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O Teosofista Notas e Informações Sobre Teosofia e o Movimento Esotérico O Boletim Mensal do Website www.FilosofiaEsoterica.com Ano VII - Número 73 - Edição de Junho de 2013 Facebook : FilosofiaEsoterica.com. Email: [email protected] “Não ajas como se tivesses dez mil anos para desperdiçar.” (Helena P. Blavatsky) 0000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 O Poder de Abençoar A Antiga Arte de Estimular o Melhor nos Outros O eu superior é celestial, e o contato com ele nos abençoa O poder de abençoar é uma energia vital superior. Ele desperta pouco a pouco na consciência do indivíduo que dedica sua vida à busca da sabedoria. Ele surge na medida em que o estudante da filosofia esotérica expande gradualmente sua vivência direta do ensinamento, fortalece seu contato com a Lei e ganha real confiança na vida e em si mesmo. Em última instância o poder de abençoar os outros beneficia aquele que o exerce, porque tudo o que alguém faz a outrem volta cedo ou tarde para ele próprio. Em Atos dos Apóstolos,

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O Teosofista, Junho de 2013

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O Teosofista

Notas e Informações Sobre Teosofia e o Movimento Esotérico

O Boletim Mensal do Website www.FilosofiaEsoterica.com

Ano VII - Número 73 - Edição de Junho de 2013 Facebook: FilosofiaEsoterica.com. Email: [email protected]

⊕ “Não ajas como se tivesses dez mil anos para desperdiçar.”

(Helena P. Blavatsky)

0000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

O Poder de Abençoar A Antiga Arte de Estimular o Melhor nos Outros

O eu superior é celestial, e o contato com ele nos abençoa

O poder de abençoar é uma energia vital superior. Ele desperta pouco a pouco na consciência do indivíduo que dedica sua vida à busca da sabedoria. Ele surge na medida em que o estudante da filosofia esotérica expande gradualmente sua vivência direta do ensinamento, fortalece seu contato com a Lei e ganha real confiança na vida e em si mesmo. Em última instância o poder de abençoar os outros beneficia aquele que o exerce, porque tudo o que alguém faz a outrem volta cedo ou tarde para ele próprio. Em Atos dos Apóstolos,

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20:36, podemos ler: “Há mais felicidade em dar do que em receber”. A curto prazo, porém, ajudar os outros pode atrair para aquele que abençoa algo da angústia ou da ignorância de quem estava a sofrer. Na lenda do Evangelho, Jesus foi crucificado por fazer o bem. Abençoar implica auto-sacrifício. A boa vontade de quem abençoa será constantemente testada. A arte de despertar o melhor nos seres humanos é probatória. Não pode haver ao abençoar uma intenção subconsciente de beneficiar a si mesmo, nem a de parecer espiritual, ou de despertar admiração. A intenção dominante em todos os níveis da consciência deve ser o estabelecimento impessoal de uma relação pedagógica com a vida, na qual o ato de aprender, o processo de ensinar e a tentativa de estimular o melhor nos outros são apenas três aspectos criativos de um amor incondicional pela Vida. Teosofia é respeito pela vida universal, e implica reconhecer que o eterno e o infinito estão presentes em cada ser. Abençoar não consiste em dizer a alguém “eu te abençoo”. Este formalismo ilusório tem origem sacerdotal. O ato de abençoar é mais profundo e mais complexo: consiste em despertar no outro sua okeidade natural, sua capacidade de estar OK, isto é, de estar em unidade dinâmica e criativa com a Vida ao seu redor e com a Vida dentro de si. Abençoar é um processo gradual e contínuo, que estimula em outrem tanto o autoconhecimento como a auto-responsabilidade. Não nos enganemos: viver corretamente é a única fonte real de bom carma ou de bênçãos. Antes de desejar felicidade, é preciso merecê-la. Em consequência disso, abençoar é estimular no outro a decisão de fazer por merecer a bem-aventurança da paz interior. Os teosofistas não acreditam em bênçãos vindas de “alguém” e gratuitamente. Eles sabem que o bem-estar real emerge do bom trabalho. O esforço diário na direção correta é um bálsamo. O trabalho nos abençoa. Dar o exemplo de uma vida sábia é um modo eficaz de ajudar os outros. A presença silenciosa de um ser de coração puro inspira o melhor nos que o rodeiam. Mas não basta alguém ter o poder de abençoar incondicionalmente e de estimular sem nada esperar em troca o que há de mais elevado naqueles com quem entra em contato. É preciso que aquele que receberá a energia curadora tenha a capacidade de aceitar a libertação. E há um momento na vida em que é necessária uma forte autodisciplina para abrir mão da dor a que estamos acostumados.

Renunciando ao Sofrimento Desnecessário A dor psicológica é um hábito e o ser humano se apega a ela. O indivíduo ingênuo se identifica com suas “feridas emocionais” - normalmente associadas ao desejo - e se lamuria e se lamenta tanto diante dos outros como no seu discurso interno para consigo mesmo. Pode haver uma estranha satisfação pessoal em gemer e constatar que se está sofrendo muito. O autocastigo é um vício e pode estar associado a sentimentos subconscientes, e ilusórios, de culpa. O hábito emocional de ser infeliz deve ser compreendido e abandonado. É saudável fazer um voto solene para consigo mesmo - e renová-lo uma e outra vez -, tomando uma resolução firme no sentido de desapegar-se das formas costumeiras de sofrimento. Aquilo que causa dor emocional a uma pessoa pode não causar a outra: portanto, a dor emocional é uma questão de opção, ainda que a escolha por sofrer seja subconsciente. A parte desagradável do carma individual surge como hábitos e tendências negativas, mas eles podem ser superados. Ao abrir mão do sofrimento desnecessário, aceitamos os fatos como eles são e trabalhamos com sentido prático para construir a realidade agradável que

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queremos ver. Deixamos de reclamar da vida ou das circunstâncias e passamos a ter uma existência iluminada e vitoriosa a cada novo dia. Deste modo nos capacitamos para aceitar a felicidade e as bênçãos que estão o tempo todo à nossa disposição - embora talvez não o saibamos - e que fluem a partir da energia universal e pura do nosso próprio eu superior. O pensamento é o leme que define o rumo do carma. O pensamento correto leva ao carma positivo, e pensar corretamente está ao alcance da livre vontade individual. A substância da alma imortal é abençoada. Cada ser humano pode constatar isso diretamente. O eu superior é celestial. Ele é feito de bem-aventurança e felicidade. Desligando-nos do hábito de desejar e sofrer, ampliamos o nosso contato com o território sutil e revolucionário da felicidade. Então surge em nós com força especial a capacidade de irradiar para todos a bênção que habita nossa consciência. (C.C.A.)

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Sobre os Sonhos e a Teosofia

Embora sejam um tema de experiência e de interesse universais, os sonhos são pouco compreendidos. É verdade que há um interesse generalizado por conhecer textos sobre experiências durante sonhos, por ouvir os sonhos de outras pessoas e também por narrar os nossos próprios sonhos; mas geralmente falta a explicação racional, assim como inexiste a capacidade de guiar a vida em estado de vigília de modo que os sonhos possam ser controlados. Todos os sonhos, desde os que têm uma causa fisiológica até os mais elevados, que são capazes de revolucionar a vida pessoal, são apenas os resultados das condições ou estados de consciência. Temos que entender a nós mesmos primeiro, se quisermos entender o significado dos nossos sonhos. Os sonhos que surgem do aspecto mais elevado da nossa

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natureza podem dar-nos uma ajuda e uma orientação reais. Este tipo de sonhos pode ser encorajado (...). [Do texto “As Experiências Durante os Sonhos”, que está disponível no website www.FilosofiaEsoterica.com . ]

Dois Poemas Filosóficos

Da Obra de um Poeta Brasileiro do Início do Século 20

Hermes Fontes

1. Mestre Silêncio

É a ti, Silêncio, amigo e mestre! é a ti que devo a glória! a ti e à tua esposa, a Solidão! Pois, indiretamente, é teu todo esse enlevo das flores que ando a abrir, dos frutos que elas dão! Procuro em ti, contigo, o quatrifólio trevo da Arte! tudo o que penso, é ouro do teu filão. Silêncio, vêm de ti o que falo e o que escrevo, meu professor de calma e de meditação! Paraninfas o idílio oculto à alma que cisma; paraninfas a fé, no êxtase religioso

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e elaboras a luz no sonho, a luz do Ideal! E a luz é mais cambiante e irial sob o teu prisma; e a paz é mais feliz... ó Silêncio! ó repouso dos nervos! ó crysol da Vida-Espiritual!

2. A Primeira Árvore

Uma invisível mão tomou de humilde seixo e, polindo-o, apurando-o, iluminando-o todo, inseriu-lhe, à feição de núcleo interno, ou de eixo, um raiozinho de alma a eximi-lo do lodo. E, para vegetar, o seixo, iluminado por esse átomo de alma, - a um milagre feliz - foi caroço, e imergiu nos terrenos de um prado, afim de, sob o solo, alongar-se em raiz. Pôr sob a terra, a um Ser - é condená-lo à morte;

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mas, a um grão - é, talvez, encaminhá-lo à vida... O caroço, dest’arte, animizado e forte, germinou, irrompeu, fez-se árvore florida. E a árvore produziu, multiplicou-se aos centos... Foi floresta - foi sombra, agasalho, mansão. Deu aos pássaros - ninho, afagos e alimentos, que raros seios têm e raros leitos dão... E vive. E morre. Inspira e transpira. Ama e luta. Se se locomovesse a além do seu canteiro, seria uma existência anímica absoluta, seria um animal completo e verdadeiro. Vive e morre. Ama e odeia. Às vezes, reflexiona. E braceja e agoniza, ao vento e à luz solar!... - Síntese vegetal da Flora e de Pomona, - Livro em que a Terra ensina os corações a amar... Folhas, folhas ao sol, douradas e orvalhadas, brilham tanto, que, só de sob os olhos tê-las, árvores, são lampiões das sombrias estradas, são árvores de sóis, são árvores de estrelas... À distância, de tão arredondadas, cheias de lianas e florões, a oscilar, a oscilar, são aeróstatos quase a romper as cadeias, prontos para partir às aventuras do ar... À luz do pôr do sol, - longes silhuetas, - elas são naves a boiar no horizonte ermo e baço... - Desarvoradas naus, desorientadas velas, navegando no tempo e encalhadas no espaço. Uma folha é um banquete, é uma mesa ampla e farta posta à abelha, à formiga, ao inseto, em geral. É concha, onde se asila a mísera lagarta, alcova, onde se mira a cigarra estival. A terra já foi mar; é um mar petrificado, comburido de sol, congelado de frio. E, consoante esse mar, que existiu no Passado, - no mar verde da Flora - uma árvore é um navio... Uma árvore é um navio... As folhas são bandeiras verdes e naturais; as trepadeiras são cordas de pavilhões, cordas alvissareiras... Por âncora - a raiz jaz debaixo do chão...

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Árvore! ao nosso ouvido é intimamente grato ouvir os madrigais dos teus ninhos hirsutos. Teus perfumes nos dão delícias ao olfato, gostos ao paladar - teus deliciosos frutos. E não és só o espinho, a flor, a folha, o galho: quem penetra à raiz o segredo interior, louva em ti a Modéstia, ama em ti o Trabalho! És a Dedicação, o Sacrifício, o Amor... 00000000 Os poemas acima são reproduzidos do livro “Gênese”, de Hermes Fontes (1888-1930), Typographia W. Martins & C., Rio, 1913, 261 pp.. Ver pp. 185 e 35-37, respectivamente. 00000000000000000000

A Consciência Mais Elevada

Quem quiser conhecer a si mesmo no espírito da verdade deve aprender a estar sozinho até mesmo no meio de grandes multidões, que podem rodeá-lo às vezes. Procurem a comunhão e o diálogo apenas com o Deus que está em suas próprias almas. Levem em conta somente o elogio ou a condenação daquela divindade que jamais pode separar-se dos seus verdadeiros eus; porque tal divindade é de fato um Deus, isto é, a CONSCIÊNCIA MAIS ELEVADA. [Do texto “Algumas Palavras Sobre a Vida Diária”, de Um Mestre de Sabedoria, que está disponível em www.FilosofiaEsoterica.com.] 000

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A Arte e (a Magia) de Ler

Dos instrumentos do homem, o livro é, sem dúvida, o mais assombroso. Os demais são extensões do corpo. O microscópio, o telescópio, são extensões da sua vista; o telefone é extensão da sua voz; depois temos o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é extensão da memória e da imaginação. Jorge Luís Borges [ Do texto “A Arte de Ler”, de Carlos Cardoso Aveline, que está disponível em www.FilosofiaEsoterica.com.]

Sabedoria Ensina a Viver Agora

Não ajas como se tivesses dez mil anos para desperdiçar. A morte está a um passo. Deves ser útil para alguma coisa enquanto viveres, e isso é algo que está ao teu alcance. [Reproduzido de “Preceitos e Axiomas do Oriente - 5”, de Helena P. Blavatsky, que está disponível em www.FilosofiaEsoterica.com.]

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Quando os Conflitos Desaparecem

Como a Prática da Sinceridade Traz Ordem, Progresso e Vitória

Regina Maria Pimentel de Caux

Os seres humanos vivem geralmente imersos em um processo de ilusão e cada estudante de teosofia deve ser responsável pela sua auto-observação diária. O auto-questionamento é uma etapa prévia necessária para chegarmos à sabedoria. Com os estudos teosóficos aprendemos que cada estudante é o principal responsável pela sua caminhada ao longo da vida. E a melhor rédea é a que se coloca em si mesmo. É o que chamamos o domínio de si. Nosso pensamento é uma morada que podemos tornar limpa, serena e doce. Mas podemos também transformá-la em ruídos lamurientos e gritos dissonantes. Podemos aprender alguma coisa de cada experiência, transmutar as amarguras e sofrimentos da vida em paz, obtendo a partir deles a cura da própria alma. De acordo com o tratado clássico de Raja Ioga, de Patañjali, “há uma luta constante entre o eu inferior e o eu superior, durante a qual as ilusões da matéria sempre promovem uma guerra contra a Alma, com tendência de atrair para baixo a todo momento os princípios internos, os quais, estando localizados a meio caminho entre o superior e o inferior, podem chegar tanto à salvação como à condenação.” [1] Nada se aprende sem esforço. Também não é difícil aprender a andar, nadar, bordar, fazer ginástica, e pouco a pouco nós conseguimos progredir. Depois de certo tempo podemos aprender a fazer as coisas com ordem e com mais facilidade. E, cada vez mais, a desordem nos parecerá penosa e desagradável e a ordem se tornará um hábito. Em um trecho das Cartas dos Mahatmas vemos que “O caminho através da vida terrena conduz a muitos conflitos e testes, mas aquele que nada faz para vencê-los não pode esperar nenhum triunfo.” [2] A intenção certa exige que façamos o nosso dever com o coração. A retidão da alma inspira palavras de retidão. Surge a lucidez capaz de perceber os grandes horizontes. Desta forma o homem diz a verdade não porque tem medo, mas porque ela é própria de um homem correto. É a marca de sua natureza. O amor à verdade faz desafiar todo medo. A retidão da palavra exige também a dos atos e o homem sincero é aquele que evita toda falsidade naquilo que diz, e no que faz, e também a hipocrisia. A felicidade interior é produto da sinceridade. Assim, a palavra verdadeira é como uma flecha capaz de destruir muitas mentiras. Um Mestre diz: “Uma vez começado o Caminho para o grande Conhecimento, duvidar é correr o risco de perder a razão; parar é cair; retroceder é cair para trás, de cabeça para baixo, num abismo.” [3]

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Algumas vezes é difícil dizer a verdade, porque para dizê-la é necessário, antes de tudo conhecê-la e descobri-la, e isto nem sempre é cômodo. Em meio às ilusões da vida, o melhor meio para descobrir a verdade é tornar-se cada vez mais sincero em pensamentos, atos e palavras, pois é evitando em tudo enganar aos outros que se aprende também a não enganar a si mesmo. A sinceridade é a base do sentimento de confiança. Em “Três Caminhos para a Paz Interior” lemos: “A prática da veracidade é uma exigência do caminho espiritual. Ao mesmo tempo, deve ser exercida com bom senso. A auto-entrega total, quando não está acompanhada de discernimento, moderação e abstenção de exageros, é algo que caracteriza mais os tolos do que os sábios.” [4] Nosso eu superior é o nosso mestre. Ele fala por nós o tempo todo e só podemos escutá-lo no silêncio interior. Pouco a pouco percebemos dentro de nós a presença de uma consciência sagrada e começamos a prestar atenção ao que é maior que nós. Percebemos também a sua influência inspiradora. E nossas palavras estarão carregadas de energia espiritual. “À medida que [o estudante] avança, a confiança gera mais confiança; tanto em si mesmo como em seus colegas, na humanidade, e em toda a Natureza. Na sua consciência, a existência dos Mestres começa a surgir como um fato e não como mero ideal. Os Mestres estão ‘no mundo interno’, no início, e depois ‘no mundo externo’; mais tarde, sua presença é reconhecida em todos os aspectos da vida e em cada fase da mudança constante dos dias e anos da vida do estudante.” [5] A prática da palavra correta deve ser buscada e praticada a vida toda. Devemos lembrar que ao vivermos cada momento diante da presença do Eu Superior e ao fazermos a sua vontade, os conflitos desaparecem e a paz interior é encontrada. Como um escalador de montanha que obtém um poder intensificado e ampla visão, o ser não apenas transcende seu passado, mas comanda a auto-experiência sob um novo olhar, mais amplo, mais rico, mais sutil, mais verdadeiro. E tudo isso é sinal de ordem, de progresso, e de vitória. NOTAS: [1] “Aforismos de Ioga de Patañjali, Prefácio”, em www.FilosofiaEsoterica.com . [2] “A Palavra dos Iniciados”, Carlos Cardoso Aveline (ed.), que está disponível em www.FilosofiaEsoterica.com . [3] “A Palavra dos Mestres”, Carlos Cardoso Aveline (ed.), em www.FilosofiaEsoterica.com [4] “Três Caminhos para a Paz Interior”, Carlos Cardoso Aveline, Editora Teosófica, p. 144. [5] “Confiança nos Mestres”, texto de John Garrigues, em www.FilosofiaEsoterica.com .

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Um Sinal de Nobreza

É sinal de uma nobreza perfeita esquecer as atenções que te devem para te lembrares das que deves aos outros; e dar mais importância às faltas que tu cometes do que às faltas que os outros cometem contra ti. [ Pensamento islâmico, reproduzido do texto “O Islamismo é Maior Que a Violência”, de Carlos Cardoso Aveline, que está disponível em www.FilosofiaEsoterica.com.]

Novos Textos em Nossos Websites

A seguir, reproduzimos o relatório mensal de www.FilosofiaEsoterica.com e websites associados, válido para 9 de junho. Há dois livros em francês. Em italiano, são quatro textos. O total de artigos em espanhol é de 30, e entre eles há dois livros. Em inglês, são 447 textos. Em língua portuguesa, 730 . O total nos cinco idiomas é de 1.213 itens. Os textos incluídos nos nossos websites associados entre 05 de maio e 09 de junho de 2013 são os seguintes: (Artigos mais recentes acima) 1.Leibniz, Science and Theosophy - Steven H. Levy, M. D. 2.Netuno, Um Mistério Diante de Nós - Carlos Cardoso Aveline 3.Como Começar o Dia - Carlos Cardoso Aveline 4.La Merveilleuse Légende de Bouddha - Claude Aveline

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5.The Karma of Calumny - John Garrigues 6.Examining Seven Questions - Carlos Cardoso Aveline 7.Escrita Sânscrita Reflete a Consciência - Carlos Cardoso Aveline 8.The Aquarian Theosophist, May 2013 9.A Filosofia de Carlos Castaneda - Carlos Cardoso Aveline 10.The Cycle of the Teacher - John Garrigues 11.Confiar na Vida e em Si Mesmo - Carlos Cardoso Aveline 12.On Guarding Alertness - Acharya Shantideva 13.A Ecologia Universal - Maurício Andrés Ribeiro 14. 37 Textos Sobre Educação e Teosofia - Regina Maria Pimentel de Caux 15.Something Left Undone - Henry Wadsworth Longfellow 16.Plágio é uma Falta de Auto-Respeito - Evaldo Berwig 17.Bispo Católico Visita Plantações em Marte - Carlos Cardoso Aveline 18.Geoffrey Farthing and the Algeo Letters - Carlos Cardoso Aveline 19.Boletim O TEOSOFISTA, Maio 2013 20.Defending the Old Lady from Rome - Three Italian Theosophists 21.Compassion for Slanderers - The Aquarian Theosophist.

O Compromisso Sagrado

O compromisso com a verdade é fundamentalmente interno. Colocá-lo em prática não é tarefa fácil, porque a ignorância é subconsciente. Ela constrói armadilhas perigosas e boicota as boas intenções do peregrino. Assim surgem as resistências e os obstáculos. Se o estudante de filosofia não desistir jamais, as suas derrotas serão passageiras, e seu compromisso espiritual produzirá consequências crescentemente positivas ao longo do tempo. [Do texto “A Força de um Compromisso Sagrado”, de Carlos Cardoso Aveline, que está disponível em www.FilosofiaEsoterica.com .]

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Um Preceito da Sabedoria Oriental

Quem é um grande homem? Aquele que tem a maior paciência. Quem suporta pacientemente o sofrimento, e mantém uma vida correta - este é verdadeiramente um ser humano! [Da série de textos “Preceitos e Axiomas do Oriente”, de Helena P. Blavatsky, que está disponível em www.FilosofiaEsoterica.com .]

Felicidade Surge da Ação Correta

A virtude é um dos temas centrais da filosofia. O pitagórico Theages afirmou: “a verdadeira virtude é o hábito de ficar dentro do que é adequado.” Mussônio Rufo definia a questão como um processo científico-experimental: “a virtude é uma ciência não só teórica, mas também prática, assim como a medicina e a música”.

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Para a filosofia clássica, a virtude é a capacidade de viver corretamente, isto é, sem causar dor para si nem para os outros. Nesta linha, o pitagórico Hipodamus concluiu: “A felicidade não pode durar sem virtude, e a virtude nasce primeiro em quem é racional”. [ Reproduzido do texto “A Sabedoria de Pitágoras”, de Carlos Cardoso Aveline, que está disponível em www.FilosofiaEsoterica.com .] 0000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

O Teosofista Notas e Informações Sobre Teosofia e o Movimento Esotérico Ano VII, Número 73, Junho de 2013. O Teosofista é o boletim eletrônico mensal do website www.FilosofiaEsoterica.com . Entre em contato com os editores e faça perguntas e sugestões pelo e-mail [email protected] . Facebook: FilosofiaEsoterica.com . 0000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000