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1 Resumo - O Projeto SICA desenvolveu o escopo do protótipo de um sistema de informação ambiental que auxilia a escolha de projetos ambientais de P&D e Eficiência Energética, e também de um sistema de informação de acompanhamento de indicado- res ambientais utilizando o conjunto que a empresa adota, in- clusive os indicadores ANEEL, de forma parcial. O protótipo e o sistema de informação foram desenvolvidos de forma simultâ- nea a partir da identificação do problema científico, objetivos geral e específicos de cada sistema, bem como os seus funda- mentos definidos a partir da análise empírica da atividade ope- racional da empresa e avaliação documental, envolvendo legis- lações, regulamentações, orientações éticas e práticas de merca- do pertinente as variáveis analisadas. O protótipo e o sistema de informação avaliam projetos e indicadores ambientais que sub- sidiam os gestores em suas tomadas de decisão favorecendo a gestão dos recursos econômicos/ financeiros e promovendo de- senvolvimento social e ambiental. Palavras-chave — avaliação de projetos, gestão ambiental, indicadores ambientais, informação, software. I. INTRODUÇÃO A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL assu- mindo um compromisso com a sustentabilidade e o uso de recursos ambientais instituiu dois instrumentos, além de normas, que favorecem o acompanhamento da gestão ambi- ental. Tais instrumentos estão consolidados nos programas Amara L. Silva. Bacharelanda em Ciências Contábeis – Universidade Federal do Ceará UFC e estagiária na Coelce ([email protected]). Armando Catelli. Doutor em Contabilidade e Controladoria – USP e professor da – USP ([email protected]). Carlos H. C. Montenegro. Graduado em Ciências da Computação – Universidade Estadual do Ceará – UECE ([email protected]). Célia M. B. Carneiro. Mestre em Controladoria e Contabilidade – USP e professora na UFC ([email protected]), coordenadora científica do projeto. Felipe Cantal de Sousa. Mestrando do Curso de Informática Aplicada – UNIFOR ([email protected]). Filipe B. Machado. Gerente do projeto junto ao Instituto Atlântico (fb- [email protected]). Rodrigo M. Bernardo. Pós-graduando MBA Gestão de Negócios Fi- nanceiros - PUC-RJ ([email protected]). Tatiana M. S. Santos. Mestranda do Curso de Controladoria e Contabi- lidade – UFC ([email protected]). de Eficiência Energética e P&D e na publicação, em dezem- bro de 2006, de 62 indicadores de acompanhamento ambien- tal para o Relatório Anual de Responsabilidade Sócioambi- ental das empresas de energia elétrica. O Projeto SICA atuou nas duas áreas de ações da ANEEL e desenvolveu um protótipo de sistema de informação para subsidiar a escolha de projeto de Eficiência e P&D ambien- tais em distribuidoras de energia, que permite a análise eco- nômica, financeira, social e ambiental do projeto, e um sis- tema de informação, que de forma on line, oferece informa- ções estruturadas em gráficos e relatórios sobre o desempe- nho ambiental da Coelce utilizando o conjunto de indicado- res que a empresa adotava até maio/2006: Global Reporting Initiative – GRI, Pacto Global, Ethos/ ABRADEE. Logo, os objetivos alcançados no Projeto SICA foram: o desenvolvimento do escopo de um protótipo de um sistema de informação ambiental, que possibilite a escolha dentre os projetos ambientais de P&D e EE apresentados à Coelce, os que proporcionarão o maior resultado econômico, ambiental e social, de acordo com o limite de recursos para investi- mento definido pelo cálculo da ANEEL, e um sistema de informação de acompanhamento de indicadores ambientais utilizando o conjunto de indicadores que a empresa adotava em maio/2006, de forma parcial. II. PREPARAÇÃO DO TRABALHO Para a elaboração dos protótipos dos dois sistemas em um ano, a equipe foi dividida em dois grupos de pesquisa sob a coordenação da pesquisadora científica para que os mesmos fossem definidos de forma simultânea. O desenvolvimento da metodologia apresentada na pes- quisa é estruturado a seguir. A. Protótipo de Sistema de Informação Contábil Ambien- tal como Suporte à Avaliação de Projetos de P&D e Efici- ência Energética Meio Ambiente Para cumprir o objetivo geral e desenvolver o protótipo do sistema de informação foram adotadas as seguintes etapas de procedimentos: O Sistema de Informação Contábil Ambien- tal como Suporte à Avaliação de Projetos de P&D, Eficiência Energética, Meio Ambiente e Acompanhamento de Indicadores Ambien- tais em Distribuidoras de Energia A. Catelli, USP; A. L. Silva, COELCE; C. H. C. Montenegro, ATLÂNTICO; C. M. B. Carneiro, UFC; F. B. Machado, ATLÂNTICO; F. C. Sousa, ATLÂNTICO; R. M. Bernardo, ATLÂNTICO; T. M. S. Santos, ATLÂNTICO.

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Page 1: O Sistema de Informação Contábil Ambien- tal como Suporte ... · A metodologia científica adotada partiu dos fundamentos científicos do objetivo da Contabilidade, que é de fornecer

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Resumo - O Projeto SICA desenvolveu o escopo do protótipo de

um sistema de informação ambiental que auxilia a escolha de

projetos ambientais de P&D e Eficiência Energética, e também

de um sistema de informação de acompanhamento de indicado-

res ambientais utilizando o conjunto que a empresa adota, in-

clusive os indicadores ANEEL, de forma parcial. O protótipo e

o sistema de informação foram desenvolvidos de forma simultâ-

nea a partir da identificação do problema científico, objetivos

geral e específicos de cada sistema, bem como os seus funda-

mentos definidos a partir da análise empírica da atividade ope-

racional da empresa e avaliação documental, envolvendo legis-

lações, regulamentações, orientações éticas e práticas de merca-

do pertinente as variáveis analisadas. O protótipo e o sistema de

informação avaliam projetos e indicadores ambientais que sub-

sidiam os gestores em suas tomadas de decisão favorecendo a

gestão dos recursos econômicos/ financeiros e promovendo de-

senvolvimento social e ambiental.

Palavras-chave — avaliação de projetos, gestão ambiental,

indicadores ambientais, informação, software.

I. INTRODUÇÃO

A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL assu-mindo um compromisso com a sustentabilidade e o uso de recursos ambientais instituiu dois instrumentos, além de normas, que favorecem o acompanhamento da gestão ambi-ental. Tais instrumentos estão consolidados nos programas

Amara L. Silva. Bacharelanda em Ciências Contábeis – Universidade

Federal do Ceará – UFC e estagiária na Coelce ([email protected]).

Armando Catelli. Doutor em Contabilidade e Controladoria – USP e professor da – USP ([email protected]).

Carlos H. C. Montenegro. Graduado em Ciências da Computação – Universidade Estadual do Ceará – UECE ([email protected]).

Célia M. B. Carneiro. Mestre em Controladoria e Contabilidade – USP e professora na UFC ([email protected]), coordenadora científica do projeto.

Felipe Cantal de Sousa. Mestrando do Curso de Informática Aplicada – UNIFOR ([email protected]).

Filipe B. Machado. Gerente do projeto junto ao Instituto Atlântico ([email protected]).

Rodrigo M. Bernardo. Pós-graduando MBA Gestão de Negócios Fi-nanceiros - PUC-RJ ([email protected]).

Tatiana M. S. Santos. Mestranda do Curso de Controladoria e Contabi-lidade – UFC ([email protected]).

de Eficiência Energética e P&D e na publicação, em dezem-bro de 2006, de 62 indicadores de acompanhamento ambien-tal para o Relatório Anual de Responsabilidade Sócioambi-ental das empresas de energia elétrica.

O Projeto SICA atuou nas duas áreas de ações da ANEEL e desenvolveu um protótipo de sistema de informação para subsidiar a escolha de projeto de Eficiência e P&D ambien-tais em distribuidoras de energia, que permite a análise eco-nômica, financeira, social e ambiental do projeto, e um sis-tema de informação, que de forma on line, oferece informa-ções estruturadas em gráficos e relatórios sobre o desempe-nho ambiental da Coelce utilizando o conjunto de indicado-res que a empresa adotava até maio/2006: Global Reporting Initiative – GRI, Pacto Global, Ethos/ ABRADEE.

Logo, os objetivos alcançados no Projeto SICA foram: o desenvolvimento do escopo de um protótipo de um sistema de informação ambiental, que possibilite a escolha dentre os projetos ambientais de P&D e EE apresentados à Coelce, os que proporcionarão o maior resultado econômico, ambiental e social, de acordo com o limite de recursos para investi-mento definido pelo cálculo da ANEEL, e um sistema de informação de acompanhamento de indicadores ambientais utilizando o conjunto de indicadores que a empresa adotava em maio/2006, de forma parcial.

II. PREPARAÇÃO DO TRABALHO

Para a elaboração dos protótipos dos dois sistemas em um ano, a equipe foi dividida em dois grupos de pesquisa sob a coordenação da pesquisadora científica para que os mesmos fossem definidos de forma simultânea.

O desenvolvimento da metodologia apresentada na pes-quisa é estruturado a seguir.

A. Protótipo de Sistema de Informação Contábil Ambien-tal como Suporte à Avaliação de Projetos de P&D e Efici-ência Energética Meio Ambiente

Para cumprir o objetivo geral e desenvolver o protótipo do sistema de informação foram adotadas as seguintes etapas de procedimentos:

O Sistema de Informação Contábil Ambien-

tal como Suporte à Avaliação de Projetos de

P&D, Eficiência Energética, Meio Ambiente

e Acompanhamento de Indicadores Ambien-

tais em Distribuidoras de Energia A. Catelli, USP; A. L. Silva, COELCE; C. H. C. Montenegro, ATLÂNTICO; C. M. B. Carneiro,

UFC; F. B. Machado, ATLÂNTICO; F. C. Sousa, ATLÂNTICO; R. M. Bernardo, ATLÂNTICO; T.

M. S. Santos, ATLÂNTICO.

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1. Identificar e analisar os projetos de P&D e Eficiência Energética meio ambiente no período de 2005.

2. Identificar e analisar o modelo de gestão e o processo de gestão do Departamento de Gestão da Inovação e Projetos de Pesquisa - GIPP.

3. Analisar os fatores críticos de sucesso para a eficácia do desempenho do GIPP.

4. Desenvolver o modelo conceitual do SICA - Análise de Projetos sob o enfoque do modelo GECON.

O protótipo do sistema SICA – Análise de Projetos adota como premissas no seu desenvolvimento:

1. Que os eventos/ transações são ocorrências resultantes de decisões dos gestores sobre o investimento em pro-jetos de P&D e EE em meio ambiente.

2. Que todos os eventos de investimento em projetos de P&D e EE em meio ambiente são promovidos pelo Departamento de Gestão da Inovação e Projetos de Pesquisa - GIPP.

3. A disponibilidade de indicadores retrate o impacto das decisões dos gestores do GIPP.

4. Que os indicadores contemplem de forma correta e jus-ta, tanto os impactos no desempenho do GIPP, da Co-elce (distribuidora) e dos consumidores/ comunidade.

5. Que os indicadores devem ser expressos monetaria-mente.

6. Que os indicadores reflitam o resultado e os efeitos pa-trimoniais dos eventos/ decisões.

7. Que os resultados e os efeitos patrimoniais dos eventos sejam mensurados por conceitos econômicos.

8. Que os conceitos econômicos a serem utilizados sejam baseados no modelo GECON.

9. Que, visando à otimização do desempenho, ofereça o suporte adequado tanto na simulação de planos e tran-sações, como no planejamento (projetos), no acompa-nhamento e na apuração do resultado realizado.

A metodologia científica adotada partiu dos fundamentos científicos do objetivo da Contabilidade, que é de fornecer informações úteis à tomada de decisões do seu amplo con-junto de usuários visando à eficácia do processo de gestão. Portanto, utilizando o método dedutivo.

Além desse elemento científico, utilizou-se o método de-dutivo na fundamentação do desenvolvimento do modelo conceitual do SICA - Análise de Projetos, utilizando-se a base conceitual do modelo de Gestão Econômica – GECON.

O método indutivo foi utilizado para tratar o protótipo do sistema em um ambiente empírico que permita a aplicabili-dade e vinculação dos seus conceitos. A técnica de pesquisa utilizada foi o estudo de caso e o objeto de estudo foram os projetos de P&D e EE da Coelce no exercício de 2005.

As principais técnicas de pesquisa utilizadas foram, a bi-bliográfica, e destacadamente a documental de fonte primá-ria obtida na Coelce e em normas da ANEEL.

Para a definição do Modelo Conceitual objetivado, ado-tou-se o seguinte método:

a) Caracterização do Departamento de Gestão da Inova-ção e Projetos de Pesquisa - GIPP, ambiente em que o sistema será utilizado, compreendendo o seu modelo e sistema de gestão, organização, físico-operacional e econômico.

b) Identificação dos fatores críticos de sucesso por meio de indicadores que serão acompanhados pelos gestores para a eficácia do desempenho do GIPP, na escolha dos melhores projetos que tenham foco em meio ambi-ente.

c) Recuperação dos conceitos do GECON aplicáveis na construção do sistema de apuração.

d) Definição do modelo conceitual do sistema de apura-ção.

e) Aplicação do modelo conceitual em alguns “casos” a tí-tulo de simulação.

O modelo apresenta enfoque micro e macroeconômico mostrando o resultado econômico para a Coelce e a comuni-dade, além da melhoria de qualidade de vida e minimização de impactos ambientais nas entidades onde são instalados ou detentores do produto final do projeto.

As distribuidoras de energia no Brasil devem, de acordo com a Lei nº. 9.991/2000, alterada pela Lei Nº. 10.848/2004, destinar até 1% da Receita Operacional Líqui-da (ROL) para projetos de P&D e Eficiência Energética. Além dos percentuais de 0,25% e 0,30% para os programas de eficiência e P&D respectivamente, também são destina-dos 0,30% para o FNDCT e 0,15% para o MME, totalizando 1%. A vigência destes percentuais foi a partir de 01.01.2006.

Logo, a Coelce terá que escolher dentre todos os projetos recebidos de entidades de pesquisa científica aqueles, que atingindo o teto definido para cada tipo de programa pela ANEEL proporcione o melhor resultado econômico/ finan-ceiro, social e ambiental.

O protótipo é constituído de três modelos: Modelo de I-dentificação e Acumulação (apresentado na figura 1), Mode-lo de Mensuração (apresentado na figura 2 e 3) e o Modelo de Informação.

O Modelo de Identificação e Acumulação (figura 1) con-templa quatro dimensões: 1) físico-operacional; 2)financeira; 3) patrimonial e 4) resultados.

O Modelo de Mensuração é diferenciado para os diversos tipos de eventos e estruturado nos módulos: 1) Empresarial (figura 2) que contempla as variáveis econômicas e financei-ras; e 2) Social (figura 3) que abrange as variáveis sociais e ambientais.

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F IN AN C E IR A rece b im en tos V V V V V V V V V V dese mbo lsos V V V V V V V V V V sa ldo V V V V V V V V V V

PA T R IM O N IA L a tivos R R R R S R S S S R R R R S S S S S exig ib i lid ades R R R R S R S S S R R R R S S S S S pa tr imôn io líqu ido R R R R S R S S S R R R R S S S S S

R E SU L T AD O S rece itas R R R R S R S S S R R R R S S S S S cus to s R R R R S R S S S R R R R S S S S S m .con tr ibu ição S S S S S S S S S S S S S S S S S S despesas O S 's R R S S S R S S S S despesas O bra R R S S S S despesas P ro je to R R S despesas U N / AR R re su ltado econôm ico S S S S S S S S S S S S S S S S S S

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Figura 1 – Modelo de Identificação e Acumulação do protótipo SICA – Avaliação de Projetos. Fonte: Elaborado pelos autores. (*) considerar os valores apurados analiticamente.

EVENTO: Construção em Andamento Módulo: Empresarial

PeríodosUN's

Projetos TotalFasesObras SomaOS's Soma

eventosdatas

dimensões financeiro patrimonial( * )

ATIVO S S S S C/C Distribuição Q V,M D-R,15 S S S C/C Outras Áreas Q V,M C-R,17 S S S Contas a Receber: reemb.construção / infra Q V,M C-R,15 S S S Contas a Receber: reemb.serv.prestados Contas a Receber: variações da receita de EE OS's em Andamento Q V,M D-R,18 S S S Bens / Infra-EstruturaEXIGIBILIDADES SÓCIO-AMBIENTAIS Serviços a Prestar: construção / infra-estrutura Serviços a Prestar: serviços prestados Serviços a Prestar: variações receita de EE.PATRIMÔNIO LÍQUIDO S Capital Custo do Capital Investido Resultados Acumulados S S S S

CICLO DO PROJETO (até o encerramento dos benefícios)SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE

PROJETO 1Fase 1 - Construção: Bens / Infra-estrutura

Obra 1OS 1

construção em andamento / infra-estruturadata atual

físico--operacional

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Figura 2 – Modelo de Mensuração do protótipo SICA – Avaliação de Projetos - Módulo Empresarial. Fonte: Elaborado pelos autores.

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EVENTO: Construção em Andamento Módulo: Social

PeríodosUN's

Projetos TotalFasesObras SomaOS's Soma

eventosdatas

dimensões financeiro patrimonial( * )

PATRIMÔNIO LÍQUIDO: SÓCIO-AMBIENTAL S S S S

Contribuição Social: Benefícios S S S S Benefícios Sociais - Bens / Infra-estrutura U V,M D-R,19 S S S - Reembolso: Benefícios a Prestar

Contribuição Social: Bens/Infra-estrutura S S S S Bens / Infra-estrutura X V,M C-R,19 S S S - Reembolso: Bens / Infra-estrutura X V,M D-R,20 S S S

( * ) - considerar os valores apurados analiticamente.

CICLO DO PROJETO (até o encerramento dos benefícios)SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE

PROJETO 1Fase 1 - Construção: Bens / Infra-estrutura

Obra 1OS 1

construção em andamento / infra-estruturadata atual

físico--operacional

IDE

NT

IFIC

ÃO

AC

UM

UL

ÃO

E

Figura 3 – Modelo de Mensuração do protótipo SICA – Avaliação de Projetos - Módulo Social. Fonte: Elaborado pelos autores.

De acordo a estrutura organizacional da Coelce, o Depar-tamento da Gestão da Inovação e Projetos de Pesquisa – GIPP será a área administrativa que definirá a modelagem de relatórios de informações.

O protótipo possui um módulo de simulação para avalia-ção dos projetos a serem selecionados e um módulo de reali-zação para o acompanhamento da execução do projeto e geração de benefícios futuros, contemplando todo o ciclo de vida do mesmo e apresentando um resultado, ver figura 4.

Além das variáveis quantitativas, faz-se necessário o uso de variáveis econômicas e financeiras internas e externas para que a avaliação contemple os impactos econômicos das variações inflacionárias e cambiais.

A inclusão das variáveis tempo-conjunturais são essenci-ais para avaliar os impactos causados no transcurso do tem-po, levando em conta as novas taxas de juros e Índice Inter-no de Preços - IIP. O ideal é que a empresa calcule a sua própria inflação para fazer uma avaliação econômica mais precisa do seu resultado econômico.

A avaliação apresentada na figura 4 é gerada para todas as simulações e serve de base para a análise comparativa dos projetos permitindo que a escolha recaia sobre os que geram o melhor resultado econômico, financeiro, social e ambiental para o GIPP.

C/Correntes: Finanças DC/Receber: reemb.constr. D 346C/Receber: reemb.p.benef..DC/Receber: reemb.var.EE D 272OS's em Andamento DBens e Instalações DS.a Prestar: construção C 377S.a Prestar: prest.benef. CS.a Prestar: var.rec. EE C 136Custo Capital Investido CResultado C 105PL-Benef.Sócio-Ambientais C 1.467PL-Constr./Infra-estrutura D -377PL-Reemb.Prest.BenefíciosD -951PL-C.Social: Benefícios D -139PL-Constr./Infra-estrutura C 377PL-Reemb.: Constr / Infra D -346PL-C.Social:Constr / infra D -31

receita ambiental C 618custo construção / infra-estrutura D 377custo serv.prest.geração benefícios D 0variação da demanda de EE D 136 m.contribuição ambiental C 105

receita benefícios sociais C 1.467custo bens / infra-estrutura utilizados D 377reemb.benefícios a prestar D 679reemb.variação da receita de EE D 272 c.social: benefícios D -139 SOMA C 0

rec.bens / infra-estrutura C 377reemb. bens / infra-estrutura D 346 c.social: construção D -31 SOMA C 0

C/Correntes: Finanças DC/Receber: reemb.constr. D 346C/Receber: reemb.p.benef..DC/Receber: reemb.var.EE D 272OS's em Andamento DBens e Instalações DS.a Prestar: construção C 377S.a Prestar: prest.benef. CS.a Prestar: var.rec. EE C 136Custo Capital Investido CResultado C 105PL-Benef.Sócio-Ambientais C 1.467PL-Constr./Infra-estrutura D -377PL-Reemb.Prest.BenefíciosD -951PL-C.Social: Benefícios D -139PL-Constr./Infra-estrutura C 377PL-Reemb.: Constr / Infra D -346PL-C.Social:Constr / infra D -31

receita ambiental C 618custo construção / infra-estrutura D 377custo serv.prest.geração benefícios D 0variação da demanda de EE D 136 m.contribuição ambiental C 105

receita benefícios sociais C 1.467custo bens / infra-estrutura utilizados D 377reemb.benefícios a prestar D 679reemb.variação da receita de EE D 272 c.social: benefícios D -139 SOMA C 0

rec.bens / infra-estrutura C 377reemb. bens / infra-estrutura D 346 c.social: construção D -31 SOMA C 0

Figura 4 – Modelo de Avaliação do Projeto. Fonte: Elaborado pelos autores.

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B. Sistema de Informação Contábil Ambiental – Indicadores Ambientais

Com a evolução da tecnologia, o aumento no número de informação, a integração dos mercados e a queda das barrei-ras comerciais originou um novo perfil econômico e um au-mento da competitividade, levando as entidades a modifica-rem seu processo de gestão.

Nesse mercado globalizado surgiu um novo conjunto de variáveis que passaram a integrar o modelo de decisão de investidores causando impacto em todos os demais níveis decisórios. As entidades incorporaram em suas atividades valores, princípios e indicadores sociais e ambientais como ferramenta de gestão, tendo como objetivos a qualidade nas relações corporativas e a sustentabilidade econômica, social e ambiental do patrimônio.

A identificação dos impactos ambientais gerados pela ati-vidade operacional da entidade passou a ser um elemento relevante e as empresas passaram a controlá-los e minimizá-los tendo em vista que, a continuidade da vida humana está em risco e o esgotamento de matérias-primas também.

A partir destas discussões, que se fortaleceram com a rea-lização do Relatório Brundtland, em 1987, e em 1992 com a ECO 92, realizada no Rio de Janeiro (RJ), no Brasil, e se expandiram para o mercado por meio da publicação de de-monstração e do uso de ferramentas (modelo de Balanço Social, Selo IBASE e Indicadores Ethos de Responsabilida-de Social) de acompanhamento e controles criados por insti-tutos como o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Eco-nômicas – IBASE e o Instituto Ethos, gerando impacto na avaliação dos investidores no mercado de capitais.

Bolsa de valores, como a de New York, utiliza o índice Dow Jones Sustainability Index – DJSI criado em 1999 para avaliar as ações das empresas, que mundialmente se classifi-cam como socialmente responsáveis e colocam as suas ações nesta bolsa. Atualmente, 318 empresas instaladas em 23 países participam do índice. O Brasil possui 05 empresas neste índice. Além do DJSI, outro que tem expressividade mundial é o FTSE4Good da Bolsa de Londres e Financial Times. No Brasil, a Bovespa criou em dezembro de 2005 o Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE para enquadrar as empresas que praticam a Responsabilidade Social Ambi-ental. O que leva as variáveis ambientais e sociais a se torna-rem representativas na tomada de decisão de investidores é o fato que os mesmos entendem que estas variáveis no médio e, principalmente, no longo prazo geram vantagem competi-tiva para as empresas e fluxos de caixas diferenciados, per-mitindo maiores retornos para o seu fluxo de dividendos.

Além das ferramentas de acompanhamento dos indicado-res sociais e ambientais também foram criadas normas e padrões de certificação internacional, tais como: normas ISO9000 (qualidade), a ISO14000 (meio ambiente), SA8000 (conduta ética das empresas em relação aos trabalhadores e o respeito aos direitos humanos) e AA1000 (comportamento ético).

Os indicadores devem representar os atributos mensurá-veis de um produto, serviço ou processo, utilizados para avaliar e melhorar o desempenho e acompanhar o progresso em relação às metas estabelecidas.

Segundo Bellen (2005), o termo indicador vem do latim, que significa descobrir, apontar, anunciar, estimar. Os indi-cadores podem apresentam informações sobre o avanço em relação à determinada meta ou direcionar a tendências ou fenômenos que não seja imediatamente detectável.

O indicador, dependendo da situação específica a que for aplicado, deverá ter como principais características:

a) representatividade – espelhar aspectos, etapas e resul-tados essenciais ao processo;

b) simplicidade – facilitar a compreensão e uso, com bai-xo custo;

c) abrangência – refletir o maior número possível de situ-ações, inclusive em termos estatísticos; e

d) acessibilidade – permitir a rastreabilidade do indicador a qualquer momento.

As principais funções dos indicadores de acordo com Turnstall (1994, apud BELLEN, 2005 p.43) são:

• Avaliação de condições e tendências – identificar a si-tuação atual e fazer projeções para o planejamento da entidade.

• Comparação entre lugares e situações – serve para a-valiar o desempenho da entidade analisando os indica-dores em diferentes períodos de exercício social.

• Avaliação de condições e tendências em relação às metas e aos objetivos – é importante para ser utilizado no acompanhamento do planejamento estratégico e no Balanced Scorecard.

• Prover informações de advertência – permite que se evitem impactos ambientais e se corrija tempestiva-mente eventuais erros e impactos.

• Antecipar futuras condições e tendências – permite que a empresa possa gerar fontes de inovação na área am-biental desenvolvendo novos produtos e serviços.

No caso em estudo os indicadores são utilizados para mo-nitorar, controlar e auxiliar a tomada de decisão e planejar investimentos e ações. São informações apresentadas na forma gráfica ou estatística que resumem informações im-portantes de forma que fique mais clara e objetiva.

Os indicadores podem ser quantitativos ou qualitativos. Podendo ainda haver em alguns casos a transformação de análise qualitativa em quantitativa.

Para Gallopin (1996, apud BELEN, 2005 p. 43) os indi-cadores qualitativos, são preferíveis aos quantitativos em pelo menos três casos específicos: quando não forem dispo-níveis informações quantitativas quando o atributo de inte-resse é inerentemente não-quantificável e quando determina-ções de custo assim o obrigarem.

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Os indicadores apresentados no SICA são todos quantita-tivos de natureza monetária e não-monetária.

Gallopin (1996, apud BELEN, 2005 p. 50), sugere que sistemas de indicadores de desenvolvimento sustentável de-vem seguir alguns requisitos universais:

• os valores dos indicadores devem ser mensuráveis (ou observáveis);

• deve existir disponibilidade dos dados;

• a metodologia para a coleta e o processamento dos da-dos, bem como para a construção dos indicadores, deve ser limpa, transparente e padronizada;

• os meios para construir e monitorar os indicadores de-vem estar disponíveis, incluindo capacidade financeira, humana e técnica;

• os indicadores devem ser financeiramente viáveis; e deve existir aceitação política dos indicadores no nível adequado; indicadores não legitimados pelos tomado-res de decisão são incapazes de influenciar as decisões.

Os indicadores ambientais adotados atualmente pela Co-elce estão inter-relacionados e pertencem a diferentes enti-dades/ institutos: 1) Global Reporting Initiative – GRI, 2) Pacto Global das Nações Unidas, 3) Indicadores E-thos/ABRADEE, 4) Ethos, 5) Ibase e 6)ANEEL.

Quando o projeto de pesquisa foi estruturado, em 2004, a Coelce só utilizava os Indicadores Ethos/ABRADEE, Ethos, e Ibase. No entanto, esses indicadores foram sofrendo alte-rações e novos grupos de indicadores foram sendo estrutura-dos na estratégia da empresa.

Todo processo de avaliação sofre influência de valores re-lacionados a características pessoais, históricas e culturais de uma determinada sociedade. Existindo assim diferenças en-tre as esferas em que se mede a sustentabilidade, mundial, regional e local. Sendo importante reconhecer que os valores estão sempre presentes, e procurar torná-los o mais transpa-rente possível.

Neste aspecto sociocultural há uma preocupação especial por parte da Coelce para definir o conjunto de indicadores que é utilizado para o fundamento da sua responsabilidade social e ambiental, tendo em vista que a empresa tem como principal acionista o grupo espanhol ENDESA, e está situa-da em um país subdesenvolvido com sérios problemas soci-ais, que de forma indireta causam impactos ambientais. A-lém disso, está situada na Região Nordeste, uma área muito complexa em relação à sustentabilidade econômica, ambien-tal e social por ser considerada área de polígono das secas dominada pelo Bioma Caatinga, onde os índices sociais são muito baixos, comparados até a alguns países da África. O Estado do Ceará (figura 5), onde está localizada a empresa e onde detém a concessão de distribuição de energia para os seus 184 municípios está inserido neste contexto.

Diante desse contexto, a Coelce optou por focar a sua Po-lítica de Responsabilidade Social e Ambiental em educação, destacadamente educação ambiental, eficiência energética e pesquisa e desenvolvimento.

Figura 5 – Mapa do Estado do Ceará Fonte: www.ceara.com.br

Para avaliar o foco a Coelce utilizou dentre outros crité-rios a evolução do indicador Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, que no Brasil atingiu 0,792, em 2004. En-quanto o IDH global no Ceará em 2000 atingiu 0,699 e o IDH educação 0,772. Observa-se a incapacidade de desen-volvimento desses indicadores quando se constata a defasa-gem na sua própria mensuração, pois estas são as informa-ções estatísticas disponíveis no Relatório de Desenvolvimen-to Humano do Programa das Nações Unidas para o Desen-volvimento - PNUD em 2007.

A Coelce acompanha esses indicadores para realizar as suas cinco principais atividades ambientais: prevenção, mo-nitoramento, reciclagem e recuperação.

O conjunto de indicadores adotados pela Coelce contem-pla a classificação do Instituto Ethos (2005) em:

1) Indicadores de evolução: são os que visam avaliar o estágio atual nas práticas organizacionais. É representando por quatro quadrantes que, por sua vez, representam estágios de evolução, partindo de aspectos formais ou legais até ao engajamento e inserção de determinadas práticas na gestão.

2) Indicadores de precisão: são os compostos por ques-tões binárias (cujas respostas são “sim” ou “não”), que pro-põem um detalhamento maior do estágio atual selecionado nos indicadores de evolução, permitindo maior objetividade nos planos de ação de melhoria.

3) Indicadores quantitativos: são os que se propõem a levantar informações e dados específicos, visando estabele-cer comparabilidade entre os exercícios.

4) Indicadores descritivos: são os que objetivam o deta-lhamento qualitativo de determinada prática da empresa.

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Essa classificação de indicadores é aplicável aos indica-dores Ethos e Ethos/ ABRADEE.

Os indicadores estão estruturados em três macro-dimensões: econômica, social e ambiental e contemplam os sete princípios da sustentabilidade no Grupo Endesa visando contemplar as relações da empresa com o seu amplo grupo de stakeholders, conforme figura 6.

COLABORADORES Compromisso com a saúde, a segurança e o desenvolvimento pessoal e profissional de

nossos colaboradores

SOCIEDADE Compromisso com o desenvolvimento das comunidades em que

opera

CLIENTES Compromisso com a

qualidade dos serviços

GOVERNANÇA Compromisso com a governança e

o comportamento ético

EFICIÊNCIA Compromisso com o

crescimento através das melhores idéias

MEIO AMBIENTE Compromisso com a proteção do entorno

ACIONISTAS Compromisso com a criação de

valor e a rentabilidade

Dimensão

Econômica

Dimensão

Ambiental

Dimensão

Social

Dimensão

Econômica

Dimensão

Ambiental

Dimensão

Social

Dimensão

Econômica

Dimensão

Ambiental

Dimensão

Social

Figura 6 – 7 princípios da sustentabilidade Fonte: Relatório de Sustentabilidade da Coelce

A empresa alinha as suas macro-estratégias com a sua missão e visão, e define um conjunto de objetivos e metas a partir das cinco dimensões do Balanced Scorecard, onde a quinta dimensão, adotada de forma transversal, é denomina-da Responsabilidade Social e Ambiental. Logo, tem que fazer um acompanhamento de todos os indicadores em um prazo de tempo que deve estar de acordo com a necessidade de mensuração do mesmo: diária, semanal, mensal etc.

Quanto à função dos indicadores segundo Hardi e Barg (1997, apud BELLEN, 2005 p. 48) podem ser divididos em dois grupos: indicadores sistêmicos e de performance. Os indicadores sistêmicos, ou descritivos, traçam um grupo de medidas individuais para diferentes questões mais relevantes para os tomadores de decisão. Indicadores sistêmicos estão fundamentados em referências técnicas. Os indicadores de performance são ferramentas de comparação que incorporam indicadores descritivos em relação a um objetivo especifico, fornecendo informação sobre o grau de sucesso na realiza-ção de metas.

Os indicadores ambientais utilizados atualmente pela Co-elce totalizam 210. Sendo 29 da GRI, 39 do Pacto Global, 75 do Ethos/ ABRADEE, 05 do Ibase e 62 da ANEEL.

A partir da análise estratégica e de todos os indicadores supracitados, os gestores, responsáveis pelo Departamento de Sustentabilidade e Meio Ambiente, definiram o conjunto de indicadores a ser estruturado no sistema totalizando 46 indicadores, sendo 07 do GRI, 12 do Ethos, 21 do E-

thos/ABRADEE e 06 do Pacto Global. Os indicadores fo-ram reestruturados no SICA numa modelagem de 13 indica-dores, com uma média de 4 funcionalidades para cada um, que permite emissão de relatórios e gráficos de acompanha-mento, inclusive com a inserção de metas.

III. DESENVOLVIMENTO SOFTWARE SICA – MÓDULO INDICADORES

O SICA foi desenvolvido no Instituto Atlântico, uma as-sociação civil de âmbito nacional, sem fins lucrativos, que possui um amplo sistema de qualidade, avaliado como ISO 9001:2000 e CMMi Nível 3.

Para o software, foram desenvolvidas as funcionalidades necessárias para gestão dos indicadores ambientais. As in-formações oferecidas pelos indicadores proporcionam, aos gestores, uma visão estratégica capaz de auxiliá-los na to-mada de decisões que se relacionam com o meio ambiente.

A. Principais Funcionalidades do Software

O sistema possui um total de 13 funcionalidades. Para desta-car a modelagem de apresentação do mesmo serão mostra-das a seguir cinco funcionalidades.

1) Treinamento e Capacitação em Meio Ambiente

Essa funcionalidade é responsável pela manutenção dos dados de treinamento e capacitação em meio ambiente. Nes-ta funcionalidade, os usuários podem incluir, alterar, remo-ver e consultar treinamentos e metas de treinamentos. A fi-gura 7 mostra a tela de geração do indicador treinamento e capacitação em meio ambiente.

Figura 7 – Menu PEA usuário ADMINISTRADOR Fonte: Software SICA

Através dos dados cadastrados no sistema, é possível ge-rar um gráfico comparativo de treinamento e capacitação em meio ambiente, evidenciando os investimentos realizados no ano atual, nos dois anos anteriores e no ano meta.

Para esse mesmo indicador, pode-se ainda gerar um rela-tório com tabelas comparativas entre públicos e temas do treinamento contemplando as seguintes informações:

• Quantidade de horas

• Número de participantes

• Valor investido (R$ mil)

2) Gerenciamento de Resíduos

Essa funcionalidade é responsável pela manutenção dos dados de gerenciamento de resíduos. Através dessa funcio-

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nalidade, as informações sobre o gerenciamento de resíduos e metas podem ser cadastradas, alteradas, excluídas e con-sultadas no sistema, conforme mostra a figura 8.

Figura 8 - Formulário Principal da Manutenção de Resíduos Fonte: Software SICA

Os dados cadastrados são empregados na geração de um gráfico comparativo sobre o gerenciamento de resíduos, com informações sobre o ano atual, dois anos anteriores e o ano meta, contemplando as quantidades de resíduos. Todos os dados referentes a esse indicador são apresentados com a medida em toneladas.

3) Investimentos em Eficiência Energética

Essa funcionalidade é responsável pela manutenção dos dados dos investimentos em eficiência energética. Através dessa aplicação, os investimentos e as metas de investimen-tos em eficiência energética podem ser cadastrados, altera-dos, excluídos e consultados (figura 9). Permite-se ainda a geração de um gráfico comparativo de investimentos em eficiência energética realizados no ano atual, nos dois anos anteriores e ano meta.

Figura 9 - Formulário de Inserção de Investimentos em Eficiência Energé-tica. Fonte: Software SICA

4) Consumo de Energia

Essa funcionalidade é responsável pela manutenção dos dados de consumo de energia. Por meio dessa aplicação os usuários podem incluir, alterar, remover e consultar infor-mações referentes ao consumo de energia. Além disso, com os dados inseridos, existe a possibilidade de geração de três tipos de gráficos:

1) Gráfico Quantitativo de Consumo de Energia realizado no ano atual, nos dois anos anteriores e ano meta, conforme gráfico 1;

2) Gráfico de Percentuais de Consumo de Energia nas u-nidades consumidoras relativo ao ano corrente;

3) Gráfico de Consumo de Energia de Baixa Tensão rela-tivo ao ano corrente.

Gráfico 1 – Gráfico Comparativo de Consumo de Energia Fonte: Software SICA

Pode-se também gerar dois tipos de relatórios:

1) Relatório de Consumo Mensal de Energia nas Unida-des Consumidoras no ano atual;

2) Relatório de Estatística de Consumo de Energia nas Unidades Consumidoras no ano atual com as seguintes esta-tísticas: consumo médio, maior consumo, menor consumo, amplitude, desvio médio e consumo total.

5) Infrações Legais

Essa funcionalidade é responsável pela manutenção de dados de infrações legais. Por meio dessa funcionalidade, informações sobre infrações legais e metas de infrações le-gais podem ser cadastradas, alteradas, excluídas e consulta-das.

O sistema ainda permite a geração de relatório (figura 10), contendo a quantidade de infrações legais e valor das infra-ções em mil reais, por tipo de infração no ano atual, nos dois anos imediatamente anteriores e ano meta.

Figura 10 – Relatório Infrações legais Fonte: Software SICA

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O sistema pode ser acessado por dois perfis de usuários, exigindo-se apenas o seu cadastramento para garantir a con-fiabilidade do acesso.

B. Perfis e Permissões

Como requisito para acesso ao sistema, o usuário deverá estar associado a um perfil funcional. Existem duas modali-dades de perfis de acesso dos usuários previstos no SICA. A figura 11 mostra a tela de acesso ao sistema.

Figura 11 : Formulário de login do sistema Fonte: Software Sica

O sistema é totalmente adaptável do ponto de vista das permissões de execução e visualização de suas funcionalida-des. Cada perfil terá um critério de acesso aos módulos dife-renciado, resultando em opções de tarefas restritas ao perfil ao qual o usuário está associado. Os perfis disponíveis são: Gestor e Operador.

Gestor

O perfil GESTOR permite o acesso a todas as funcionali-dades previstas na ferramenta, desde a criação de dados de infra-estrutura à geração de gráficos e relatórios.

Para esse perfil deverá ser alocado um usuário que possua poder de decisão, pois somente o mesmo poderá remover ou alterar dados previamente cadastrados no sistema. Esse usu-ário será o mesmo que fará uso das informações contidas nos gráficos e relatórios para a tomada de decisões estratégicas.

Operador

O perfil OPERADOR permite o acesso também a todos os indicadores da ferramenta, no entanto restringe-se ao cadas-tro e geração de relatórios e gráfico, sendo impossibilitado de realizar edições e remoções nos dados previamente ca-dastrados na ferramenta.

C. Características da Aplicação

Abaixo estão listadas algumas restrições atendidas pelo software SICA.

Acessibilidade pela Web

Sendo a Internet um meio rápido de comunicação, a apli-cação é carregada e visualizada através de um navegador Web e seu conteúdo é apresentado no formato HTML. Uma maior agilidade na tomada de decisões é possível já que as informações ficam disponíveis on line.

Segurança

Foram adotados alguns critérios rígidos de segurança. au-tenticação, autorização e auditoria são impostas ao acesso das informações do sistema. Desta forma, o sistema estabe-

lece a utilização de perfis aos usuários, limitando-os às res-trições de operações disponíveis em seu perfil.

Internacionalização

Como a aplicação é uma ferramenta para ambiente web, adotou-se o uso de técnicas para prover a internacionaliza-ção do sistema. A Internacionalização é o processo de proje-tar uma aplicação de modo que possa ser adaptado a diver-sas línguas sem mudanças de engenharia. Podem-se citar algumas medidas utilizadas:

• Os elementos de texto, tais como mensagens e os rótulos dos componentes de interface, não são fixos. Estes são armazenados fora do código fonte e recuperados dinami-camente.

• O suporte para línguas novas não requer a recompilação.

• Dados dependentes de cultura, tais como: datas e moedas correntes, aparecem nos formatos conforme a língua do usuário.

Portabilidade

Devido à utilização da linguagem Java, o sistema pode ser implantado e adaptado em todas as plataformas de hardware e sistemas operacionais que suportam a especificação Java. Assim, pode ser aproveitado o parque de equipamentos já utilizado na própria empresa.

Reusabilidade e Extensibilidade

A partir da estruturação adotada para os dados, a ferra-menta permite que novas funcionalidades possam ser aco-pladas às atuais, resultado de um grande percentual de reuti-lização dos componentes do sistema.

D. Metodologia do Software SICA

Um dos grandes desafios para a Engenharia de Software é encontrar uma metodologia de desenvolvimento previsível que melhore a produtividade de desenvolvimento e a quali-dade do software sem ultrapassar prazo e orçamento do pro-jeto.

O Rational Unified Process (RUP) é um processo de de-senvolvimento, de propriedade da Rational Software Corpo-ration, que define técnicas que devem ser seguidas pela e-quipe de desenvolvimento de software com o objetivo de aumentar a sua produtividade.

O Capability Maturity Model Integration for Software (CMMI-SW), desenvolvido pelo Software Engineering Ins-titute (SEI), provê elementos essenciais para orientar organi-zações de software na implementação de melhorias contí-nuas em seu processo de desenvolvimento.

O SEI define cinco níveis de maturidade para o CMMI-SW.

• Nível 1 - Inicial – os processos são caóticos, im-previsíveis e pouco controlados;

• Nível 2 - Gerenciado – processos gerenciados e caracterizados por projetos, mas freqüentemente a empresa trabalha de forma reativa;

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• Nível 3 - Definido – processos definidos e caracte-rizados para a organização. Normalmente a empre-sa trabalha de forma ativa;

• Nível 4 - Gerenciado Quantitativamente – pro-cessos medidos e controlados;

• Nível 5 - Em Otimização – a empresa tem o foco em descobrir a causa de seus problemas e melhorar continuamente os seus processos.

O RUP é dividido em fluxos de trabalho e fases conforme figura 12.

Figura 12 – RUP - Fases e fluxos de trabalhos Fonte: Software SICA

O Project Management Body of Knowledge, também co-nhecido como PMBOK, é um conjunto de práticas que a-brange o universo do conhecimento em gerência de projetos. Esse conhecimento é oriundo dos praticantes e acadêmicos que utilizam e desenvolvem tanto as práticas amplamente testadas e aprovadas quanto aquelas modernas e inovadoras.

O Project Management Institute (PMI) compilou esse u-niverso de conhecimento na forma de um guia, chamado de Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos, ou Guia PMBOK.

O SICA – Módulo Indicadores foi desenvolvido utilizan-do a arquitetura de processos do Instituto Atlântico. Esta arquitetura é baseada no RUP refletindo as práticas do CMMI-SW com maturidade Nível 3 e boas práticas de PMBOK. Este nível de maturidade do CMMI reforça o con-trole da gestão nas organizações e expande o foco para as áreas de engenharia de software. Este mesmo nível ainda enfoca o nível de processos organizacionais, gestão do co-nhecimento, treinamento, tomada de decisão formal e insti-tucionaliza a filosofia de melhoria contínua.

IV. BASES E FERRAMENTAL TECNOLÓGICO

UTILIZADO NO SICA – MÓDULO INDICADORES

A. Linguagem de Programação

Para o desenvolvimento do SICA foi utilizada a lingua-gem de programação Java, projetada pela Sun Microsystems, em sua versão 5, também conhecida como Tiger.

Dentre os fatores que definiram a utilização da linguagem Java, destaca-se:

1) Programação Orientada a Objetos (POO)

Orientação a Objetos é um paradigma baseado na compo-sição e interação de unidades de software denominados Ob-jetos, onde um objeto é detentor de informações que incluem suas características e responsabilidades.

Um Objeto Java modela um objeto do mundo real, permi-tindo um desenvolvimento de aplicações mais flexíveis e poderosas.

2) Open Source

Além da vantagem de ser gratuito, a Java possui outra vantagem que é ser Open Source ou de código aberto. Com milhares de desenvolvedores testando e propondo melhorias, os recursos disponíveis são cada vez mais variados e otimi-zados.

3) Portabilidade

A linguagem Java é considerada altamente portável por ter a capacidade ser executada em diversas plataformas e arquiteturas computacionais.

Uma expressão conhecida entre os programado-res/analistas da linguagem de programação Java define exa-tamente esta característica: "write once run anywhere”, que significa escreva uma vez e execute em qualquer lugar. Uma aplicação compilada em uma plataforma específica poderá ser executada em qualquer outra plataforma, desde que esta possua uma versão compatível da Java Virtual Machine - JVM.

4) Desempenho

As atuais versões do JVM possuem mecanismos de com-pilação especulativa, que aproveita tempos ociosos do pro-cessador e o HotSpot guarda informações, em tempo de exe-cução, de pontos mais utilizados para esses sejam otimiza-dos.

5) Disponibilidade de Recursos e Referências

Atualmente, a linguagem Java é padrão para desenvolvi-mento de aplicação Web. Um dos principais responsáveis por esse sucesso é a grande e diversificada quantidade de Application Programming Interface - API – Interfaces de Programação de Aplicações.

B. Padrões de Projeto

Um Padrão de Projeto define uma solução para um pro-blema recorrente no desenvolvimento de aplicações.

No SICA – Módulo Indicadores foram utilizados diversos padrões de projeto, dentre eles pode-se destacar o Model View Controller - MVC ou Modelo Visão e Controle, que é dividido em: Modelo, Visão e Controle.

C. Frameworks

Framework é um conjunto de ferramentas e bibliotecas u-tilizadas no desenvolvimento de software que ditam a estru-tura do programa que o utilizará.

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Os principais frameworks utilizados no desenvolvimento do Projeto SICA foram:

1) Struts

O Struts é um framework de código aberto que auxilia na implementação da camada de apresentação do padrão de projeto MVC. Ele possui três componentes chaves: Front controller, Handler e Biblioteca de Tags.

O uso do Struts para a camada de apresentação é um pa-drão no desenvolvimento para a Web. Com sua utilização, o SICA tornou-se mais fácil de construir, entender e manter.

2) Hibernate

Conforme foi citado anteriormente, os objetos Java repre-sentam objetos do mundo real. Mas como fazer para guardar esses objetos e seus estados? Para resolver esse problema específico tem-se o auxílio do Hibernate.

O Hibernate faz o mapeamento dos objetos Java para en-tidades do banco de dados, disponibilizando rotinas para a persistência e tratamento destes dados. Outra vantagem do uso do Hibernate é que ele provê o uso de todo o poder do Structured Query Language (SQL), ou Linguagem de Con-sulta Estruturada.

3) Spring

O Spring é um framework que permite a utilização do conceito da inversão de controle ou injeção de dependên-cias, possibilitando a configuração de aplicações utilizando JavaBeans.

Como auxílio do Spring, as aplicações Web são criadas com menos custo e tempo, ainda assim preservando sua ro-bustez. Outras vantagens do uso do Spring são: Estrutura Leve, Codificação voltada para interfaces, Orientado a as-pectos, Infra-estrutura completa.

4) Acegi

Como o SICA - Módulo Indicadores trabalha com dados de indicadores e dados contábeis, que são dados sensíveis, teve-se uma grande preocupação com segurança da informa-ção. Com a ajuda do framework Acegi Security, uma pode-rosa e flexível solução de segurança, foram possíveis as im-plementações de autenticação, autorização e controle de acesso baseado em perfis dos usuários.

V. RESULTADOS ECONÔMICOS E RELAÇÃO CUSTO

BENEFÍCIO

Os principais benefícios econômicos do projeto SICA, são:

• Redução de custos com a obtenção de informações internas sobre o meio ambiente.

• Redução de custos com o favorecimento da reciclagem de resíduos elétricos.

• Redução de custos com o uso de informações sem viés.

• Geração de benefícios futuros com a escolha objetiva dos projetos que geram maior resultado econômico, social e ambiental.

O software possui uma perspectiva de gerar um benefício econômico líquido no valor de aproximadamente R$ 1.124.467,20, o que representa um goodwill de R$343.587,20, ou seja, um excesso de benefícios superior ao seu custo de aquisição. Este fluxo de benefícios represen-ta a tradução dos benefícios econômicos em fluxos de caixa livres, adotando-se como taxa anual média de Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) o valor de 8,8%a.a., conforme modelo de gestão econômica da Coelce.

Considerando-se que a vida útil do ativo, de acordo com a Receita Federal é de cinco (05) anos, o custo fixo de depre-ciação será de R$156.176,00 ao ano. Correspondendo a uma taxa de depreciação de 20% a.a. sobre o custo de aquisição. O procedimento de depreciação permitirá que a empresa recupere o valor investido no desenvolvimento do software por meio de dedutibilidade na apuração do resultado do e-xercício. Além deste benefício, a despesa de depreciação do software reduzirá a tributação de Imposto de Renda e Con-tribuição Social para a empresa.

Operacionalmente, o software tem uma manutenção com custo mínimo e é de fácil adaptação ao longo de sua vida, podendo ter um prazo de vida prolongado.

VI. CONCLUSÃO

O ciclo II do projeto SICA previa a entrega de dois (2) protótipos de sistema de informação. O primeiro que trata sobre a análise de projetos e o segundo que contempla os indicadores meio ambiente utilizados pela Coelce.

O protótipo foi desenvolvido com sucesso. Caso, a em-presa deseje desenvolver o Sistema de Informação Contábil Ambiental – Análise de Projetos é necessário mais um ciclo (01 ano) para sua concretização.

Quanto ao Sistema de Informação Contábil Ambiental – Indicadores foi entregue não apenas um protótipo, mas um sistema de informação contemplando a quantidade de indi-cadores contratados no projeto. Caso, a empresa deseje in-corporar no sistema todos os indicadores que utiliza hoje, inclusive os lançados pela ANEEL em dezembro/2006, pre-cisa também de mais um ciclo (01 ano) para sua concretiza-ção.

O Projeto SICA gerou para a Coelce, nos dois ciclos:

- 01 sistema de informação que fornece demonstrações con-tábeis Meio Ambiente (Balanço Patrimonial Meio Ambiente, Demonstração de Resultado do Exercício Meio Ambiente e Balancete Meio Ambiente).

- 01 sistema de informações que fornece acompanhamento de indicadores ambientais.

- 01 protótipo de sistema de informações de análise de proje-tos meio ambiente.

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À comunidade científica e técnica, ofereceu:

- 02 artigos para publicação da ANEEL e 01 para publicação na Revista Conhecimento da Coelce.

- 01 livro editado pela Editora Atlas, intitulado: “Contabili-dade Ambiental: ferramenta para a gestão da sustentabilida-de”. De autoria da equipe de pesquisa, sob a organização da Coordenadora Científica.

- 01 trabalho de conclusão de curso, monografia do Curso de Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal do Ceará, de autoria da pesquisadora Amara Lemos da Silva.

- 01 trabalho de mestrado, dissertação do Curso de Mestrado Profissional em Controladoria da Universidade Federal do Ceará, de autoria da pesquisadora Tatiana Márcia Sabóia Santos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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