o s elo c ombustÍvel s ocial e sua contribuiÇÃo para a cadeia do biodiesel josé honório...

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Page 1: O S ELO C OMBUSTÍVEL S OCIAL E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A CADEIA DO BIODIESEL José Honório Accarini Casa Civil da Presidência da República Comissão Executiva
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OBJETIVOS DA APRESENTAÇÃOANALISAR A INSERÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR (AF) NO PROGRAMA NACIONAL DE PRODUÇÃO E USO DE BIODIESEL (PNPB)

DESTACAR AS MUDANÇAS NO SELO COMBUSTÍVEL SOCIAL E O PAPEL DO MDA EM SUA OPERACIONALIZAÇÃO

ENFATIZAR A CURVA DE APRENDIZADO PERCORRIDA A PARTIR DO LANÇAMENTO DO PNPB

IDENTIFICAR AVANÇOS, CONQUISTAS E DESAFIOS A SUPERAR NA INSERÇÃO DA AF NA CADEIA PRODUTIVA DO BIODIESEL

APRESENTAR AS PERSPECTIVAS DA AF NO PNPB E AS CONCLUSÕES PERTINENTES

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1. BIODIESEL NA MATRIZ ENERGÉTICA E MARCO REGULATÓRIOLei nº 11.097, de 13/01/2005Mais de 20 resoluções da ANP

2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES BÁSICOS DO PNPBSustentabilidade econômica, social e ambientalNão privilegiar rotas tecnológicas ou culturasProteger os elos mais frágeis da cadeia produtiva:

Consumidores: assegurar qualidade para conquistar a confiança do mercado no novo combustível

Inserção da agricultura familiar (AF) num mercado dinâmico e com amplas perspectivas de crescimento

Redução de disparidades regionais

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3. MECANISMO DE INCLUSÃO SOCIAL DA AF NO PNPB: SELO COMBUSTÍVEL SOCIAL Lei nº 11.116, de 18/05/2005 (Modelo tributário aplicável ao biodiesel): redução de tributos federais para o biodiesel produzido com matérias-primas da AF, variável por região, tipo de produtor e oleaginosaDecreto nº 5.297, de 06/12/2004: Institui o Selo Combustível SocialDecreto nº 6.458, de 14/05/2008: estende o benefício tributário a qualquer matéria-prima produzida pela AF, mantendo as regiões prioritárias (N, NE e Semi-árido)Leilões ANP: regra 80/20: assegurar participação da AF no suprimento de matérias-primas para o biodiesel

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3. MECANISMO DE INCLUSÃO SOCIAL DA AF NO PNPB: SELO COMBUSTÍVEL SOCIAL (cont.) Destaques importantes: Selo Social e Leilões da ANP:

O Governo brasileiro optou por incentivar a produção com matéria-prima da AF, ao invés de subsidiar o preço do biodiesel (EUA e Alemanha, principalmente)

Os leilões ainda têm outros papéis importantes:

a) organizar e estruturar a cadeia produtiva até o amadurecimento/consolidação do setor e a migração para um sistema de livre mercado; e

b) controlar a proporção de mistura via distribuidoras.

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4. EVOLUÇÃO DO SELO COMBUSTÍVEL SOCIAL: Previsto na Lei nº 11.116/2005 Regulamentado pelos Decretos nºs 5.297/2004 e

6.458/2008 Operacionalizado por meio da Instrução Normativa nº

01, de 19/02/2009 (IN 01/2009) Essa IN aperfeiçoou e revogou a anterior de mesmo

número, vigente desde 05/07/2005, nos seguintes principais aspectos: Inclusão de itens de custo (assistência técnica, insumos,

etc) para cumprir percentual mínimo, visando estimular compras da agricultura familiar, sobretudo no NE

Readequação dos percentuais mínimos exigíveis de acordo com a realidade regional da AF, como segue:

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5. PAPEL DO MDA NO SELO COMBUSTÍVEL SOCIAL:Analisar e conceder o Selo Social e fiscalizar cumprimento das três exigências básicas estabelecidas para as usinas:Prestar assistência técnica própria (ou contratada) aos agricultores familiaresFirmar contratos de aquisição da matéria-primaAdquirir percentuais mínimos da AF conforme IN 01/2009

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6. EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DA AF NO PNPB Capacidade instalada COM e sem Selo Combustível

Social: usinas com Selo Social predominam (sempre superior a 80%) em toda trajetória do PNPB

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7. AGRICULTURA FAMILIAR: NÚMERO DE FAMÍLIAS NO PNPB E AQUISIÇÕES DE MATÉRIA-PRIMA

Ambos vêm crescendo desde a implantação (antecipada) da mistura B2 e de sua progressão para o B5 Elevação da renda e inclusão da AF na cadeia Elevação da renda e inclusão da AF na cadeia produtiva do biodieselprodutiva do biodiesel

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8. ADENSAMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA AF NO PNPB

Evolução favorável de dois indicadores: Participação no preço do litro de biodiesel arrematado

nos leilões da ANP Nº de famílias beneficiadas por milhão de litros de B100

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O nº de cooperativas de AF vinculadas ao

PNPB vem crescendo

O nº de cooperativas de AF vinculadas ao

PNPB vem crescendo

Em 2009 as vendas via cooperativa suplantaram

as vendas diretas

Em 2009 as vendas via cooperativa suplantaram

as vendas diretas

9. AGRICULTURA FAMILIAR E COOPERATIVISMO A AF vem se fortalecendo na cadeia produtiva via

cooperativismo (gráficos abaixo):

Fonte dos dados originais: MDA

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10. AF NA REGIÃO NORDESTE: INCLUSÃO SOCIAL E REDUÇÃO DE DISPARIDADES REGIONAIS

Em termos relativos, a participação da AF do NE no total nacional foi sempre superior ao peso relativo da região no PIB (cerca de 15%): 2007(~19%); 2009 (~35%)

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11. AF E DIVERSIFICAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS

AF vem contribuindo favoravelmente: girassol, canola e mamona

Mamona: cresceu de 0,04% (2007) para 4% (2009) Soja: de 99,1% para 95,2% no mesmo período Maior diversificação depende de medidas que já vêm

recebendo atenção governamental: Investimentos em P,D&I (resultados com prazos de

maturação geralmente longos) Aperfeiçoamento da ATER, arranjos produtivos locais e

pólos de biodiesel vinculados a usinas de biodiesel Transferência, para a AF, de avanços tecnológicos já

conquistados pela pesquisa e experimentação agrícola

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12. REGIÃO NORTE: AGRICULTURA FAMILIAR NO PNPB

Tem participação reduzida, seguindo o que também ocorre na produção regional de biodiesel

Tende a melhorar: Programa Palma de Óleo (lançado em maio/2010) e organização da AF na região Programa Palma de Óleo: visa estimular a recuperação

de áreas degradadas da Amazônia com o cultivo dessa palmácea, pois o Brasil é importador de óleo de dendê. Principais instrumentos: zoneamento ecológico-econômico, linhas de crédito diferenciadas e regularização fundiária

Organização produtiva: participação dos AF desde a identificação das famílias, locais onde se encontram, etc., até as fases de produção/comercialização da colheita

Usina de biodiesel da Petrobras Biocombustível na região vai contribuir para a estruturação da cadeia produtiva

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13. INADIMPLÊNCIA DE USINAS DE BIODIESEL NO SELO SOCIAL

As regras são claras e precisam ser cumpridas por todas as empresas indistintamente

Dificuldades são variadas: Quebras de safra Rompimento de contratos Despreparo e desorganização da AF Compra direta da AF é área nova para muitas usinas

 

MDA analisa todos esses fatores com extremo cuidado antes de suspender o Selo Social, assegurando amplo direito de defesa às interessadas

A decisão cabe à empresa: sem Selo Social, ela pode concorrer a apenas 20% dos volumes leiloados, onde a disputa é mais acirrada (todas as usinas participam)

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14. PARTICIPAÇÃO DA AF NO PNPB: MELHORIAS QUALITATIVAS

Aumento da produtividade na agricultura familiar via aperfeiçoamento da ATER

Estímulo ao cooperativismo Intensificação do Programa Pólos (vinculados a usinas

de biodiesel e a arranjos produtivos locais) Cooperativas de esmagamento de grãos: aumento da

participação da AF no valor agregado Participação da Petrobras Biocombustível: Nordeste

e, proximamente, na região Norte

Esses avanços beneficiam os dois lados (AF e usinas), facilitando/reduzindo custos dos contratos e promovendo maior organização na cadeia produtiva

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15. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nº de famílias é menor do que o esperado/desejável,

mas há uma curva de aprendizado na estruturação desse elo da cadeia produtiva envolvendo: Empresários (usinas, fornecedores, transportes, etc) AF, cooperativas, sindicatos e entidades representativas O próprio Governo, que sempre deve estar atento às

diferentes realidades de um País com nossas dimensões e fixar regras adequadas ao PNPB e às partes (AF e empresas) e que sejam claras, ágeis e funcionem com os menores custos e entraves ( custos de transação)

Na evolução desse processo, um agricultor a mais no PNPB é também um cidadão a mais no Brasil, pois comandar a fonte de renda é fator de cidadania.

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Solo + Clima + Água

+ Competência

Biodiesel:

“O novo combustível do BRASIL”

Com sustentabilidade (conceito amplo) NUNCA VAI ACABAR

“petróleo verde”

Solo + Clima + Água

+ Competência

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“O Brasil é um país O Brasil é um país predestinadopredestinado a liderar a a liderar a transição mundial da civilização do petróleo transição mundial da civilização do petróleo

para a civilização moderna da biomassapara a civilização moderna da biomassa”

Prof. Ignacy Sachs, Centro de Estudos sobre o Brasil Contemporâneo, França

Obrigado

(61) 3411 3854

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