada em 28 de janeiro de 1970 pelo Decreto

número 18.110, a partir da junção de cinco faculdades já existentes no município de

Londrina (Faculdade Estadual de Direito de Londrina; Faculdade Estadual de

Filosofia, Ciências e Letras de Londrina; Faculdade Estadual de Odontologia de

Londrina; Faculdade de Medicina do Norte do Paraná; e Faculdade Estadual de

Ciências Econômicas e Contábeis de Londrina). Atualmente, localiza-se na região

oeste do município de Londrina, PR.

A UEL localiza-se na Rodovia Celso Garcia Cid, Km 380 e apresenta

uma área total de 2.355.731,81m², dividida em nove centros de estudo, área

administrativa, área de serviços, zona especial, Colégio Aplicação, áreas de mata

virgem e a Fazenda Escola (mapa 1). O Quadro 1 mostra as áreas dos nove centros

de estudos localizados no campus.

Tabela 2 – Áreas dos Centros de Estudo

Centros de Estudo Área em m²

Centro de Ciências Agrárias – CCA 10.400,44 Centro de Ciências Biológicas – CCB 13.936,99 Centro de ciências Exatas – CCE 3.831,15 Centro de Ciências da Saúde – CCS/Clínica Odontológica Universitária – COU

2.808,53

Centro de Ciências da Saúde – CCS/Hospital Universitário – HU

4.833,75

Centro de Educação, Comunicação e Artes - CECA 2.669,14 Centro de Educação Física e Esporte - CEFE 28.162,29 Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA 3.991,44 Centro de Ciências Humanas – CCH 3.015,91 Centro de Tecnologia e Urbanismo - CTU 3.640,68

Total 77.290,32 Fonte:UEL (2016b)

Page 30: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

28

Mapa 1 – Localização da Universidade Estadual de Londrina, dividida por zonas

Fonte: UEL (2016c. Org.:) a própria autora.

Page 31: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

29

A Universidade Estadual de Londrina “goza de autonomia didático-

científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e é regida por seu

Estatuto, pelo seu Regimento Geral e pelas Resoluções de seus Conselhos,

obedecidas as Legislações Estadual e Federal” (UEL, 2016b). Possui uma

comunidade interna representada por “alunos matriculados em seus 68 cursos de

graduação, incluindo turnos e habilitações, e 213 cursos de pós-graduação, com

cerca de 16 mil estudantes na graduação e 4.900 alunos na pós-graduação, 1.680

Docentes e 3.547 Agentes Universitários” (UEL, 2016b), atingindo cerca de 25 mil

pessoas.

A cada ano a UEL recebe milhares de novos alunos, sendo estes do

município e de fora dele, que movimentam a economia da cidade e contribuem para

o “desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e cultural de Londrina e

Região.” (UEL, 2016b). Desde sua criação, a ligação da Universidade com o

município tem sido extremamente importante, pois desempenha um importante

papel no município e região, com destaque na prestação de serviços de saúde,

pesquisas e extensão que envolvem a sociedade e auxiliam na formação de

profissionais das mais diversas áreas.

3.2 PLANEJAMENTO E GESTÃO NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

A Universidade Estadual de Londrina possui uma Estrutura

Administrativa dividida em órgãos da Reitoria, órgãos de apoio, órgãos

suplementares e os Centros de Estudos (Quadro 2).

Quadro 1 – Estrutura Administrativa e organização interna da UEL

Estrutura Administrativa Divisões

Órgãos da Reitoria Gabinete da Reitoria; Secretaria Geral dos Órgãos Colegiados Superiores; Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD; Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - PROPPG; Pró-Reitoria de Extensão - PROEX; Pró-Reitoria de Administração e Finanças - PROAF; Pró-Reitoria de Recursos Humanos - PRORH; Pró-Reitoria de Planejamento - PROPLAN; Coordenadoria de Processos Seletivos - COPS; Coordenadoria de Comunicação Social - COM; Prefeitura do Campus Universitário - PCU; Procuradoria Jurídica - PJU; Assessoria de Auditoria Interna - AAI; Assessoria de Relações Internacionais - ARI; Assessoria de Tecnologia de Informação - ATI.

Page 32: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

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Órgãos de apoio Biblioteca Central - BC; Editora - EDUEL; Laboratório de Tecnologia Educacional - LABTED; Serviço de Bem-Estar à Comunidade - SEBEC; Sistema de Arquivos da UEL - SAUEL; Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina – AINTEC.

Órgãos suplementares Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos - EAAJ; Escritório de Aplicação de Assuntos Sócio Econômicos; Casa de Cultura; Clínica de Especialidades Infantis (Bebê Clínica); Clínica Odontológica Universitária - COU; Clínica Psicológica; Colégio de Aplicação; Hospital Universitário - HU; Hospital Veterinário - HV; Fazenda Escola; Laboratório de Medicamentos; Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina - MCTL; Museu Padre Carlos Weiss; Televisão Cultural e Educativa da Universidade Estadual de Londrina; Rádio FM UEL.

Centros de estudos Departamentos e Colegiados dos nove centros

Fonte: UEL, 2016a.

Dentre estes órgãos internos, a Pró-Reitoria de Planejamento –

PROPLAN e a Diretoria de Planejamento e Desenvolvimento Físico - DPDF são os

principais responsáveis pelo planejamento físico do campus, desenvolvendo o Plano

Diretor e trabalhando na implantação de novas edificações e infra-estruturas, ou

seja, qualquer atividade envolvida com ordenamento e uso do espaço físico territorial

da Universidade. A Prefeitura do Campus Universitário – PCU aparece como um

órgão com foco na gestão, “incluindo a programação e administração das áreas

públicas, bem como todas as atividades de manutenção da Universidade” (UEL,

2016d).

No desenvolvimento do SIG da Universidade Estadual de Londrina,

todas as Estruturas Administrativas são responsáveis por fornecer dados e

informações que devem ser constantemente atualizados. Cada centro de estudo,

cada departamento, colegiado, docentes, discentes e servidores participam do SIG

através de contribuições para produzir novos dados e conteúdos, porém os

principais responsáveis pela manutenção do SIG são profissionais envolvidos com a

DPDF, PCU e ATI (Assessoria de Teconologia de Informação).

Page 33: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

31

4 MATERIAIS E METODOLOGIA

4.1 MATERIAIS

Durante o desenvolvimento do trabalho foram utilizados diversos

materiais, entre eles softwares de geoprocessamento ligados à ESRI® e à

Plataforma ArcGIS. O principal software foi o ArcMap versão 10.2.2 e versão 10.4,

importante ferramenta no desenvolvimento de SIGs, além de outros programas da

plataforma como o ArcGIS online, onde é possível publicar os dados na web e

compartilhar com grupos e outros usuários. Para melhor visualização das

informações foi analisado também o ArcGIS para Windows Phone, que possibilita

acessar e editar os mapas através de um smartphone, economizando tempo e

facilitando os trabalhos de campo.

Para auxiliar no georreferenciamento dos edifícios foram utilizadas

uma ortofoto da área do campus, cedida pela Prefeitura Municipal de Londrina, e

uma imagem de satélite QuickBird (Figura 6), de maio de 2006, cedida pela Pró-

Reitoria de Planejamento da Universidade Estadual de Londrina (PROPLAN/UEL). O

trabalho foi desenvolvido em um computador HP Intel® Core™ i5-2400, sistema

operacional Windows 7 Professional.

Figura 6 – Imagem do satélite Quickbird, maio de 2006

Fonte: UEL, 2016c.

Page 34: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

32

Além disso, a PROPLAN e a Diretoria de Planejamento e

Desenvolvimento Físico (DPDF) cederam arquivos em formato “.dwg” da

implantação do campus, edificações, áreas internas dos edifícios, infraestrutura

(entre elas rede elétrica, hidráulica, esgoto, vias) e zoneamento do campus. Foram

disponibilizados também arquivos em formato “.pdf” para identificação das salas e

seus respectivos usos. Para georreferenciar prédios mais novos que não apareciam

na ortofoto e na imagem de satélite, foram utilizadas imagens do aplicativo Google

Earth, que são atualizadas constantemente.

A Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) foi responsável por

fornecer arquivos em formato “.xls”, contendo horário geral de aulas, relatório por

cursos com salas em 2016, entre outros, para auxiliar em testes sobre a

compatibilização de dados já existentes da UEL com o software ArcGIS.

A Diretoria Administrativa da Pró-Reitoria de Planejamento auxiliou

na criação dos códigos de cada espaço interno e edifício, a partir de uma

metodologia desenvolvida especificamente para esse caso, e que, posteriormente,

será compatibilizado com os códigos já existentes na UEL.

4.2 METODOLOGIA

A metodologia do trabalho se deu através de serviços de escritório e

algumas visitas in loco, quando necessárias. Foram utilizados documentos e

arquivos da Universidade Estadual de Londrina, cedidos principalmente pela Pró-

Reitoria de Planejamento, possibilitando o tratamento desses dados em ambiente

computacional, de modo que o SIG da UEL pudesse ser estruturado através de

levantamentos primários e secundários.

4.2.1 O Uso do Software ArcGIS

O trabalho foi desenvolvido a partir da necessidade de se criar um

sistema para auxiliar no planejamento e gestão da Universidade Estadual de

Londrina, utilizando arquivos já existentes e criando uma nova base de dados, para

incorporar esses arquivos e fornecer uma nova forma de visualização dos mesmos.

Inicialmente, foram reunidas plantas, projetos, cartas e mapas da

área física do campus Perobal, onde são realizadas a maior parte das atividades da

Page 35: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

33

universidade. A maioria desses documentos já se encontrava digitalizada, salvo

algumas poucas exceções, o que facilitou o início do trabalho.

A primeira fase do trabalho se deu através da vetorização dos

arquivos em “.dwg”, utilizados no software AutoCAD, convertendo os arquivos em

formato “.shp” (shapefile) para ser trabalhado no ArcGIS. Esses novos arquivos

ficaram salvos como arquivos que contém dados geoespaciais em forma de vetores,

sendo eles pontos, linhas ou polígonos, unindo arquivos em formato “.shp”, ”.shx” e

“.dbf”, sendo que o aquivo dbf é o banco de dados (como os utilizados no Oracle,

SQL Server, entre outros) e o shx o arquivo responsável por unir o shapefile ao

banco de dados.

Alguns arquivos foram convertidos de dwg para shp após selecionar

apenas as “polyline” no layer e clicar em “Export Data” > “Save as type: Shapefile”.

Além disso, os arquivos podem ser convertidos através da ferramenta “Conversion

Tools” do ArcToolBox, extensão do ArcGIS responsável por converter arquivos de

diferentes formatos, resultando em uma otimização do trabalho.

Foi definido que o sistema de coordenadas utilizado seria o SIRGAS

2000, visto que esse sistema tem se destacado e vem sendo cada vez mais

utilizado, substituindo os sistemas SAD 69 e Córrego Alegre (IBGE, 2016).

Posteriormente, algumas imagens utilizadas para auxiliar no georreferenciamento

vieram no sistema de coordenadas WGS 84, e também foram convertidas para o

SIRGAS 2000.

Após todos os arquivos estarem vetorizados e em formato shp,

iniciou-se o georreferenciamento dos mesmos, utilizando a princípio a ortofoto

georreferenciada da Universidade Estadual de Londrina, em SIRGAS 2000, cedida

pela Prefeitura Municipal de Londrina. Ultimamente, foram utilizadas também os

mapas base do software ArcGIS e algumas imagens do Google Earth (convertidas

de WGS 84 para SIRGAS 2000), por estarem mais atualizadas em relação à

ortofoto, e conterem os edifícios que ainda estão em fase de construção no campus.

4.2.2 Banco de Dados

A criação do código para o banco de dados do SIG se deu através de

reuniões com responsáveis pela Diretoria de Apoio Administrativo da UEL, que

auxiliou na criação de tabelas que serão utilizadas futuramente pela instituição, além

Page 36: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

34

de permitir que os códigos antigos sejam reaproveitados nessa nova formulação do

código de uso dos edifícios. O principal documento a ser seguido no início do

trabalho foi o Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial de 2010-2015

(Figura 7).

Figura 7 – Zoneamento da Universidade Estadual de Londrina segundo Plano

Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial de 2010-2015

Fonte: UEL (2016b)

Foi estabelecido que cada edifício, bem como todo seu espaço

interno, deveria conter as seguintes informações:

1. Zona: Responsável por identificar a localização espacial da

região onde fica a edificação no Campus Perobal, conforme Plano Diretor de

Desenvolvimento Físico Territorial, contendo um dígito (letra maiúscula) que

representa cada zona (Quadro 3).

Quadro 2 – Código de zoneamento

Código Zona

A Centro de Letras e Ciências Humanas

B Centro de Ciências Biológicas

C Centro de Ciências Exatas

D Centro de Educação, Comunicação e Artes

E Centro de Tecnologia e Urbanismo

F Centro de Ciências Agrárias

Page 37: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

35

G Centro de Estudos Sociais Aplicados

H Centro de Ciências da Saúde

I Centro de Educação Física e Esporte

J Fazenda Escola

K Aplicação

S Serviços

T Administrativo

X Especial Fonte: a própria autora.

2. Tipo: Identifica a forma construtiva da edificação, contendo um

dígito (número), como no Quadro 4.

Quadro 3 – Tipos de estrutura construtiva

Código Tipo de estrutura

1 Alvenaria

2 Madeira

3 Alvenaria Estrutural

4 Estrutura Leve

5 Estrutura Metálica Fonte: a própria autora.

3. Bloco: Identifica o corpo da edificação em âmbito global,

contendo dois dígitos (números), por exemplo, bloco 01, bloco 02, bloco 03, e assim

sucessivamente.

4. Pavimento: Identifica a que nível está o plano da edificação em

relação ao terreno, através de um dígito representando, no Quadro 5.

Quadro 4 - Códigos de pavimento

Código Pavimento

s Subsolo

0 Térreo

1 Primeiro pavimento

2 Segundo pavimento

3 Terceiro pavimento Fonte: a própria autora.

5. Sala: define o número das áreas internas da edificação, através

de três dígitos (números), por exemplo, sala 001, sala 002, sala 003.

6. Subdivisão: Identifica quando um espaço (sala) for subdividido

ao longo do tempo, através de divisórias. O código contém um dígito (letra

Page 38: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

36

minúscula) seguindo ordem alfabética (a, b, c, d...; quando não houver subdivisão e

a sala for um espaço único, utilizar o símbolo *).

7. cod_edif: junção dos códigos “zona+tipo+bloco+pavimento+

sala+subdivisão”, através da ferramenta Concatenar Campos com o Field Calculator

([zona]&""&[tipo]&""&[bloco]&""&[pavimento]&""&[sala]&""&[subdivisao]). Este código

representa o número de cada espaço interno, sem identificar o uso das salas, que

podem ser alterados com o passar dos anos e do surgimento de novas

necessidades de uso.

8. Uso: Define a característica de utilização do espaço (três dígitos

com uma letra e dois números), conforme o Quadro 5.

Quadro 5 – Lista de códigos de uso dos espaços internos e externos

Código Uso Detalhes e outras informações

A01 Administrativo Secretarias, salas de reunião, diretorias, etc.

A02 Almoxarifado

A03 Anfiteatro

A04 Área cultural/preservação Capela, casa do pioneiro, etc.

A05 Área de convivência Pátio, C.A, jardim interno,

B01 Bancos

B02 Barracões Armazenamento, criação, etc

B03 Biblioteca Acervo, sala de estudos, videoteca

B04 Biotérios

C01 Calçadas Calçadas externas ao edifício cimentadas ou pedras porosas

C02 Calçadão

C03 Câmara escura

C04 Câmara fria

C05 Canil/gatil

C06 Casa de máquinas

C07 Circulação externa Calçadas cobertas junto aos edifícios com piso liso

C08 Circulação interna Corredores internos e cobertos

C09 Circulação vertical Escadas, elevadores, rampas

C10 Copa/cozinha/refeitório

D01 Depósito

D02 Depósito de lixo Resíduos sólidos, químicos, etc

E01 Espaços terceirizados Lanchonetes, Cópias, etc.

E02 Estacionamento (Contém código próprio diferenciado)

E03 Estrutura esportiva Quadras, piscinas, campos de futebol, etc.

E04 Estufas/casas de vegetação

G01 Garagem

H01 Hall/recepção

L01 Laboratórios molhados Laboratórios de reagentes químicos, biológicos, etc

L02 Laboratórios secos

Laboratório de informática, sala de técnicos, sala de apoio, sala de multimeios, sala de balanças, onde não é necessário o uso de pias, tanques, torneiras, chuveiros, etc

Page 39: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

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L03 Lavanderia/área de serviço

M01 Museu Museu, acervo, coleção

P01 Praças

Q01 Quarto

R01 Restaurante Restaurante Universitário

S01 Sala de aula Sala de aula, sala de aula prática

S02 Sala de cirurgia Sala específica para realização de cirurgia, contendo todos os cuidados e higienização necessários.

S03 Sala de docente

S04 Sala de equipamentos Manutenção

S05 Sala de esterilização/asséptica

S06 Sala de raio X Sala com paredes apropriadas para o uso do aparelho de Raio-X

S07 Sala clínica Sala de coleta, enfermaria, psicologia, nutricionista

S08 Sanitário Feminino, masculino, pessoas com necessidades especiais (P.N.E)

S10 Serviços odontológicos

S11 Serviços veterinários

S12 Sala de supervisão (Psicologia)

S13 Shaft

T01 Triagem

V01 Vestiários Fonte: a própria autora.

9. cod_ed_uso: junção dos códigos através da ferramenta

concatenar “zona+tipo+bloco+pavimento+sala+subdivisão+uso”, utilizando o

seguinte código: [zona]&""&[tipo]&""&[bloco]&""&[pavimento]&""&[sala]&""&

[subdivisao]&""&[uso]

10. Descrição1: descreve o código de uso, para facilitar leitura.

11. Descrição2: Descreve detalhadamente o uso da sala, por

exemplo, Laboratório de Citogenética.

A figura 8 é um exemplo do resultado final da implantação do código

no 1º pavimento do bloco 22, Zona B (Centro de Ciências Biológicas).

Page 40: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

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Figura 8 - Zona B, Tipo 1, Bloco 22, 1º pavimento e espaços e usos internos

Fonte: a própria autora

Page 41: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

39

Foram feitas tabelas para cada edifício do campus, contendo todas

as informações colhidas através de visitas in loco, através de plantas e outros

documentos oficiais da Pró-Reitoria de Planejamento. As informações adicionadas

ao banco de dados se referem principalmente ao uso das salas, área e localização

dentro do campus.

A Assessoria de Tecnologia da Informação têm trabalhado para

possibilitar uma compatibilização dos dados e os códigos já incluídos no banco de

dados do ArcGIS com os dados administrativos e acadêmicos utilizados atualmente

pela UEL. Além do banco de dados utilizado no ArcMap (ArcGIS desktop), os dados

foram também disponibilizado através do ArcGIS online, “um GIS da web

colaborativo online que permite utilizar, criar e compartilhar mapas, cenas,

aplicativos, camadas, análises e dados” (ARCGIS, 2016), possibilitando a

visualização dos dados pela administração da UEL e pela comunidade discente e

docente em diferentes níveis de acesso, além de fornecer uma visão mais simples e

mais acessível do que o ArcGIS Desktop, facilitando o uso por quem não conhece o

software.

Page 42: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

40

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os casos que foram apresentados no decorrer deste trabalho, entre

eles o da UEL, USP e UFRJ são exemplos de como um Sistema de Informação

Geográfica pode trazer grandes benefícios às instituições de ensino superior. Por

meio da integração das pessoas, espaço e a universidade (áreas como recursos

humanos, tecnologia da informação, planejamento, finanças e área acadêmica)

melhorou-se a visualização e a análise espacial, auxiliando no planejamento e

gestão através da adequação dos espaços, manuntenção e operações, além da

gestão patrimonial.

O trabalho desenvolvido entre agosto de 2015 e dezembro de 2016

foi continuação do projeto que visava o mapeamento do campus e a criação de um

banco de dados georreferenciado. Durante esse período foram realizadas reuniões

com o representante comercial da Imagem (ESRI no brasil), o geógrafo Abimael

Cereda Junior no mês de setembro de 2016, durante o evento Inteligência

Geográfica (realizada pela PROPLAN, em parceria com o Centro de Tecnologia e

Urbanismo e o Departamento de Geociências/UEL), voltadas à públicos compostos

por discentes, docentes, pesquisadores, diretores, pró-reitores e técnicos da

Assessoria de Tecnologia e Informação (ATI), com o objetivo de familiarizar a

comunidade acadêmica com o software ArcGIS e as perspectivas da implantação de

um SIG na Universidade Estadual de Londrina.

Por enquanto o formato de visualização através do ArcGIS online

permitiu que gestores e diretores das Pró-Reitorias pudessem verificar os benefícios

de um Sistema de Informação Geográfica em suas atividades diárias. Há previsão

de que durante o ano de 2017 sejam realizadas novas reuniões com representantes

da empresa Imagem, de modo que possibilite uma parceria entre a empresa e a

UEL, agora que grande parte dos gestores já possuem uma visão acerca das

possibilidades que o SIG traz. O aplicativo online já possibilita a localização de

centros, salas outros espaços públicos da universidade, com vários widgets para

auxiliar na navegação (figura 9).

Page 43: O USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO …

41

Figura 9 – Visualização através do ArcGIS online

Fonte: a própria autora.

Durante o desenvolvimento do trabalho um dos maiores obstáculos

foi a deficiência no diálogo entre DPDF e PCU, que realizam trabalhos

complementares. Devido à falta de um sistema único que armazenasse os arquivos

referentes ao espaço físico da UEL, muitos dos arquivos utilizados apresentaram-se

desatualizados em relação à realidade dos edifícios, salas, e infraestrutura em geral,

necessitando de visitas in loco em alguns casos, para verificar a veracidade dos

documentos; alguns arquivos apareciam duplicados, com pequenas alterações, e

outros desatualizados por serem muito antigos.

Durante o período de estágio realizado na DPDF, o foco do trabalho

foi a vetorização, georreferenciamento e criação da base do banco de dados, com a

criação de códigos que serão incorporado ao banco de dados da UEL. Com esse

projeto, ainda em desenvolvimento, já foi possível visualizar e manusear facilmente

as informações acadêmicas e administrativas do campus, afim de introduzir uma

política mais moderna de planejamento e gestão que minimiza perdas, esforços

desnecessários e duplicação de trabalhos referentes ao espaço físico. A próxima

fase do projeto visa a implementação do SIG, após a compra da licença

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adminsitrativa e educacional do software para disponibilizar o SIG à todas as

comunidades do campus.

Os custos iniciais são vistos como um obstáculo a ser vencido, pois

após os altos custos para a implementação do SIG observa-se uma queda em

gastos e investimentos em manutenção do campus, construção de novos edifícios e

infraestruturas, contratação de novos funcionários, entre outros, trazendo a longo

prazo um retorno financeiro e economia de investimentos à instituição.

Existem softwares livres, que podem ser utilizados pela Universidade

futuramente, mas a intenção inicial é continuar o uso do ArcGIS, visto que a ESRI

oferece uma plataforma completa de softwares e aplicativos para serem utilizados

em versão desktop e para smartphones, disponibilizando os programas inclusive

para os alunos, além de oferecer suporte para auxiliar em dúvidas e solucionar

problemas.

A figura 10 apresenta o trabalho desenvolvido no ArcMap,

destacando-se as zonas, de acordo com o plano diretor.

Figura 10 – Pavimento térreo da Universidade Estadual de Londrina.

Fonte: a própria autora.

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Sobre os resultados, atualmente está finalizada a descrição de

praticamente todos os espaços da UEL, com informações sobre o tipo construtivo da

edificação, área, se apresenta ou não subdivisões no espaço interno, a zona (centro)

onde se encontram, tipos de uso, entre outras informações.

Como exemplo destes resultados preliminares pode-se destacar o

Bloco A do Centro de Tecnologia e Urbanismo, onde observa-se como será feita a

gestão do espaço a partir dos horários das disciplinas e turmas do curso de

Arquitetura e Urbanismo. Primeiramente foram definidos os usos de cada sala, para

auxiliar na alocação das turmas, considerando também a área da sala em relação ao

número de alunos, para evitar a superlotação de algumas salas e a ociosidade de

outras. O espaço interno apresenta um alto nível de detalhamento, facilitando ainda

mais a tarefa de organizar os horários de aulas (mapa 2).

Mapa 2 – Bloco A do Centro de Tecnologia e Urbanismo, pavimento térreo – Uso das salas

Fonte: UEL (2016c). Org: a própria autora.

Posteriormente, a partir do Horário Geral de Aulas – 2016,

disponibilizado pela Pró-Reitoria de Graduação, foi possível analisar os horários de

aula do curso de Arquitetura e Urbanismo, relacionando as salas utilizadas e não

utilizadas nas quartas-feiras do 1º semestre do ano letivo de 2016. O horário

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analisado foi o da primeira aula, das 08h20min às 09h10min, gerando um mapa

(mapa 3) onde é possível visualizar a grande quantidade de salas desocupadas (em

verde) nesse horário.

Mapa 3 – Salas ocupadas e desocupadas do Bloco A do CTU, pavimento térreo, às

quarta-feiras do 1º semestre de 2016, das 08h20min às 09h10min

Fonte: UEL (2016c).Org: a própria autora.

O mapa 3 demonstra que grande parte das salas de aula

permanecem ociosas neste horário. Quando o SIG estiver em fuincionamento e a

Pró-Reitoria de Graduação, diretores de centro e professores tiverem acesso à

esses mapas será muito mais fácil organizar as turmas de modo que as salas sejam

ocupadas da melhor maneira possível, evitando que alunos dos cursos do CTU

(entre eles alunos da Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Engenharia

Elétrica) tenham que ser realocados em outros centros. O mapa, por enquanto, se

refere apenas ao curso de Arquitetura e Urbanismo, sendo que as salas ainda

podem ser utilizadas por outros cursos.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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A partir de aplicações como essa, o SIG irá auxiliar na tomada de

decisões pelos gestores da Universidade, facilitando o acesso às informações e a

participação dos servidores e comunidade acadêmica no processo de planejamento

e gestão do campus, de forma que os interesses da comunidade acadêmica

cheguem mais rápido aos gestores. Futuramente, espera-se que cada centro conte

com um aplicativo dashboard para facilitar o controle das operações no dia a dia, e

que os alunos participem através da ferramenta disponibilizada nos smartphones,

compartilhando informações sobre o campus em tempo real.

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