o supermercado das pessoas / the people’s supermarket

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Guia do Estudante Mundo Estranho Loja Abril viajeaqui Assine Abril Veja Revistas e sites Assine Lo ja SAC Grupo Abril DIGITE AQUI O QUE VOCÊ PROCURA BUSCAR Lydia Cintra 24 de janeiro de 2012 Tweet Tweet 273 Gosto 3,8 mil 22 Ideias inovadoras são aquelas que desafiam a lógica do que está estabelecido entre as pessoas. E por serem inovadoras, quebram o conforto do que é conhecido e propõem uma forma diferente (e melhor, muitas vezes) de pensar e agir. Quando o assunto é supermercado, as coisas funcionam mais ou menos assim: existe um dono. Este dono paga funcionários que mantêm os processos em funcionamento (limpeza, estoque, logística, caixa…). O espaço fica aberto para receber clientes, que escolhem os produtos dispostos em prateleiras, pagam por eles e vão embora. Em Londres, um grupo de pessoas decidiu fazer diferente e romper com este roteiro pré-determinado. A primeira explicação está no nome: The People’s Supermarket, ou, O Supermercado das Pessoas. A ideia foi desenvolvida no começo de 2009 por Arthur Potts- Dawson, Kate Bull e David Barrie, inspirado no exemplo do Park Slope Food Co-operative, da cidade de Nova York, EUA. Neste novo modelo, as pessoas tornam-se membros do negócio (e cada membro é também Entenda como funciona um supermercado colaborativo, que não visa ao “lucro pelo lucro” Lydia Cintra SUPER NO FACEBOOK Revista Superinteressante Gosto 1.061.940 pessoas gostam de Revista Superinteressante. Plugin social do Facebook publicidade anuncie Ideias e soluções para implementar a sustentabilidade no seu dia a dia. Jornalista. Gosta de ler e discutir sobre meio ambiente e procura aprender cada dia um pouco mais sobre as relações entre homem e natureza. Escreva para o autor BLOGS SUPERARQUIVO FOTOS TESTES MULTIMÍDIA NEWSGAMES SUPERMANUAL CANAIS LOJA ABRIL TABLET ASSINE

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"Em Londres, um grupo de pessoas criou o "The People’s Supermarket", ou, "O Supermercado das Pessoas". A ideia foi desenvolvida no começo de 2009 inspirado no exemplo do Park Slope Food Co-operative, da cidade de Nova York, EUA. Neste novo modelo, as pessoas tornam-se membros do negócio (e cada membro é também dono) e oferecem horas de trabalho voluntário. Assim, ganham, entre outras coisas, o direito a descontos nas compras. Além do preço menor para os membros, os produtos já têm o valor reduzido, uma vez que o quadro de funcionários fixos é bem pequeno em relação a um supermercado comum." http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/entenda-como-funciona-um-supermercado-colaborativo-que-nao-visa-ao-lucro-pelo-lucro/ UPLOAD PATROCINADO POR: www.NOVACOMUNIDADE.org - O MODELO COOPERATIVO FAMILIAR www.MDDVTM.org/educacao - MOVIMENTO DE DEMOCRACIA DIRECTA EDUCATIVA "Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento." (Carlos Bernardo González Pecotche) "Um povo ignorante é um instrumento cego da sua própria destruição." (Simón Bolivar)

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Page 1: O Supermercado das Pessoas / The People’s Supermarket

Guia do Estudante Mundo Estranho Loja Abr il v iajeaqui Assine Abr il Veja Rev istas e sites Assine Loja SAC Grupo Abr il

DIGITE AQUI O QUE VOCÊ PROCURA BUSCAR

Lydia Cintra 24 de janeir o de 2012 TweetTweet 273 Gosto 3,8 mil 22

Ideias inovadoras são aquelas que desafiam a lógica do que está estabelecido entre as

pessoas. E por serem inovadoras, quebram o conforto do que é conhecido e propõem uma

forma diferente (e melhor, muitas vezes) de pensar e agir.

Quando o assunto é supermercado, as coisas funcionam mais ou menos assim: existe um

dono. Este dono paga funcionários que mantêm os processos em funcionamento (limpeza,

estoque, logística, caixa…). O espaço fica aberto para receber clientes, que escolhem os

produtos dispostos em prateleiras, pagam por eles e vão embora.

Em Londres, um grupo de pessoas decidiu fazer diferente e romper com este roteiro

pré-determinado. A primeira explicação está no nome: The People’s Supermarket, ou, O

Supermercado das Pessoas. A ideia foi desenvolvida no começo de 2009 por Arthur Potts-

Dawson, Kate Bull e David Barrie, inspirado no exemplo do Park Slope Food Co-operative, da

cidade de Nova York, EUA.

Neste novo modelo, as pessoas tornam-se membros do negóc io (e cada membro é também

Entenda como funciona um supermercadocolaborativo, que não visa ao “lucro pelolucro”

Lydia Cintra

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dono) e oferecem horas de trabalho voluntário. Assim, ganham, entre outras coisas, o

direito a descontos nas compras. Além do preço menor para os membros, os produtos já têm

o valor reduzido, uma vez que o quadro de funcionários fixos é bem pequeno em relação a um

supermercado comum.

Segundo os criadores do “Supermercado das Pessoas”, o objetivo “é criar um comércio

sustentável, uma empresa social que alcança o crescimento e as metas de rentabilidade

enquanto opera dentro de valores baseados no desenvolvimento da comunidade”.

Conheça 15 características do The People’s Supermarket e entenda como funciona essa nova

forma de comprar:

1. Não há bônus para chefes. Ou seja, não há a concentração da renda e dos lucros. Você

pode se perguntar: como viver sem lucro? A ideia é justamente pensar fora da caixa e muitas

vezes de forma antagônica ao que é considerado “natural”. Uma margem de lucro menor

muitas vezes simplifica as coisas. Dinheiro nem sempre é a forma mais interessante de

lucro;

2. A lógica é o alimento PARA as pessoas e PELAS pessoas. Não existe consumidor final.

Existem pessoam que consomem e fazem a coisa acontecer. Segundo o Manual dos Membros, a

ideia é a criação de um supermercado “que destaca as possibilidades do poder do consumidor

e desafia o ‘status quo’.”

3. Quem é membro também é dono do negóc io e tem poder de decisão. “Quando você se

torna um membro, começa a dividir a propriedade do negócio. Quando você anda em um

supermercado tradicional, anda na loja de alguém. Quando é um membro, anda dentro da sua

própria loja”, diz o Manual.

4. Qualquer pessoa pode comprar no supermercado. Porém, quem se torna um membro tem

alguns benefíc ios, direitos e responsabilidades a cumprir, como: pagar uma taxa anual de

25 libras, trabalhar voluntariamente em um turno de 4 horas a cada 4 semanas, comprar

regularmente no (seu) supermercado, fazer “marketing boca-a-boca” (ou seja, falar do The

People’s Supermarket para amigos, colegas, conhecidos, família…) e manter-se informado

sobre o que está acontecendo na empresa.

5. Dedicação, energia e engajamento são as características esperadas para quem quer

ser (ou já é) um membro;

6. Uma das intenções é conectar a população urbana com a comunidade rural local,

provedora dos alimentos que abastecem as cidades;

7. É importante considerar que as pessoas estão prontas para as mudanças. Por isso, novos

modelos de consumo devem ser colocados em prática e naturalmente serão bem aceitos pela

população (ou pelo menos por parte dela);

8. Um dos propósitos do negócio é um supermercado que atenda as necessidades dos

membros da comunidade oferecendo alimentos saudáveis e de alta qualidade, por preços

razoáveis;

9. As compras são feitas de fornecedores confiáveis, com os quais o supermercado cria

Super interessante ed. 321agosto/2013

Enfim, a cura da A IDSDezesseis pacientes jávencer am o HIV. E umr emédio capaz de cur artodos os outr os está sendotestado em humanos, comr esultados ex celentes.Conheça os bastidor es dadescober ta médica maisimpor tante das últimasdécadas.

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Page 3: O Supermercado das Pessoas / The People’s Supermarket

boas relações;

10. A produção de alimentos local, nas proximidades de Londres, tem preferência. Uma das

regras é comprar produtos britânicos sempre que possível;

People’s Kitchen, a cozinha criada para evitar desperdícios

11. Um dos principais objetivos é reduzir ao máximo o desperdíc io de alimentos. Uma das

formas encontradas para isso foi a criação de uma “cozinha-restaurante” que prepara

pratos com alimentos que estão com a data de vencimento próxima. As refeições devem ser

nutritivas e saudáveis, sem conservantes e açúcar em excesso, para os clientes levarem

prontas para casa.

12. Ainda para evitar o desperdício, o supermercado faz compostagem, processo de

produção de adubo feito com resíduos orgânicos;

13. Como valores do negócio, o supermercado proporciona treinamentos de habilidades para

seus funcionários e voluntários que podem ser aplicados tanto no trabalho quando fora dele.

A empresa, a partir deste prisma, deve ser um recurso de desenvolvimento para a

comunidade como um todo;

14. O ambiente de trabalho é feito para que todos dêem sua contribuição. Todos são

bem-vindos e livres de julgamento. E qualquer um pode ser membro. Não há razões sociais,

políticas ou religiosas que impeçam uma pessoa de fazer parte;

15. O local não vende cigarro.

Uma nova forma de estabelecer relações de compras passa pelo envolvimento de pessoas da

comunidade no funcionamento do estabelecimento. Dessa forma, as pessoas se “apropriam”

daquilo que faz parte do dia-a-dia (no caso, um supermercado) e fazem com que ele seja

mais do que prateleiras que oferecem opções de (quase) tudo.

O modelo do The People’s Supermarket é interessante do ponto de vista da cocriação:

pessoas, juntas, criam um espaço saudável de trabalho que substitui de forma bastante

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eficiente o modelo de consumo passivo que conhecemos hoje – que é, também, mais

agressivo ao meio ambiente a às relações soc iais estabelecidas dentro desse sistema.

Este espaço saudável inclui o sorriso que você dá para aquele vizinho que agora é colega de

trabalho voluntário e organiza frutas nas gôndolas com você, inclui o cuidado maior que as

pessoas aplicam naquilo que fazem quando o resultado está diretamente ligado a elas

mesmas e a pessoas próximas e inclui, por fim, a sensação (agradável) de que o que está

sendo feito gera um bem comum e não apenas o lucro pelo lucro.

Ou seja, um ambiente participativo é menos impessoal, mais caloroso e mais sustentável nas

relações entre pessoas e meio ambiente.

(Imagens: Facebook/ The People’s Supermarket)

TAGS:

consumo colaborativo | consumo consciente | the people's supermarket

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Gabriel 24 24UTC janeiro 24UTC 2012 às 10:21

Anar quismo !!!!

Eduardo 25 25UTC janeiro 25UTC 2012 às 00:26

gostei muito,devia ter um desses no Br asil,ajudar ia na par ticipação do povo

Pedro 26 26UTC janeiro 26UTC 2012 às 13:40

show de bola, vou estudar essa ideia par a implementar no br asil

Júlia Gandra Neves 30 30UTC janeiro 30UTC 2012 às 16:12

Ador ei a ideia do The People’s Super mar ket! Pois ser ia um ambiente agr adável, onde os

“donos funcionár ios” far ia de tudo par a agr adar o seus clientes. O que muitas vezes não

acontecer ia se fossem apenas funcionár ios. O Br asil poder ia adotar essa ideia!!! Sem

contar que não a desper dicios.

Leonardo 30 30UTC janeiro 30UTC 2012 às 20:45

Levando em conta que no mer cado de ações é assim, clar o como a mater ia diz lucr o pelo

lucr o, achei inter essante quando se tir a o per sonagem “dono” e se põe no lugar “os

donos que tr abalham dir etamente com donos”, é uma ótima ideia, mas o Br asil não está

pr epar ado socialmente par a r eceber e apr oveitar por completo essa ótima ideia, e

ser ia a for ma mais per feita par a r ealizar o que Kar l Mar x afir ma em r ebelião

pr oletár ia r etir ando de vez a empr esa de um único dono, podendo ser cr iado a par tir

dai quem sabe o capitalismo-social.

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