o tempo e o vento

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) 06 Jari, 11 e 12 de maio de 2012 Jari, 11 e 12 de maio de 2012 07 Conforme foi agendado com a jornalista Milena Fischer, assessora de imprensa produ- ção O Tempo e o Vento na Globo Filmes, Editora-chefe RS e SC, no dia 07 de maio/012, em Bagé, a direção do Jornal A Voz do Jari e Lagartus Produções participaram do sete de gravação do filme, onde foram muito bem recepcionados por todos. Na entrada do Parque Gaúcho, já éramos esperados e, com um roteiro a cumprir. Num ambiente restrito, que exigia muitos cuidados devido às gravações que ocorriam, fomos convidados ao set de Gravações. Foi então que, acompanhados pela jornalista Milena Fi- sher, fomos até ao camarin dos atores, onde tivemos a oportunidade de cumprimentar Pau- lo Goulart, Niceti Bruno, Thiago Lacerda, Rafael Cardoso, Mayana Moura, entre outros. Uma Cidade Cenográfica montada pela Globo Num local descampado do Parque Gaúcho de Bagé, a Globo investiu um milhão e meio. Inclusive, salienta Milena que o longa O Tempo e o Vento é o filme de maior investimen- Voz do Jari e Lagartus Produções no set de gravação do Tempo e o Vento to feito pela Globo, e com uma tecnologia de última geração e a nata dos atores, está apontado como o melhor filme nacional bra- sileiro. As máquinas filmadoras inédita nas produções cinematográficas do Brasil e co- meçando a chegar às produções internacio- nais, a revolucionária câmera Sony F-65 está sendo usada pela equipe, com a tecnologia digital que mais se aproxima do resultado da película, com sua resolução de 4K e 8K. A cidade cenográfica compreende o Sobra- do dos Terra-Cambará e 17 construções. O elenco é formado por 130 atores, deste 70% gaúcho. Tendo também a participação de 2000 figurantes da cidade e região. A clássica figueira, localizada no centro do set de gravação, e citada pelo escritor gaúcho como ponto de encontro dos personagens, foi projetada no Rio de Janeiro com estrutura metálica e levou 15 dias para ser transportada até o Rio Grande do Sul. Ainda foram intro- duzidos coqueiros, gramados e toda a arborização. A cidade cenográfica é um dos pontos auge da produção do longa. Segundo Milena, foram quatro meses construindo 17 edificações em 10 mil metros quadrados. O filme, livremente baseado no livro O Continente, de Érico Veríssimo, atravessa 100 anos na cidade de Santa Fé. Foram construídas casas simples, que marcam a chegada de Ana Terra, até o grande sobrado dos Terra Cambará, erguido muito tempo depois. Todas as casas, apesar de apresentarem fundações feitas de alvenaria, pedra e concreto, têm as paredes de compensados de madeira, o que requer manutenção constante. Esta cidade será doada ao Município e considerada um ponto turístico do município e região. Gravações Neste dia no set de gravação, tivemos a oportunidade de assistir à cenas fantásticas. Toda a cidade está em quadra. Carroças preparadas para a viagem, Cavaleiros, pessoas aflitas, mostravam que algo não estava bem.Um dia após o batizado de Bolívar e Florêncio, Bi- biana manda o filho com Juvenal e fica na cidade. Os moradores de Santa Fé abandonam a cidade. Rodrigo Cambará conversa com Padre Lara. Cena do Juvenal Terra chegando com a esposa Maruca, interpretada pela atriz Giseli Al- ves. Juvenal Terra é irmão da Bibiana. Ali esta construído o emporio que ele se associou. Ele o Capitão Rodrigo montam um empório quando o Capitão resolve ficar na cidade. Casa com a Bibiana e tem filhos. Com Fernanda Montenegro, Thiago Lacerda, Cléo Pires e Marjorie Estiano no elenco, começou no dia 26 de março as filmagens do “O Tempo e o Vento”, sob a direção de Jayme Monjardim. O filme é uma adaptação da famosa obra “O Continente”, de Érico Veríssimo, primeiro volume da trilogia que dá nome ao longa. Ele narra cerca de 150 anos da história do Rio Grande do Sul e do estabelecimento das fronteiras brasileiras tendo como fio condutor a trajetória da família Terra Cambará e sua rivalidade com o clã Amaral. Thiago Lacerda interpreta o capitão Rodrigo Cambará e o papel de Ana Terra está sendo desenvolvido por Cléo Pires. Fernanda Montenegro e Marjorie Estiano viverão Bibiana em diferentes momentos. Vanessa Lóes, Mayana Moura, Luiz Carlos Vasconcelos, Leo- nardo Medeiros e Rafael Cardoso também fazem parte do elenco com importantes papéis. As gravações estão sendo feitas em Bagé, Pelotas, e a produção passará por várias cidades fazendo registros da paisagem do pampa sulino. O Tempo e o Vento que conta com a di- reção do famoso Jayme Monjardim, terá seu lançamento no cinema, no primeiro semestre de 2013, e depois será exibido em formato de minissérie pela Rede Globo. Entrevistas: Na oportunidade, em virtude de Thiago Lacerda, que faz o papel de Capitão Rodrigo estar extremamente concentrado para a gravação no final da tarde, não pode nos conceder en- trevista. Mas, entrevistamos dois grandes talentos do elenco: Rafael Cardoso que também está participando do filme longa metragem Senhores da Guerra , de Tabajara Ruas e, no Tempo e o Vento, faz o papel de Florêncio. Rafael também teve participação de Rodrigo na novela “A Vida da Gente” entre outras tantas novelas. E, Mayana Moura, no longa do Tempo e o Vento ela faz o papel de Luzia. Mayana que era uma grande modelo, participante de uma banda de rock internacional, destaque na música bipolar, é estilista, e fez parte do elenco de Passione, como a estilista Melina. Mayana Moura - Luzia 1. Pra ti, Mayana, o que representa fazer parte do filme o Tempo e o Vento, desempenhan- do um papel tão importante quanto o de Luzia? Olha pra mim é um sonho que está se realizando. A Luzia é a minha personagem favorita. É do Continente de Erico Veríssimo, então, eu não podia estar feliz e mais dedicada a esta personagem. 2. Como vês o papel de Luzia em relação à mulher gaúcha no contexto da nossa cultura riograndense? Luzia em relação às mulheres gaúchas, puxa!... Luzia é vista pelas mulheres gaúchas como uma estrangeira. Ela teve educação européia. Ela estudou na capital, é meio te- mida. Ela exerce uma ener- gia magnética, de atração e repulsa das pessoas. Muitas pessoas são fascinadas pela Luzia porque ela tem roupas diferentes, com muitas ren- das, enquanto que as mulhe- res eram mais simples aqui, e mais ligadas à família. E a Luzia falava com homens diretamente e as mulheres da época não falavam, fi- cavam olhando para cima. Mas, eu parti- cularmente adoro cultura gaúcha. Tenho muitos amigos daqui. E o Rio Grande do Sul é a minha parte favorita do Brasil. Adoraria ter sido gaúcha, mas sou cario- ca. 3. E quanto ao sotaque gaúcho, estás se adaptando? Estou trabalhando o sota- que todos os dias. Corta, não é?! ... O sotaque corta!... e ri. Principalmente o “r”, não é? 4. Quanto aos teus pares, como estás te sentindo? Uma delícia. Os meus pares são uns amores. Tem o Rafael Cardoso que vai começar e o Igor Ricler, que é o primeiro trabalho dele no cinema. Rever dona Fernanda Montenegro de novo, o Thiago que é um amor de pessoa, enfim, todos são fantásticos. Estou muito feliz de estar aqui com eles. 5. Uma mensagem para os leitores do Jornal A Voz do Jari: “Olá pessoal, leitores da Voz do Jari, quem está falando é a Mayana Moura, a Luzia do Tempo e o Vento, vocês têm de assistir ao filme que está demais, a cidade está linda de morrer!... Um beijo grande para vocês e até! .Rafael Cardoso - Florêncio Terra 1. O que representa pra ti, como gaú- cho, fazer um papel tão importante quanto o de Florêncio Terra no Tem- po e o Vento? Este filme é um clássico e, da ma- neira como está sendo feito aqui no Rio Grande do Sul, acho que é um privilégio. Retratar, passar um pou- co desse personagem, passar um pouco da história, mostrando um pouquinho da alma do Erico Verís- simo, oportunizando as pessoas a conhecerem esta história linda é um privilégio. A nossa literatura não é tão conhecida. A gente acaba conhecendo tanta coisa de fora, enquanto que nossos clássicos acabam esquecidos. Então, é um privilégio poder participar de um projeto desta magnitude do corajoso Jayme Monjardim. 2. Como gaúcho, jovem e destacado ator, o que pra ti representa ver a nossa cultura focada num filme de longa metragem e da tamanha repercussão? Não só por estar sendo feito aqui, mas por retratar parte da nossa história, assim como Senhores da Guerra, outro filme de Tabajara Ruas, do qual também participo, e que retrata a revolução de 23 e 24. O Tempo e o Vento um pouco antes, mas, enfim, é a nossa história, a nossa tradição. A cada dia, as pessoas estão ficando mais distantes das nossas raízes, esquecendo da onde a gente veio, quem somos, da onde viemos, enquanto que a gente é fruto do que viveu. E pra mim, o que mais representa é mostrar isso para a galera mais nova que não dá a menor importância para a nossa tradição. 3. E, como jovem, diante desta reflexão que aqui fizeste, o que está faltando para a juven- tude desenvolver esse sentimento de amor e de apego às suas raízes? Isto está na reflexão. Quando a gente começa a conhecer um pouco da nossa história, mas de verdade, não só de forma superficial, isso é fácil de pensar porque a gente está desse jeito hoje. Precisa-se de filmes históricos regional, que tem muito pouco. A gente hoje conhece muito mais a cultura norte americana, a partir dos filmes norte-americanos como far west, sabendo mais da cultura estrangeira do que das nossas origens, das nossas próprias raízes. Esse conhecimento é essencial para a educação, e torna-se necessário que se trabalhe mais a nossa cultura. 4. Mensagem para os leitores da Voz do Jari: Aos leitores da Voz do Jari, espero que apreciem a obra que está sendo feita com muito carinho e a dedicação de todo mundo. Junto com a jornalista Milena, percorremos a cidade cenográfica, conversamos com a equipe de produção, figurinistas, além de assistir à gravação do dia. E, para marcar a nossa estada lá, onde de certa forma, levamos o nome de Tupanciretã, presenteamos o diretor Jayme Monjardim e a nossa jornalista anfitriã, com o livro TUPAN-CY-RETAN Face Missioneira, do escritor Moisés Menezes.

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06 Jari, 11 e 12 de maio de 2012 Jari, 11 e 12 de maio de 2012 07

Conforme foi agendado com a jornalista Milena Fischer, assessora de imprensa produ-ção O Tempo e o Vento na Globo Filmes, Editora-chefe RS e SC, no dia 07 de maio/012, em Bagé, a direção do Jornal A Voz do Jari e Lagartus Produções participaram do sete de gravação do filme, onde foram muito bem recepcionados por todos. Na entrada do Parque Gaúcho, já éramos esperados e, com um roteiro a cumprir. Num ambiente restrito, que exigia muitos cuidados devido às gravações que ocorriam, fomos convidados ao set de Gravações. Foi então que, acompanhados pela jornalista Milena Fi-sher, fomos até ao camarin dos atores, onde tivemos a oportunidade de cumprimentar Pau-lo Goulart, Niceti Bruno, Thiago Lacerda, Rafael Cardoso, Mayana Moura, entre outros.

Uma Cidade Cenográfica montada pela Globo Num local descampado do Parque Gaúcho de Bagé, a Globo investiu um milhão e meio. Inclusive, salienta Milena que o longa O Tempo e o Vento é o filme de maior investimen-

Voz do Jari e Lagartus Produções no set de gravação do Tempo e o Vento

to feito pela Globo, e com uma tecnologia de última geração e a nata dos atores, está apontado como o melhor filme nacional bra-sileiro. As máquinas filmadoras inédita nas produções cinematográficas do Brasil e co-meçando a chegar às produções internacio-nais, a revolucionária câmera Sony F-65 está sendo usada pela equipe, com a tecnologia digital que mais se aproxima do resultado da película, com sua resolução de 4K e 8K. A cidade cenográfica compreende o Sobra-do dos Terra-Cambará e 17 construções. O elenco é formado por 130 atores, deste 70% gaúcho. Tendo também a participação de 2000 figurantes da cidade e região.A clássica figueira, localizada no centro do set de gravação, e citada pelo escritor gaúcho

como ponto de encontro dos personagens, foi projetada no Rio de Janeiro com estrutura metálica e levou 15 dias para ser transportada até o Rio Grande do Sul. Ainda foram intro-duzidos coqueiros, gramados e toda a arborização.A cidade cenográfica é um dos pontos auge da produção do longa. Segundo Milena, foram quatro meses construindo 17 edificações em 10 mil metros quadrados. O filme, livremente baseado no livro O Continente, de Érico Veríssimo, atravessa 100 anos na cidade de Santa Fé. Foram construídas casas simples, que marcam a chegada de Ana Terra, até o grande sobrado dos Terra Cambará, erguido muito tempo depois.Todas as casas, apesar de apresentarem fundações feitas de alvenaria, pedra e concreto, têm as paredes de compensados de madeira, o que requer manutenção constante. Esta cidade será doada ao Município e considerada um ponto turístico do município e região.

Gravações

Neste dia no set de gravação, tivemos a oportunidade de assistir à cenas fantásticas. Toda a cidade está em quadra. Carroças preparadas para a viagem, Cavaleiros, pessoas aflitas, mostravam que algo não estava bem.Um dia após o batizado de Bolívar e Florêncio, Bi-biana manda o filho com Juvenal e fica na cidade. Os moradores de Santa Fé abandonam

a cidade. Rodrigo Cambará conversa com Padre Lara.Cena do Juvenal Terra chegando com a esposa Maruca, interpretada pela atriz Giseli Al-ves. Juvenal Terra é irmão da Bibiana. Ali esta construído o emporio que ele se associou. Ele o Capitão Rodrigo montam um empório quando o Capitão resolve ficar na cidade. Casa com a Bibiana e tem filhos. Com Fernanda Montenegro, Thiago Lacerda, Cléo Pires e Marjorie Estiano no elenco, começou no dia 26 de março as filmagens do “O Tempo e o Vento”, sob a direção de Jayme Monjardim. O filme é uma adaptação da famosa obra “O Continente”, de Érico Veríssimo, primeiro volume da trilogia que dá nome ao longa. Ele narra cerca de 150 anos da história do Rio Grande do Sul e do estabelecimento das fronteiras brasileiras tendo como fio condutor a

trajetória da família Terra Cambará e sua rivalidade com o clã Amaral. Thiago Lacerda interpreta o capitão Rodrigo Cambará e o papel de Ana Terra está sendo desenvolvido por Cléo Pires. Fernanda Montenegro e Marjorie Estiano viverão Bibiana em diferentes momentos. Vanessa Lóes, Mayana Moura, Luiz Carlos Vasconcelos, Leo-nardo Medeiros e Rafael Cardoso também fazem parte do elenco com importantes papéis. As gravações estão sendo feitas em Bagé, Pelotas, e a produção passará por várias cidades fazendo registros da paisagem do pampa sulino. O Tempo e o Vento que conta com a di-reção do famoso Jayme Monjardim, terá seu lançamento no cinema, no primeiro semestre de 2013, e depois será exibido em formato de minissérie pela Rede Globo.

Entrevistas:Na oportunidade, em virtude de Thiago Lacerda, que faz o papel de Capitão Rodrigo estar extremamente concentrado para a gravação no final da tarde, não pode nos conceder en-trevista. Mas, entrevistamos dois grandes talentos do elenco: Rafael Cardoso que também está participando do filme longa metragem Senhores da Guerra , de Tabajara Ruas e, no Tempo e o Vento, faz o papel de Florêncio. Rafael também teve participação de Rodrigo na novela “A Vida da Gente” entre outras tantas novelas.E, Mayana Moura, no longa do Tempo e o Vento ela faz o papel de Luzia. Mayana que era uma grande modelo, participante de uma banda de rock internacional, destaque na música bipolar, é estilista, e fez parte do elenco de Passione, como a estilista Melina.Mayana Moura - Luzia1. Pra ti, Mayana, o que representa fazer parte do filme o Tempo e o Vento, desempenhan-do um papel tão importante quanto o de Luzia? Olha pra mim é um sonho que está se realizando. A Luzia é a minha personagem favorita. É do Continente de Erico Veríssimo, então, eu não podia estar feliz e mais dedicada a esta personagem.2. Como vês o papel de Luzia em relação à mulher gaúcha no contexto da nossa cultura riograndense?Luzia em relação às mulheres gaúchas, puxa!... Luzia é vista pelas mulheres gaúchas

como uma estrangeira. Ela teve educação européia. Ela estudou na capital, é meio te-mida. Ela exerce uma ener-gia magnética, de atração e repulsa das pessoas. Muitas pessoas são fascinadas pela Luzia porque ela tem roupas diferentes, com muitas ren-das, enquanto que as mulhe-res eram mais simples aqui, e mais ligadas à família. E

a Luzia falava com homens diretamente e as mulheres da época não falavam, fi-cavam olhando para cima. Mas, eu parti-cularmente adoro cultura gaúcha. Tenho muitos amigos daqui. E o Rio Grande do Sul é a minha parte favorita do Brasil. Adoraria ter sido gaúcha, mas sou cario-ca.3. E quanto ao sotaque gaúcho, estás se adaptando? Estou trabalhando o sota-que todos os dias. Corta, não é?! ... O sotaque corta!... e ri. Principalmente o “r”, não é?4. Quanto aos teus pares, como estás te sentindo? Uma delícia. Os meus pares

são uns amores. Tem o Rafael Cardoso que vai começar e o Igor Ricler, que é o primeiro trabalho dele no cinema. Rever dona Fernanda Montenegro de novo, o Thiago que é um amor de pessoa, enfim, todos são fantásticos. Estou muito feliz de estar aqui com eles.

5. Uma mensagem para os leitores do Jornal A Voz do Jari: “Olá pessoal, leitores da Voz do Jari, quem está falando é a Mayana Moura, a Luzia do Tempo e o Vento, vocês têm de assistir ao

filme que está demais, a cidade está linda de morrer!... Um beijo grande

para vocês e até!.Rafael Cardoso - Florêncio Terra1. O que representa pra ti, como gaú-cho, fazer um papel tão importante quanto o de Florêncio Terra no Tem-po e o Vento?Este filme é um clássico e, da ma-neira como está sendo feito aqui no Rio Grande do Sul, acho que é um privilégio. Retratar, passar um pou-co desse personagem, passar um pouco da história, mostrando um pouquinho da alma do Erico Verís-

simo, oportunizando as pessoas a conhecerem esta história linda é um privilégio. A nossa literatura não é tão conhecida. A gente acaba conhecendo tanta coisa de fora, enquanto que nossos clássicos acabam esquecidos. Então, é um privilégio poder participar de um projeto desta magnitude do corajoso Jayme Monjardim. 2. Como gaúcho, jovem e destacado ator, o que pra ti representa ver a nossa cultura focada num filme de longa metragem e da tamanha repercussão? Não só por estar sendo feito aqui, mas por retratar parte da nossa história, assim como Senhores da Guerra, outro filme de Tabajara Ruas, do qual também participo, e que retrata a revolução de 23 e 24. O Tempo e o Vento um pouco antes, mas, enfim, é a nossa história, a nossa tradição. A cada dia, as pessoas estão ficando mais distantes das nossas raízes, esquecendo da onde a gente veio, quem somos, da onde viemos, enquanto que a gente é fruto do que viveu. E pra mim, o que mais representa é mostrar isso para a galera mais nova que não dá a menor importância para a nossa tradição.3. E, como jovem, diante desta reflexão que aqui fizeste, o que está faltando para a juven-tude desenvolver esse sentimento de amor e de apego às suas raízes?Isto está na reflexão. Quando a gente começa a conhecer um pouco da nossa história, mas de verdade, não só de forma superficial, isso é fácil de pensar porque a gente está desse jeito hoje. Precisa-se de filmes históricos regional, que tem muito pouco. A gente hoje conhece muito mais a cultura norte americana, a partir dos filmes norte-americanos como far west, sabendo mais da cultura estrangeira do que das nossas origens, das nossas próprias raízes. Esse conhecimento é essencial para a educação, e torna-se necessário que se trabalhe mais a nossa cultura.4. Mensagem para os leitores da Voz do Jari: Aos leitores da Voz do Jari, espero que apreciem a obra que está sendo feita com muito carinho e a dedicação de todo mundo.Junto com a jornalista Milena, percorremos a cidade cenográfica, conversamos com a equipe de produção, figurinistas, além de assistir à gravação do dia. E, para marcar a nossa estada lá, onde de certa forma, levamos o nome de Tupanciretã, presenteamos o diretor Jayme Monjardim e a nossa jornalista anfitriã, com o livro TUPAN-CY-RETAN Face Missioneira, do escritor Moisés Menezes.