o terra nova voltou do fim do mundo...23-02-2020 o terra nova voltou do fim do mundo artur ribeiro...

8
23-02-2020 O Terra Nova voltou do fim do Mundo Artur Ribeiro agarrou no projeto que Nicolau Breyner não teve tempo de fazer e levou-o para o Mar do Norte. O realizador e os atores Virgílio Castelo e João Reis contam-nos agora como essas quatro semanas em alto-mar os transportaram para as condições "quase impossíveis" dos homens da pesca do bacalhau. TEXTO Katia Catulo

Upload: others

Post on 19-Nov-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: O Terra Nova voltou do fim do Mundo...23-02-2020 O Terra Nova voltou do fim do Mundo Artur Ribeiro agarrou no projeto que Nicolau Breyner não teve tempo de fazer e levou-o para o

23-02-2020

O Terra Nova voltou do fim do Mundo Artur Ribeiro agarrou no projeto que Nicolau Breyner não teve tempo de fazer

e levou-o para o Mar do Norte. O realizador e os atores Virgílio Castelo e João Reis contam-nos agora como essas quatro semanas em alto-mar os transportaram

para as condições "quase impossíveis" dos homens da pesca do bacalhau.

TEXTO

Katia Catulo

Page 2: O Terra Nova voltou do fim do Mundo...23-02-2020 O Terra Nova voltou do fim do Mundo Artur Ribeiro agarrou no projeto que Nicolau Breyner não teve tempo de fazer e levou-o para o

23-02-2020

lJ

lgures no verão de 2015, Nicolau Breyner desafiou Artur Ribeiro a adaptar para o cinema "O Lugre", de Bernardo Santareno. Tratava-se, segundo ele, da melhor peça de tea-tro do século XX e também de um projeto antigo que decidira final-mente levar por diante. Artur leu e pesquisou sobre a faina maior, con-versou com velhos pescadores, vi-sitou várias vezes o Museu Maríti-mo de Ílhavo e escreveu a primeira versão do guião no início de 2016.

Nicolau viria a morrer a 14 de mar-ço desse ano, sem realizar o seu sonho. O filme "Ter-ra Nova" é agora esse mesmo sonho que Artur agar-rou, incitado pela produtora Ana Costa. Tem estreia marcada para 19 de março e é dedicado a "Nico", le-vando o cinema português até aos "Mares do Fim do Mundo", tal como o livro de crónicas de Santareno.

Seis décadas depois de "O Lugre", o realizador e argu-mentista de "Terra Nova" subiu acima do círculo po-lar Ártico para contar a história de 13 pescadores e um capitão numa faccionada primeira viagem à Gronelân-dia, no início dos anos 1930. Virgílio Castelo, no papel de capitão Silva, é o homem que comanda o navio sem permitir o mínimo desvio na rota. E João Reis é Ma-nuel, o imediato que faz cumprir as suas ordens, te-mendo a qualquer momento a revolta dos tripulantes.

Pedro Lacerda é Albino e trouxe a má-sorte a bordo. João Catarré, Zé Sol, tem a ambição de liderar os pes-cadores, mas Tó Maria, interpretado por Miguel Bor-ges, é quem assume o lugar de líder rebelde. Vítor Nor-te, o Ti João, é o contramestre, figura paternal que tenta conter essa rebelião entre a cantina e a cama-rata do navio. E Vítor D'Andrade é o médico Bernar-do, que balança entre a compaixão pelos pescadores e a lealdade para com o capitão. É também aspirante a escritor e personagem inspirada no próprio Santa-

reno, que o argumentista acrescentou a esta viagem. São eles parte de um elenco a mostrar um lado trá-

gico destes heróis quase sempre submerso na memó-ria coletiva, a qual por regra exalta os marinheiros des-temidos dos Descobrimentos ou das campanhas da pesca do bacalhau. A distância entre essas duas épo-cas pode até ser longínqua. Mas o medo é o mesmo. E, em "Terra Nova", ele agiganta-se à medida que se avan-ça para norte, enrugando os rostos dos pescadores com o desespero, a fadiga e as superstições. Longe do chão e afastados das famílias, eles foram homens no limi-te não somente da geografia como da sanidade.

Artur Ribeiro inspirou-se na obra de Santareno para refletir sobre as condições duras abordo dos navios que, em momentos de perigo, levam homens isola-dos durante longos períodos a virarem-se uns contra os outros: "Isto tanto podia passar-se num lugre, como a bordo de uma estação espacial, ou numa prisão, ou em tantos outros cenários que o cinema ou a litera-tura têm explorado, colocando personagens em si-tuações extremas em que o melhor e o pior da huma-nidade vêm ao de cima".

Um naufrágio no primeiro dia Foram praticamente quatro semanas a viajar do nor-te da Noruega até à Holanda, a rodar o filme no alto--mar, conta Artur Ribeiro. Dias a fio confinados no lugre Santa Maria Manuel. Sem "nada mais do que o céu e o mar", como recorda Virgílio Castelo. Uma imensidão de "céu e mar" que penetrou nas perso-nagens, conduzindo os atores para tudo aquilo que os pescadores passaram nos anos 1930 durante dias, semanas, meses em que também estiveram fecha-dos entre o céu, o mar e o frio da Gronelândia. Esse foi o embate inicial que os interpelou logo no arran-que das filmagens.

O Mar do Norte, nesse primeiro dia, mostrou do que seria capaz. Não foi possível fazer um único plano. As filmagens foram suspensas após um dóri (bote) nau-

fragado e João Catarré assistido no hospital. "Isto vai acabar mal", pensou Virgílio Castelo. Mas o ator vol-tou na manhã seguinte e os trabalhos foram retoma-dos. "Se calhar, foi preciso aquele primeiro dia para que, ao filmar, todos refletissem nos seus rostos o res-peito pelo mar", diz Artur Ribeiro. A pouco e pouco, os atores incorporaram na representação essa dificul-dade que é estar dentro de um navio. "Eu, como não tinha experiência nenhuma, fiquei os primeiros dias a tentar lidar com o mar", confessa Virgílio Castelo.

Esse foi o estágio que os transportou para as próprias dificuldadesviviclas pelos pescadores. "Tudo aquilo me fez pensar em como terá sido difícil, quase ao nível do impossível, gerir homens e situações durante meses e meses no mar e, sobretudo, não sabendo onde iam pa-rar." Essa incerteza, essa angústiae esse medo forampas-sando para a representação. Não de forma racional e in-telectualizada, explica o ator: "Houve como que uma osmose entre os nossos medos e os medos daqueles pes-cadores, que aconteceu naturalmente e de maneira in-consciente, acabando por servir as personagens".

João Reis terá sido a exceção entre um elenco inex-periente nas lides marítimas. Para ele, que já esteve na Marinha Portuguesa, as semanas entre os fiordes, as auroras boreais ou as plataformas de petróleo fo-ram um "reencontro" com o Mar do Norte, 30 anos depois. Mas ninguém se iluda: "Tenho um medo do mar que me pelo". Medo e atração, corrige ele, mas não chegou para recear o tempo que teria de passar confinado no mesmo espaço. "Sempre achei que es-tarmos fechados ou, de certa forma, presos no mes-mo décor, que é o navio, iria potenciar algo de muito bom em nós, como aliás se provou."

Não significa que a rodagem tenha sido um mar de rosas. "É óbvio" que houve imensas limitações. Mui-ta gente que enjoou e aspetos difíceis de gerir ou de executar do ponto de vista técnico. Desafios que acrescentaram constrangimentos às rotinas da equi-pa técnica, dos atores e da tripulação: "Mas o facto de

Page 3: O Terra Nova voltou do fim do Mundo...23-02-2020 O Terra Nova voltou do fim do Mundo Artur Ribeiro agarrou no projeto que Nicolau Breyner não teve tempo de fazer e levou-o para o

23-02-2020

1

O TERRA NOVA VOLTOU DO FIM DO MUNDO

estarmos juntos durante semanas solidificou a rela-ção entre todos, criando um espírito de união funda-mental para o resultado do filme".

Juntos no mesmo barco Nem podia ser douto modo, ressalvaArtur Ribeiro. Se, em qualquer filme, a preocupação central do realiza-dor é a escolha do elenco, neste caso em particular mais determinante foi: "Neste aspeto, acho que fomos exem-plares". O bom ambiente e a camaradagem entre ato-res, tripulação e equipa técnica foi o que lhe permitiu pedir a todos cada vez mais empenho e mais entrega.

Estarem confinados foi o que aproximou os pouco mais de 40 homens dentro do mesmo barco e os fez sentirem-se como "verdadeiros marinheiros", defen-de Artur Ribeiro. Quando se vivem dias seguidos "pra-ticamente uns em cima dos outros" e sem ter para onde ir, que alternativa tinham estas criaturas senão procu-rar conhecer quem estava ali mesmo ao lado? "Desen-volvemos urna relação ótima entre todos, cada um com a sua personalidade, com os seus tempos e com a sua função", conta João Reis. E não seria a mesma coisa se, ao fim de cada dia de filmagens, fossem dormir ao ho-tel para regressarem na manhã seguinte, reconhece.

Nem sequer teria sido possível "extrapolar tanto as emoções" como o realizador exigiu dos atores. No fil-me, a tensão está sempre presente, subindo mais ou descendo menos de intensidade, mas sempre pre-sente. E, portanto, se, por alguma razão, a relação en-tre a equipa não fosse "a melhor", o resultado pode-ria ser dramático como um naufrágio em alto-mar. "Houve momentos de violência que, embora abso-lutamente necessários para a narrativa, atingiram ní-veis extremos, só possíveis por haver confiança, à--vontade e boa disposição entre todos", realça Artur Ribeiro. O filme, aliás, obrigou-o a pensar num elen-co que funcionasse bem tanto separadamente como num todo: "Ao conseguir isso, senti que tinha tudo para o filme correr bem". Bastar-lhe-ia dar espaço para

cada ator desenvolver a personagem. Foi como se, durante aquelas quatro semanas, o lu-

gre estivesse a navegar em duas dimensões parale-las. Num dos extremos, os pescadores do Terra Nova engolidos pela neblina de cada vez que se lançavam sozinhos num bote tão instável quanto o seu regres-so ao navio. Do outro, atores, técnicos e tripulantes do Santa Maria Manuel em "longas horas de conver-sas ou grandes sessões de cinema", relata João Reis. Às vezes - admite - "desatinavam" com a comida, mas regra geral havia sempre muita animação e até "várias bandas" improvisadas em cima do joelho para agasalhar as noites frias. Em terra firme, só estiveram mesmo por duas vezes para "relaxar" em povoações no meio do nada com meia dúzia de casas e ruas pra-ticamente desertas.

Felizes coincidências À distância de mais de um ano das filmagens e a milhas do Mar do Norte da Noruega, Artur Ribeiro assegura entre risos que, se fosse preciso embarcar já amanhã, ninguém hesitaria. "Estou convencido de que está tudo mortinho por repetir a dose e fazer uma sequela." A viagem do lugre Terra Nova, contudo, terminou e está prestes a estrear nas salas de cinema. Mesmo a tempo do centenário de Bernardo Santareno (1920-1980). É pura coincidência. Até parece que os astros, o mar e os ventos se conjugaram para esse final feliz.

O calendário não foi programado para cair mesmo em cima das comemorações, que arrancaram em ja-neiro comum colóquio internacional na Fundação Ca-louste Gulbenkian, em Lisboa, e continuam ao longo de todo o ano com diversas iniciativas promovidas por autarquias, teatros ou revistas literárias. "Foi um mero acaso, este filme é o culminar de uma conversa tida há cinco anos com o Nico e, a partir daí, seguiu o seu cur-so até chegar aqui e agora", assinala o realizador.

Outras estranhas coincidências surgiram neste fil-me, surpreendendo o realizador. É que, não havendo

relatos ou documentos da primeiraviagem dos pesca-dores portugueses pelos mares do iki-tico,Artur Ribei-ro sentiu-se livre para imaginar o que poderia ter sido, se fossem as personagens de Santareno a fazer essa tra-vessia, "comas suas personalidades e os seus conflitos exacerbados". Só mais tarde viria a descobrir que o pri-meiro capitão a levar um lugre à Gronelândia foi o bi-savõ do compositor da música do filme, Nuno C ôrte--Real. Chamavam-lhe o capitão Caveira, "estropian-do maleficamente o nome de Crajeira", como conta-ria o próprio Santareno nas suas crónicas sobre a faina maior, reunidas "Nos Mares do Fim do Mundo".

Ausentes presentes Ao longo da rodagem no alto-mar, até à pós-produ-ção em terra firme, Santareno esteve não somente nas personagens que navegaram no "Terra Nova", como também nessas felizes coincidências. Foi figu-ra constante dentro e fora do filme, tal como a pre-sença de Nicolau Breyner. É por ele e por causa dele que esta epopeia marítima teve início e está agora concluída, dizem os três. E esse terá sido muito pro-vavelmente o motivo para "Nico" se ter intrometi-do tantas vezes nas conversas que intercalaram as fil-magens. "Rimo-nos muito à conta dele", recordaAr-tur Ribeiro. Conhecendo todos bem o seu feitio, sa-biam como era um homem que "odiava o frio".

Muitas vezes, naquelas manhãs mais geladas, reali-zador e atores não conseguiram evitar pensar na rea-ção que teria se estivesse ali com eles abater também os dentes - "Estes gajos são malucos! Porque é que se foram enfiar no Polo Norte!?" - era o que diria muito provavelmente, garantem. Já se percebeu, portanto, que não seria de todo ideia dele rodar o filme nas águas do Atlântico Norte: "Quando ele pensou neste proje-to, de certeza que nunca colocou essa hipótese", su-blinha o realizador e argumentista do "Terra Nova".

Se calhar, seria mais ali ao largo de Cabo Verde, su-põe ele, enquanto os três soltam mais risadas. Mas

Page 4: O Terra Nova voltou do fim do Mundo...23-02-2020 O Terra Nova voltou do fim do Mundo Artur Ribeiro agarrou no projeto que Nicolau Breyner não teve tempo de fazer e levou-o para o

23-02-2020

it

a

foi para cima do círculo polar Ártico que tudo acabou por acontecer. O que eles gostavam agora de desco-brir é o que acharia "Nico" do resultado final. "Nun-ca saberemos ao certo a resposta a esta pergunta, mas acho que ele ia ficar muito contente", conclui o rea-lizador. "Sim, também acho que sim", concorda Vir-gílio Castelo. Só por isso, valeu a viagem. et

1' Virgílio Castelo, Artur Ribeiro e João Reis, em Lisboa, em terra firme, recordaram à "Notícias Magazine" os tempos passados em alto-mar e em gravações

4 "Terra Nova" conta a história de 13 pescadores e um capitão numa ficcionada primeira viagem à Gronelândia, nos anos 1930. O filme estreia a 19 de março

rI

. sr ,

e

Page 5: O Terra Nova voltou do fim do Mundo...23-02-2020 O Terra Nova voltou do fim do Mundo Artur Ribeiro agarrou no projeto que Nicolau Breyner não teve tempo de fazer e levou-o para o

23-02-2020

Um erro de navegação lança, os portugueses na terra dos bacalhaus

início da pesca do bacalhau, entre os portu-gueses, é tão remoto quanto a epopeia dos Descobrimentos. Terá sido fruto de um enga-no dos navegadores que, tentando achar a contracosta das Índias, se depararam com a Terra Nova dos Bacalhaus. Essa é a hipótese

mais provável, explica Álvaro Garrido, historiador e especialista da história marítima e da pesca. Mas, tra-tando-se de um episódio menor do império portu-guês, as deduções só chegam através de escassos re-gistos cartográficos.

O que se sabe é que a relação com o bacalhau é ante-rior às primeiras viagens àTerra Nova, na viragem do século XV para XVI, feitas por João Álvaro Fagundes e os Corte Reais. Segundo o coordenador do grupo de História da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, terá começado na Idade Média, nas tro-cas de sal com os povos nórdicos e pelo comércio com os ingleses.

;+ 4

• •

— — -

. w

-

O TERRA NOVA VOLTOU DO FIM DO MUNDO

Page 6: O Terra Nova voltou do fim do Mundo...23-02-2020 O Terra Nova voltou do fim do Mundo Artur Ribeiro agarrou no projeto que Nicolau Breyner não teve tempo de fazer e levou-o para o

23-02-2020

<- A dureza da faina maior, nas águas do Atlântico Norte, foi ao longo de cinco meses documentada por Alan Villiers. O oficial australiano e repórter da "National Geographic" viajou na primavera de 1950 a bordo do bacalhoeiro Argus, a convite do Estado Novo

• - •

Mas será preciso esperar pelo Estado Novo para a pes-ca do bacalhau ganhar impulso. É a partir dos anos1930 que a indústria e o abastecimento são reorganizados "de alto abaixo", coma renovação da frota, limitações às importações e o controlo político e administrativo da atividade. Esse é o desígnio nacional que permitirá subir as capturas dos 11% da produção, em 1934, para os 70%, em1960. Sucesso explicado pela abundância dos recursos, mas também pelas inexistentes restri-

ções no direito do mar, como relembra o investigador. Os lugres eram uma extensão do país, seguindo para

os bandos daTerra Nova e para a costa do Labrador, hoje província do Canadá. "Os portugueses só começaram a pescar na costa oeste da Gronelândia em 1930 e no mar da Noruega em1978." Para lá da dimensão literá-ria, os textos de Santareno são igualmente um registo documental, relatando essas viagens de seis meses da pesca à linha com homens "vindos de todo o litoral, do Minho ao Algarve", diz o investigador. "As principais comunidades de recrutamento eram Vila do Conde, Ílhavo, Figueira da Foz e Olhão (Fuzeta)."

No alto-mar, as jornadas ultrapassavam, muitas ve-zes, as 20 horas na tentativa de encher o porão antes de o inverno congelar o mar, no caso da Gronelândia. As condições duras e os rendimentos dependentes da faina estiveram na origem de muitas rebeliões. E tam-bém de uma greve histórica, em1937, que mobilizou milhares de pescadores contra a obrigatoriedade de se inscreverem no mesmo navio da campanha anterior, eliminando a concorrência pelos melhores pescado-res e tabelando os salários para valores fixos. A parali-sação -como contaÁlvaro Garrido, em "O Estado Novo e a Campanha do Bacalhau" - acabaria com a policia a levar os pescadores da prisão diretamente para os na-vios. Boa parte dessa herança tem lugar cativo no Mu-seu Marítimo de Ílhavo. O museu, aliás, disponibiliza um arquivo digital das campanhas desde o início do sé-culo XX. Com base em mais de 20 mil fichas do antigo grémio dos armadores, é possível pesquisar os nomes dos marinheiros e dos navios que ajudaram a construir "o primeiro símbolo da identidade nacional", como defende o historiador da Universidade de Coimbra.

Page 7: O Terra Nova voltou do fim do Mundo...23-02-2020 O Terra Nova voltou do fim do Mundo Artur Ribeiro agarrou no projeto que Nicolau Breyner não teve tempo de fazer e levou-o para o

23-02-2020

Quatro semanas em alto-mar O filme "Terra Nova" relata a história da faina maior portuguesa no Atlântico noroeste. O realizador Artur Ribeiro e os atores Virgílio Castelo e João Reis contam à jornalista Katia Catulo as atribulações da rodagem. A que se junta uma história das campanhas lusas da pesca do bacalhau -que começaram por engano. P. 20

Page 8: O Terra Nova voltou do fim do Mundo...23-02-2020 O Terra Nova voltou do fim do Mundo Artur Ribeiro agarrou no projeto que Nicolau Breyner não teve tempo de fazer e levou-o para o

23-02-2020

NOTICIAS 23 fevereiro 2020 / Número 1448

ct Esta revista faz pa e intwrante

do Jornal de Notí s n.° 254/102 e não pode ser vencida sep radaniente

• I. • • • Ard.

f, • • .-„,-,

•,. . ,,..

,,;...

% Í t ' l ' là J

i 'r, i ;:: N : , :•1 • . ,‹... 7 • •

. t A. W , . • - r.,.1:*

.: • - •-,r, .:. :,..v., v.,.\

::-.

&,..

., ..

e ii,

,.;.

,• v„,,)?.,,,,,,..1/2,, 7-. • ' ..4"'",%,( '

.....•.'rf

s.'.,::,,,,:.

:41. .

...„.

• • - • •

dY.

30 »3 . • • •-•

••• • • ; . •

• •

A epopeia da faina maior

A pesca do bacalhau chega ao cinema com "Terra Nova".

Os bastidores e as quatro semanas de filMagens em alto-mar

• • „

--"'%-•••••••;._". , •

„.-

• • .

• 1-1„IS

• . • •

IITUGUÉS DEPOIS DE MAR I~rf

- •

'".

.7á:`,:r:t.45111...1.7%.... • •

10 • '.1.• • • )1- / • • • . • 1.!%4

• r • , ' •

.••• . ". • •

.„.

• *. •• • • '1„ ' • - • 4. .

• • 4,0- - - - • - •

ti

• 7 4

•Z•