o segredo da piramide cap v

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  • 7/25/2019 o Segredo Da Piramide Cap V

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    Referncia:

    GENRO FILHO, Adelmo. O segredo da pirmide - para ma !eoria mar"is!a do#ornalismo. $or!o Alegre, %c&, '()*. pp. ('-'+. Ref.: %'(

    /A$0%1LO 2

    A tradio de Frankfurt

    e a extino do jornalismo

    2imos, no cap3!lo an!erior, 4e a par!ir das premissas !e5ricas daci6ern7!ica - se#a a!ra87s da aplica9o da %eoria da Informa9o na

    comnica9o social e no #ornalismo o das pre!ens;es ni8ersaliis!emas= - no 7 poss38el disc!ir fecndamen!e ana!re

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    A "indstria cultural": uma orquestra anada

    Adorno foi m dos primeiros a a6ordar !eoricamen!e os meios decomnica9o de massa na perspec!i8a de sas rela9;es com a economia de

    mercado, a!ra87s do concei!o de =inds!ria cl!ral=. Ele 6sca des8endar o4e considera ma rela9o essencialmen!e corrosi8a da prod9o mercan!ilcom a ar!e e a cl!ra no capi!alismo moderno, pois considera esse mndoemergen!e como ma !o!alidade cindida. =O !odo 7 o no 8erdadeiro=,escre8e, con!rapondo-se fron!almen!e a Hegel.+ O =!o!ali!arismo= a8an9a noorien!e o no ociden!e, segndo Adorno, 4e se coloca nma posi9o dedenncia !an!o do capi!alismo 4an!o do s!alinismo. $or!an!o, para 4e opensamen!o no consagre esse mo8imen!o !o!ali!Crio no !erreno pol3!ico, 7preciso ma id7ia de %o!alidade a6er!a e ml!idimensional, a =%o!alidade dano-%o!alidade=.M

    em !orno dessa 4es!o 4e se de@ne o relacionamen!o de Adornocom a concep9o &egeliana. =%al8e< a nica maneira de ser @el ao esp3ri!o&egeliano de sis!ema!i

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    em no perce6er as po!encialidades democrC!icas e a realidade con!radi!5ria,geradas pelos meios de comnica9o de massa do capi!alismo moderno,encon!ra sas premissas @los5@cas nessa id7ia de ma %o!alidade 4e #amaise"is!i e, no o6s!an!e, assmida como ma perda.

    A id7ia de cl!ra como manipla9o e do #ornalismo como fen?menored!38el a sa forma mercan!il, do!ado de con!edo essencialmen!e alienadoe alienador, 7 ma das conse4Qncias !e5ricas dessa spos!a nidade emprocesso de fragmen!a9o radical e irresis!38el.

    $or isso, a cr3!ica de ameson Ds concep9;es de Adorno 7 !3mida eins@cien!e e aca6a des8iando o pro6lema de fndo. As posi9;es pol3!icasdomes!icadas 4e se originaram da %eoria cr3!ica da sociedade - 4e 7 or5!lo assmido por Hor&eimer e ses cola6oradores desde '(+* -, em 4epesem sas con!ri6i9;es na l!a con!ra a dogma!i

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    A cr3!ica, por mais ampla e profnda 4e se#a, se no con!7m omomen!o concre!amen!e a@rma!i8o, !orna-se dile!an!e e no-re8olcionCria.O nega!i8o s5 des!r5i efe!i8amen!e 4ando ele pr5prio se a@rma comoposi!i8idade. $or isso, ma dial7!ica pramen!e nega!i8a, por no pri8ilegiaron!ologicamen!e o momen!o a@rma!i8o, no consege ser ma nega9o

    concre!a: !orna-se ma a!i!de in!elec!al de recsa a6s!ra!a, assmida porm o6ser8ador indi8idal e pri8ilegiado. Eis o limi!e !e5rico e pol3!ico da=dial7!ica nega!i8a= de Adorno.

    O =pessimismo= 4e emana das id7ias de Adorno e Hor&eimerK nopode ser a!ri63do apenas a ma e"pec!a!i8a pessoal dian!e do crso da&is!5ria. A posi9o de AdornoSHor&eimer so6re a cl!ra e a ar!e nocapi!alismo a8an9ado en8ol8e m =pessimismo= cr3!ico e &manis!a, c#ospresspos!os es!o con!idos na4ela id7ia de ma %o!alidade cindida, 4ede8e ser pensada so6 a forma de ma !o!ali

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    o poplares so assimilados no con!e"!o da ideologia dominan!e. Os !emasclCssicos das grandes o6ras so reprod

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    !ecnol5gico e cien!3@co, o se#a, das for9as prod!i8as so6re as rela9;es deprod9o, por meio das po!encialidades sociais 4e so li6eradas e dascon!radi9;es resl!an!es. A !7cnica no 7 en!endida como algo desmano,mas como m fen?meno =ne!ro=, 4e rece6e in!egralmen!e o sesigni@cado nega!i8oK das rela9;es sociais. Ora, se 7 8erdade 4e a

    !ecnologia no pode ser considerada a6s!ra!amen!e como algo =6om= o=rim=, em !ermos a6sol!os, !ampoco pode ser en!endida como =ne!ra=,se esse concei!o pre!ender indicar passi8idade e rela!i8ismo !o!al.

    /omo 8eremos mais adian!e, as anClises de Jen#amin e, maisrecen!emen!e, de En

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    real da cl!ra, a amplia9o gigan!esca do acesso D ar!e e Ds informa9;es, aspossi6ilidades de ma democra!i

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    $ara >VingeVood, no e"is!e ma =inds!ria cl!ral= o ma =cl!rade massa=, no sen!ido de ma manipla9o or4es!rada racionalmen!e decima para 6ai"o, mas ma &egemonia 6rgesa na cl!ra e ma =ideologiada cl!ra de massa= - da 4al a pr5pria id7ia da manipla9o a6sol!a,sgerida pela Escola de Franfr!, 7 m aspec!o. Grandes po!encialidades

    cl!rais e democrC!icas foram prod

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    A promessa de consmo, confor!o e felicidade, c#a dis!ncia darealidade das massas 7 cada 8e< maior mesmo nos pa3ses de capi!alismoa8an9adoK, gera e"pec!a!i8as crescen!es 4e podem ser mo6ili

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    A conclso 4e parece se impor 7 a segin!e: e"is!e m fen?menocl!ral pecliar ao capi!alismo a8an9ado 4e e"ige ma concei!a9o!e5rica, se#a em !ermos de =cl!ra de massa= o =inds!ria cl!ral=. Noen!an!o, essa concei!a9o no pode pre!ender a6ranger a !o!alidade dofen?meno cl!ral, pois a cl!ra #amais se dei"a s6me!er in!egralmen!e

    pela ca!egoria mercan!il. >e isso pdesse ocorrer, a cl!ra dei"aria de serma prC"is e, por!an!o, dei"aria de ser cl!ra.

    Assim, preliminarmen!e, ma no9o per!inen!e de =cl!ra de massa=poderia ser pensada em !rs dire9;es: '. /omo !endncia in!r3nseca aocapi!alismo a8an9ado, no sen!ido de dissol8er a prod9o cl!ral na l5gicamercan!il, de negar a pr5pria essncia da cl!ra, !endncia #amais reali

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    essencialmen!e, ma =cl!ra de massa= nos !ermos franfr!ianosT se a=cl!ra de massa= 7 m mecanismo de manipla9o, con!role e aliena9oTse o #ornalismo !e8e sa gnese como =cl!ra de massa= e des!a 7 par!ein!egran!e e leg3!ima, no &C o 4e resga!ar do #ornalismo. $ara pensC-locri!icamen!e 7 necessCrio condenC-lo D mor!e, propor sa e"!in9o, pelo

    menos na4eles aspec!os 4e &o#e o carac!eri5 com o es!a6elecimen!o do Es!ado 6rgs de Birei!o e com alegali

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    cr3!ica se ali8ia das press;es so6re a li6erdade de opinioT agora ela podea6andonar a sa posi9o polmica e assmir as c&ances de lcro de maempresa comercial. Na Ingla!erra, na Fran9a e nos Es!ados 1nidos, ma !ale8ol9o da imprensa poli!i

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    A sa nila!eralidade na anClise &is!5rica do #ornalismo manifes!a-se,so6re!do, na passagem da segnda fase pol3!icaK para a !erceiracomercial-p6lici!CriaK, 4ando o nico s#ei!o efe!i8o 7 o capi!al. >5 elepra!ica a a9o e realie, no come9o, den!ro de ma imprensa diCria mo!i8ada em primeirolgar poli!icamen!e, a reorgani

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    prod!o, o 8alor de so 4e l&e 7 s6sis!en!e. Al7m disso, o fa!o de 4e o8alor de !roca 7 dimenso de!erminan!e da no!3cia #ornal3s!ica, s6me!endose 8alor de so, no cons!i!i m !ra9o dis!in!i8o em rela9o as demaisempresas do capi!alismo con!emporneo, adminis!radas so6 o pon!o de 8is!ado mare!ing. A mercadoria-no!3cia, o se#a, a informa9o #ornal3s!ica

    comerciali

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    =/onsidera-se #ornalismo propriamen!e di!o a a!i8idade 4e srge emm segndo momen!o da prod9o empresarial de no!3cias, e 4e secarac!eriomen!e no momen!o em 4e a imprensa passa afncionar como ins!rmen!o de classe 7 4e ela assme o se carC!er

    rigorosamen!e #ornal3s!ico=.

    Na 8erdade ocorre e"a!amen!e o con!rCrio: a imprensa s5 assme mcarC!er rigorosamen!e #ornal3s!ico 4ando l!rapassa o se fncionamen!oes!ri!o en4an!o ins!rmen!o de classe. $ara arcondes Fil&o, com se=mar"ismo= dire!amen!e inspirado em Ha6ermas e so6 a grande som6ra daCr8ore de Franfr!, o capi!al 7 ma ca!egoria 4e ad4ire m poder 4asem3s!ico: o capi!al possi m espel&o mCgico 4e fa< o #ornalismo aparecerapenas para mirar-se nele e reprod

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    ni8ersal. 1ma dimenso signi@ca!i8a da sa e"is!ncia 7 permanen!e e,o!ra, 7 perec38el e serC des!r3da se forem con4is!ados o socialismo e ocomnismo.

    Assim, as necessidades geradas pelo capi!alismo so !am67m moedas

    de das faces: ma par!iclar, espec3@ca do sis!ema 6rgs, e o!rani8ersal, 4e se agrega ao gnero - o, pelo menos, a m longo per3odo da&is!5ria pos!erior. Nesse sen!ido, o capi!alismo implan!a ma !al necessidadee possi6ilidade da informa9o em !ermos 4an!i!a!i8os 4e 4al4ersociedade pos!erior se no for a 6ar6Crie p5s-gerra nclearKnecessariamen!e !erC de &erdar esse legado.

    Em !ermos 4ali!a!i8os a 4es!o se rep;e: o capi!alismo prod

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    arcondes Fil&o - !al como ma crian9a 4e desmon!a m 6rin4edo decorda e no encon!ra nada de in!eressan!e - 7 o6rigado a !omar a imprensa=romn!ica= do s7clo passado como paradigma para o f!ro. Ele prossegeno ras!ro de Ha6ermas:

    =$or o!ro lado, a imprensa pode, na medida em 4e e"plore o ladoinforma!i8o, se 8alor de so especi@co, a!ar nas discss;es pol3!icas: assimo @

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    =En4an!o o missionCrio !ra< ma ci8ili

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    $ode-se o6ser8ar 4e, de fa!o, mesmo sem pre!ender iden!i@car-se comma corren!e de!erminada de pensamen!o, as ree";es de a!!elar! - ses!emas e as principais ca!egorias 4e !ili

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    %ais con!radi9;es da cl!ra de massa apon!adas por arcondes Fil&ono so consideradas 4ando ele a6orda o pro6lema do #ornalismo no ensaioImprensa e capi!alismo o na sa !ese de Li8re Bocncia O capi!al da no!3ciaam6os #C referidosK. Nesses !ra6al&os, o fen?meno #ornal3s!ico 7 encaradocomo algo n38oco, ma forma de prod9o de mercadorias 4e cria apenas

    =ma aparncia de 8alor de so=. as 8ol!emos Ds id7ias de Armanda!!elar!:

    =Em sa in!erpre!a9o simplis!a enfa!iar!i - 4e se afas!a a essnciado pro6lema, o se#a, sa na!re

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    comnica9o, D medida 4e nos oferecia ma 8iso dal da sociedade:dominan!es e dominados. as essa !eoria, acrescen!a a!!elar!, ignora8a ascon!ri6i9;es de Gramsci e de Hegel so6re a 4es!o da sociedade ci8il.Nes!e sen!ido, 7 impor!an!e reanalisar os aparel&os de comnica9o no s5como reprod!ores das rela9;es sociais, mas !am67m como lgares de

    prod9o=.

    = a3 4e 8o aparecer pro6lemas - acrescen!a a!!elar!- 4e, em geral,!emos dei"ado de lado. $or e"emplo, o fa!o de 4e a cl!ra de massa, se 7m lgar de nega9o da cl!ra dos se!ores s6al!ernos, !am67m 7 m lgarem 4e os se!ores dominan!es so o6rigados a acei!ar a e"is!ncia de o!rascl!ras den!ro de sa sociedade=.

    No o6s!an!e, podemos no!ar 4e a a!ocr3!ica 7 parcial. A cl!ra demassa no 7 apenas o =lgar de nega9o da cl!ra dos se!ores s6al!ernos=,mas !am67m o de a@rma9o dessa cl!ra. No 7 apenas =m lgar em 4e

    os se!ores dominan!es so o6rigados a acei!ar a e"is!ncia de o!rascl!ras=, mas !am67m o lgar do nascimen!o de WWo!ras cl!ras= 4e noa4ela 4e represen!a os in!eresses dominan!es.

    Al7m do mais, a!!elar! no locali

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    a!om3s!ica - alimen!arC el conocimien!o de la racionalidad dominan!e Z@nalmen!e perpe!a s legi!imidad Z necesidad=.

    A al!erna!i8a oferecida no escapa D limi!a9o 4e es!C presen!e nospresspos!os da cr3!ica:

    =>i el periodis!a no 4iere ser c5mplice de la reac!ali

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    a!!elar!, mi!o mais do 4e oferecer o microfone o a mC4ina de escre8eraos poplares, pois isso #C 7 fei!o &o#e, em cer!a medida, pelos #ornais car!asD reda9oK, rCdios e %2s en!re8is!as, pes4isas, e!c.K. %ra!a-se,fndamen!almen!e, de criar as media9;es e os canais ade4ados para 4e oscon!edos sociais o plral a4i 7 indispensC8elK 4e, an!es eram

    despre6es!imar esses fa!ores nasociedade con!empornea 7 como pensar 4e o ar!esana!o poderC s6s!i!ira inds!ria moderna o, en!o, 4e nes!a l!ima os !ra6al&adores poderodispensar os engen&eiros e !7cnicos.

    2ale assinalar, !am67m, o!ro aspec!o da concep9o de a!!elar!. Ele

    acredi!a 4e limi!ar-se a =descre8er= os fa!os !al como ocorre com o#ornalismo 6rgs, signi@ca =dei"ar D ins!i!cionalidade repressi8a e aomarco 8alora!i8o da domina9o a dinmica da decodi@ca9o=. Na 8erdade,essa descri9o #C con!7m, in!ernamen!e, sa pr5pria 8alora9o coinciden!ecom os marcos do sis!ema. In!rinsecamen!e, o rela!o #ornal3s!ico de m fa!osinglar #C con!7m ma dimenso de par!iclaridades e ni8ersalidade, so6 aforma 8i8a do acon!ecimen!o.

    No se !ra!a de m simples =fragmen!o=, m =C!omo=, descri!oposi!i8amen!e como algo isolado e, por isso, rece6endo a 8alora9o como min"o e"!erno da ideologia dominan!e. %odo o rela!o #ornal3s!ico, !oda no!3cia

    o repor!agem, reprod< os fa!os a!ra87s de ma comple"a opera9os6#e!i8a. O resl!ado desse processo serC, sempre, a4ilo 4e podemosc&amar de singlar signi@ca!i8o, is!o 7, o prod!o de ma modalidade deapreenso s6#e!i8a 4e spera o par!iclar e o ni8ersal no in!erior dasinglaridade do fa!o #ornal3s!ico. $or isso, m fa!o #ornal3s!ico no 7 mao6#e!i8idade !omada isoladamen!e, fora de sas rela9;es &is!5ricas e sociais,mas, ao con!rCrio, 7 a in!eriori

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    elemen!os: a cr3!ica da manipla9o prod

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    no!icias Z las disc!an. Eso signi@ca 4e peda ser el emisor direc!o de sspropias no!icias, de s comnicaci5n=. as ele recon&ece 4e essa me!apode ser 8iC8el apenas em !ermos de ma comnica9o ar!esanal. E, al7mdisso, 4e e"is!em #ornalis!as pro@ssionais, inclsi8e de es4erda,!ra6al&ando em 8e3clos modernos e represen!a!i8os, sem 4e essa

    represen!a8idade, no en!an!o, !en&a sido formalmen!e &omologada pelas6ases poplares. Ap5s asse8erar 4e, no socialismo, em6ora no de8adesaparecer o #ornalis!a, de8erC desaparecer o =periodismo represen!a!i8o,!al como lo conci6e la 6rgesia=, oferece m consel&o aos #ornalis!as:

    =En la ne8a perspec!i8a - Z con ri!mos mZ dis!in!os - se !ra!a de 4eel periodis!a reci8a s manda!o del poder poplar Z no merced a nadelegaci5n formal, sino in!egrando !odas las l3neas 4e permi!am 4e a!ra87sde 7l, el pe6lo no sea defradado en s e"presi5nT 4e cmpla el papel demoni!or del sen!ido=.

    A preocpa9o cen!ral de a!!elar! 7 com os meios ar!esanais decomnica9o, pois ele 8 a cl!ra prod

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    Essa pol3!ica 8ai de!erminar inclsi8e, a a6sor9o da cria!i8idade das massasno processo em se con#n!o.

    Assim, mais impor!an!e 4e a =comnica9o al!erna!i8a=, limi!ada emse po!encial !7cnico, 7 a l!a pelos espa9os no sis!ema de comnica9o de

    massa e a con4is!a de 8e3clos !ecnicamen!e a8an9ados. O pro6lema 7 4e a!!elar! en!ende os meios de comnica9o apenascomo meios, o se#a, media9;es srpadas pelas classes dominan!es,impedindo 4e o po8o fale dire!amen!e a si mesmo. Algmas dessasmedia9;es, inclsi8e pela sa na!re

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    /remilda recon&ece o #ornalismo, 6em como a inds!ria cl!ral no secon#n!o, na 4al ele es!C inserido, no apenas como ins!rmen!o dedomina9o ideol5gica, mas como m aspec!o da =moderna sociedadeinds!rial= inagrada pelo capi!alismo. O #ornalismo 7 en!endido comoprod!o de ma no8a dinmica social, li6erando po!enciais democra!i

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    das ordens de media9o. /omo condicionan!e &is!5rico-social do processo!emos a in!egra9o da sociedade &mana nm nico e dinmico sis!ema, omel&or, nma nica e comple"a !o!alidade.

    O desen8ol8imen!o capi!alis!a in!egro de maneira irre8ers38el a

    &manidade, fa

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    &mana sem media9;es o6#e!i8as e s6#e!i8as. Pando indi83dospresenciam dire!amen!e m fa!o, a rigor, en!re eles e o fa!o es!C a !o!alidadeda &is!5ria &mana #C percorrida, as al!erna!i8as sociais 4e se a6remconcre!amen!e para o f!ro e, al7m disso, as incer!e

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    in!erp;e en!re os indi83dos, mas cons!i!i as premissas da pr5pria e"is!nciaindi8idal.

    Be 4al4er modo, a singlaridade reprod

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    4e os !3!los e leads annciam ma mercadoria, o prod!o oferecido pelo#ornalismo na inds!ria cl!ral=. JscC8amos a especi@cidade do #ornalismoe c&egamos, o!ra 8e

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    reali

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    de regra, es!C por !rCs das cr3!icas ao =#ornalismo 6rgs= e ao =mi!o dao6#e!i8idade=. No o6s!an!e, permanece m 8Cco !e5rico en!re a cri!icC8el!ese da o6#e!i8idade e imparcialidade do #ornalismo e as =8an!agens prC!icas=4e ela ense#a. A@nal, por 4e ma !7cnica nascida da inspira9o de ma!eoria e4i8ocada !orno-se !o e@ca< e impor!an!e socialmen!e

    Acon!ece 4e, por !rCs dessa !7cnica, no e"is!e apenas ma 8isoe4i8ocada 4e sp;e a possi6ilidade de m con&ecimen!o pramen!eo6#e!i8o, mas so6re!do m processo &is!5rico de cons!i!i9o de manecessidade social 4ali!a!i8amen!e no8a - a necessidade da informa9o decarC!er #ornal3s!ico. 1ma no8a forma de con&ecimen!o social cris!ali

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    po!encialidades !7cnicas 4e ele desper!a, em consonncia com asnecessidades de informa9o colocadas pela sociedade moderna. Noo6s!an!e, a con!radi9o @ca apenas assinalada, #C 4e ele no encon!ra mas3n!ese !e5rica ade4ada, capa< de nir as am6igQidades e con!radi9;esnma !o!alidade l5gica a6rangen!e. Lage procra li8rar-se da !radi9o de

    Franfr!, 4e red< a no!3cia D mercadoria e o #ornalismo D manipla9o,e8i!ando a apologia do indi8idalismo ar!esanal 4e normalmen!e es!C por!rCs das cr3!icas da =es4erda= acadmica. %ampoco em6arca na canoa do!ecnicismo empiris!a 4e considera o #ornalismo como ma a!i8idade ne!ra,imparcial e capa< de re8elar a a!n!ica =o6#e!i8idade dos fa!os=.

    8erdade, como di< Nilson Lage, 4e a comnica9o #ornal3s!ica 7, porde@ni9o, referencial, is!o 7, fala de algo no mndo, e"!erior ao emissor, aorecep!or e ao processo de comnica9o em si. =Is!o imp;e o so 4aseo6riga!5rio da !erceira pessoa=. as, res!a sa6er por 4e mo!i8o acomnica9o #ornal3s!ica 7 =referencial=. %al8e< essa indaga9o possa ser

    respondida se relem6rarmos 4e o #ornalismo 7, em cer!o sen!ido, maesp7cie de =simla9o= da imedia!icidade, #C 4e a realidade dis!an!e 7recons!i!3da en4an!o singlaridade.

    Nas rela9;es imedia!as da aldeia pr7-capi!alis!a a !o!alidade res!ri!a domndo social en8ol8ia de modo signi@ca!i8o os indi83dos 4e secomnica8am. %odos eram par!es legi!imamen!e in!egran!es da singlaridadefenomnica do real. O mesmo ocorre, &o#e, ao n38el das rela9;es pessoaisdire!as. Nes!e caso, os emissores e recep!ores so par!3cipes de ma mesmadimenso da realidade, o se#a, da realidade imedia!a. A personali