o uso da tecnologia como ferramenta de monitoramento de transporte de produtos...
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RENIVAN DE OLIVEIRA MACHADO
USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DE MONITORAMENTO DE TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS
Feira de Santana – BA
2014.
RENIVAN DE OLIVEIRA MACHADO
Artigo apresentado ao curso de pós-graduação como requisito obrigatório para obtenção do título de especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, da Faculdade de Tecnologia e Ciência.
Orientador: Prof. Eng.º Esp. Carlos Ornellas.
Feira de Santana – BA
2014.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Nome do aluno: _____________________________________________________
Curso: _____________________________________________________________
Título do Artigo:_____________________________________________________
PARECER:
1. Trabalho aprovado sem alteração
2. Trabalho aprovado com sugestão – comentar
3. Trabalho não aprovado – comentar
Comentários:
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NOTA:___________
Data de aprovação / /
BANCA EXAMINADORA:
Orientador Prof. Eng.º Esp. Carlos Ornellas
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DE FEIRA DE SANTANA – BA
Prof. Esp. Márcio George Vinhas Brandão
Coordenador do Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DE FEIRA DE SANTANA – BA
Feira de Santana – BA
2014.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente, pelo dom da vida e por todas as coisas boas que acontecem
em nossa vida graças a Sua infinita misericórdia.
Agradeço também a minha esposa Sandra, pela paciência e pelo apoio principalmente nas
horas mais difíceis desses últimos anos, superando através do nosso amor, as intempéries da
vida, para que possamos compartilhar de mais alegrias, a exemplo de conquistas como esta.
Esse trabalho é dedicado em especial aos meus pais e a minha família, que sempre estiveram
ao meu lado me incentivando para que eu tivesse forças para completar essa etapa da minha
educação com honra e dignidade, dentro dos valores que me foram transmitidos ao longo da
minha existência.
Ao meu filho Rodrigo pelo seu sorriso que ilumina minha vida com a mesma intensidade do
amor que a ele é direcionado.
Ao professor Carlos Augusto Ornellas da Cruz, pela orientação, apoio técnico e incansável
dedicação ao longo do desenvolvimento deste trabalho.
Ao professor Marcio George Vinhas Brandão, pelo incentivo e pela pessoa que por si só é um
exemplo de caráter e resiliência.
Aos colegas Ariosvaldo, Clariana, Cíntia, Cristina, Flávia, Marcia, Patrícia, Rosilda, Shannon
e os outros que não foram citados. Obrigado pelo companheirismo e pelo carinho.
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O USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DE MONITORAMENTO DE TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS
Renivan de Oliveira Machado¹Carlos Ornellas²
RESUMO
A aplicação de monitoramento tecnológico no transporte de produtos perigosos é uma realidade consolidada nas empresas afins por todo o mundo. Esta ferramenta tecnológica provê um aumento significativo da confiabilidade desta atividade, conferindo desta forma, um incremento na segurança operacional de modo preventivo, promovendo um acréscimo na velocidade de resposta aos acidentes visando melhoria da qualidade do atendimento aos planos de emergência, principalmente pela mitigação dos impactos desencadeados em caso de potenciais falhas e desvios a que estão sujeitas as partes envolvidas. O presente estudo buscou reunir informações acerca das oportunidades de melhoria da gestão de segurança pela adesão das companhias de transporte a este tipo de ferramenta, cujo seu uso vem se tornando a base para o desenvolvimento estratégico, frente a um mercado cada vez mais complexo e desafiador. Palavras-chave: Transporte de Produtos Perigosos, Monitoramento.
ABSTRACT
The application of technology monitoring at transportation of good dangerous is a consolidated reality in a related company’s around the world. That kind of technologic facility provide a notable reliability increase at that activity, as well as in the improvement to an operational safety on a preventive mode when it get intensities the velocity of answer to emergency situation, mainly doing stratification to the impacts unchained when occurs potential failure or deviation at inherent to good’s transportation on involved parts. This study took place information gathered about the improvement in safe management opportunities when the companies start to using that practice since it, nowadays it is becoming getting a way to proposition at strategic development in response to the market increasingly complex and challenging. Keywords: Transportation of Good Dangerous, Monitoring.
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1 Discente do curso de Eng. de Segurança no Trabalho - FTC/BA. E-mail: [email protected] Professor orientador, Eng.º Esp. de Segurança do Trabalho – UFBA/BA – Professor da Pós-graduação – FTC/BA. E-mail: [email protected]
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INTRODUÇÃO
O transporte de produtos perigosos em vias terrestres é amplamente utilizado em todo o mundo, e por se tratar de uma atividade de risco acentuado são realizados diversos procedimentos para a mitigação dos riscos e consequentemente reduzir os impactos, quando da ocorrência de acidentes e danos ao meio ambiente, bem como desencadear ações para que eventos catastróficos se tornem cada vez rarefeitos em si tratando da operação de um modo geral.
No passado, diversos acidentes rodoviários com produtos perigosos resultaram em uma gama de eventos indesejáveis dentre os quais podemos citar: os acidentes com vítimas fatais; perdas patrimoniais; agressão ao meio ambiente; contaminações diversas em lagos, rios e mananciais; e ainda os casos mais graves envolvendo acidentes e catástrofes de grandes proporções.
O objetivo desta pesquisa é fazer uma projeção do cenário atual da atividade de Transporte Terrestre de Produtos Perigosos com uma possível mudança na metodologia empregada no país, pela implantação do monitoramento tecnológico via satélite de todas as operações desta em vias terrestres por todo o território nacional.
METODOLOGIA
No Brasil, a Norma Regulamentadora Nº16 preconiza alguns cuidados que devem ser tomados, principalmente no tocante ao manuseio, armazenagem e movimentação de produtos perigosos tais como: líquidos inflamáveis e gases; explosivos; substâncias contaminantes; fontes de radiação entre outros. No texto desta norma, é evidenciada a referência indireta a movimentação terrestre de produtos materiais perigosos ao citar os caminhões tanque que normalmente são utilizados para esta atividade.
A atividade de Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos adquiriu notoriedade no país a partir do DECRETO Nº 96.044, DE 18 DE MAIO DE 1988 fazendo com que a partir deste, o Brasil passasse a possuir um amparo legal para o controle e fiscalização da atividade em âmbito nacional.
Em 2012 surge o Projeto de Lei nº166, que visa tornar obrigatório o rastreamento via satélite dos veículos que fazem o transporte de cargas perigosas. Surge a partir da análise de toda a legislação e procedimentos que tornam a atividade de transporte de produtos perigosos viável, a possibilidade das empresas do setor conferirem um ganho significativo de valor agregado aos seus serviços. As ferramentas de monitoramento tecnológico que incluem rastreamento de cargas em tempo real, circuitos de imagens do tipo CFTV, registro de rotas e variáveis do processo entre muitas outras funcionalidades são apenas algumas entre tantas outras que
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podem ser agregadas aos serviços de rastreamento e monitoramento de cargas, ofertados por algumas empresas estrangeiras e brasileiras, as quais são abordadas na presente pesquisa.
O Pró-Química é um sistema de informações e comunicações desenvolvido pela ABIQUIM, em operação desde 1989, com o objetivo de fornecer, via telefone, orientações de natureza técnica em caso de emergências com produtos químicos, além de estabelecer contato com o fabricante, transportador e entidades públicas e privadas que devem ser acionadas em ocorrências dessa natureza.
A Central de Informações opera ininterruptamente 24 horas por dia, inclusive nos sábados, domingos e feriados, recebendo os chamados pelo telefone 0800 11 8270 (Discagem Direta Gratuita) de qualquer parte do território nacional, sempre que ocorrer uma situação claramente emergencial envolvendo produtos químicos, tanto durante o transporte como em locais fixos.
Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. O CEATOX fica no Instituto da Criança, parte do Complexo HC-FMUSP. Ele se destina a fornecer informações toxicológicas a médicos e à população em geral.
O atendimento é gratuito e é feito pelo telefone (11) 3069 8571 e pelo fax (11) 3069 8800. Funciona 24 horas, todos os dias (ABQUIM, 2004).
O Curso MOPP (Movimentação Operacional de Produtos Perigosos) é um curso rápido com carga horária entre 40 e 60 horas de acordo com a instituição que o realiza. O curso MOPP é normatizado pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) e pode ser realizado aos finais de semana conforme a disponibilidade das autoescolas e dos trabalhadores. O curso apresenta as seguintes disciplinas:
– Direção Defensiva;
– Prevenção de Incêndio;
– Elementos básicos de Legislação;
– Movimentação de Produtos Perigosos;
– Meio Ambiente e Cidadania.
O curso MOPP deve ser refeito a cada 5 anos, conforme a habilitação de motoristas de carga perigosa. O Curso MOPP está disponível nas escolas do SENAI e SEST SENAT para todos os motoristas de cargas perigosas como: explosivos, gases líquidos inflamáveis, substâncias oxidantes tóxicas, corrosivas e radioativas e defensivos agrícolas que também são perigosos e dependem de um transporte controlado e seguro.
O SEST (Serviço Social do Transporte) e o SENAT (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) são entidades educacionais que não visam fins lucrativos criadas com o objetivo de proporcionar e valorizar os trabalhadores do setor de transportes. O SEST SENAT foca em instituições de ensino para capacitação profissional que incluem preparação, treinamento,
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aperfeiçoamento e formação profissional. As unidades do SEST SENAT estão distribuídas em todos os estados brasileiros e milhares de pessoas já fizeram o curso através do SENAI. O curso MOPP é realizado pelo SEST SENAT em parceria com o SENAI. (SEST/SENAT, 2013).
De acordo com a ABNT (2005), atualmente podem ser consideradas como sendo dez as principais normas que regulamentam e orientam quanto à atividade de movimentação e operação de cargas perigosas, são elas:
1. NBR 7500 – Identificação para transporte, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos;
2. NBR 7501 – Transporte Terrestre de Produtos Perigosos – Terminologia;
3. NBR 7503 – Ficha de emergência e envelope para o transporte de produto perigoso – Características, dimensões e preenchimento;
4. NBR 9735 – Conjunto de equipamentos para emergências no transporte rodoviário de produtos perigosos;
5. NBR 13221 – Transporte de resíduos;
6. NBR 14619 – Transporte de produtos perigosos – Incompatibilidade química;
7. NBR 10271 – Conjunto de equipamentos para emergências no transporte rodoviário de acido fluorídrico;
8. NBR 12982 – Desvaporização de tanque para transporte terrestre de produtos perigosos – Classe de risco 3 – Líquidos inflamáveis;
9. NBR 14095 – Área de estacionamento para veículos rodoviários de transporte de produtos perigosos;
10. NBR 14064 – Atendimento a emergência no transporte terrestre de produtos perigosos.
Nestas normas acima enumeradas são encontradas todas as informações acerca dos procedimentos operacionais bem como toda a infraestrutura inerente a atividade e seus impactos, todos estes ligados a segurança meio ambiente e saúde.
As substâncias perigosas merecem atenção especial para que estas sejam identificadas em qualquer tipo de situação, podendo estas ser detectadas a partir da análise da sinalização em destaque nos veículos de transporte de produtos perigosos.
Produto perigoso: Substâncias ou artigos encontrados na natureza ou produzidos por qualquer processo que, por suas características físico-químicas, representem risco para a saúde das pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, conforme relacionado na (Resolução ANTT nº 420/04,2004).
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Um produto ou artigo é considerado perigoso para o transporte, quando o mesmo se enquadrar numa das 9 (nove) classes de produtos perigosos estabelecidas na RESOLUÇÃO nº 420, de 12/02/04 da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Segundo a NBR 14725:2009 o transporte de produto químico deve der feito mediante o porte da FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico) item de obrigatório que é obtido de modo compulsório no ato da comercialização do produto químico. Abaixo um exemplo de FISPQ no padrão exigido pela norma supracitada:
Figura 1 (fonte: TRIER).
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Figura 2 (fonte: ABQUIM).
Figura 3 (fonte: Informações extraídas do Banco de Dados POSITRON 2014.)
O padrão internacionalmente conhecido é composto das substâncias as quais são classificadas e homologadas pela ONU (Organização das Nações Unidas), conforme classificação que segue (ABQUIM, 2004):
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TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS
CLASSE OU DIVISÃO
DESCRIÇÃO /ESPECIFICAÇÃO
CLASSE 1 EXPLOSIVOS
CLASSE 2 GASES
CLASSE 2.1 Gases inflamáveis
CLASSE 2.2 Gases não inflamáveis e não tóxicos
CLASSE 2.3 Gases tóxicos
CLASSE 3 LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
CLASSE 4 SÓLIDOS INFLAMÁVEIS
CLASSE 4.1 Sólidos inflamáveis
CLASSE 4.2 Substâncias sujeitas à combustão espontânea
CLASSE 4.3 Substâncias que desprendem gases inflamáveis em contato com água
CLASSE 5 SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS
CLASSE 5.1 Substâncias oxidantes
CLASSE 5.2 Peróxidos orgânicos
CLASSE 6 SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E SUBSTÂNCIAS INFECCIOSAS
CLASSE 6.1 Substâncias Tóxicas
CLASSE 6.2 Substâncias Infecciosas
CLASSE 7 SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS
CLASSE 8 SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS
CLASSE 9 SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS
Tabela 1 (fonte: Informações extraídas do Manual De Emergências Com Produtos Químicos-ABQUIM)
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Existe hoje no mercado uma vasta gama de sistemas de rastreamento e monitoramento
de cargas por todo o mundo. Neste cenário, merece destaque o europeu EGNOS and Galileo
Track Dangerous Goods o qual serve de referência aos modelos convencionais do mercado
nacional, e que possui nível de sofisticação requerido para rastreamento de qualquer tipo de
veículo terrestre, ferroviário, aquaviário e até mesmo de pessoas.
O setor rodoviário está entre os maiores mercados para aplicações GNSS (Global
Navigation Satellite System), não só na indústria automotiva do mercado de massa, mas
também em aplicações profissionais, como o transporte de mercadorias e logística. O
transporte de mercadorias por estrada naturalmente envolve o risco de acidentes de trânsito.
Se os produtos são perigosos, há também o risco de incidentes, como derramamentos
perigosos, incêndio, explosão, queimaduras químicas, ou danos ambientais. (DI FAZIO,
BETTINELLI, O'KEEFE, 2014).
O EGNOS European Geostationary Navigation Overlay Service, desenvolvido pela Agência
Espacial Europeia é um projeto na forma de empreendimento constituído de uma estrutura de
rastreamento voltada para várias categorias de atividades de transporte de produtos perigosos.
Foi concebido como sistema evoluído do GPS Global Positioning System dos Estados Unidos
da América. Composto por um grupo de três satélites, o sistema é capaz de monitorar todo o
território dos principais países que constituem este conglomerado, os quais objetivam obter
dados, principalmente de atividades diversas ligadas aos transportes marítimos, terrestres e
aéreos, porem o escopo deste trabalho contempla apenas as atividades ligadas ao transporte
terrestre de cargas perigosas.
O Scutum é a concepção do produto desse projeto europeu, foi inicialmente instalado em uma
empresa petrolífera italiana, a qual pôde divulgar os ganhos em eficiência operacional pela
adoção da tecnologia. Logo depois em meados de 2011, 300 (trezentos) navios transportando
hidrocarbonetos em 7 (sete) países europeus puderam experimentar os benefícios do sistema
de monitoramento das cargas. Abaixo uma imagem deste, instalado em um caminhão de
abastecimento de aeronave em um aeroporto europeu:
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Figura 4 (fonte: Informações extraídas do Banco de Dados EGNOS 2014.)
O grupo de sensores envia o conjunto de dados da carga para a unidade central de bordo denominada
on-board-unit (OBU), então esta, através de uma sequência de protocolos de comunicação e
tratamento de dados fornece um sinal de dados considerado adequado para o monitoramento.
Figura 5 (fonte: Informações extraídas do Banco de Dados EGNOS 2014.)
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No Brasil as empresas deste seguimento adotam esta metodologia de rastreamento de cargas
perigosas em transportes terrestres no intuito de controlar as operações e principalmente para
o atendimento rápido as situações emergenciais inerentes à atividade de transporte manuseio e
armazenagem de produtos perigosos, porém este não é o único serviço disponível nos
sistemas de monitoramento e rastreamento de cargas. Entre muitos outros podemos citar:
-Telemetria;
-Controle da jornada de trabalho individual;
-Alertas por e-mail;
-Controle de rotas;
-Bloqueio de frota;
-Leitura de tacógrafo;
-Fornecimento de relatórios diversos em função da distância e do posicionamento;
-Outros.
Existem no Brasil algumas empresas fornecedoras do serviço de rastreamento de transporte,
inclusive com rastreamento de cargas perigosas estas empresas são apresentadas a seguir:
- A empresa Blocksat é uma empresa brasileira com sede no estado de Goiás especializada no
desenvolvimento de soluções para o monitoramento e rastreamento de veículos, pessoas,
cargas, bens e objetos com certificação internacional de qualidade ISO 9001. A empresa
promete que o sistema é capaz de rastrear os veículos em tempo real através do sistema de
base que é o GPS e pode ser utilizado no gerenciamento de cargas perigosas. (BLOCKSAT,
2014).
-A empresa Positron utiliza sensores e atuadores para monitorar as portas, travas e a
temperatura da carga transportada, bem como possibilita a comunicação do condutor para a
central, e vice-versa.
- Permite integrações com os sistemas do cliente e comunicações do condutor com a central
de monitoramento e vice-versa, através do teclado logístico;
- Os rastreadores retornáveis e descartáveis também possibilitam a maior segurança da carga e
oferecem redundância;
-A Positron também disponibiliza romaneio digital, controle de frotas, e atende a Lei
nº12619/2012 de Jornada de Trabalho e controle e tempo de direção, gerando relatórios que
vão desde início e fim de jornada, até o tempo de espera para entregas em filas e intervalos
mínimos para descanso. (POSITRON, 2014)
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Figura 6 (fonte: Informações extraídas do Banco de Dados POSITRON 2014.).
Os sistemas de rastreamento apresentados oferecem uma ampla gama de produtos e serviços
associados, entretanto nenhum destes é capaz de atender como o EGNOS SYSTEM, a
demanda de transporte de produtos perigosos, podendo ser entendidos como oportunidade de
melhoria se tomar como base o exemplo a seguir:
-Na classificação ONU de substancias perigosas, temos um caso particular do LÍQUIDO A
TEMPERATURA ELEVADA, INFLAMÁVEL, NE., com PFg superior a 60.5º C (incluindo
metais fundidos, sais fundidos etc.) e do do LÍQUIDO A TEMPERATURA ELEVADA,
INFLAMÁVEL, NE., com PFg inferior a 100º C (incluindo metais fundidos, sais fundidos
etc.). (ABQUIM, 2004).
De acordo com CETESB (1998): Estas substâncias devem estar com duas condições de
condicionamento mínimas a serem mantidas para evitar a emanação de gases inflamáveis para
atmosfera, que são:
1. Estanqueidade do tanque;
2. Temperatura controlada (entre no máximo 120ºC).
Para que a operação de transporte deste tipo de substância se torne mais confiável no tocante a
segurança operacional, deve se instalar um sistema de monitoramento de carga, com o nível
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de sofisticação compatível apenas com o sistema (OBU) da EGNOS, um dos poucos sistemas
capazes de atender plenamente a este tipo de demanda. Esta funcionalidade é inédita nos
sistemas de rastreamento de carga no mercado de fornecedores nacional.
A empresa Positron oferece um razoável sistema de rastreamento, porém mais limitado,
aplicável ao transporte de cargas sólidas em caminhões do tipo baú. Exemplo: ALUMÍNIO,
EM PÓ, REVESTIDO, AZODICARBONAMIDA, BERÍLIO, EM PÓ entre outros.
A partir da adoção de um sistema com maior robustez de monitoramento fica clara a
observância com relação aos ganhos de qualidade no transporte e a adequação as normas
internacionais citadas nesta pesquisa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Diante do exposto podemos entender que o emprego de alta tecnologia aliada aos
sistemas de gerenciamento convencionais, podem trazer ganhos operacionais significativos na
gestão da atividade de transporte de mercadorias perigosas.
A observação pelo prisma do retorno econômico é uma motivação muito pequena, quando
vista exclusivamente neste aspecto isolado. Os aspectos preponderantes como os de enfoque
ambiental, segurança e saúde são os que mais asseguram a continuidade das operações e a
viabilidade desta atividade do ponto de vista de negócio.
O empresariado brasileiro deverá buscar como meta para os próximos anos, desde a
tramitação do projeto de lei a ser aprovado até a aplicação efetiva da lei, a adequação e o
incremento de confiabilidade as ações de suas empresas, investindo e criando alternativas e
métodos gerenciais que de fato promovam o desenvolvimento da sociedade aliado à proteção
dos trabalhadores, meio ambiente e recursos hídricos do país.
REFERÊNCIAS
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ABQUIM, Associação Brasileira da Industria Química e de Derivados. Manual De Emergências Com Produtos Químicos - Pro-Química s.d.. 6ª ed. – São Paulo.
FILHO, D. P.; SANTOS J. A., Metodologia Científica –São Paulo : Futura , 1998.
EGNOS – European Geostationary Navigation Overlay Service. Disponível em:
http://egnos-portal.gsa.europa.eu Acesso em: 31 Jul.
CETESB. Banco de Dados de Produtos Químicos (PRD). São Paulo, 1988.
DI FAZIO, A.; BETTINELLI, D., e O'KEEFE K. EGNOS e Galileo no transporte de Mercadorias Perigosas (Tradução). Disponível em:http://gpsworld.com/egnos-and-galileo-track-dangerous-goods/ Acesso em: 31 set.
BLOCKSAT – BLOCKSAT®. Disponível em http://www.blocksat.com.br/produtos-e-
servicos Acesso em: 22 Nov.
POSITRON – POSITRON®. Disponível em:
http://www.positron.com.br/rastreamento/solucoes-para-carga Acesso em: 12 Out.
SEST/SENAT – SEST/SENAT. Disponível em
http://www.sestsenat.org.br/Paginas/Unidades.aspx. Acesso em: 19 Nov.
PIRES, G. V.; MIYATA, H.T.; SANCHEZ, M.H.; ROSSETTI, R.B.; COSTA, R. M.; MATTOS, T. L.; SANTOS V. S. C.; OLIVEIRA, L. E. : Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos Legislação Vigente no Brasil. 2011. 14f. Artigo (Curso de Engenharia Civil) – Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá – SP, 2011.