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O USO DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA PARA OSCONSUMIDORES RESIDENCIAIS
Erasmo Leite COLINS
Bacharel em Engenharia Elétrica - IESAN/ESTÁCIO e Especialista em MBA Projeto, Execução eControle de Engenharia Elétrica pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG.
Francisco de Assis Pinto BEZERRA
Bacharel em Ciências Econômicas/UFPA
RESUMO: Analisa a viabilidade da implantação de um sistema fotovoltaico em umaunidade consumidora residencial, conectada à rede elétrica de distribuição de energiaconvencional. Esta proposta foi desenvolvida a partir do Estudo de Caso, por ser único oobjeto investigado e que descreve e avalia o contexto no qual a intervenção ocorreu,tendo como lócus o Município de Ananindeua, no Pará. Os resultados revelam que osistema fotovoltaico é tecnicamente viável, pois o investimento no gerador fotovoltaicoteve tempo de retorno de 3 a 4 anos, indicando condições financeiras para o seupagamento a partir da própria economia mensal de energia elétrica que seria paga aconcessionária, ainda que seu custo inicial seja elevado, dada a baixa eficiência daconversão de energia dos painéis fotovoltaicos.
PALAVRAS-CHAVE: Fonte alternativa. Incidência solar. Viabilidade.
THE USE OF PHOTOVOLTAIC SOLAR ENERGY FORRESIDENTIAL CONSUMERS
ABSTRACT: It analyzes the viability of the implantation of a photovoltaic system in aresidential consumer unit, connected to the conventional electricity distributionnetwork. This proposal was developed from the Case Study, since it is unique the objectinvestigated and that describes and evaluates the context in which the interventionoccurred, having as a locus the Municipality of Ananindeua, in Pará. The results revealthat the photovoltaic system is technically feasible, since the investment in thephotovoltaic generator had a return time of four years, indicating financial conditionsfor its payment from the monthly electricity savings that would be paid to theconcessionaire, even if its initial cost is high, given the low efficiency conversion ofphotovoltaic panels.
KEYWORD: Alternative source. Solar incidence. Viability
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1. Introdução
Nos últimos anos, se por um lado, aumenta a demanda energética, aliada à
possibilidade de redução da oferta de combustíveis convencionais, por outro, cresce a
preocupação com a preservação ambiental do planeta. Por estes motivos, o uso de fontes
de energia renovável em sistemas de geração de energia elétrica é uma tendência
mundial, dada a crescente pressão sobre as demandas ambientais, pois são vistas como
fundamentais para construção de um futuro sem aquecimento global e sustentável.
Dentre as fontes, a energia elétrica proveniente dos painéis fotovoltaicos é
considerada uma das alternativas, por atender aspectos ambientais, pois o seu insumo é
abundante (sol) e não poluem o que torna possível ampliar o seu uso entre algumas
camadas sociais, principalmente os consumidores residenciais, dado o elevado custo da
energia convencional. Portanto, a geração de energia através do uso dos painéis
fotovoltaica apresentada vantagens, pois é uma fonte natural, limpa e renovável, o que
indica seu forte aspecto sustentável.
Destarte, esta energia é derivada da radiação solar, a qual é convertida por meios
semicondutores em energia elétrica, efeitos termoelétricos e fotovoltaicos. O efeito
fotovoltaico vem da excitação dos elétrons através de alguns materiais sobre a presença
de luz solar. Os materiais mais adequados para a conversão da radiação solar em energia
elétrica são as células fotovoltaicas (ALMEIDA, 2012). O mais importante é que a
energia solar fotovoltaica contribui para diminuir a dependência do mercado de petróleo
e as emissões de gases poluentes na atmosfera global.
O cenário é favorável à implantação de um sistema fotovoltaico, visto que
estimativas apontam que a energia solar incidente sobre a superfície da terra seja na
ordem de dez mil vezes maior do que o consumo energético mundial (PERREIRA et al,
2006). Este indicativo permite o conceito de Geração Distribuída de Energia Elétrica
(GDEE) a partir dos raios solares, cuja possibilidade passa pela técnica e que, por seu
turno, depende de investimentos em pesquisas, com a perspectiva de aprimorar a
produção deste tipo de energia, bem como baratear os preços dos materiais usados neste
processo.
Esta perspectiva acena positivamente para o Brasil, pois está localizado na região
intertropical do planeta, detendo elevada radiação solar superior ao resto do mundo,
com possibilidades de utilização da energia solar fotovoltaica. Para exemplificar este
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potencial, o Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE, 2008) informa que na
Europa e Alemanha, países que mais utilizam energia solar, os índices de radiação solar
é bem inferior aos do Brasil, com uma taxa de aproximadamente 1,4 vezes menor que a
radiação solar brasileira.
Este indicativo de que o Brasil significa espaço propício para explorar a energia
solar fotovoltaica levou à Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL instituir a
Resolução Normativa n. 482, de 17 de abril de 2012, que regulamentou a geração e o
acesso de energia elétrica de fontes renováveis de pequeno porte à rede distribuição.
Esta Resolução estabeleceu sistema de compensação de energia elétrica, em que a
energia ativa gerada e injetada na rede por uma unidade consumidora e cedida, por meio
de empréstimo gratuito, à distribuidora local e, posteriormente, compensada com o
consumo de energia elétrica ativa dessa mesma unidade consumidora ou de outra
unidade consumidora de mesma titularidade (ANEEL, 2016).
Todavia, ainda que se tenha insumo (sol) em abundância, alguns fatores se tornam
obstáculos para ampliar o uso de energia solar fotovoltaica para os consumidores
residenciais. A questão é que o desempenho dos painéis fotovoltaicos existentes varia
de acordo com o nível de radiação solar e de temperatura, o que dificulta e torna
complexa a extração máxima solar, justamente em função da variação da carga
recebida. Este problema de oscilação de potência se reflete na baixa eficiência da
conversão de energia solar, fazendo com que o custo inicial para a implantação de um
sistema fotovoltaico seja elevado.
Diante do problema levantado, o objetivo deste artigo é apresentar e analisar a
viabilidade da implantação de um sistema fotovoltaico em uma unidade consumidora
residencial, conectada à rede elétrica de distribuição de energia convencional, com foco
na eficiência da conversão de energia solar.
O desenvolvimento do tema deste artigo se justifica por três aspectos relevantes:
(a) Preocupação global com a preservação ambiental; (b) Escassez da oferta de
combustíveis convencionais, com perspectiva de redução na energia tradicional; e (c)
Custo da energia convencional é elevado, o qual se intensifica durante o período de
estiagem.
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2. Metodologia
O estudo da viabilidade da implantação de um sistema fotovoltaico em uma
unidade consumidora residencial, conectada à rede elétrica de distribuição de energia
convencional, derivou da exigência do Instituto de Pós-Graduação & Graduação (IPOG)
para a obtenção do Titulo de Especialização em MBA de Projeto, Execução e Controle
de Engenharia Elétrica, concluído em abril de 2018.
A análise da viabilidade do sistema fotovoltaico foi realizada a partir do Estudo de
Caso que, segundo Robert Yin (1989), é um método recomendado para um ou dois
objetos de investigação, sendo útil sempre que o fenômeno do estudo for amplo e
complexo e que o corpo de conhecimentos existente for insuficiente para explicar a
proposição de questões causais.
Segundo Yin (1989), o método do Estudo de Caso permite o pesquisador: explicar
ligações causais nas intervenções na vida real, servindo de estratégias experimentais;
descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu; e avaliar, ainda que de
forma descritiva, uma dada intervenção.
O lócus do Estudo de Caso foi no Município de Ananindeua, estado do Pará, e o
critério de seleção da unidade de análise foi o consumo residencial de até 363 kw/h por
mês. Antes da intervenção, foram realizadas pesquisas sobre o orçamento dos materiais
e equipamentos para compor o sistema de geração fotovoltaica. A fonte de aquisição
dessas necessidades foi o fabricante Canadian e Fronius.
Na residência selecionada foi tirada a média de consumo obtido dos últimos dozes
meses, isto é, até a data da pesquisa (fevereiro/2018), como também se levou em conta a
utilização de mais 50 kwh de custo de disponibilidade para efeito de cálculos
operacionais que envolvem o sistema, por se tratar de um modelo bifásico, com
estimativa de redução na conta de energia de 3 a 4 anos. Trata-se de um sistema de
médio padrão com capacidade projetada para atender unidades consumidoras
residências da classe B e C.
A instalação da fonte de energia solar fotovoltaica obedeceu ao Protocolo de
Estudo de Caso prescrito por Yin (1989), o qual recomenda o uso de procedimentos,
instrumentos e regras/normas, cuja aplicação significa uma tática para aumentar a
fidedignidade e credibilidade da pesquisa. Na prática, a engenharia do sisitema passou
pelo delineamento da potencia, painéis solares, inversor e estrutura de fixação,
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acompanhado pela descrição e disposição dos requisitos básicos para que as famílias
residências possam acessar o sistema fotovoltaico, a partir da compreensão do projeto
do sistema, sua viabilidade, passando pela análise e vistoria até a ligação.
3. Tecnologia de módulos Fotovoltaicos
Em qualquer instalação solar fotovoltaica o módulo fotovoltaico é o elemento
básico do sistema gerador. A quantidade de módulos conectados em série irá determinar
a tensão de operação do sistema contínua (CC). A corrente do gerador solar é definida
pela conexão em paralelo de painéis individuais ou de strings (conjuntos de módulos
conectados em série). A potência instalada normalmente especificada em C.C é dada
pela somada potência nominal dos módulos individuais (RÜTHER, 2004).
Nos últimos anos a fabricação e a comercialização de módulos fotovoltaicos vêm
crescendo em grande escala. Os módulos fotovoltaicos dividem-se basicamente em
módulos da família do silício cristalino e da família dos filmes finos.
Módulos de Silício Cristalino
A mais tradicional das tecnologias fotovoltaicas e a que ainda hoje apresenta
maior escala de produção a nível comercial é o c-Si (como é conhecido o módulo de
silício cristalino), se consolidou no mercado fotovoltaico por sua extrema robustez e
confiabilidade. O custo de produção destes módulos solares é, no entanto, bastante
elevado e as possibilidades de reduzi-los já foram praticamente esgotadas, razão pela
qual esta tecnologia é desconsiderada por muitos analistas como séria competidora com
formas convencional de geração de potência em larga escala. O c-Si segue sendo, no
entanto, o líder dentre as tecnologias fotovoltaicas para aplicações terrestres em
qualquer escala, principalmente porque nos principais mercados mundiais (Japão e
Alemanha) (RÜTHER, 2004).
Existem dois tipos de módulos de Silício Cristalino, o módulo de silício
monocristalino (m-Si) e o módulo de Sil´cio Policristalino (p-Si).
O silício monocristalino é produzida puxando uma espécie de semente de cristal
de forma extremamente lenta (da ordem de cm/hora) e uniforme a partir de um banho de
silício fundido de alta pureza (Si= 99,99% a 99,9999%) em reatores sob atmosfera
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controlada. Isto produz um cilindro com duas pontas finas que são cortadas fora e,
então, o cristal é cortado em secções usando quatro cortes em toda sua extensão- isto
será transformado em quadrados com as quinas arredondadas (AMERICA DO SOL,
2014).
Este será o pré- produto usado na produção das células solares, o qual envolve
lapidações, banhos químicos, polimentos, processos de difusão/dopagem e deposição da
máscara condutora da eletricidade gerada. Finalmente as células serão interconectadas
em série para a obtenção do módulo fotovoltaico (AMERICA SOL, 2014).
Módulo Silício Policristalino
As células de silício policristalino são formadas por diversos cristais, que são
fundidos e posteriormente solidificados justamente por causa das bordas das partículas
de cristais que a eficiência das células de policristalinos é menor que as monocristalinos.
Por outro lado, bem menos para serem produzidas, exigem menos materiais e energia.
Tudo isto reflete no custo final de células, que acaba sendo menor que as
monocristalinas, e fez também a tecnologia deter a maior fatia do mercado de módulos
solares a um longo período (AMERICA DO SOL, 2014).
Módulos de Filmes Finos
Os módulos de filmes finos caracterizam-se por utilizar uma pequena quantidade
de material semicondutor depositado em substrato, que pode ser rígido ou flexível. Eles
são nominados conforme o tipo de material semicondutor utilizado, os mais comuns
são: Silício Amorfo Hidrogenado (a-Si); Silício Micro amorfo (µa-Si) Telureto de
Cádmio (CdTe); Disseleneto de cobre e índio (CulnSe ou CIS); Disseleneto de Cobre,
entre outros (Figura 1).
Figura 1. Células e módulos fotovoltaicos
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Fonte: Quaresma (2017)
4. Sistemas Fotovoltaicos
A transformação da energia contida na radiação luminosa em energia elétrica é
um fenômeno físico conhecido como efeito fotovoltaico. Os Sistemas fotovoltaicos são
utilizados para a geração de energia elétrica através da radiação solar. Basicamente
existem dois tipos de sistemas fotovoltaicos: o sistema fotovoltaico isolado e o sistema
fotovoltaico conectado à rede elétrica.
4.1 - Sistemas Fotovoltaicos Isolado
O sistema fotovoltaico isolado (Figura 2) é normalmente utilizado em locais onde
a rede elétrica da concessionária não estar presente, armazena a energia elétrica gerada
em baterias, a fim de poder disponibilizar energia elétrica inclusive nos momentos de
baixa ou nenhuma incidência solar. Podem ser do tipo individual ou em mini redes,
sendo composto pelos seguintes equipamentos: Painel fotovoltaico, Controlador de
carga, Baterias e Conversor.
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Figura 2. Sistema Fotovoltaico Isolado
Fonte: Urbanetz Junior (2013)
4.2 - Sistemas Fotovoltaicos conectados à rede elétrica
Em principio, os sistemas de conexão à rede elétrica se desenvolveram somente
para centrais fotovoltaicas de grande porte, já que se pensava que poderiam, no futuro,
resolver certos problemas existentes na geração e distribuição de energia convencional.
No entanto, na medida em que avançou o mercado da eletrônica, começaram também a
ser desenhados sistemas de menor porte com a finalidade de atender a pequenas centrais
domésticas (PEREIRA, 2006).
No sistema fotovoltaico conectado à rede, a energia elétrica gerada é injetada na
rede elétrica pública. Tem como características alta produtividade, e se desconectam
automaticamente quando ocorre uma falha na rede, evitando o efeito do ilhamento.
Quando a rede elétrica é estabelecida, automaticamente o sistema (Figura 3) volta
a operar normalmente. É composto basicamente por apenas dois equipamentos: o painel
fotovoltaico e o inversor. Visando atender os requisitos das concessionárias de energia
elétrica, devem ser instalados ainda, dispositivos de manobra e proteção, e um medidor
de energia bidirecional, que mede a energia elétrica injetada na rede pública, e também
a consumida (URBANETZ JUNIOR, 2013).
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Figura 3. Componente do Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede
Fonte: Urbanetz Junior (2013)
O Sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica é baseado na interação de dois
agentes responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica a concessionária e o gerador
fotovoltaico. Havendo incidência solar sobre o painel fotovoltaico, há geração de
energia elétrica, e esta é disponibilizada diretamente na rede elétrica do próprio
consumidor onde estar localizado o gerador fotovoltaico. No caso da energia foto-
gerada ser superior a consumida na própria edificação, a mesma é enviada à rede
elétrica para ser consumida nas adjacências. Nos momentos de baixa ou nenhuma
incidência solar, a concessionária é quem supre o consumidor (URBANETZ Jret al,
2014).
Os Sistemas Fotovoltaicos conectados as redes são uma forma de geração
distribuída, pois contribuem com a disponibilidade de energia junto ao ponto de
consumo, minimizando as perdas com transmissão e distribuição, e dispensam o uso de
banco de baterias, pois a potência gerada é consumida diretamente pelas cargas locais e
o excedente é absorvido pela rede elétrica, que a disponibiliza para outros consumidores
permitindo a redução da geração pelas fontes convencionais de energia, no caso do
BRASIL, principalmente as usinas hidroelétricas e térmicas (URBANETZ JUNIOR et
al., 2014).
O desempenho de um sistema fotovoltaico é afetado por uma série de fatores
ligados à qualidade dos componentes, à configuração escolhida, às condições
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meteorológicas, à correta instalação e manutenção do sistema e às condições da rede
elétrica, que impõem uma série de perdas ao sistema. De uma maneira geral, essas
perdas provocam a redução da eficiência dos componentes dos sistemas fotovoltaicos,
afetando diretamente a produção de energia e os parâmetros de desempenho, sendo
importante conhecê-las a fim de evitá-las ao máximo (ALMEIDA, 2012).
É interessante notar também que os dispositivos desenvolvidos micro-
controladores fornecem informações que permitem ao usuário aumentar a eficiência da
geração de energia elétrica de painéis solares fotovoltaicos, pois com ele é possível
detectar, a melhor posição para a instalação do painel; ou seja, o local em que a máxima
radiação solar é captada e o ponto ótimo de operação (Tensão e Corrente) para a
máxima potência.
Além disso, é possível através da análise das curvas características detectarem
problemas de funcionamento do painel ou mesmo condições anormais que prejudiquem
seu desempenho como, por exemplo, um sombreamento parcial causado por alguma
sujeira ou objetos como folhas de árvores na superfície dos painéis.
5. Normas Técnicas para geração distribuidora
Geração Distribuída é a geração de energia elétrica realizada junto ou próxima
do(s) consumidores independente da potência, tecnologia e fonte de energia. As
tecnologias de geração distribuída têm evoluído para incluir potências cada vez
menores. Tem como vantagem economia no investimento de transmissão e redução das
perdas de energia no sistema. O sistema de geração distribuída conta com equipamentos
de medida, controle e comando que articulam a operação dos geradores e o eventual
controle de cargas.
A geração elétrica perto do consumidor chegou a ser a regra na primeira metade
do século, quando a energia industrial era praticamente toda gerada localmente. A partir
da década de 40, no entanto, a geração em centrais de grande porte ficou mais barata,
reduzindo o interesse dos consumidores pela geração distribuída e, como consequência,
o desenvolvimento tecnológico para incentivar esse tipo de geração também parou
(INEE, 2008).
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A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL estabeleceu dia 17 de abril de
2012 uma nova resolução normativa de número 382 (ANEEL, 2016), que estabelece
condições gerais para mini e micro geração de energia elétrica:
Microgeração distribuída: potência instalada menor ou igual a 75 kW;
Minigeração distribuída: potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a
1MW.
Com a possibilidade da instalação de um sistema fotovoltaico para a geração de
energia elétrica alcançar uma viabilidade considerada satisfatória, surgiu a necessidade
de elaboração de normas para garantir assim a qualidade e compatibilidade dos
equipamentos além da segurança dos sistemas. Algumas regulamentações também
foram elaboradas para estimular os investimentos principalmente em energias
renováveis.
A seguir se apresenta algumas normas regulamentadoras da Associação Brasileira
de norma Técnicas (ABNT) sobre os sistemas fotovoltaicos de geração de energia
conectados à rede elétrica, segundo Toyama (2014):
ABNT NBR 11704/2008 – Sistemas Fotovoltaicos – Classificação: Esta norma
classifica os sistemas de conversão fotovoltaica de energia solar em elétrica.
ABNT NBR 11876 – Módulos Fotovoltaicos – Especificação: Esta norma
especifica os requisitos exigíveis e os critérios para aceitação de módulos
fotovoltaicos para uso terrestre, de construção plana e sem concentradores, que
utilizem dispositivos fotovoltaicos como componentes ativos para converter
diretamente a energia solar radiante em elétrica.
Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL estabelece as condições gerais para
acesso de microgeração e minigeração distribuídas aos sistemas de distribuição
de energia elétrica e o sistema de compensação de energia elétrica.
Norma Técnica - NT-31.020 – Trata de conexão de microgeração distribuída ao
sistema de distribuição de baixa tensão da concessionária paraense.
6. Geração de energia ideal para sistema fotovoltaico conectado à rede
A compensação é realizada a partir da energia ativa injetada pelo micro ou
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minigerador, a qual gera créditos de energia equivalentes para serem consumidos em
um período de até 36 meses. Ainda, de acordo com o art. 2º, é possível que o crédito
gerado seja utilizado por outra unidade consumidora, desde que esta esteja relacionada
ao mesmo CPF (Cadastro de pessoa Física) ou CNPJ (Cadastro de Pessoa Jurídica) da
unidade consumidora responsável pela geração dos créditos.
De acordo com o Sistema de Compensação proposto pela resolução em questão,
deverá ser cobrado, no mínimo, o custo de disponibilidade para consumidores do grupo
B ou a demanda contratada para consumidores do grupo A (ANEEL, 2016).
Importante ressaltar que, para unidades consumidoras conectadas em baixa tensão
(grupo B), ainda que a energia injetada na rede seja superior ao consumo, será devido o
pagamento referente ao custo de disponibilidade (ANEEL, 2016). O que equivale à: 30
kWh para consumidores com conexões monofásicas, 50 kWh para bifásicas e 100 kWh
para trifásicos.
Para calcular a geração economicamente mais eficaz para um sistema fotovoltaico
de uma unidade consumidora do grupo B faz-se necessário verificar o comportamento
do histórico de consumo da unidade consumidora de forma a definir o consumo
referência do imóvel, geralmente a moda estatística é a medida matemática mais
adequada para essa representação, e diminuir deste o custo referente à disponibilidade
do sistema (QUARESMA, 2017).
Vale ressaltar que outros elementos podem influenciar na geração ideal
economicamente de uma determinada unidade consumidora, como: potência e tipos de
módulos disponíveis no mercado, custo de aquisição dos materiais e equipamentos para
instalação do sistema, restrição de espaço para instalação do sistema fotovoltaico,
sazonalidade da carga e Horas de sol pleno (HSP) da região (QUARESMA, 2017).
O ponto de partida para a construção de um sistema fotovoltaico conectado à rede
é definir a energia média a ser produzida pela fonte fotovoltaica, a qual pode se
mensurada a partir da potência do gerador solar (painel) através da seguinte equação
apresentada por Quaresma (2017):
Equação 1
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Em que:
• Eg: Energia gerada;
• HSP: Horas de Sol Pleno;
• dias: tempo em dias, geralmente um mês (30);
• Pot SFV: Potência do sistema fotovoltaico;
• 0,8: Perda considerada do sistema fotovoltaico (perda do gerador, inversor e nos
cabos).
Vale ressaltar que horas de sol pleno (HSP) equivale ao ganho diário por radiação
solar a qual incide no plano do arranjo fotovoltaico (MARINOSKI, 2004).
6.1 - Dimensionamento do inversor
O dimensionamento do inversor depende da geração do sistema fotovoltaico, ele é
diretamente proporcional a potência nominal do sistema. A potência do inversor deve
ficar no intervalo conforme equação 2 apresentada por Marinoski (2004):
Equação 2
Em que:
• Pot Inversor: Potência do inversor.
A eficiência dos inversores varia normalmente na faixa de 50 a 95 %, podendo
diminuir quando estão funcionando acima da sua potência nominal. Assim recomenda-
se que o inversor seja dimensionado, sempre que possível, com potência abaixo de
potência nominal do arranjo fotovoltaico (MARINOSKI, 2004).
7. Estudo de caso
O estudo em questão é em uma residência na Cidade de Ananindeua do Estado do
Pará, através da média de consumo obtido dos últimos dozes meses e levando em
consideração a utilização de mais 50 kwh de custo de disponibilidade para efeito de
cálculo por se tratar de um padrão bifásico. Para tanto, foi apresentado uma proposta de
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um sistema de geração de energia solar fotovoltaico para atender uma demanda de até
363 kwh, projetado para uma unidade consumidora residencial, com uma redução na
conta de energia estimada em 3 a 4 anos.
Simulação do sistema Fotovoltaico
7.1 - Simulação do sistema Fotovoltaico
Foi utilizada a plataforma do site www.aldo.com.br/centrium (Aldo componentes
eletrônicos), para realizar a simulação do sistema fotovoltaico demandado da residência:
Tabela 1. Características da potencia do Sistema
Potência do Sistema
Potência Pico do Sistema: 3.25k Wp Número de Módulos: 10
Potência dos Módulos: 325 W Número de Inversores: 1 unidade(s)
Estrutura do sistema
Área estimada 22.10 m² Média HSP Anual: 5,58Peso estimado 18 kg/m² kWh/m2/diaFonte: Autores
É muito importante destacar as características técnicas dos componentes do
projeto do sistema Fotovoltaico, com vista a familiarizar os consumidores residenciais,
a partir de alguns conhecimentos elementares.
Painéis Solares
Potência 325 W
Garantia (defeito de fábrica): 10 anos
Garantia (80% eficiência): 25 anos
Marca: Canadian Solar
Peso Kg: 22,4 kg
Inversor
- Modelo: Primo 3.0 kw
- Fabricante: Fronius
- Sistema de Monitoramento: wireless
- Tensão de Funcionamento: mono. 220 V
- Potência Máx. Nominal AC: 3.000 W
Estrutura de Fixação
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- Tipo de Superfície: Telhado de Shingle
- Garantia: 1 ano
- Material: Alumínio
- Peso Total Estimado: 331.50Kg
7. 2 - Informações básicas do sistema em estudo
Os consumidores residenciais precisam estar cientes dos principais procedimentos
e de alguns aspectos elementares para o bom funcionamento do sistema, dos quais se
destacam os seguintes:
- A estimativa de geração média apresentada foi calculada em um cenário ideal. Por se
tratar de uma fonte intermitente e sensível a fatores externos, a geração pode sofrer
variações positivas ou negativas em decorrência das características físicas do telhado,
sombreamento e/ou posicionamento dos módulos.
- A produção de energia do seu sistema está relacionada à radiação solar mensal da
localidade assim como sobre a inclinação, sombreamento posicionamento do local de
instalação dos módulos. Como há variação da radiação solar durante os meses do ano, a
geração pode variar.
- kW Pico é a medida utilizada para definir a máxima potência instantânea em corrente
contínua gerada pelo Sistema Fotovoltaico a 1000 W/m² disponíveis de radiação solar.
- kWh é a soma da energia total gerada em um dado período de tempo.
- Os valores apresentados são estimativos e se baseiam nos históricos dos anos passados
fornecidas por bancos de dados do CRESESB, NASA e PV Syst. As informações destas
fontes variam de acordo com o mês do ano em que se mede a produção, bem como de
fatores meteorológicos específicos de cada ano, quando já consideradas as perdas de
inversão e fiação.
- A economia financeira estimada mensalmente é calculada admitindo-se que 60% do
consumo elétrico mensal serão compensados através de crédito energético e 40% será
compensado concomitantemente à geração, de acordo com Nota Técnica nº 0056/2017 -
SRD/ANEEL.
7.3 - Formalidades para adesão do sistema proposto
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Neste caso, tanto usuários, como a distribuidora de energia deve formalizar
responsabilidades favoráveis (direitos-deveres) para a garantia do funcionamento do
sistema, segundo as seguintes necessidades:
Requisitos para solicitação de acesso para os consumidores residenciais:
- Formulário de Acesso;
- Projeto;
- Memorial Técnico;
- ART;
- Dados do Inversor (dados técnicos e relatório de ensaio);
- Tabela de Compensação;
- Conta Contrato;
- CPF E RG do titular responsável da residência; e
- Adquirir e instalar o gerador de energia (Prazo Maximo de 120 dias).
Responsabilidades da distribuidora:
- Emitir Parecer de Acesso (Prazo Maximo de 15 dias)
- Fazer a vistoria e ligação no caso aprovado (Prazo Maximo de 7 dias)
- Tendo pendência técnica na vistoria, a Distribuidora emite relatório de vistoria no
prazo máximo de 7 dias e o consumidor após regularizar eventuais aspectos técnicos
solicita a aprovação do ponto de conexão e finalmente a distribuidora aprova e efetiva a
conexão no prazo (Max de 7 dias).
Desta forma, foi mostrado no estudo que o sistema é viável, formalizando a
adesão do mesmo junto a concessionária de energia local e com uma pequena parcela de
contribuição com o meio ambiente e aumento da matriz energética do país.
8. Indicadores econômicos de retorno do sistema Fotovoltaico
O projeto de geração de energia elétrica pelo sistema Fotovoltaico significa
vantagens financeiras para os usuários residências. Estima-se que o sistema solar
fotovoltaico proposto neste relatório, de 3.25 kwp é capaz de gerar em média na cidade
de Ananindeua- PA (Tabela 2).
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Tabela 2. Geração do Sistema Fotovoltaico do estudo
Energia gerada/mês: 448,5 kw/h Economia estimada: R$ 385,28/mêsEconomia estimada: R$ 4.623,36/ano Retorno do seu investimento: 3 a 4 anos.
Fonte: Autores
Outro indicador que pode mensurar as vantagens da geração de energia do sistema
Fotovoltaico é o tempo de retorno do investimento. O valor do investimento é de R$
15.119,00. O tempo de retorno do investimento (Tabela 3) está relacionado à economia
do ano mais o suposto aumento de tarifa anual de 0,08% acrescido a cada ano, desta
forma deduz-se o tempo de retorno do investimento.
Tabela 3. Retorno financeiro do sistema Fotovoltaico
Períodos
(Ano)Economia
(Ano)Economia acumulado(com 8% de reajuste) Valor do investimento
1º R$ 4.623,36 R$ 4.623,36 R$ 15.119,002º R$ 4.993,23 R$ 9.616,59 R$ 15.119,003º R$ 5.392,69 R$ 15.009,28 R$ 15.119,004º R$ 5.824,10 R$ 20.833,38 R$ 15.119,005º R$ 6.290,03 R$ 27.123,41 R$ 15.119,006º R$ 6.793,23 R$ 33.916,64 R$ 15.119,007º R$ 7.336,69 R$ 41.253,33 R$ 15.119,008º R$ 7.923,63 R$ 49.176,96 R$ 15.119,009º R$ 8.557,52 R$ 57.734,48 R$ 15.119,0010º R$ 9.242,12 R$ 66.976,59 R$ 15.119,0011º R$ 9.981,49 R$ 76.958,08 R$ 15.119,0012º R$ 10.780,01 R$ 87.738,09 R$ 15.119,00
Média R$ 7.311,50 R$ 40.913,32 R$ 15.119,00
Fonte: Autores
O retorno estimado é de 3 a 4 anos aproximadamente. Essa estimativa foi
calculada sobre o valor do kwh de R$ 0,85 cobrado pela concessionária de energia e
com uma projeção de reajuste anual de tarifa de 0,8%, deduzidos dessa forma os valores
encontrados na tabela 2 (retorno financeiro).
Considerações Finais
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Neste estudo foi proposto um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica em
uma residência na cidade de Ananindeua, estado do Pará, em que o procedimento
significou o levantamento da média mensal do consumo de energia elétrica, definição
da viabilidade através do playback do sistema, o qual indicou o tempo de retorno do
investimento realizado, entre outros aspectos relevantes.
O sistema foi composto por dez módulos fotovoltaico de 325 w e 1 inversor de 3.0
kw. Neste foi considerado a média mensal de consumo de 363 kw/h, mais 50 kw/h para
o atendimento de consumo de padrão bifásico, com possibilidades de aumento de
consumo futuro, para uma potência de geração de 448,5 kw/h e que representa um
sistema fotovoltaico de 3,25 kwp, necessário para atender a demanda da residência.
O investimento que feito com a implementação do gerador fotovoltaico foi de R$
15.119,00 e um tempo de retorno de 3 a 4 anos, indicando possibilidades de condições
financeiras de se pagar com a própria economia mensal que o consumidor pagaria para a
concessionária através da conta de energia elétrica. Cabe ressaltar, contudo, que nesses
tipos de cálculo com matemática financeira não são considerados os ganhos ambientais
e sociais que essa forma de produção de energia limpa e renovável proporciona.
Estes indicativos revelam que o sistema fotovoltaico é tecnicamente viável, dado
o tempo de retorno do investimento no gerador fotovoltaico (3 a 4 anos), ainda que seu
custo inicial seja elevado, dada a baixa eficiência da conversão de energia dos painéis
fotovoltaicos.
Para aumentar a eficiência da conversão de energia solar e reduzir o problema de
oscilação de potência no sistema fotovoltaico recomenda-se maiores investimentos em
pesquisas para melhorar a qualidade técnica dos materiais dos painéis fotovoltaicos, de
modo a estabilizar e maximizar a extração de radiação solar e de temperatura,
potencializando assim a carga da unidade consumidora, reduzindo o custo inicial da sua
implantação, o que possibilita maior acesso de consumidores residenciais.
Que os resultados desta pesquisa sirvam de orientação para os governos, no
sentido de conceder incentivos fiscais para as empresas que operam com materiais do
sistema fotovoltaico, cuja diminuição da carga tributária se traduza em maior acesso dos
consumidores residenciais nesta fonte de energia limpa, renovável e sustentável.
Ainda que a pesquisa tenha se realizado em Ananindeua, Pará, os resultados deste
estudo podem servir de referência para outros Municípios da Amazônia, pois em toda
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esta região predomina seu principal insumo – o sol – de modo a compensar o elevado
custo da energia tradicional, em função da grande distância dessas localidades até a
fonte fornecedora.
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Esta pesquisa foi realizada em fevereiro de 2018 no Município de Ananindeua, estado do Para,Brasil, como exigência do Instituto de Pós-Graduação & Graduação (IPOG) para a obtenção do
Titulo de Especialização em MBA de Projeto, Execução e Controle de Engenharia Elétrica.