o trabalho funcional e a reabilitaÇÃo … · 2011-01-30 · direcionei minha linha de pesquisa....

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE O TRABALHO FUNCIONAL E A REABILITAÇÃO PSICOMOTORA NO IDOSO. Cássia Ribeiro de Carvalho Silva Orientadora: Prof. a /Mestre Fátima Alves Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O TRABALHO FUNCIONAL E A REABILITAÇÃO

PSICOMOTORA NO IDOSO.

Cássia Ribeiro de Carvalho Silva

Orientadora: Prof.a/Mestre Fátima Alves

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O TRABALHO FUNCIONAL E A REABILITAÇÃO

PSICOMOTORA NO IDOSO.

O presente estudo tem como objetivo mostrar

os benefícios que o trabalho funcional traz na reabilitação

motora do idoso através de revisão bibliográfica dos

temas supracitados.

Por: Cássia Ribeiro de Carvalho Silva

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela

proteção e por me iluminar em todos os momentos da

minha vida.

Agradeço a minha mãe Norma Ribeiro de

Carvalho Silva, ao meu pai Marcondes Alberto Silva, pelo

apoio e incentivo, agradece especialmente a minha filha

Maria Clara Ribeiro Vieira pela disposição e força de

vontade ao acordar cedo todos os sábados para me

acompanhar em mais uma jornada.

Agradeço a todos meus familiares que

acompanharam minha luta para vencer os desafios da

vida. As minhas primas Natalia Rondon e Gelria Maia

pela ajuda durante as pesquisas.

Agradeço também a todas minhas alunas do

grupo de convivência por mostrarem o quanto é

prazeroso trabalhar com idosos.

Agradeço também a minha orientadora

Prof.a/Mestre Fátima Alves, ao mestre Paulo Gil Salles

que foi quem me inicializou nas pesquisas acadêmicas e

ao meu professor e amigo José Ricardo por mostrar o

quanto é belo o mundo da psicomotricidade.

Agradeço a todos aqueles que por descuido

deixei de citar, mas que foram de suma importância em

minha vida.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a meus avós paternos

e maternos José João Silva, Maria de Lourdes Silva,

Severino Ribeiro de Carvalho e Juracy Ribeiro de

Carvalho, pois foi pela admiração que tenho por eles e

pela fascinante fase de vida que é a maturidade que

direcionei minha linha de pesquisa. A minha filha Maria

Clara por todos os momentos maravilhosos que me

proporcionou desde o dia que nasceu provando o quanto

à vida vale à pena.

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“(...) Velhice é apenas um estado de espírito,

mesmo se a velocidade do envelhecimento para cada

organismo da espécie humana é especifica: a primeira

diferença entre os idosos, de acordo com a idade

cronológica e biológica, é a individualidade. Há velhos de

20 anos e jovens de 80”.(Delfina Pimenta, 2011).

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RESUMO

O envelhecimento é um processo irreversível, contínuo e inevitável onde o

indivíduo tem sua capacidade motora diminuída interferindo nas atividades

básicas do seu cotidiano. Com o passar dos anos o individuo sofre

modificações fisiológicas, biológicas, psicológicas e sociais, o trabalho

funcional e o trabalho psicomotor visam retardar ou minimizar essas

modificações que geram dependência e limitação. Com o objetivo de deixar

este individuo o mais independente possível algumas medidas de prevenção e

de reabilitação devem ser tomadas, trabalhando em cima dos reais problemas,

que são: suas limitações físicas e psíquicas. O idoso independente é um idoso

“vivo”, que é capaz de se locomover, se vestir, se alimentar, resolver suas

finanças e etc, o que faz com ele seja auto-suficiente.

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METODOLOGIA

Este estudo será desenvolvido através de revisão bibliográfica

utilizando livros de Vitor da Fonseca, Fátima Alves e Cacilda Velasco além de

artigos científicos como os do Colégio Americano de Medicina e esporte

(AMERICAN COLLEGE) que abordam os temas reabilitação psicomotora,

idoso e treinamento funcional. Com uma abordagem direta e clara serão

apontados os principais problemas encontrados pelo idoso como: incapacidade

motora, desequilíbrio muscular, patologias associadas, dependência psíquica e

social, dependências básicas do seu dia-dia, entre outras.

A metodologia utilizada destina-se a apontar as modificações

ocorrentes na vida do individuo ao ficar idoso, suas principais limitações e o

que pode ser feito para prevenir ou amenizar os sintomas do envelhecimento.

Com a prática regular de atividades físicas, incluindo um bom trabalho

funcional o individuo obtém melhoras motoras e até psicológicas, pois ele ficará

mais independente e mais confiante ao realizar suas tarefas diárias.

O idoso enfrenta muitos problemas ocasionando limitações, o que

faz com que ele se sinta muitas vezes “inútil” naquele ambiente que o rodeia. O

trabalho funcional e o trabalho psicomotor fornecerão subsídios capazes de

trazer de volta sua vitalidade perdida com o passar dos anos, pois este idoso

ganhará força muscular, equilíbrio, flexibilidade, coordenação entre outras, ou

seja, ele ganhará autonomia reduzindo o risco de acidentes e até mesmo o

tornando se independente para tomar suas próprias decisões.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9

CAPITULO I – O ENVELHECIMENTO............................................................. 11

CAPITULO II - TREINAMENTO FUNCIONAL.................................................. 16

CAPÍTULO III - REABILITAÇÃO PSICOMOTORA........................................... 22

CONCLUSÃO................................................................................................... 27

BIBLIOGRAFIA................................................................................................. 29

ÍNDICE.............................................................................................................. 34

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INTRODUÇÃO

A população idosa vem aumentando com o passar do tempo e,

como conseqüência da natureza fisiológica do ser humano, o individuo tem sua

capacidade motora diminuída interferindo assim em atividades básicas do seu

cotidiano, tendo em vista que a velhice envolve dois processos, sendo um

fisiológico e outro metabólico. Sendo assim, o presente trabalho tem o objetivo

de abordar temas relacionados os processos de modificações que o idoso

sofre, apontando caminhos possíveis para que estes processos ocorram de

maneira natural, mas com qualidade.

No primeiro capítulo falaremos sobre o envelhecimento de uma

forma geral citando algumas limitações e doenças associadas; no segundo

abordaremos o tema treinamento funcional, suas variáveis e benefícios; já no

terceiro e último capitulo serão descritos a psicomotricidade, a reabilitação

psicomotora e a relação existente entre todos os temas supracitados.

A questão central deste trabalho é abordar se a prática regular de

atividades físicas incluindo exercícios funcionais pode ou não melhorar o

desenvolvimento motor do idoso; auxiliando na sua autonomia, melhorando seu

equilíbrio, coordenação, flexibilidade e força muscular. Seguindo de uma boa

avaliação funcional que nada mais é do que verificar a funcionabilidade que

este indivíduo tem perante os problemas do seu cotidiano e perante a

sociedade, a “função” é avaliada de acordo com a capacidade que este idoso

tem em realizar as atividades da vida diária (AVD), obteremos informações

cabíveis para direcionar o trabalho a ser realizado com este individuo.

A dependência motora é o fator que mais impossibilita o idoso,

fazendo-se necessários trabalhos reabilitadores com o intuito de minimizar os

sintomas do envelhecimento e recuperar sua autonomia devem ser feitos

trabalhos reabilitadores. O trabalho com o idoso deve ser feito de forma

sensível, lúdica e prazerosa com exercícios de resistência muscular,

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10alongamento e força, que iram melhorar a circulação, melhorando também o

raciocínio e as atividades diárias em geral.

A reabilitação psicomotora aliada ao trabalho funcional resgatará a

independência psicológica e motora deste individuo. Resgatar é importante,

mas melhor que isto é prevenir, pois o idoso ativo mantém sua integridade

física e psíquica rejuvenescida retardando o aparecimento dos sintomas do

envelhecimento. Segundo Fonseca, (1998) envelhecer é viver, viver é mover-

se, essa afirmativa é tomada como base para as justificativas de programas de

prevenções e de reabilitação psicomotora. Apesar de inevitável os efeitos do

envelhecimento podem ser combatidos com medidas reabilitativas, ativas ou

preventivas.

Tentando obter uma correlação entre os temas abordados, foi

descrito como o treinamento funcional e a reabilitação psicomotora são feitos, e

o ponto em comum é que: a melhor medida a ser tomada é a preventiva. O

trabalho realizado com sucesso, paciência e individualidade faz deste individuo

um cidadão independente, eficiente e ativo perante a sociedade.

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CAPITULO I

O ENVELHECIMENTO

Envelhecer é um acontecimento biológico e inevitável que devemos

nos preparar para tal mudança com consciência e sabedoria, a população

idosa vem crescendo muito e cada vez com mais saúde, o que é fruto de muita

informação passada principalmente pelos meios de comunicação, que a cada

dia ”despeja” temas e reportagens que estão na moda, sobre saúde e

qualidade de vida. Devido a este turbilhão de informações passadas através da

mídia, o idoso hoje tem consciência da importância de adotar hábitos mais

adequados para o cuidado com sua própria saúde, como a prática de atividade

física, o consumo de uma alimentação saudável e até mesmo hábito de uma

boa leitura, pois assim pode-se manter não só o corpo como também a mente

saudável.

O aumento do envelhecimento populacional é um novo fenômeno

mundial onde até mesmo os países mais ricos ainda estão tentando se

adaptar. Envelhecer não é mais privilégio de uma pequena parcela da

população, porém os países mais desenvolvidos diferem substancialmente dos

demais. O Brasil, por exemplo, não está preparado para receber tamanho

crescimento populacional de idosos, pois, segundo a Organização Mundial da

Saúde (OMS) a população de indivíduos com mais de 60 anos crescerá de tal

modo que em 2025 o Brasil será o sexto país do mundo em idosos. A (OMS)

prevê também que o grupo de maior crescimento é o de idosos com mais de 80

anos do sexo feminino. Dados da Fundação IBGE (1984) mostram que em

1983 no Rio de Janeiro quase 8% da população pertencia à faixa etária de 60

anos ou mais, enquanto Salvador menos de 5% da população pertencia ao

mesmo grupo.

Atualmente o idoso mostra-se cada vez mais independente, porem

não podemos esquecer que ele ainda dispõe de certas limitações e é pensando

nestas limitações que devemos focar o trabalho psicomotor para que se

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12obtenha uma boa reabilitação e minimize estas limitações. O idoso deve ser o

menos dependente possível para que ele se sinta útil e ativo e a dependência

pode ser relacionada também com fragilidade que é definida por Hazzard et al.

(1994) como uma vulnerabilidade que o indivíduo apresenta aos desafios do

próprio ambiente. Parte desta dependência ou limitação está relacionada com

alguma patologia associada ao envelhecimento, porem, antes de direcionar o

trabalho a ser realizado devemos classificar se esta patologia é limitante ou

não e em qual grau ela se encontra. Para avaliarmos o grau de dependência

utilizamos o método de avaliação funcional, que é muito aplicado na prática

geriátrica e tem se mostrado um indicador de tamanha relevância para avaliar

necessidades e determinar a utilização de recursos. O objetivo principal em

uma avaliação funcional nada mais é do que verificar a funcionabilidade que

este indivíduo tem perante os problemas do seu cotidiano e perante a

sociedade, a “função” é avaliada de acordo com a capacidade que este idoso

tem em realizar as atividades da vida diária (AVD), que pode ser dividida em:

(a) atividades básicas da vida diária tarefas próprias do autocuidado, como se

alimentar, vestir-se, controlar os esfíncteres, banhar-se, locomover-se, etc.;

(b) atividades instrumentais da vida diária indicativas da capacidade para levar

uma vida independente na comunidade, como realizar as tarefas domésticas,

compras, administrar as próprias medicações, manusear dinheiro, etc.;

(c) atividades avançadas da vida diária marcadoras de atos mais complexos, e

em grande parte, ligados à automotivação, como trabalho, atividades de lazer,

contatos sociais, exercícios físicos, etc.

Segundo Pitaud (1999) para caracterizar o idoso como uma pessoa

independente outro fator importante a ser avaliado além dos demais citados é a

capacidade de participação na vida econômica e social em decidir o que quer

fazer com seus recursos sem a ajuda de terceiros.

Não é apenas a dependência que faz do individuo incapaz, mas sim

o somatório de fatores incapacitantes é que vão determinar o quanto este idoso

é independente ou não, porém a dependência não é algo permanente, é um

processo que pode ser modificado, prevenido ou até mesmo reduzido de

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13acordo com o trabalho a ser aplicado, seja adequando o ambiente às limitações

irreversíveis ou revertendo as que são possíveis, tornando este individuo o

mais auto-suficiente possível.

1.1 O envelhecimento e as doenças associadas

Com o aumento decorrente do numero de idosos vem também o

aumento proporcional das doenças associadas ao envelhecimento, destacando

se as doenças crônico-degenerativas, podemos dizer que o desuso das

funções fisiológicas que ocorre por imobilidade e má adaptação é um fator mais

determinante até do que as doenças crônicas, porem não podemos deixar de

citar a diabetes e a hipertensão arterial como um fator agravante às demais

doenças provenientes da idade . A dependência motora é considerada um fator

muito importante que afeta a qualidade de vida do idoso, devido à diminuição

funcional motora este indivíduo torna-se mais limitado e dependente.

1.1.1 Doenças crônico-degenerativas

Dentre as doenças associadas ao desequilíbrio e às limitações

articulares podemos citar as principais como: osteoporose, osteoartrite e artrite

reumatóide. A mais comumente falada é a osteoporose que se caracteriza pela

diminuição da massa óssea e com isso o aumento da fragilidade esquelética e

susceptibilidade a fraturas. WHO, (1994) define a osteoporose como

sendo doença caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da

microarquitetura do osso, levando a aumento da fragilidade óssea e,

conseqüentemente, maior risco de fraturas. Assim, a prevenção da

fratura é o objetivo principal e fundamental na abordagem de mulheres após a

menopausa e em indivíduos idosos. A perda de massa óssea também pode ser

conseqüência da diminuição de massa muscular e de força, o declínio gradual

da massa óssea, começa por volta dos 30 ou 40 anos de idade, diminuindo

cerca de 0,5 % ao ano, sendo que esta perda é muito mais acentuada na

mulher após a menopausa. As mulheres são as mais acometidas pelas

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14doenças relacionadas ao desequilíbrio, segundo Basires, a partir dos 80 anos

ocorre uma redução no equilíbrio, diminuição na velocidade do andar, fraqueza

da musculatura dos membros inferiores, deficiência na cognição e efeitos de

medicamentos além da diminuição hormonal após a menopausa. Associada

ainda ao problema de desequilíbrio deve ressaltar a grande freqüência de

quedas que conforme citado por Tinetti e Spuchkey M(1989) as principais

causas de quedas nos idosos são as alterações da marcha, a diminuição da

força muscular, a perda de agilidade, o deficiente controle postural, o déficit de

visão e de audição, a confusão mental, os acidentes vasculares cerebrais, as

arritmias cardíacas, as doenças reumáticas crônicas e alguns

medicamentos. Boas partes destas quedas são oriundas de atividades do

cotidiano deste individuo, atividades básicas e corriqueiras, mas que com o

passar dos anos e as limitações se transformam em atividades perigosas como

subir escadas, varrer casa, estender roupa na corda ou até mesmo caminhar

dentro de sua residência, pois exigem deste idoso maior atenção já que seu

corpo não responde da mesma maneira que antes quando se era jovem.

1.1.2 Dependência neuromotora

Segundo Matsudo,(2000), a dependência neuromotora seria o

problema que mais afeta a qualidade de vida dos idosos, tanto para realizar as

atividades básicas de vida diária, quanto às atividades instrumentais exigidas

por ela. Os declínios funcionais e motores que se acentuam com a idade são: a

redução da agilidade, da coordenação, diminuição do equilíbrio, redução da

flexibilidade, redução da mobilidade articular e o aumento da rigidez da

cartilagem, dos tendões e dos ligamentos. Em pesquisa Andrade et al (1996)

mostra que mulheres praticantes de atividade física de 30 a 73 anos de idade

tiveram um declínio do desempenho neuromotor com o passar dos anos, a

perda é de: 67% para agilidade, 58% para membros inferiores, 28% para força

de membros superiores, enquanto a redução de massa muscular é mais lenta

que a perda de força e tem uma forte relação com a diminuição dos hormônios

sexuais (WHO 2006).

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1.1.3 Doença de Alzheimer

Com a apresentação clínica e patológica bem definida a Doença de

Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência no idoso (Marinho et al.,

1997), a doença afeta pelo menos cerca de 5% dos indivíduos com mais de 65

anos, onde aparecem os primeiros sintomas, e 20% daqueles com mais de 80

anos (Jorm,1987). É uma doença neurodegenerativa progressiva que causa

demência comprometendo a autonomia dos pacientes portadores, em seu

estágio inicial o individuo apresenta dificuldade em pensar com clareza, tem

tendência ao esquecimento de fatos recentes, dificuldade em registrar novas

informações, comete lapsos e se confunde facilmente alem de apresentar

queda em seu rendimento funcional na execução de tarefas mais complexas.

Segundo Laks 1997 á medida que a doença evolui, o paciente passa a ter

dificuldades ao desempenhar as tarefas mais simples, como utilizar utensílios

domésticos, ou ainda para vestir-se, cuidar da própria higiene e até mesmo

para alimentar-se.

1.1.4 Diabetes

No grupo das doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia

destaca-se o diabetes melito, que é resultante do mau funcionamento na

secreção de insulina e/ou em sua ação. O diabetes tipo II é uma situação

clínica freqüente, que acometendo cerca de 7,6% da população adulta entre 30

e 69 anos, sendo mais comum do que o diabetes tipo I a doença atinge cerca

de 90% dos casos de diabetes, tendo picos de incidência nos indivíduos com

mais de 60 anos.

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CAPITULO II

TREINAMENTO FUNCIONAL

Existem varia definições para capacidade funcional, porem todas

giram em torno de um mesmo foco, o de que o mau funcionamento destas

capacidades implica na autonomia do idoso. Segundo Ramos (2003), a

capacidade funcional é um componente no modelo de saúde dos idosos e na

melhora da Autonomia Funcional na terceira idade, particularmente útil no

contexto do envelhecimento. Já Matsudo (2000) define como o potencial que

os idosos apresentam para decidir e atuar em suas vidas de forma

independente. A incapacidade funcional para Yang e Jorge (2005) é a

dificuldade de realizar tarefas que fazem parte do cotidiano do ser humano e

que normalmente são indispensáveis para uma vida independente na

comunidade.

Um dos principais objetivos do trabalho funcional é resgatar a

autonomia do idoso nas Atividades da Vida Diária (AVD), já que com o passar

dos anos e as doenças associadas o individuo vai perdendo força,

coordenação, flexibilidade, agilidade e equilíbrio, o que lhe torna dependente,

agravando ainda mais possíveis problemas neuromotores. Com hábitos

saudáveis e pratica de atividades físicas o individuo recupera sua

independência total ou parcial melhorando também sua auto-estima. Com o

passar dos anos vai se tornando cada vez mais difícil realizar funções

consideradas básicas para qualquer individuo jovem, mas que para o idoso

pode ser algo muito complicado, ações básicas do repertorio motor como:

caminhar, subir ou descer escadas, segurar um talher, fazer sua higiene

pessoal, vestir-se, calçar-se, arrumar os cabelos sem ter que depender da

ajuda de terceiros.

A capacidade funcional surge então como um novo paradigma na

área de saúde, a avaliação desta capacidade direciona estratégias de

promoção de saúde com o objetivo de prevenir ou restaurar as possíveis

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17incapacidades. O Treinamento Funcional trabalha os quatro tipos básicos de

habilidades: locomotora, estabilização, manipulação e a de consciência de

movimento, qualquer movimento complexo executado nas atividades diárias é

uma combinação desses movimentos básicos. O principal objetivo do

Treinamento funcional é deixar o corpo preparado para os desgastes e funções

do dia a dia, trabalhando o equilíbrio, coordenação, força, resistência,

concentração, consciência corporal ou mesmo movimentos específicos. Em

qualquer exercício que inclua uma destas capacidades citadas pode-se dizer

que se trata de um exercício funcional porque tem uma função e um objetivo.

Alguns exercícios são feitos com estabilidade nas articulações outro não,

priorizando a instabilidade e o movimento e que cabe ao profissional avaliar

qual é melhor para a individualidade biológica de cada idoso.

Muitas vezes as pessoas fortalecem apenas a musculatura mais

superficial por questões estéticas ou até mesmo por falta de informação, sem

lembrar que é de suma importância o fortalecimento da musculatura

estabilizadora e o não fortalecimento desta musculatura faz com que cada vez

mais ela fique fraca gerando assim um desequilíbrio progressivo, reduzindo a

eficiência dos movimentos, já que a musculatura superficial esta fortalecida e a

estabilizadora fraca, sendo a conseqüência é o aparecimento de lesões

musculares, articulares ou de ligamentos.

Já que o intuito é melhorar o equilíbrio e a estabilidade, o

treinamento funcional prioriza exercícios que causam instabilidade e

desequilíbrio, pois assim recrutam-se os músculos estabilizadores. Outro tipo

de treinamento muito importante dentre os funcionais é o de isometria que é a

realização de exercício sustentando a postura por um determinado tempo, que

são muito indicados para o ganho de resistência e estabilidade.

Exercícios específicos para Atividades da Vida Diária (AVD)

permitem ao sistema muscular o recrutamento de fibras adequadas, o que

aumenta a capacidade funcional do individuo para a realização das suas

tarefas e quanto mais parecido for o exercício com a atividade ou o gesto

diário, melhores serão os ganhos e melhor será o desempenho deste individuo

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18na sua rotina. Para a realização destas atividades podemos contar com o

auxilio de vários recursos na melhora da capacidade funcional como: bolas,

cabos, elásticos, superfícies instáveis, halteres entre outros. Recentes

investigações constataram que indivíduos idosos podem se beneficiar,

substancialmente, de exercícios físicos, tais como a caminhada, o treinamento

de força e alguns tipos de esporte, como a hidroginástica, aumentando os

níveis de força, de resistência, de equilíbrio e, principalmente, de mobilidade,

prolongando sua independência funcional, permitindo-lhes viver de maneira

auto-suficiente e digna (ACSM, 1998;Nobrega et al., 1999; Yaffe et al.,

2001;Gill et al., 2002; César et al., 2004; Filho et al., 2006).Benefícios gerais ao

indivíduo como:

• Melhora na eficiência dos movimentos,

• Melhora do equilíbrio muscular,

• Melhora da postura,

• Melhora do equilíbrio estático e dinâmico,

• Maior estabilidade da coluna vertebral,

• Diminuição de ocorrências de lesões,

• Melhora das qualidades físicas com equilíbrio, força, coordenação

motora, resistência central e periférica (cardiovascular e muscular),

• Melhora lateralidade, flexibilidade e propriocepção.

Para o idoso estes exercícios são os mais eficazes, pois atuam

revertendo perdas fisiológicas e motoras, já que contribuem para uma maior

autonomia funcional. O baixo risco de lesões, controle de freqüência cardíaca e

pressão arterial são fatores que tornam certos exercícios seguros, portanto

preferíveis nesta faixa etária. Por fim uma sensação agradável e de bem-estar

deve envolver o indivíduo pra que este se sinta motivado a progredir com os

exercícios.

Segundo Papaléu Netto (2002) saúde não significa simplesmente a

ausência de doenças, o termo engloba aspectos físicos, psíquicos e sociais.

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19Portanto, o indivíduo deve interagir com seu meio plenamente, necessitando

para isso de uma capacidade funcional preservada. A prática de atividade física

regular é uma forma de manutenção da aptidão física em indivíduos idosos,

para atenuar e reverter à perda de massa muscular, contribuindo para

preservação da autonomia funcional e o envelhecimento saudável

(FABRÍCIO et al., 2004).

2.1 Alterações Funcionais

O envelhecimento é um processo irreversível que começa ao

nascimento e termina com a morte do individuo. Juntamente a este processo

ocorrem às modificações em seu organismo, trazendo o envelhecimento físico,

biológico, psicológico e social. Fisiologicamente este processo tem inicio com o

termino da fase de desenvolvimento e estabilização, perdurando até que as

alterações estruturais e funcionais se tornam evidentes. Biologicamente ocorre

no decorrer de toda sua vida. O psicológico e social decorrem de vários fatores

externos e internos como decepções e perdas.

2.2 Exercícios funcionais

Segundo a SBGG um programa ideal de exercícios físicos para os

idosos deve durar de 30 a 90 minutos, se possível todos os dias da semana,

incluindo exercícios aeróbicos, de força muscular, de flexibilidade e equilíbrio,

porém devem ser exercícios agradáveis que promovam o bem estar e

motivação. Com as informações colidas através da avaliação funcional é que

podemos conhecer o perfil do idoso visando retardar as incapacidades geradas

pelo envelhecimento do individuo ou melhorá-las.

A avaliação funcional pode ser feita através de testes, entrevistas,

revisão de prontuário ou por observação. Os critérios a serem observados

durante uma avaliação funcional baseiam-se em quatro subdivisões.

• Atividades Básicas de Vida Diária (AVD) que correspondem aos níveis mais

graves de deficiência das aptidões físicas relevantes, onde são avaliadas as

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20funções de sobrevivência, tais como se alimentar, banhar-se, higiene pessoal,

vestir-se, transferir-se de um local a outro, e outras.

• As Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD) são definidas

basicamente como as atividades da vida diária, porém abrangendo problemas

mais complexos da vida cotidiana do individuo, como, por exemplo, gerir o

orçamento doméstico, utilizar o telefone, sair só, fazer compras etc.

• As Atividades Avançadas de Vida Diária (AAVD) incluem também atividades

voluntárias sociais, ocupacionais e de recreação, as dificuldades em participar

dessas atividades podem não indicar perda funcional atual, mas risco de

perdas futuras ainda mais importantes.

• Estado Geral de Saúde e Qualidade de Vida ou Medidas de Qualidade de

Vida Relacionada à Saúde (EGSQUAL), que inclui itens ligados a aspectos

sociais e interpretativos da saúde do indivíduo.

O treinamento funcional pode ser realizado na sala de musculação,

na sala de ginástica, ao ar livre ou até mesmo em casa, o ideal é trabalhar com

suas características mais marcantes como: transferência, estabilização,

melhoramento da postura, atividades de base e exercícios multiarticulares.

Quanto maior a especificidade e a semelhança do treino com a atividade diária,

maior será a transferência dos ganhos do treino para essa mesma atividade. A

instabilidade "recruta" os músculos estabilizadores do joelho, tornozelo, quadril

e, principalmente, da coluna (core).

O Treinamento Funcional usa quantidades controladas de

instabilidade para estimular o sistema proprioceptivo e a capacidade de reação,

trabalha tanto a postura estática quanto a postura dinâmica. Os exercícios de

base são mais parecidos com os movimentos que executamos nas atividades

diárias, possibilitam aplicação de uma força maior do que nos exercícios de

cadeia aberta e trabalham todo o sistema neuromuscular e a habilidade do

corpo estabilizar as articulações durante o movimento. Os exercícios

multiarticulares desenvolvem tanto a capacidade de estabilização quanto a

coordenação intramuscular utilizando apoios dos pés ou das mãos.

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21É comum escutarmos em academias os profissionais de Educação

Física dizer que se deve fortalecer a musculatura do “CORE”, o que seria isto?

São os músculos que rodeiam e estabilizam o tronco, a musculatura envolvida

é o reto abdominal, os oblíquos, o transverso e a musculatura do quadril. É

necessário compreender que o corpo tem um centro gravitacional, onde se

originam todos os movimentos, os músculos associados a este centro

gravitacional sustentam a coluna, os órgãos internos e a postura, formando um

cilindro de estabilidade ao redor da cintura. O CORE TRAINING traz ao seu

praticante maior estabilidade na coluna e força abdominal melhorando assim

todos os outros movimentos. Todo exercício de força ou resistência muscular

devem ser associado a exercícios de flexibilidade e alongamento, combinado a

exercícios isométricos e funcionais que trabalhem com a musculatura

estabilizadora do tronco que é responsável pela transmissão de força entre os

membros superiores e inferiores.

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22

CAPITULO III

REABILITAÇÃO PSICOMOTORA

Para Vítor da Fonseca (1983), "Psicomotricidade é a evolução das

relações recíprocas, incessantes e permanentes dos fatores neurofisiológicos,

psicológicos e sociais que intervêm na integração, elaboração e realização do

movimento humano". De acordo com a origem da palavra que vem do grego - alma

e do latim - moto (agitar), podemos dizer que a psicomotricidade está

diretamente relacionada ao corpo que se movimenta. É uma área que estuda

as relações entre as funções psíquicas e a motricidade em diversos contextos,

com o objetivo de contribuir para superar problemas de maturação,

desenvolvimento, aprendizagem e comportamento, através da intervenção por

mediação corporal.

Esta área é muito abrangente dando oportunidades de terapeutas,

pedagogos, psicólogos, professores, entre outros profissionais atuarem como

psicomotricistas. Almeida (2006, p17) afirma que: “... psicomotricista é o

profissional da área de saúde e educação que pesquisa, ajuda, previne e cuida

do homem na aquisição, no desenvolvimento e nos distúrbios da integração

somapsíquica”. A atuação deste profissional é de suma importância no

desenvolvimento humano, agindo de forma preventiva ou terapêutica,

auxiliando na recuperação e no tratamento de possíveis distúrbios provenientes

de uma maturação inapropriada ou inadequada.

É fundamental o individuo estar preparado para envelhecer de forma

saudável, pois é inevitável envelhecer, com o passar dos anos o corpo

envelhece e se desgasta, ocorrendo o desgaste físico e mental, porém

podemos envelhecer de forma saudável e prazerosa. Além do envelhecimento

do corpo também não podemos esquecer o envelhecimento emocional que

ocorre devido à solidão, isolamento, perdas, limitações físicas e sociais,

redução da capacidade intelectual e até por desilusões acumuladas por toda

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23vida deste idoso. Após os 65 anos de idade o individuo se torna mais

vulnerável à morte já que está mais suscetível a doenças e também por fatores

causados pelo próprio envelhecimento como surdez, cegueira, perda das

atividades intelectuais,incapacidade física e perda da sua autonomia.

Um fator importantíssimo a ser citado no processo de

envelhecimento são as limitações que o corpo vai sofrendo durante o passar

dos anos, essas limitações deixam este individuo dependente, o que agrava

cada vez mais todos os problemas adquiridos com a idade. A pratica de

exercícios psicomotores em idosos deve ser realizada em um ambiente

agradável e prazeroso, de forma lenta trabalhando a respiração, repetindo a

seqüência no máximo cinco vezes, sempre com intervalo entre as seções

dependendo da individualidade biológica de cada idoso. Com a prática da

psicomotricidade o individuo passa a conhecer e a utilizar seu corpo podendo

perceber a relação intima que existe entre pensamento, sentimento e atos. O

trabalho psicomotor aumenta a percepção corporal, relaxa e alonga a

musculatura favorecendo o desenvolvimento físico e motor.

Muitos autores vêm se preocupando com a prática psicomotora para

o idoso, destacando uma serie de técnicas com o objetivo de elevar o nível da

autonomia física e psicológica, para melhorar o equilíbrio emocional,

potencializar sua socialização e melhorar a adaptação a novas situações. A

psicomotricidade leva o idoso a reconhecer a importância do seu corpo ao

longo de sua existência, ajudando este individuo a viver em grupo e

estabelecer contatos sociais. Através de técnicas psicomotoras damos a

oportunidade para este idoso refletir sobre toda sua historia de vida, para que

ele possa fazer coisas que não foram feitas antes.

Psicomotricidade não é apenas tato, mas sim contato, comunicação

e troca. Através do toque a pessoa pode transmitir seus sentimentos sem nem

ao menos usar uma palavra se quer, pois através de um simples gesto somos

capazes de fazer com que o outro nos compreenda. Sempre devemos propor

atividade onde este idoso possa superar seus limites, como por exemplo,

vergonha de se expor, o importante é que ele se sinta cada vez mais dentro de

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24sua própria pele, à medida que se percebe o próprio corpo passamos também

a perceber o das outras pessoas. Ao planejarmos atividades a serem aplicadas

ao idoso estamos tentando retardar os efeitos do envelhecimento e preservar

sua autonomia. A psicomotricidade tem função profilática, pois ajuda o idoso a

reaprender atividades motoras básicas e a se adaptar fazendo das limitações

um aprendizado para uma nova fase de vida, esta fase terá sim algumas

limitações porem com sintomas reduzidos.

“A psicomotricidade pode oferecer um efeito preventivo,

conservando uma tonicidade funcional, um controle

postural flexível, uma boa imagem corporal, uma

organização espacial e temporal plástica, uma integração

e prolongamento das paxias ideomotoras etc,

perfeitamente integradas às necessidades funcionais do

ancião, escapando à imobilidade, à passividade, ao

isolamento, à solidão, à depressão, à independência, à

institucionalização e a marginalização, dando à fase

terminal da vida a dignidade que se merece”.

(FONSECA,1987,p 12)

Dentre muitas atividades que podem ser aplicadas ao idoso vamos

citar 3 mais importantes dentre estas:

• Atividades físicas que favoreçam o equilíbrio, a marcha e a escuta de si

(ginástica, vivencias psicomotoras, hidroginástica, etc).

• Atividades que proporcionem ao idoso a iniciativa de explorar seu

potencial criativo e trabalhar relações interpessoais (contato com seu

próprio corpo, contato com o corpo dos demais, danças, etc).

• Atividades que proporcionem a auto-descoberta e a valorização de suas

vivencias e experiências (dar oportunidade do idoso falar sobre seus

projetos de vida, trabalhos de dramatização, teatro, etc).

A reabilitação psicomotora é uma área que pode desenvolver-se nos

seguintes âmbitos: preventivo (apoio à gestação, promoção do

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25desenvolvimento, promoção da qualidade de vida do idoso), educativo

(estimulação do desenvolvimento psicomotor, e do potencial de aprendizagem),

Reeducativo ou terapêutico, (intervenção nos problemas de desenvolvimento

ou aprendizagem e problemas emocionais).

A reabilitação psicomotora é uma área já apreciada na tradição dos

portugueses para tratar pessoas com necessidades especiais em nível de

investigação e atendimento. No Brasil como em várias partes do mundo,

estudiosos de diferentes áreas de pesquisa estão se interessado por este

assunto, buscando aperfeiçoar técnicas e embasar teses sobre a importância

do idoso na sociedade. Buscando principalmente o trabalho profilático aos

decorrentes transtornos vivenciados pelos idosos; como quedas freqüentes,

limitações físicas e orgânicas, doenças degenerativas ou associadas ao

envelhecimento.

As mudanças são continuas no processo de envelhecimento, por

isso necessitamos de adaptações para enfrentar tamanha mudança, estas

modificações serão combatidas com medidas preventivas e reabilitativas. A

psicomotricidade trabalha com o fator reabilitativo e o treinamento funcional

também, porém com um foco maior na prevenção. Dentre os exercícios

psicomotores e os exercícios funcionais podemos citar alguns que são

utilizados em abas áreas como:

• Técnicas de auto-alongamento,

• Mobilização ativa.

• Mobilização ativo-assistida.

Todas as técnicas acima citadas atuam na estimulação do tônus

muscular com exercícios básicos de engatinhar, marchar (andar) com

movimentos alternados de braços e pernas, equilibrar-se com um pé elevado,

arremessar ou pegar algum objeto em atividades de coordenação óculo-

manual, chutar uma bola em atividades óculo-pedais. O profissional deve aliar

suas técnicas cientificas a sua criatividade podendo utilizar atividades

psicomotores recreativos aplicados em crianças num protocolo psicomotor.

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26Se soubermos mesclar as técnicas do treinamento funcional com as

experiências diárias do trabalho psicomotor, seja ele preventivo ou reabilitativo,

disponibilizaremos de uma gama de atividades lúdicas e ricas em criatividade

para ser aplicada ao idoso trazendo melhora na sua qualidade de vida.

Devemos sempre estar em atividade, pois nossas células morrem, mas são

recriadas; se estamos ativos essa renovação ocorre com maior velocidade, o

cérebro não se degenera nós é que por descuido deixamos que ele envelheça,

envelhecer é apenas uma questão de estado de espírito pois existem jovens

com menos de 20 anos que tem um espírito ranzinzo e moribundo enquanto

existem idosos com a mente de uma criança.

Segundo Santos (2001) no ocidente, o primeiro texto referindo-se a

velhice encontra-se no Egito e data de 2.500 a .C.:

“Quão penoso é o fim do ancião! Vai dia-dia

enfraquecendo: visão baixa, seus ouvidos tornam-se

surdos, o nariz se obstrui e nada mais pode cheirar, a

boca se torna silenciosa e já não fala. Suas faculdades

intelectuais se reduzem e torna-se impossível recordar o

que foi ontem. Doem-lhe todos os ossos. A ocupação a

que outrora se entrega com prazer, só a realiza agora

com dificuldade e desaparece o sentido do gosto. A

velhice é a pior desgraça que pode acontecer a um

homem.”

De certo não é este o futuro que queremos aos nossos entes

queridos, tão pouco a nós mesmos. Pois se hoje somos jovens, amanha não

mais seremos, faremos parte desta tão populosa massa de idosos que toma

conta do mundo, que já trabalhou e contribuiu para sua sociedade evoluir e

hoje desfruta do tão merecido descanso da sua maturidade.

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CONCLUSÃO

Segundo a cultura greco-romana, a velhice é uma fatalidade da vida,

porém pode vir carregada de saúde e vigor, na velhice, podem-se alcançar

virtudes, tais como: a prudência, a sabedoria, a discrição e a

equanimidade.(Ferreira, et al 2010).

É pensando no envelhecimento saudável que o individuo deve se

manter ativo físico e mentalmente. A prática regular de atividades físicas

retarda os efeitos motores do envelhecimento, porém nunca é tarde demais

para começar, pois mesmo com o avançar da idade o individuo consegue

melhorar sua qualidade de vida e sua autonomia nem que seja parcialmente.

O corpo humano necessita de manutenção constante, esses

cuidados permanentes podem ser feitos através do treinamento funcional e da

reabilitação psicomotora. A Psicomotricidade proporciona aos idosos a

redescoberta de valores, sentimentos, capacidades, onde há um sentido muito

maior do que meramente a repetição de exercícios puramente ginásticos. O

que não significa que a pratica de exercícios seja desnecessária.

O envelhecimento apresenta varias alterações psíquicas, motoras e

sociais que podem ser agravadas a fatores emocionais ou até mesmo a

doenças associadas, o que faz com este individuo dependente e limitado.

Como foi mostrado nesta pesquisa, a reabilitação psicomotora se aliada às

técnicas do treinamento funcional é uma relação perfeita para a melhora

motora-funcional e psicológica deste idoso.

Devido ao corrente crescimento da população idosa no mundo,

estudiosos de todas as áreas estão buscando aperfeiçoar técnicas ou métodos

já utilizados em indivíduos adultos para adequá-las aos idosos, objetivando

prevenir doenças, limitações, quedas, dores, etc; características anteriormente

associadas aos “velhos”, proporcionando maior longevidade a este indivíduo.

O processo de envelhecimento vem acompanhado de muitos

preconceitos, que se aplicam meramente pelo fator idade, ao achar que este

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28indivíduo é velho demais para realizar suas ações sozinho. Esta gerontofobia

atualmente tem se mostrado menos freqüente do que a alguns anos atrás. E é

para que este preconceito se torne cada vez mais escasso devemos trazer este

idoso de volta à sociedade, pois ele é um cidadão que merece respeito, valor,

compreensão e acima de tudo AMOR.

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34

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO............................................................................................ 2

AGRADECIMENTO............................................................................................ 3

DECICATÓRIA................................................................................................... 4

RESUMO............................................................................................................ 6

METODOLOGIA................................................................................................. 7

SUMÁRIO........................................................................................................... 8

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9

CAPITULO I – O ENVELHECIMENTO............................................................. 11

1.1 O ENVELHECIMENTO E AS DOENÇAS ASSOCIADAS.......................... 13

1.1.1 DOENÇAS CRÔNICO-DEGENERATIVAS............................................. 13

1.1.2 DEPENDÊNCIA NEUROMOTORA ....................................................... 14

1.1.3 DOENÇA DE ALZHEIMER ................................................................... 15

1.1.4 DIABETES .............................................................................................. 15

CAPITULO II - TREINAMENTO FUNCIONAL.................................................. 16

2.1 ALTERAÇÕES FUNCIONAIS..................................................................... 19

2.2 EXERCÍCIOS FUNCIONAIS ...................................................................... 19

CAPÍTULO III - REABILITAÇÃO PSICOMOTORA........................................... 22

CONCLUSÃO................................................................................................... 27

BIBLIOGRAFIA................................................................................................. 29

ÍNDICE.............................................................................................................. 34