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O que fazer para ter sucesso na seleção, formação e manutenção dos trabalhadores nas empresas? Pág. 18 REVISTA MENSAL DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DE GOIÁS - SINDUSCON-GO ANO I1, Nº 22 MAIO/2012 CUB MARÇO -0,023% REVISTA MENSAL DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DE GOIÁS - SINDUSCON-GO ANO I1, Nº 22 MAIO/2012 ENTREVISTA COM O DEPUTADO FEDERAL SANDRO MABEL Pág. 6

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O que fazer para ter sucesso na seleção, formação e manutenção dos trabalhadores nas empresas?Pág. 18

REVISTA MENSAL DOSINDICATO DA INDÚSTRIA DA

CONSTRUÇÃO NO ESTADODE GOIÁS - SINDUSCON-GO

ANO I1, Nº 22MAIO/2012

CUB MARÇO

-0,023%

REVISTA MENSAL DOSINDICATO DA INDÚSTRIA DA

CONSTRUÇÃO NO ESTADODE GOIÁS - SINDUSCON-GO

ANO I1, Nº 22MAIO/2012

ENtrEvIstA cOM O dEputAdO fEdErAl sANdrO MAbEl Pág. 6

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MAIO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 3

D I T O R I A LE

Mercado aquecido aumenta desafio pela cApAcItAçãO prOfIssIONAl

De acordo com o recente relatório “Sondagem Indústria da Construção” publicado pela Confederação Nacional da In-dústria (CNI), os empresários estão mais otimistas. O indicador da expectativa de novos empreendimentos e serviços para os próximos seis meses (a contar de fevereiro/2012) atingiu 62,2 pontos, acima da linha divisória. Essa é a maior marca em um ano. A melhora no otimismo é comum a todos os portes, mas se deu mais sensivelmente entre as pequenas empresas. Esse otimismo reflete na abertura do mercado de trabalho.

Em fevereiro, foram criados no Brasil 150.600 postos de trabalho com registro em carteira, alta de 0,40% em relação ao estoque do mês anterior, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados divulga-dos pelo Ministério do Trabalho e Emprego mostram um comportamento favorável do mercado de trabalho, que re-gistrou o quinto maior resultado da série, sendo superior ao mês de janeiro, ocasião em que foram abertas 118.895 vagas. O resultado indica a continuidade do dinamismo ob-servado nos últimos anos.

Em termos setoriais, em fevereiro, houve crescimento do emprego na maior parte dos setores. Para se ter uma ideia, so-mente a Construção Civil abriu 27.811 postos de trabalho. Em relação aos níveis geográficos, a região Centro-Oeste registrou 3.107 novas vagas de emprego formal, ficando atrás somente da região Sudeste, que teve saldo de 18.993 empregos.

A expectativa dos empresários é de que a estabilidade ma-croeconômica continuará refletindo na manutenção do ritmo de expansão do setor da construção e, consequentemente, na manutenção da empregabilidade. Mas, esse bom momento também apresenta alguns desafios: o que fazer para selecio-nar, formar e manter os nossos trabalhadores nas empresas?

Elevar a auto-estima de quem atua no setor certamente contribuirá para reter e ampliar o quadro de colaboradores nas empresas. Por isso, o Sinduscon-GO e a Ademi-GO estão

unidos em uma ampla campanha publicitária pela valorização da mão de obra do setor da construção, cujo evento de lan-çamento ocorrerá no dia 03 de maio (a cobertura completa do evento será divulgada na próxima edição da Construir Mais).

Esta edição traz ainda outros assuntos de interesse do se-tor da construção: entrevista com o deputado federal Sandro Mabel. Ele fala sobre Projeto de Lei da sua autoria, que regula-menta um dos assuntos mais polêmicos e que envolve a rela-ção Capital x Trabalho: a Terceirização. Temos ainda artigo do presidente do Sindimaco, Álvaro Falanque, sobre os impactos da Substituição Tributária na nossa economia.

O nosso desejo e o nosso convite são para que você apre-cie mais esta edição da Construir Mais.

JustO OlIvEIrA d´AbrEu cOrdEIrOPresidente do Sinduscon-GO

dIrEtOrIA EXEcutIvA dO sINduscON-GO (2010/2013)PRESIDENTE: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro - 1º Vice-Presidente: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - 2º Vice-Presidente: Eduardo Bilemjian Filho - Diretor Administrativo: Manoel Garcia Filho - Diretor Adjunto Administrativo: Daniel Jean Laperche - Diretor Financeiro e Patrimonial: José Rodrigues Peixoto Neto - Diretor Adjunto Financeiro e Patrimonial: Rodrigo Campos Ferreira - Diretor da Comissão de Economia e Estatística: Ibsen Rosa - Diretor Adjunto da Comissão de Economia e Estatística: Dinésio Pereira Rocha - Diretor da Comissão da Indústria Imobiliária: Roberto Elias de Lima Fernandes - Diretor Adjunto da Comissão da Indústria Imobiliária: Mário Andrade Valois - Diretora da Subcomissão de Habitação: Maria Amélia Alves e Silva - Diretor da Subcomissão de Legislação Municipal: Ilézio Inácio Ferreira - Diretor de Materiais e Tecnologia: Sarkis Nabi Curi - Diretor Adjunto de Materiais e Tecnologia: Renato de Sousa Correia - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas: Valdivino Dias de Oliveira - Diretor Adjunto da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas: José Carlos Gilberti - Diretor de Qualidade e Produtividade: Humberto Vasconcellos França - Diretor Adjunto de Qualidade e Produtividade: Marcelo Alves Ferreira - Diretor de Construção Pesada: Carmerindo Rodrigues Rabelo - Diretor Adjunto de Construção Pesada: Jadir Matsui - Diretor da Construção Metálica: Cezar Valmor Mortari - Diretor Adjunto da Construção Metálica: Joaquim Amazay Gomes Júnior - Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo José Roriz Pontes - Diretora Adjunta de Assuntos Jurídicos: Patrícia Garrote Carvalho - Diretor da Subcomissão de Política e Relações Trabalhistas e Sindicais: Jorge Tadeu Abrão - Diretor de Saúde e Meio Ambiente: Moacyr Soares Moreira - Diretor Adjunto de Saúde e Meio Ambiente: José Augusto Florenzano - Diretor de Setor Elétrico e Telefonia: Carlos Vicente Mendez Rodriguez - Diretor Adjunto de Setor Elétrico e Telefonia: Osney Valadão Marques Júnior - Diretor Social e de Comunicação: Darci Moreira de Lima - Diretora Adjunta Social e de Comunicação: Eliane Carvalho Lima - CONSELHO CONSULTIVO: José Alves Fernandes Filho, Paulo Afonso Ferreira, Mário Andrade Valois, Joviano Teixeira Jardim, Sarkis Nabi Curi, José Rodrigues Peixoto Neto, Roberto Elias de Lima Fernandes, Alan Alvarenga Menezes, Marcos Alberto Luiz de Campos e Álvaro Castro Morais. SUPLENTES: Élbio Braz Moreira, Marco Antônio de Castro Miranda e João Arthur Rassi. CONSELHO FISCAL: Amós Vieira, Wilson Luiz da Costa e André Luiz Baptista Lins Rocha. SUPLENTES: Doriel Natalício da Fonseca, Célio Eustáquio de Moura e Naldo Alves Mundim. REPRESENTANTES JUNTO À FIEG: Roberto Elias de Lima Fernandes e Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro. SUPLENTES: Marcos Alberto Luiz de Campos e Guilherme Pinheiro de Lima. REPRESENTANTE JUNTO À CBIC: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro. SUPLENTES: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior e Mário Andrade Valois.

A EXpEctAtIvA dOs EMprEsárIOs é dE quE A EstAbIlIdAdE MAcrOEcONôMIcA cONtINuArá rEflEtINdO NA MANutENçãO dO rItMO dE EXpANsãO dO sEtOr dA cONstruçãO E, cONsEquENtEMENtE, NA MANutENçãO dA EMprEGAbIlIdAdE”

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • MAIO 20124

U M Á R I OS

Artigo“84º ENIC, o encontro de soluções” é o tema do artigo assinado pelos presidentes do Sicepot-MG, Alberto José Salum, e do Sinduscon-MG, Luiz Fernando Pires.

EntrevistaO deputado federal Sandro Mabel explica como o Projeto de Lei que trata a Terceirização pretende criar marco regulatório para os trabalhadores terceirizados terem os direitos igualados aos demais trabalhadores das empresas.

Construção SustentávelPorque as pessoas estão optando por imóveis sustentáveis? Veja os exemplos de obras que apresentam itens sustentáveis da Pontal Engenharia e da Toctao Engenharia.

Espaço JurídicoA empregada é obrigada a informar a sua gravidez ao seu empregador? Confira a orientação da Assessoria Jurídica do Sinduscon-GO.

Passado & PresenteFGR Urbanismo: uma história diferente nos detalhes.

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Registro de Eventos Acompanhe os últimos eventos realizados pelo Sinduscon-GO.

Viva com SaúdeGlaucoma: prevenir é enxergar uma vida melhor. Verifique as orientações do Seconci-GO.

RH & Você Como implantar a Avaliação de Desempenho? Veja algumas dicas nesta edição.

Indicadores EconômicosConfira o valor do Custo Unitário Básico (CUB) referente ao mês de março/2012.

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EspAçO EMprEsArIAl

INFORME-SE: (62) 3095-5155

rEvIstA cONstruIr MAIs - Revista mensal do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO)sinduscon-GO - Filiado à CBIC e FIEG. Rua João de Abreu, n° 427, Setor Oeste, Goiânia-Goiás - CEP 74120-110. Telefone: (62) 3095-5155 / Fax: (62) 3095-5177 - Portal: www.sinduscongoias.com.br | presidente: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro | diretor social e de comunicação: Darci Moreira de Lima Gerente Executiva: Sebastiana Santos | Edição: Joelma Pinheiro | reportagem: Aymés Beatriz B. Gonçalves ([email protected]), Joelma

Pinheiro ([email protected]) e Valdevane Rosa ([email protected]) | fotografia: Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-GO e Sílvio Simões | projeto Gráfico e diagramação: Duart Studio | publicidade: Sinduscon-GO - telefone: (62) 3095-5155 | Impressão: Gráfica Art3 | tiragem: 6.000 exemplares | publicação dirigida e distribuição gratuita. *As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Consciente das questões ambientais e sociais, o

Sinduscon-GO trabalha em parceria com a gráfica

Art3, que utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council)

na impressão dos seus materiais.

18 MATéRIA DE CAPAMercado aquecido - Oportunidade e desafio para contratação, formação e manutenção da mão de obra.

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R T I G OA

84º ENIc,o encontro de soluções

AlbErtO JOsé sAluMé presidente do Sindicato da Indústria da Construção

Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG)

luIZ fErNANdO pIrEsé presidente do Sindicato da Indústria da Construção

Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG)ALBERTO JOSÉ SALUM

LUIz FERNANDO PIRES

Os prEpArAtIvOs dO EvENtO MINEIrO trAZEM uMA NOvIdAdE quE, EspErA-sE, fAçA A dIfErENçA. trAtA-sE dO MAIOr ENvOlvIMENtO dAs ENtIdAdEs E EMprEsAs dO sEtOr dE tOdAs As rEGIõEs dO brAsIl NA OrGANIZAçãO E fOrMAtAçãO dE tEMAs A sErEM dEbAtIdOs”

Um encontro de soluções das mais importantes ques-tões nacionais: obras de infraestrutura, saneamento, in-dustriais, moradia e tudo mais relacionado a um dos seto-res que mais contribui para o desenvolvimento do País, a Indústria da Construção.

Um evento que reunirá em três dias mais de mil empre-sários, representantes de diferentes órgãos do Poder Público e outros atores relevantes para o segmento discutindo temas estratégicos como inovação, sustentabilidade, qualificação profissional, relações de trabalho, saúde e segurança do tra-balho, qualidade, produtividade, parcerias público-privadas, responsabilidade social, obras públicas, financiamento imo-biliário e questões relacionadas às cidades, como mobilidade urbana, dentre outros.

Enfim, um momento para debater, lançar luz e levantar propostas sobre as mais diversas áreas dessa atividade inten-siva de mão de obra, geradora de renda e de tributos e que, nos últimos anos, tem sido a mola propulsora da retomada do crescimento da economia nacional.

Em linhas gerais, é isso o que propõe o Encontro Nacio-nal da Indústria da Construção (ENIC), o maior evento empre-sarial do setor no País, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Em sua 84ª edição, este ano ele acontecerá em Belo Horizonte, de 27 a 29 de junho, no Expominas, um dos mais importantes Centro de Convenções e Eventos brasileiro, e está sendo organizado pelo Sicepot-MG e pelo Sinduscon-MG.

Os preparativos do evento mineiro trazem uma novi-dade que, espera-se, faça a diferença. Trata-se do maior envolvimento das entidades e empresas do setor de todas

as regiões do Brasil na organização e formatação de temas a serem debatidos, a partir de reuniões presenciais com os organizadores do Encontro e os representantes locais do segmento construtor.

O objetivo é atender as demandas específicas prospecta-das em cada localidade, captando assim, suas particularida-des. Acreditamos que essa interação pode proporcionar uma maior sinergia entre os envolvidos no evento, resultando em um maior ganho na participação, presenças e resultados. A partir desta concepção, cada participante poderá levar consi-go resultados mais objetivos, algo de novo e produtivo a ser aplicado em seus negócios e áreas de atuação.

É com muita satisfação e orgulho que Minas Gerais, após dez anos desde o seu último ENIC, será palco novamente des-te grande evento. Acostumado a ser prestigiado por autori-dades locais, regionais e federais, o ENIC é uma vitrine para o setor construtor apresentar as questões que influenciam seu desempenho. Participe conosco desse grande fórum e contri-bua para a construção de um Brasil melhor!

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Deputado federal em quarto mandato, Sandro Ma-bel, natural de Ribeirão Preto (SP), é também empresário e administrador de empresas – cursou Administração de Empresas na Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), turma de 1981. Sua primeira eleição para a Câmara Fe-deral ocorreu em 1995. Durante o segundo mandato foi um dos articuladores para o andamento do projeto de reforma tributária (PEC 233/08 e outros). Acompanha há cerca de dez anos os assuntos relativos ao sistema tributário nacional, atuou como membro titular em todas as Comissões Es-peciais que abordaram o assunto, tendo participa-do de diversas discussões em audiências públicas, encontros e seminários. Para atuar de forma efi-caz na relatoria da re-forma tributária, fez um estudo na sede da Or-ganização para Coope-ração e Desenvolvimen-to Econômico (OCDE), em Paris, em 2008. Por essa e outras razões, em 2008, foi escolhido como relator do projeto de lei que modifica o sistema tributário do País, já aprovado na Comissão Especial.

No campo empresarial, Sandro Mabel pertence à fa-mília que fundou em 1953 a Mabel, uma das maiores produtoras de biscoitos da América Latina. O adminis-trador Sandro Mabel liderou a empresa por mais de duas décadas, enquanto presidente do Conselho de Adminis-tração do Grupo Mabel, sendo um dos responsáveis pela consolidação do primeiro parque industrial da empresa em Aparecida de Goiânia e da marca no mercado nacio-nal e internacional.

Em 2011, uma intensa negociação – considerada uma das mais importantes do setor no Brasil – culminou com a venda da fábrica de biscoitos Mabel para o gru-po norte-americano PepsiCo. Sandro Mabel continua à

N T R E V I S T AE

tErcEIrIZAçãO Projeto de Lei pretende criar marco regulatório para igualar direitos dos trabalhadores terceirizados aos demais

frente das demais empresas do grupo e atua, também, em atividades agropecuárias. Confira, a seguir, a entre-vista que ele concedeu à revista Construir Mais.

COMO ESTá O ANDAMENTO DO PROJETO DE LEI 4.330/2004, DE SUA AUTORIA, QUE TRATA O TEMA TERCEIRIzAçãO?

O PL 4.330/2004, institui a responsabilidade sub-sidiária, segundo a qual o trabalhador terceirizado só

poderá cobrar direitos tra-balhistas da tomadora de serviços quando esgota-dos os bens da empresa prestadora, no caso de falência, por exemplo. O projeto de minha autoria aguarda parecer da Co-missão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), do qual o relator é o deputado Arthur Oli-veira Maia (PMDB-BA). O projeto tramitou em 2011 por uma Comissão Espe-cial destinada a promover um parecer para a propo-

sição. Este parecer foi aprovado em comissão e encami-nhado para o relator na CCJ, deputado Arthur Maia. Ao elaborar o projeto pensamos em criar um marco regula-tório para os trabalhadores terceirizados terem os direi-tos igualados aos demais trabalhadores das empresas. Segundo pesquisa que levantamos, há no mercado mais de 10 milhões de terceirizados no País. As contas da CUT são ainda maiores: 30 milhões.

QUAIS SãO OS PRINCIPAIS ITENS ABORDADOS NO PL 4.330?

Procuramos introduzir no projeto ações que garan-tam por Lei os direitos trabalhistas e a igualdade entre os trabalhadores. O relatório aprovado na Comissão Es-pecial veio para modernizar o projeto. Trabalhamos a questão da responsabilidade subsidiária, quando o tra-

SANDRO MABEL

O pl 4.330/2004, INstItuI A rEspONsAbIlIdAdE subsIdIárIA, sEGuNdO A quAl O trAbAlhAdOr tErcEIrIZAdO só pOdErá cObrAr dIrEItOs trAbAlhIstAs dA tOMAdOrA dE sErvIçOs quANdO EsGOtAdOs Os bENs dA EMprEsA prEstAdOrA, NO cAsO dE fAlêNcIA, pOr EXEMplO”

SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • MAIO 20126

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balhador, em casos de insatisfação, precisa acionar ini-cialmente a empresa terceirizada e, quando não houver acordo, procurar a empresa contratante.

O PL TRATA DA TERCEIRIzAçãO NOS SETORES PúBLICO E PRIVADO? O QUE ELE PROPõE PARA AMBOS OS SEGMENTOS?

O PL cria obrigações para as empresas terceirizadas atuarem no mercado e também para as empresas con-tratantes destes serviços. Há uma série de implicações para as empresas terceirizadas atuarem no mercado como exemplo a definição de uma atividade. As empre-sas terceirizadas não poderão ser meras locadoras de mão de obra. O art. 12 do PL trata da regulamentação da terceirização no serviço público. Ele diz o seguinte: “nos contratos de prestação de serviços a terceiros em

que a contratante for a Administração Pública, a respon-sabilidade pelos encargos trabalhistas é regulada pelo art. 71 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993”.

RECENTEMENTE, O SENHOR FEz UMA ExPOSIçãO SOBRE O TEMA NA SEDE DA CâMARA BRASILEIRA DA INDúSTRIA DA CONSTRUçãO (CBIC), EM BRASíLIA. COMO O SETOR DA INDúSTRIA DA CONSTRUçãO RECEBEU A SUA PROPOSTA?

Os membros da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) entenderam o projeto e o aceitaram sabendo que ele especializa os serviços prestados no ramo da construção.

QUAIS SãO AS PRINCIPAIS IMPLICAçõES DE SUA IMPLEMENTAçãO NO SETOR DA INDúSTRIA DA CONSTRUçãO?

O projeto traz especialidade e rapidez para o setor da construção tendo em vista que a mão de obra terceiri-zada, especializada, estará atuando diretamente na sua função. A redução dos custos na obra e desenvolvimento de atividades com mais qualidade também são fatores positivos do Projeto.

NA PRáTICA, QUAIS SãO OS PRINCIPAIS BENEFíCIOS PARA OS TRABALHADORES COM A REGULAMENTAçãO QUE O SENHOR PROPõE, POR MEIO DO PL 4.330?

Os trabalhadores terceirizados estarão amparados por uma Lei que garanta o cumprimento de todos os seus direitos trabalhistas. As empresas terceirizadas es-tarão obrigadas a cumprir e apresentar todos os com-provantes de pagamentos trabalhistas e estarão sujeitas a retenção de pagamento por parte da contratante, caso haja algum descumprimento.

QUE OUTROS PROJETOS DE LEIS ESTãO EM TRAMITAçãO NA CâMARA FEDERAL DE SUA AUTORIA?

Não temos nenhum projeto de Lei elaborado espe-cialmente para a área da construção. Todos os nossos projetos podem ser encontrados no site da Câmara. O endereço é www.camara.gov.br.

O prOJEtO trAZ EspEcIAlIdAdE E rApIdEZ pArA O sEtOr dA cONstruçãO tENdO EM vIstA quE A MãO dE ObrA tErcEIrIZAdA, EspEcIAlIZAdA, EstArá AtuANdO dIrEtAMENtE NA suA fuNçãO”

DEPUTADO FEDERAL SANDRO MABEL

MAIO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 7

sEGuNdO pEsquIsA quE lEvANtAMOs, há NO MErcAdO MAIs dE 10 MIlhõEs dE tErcEIrIZAdOs NO pAís. As cONtAs dA cut sãO AINdA MAIOrEs: 30 MIlhõEs”

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Rua 102, Nº 34, St. Sul, Goiânia-GO (62) 3218.2233facebook.com/gra�caarttres facebook@gra�caart3twitter

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O selo FSC é uma das certi�cações mais sérias e responsáveis do mundo. Ele garante que a matéria-prima foi obtida com respeito ao meio-ambiente, aos trabalhadores �orestais e à comunidade.

O T Í C I A S D O S P A R C E I R O SN

Dia 22 de março é comemorado o Dia Mundial da Água. A preocupação com a falta desse recurso natural, em todo o mundo, pauta várias discussões de políticas públicas a investimentos em infraestrutura. Mas, os especialistas concordam que o primeiro passo é a mudança de hábito e o consumo consciente da água nas atividades diárias de higiene e limpeza. O cenário perfeito para essas transformações está nos condomínios, onde moradores dividem o espaço, a manutenção e as contas no final do mês. Moradias planejadas e que possuem tecnologia de reaproveitamento do recurso garantem economia e cuidados com o meio ambiente. Na hora de organizar o dia a dia dos prédios, síndicos e colaboradores usam das novas tecnologias implementadas pela construção civil para garantir o uso inteligente do recurso, reduzir a taxa de condomínio e promover pequenas mudanças a favor do meio ambiente.

No Residencial Euroville, no setor Alto da Glória, em Goiânia, construído pela Euroamérica Construtora, existe sistema de reaproveitamento da água das chuvas para limpeza e manutenção de jardins. Já as descargas possuem duplo acionamento, o que economiza água.

Em dois empreendimentos lançados pela CMO Construtora em Goiânia, o Varandas de Copacabana e o Natural Residence, diferenciais sustentáveis marcam os projetos. No Varandas de Copacabana, no setor Parque Amazonas, será criada uma trincheira drenante ao redor do empreendimento para retenção da água da chuva do entorno. Este volume de água, que poderia contribuir para enchentes e o assoreamento do rio localizado em frente ao empreendimento, será infiltrado para a retroalimentação do lençol freático. Além disso, nos apartamentos serão instaladas nos banheiros, bacias tipo dual flush, com vazão de três litros para líquidos, e de seis para sólidos. As torneiras terão restritores de vazão. Já o Natural Residence, no Jardim Goiás, possui o telhado verde. Em vez de telhas convencionais, as garagens e o mezanino serão cobertos por vegetação, melhorando o microclima e a paisagem local.

DIA MUNDIAL DA áGUA: MUDANçA DE HáBITO ECONOMIzA RECURSO NATURAL

A diretoria do Seconci-GO, presidida pelo engenheiro Moacyr Soares Moreira, recebeu no dia 12 de março, na sede da entidade, no Jardim América, em Goiânia, o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), com o objetivo de apresentar as ações de Responsabilidade Social que o setor da construção desenvolve na região metropolitana de Goiânia. O senador visitou as instalações do Seconci-GO, onde os trabalhadores da construção têm acesso a atendimentos médicos, odontológicos e complementares de saúde gratuitos e extensivos aos seus dependentes diretos. “O Seconci-GO contribui valorosamente com o Poder Público, pois garante a dignidade dos trabalhadores e ainda desonera o Estado. Eu me comprometo a ser porta voz do Seconci no Congresso e no Estado”, afirmou Cyro Miranda. O presidente do Sinduscon-GO, Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro, esteve presente na visita, acompanhado de sua esposa Regina Esperidião d’Abreu Cordeiro. Também estiveram presentes o presidente da Ademi-GO, Ilézio Inácio Ferreira; o ex-presidente do Seconci-GO, Eduardo Bilemjian; além dos diretores da entidade, José Augusto Florenzano e Célio Eustáquio.

SECONCI-GO RECEBE VISITA DO SENADOR CyRO MIRANDA

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DA ESqUERDA PARA A DIREITA: PAULO SAFADy SIMÃO (CBIC), CELSO PETRUCCI (SECOVI-SP), ROSSANA COSTA (CONVêNIO SEGUROS CBIC), JEAN-FRANÇOIS ALLARD (MAF), FÁBIO HENRIqUE PINHO (ESSOR) E JOSÉ CARLOS CARDOSO (SCOR)

SECONCI’S: HOMENAGEM NO SENADO FEDERAL

Na mesma semana em que visitou o Seconci-GO, o senador Cyro Miranda prestou uma homenagem aos Seconci’s, no dia 15 de março, no Plenário do Senado Federal. Durante seu discurso, o senador explicou o funcionamento dos Seconci’s em todo o Brasil e disse ainda que a entidade é uma porta aberta ao aprimoramento e qualidade de vida para os 3 milhões de empregados da construção civil que atuam no nosso País. O senador concluiu seu discurso dizendo que as unidades do Seconci’s são vigas mestras na cidadania do Brasil. No plenário, representantes de vários Seconci’s do Brasil presenciaram o discurso. Do Seconci-GO compareceram o diretor administrativo e também presidente do Seconci Brasil, José Augusto Florenzano; a gerente executiva, Denise Noleto; o médico coordenador, Dr. Antônio Euzébio, e o assessor administrativo, Gaspar Pereira. O presidente do Sinduscon-GO, Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro, também esteve presente, acompanhado de sua esposa, Regina Esperidião d’Abreu Cordeiro. Em Brasília, todos foram recebidos pelo senador em seu gabinete. (Fonte: Seconci-GO)

Durante reunião anual da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Maringá (PR), o presidente da entidade, Paulo Safady Simão, apresentou o Seguro Garantia de Entrega de Obra, iniciativa voltada à regulamentação da entrega de imóveis comercializados na planta. Viabilizado pelo Convênio Núcleo de Seguros da CBIC, o Seguro Garantia de Entrega de Obra passará a ser comercializado a partir do segundo semestre deste ano, em todo o território nacional, e prevê, além do cumprimento do prazo, a fiscalização e o acompanhamento permanentes da construção segurada. A ideia é que as informações recolhidas durante as vistorias das obras seguradas venham, com o tempo, a compor um banco de dados para mapeamento dos problemas técnicos dos empreendimentos, com as respectivas soluções empregadas.

As seguradoras parceiras do projeto poderão consultar as informações, de modo a prever possíveis danos e agilizar tomadas de decisão para a resolução de problemas. Além de Simão, estiveram presentes no encontro apresentando o produto aos empresários do setor, a coordenadora do Convênio Núcleo de Seguros da CBIC, Rossana Costa; o diretor-executivo e presidente da Essor Seguros (seguradora brasileira que, em parceria com a CBIC, viabilizou a elaboração do Seguro Garantia), Fábio Henrique de Pinho; o presidente da resseguradora Mutuelle des Architectes Français Assurances (MAF), Jean-François Allard; o diretor-geral para a América do Sul da Scor Global P&C, José Carlos Cardoso, e o diretor da Proconsulting do Brasil, Jean-François Estienne. Representando o Sinduscon-GO no encontro, esteve presente o diretor adjunto da Comissão da Indústria Imobiliária, Mário Andrade Valois.

SEGURO GARANTIA DE ENTREGA DE OBRA é APRESENTADO EM REUNIãO DA COMISSãO DA INDúSTRIA IMOBILIáRIA DA CBIC

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O M U N I D A D E D A C O N S T R U Ç Ã OC

Além de tecnologia, é preciso GEstãOmelhores práticas de projeto, planejamento e execução dos sis-temas construtivos à base de cimento. O público alvo são os gestores e a equipe técnica, profissionais que influenciam dire-tamente o desempenho das obras.

Alvenaria estrutural com blocos de concreto e revestimento de argamassa são os temas abordados pelo programa em 2012, que conta com 56 horas de capacitação, intercalando aulas te-óricas e reuniões técnicas. Sob a orientação de especialistas, são discutidos aspectos importantes para qualquer empresa cons-trutora, como: projeto, planejamento, execução e aplicação de ferramentas que irão auxiliar os gestores no controle e execução de suas obras. Também é realizada pelo menos uma visita técni-ca a obra, para discussão dos conceitos aprendidos.

Em 2011, o Programa de Desenvolvimento de Construtoras foi implantado como piloto no Vale do Paraíba, região do in-terior paulista liderada pela cidade de São José dos Campos, e depois expandido para Curitiba e Porto Alegre, contando com o apoio dos Sinduscon’s e de entidades locais ligadas à construção civil em todas as cidades onde foi realizado. No total, o PDC teve a adesão de 34 construtoras, 14 fornecedores e 10 profissionais autônomos, totalizando 115 profissionais capacitados.

Outro programa oferecido pela Comunidade da Construção é o Capacitação Técnica In Company. Seu objetivo é fortalecer o uso dos sistemas construtivos à base de cimento e melhorar sua competitividade. O programa é adequado às necessidades de cada empresa e a metodologia desenvolvida engloba duas etapas: a de capacitação gerencial, voltada para técnicos e enge-nheiros; e a operacional, focada na mão de obra da construtora. A ideia desse projeto é formar multiplicadores que possam re-passar o conhecimento dentro das empresas. Os temas aborda-dos no programa são: Estrutura de Concreto, Revestimento de Argamassa e Alvenaria Estrutural.

Além dos programas presenciais, o portal www.comunidade-daconstrucao.com.br foi reformulado com o objetivo de divulgar as boas práticas construtivas de Alvenaria Estrutural, Parede de Concreto, Estruturas de Concreto, Alvenaria de Vedação e Re-vestimento de Argamassa, além de fornecer ferramentas que fa-cilitem a implantação desses sistemas, auxiliando cada vez mais construtoras em todo o país.

Uma das novidades do portal é o canal Fale com o Especia-lista, que conta com especialistas em cada sistema para respon-der a dúvidas sobre as tecnologias citadas. Há ainda uma área para que os parceiros do projeto divulguem produtos e serviços e também um Banco de Obras representativas de cada sistema construtivo. O site traz, ainda, notícias, vídeos, material para do-wnload, exemplos de boas práticas e depoimentos das constru-toras sobre suas experiências, tornando-se o ponto de encontro virtual dos participantes da Comunidade da Construção.

O próximo polo da Comunidade da Construção a implantar o Programa de Desenvolvimento de Construtoras é o de Goiânia, ainda em 2012, possivelmente em maio, e o tema será Revesti-mento de Argamassa.

Nos últimos anos o setor habitacional sofreu uma grande mudança devido à facilidade de crédito, aumento de renda da população e programas e políticas do governo. Nessa nova di-nâmica do setor habitacional, de forte demanda e alta competi-tividade, aspectos como o custo da obra e a cultura corporativa da empresa não são mais as únicas variáveis na escolha do sis-tema construtivo.

Diante dessa realidade, as construtoras e seus engenheiros gestores têm buscado alternativas que facilitem a produção de edificações. Muitas optaram por sistemas construtivos mais ra-cionalizados, como alvenaria estrutural com blocos de concreto ou parede de concreto. Porém, mesmo usando sistemas tradi-cionais ou industrializados, todas as construtoras perseguem a otimização dos seus processos e a gestão do conhecimento, a fim de multiplicar os seus procedimentos de execução, e nesse percurso encontram um grande gargalo: a falta de capacitação dos recursos humanos.

Segundo pesquisa realizada pela ABCP com construtoras e fornecedores, 40% das construtoras não têm a cultura de registrar suas experiências e esse número sobe para 70% quan-do se trata do fornecedor. Quando perguntamos: “a que você atribui as dificuldades para a gestão do conhecimento?”. Os fatores mais relevantes são: a falta de multiplicadores e de ma-terial didático.

Preocupada com a gestão do conhecimento e a multiplica-ção da capacitação, a Comunidade da Construção – movimento implantado em 13 polos do país – tem desenvolvido programas para auxiliar as construtoras na implantação e na gestão dos sistemas construtivos à base de cimento.

O Programa de Desenvolvimento de Construtoras (PDC) foi criado com o objetivo de aumentar a competitividade e melho-rar o desempenho das construtoras por meio da difusão das

GlécIA vIEIrA é engenheira e coordenadora da Área de Edificações da ABCP

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MAIO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 11

O N S T R U Ç Ã O S U S T E N T Á V E LC

Mercado evidencia tendência de preferência imobiliária por projetos que privilegiam a sustentabilidade proporcionando economia de recursos naturais e financeiros

O administrador de empresas Sérgio Luiz Santana, casado e pai de uma filha, proprietário de apartamento no Pontal do Leste também possui outros três imóveis da Pontal Engenha-ria para fins de investimento. Para ele, morar em um prédio sustentável representa conforto aliado à questão econômica e ambiental: com os diferenciais sustentáveis aplicados nos apar-tamentos e no condomínio é possível economizar com as taxas de condomínio, água e luz, além de preservar os recursos na-turais. “Os prédios antes não tinham aquecimento solar e hoje isso já é uma realidade, e a prática de reaproveitamento da água da chuva também não passava pela ideia dos empreen-dedores do ramo de construção civil. A Pontal inovou com esse projeto de utilizar a água da chuva nos apartamentos – como nas descargas de banheiros – e que serve também para regar jardins”, enfatiza Santana.

Na hora de escolher o imóvel, pesou o quesito susten-tabilidade, assegura ele. “Fiz pesquisa de mercado junto às construtoras e percebi que os preços eram idênticos para o apartamento que eu buscava. O da Pontal Engenharia tinha os diferenciais de sustentabilidade e mesmo assim possuía o mes-mo valor que os demais. Além disso, pelo histórico da constru-tora, com prêmios e certificados que atestam a qualidade do empreendimento, resolvi investir na compra de apartamento deles. Sem falar que, com isso, ganho em economia e invis-to meu dinheiro em algo que é referência no mercado”. Com as ações de sustentabilidade dos empreendimentos da Pontal, Sérgio informa que consegue economizar de 20 a 30% com água, energia e na taxa de condomínio, sendo que em janeiro, período de chuva, a taxa de água cai pela metade.

para morar e investirCom experiência profissional de 12 anos trabalhando no

mercado imobiliário, Hélio de Melo Alves, reside em um apar-tamento no Residencial Lagoinha. Ele recorda que inicialmente adquiriu três unidades da Toctao Engenharia como investimen-to. “Em 2008 comprei meu primeiro imóvel no Residencial La-goinha, depois adquiri mais dois nos anos de 2009 e 2010, até que no ano passado comprei o quarto imóvel, mas desta vez para morar com a minha família”.

Também atuante na administração do condomínio do Re-sidencial Lagoinha como subsíndico, Hélio Alves afirma que foi atraído pelos diferenciais agregados nos projetos da construto-ra, como a preocupação com a sustentabilidade. Com seus 200 apartamentos e cerca de 900 moradores, o condomínio Resi-dencial Lagoinha convive com uma economia mensal média de 20% na taxa de água daquela comunidade.

Antigo vizinho na Cidade Jardim, o empresário conta que quando a obra foi lançada, profissionais da Toctao e corretores de plantão já mencionavam as vantagens de investir em um projeto que previa a conservação dos recursos naturais, com ações contra o desperdício de água (hidrômetros individuali-zados) e o reaproveitamento das águas servidas nas descargas sanitárias e limpeza externa de calçadas e garagens.

“Naquela época”, recorda Hélio, “eu ainda não tinha ou-vido falar de outros empreendimentos com esse conceito sus-tentável e que não custavam mais por isso. Mas logo entendi que se tratava de um imóvel fácil de revender, localizado numa região tranquila, dotada de serviços e equipamentos públicos. Hoje já se tornou difícil de comprar devido a muita procura no local, ocorrendo valorização do aluguel para os proprietários”.

Porque as pessoas estão optando por IMóvEIs sustENtávEIs?

SÉRGIO LUIz, PROPRIETÁRIO DE IMóVEL DA PONTAL ENGENHARIA

FOTO: DAGO PAULO

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • MAIO 201212

R T I G OA

Se compararmos a substituição tributária interna no Estado de Goiás, que teve uma duração entre 1º de de-zembro de 2001 até agosto de 2007, onde os IVAs (Im-posto do Valor Agregado) após quase três meses de dis-cussão, foi fixado em 30% e 25% respectivamente, em materiais para construção e ferro/aço. O novo regime de Substituição Tributária, que na verdade não passa de uma antecipação de imposto, e entrou em vigor a partir de 1º/04/2012 é de âmbito nacional, conforme reuniões do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), realiza-das respectivamente em 30/09/2011, 25/10 e 22/11/2011, em Manaus (AM) e em Brasília (DF).

O decreto nº 7.528/2011, editado pelo Governo de Goiás, vem a regulamentar a Substituição Tributária im-plantada para o comércio de materiais para construção, acabamento, bricolagem ou adornos e material elétrico no Estado de Goiás, com adoção de medidas a serem atendidas pelos contribuintes goianos.

A margem de lucro prevista nos protocolos 82 a 85, reiterada no Decreto mencionado, onde os IVAs devem ser aplicados de acordo com cada material de constru-ção (veja o absurdo, a burocracia), estabelece percentu-ais que variam de 37% a 69,13% (relembrando que a primeira Substituição Tributária era de 30% em materiais para construção e 25% em ferro e aço). Agora, na Subs-tituição Tributária de 1º/04/2012 em diante, há um item apenas, “fita emborrachada” cujo IVA é de 27%, que absolutamente nada representa no rol de materiais para construção.

Em outras palavras, o Confaz, através dos Protocolos mencionados com adesão do Estado de Goiás, impõe um percentual (IVA) mínimo de lucratividade ao comerciante, variando de acordo com o tipo de material, sobre o valor da mercadoria vendida. Isto é absolutamente inconstitu-cional exigir uma lucratividade do empresário que segu-ramente não a terá, sendo obrigado a vender com preço abaixo do lucro exigido pelo Confaz, sendo que nesta sistemática é vedada a devolução ao contribuinte da di-ferença do imposto recolhido à maior.

Considerando que existem em Goiânia e Aparecida de Goiânia 2.672 lojas de revenda de materiais para constru-ção, a concorrência é enorme, impedindo que possa ser aplicado um preço de venda com os percentuais exigidos fora da realidade comercial, podendo ser interpretado como usura.

E aí? Se vender abaixo do valor exigido, o ICMS está garantido ao Estado, que não devolverá o imposto pago à maior, incentivando a inflação. Como exemplo, toma-mos um piso cerâmico que, de acordo com cálculos arit-méticos dos custos, que serve de exemplo aos demais itens, nas proporcionalidades dos IVAs exigidos. Os pre-ços de venda serão majorados em todo o Brasil acima de 10% com a nova modalidade de imposto e o aumento do preço será ainda maior quando se tratar de um piso de segunda linha, pois o valor do frete interestadual será o mesmo de um piso mais caro, e em consequência elevan-do o percentual na confecção do custo.

Em material elétrico, o IVA é ainda mais alto que ma-

substItuIçãOtrIbutárIA

O dEcrEtO Nº 7.528/2011, EdItAdO pElO GOvErNO dE GOIás, vEM A rEGulAMENtAr A substItuIçãO trIbutárIA IMplANtAdA pArA O cOMércIO dE MAtErIAIs pArA cONstruçãO, AcAbAMENtO, brIcOlAGEM Ou AdOrNOs E MAtErIAl ElétrIcO NO EstAdO dE GOIás, cOM AdOçãO dE MEdIdAs A sErEM AtENdIdAs pElOs cONtrIbuINtEs GOIANOs”

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MAIO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 13

AlvArO fAlANquEé presidente do Sindicato do Comércio Varejista de

Materiais para Construção no Estado de Goiás (Sindimaco)

teriais para construção e o preço final ao consumidor, será, inevitavelmente, ainda maior. É sabido de há muito, que o maior entrave para o desenvolvimento da econo-mia brasileira é o próprio governo, com pesados impos-tos e ainda exigindo uma burocracia altamente complexa aos empresários, com muitos papéis, boletos, carimbos e tantos outros entraves, que somente com mais funcio-nários as empresas conseguem atender as exigências em tempo hábil (burocracia complicada, maiores gastos ad-ministrativos).

Rememorando décadas passadas, houve um movi-mento nacional comandado pelo tributarista Ives Gan-dra, pelo imposto único no Brasil.

Motivo: a insuportável carga tributária já existente à época

Conclusão: não vingou a ideia por vários motivos, porém, ficou patenteada insuportável a carga tributária àquela época e o pior, o aumento dos impostos continua cada vez mais audaciosos. Agora, o que dizer dos sucessi-vos coices que a sociedade, empresários e consumidores aceitam ao longo dos tempos? O Brasil virou um Estado rico com brasileiros pobres, bastando citar que em um prato de comida, 50% são impostos.

Desde o terceiro trimestre de 2011 que a economia brasileira cresce abaixo do seu potencial. Com esse ritmo menor de expansão, o Banco Central entende ser possível cortar taxas de juros sem comprometer a inflação e de quebra incentivar a economia.

Vê-se claramente a boa intenção do Banco Central e Ministério da Fazenda que buscam o desenvolvimento da economia, tentando diminuir os juros para conter a infla-ção e alavancar a economia.

Mas, medidas contrárias exigidas pelo Confaz, que conseguiu idealizar um meio de aumentar suas receitas em detrimento da economia nacional (inflação e aos bol-sos dos consumidores), trafegando na contramão dos interesses nacionais em benefícios próprios que é mere-cedora do repúdio de todos nós.

Administrar bem não implica aumentar receitas!Difícil quando o objetivo do próprio governo federal

é trazer a inflação em nível compatível e o absurdo é que os próprios governos estaduais não se contentam com o muito que arrecadam. Isso tudo está acontecendo den-tro da governança global, cada qual puxando para o seu lado, esquecendo-se que estão atentando contra a eco-nomia popular, como também daqueles que garantem a continuidade econômica do país, os empresários.

Outro ponto de muita preocupação refere-se às em-presas optantes do Simples Nacional. Se não bastasse o percentual do IVA exorbitante e fora do razoável, também há o aumento da alíquota do ICMS, que até 31/03/2012, será de 1,25 a 3,95% (oscilando de acordo com o fatura-mento). A partir de 1º/04/2012; as microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) deverão recolher o imposto na alíquota de 17%. Sim, 17% ou seis vezes e meia maior do que a média de 1,25 a 3,95% (2,60%), em razão de que o novo regime é incompatível com a siste-

ALVARO FALANqUE

é sAbIdO dE há MuItO, quE O MAIOr ENtrAvE pArA O dEsENvOlvIMENtO dA EcONOMIA brAsIlEIrA é O próprIO GOvErNO, cOM pEsAdOs IMpOstOs E AINdA EXIGINdO uMA burOcrAcIA AltAMENtE cOMplEXA AOs EMprEsárIOs”

mática simplificada no Simples Nacional, excluindo todas as empresas do segmento de material de construção e material elétrico na parte relativa ao ICMS.

fora da lógica e da razoabilidadeA insensibilidade dos secretários da Fazenda de todo

o Brasil não conscientizaram-se do ato praticado, e com uma simples canetada fizeram adesão aos Protocolos 82 a 85, que se dependesse de aprovação no legislati-vo, com certeza não teria êxito na Câmara Federal. Pior, não há um órgão superior que possa impedir a morte das micro empresas, que representam 90% das empre-sas brasileiras, ou seja, responsáveis por uma das maiores empregabilidades no país.

É sabido que a indústria e o comércio de materiais para construção, pelo volume e pelos valores altamente significativos na comercialização em todo o Brasil, não há quem duvide que trará como consequência um aumento da inflação no país.

O Brasil já é um país maduro não podendo permitir-se atos dessa natureza.

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S P A Ç O J U R Í D I C OE

A AssEssOrIA JurídIcA dO sINduscON-GO rEspONdE:

A empregada é obrigada a informar a sua GrAvIdEZ ao seu empregador?

Frequentemente, a Assessoria Jurídica do Sinduscon-GO é questionada a respeito da necessidade ou não de a emprega-da que descobre estar grávida comunicar tal fato ao seu em-pregador. Isso porque não raras vezes o fato é descoberto no decorrer do aviso prévio e até mesmo após a demissão, caso em que as empregadas têm recorrido ao Judiciário alegan-do estabilidade por ter descoberto a gravidez no decorrer do contrato do trabalho, sem, contudo, informar o empregador.

O art. 10, II, “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT/CF) estabelece que fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto, garan-tindo a ela, portanto, a estabilidade provisória no emprego.

Já a Lei nº 9.029/1995, a qual proíbe a adoção de qual-quer prática discriminatória e limitativa para efeito de aces-so à relação de emprego ou sua manutenção, determina constituir crime, entre outras práticas discriminatórias, as relativas à exigência de teste, exame, perícia, laudo, atesta-do, declaração ou qualquer outro procedimento relativo ao estado de gravidez.

O empregador que incorrer nas mencionadas práticas estará sujeito à penalidade de detenção de 1 a 2 anos e multa. É possível ainda a multa administrativa equivalente a 10 vezes o valor do maior salário pago pelo empregador, elevado em 50% em caso de reincidência e, ainda, proibi-ção de obtenção de empréstimo ou financiamento junto a instituições financeiras oficiais.

No que tange a obrigatoriedade ou não de comu-nicação da gravidez, a questão não é pacífica nos

Tribunais. Há quem entenda que a confirmação da gravidez, marco inicial da estabilidade da

gestante, se dá a partir da comuni-cação do estado gestacional da

empregada ao empregador, alegando ainda que o em-

pregador não pode vir a ser penalizado por

ter efetuado

uma rescisão contratual sem justo motivo, quando ignorava a existência de fato impeditivo para tanto.

Outros entendem que em momento algum a legislação exige a comunicação da gravidez ao empregador. O termo “confirmação da gravidez” constante do art. 10, II, “b”, do ADCT se refere à comprovação, demonstração, e não à co-municação. Portanto, para os que defendem essa corrente de entendimento, basta a empregada comprovar que a ges-tação ocorreu no curso do contrato de trabalho para fazer jus à estabilidade no emprego, independente de qualquer comunicação do fato ao empregador.

Contudo, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), por meio da súmula nº 244, I, consubstanciou o seu enten-dimento acerca do tema ao dispor que: “O desconheci-mento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da esta-bilidade (...)”. Assim, o posicionamento da última corrente é o majoritário.

Embora majoritário, há diversas decisões favoráveis à ne-cessidade de comunicação da gravidez ao empregador, vez que, se a gravidez não era conhecida e somente confirmada após a rescisão contratual, não há má fé do empregador e não configura a dispensa injusta ou arbitrária.

Assim, por todo o exposto e diante a divergência nos Tribunais sobre o tema caberá ao Poder Judiciário a decisão final da controvérsia caso seja proposta reclamação traba-lhista nesse sentido.

Fonte: Boletim IOB, Fascículo nº 46/2011- adaptado

há quEM ENtENdA quE A cONfIrMAçãO dA GrAvIdEZ, MArcO INIcIAl dA EstAbIlIdAdE dA GEstANtE, sE dá A pArtIr dA cOMuNIcAçãO dO EstAdO GEstAcIONAl dA EMprEGAdA AO EMprEGAdOr, AlEGANdO AINdA quE O EMprEGAdOr NãO pOdE vIr A sEr pENAlIZAdO pOr tEr EfEtuAdO uMA rEscIsãO cONtrAtuAl sEM JustO MOtIvO, quANdO IGNOrAvA A EXIstêNcIA dE fAtO IMpEdItIvO pArA tANtO”

SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • MAIO 201214

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MAIO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 15

MárIO JOsé dE sá

A Câmara dos Deputados aprovou a Lei 12.506, de 11 de outubro de 2011, em cujo artigo 1º determina o cumpri-mento de aviso prévio de até 30 dias pelos empregados com até 1 (um) ano. No parágrafo único manda adicionar a esse prazo três dias de aviso prévio por ano trabalhado, até o li-mite de 60 (sessenta) dias de acrescentamento estendendo, portanto, o aviso prévio para o prazo máximo de 90 dias.

Note-se que essa nova lei não revogou expressamente a Consolidação das Leis do Trabalho, mas alterou a sistemáti-ca de cálculo das rescisões contratuais por iniciativa ou por culpa do empregador.

Refiro-me a essas duas modalidades, porque a fonte pri-mária do aviso prévio proporcional é o artigo 7º da Carta da República que se refere aos direitos dos trabalhadores o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias.

Ora, se a norma constitucional cogita da proporciona-lidade como direito do trabalhador, intuitivo concluir que a manifestação de aviso pré-vio pelo empregado não dá ao empregador o direito de exigi-lo proporcionalmente. Este será, na hipótese, de apenas 30 dias.

Esse dispositivo cons-titucional tem assento no princípio da proteção do trabalhador. A Constituição de 1988 buscou o fortale-cimento dos direitos e das garantias individuais, das reivindicações sociais, es-pecialmente do papel dos atores econômicos (capital e trabalho), via do fortale-cimento dos sindicatos con-sagrado através do artigo 8º da Carta Magna.

Esse entendimento, contudo, não é unânime. Parte dos estudiosos entende que estando o instituto do aviso pré-vio inserto no artigo 487/CLT, que dá tratamento igualitário a ambos os contratantes, caberia ao empregado também respeitar a nova forma de cumprimento ou indenização do aviso prévio.

Não paira dúvidas acerca da repercussão desse novo aviso prévio nas demais verbas rescisórias, pois o prazo do aviso prévio integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais. Logo, o prazo do aviso deve ser considerado para fins

de FGTS do período, férias e 13º salário. Também a indeni-zação adicional prevista em lei para as rescisões sem justa causa no trintídio que antecede a data base da categoria, é devida. Assim, se o empregado é despedido sem justa causa com aviso prévio indenizado, deverá adicionar os dias inde-nizados e verificar se o termo final do aviso prévio recai nos

30 dias que antecedem a data base, hipótese em que será de-vida a indenização adicional de que trata a Lei 7.238/84.

Outro fato que pode gerar dúvida é a despedida sem justa causa após um ano de trabalho sem, contudo, completar mais um ano de serviço. Parece que a melhor solução está na consi-deração do ano completo. Lem-bre-se, a Lei 12.526 diz “ano”, logo não é dado fazer qualquer ilação acerca da intenção da norma legal. Todavia, se com a soma do aviso proporcional pelos anos completos traba-lhados atingir-se mais um ano,

por certo o período do aviso será acrescido de mais três dias em razão da integração do aviso prévio ao tempo de serviço. Quanto a jornada, subsiste a redução já prevista em lei no curso do aviso prévio por des-pedida sem justa causa.

Os efeitos dessa lei ocorrem a partir de sua sanção, não atingindo contratos já extintos por força do decurso do avi-so prévio dado na modalidade anterior.

O aviso prévio proporcional da lEI 12.506/11

MárIO JOsé dE sáé advogado do escritório Mário de Sá Advogados Associados

A cONstItuIçãO dE 1988 buscOu O fOrtAlEcIMENtO dOs dIrEItOs E dAs GArANtIAs INdIvIduAIs, dAs rEIvINdIcAçõEs sOcIAIs, EspEcIAlMENtE dO pApEl dOs AtOrEs EcONôMIcOs (cApItAl E trAbAlhO), vIA dO fOrtAlEcIMENtO dOs sINdIcAtOs cONsAGrAdO AtrAvés dO ArtIGO 8º dA cArtA MAGNA”

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • MAIO 201216

N O V A R É P R E C I S OI

tElhAs EM pvc levam a inovação ao topo das edificações

O plástico mais usado na construção civil também está nos telhados. Inéditas no País, as telhas PreconVC, confor-me seu fabricante, são mais leves e resistentes que as telhas tradicionais, são ecologicamente corretas e, esteticamente, acrescentam beleza ao sistema de cobertura. Além disso, o novo produto, produzido e comercializado pela Precon desde 2011, pode reduzir em até 40% o custo das obras.

Embora já comercializada na Ásia e Europa, a telha plásti-ca é inédita no Brasil. “A boa aceitação do mercado já estimu-lou a ampliação da unidade da empresa em Pedro Leopoldo (MG) – primeira a produzir telhas em PVC no País –, além de novos investimentos no Nordeste e Centro-Oeste”, explica o economista Eder Campos, diretor da Precon Industrial, res-saltando a presença de uma unidade fabril de argamassas e um centro de distribuição de todos os produtos no município de Formosa, em Goiás, onde o grupo pretende instalar uma fábrica de telhas de PVC possivelmente já no ano de 2013.

Para iniciar a comercialização, a empresa desenvolveu par-ceiros, pesquisas e atrelou a sua experiência de quase 50 anos em coberturas à cadeia do PVC. “Os resultados têm sido mui-to positivos. Antes de trazermos o produto para o Brasil, bus-camos referências. Não existe no mercado nacional nenhum produto com as mesmas características do que estamos ofe-recendo: um dos diferenciais está no peso. A PreconVC chega a pesar entre 5% e 10% menos que as telhas de barro, o que diminui o uso de caibros, ripas e outras estruturas de susten-tação. Por conta disso, os gastos nas obras são menores”, acrescenta o diretor.

O projeto foi desenvolvido com matérias-primas não tó-xicas e recicláveis, em sistema de produção que não gera re-síduos, com circuito fechado e automatizado. A durabilidade do PVC também gera economia. As telhas PreconVC se man-

têm estáveis às tempestades, granizos e outras intempéries. Do uso residencial ao comercial, as telhas também podem ser usadas como fechamento de espaços. As peças têm baixíssi-mos índices de expansão térmica e, frente a variações de tem-peratura, sua estabilidade dimensional e de cor são superiores às telhas convencionais.

Há outras vantagens, enumera Eder Campos. “As telhas PreconVC são mais fáceis de manusear, o que garante mais rapidez às obras e facilidade na manutenção. Nos casos de reposição, por ser mais leve e com um sistema mais barato, o proprietário mesmo pode fazer. As telhas ainda proporcio-nam conforto térmico e acústico – cerca de 17% de redução sonora e 20% térmica”.

Com a missão de “facilitar a vida de quem precisa construir”, o Grupo Precon completa 49 anos de dedi-cação à industrialização e comercialização de produtos e serviços para a construção. No segmento de Enge-nharia, trabalha com obras pré-fabricadas, lajes, dor-mentes, painéis arquiteturais, incorporação imobiliária e de galpões, estando presente em importantes obras espalhadas por todo o País. Já sua linha de material de construção é composta por argamassas, rejuntes, porce-lanatos, blocos de concreto celular autoclavado, telhas de fibrocimento e de PVC, a maior inovação no mercado de coberturas do Brasil. Com esses produtos, a marca Precon está presente em mais de oito mil pontos de ven-das em todo o território brasileiro.

sobre o Grupo precon

A PRECON LANÇOU qUATRO MODELOS – COLONIAL, ONDULADO, MINIONDA E TRAPEzOIDAL – COM O OBJETIVO DE

ATENDER DIVERSAS DEMANDAS DE SISTEMAS DE COBERTURAS

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MAIO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 17

E G U R A N Ç A D O T R A B A L H OS

Procedimentos a serem adotados pelas empresas em caso de

EvENtOs AdvErsOsÉ importante que as empresas tenham protocolos mí-

nimos para eventos adversos, definindo, entre outras ques-tões, as pessoas, setores e serviços de emergências que de-vem ser contatados.

I – resposta Emergencial• Adotar ações de emergência previamente definidas pela em-presa, tais como prestação de primeiros socorros, remoção e acompanhamento das vítimas.• Tornar a área segura – em alguns casos isso deve ser feito em primeiro lugar.

II – resposta secundária• Relatar o evento adverso à pessoa responsável pela segurança e saúde (se houver) ou ao responsável pela área.• Emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) de acor-do com as determinações legais.• Verificar as exigências e determinações das várias Normas Re-gulamentadoras. Por exemplo, a NR 18 e a NR 22 determinam a adoção de procedimentos por ocasião de acidentes e a NR 4 e a NR 5 determinam que os acidentes sejam analisados.• Observar, no caso de acidentes ampliados, as exigências de outras instituições, tais como defesa civil e órgãos ambientais.

III – Obtenção preliminar de dados• Preservar o cenário.• Anotar os nomes das vítimas e demais pessoas envolvidas.• Relacionar os equipamentos, máquinas, ferramentas, etc.

• Filmar e fotografar todas as situações ou instalações que pos-sam contribuir para a compreensão do evento adverso.• Coletar materiais para perícias quando for adequado.

Iv – decisão do Nível de AnáliseDeterminar o nível apropriado de investigação do evento

adverso. Cabe lembrar que devem ser consideradas as consequ-ências potenciais mais graves do evento e não apenas os danos e prejuízos ocorridos no caso concreto. Exemplo: na queda de um andaime, embora nenhum trabalhador tenha sido atingido, havia potencial de ocorrência de lesões graves ou mesmo fatais.• No nível mínimo de análise as pessoas responsáveis, incluindo Cipa e Sesmt, onde houver, devem analisar as circunstâncias do evento para aprender lições gerais e prevenir ocorrências futu-ras.• O nível médio de análise deve envolver uma investigação pelo Sesmt, Cipa, assessores de SST e supervisores, que deverão identificar fatores imediatos, subjacentes e latentes, evidencian-do fatores organizacionais.• O nível alto de análise implica uma investigação detalhada de-senvolvida por uma equipe multiprofissional, envolvendo, além do Sesmt e da Cipa, supervisores, gerentes, assessores de SST e representantes dos trabalhadores, sob a supervisão de gerente geral ou diretores e irá procurar identificar os fatores IME.

Fonte: Boletim Saúde e Segurança do Sindicato da Indústria da Constru-ção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG), 02/03/12, nº 02, página 01

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apresenta oportunidade e desafio para contratação, formação e manutenção da mão de obra

comportamento favorável do mercado de trabalho, que registrou o quinto maior resultado da série, sendo superior ao mês de janeiro, ocasião em que foram abertas 118.895 vagas. O resultado indica a continuidade do dinamismo observado nos últimos anos. “O Brasil continua gerando empregos. Estamos mantendo um ritmo de expansão gradual, mas o importante é que, a cada mês, aumentamos a inserção de trabalhadores no mercado de trabalho”, afirmou o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto.

No acumulado do ano, o emprego cresceu 0,78%, representando um acréscimo de 293.987 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, houve aumento de 1.724.817 postos de trabalho, equivalentes a expansão de 4,73% no número

A T É R I A D E C A P AM

Em janeiro, o nível de atividade da indústria brasileira voltou ao usual para o mês, apesar da queda em relação a dezembro. O indicador do nível de atividade em relação ao usual, que se mantinha abaixo dos 50 pontos desde julho de 2011, situou-se exatamente sobre a linha dos 50 pontos (atividade igual ao usual) em janeiro, segundo dados da Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com relatório da CNI, os empresários da indústria da construção estão mais otimistas em fevereiro que nos últimos meses. O indicador da expectativa de novos empreendimentos e serviços para os próximos seis meses atingiu 62,2 pontos, acima da linha divisória. Essa é a maior marca em um ano. A melhora no otimismo é comum a todos os portes, mas se deu mais sensivelmente entre as pequenas empresas. Esse otimismo reflete na abertura do mercado de trabalho.

Em fevereiro foram criados no Brasil 150.600 postos de trabalho com registro em carteira, alta de 0,40% em relação ao estoque do mês anterior, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram um

MErcAdO AquEcIdO

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de empregos celetistas no País. Entre os meses de janeiro de 2011 a fevereiro de 2012, foram abertos mais 2,2 milhões de postos de trabalho, crescimento de 6,33% sobre o estoque de dezembro de 2010.

Em termos setoriais, em fevereiro, houve crescimento do emprego na maior parte dos setores, com destaque para a Indústria da Transformação, que criou quase 20 mil vagas, a terceira maior geração de empregos em fevereiro dentre os oito setores de atividade econômica. O setor de Serviços abriu 93.170 postos (+0,60%), registrando o segundo melhor desempenho; a Construção Civil, em terceiro lugar com 27.811 postos (+0,95%) e Administração Pública, 14.694 postos (+ 1,84%). Por outro lado, dois setores tiveram queda: o Comércio (- 6.645 postos; - 0,08%) e a Agricultura (- 425 postos; -0,03%).

No setor da Construção Civil, em relação aos níveis geográficos, a região Centro-Oeste registrou 3.107 novas vagas de emprego formal, ficando atrás somente da região Sudeste, que teve saldo de 18.993 empregos. O Distrito Federal respondeu por 1.493 destas novas vagas, seguido por Goiás com o saldo de 778 contratações. O índice de rotatividade no segmento da construção ainda é alto. No mês de fevereiro, segundo dados do MTE, a Construção Civil teve a taxa mais alta: 6,78, frente a 6,20 na Agropecuária e 4,44 no Comércio. Na Indústria da Construção, a região com maior índice de

rotatividade foi a Sul (7,94), seguida pela região Centro-Oeste (7,08), sendo que no Estado de Goiás o índice foi 8,19.

Na avaliação do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, a Construção Civil trabalha hoje em um patamar impossível de ser pensado há dez anos. Para ele, tendo em vista que o setor retomou seu nível de atividade, caracterizando a continuidade do ciclo virtuoso iniciado em 2004, a perspectiva é de que o número de trabalhadores formais continue crescendo no setor da construção, mas em ritmo menor do que o registrado em 2010 e 2011, sendo que 2010 foi considerado atípico, quando o setor registrou um crescimento histórico do seu PIB de 11,6%. A estabilidade macroeconômica, a manutenção dos estímulos ao setor pelos próximos anos com a execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), maiores contratações no Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) e maior oferta de crédito e financiamento imobiliário são alguns dos fatores que podem continuar contribuindo para a manutenção do ritmo de expansão do setor da construção e, consequentemente, manter o nível de empregabilidade.

“O volume de obras em execução ou previstas para serem realizadas em todo o País representa enormes desafios. Apesar do crescimento do número de trabalhadores no setor, observado pelo Caged/Ministério do Trabalho e Emprego, ainda é preciso superar a falta de mão de obra qualificada”, afirmou. Como solução, ele ressaltou que as empresas do setor já estão investindo em processos de treinamento

dentro dos seus canteiros de obras e a CBIC tem buscado desenvolver parcerias com o governo no sentido de oferecer oportunidades de qualificação para novos trabalhadores ou de reciclagem para os profissionais que já atuam no setor.

Um exemplo desse esforço por formar os profissionais necessários ao setor é a parceria feita com o Sesi e o Senai de vários Estados para a criação de “Escolas da Construção”, que já formaram milhares de profissionais. Mas, segundo o presidente da CBIC, a verdadeira e definitiva solução para esse problema é a inovação tecnológica. “A introdução de novas metodologias construtivas vai aumentar a produtividade do setor, reduzir o consumo de materiais, elevar a eficiência energética dos empreendimentos, além de conferir uma série de outros ganhos para os usuários e consumidores desses empreendimentos”, destacou.

Sobre a alta taxa de rotatividade, Paulo Safady Simão considera que se deve às características próprias do setor, que é marcado pela sazonalidade e pela especialidade dos profissionais e serviços. De acordo com ele, a CBIC está atuando, na verdade, para regularizar a figura da subempreitada na construção, de modo a assegurar maior segurança aos trabalhadores e às empresas, eliminando a figura do “gato” na intermediação da mão de obra.

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O vOluME dE ObrAs EM EXEcuçãO Ou prEvIstAs pArA sErEM rEAlIZAdAs EM tOdO O pAís rEprEsENtA ENOrMEs dEsAfIOs. ApEsAr dO crEscIMENtO dO NúMErO dE trAbAlhAdOrEs NO sEtOr, AINdA é prEcIsO supErAr A fAltA dE MãO dE ObrA quAlIfIcAdA”

PRESIDENTE DA CâMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (CBIC),

PAULO SAFADy SIMÃO

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A T É R I A D E C A P AM

visão empresarialfr Incorporadora

Segundo o diretor da FR Incorporadora, Pedro Borela, os profissionais mais procurados pela empresa são mestres de obra, carpinteiros, pedreiros, armadores e serventes. Para ele, comparando as duas áreas em que atuam: a incorporação e o saneamento, o mais difícil é conseguir trabalhadores para a primeira. “Não é uma mão de obra tão disponível e o recrutamento exige muito para todas as funções”, declarou.

Na FR, para a função de servente não se exige experiência. Já para as demais funções, a exigência é de seis meses de trabalho na área, com comprovação na CTPS. Também buscam testar todos os interessados e selecionar aqueles que tenham o perfil da empresa.

Atualmente, com 700 colaboradores nas obras de incorporação, a empresa oferece um procedimento de treinamento para cada área. No caso de servente, a firma direciona para o treinamento de funções mais qualificadas quando o colaborador demonstra aptidão. “Os cursos de pedreiro, carpinteiro e armador duram de 4 a 6 meses, e sempre temos turmas abertas para nossos colaboradores”,

enfatizou o diretor. Em 2011, em média, foram 75 admissões mensais, mas a maioria para substituição de outros colaboradores. “Há uma rotatividade muito grande em toda obra”, afirma Pedro Borela. Mas, em sua opinião isso é o normal para o setor. O motivo, segundo ele, é a concorrência e o assédio de outras empresas, por causa do aquecimento do mercado. A expectativa da empresa é manter o número de operários em 2012 e seguir o andamento do mercado.

DIRETOR DA FR INCORPORADORA,

PEDRO BORELA

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toctao EngenhariaNa Toctao, pintores, pedreiros, serventes, eletricistas e

encanadores são os profissionais mais demandados, de acordo com a gerente de Recursos Humanos, Edna Prego. Sendo que as áreas com maior falta no mercado são as de pintor e pedreiro. Para integrar o seu quadro de trabalhadores, a construtora estabelece critérios de acordo com as funções. Por exemplo, os serventes precisam ser alfabetizados e ter noções de segurança do trabalho. Isso é avaliado através de uma entrevista com o encarregado administrativo de obra, que observa se o candidato tem noções de segurança e disciplina para o trabalho. Para os cargos específicos, como pedreiro, pintor e encanador, é necessário ter experiência comprovada por meio de curso, CTPS e carta de recomendação.

Hoje, a empresa realiza treinamentos diários para seus colaboradores. Além disso, para quem demonstra interesse e desenvoltura no dia a dia, oferece a oportunidade de qualificação e promoção. “Desta forma, temos criado um banco de talentos e já promovemos centenas de trabalhadores. Oferecemos ainda bolsa de estudos para formação técnica ou superior, para quem tem mais de dois anos de casa. Custeamos 30% do valor, desde que a formação tenha ligação com a área de desempenho”, informou a gerente de RH. A Toctao tem aproximadamente 1.800 colaboradores diretos e indiretos, sendo que 363 destes profissionais foram contratados em 2011. E, neste ano, a empresa pretende ampliar o número de vagas, com admissões para novas obras. Edna Prego afirma que dentro da Toctao Engenharia e empresas do grupo, a rotatividade não é alta. O motivo, segundo ela, é porque desenvolvem diferentes projetos com o objetivo de valorizar e reter os talentos. São iniciativas que visam melhorar o ambiente de trabalho, o acesso cultural dos trabalhadores e ampliar as oportunidades de crescimento profissional.

Nas obras da empresa, o trabalhador tem acesso à ginástica laboral semanal, ao restaurante, atividades culturais no ambiente, escola, aulas de informática, esclarecimentos semanais sobre bem-estar e saúde, entre outras iniciativas. “Além disso, quando surgem vagas nossa política é fazer, primeiramente, o recrutamento interno, antes do externo. Assim, eles têm uma oportunidade real de crescimento profissional. Acreditamos que estes benefícios mostram o compromisso da empresa com seus trabalhadores e esta postura tem sido observada por eles, antes de aceitarem outra oferta de emprego”, concluiu.

COORDENADOR DO DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (DH) DO

SINDUSCON-GO, FABIANO SANTIAGO

Iniciativa sinduscon-GOCom o objetivo de facilitar o acesso dos empresários

aos candidatos interessados nas diversas áreas da indústria da construção (operacional, técnica, administrativa, etc.), o Sinduscon-GO iniciou, em janeiro último, a captação de currículos para o Banco de Empregos da entidade por meio do software de gestão de currículos Curriculum, hospedado no portal do Sindicato (www.sinduscongoias.com.br).

Segundo o coordenador do departamento de Desenvolvimento Humano (DH) do Sinduscon-GO, Fabiano Santiago, a nova ferramenta já está conseguindo imprimir maior velocidade na captação de candidatos para o setor da construção, contabilizando atualmente uma base superior a 900 currículos cadastrados nos últimos três meses, este número era a média conseguida anualmente. De acordo com ele, a ferramenta também amplia a extensão da captação de profissionais de outros Estados interessados em atuar em Goiás.

O trabalho desenvolvido pela equipe do DH não se resume à captação de currículo e disponibilização às empresas. Dentre as atividades do Banco de Empregos estão a triagem de currículos, processo seletivo completo e avaliação psicológica. O serviço é oferecido às empresas ligadas ao Sindicato (associadas e filiadas). Para o atendimento são cobradas taxas diferenciadas dos valores praticados no mercado. Cerca de 10 empresas são atendidas mensalmente. Contudo, segundo Santiago, a média ainda é baixa, tendo em vista a necessidade do segmento e a condição oferecida pelo Sinduscon-GO para atender mais construtoras.

Em sua opinião, o motivo da baixa procura é o desconhecimento do serviço. “Queremos ampliar o atendimento, por isso vamos investir em divulgação. Buscamos atender com qualidade absoluta, com foco na melhoria constante. Temos profissionais capacitados, com experiência de mercado, inclusive em consultorias”, reforçou o coordenador de Desenvolvimento Humano.

De acordo com o coordenador, os profissionais mais procurados pelas empresas no Banco de Empregos do Sindicato são técnicos em edificações, de saúde e segurança no trabalho e compradores. “A demanda por essas áreas deve persistir, pois podemos perceber a manutenção da alta procura nos últimos cinco anos”, destacou. Segundo

GERENTE DE RECURSOS HUMANOS DA TOCTAO ENGENHARIA, EDNA PREGO

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A T É R I A D E C A P AM

ele, profissionais da área administrativa e mestres de obra já não são tão requisitados. Ele acredita que o fato ocorre por causa das promoções internas. “Acredito que isso se deve aos investimentos realizados pelas empresas em qualificação profissional, o que tem levado à ascensão dentro das construtoras”. Fabiano Santiago fez questão de ressaltar uma característica relevante que tem sido muito valorizada pelas empresas do setor: o perfil de liderança. Necessária principalmente para os técnicos em edificações e engenheiros.

recolocação no mercadoO superintendente do Trabalho do Estado de Goiás,

Leonardo José Arantes, informou que segundo dados do Caged/2011 a média de pedidos de Seguro-Desemprego em todas as áreas de trabalho é de 20 mil mensais e, apenas

na área da construção civil, este número gira entorno de 5 mil. Ainda de acordo com este levantamento, a construção civil é uma das atividades que mais alavancam o mercado de trabalho, pois é responsável por um acréscimo de 1.000 vagas de emprego a cada mês, representando um crescimento de 1% do número de vagas ofertadas ao trabalhador nesta área. “Portanto, a área de construção civil é a principal geradora de vagas aos trabalhadores e, também, a principal impulsionadora do mercado de trabalho em Goiânia”, afirmou.

Outras áreas identificadas pelos estudos como grandes geradoras de postos de trabalho é a da indústria de transformação e de administração, venda e aluguel de imóveis. Profissionais destas áreas atuam normalmente em agências, mas também através de representação comercial autônoma. Já como indústrias de transformação podem ser citadas as fábricas de produtos químicos, farmacêuticos e

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alimentícios. A Secretaria Estadual de Cidadania e Trabalho (SECT), representando o Governo de Goiás e juntamente com o Governo Federal, realiza várias ações na área de qualificação profissional, que está sendo ampliada neste ano. Uma destas iniciativas é o lançamento do programa Bolsa Futuro – uma junção entre os programas federal Bolsa Família e estadual Renda Cidadã – que possui como principal eixo a qualificação profissional dos seus beneficiários, com o objetivo de torná-los autossustentáveis e inseri-los no mercado de trabalho. Para tanto, os principais cursos ministrados pelo Bolsa Futuro serão na área da construção civil, pois, como os levantamentos mencionados demonstram, é a principal fonte de oferta de vagas de trabalho.

Outra forma de gerar a qualificação da mão de obra pela SECT é a conquista de vagas do programa federal de qualificação profissional Pronatec para o Estado de Goiás, por intermédio da Superintendência do Trabalho, o qual disponibilizará, no ano de 2012, vários cursos, com ênfase nas áreas de construção civil, comércio e indústria de transformação. De acordo com o superintendente, a modernização do sistema operacional de atendimento utilizado pelo Sine no ano de 2011, que passou do Sigae para o sistema “Mais Emprego”, criou novas ferramentas mais eficientes para auxiliar na recolocação do trabalhador desempregado no mercado de trabalho. Um exemplo é a obrigatoriedade de oferecer ao trabalhador desempregado, no momento da requisição do Seguro-Desemprego, ao menos três vagas de emprego compatíveis com sua área de atuação, se houver disponíveis no sistema. Caso recuse a vaga no momento da entrevista por motivos banais terá suspenso o direito de receber o seguro,

pois quis manter-se desempregado. Ele ainda informou que se o trabalhador for da área da construção civil, não havendo uma vaga que se enquadre em seu perfil ou não rejeitando as três vagas que lhe foram oferecidas, deverá entrar em um curso de qualificação profissional do Pronatec para que tenha direito a continuar recebendo o Seguro-Desemprego. “Esta é uma nova normativa que surgiu por meio da assinatura do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção, assinado pela presidente Dilma Rousseff, que tem como principal intuito o fortalecimento e a excelência da mão de obra nesta importantíssima área econômica”, destacou.

SUPERINTENDENTE DO TRABALHO DO ESTADO DE GOIÁS, LEONARDO JOSÉ ARANTES

Segundo informações da Reitoria da Universidade Federal de Goiás são oferecidos os seguintes cursos de graduação em Engenharia:• No campus Goiânia: Engenharia Ambiental, Civil, Computação, Elétrica, Mecânica, Alimentos, Florestal, Software e Química.• No campus catalão: Engenharia Civil, de Minas e de Produção.• No campus Jataí: Engenharia Florestal.

Já na área de pós-graduação são oferecidos no Campus Goiânia os mestrados em Engenharia nas áreas Civil, Meio Ambiente, Geotecnia e Construção Civil, Elétrica e Computação. Contudo, o curso mais procurado tem sido o de Engenharia Civil. Para o processo seletivo 2012-1 o número de candidatos inscritos foi de 53,8 candidatos por vaga. No processo seletivo 2011-2 o número de candidatos inscritos foi de 45 candidatos por vaga. De acordo com o reitor Edward Madureira, essa procura justifica-se principalmente pelo aquecimento do mercado da construção civil em todo o País e ao déficit ainda existente na formação de profissionais.

saiba mais

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A S S A D O & P R E S E N T EP

fGr urbANIsMO:uma história diferente nos detalhes

A história da FGR Urbanismo começa em 10 de junho de 1986. Naquela época, a inflação e o Plano Cruzado davam o tom do cenário econômico brasileiro. Enquanto muitos temiam empreender, a ousadia e determinação de três jo-vens estudantes de Engenharia Civil deram origem à, então, FGR Construtora. Frederico Peixoto de Carvalho Craveiro, Guilherme Peixoto de Carvalho Craveiro e Rodolfo Dafico Bernardes de Oliveira se uniram e emprestaram as iniciais de seus nomes para nomear a empresa que nascia. André Pei-xoto de Carvalho Craveiro, hoje presidente da FGR Urbanis-mo, entrou para a sociedade em 1999. Guilherme e Rodolfo eram da mesma turma na faculdade. Frederico se formaria dois anos depois que os sócios.

Os três foram buscar obras públicas principalmente no interior de Goiás. A empresa começou em uma peque-na sala, na antiga C-149, atual T-63, no Jardim América, em Goiânia. Obras de maior porte começaram a aparecer e para atender a demanda, os sócios montaram uma fá-brica de pré-moldados, adquiriram um caminhão e viram o trabalho crescer. “Nessa época, nós mesmos carregávamos esses pré-moldados”, recordam-se. A credibilidade foi sen-do conquistada graças à competência demonstrada pelos três sócios, e o nome da FGR já se consolidava em Goiás no mercado de obras públicas. Mas a força do empreendedo-rismo e a busca constante por inovação levou-os para uma nova direção. “O mercado público tem seus atrativos, mas

apresenta também dificuldades. Sonhávamos entrar em um novo ramo da construção”.

Em 1992, surge a grande oportunidade. A FGR possuía várias parcerias com a Caixa Econômica Federal (CEF) em obras habitacionais e, naquele ano, a empresa trabalhava na construção de um condomínio em loteamento aberto, o Brasília Sul, em Goiânia. Quando todas as casas estavam prontas, o então presidente da República, Fernando Collor de Melo, “trancou” a CEF por um ano, dificultando o finan-ciamento imobiliário. Para viabilizar o projeto, a FGR trans-formou-o em um condomínio horizontal fechado. “Foi um sucesso! Na época, fiz questão de mudar com minha família para o Brasília Sul”, lembra Rodolfo.

Estava lançado um novo conceito de moradia para Goiânia e Região Metropolitana. Contrária à onda de verticalização que arrebatava quem buscava segurança, a FGR se preparou para

cOM 25 ANOs E chEIA dE bOAs lEMbrANçAs, A fGr urbANIsMO cONtINuA MudANdO A MANEIrA dE MOrAr dAs fAMílIAs quE EscOlhErAM Os JArdINs pArA vIvEr. IssO é fAZEr A dIfErENçA NOs dEtAlhEs”

ANDRÉ CRAVEIRO, PRESIDENTE DA FGR URBANISMO S.A.

LAGO DO JARDINS FLORENÇA, ENTREGUE EM 1996

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oferecer liberdade, segurança e qualidade de vida para as fa-mílias. Após a experiência com o Brasília Sul, a empresa queria solidificar uma marca em condomínios horizontais. “Pesquisa-mos muito para conhecer melhor esse mercado. Evoluímos o que já se fazia em São Paulo. Lá se pensava muito só na moradia em si e era tudo muito frio. Trouxemos para cá a ‘versão regional’ desses condomínios, com a ideia de promover relacionamentos e lazer dentro dessa nova comunidade que se formava”. Em 1994, nascia, então, o Jardins Viena.

Ao assumir o compromisso de resgatar hábitos simples como o bate-papo com o vizinho, o valor da convivência, a liberdade, o respeito à qualidade de vida e a proximidade com a natureza, os engenheiros criaram o conceito “Jardins de Viver”. O primeiro empreendimento foi tão bem aceito entre os goianos, que novos Jardins não pararam de surgir. Na Grande Goiânia, já somam 11 condomínios.

Em pouco tempo, o conceito “Jardins de Viver” ultrapas-sou fronteiras e hoje está presente em Minas Gerais, Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Pará. Quatro condo-

FACHADA DO CONDOMÍNIO JARDINS VERONA, ENTREGUE EM 2008

PISCINA DO JARDINS VERONA

1994 - Jardins Viena (GO)1996 - Jardins Florença (GO)1998 - Jardins Madri (GO)2000 - Jardins Mônaco (GO)2003 - Jardins Atenas (GO), Jardins Paris (GO) e

Jardins Barcelona (MG)2004 - Jardins Roma (MG)2005 - Jardins Milão (GO)2006 - Jardins Lisboa (GO)2008 - Jardins Ibiza (CE), Jardins Valência (GO) e

Jardins Verona (GO)2010 - Jardins Munique (GO)2011 - Jardins Gênova (MG), Jardins Coimbra (PA),

Jardins Veneza (ES) e Jardins Amsterdã (RN)

EMprEENdIMENtOs lANçAdOs pElA fGr urbANIsMO

mínios estão em obras: Jardins Gêno-va (MG), Jardins Coimbra (PA), Jardins Veneza (ES) e Jardins Amsterdã (RN). O projeto de expansão continua com abertura de dois escritórios da empresa em Belém e Natal e a prospecção de áre-as por todo o País, como por exemplo, em Brasília (DF), Governador Valadares (MG) e Campinas (SP). Atualmente, são 95 funcionários trabalhando na sede administrativa da empresa, localizada na Primeira Avenida, Quadra 1B, Lote 16, Condomínio Cidade Empresarial, Cidade Vera Cruz, em Aparecida de Goi-ânia (GO). Em outros estados, são mais 53 colaboradores. Dois funcionários que

fazem parte da trajetória da FGR merecem destaque pelo tempo de serviço: Márcia Prego, que possui 23 anos de casa e ocupa, hoje, o cargo de analista-adminis-trativo do Departamento de Controladoria; e Sérgio Pereira da Silva, também com 23 anos de empresa, que ocupa o cargo de analista do Departamento Financeiro na sede da FGR, em Aparecida de Goiânia.

Desde o início, a empresa se destacou por projetos ino-vadores que conquistaram clientes e parceiros confiantes no planejamento e competência da equipe. E por buscar sempre o melhor em sua área de atuação, mostra-se prepa-rada para o futuro, consciente de que seu segmento envol-ve constante renovação para satisfazer os anseios de cada cliente. Os sócios vêem, no futuro, “um excelente tempo para continuar executando nossa filosofia. Esses foram ape-nas os primeiros 25 anos. Estamos dando início aos pró-ximos 25, muito felizes em comemorar. Agradecemos aos nossos clientes que confiaram na empresa e a todos que participaram direta e indiretamente para colocar em prática, com excelência, todos os Jardins”. (Crédito das fotos: Arquivo FGR Urbanismo. Fonte: Ascom FGR Urbanismo).

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E G I S T R O D E E V E N T O SR

No dia 22 de março, a Comunidade da Construção de Goiânia promoveu encontro, no Sinduscon-GO, quando en-cerrou o seu 5° ciclo de ações e apresentou os temas que serão trabalhados no 6° ciclo. O engenheiro Roberto Barella Filho apresentou os Indicadores de Desempenho na Racionali-zação dos Sistemas Construtivos e os resultados do Programa Obras Monitoradas, desenvolvido no 5° ciclo.

A coordenadora nacional da Comunidade da Construção, engenheira Glécia Vieira (ABCP), abordou o Cenário Nacional da Construção Civil, destacando as mudanças na composição das classes sociais, na composição demográfica e de renda que influenciam o consumo favoravelmente ao setor. Segun-do ela, o crescimento da demanda impacta toda a cadeia, que precisa expandir sua visão de mercado para atender as novas faixas de renda, como a classe C, por exemplo, que deve continuar em ascensão. Para isso, de acordo com ela, as empresas devem diversificar seu leque de produtos e en-tender que o gargalo do setor não se resume ao déficit de mão de obra. “Também é necessário qualificar a gestão e o produto”, enfatizou.

O 6° ciclo, que será desenvolvido no decorrer do ano, terá Grupos de Trabalho sobre Revestimento de Fachadas, Alvena-ria Estrutural e Sustentabilidade na Produção de Argamassa. O último tema foi apresentado, no evento, pela professora Drª. Helena Carasek (UFG), que explanou sobre projeto desen-volvido juntamente com alunos da Universidade para aprovei-tamento da fibra de celulose dos sacos de cimento e de cal na produção da argamassa. A ideia foi vencedora nacional do Prêmio Odebrecht.

Encerrando o evento, o prof. Dr. Oswaldo Cascudo, coor-denador da Comunidade da Construção de Goiânia, destacou

Comunidade da Construção de Goiânia inicia 6° cIclO dE AçõEs

os 10 anos de atuação local do movimento, que promove in-teratividade e troca de experiências entre os vários segmentos reunidos da cadeia produtiva do setor. Nacionalmente, a Co-munidade da Construção é liderada pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), com 13 polos espalhados nas principais cidades do País.

Em Goiânia, a Comunidade da Construção conta com a parceria do Sinduscon-GO, onde está sediada, envolve atual-mente a participação de 26 empresas de renome da indústria da construção no Estado, promovendo pesquisa, desenvolvi-mento, capacitação para cerca de 600 profissionais, eventos técnicos, aplicação e difusão de boas práticas e oportunida-des de negócios para um universo de aproximadamente duas mil pessoas. O foco da organização é a integração da cadeia produtiva e a busca constante pela melhoria nos sistemas construtivos à base de cimento.

O presidente do Sinduscon-GO, Justo Cordeiro, esteve em São Paulo no dia 31 de março visitando a Feicon Batimat 2012 – Salão Internacional da Cons-trução, no Pavilhão de Exposições Anhembi. Na oportunidade, esteve acompa-nhado pelos diretores do Sindicato, José Augusto Florenzano e Joviano Teixeira Jardim, e por Yuri Vaz de Paula e Júlio Cezar Marques e Silva, ambos da Engeseg Engenharia. A Feicon Batimat é considerado o maior salão da construção civil da América Latina, com fornecedores de 20 países apresentando mais de dois mil lançamentos e tendências para os segmentos da cadeia da construção.

Na opinião do presidente do Sinduscon-GO, o evento representa uma ótima oportunidade para os revendedores de produtos e equipamentos, pois promove o intercâmbio comercial com diversos segmentos e incentiva a efetivação de ne-gócios, além de também ser uma boa ocasião para os empresários conhecerem os produtos disponíveis no mercado. Justo Cordeiro destacou que alguns insu-mos inovadores chamaram a atenção, como por exemplo, a manta de isolamen-to acústico para lajes, a fim de atender à Norma de Desempenho.

fEIcON bAtIMAt promove a integração do mercado

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MAIO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 27

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por meio de sua Comissão de Materiais e Tecnologia (Comat), a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Senai-GO, IEL, ICQ Brasil, Sinduscon-GO, Sindicer, Simelgo, Sinprocimen-to, a Secretaria Estadual de Indústria e Comércio, Caixa Econô-mica Federal, Crea-GO, PUC-Goiás, UFG, IFGO e Furnas, assina-ram em 12 de abril o Termo de Cooperação Técnica, durante evento realizado na Casa da Indústria.

O termo formaliza a proposta de criação de um Arranjo Produtivo Local (APL), para normalização de materiais e pro-cessos de construção com o objetivo de atender à Norma de Desempenho de Edificações NBR 15.575. Cada entidade par-ticipante terá responsabilidade em ações planejadas pelo grupo, den-tre elas: conscientização, educação, difusão, melhoria de processos pro-dutivos nos canteiros, adequação da rede de laboratórios para en-saios de materiais no Estado, etc. O secretário de Indústria e Comércio de Goiás, Alexandre Baldy, afirmou que a conquista proposta pela re-gulamentação deve ser comemo-rada, pois significará um grande salto qualitativo além de atender às questões sociais.

A superintendente do ICQ Brasil, Tatiana Jucá, explicou que a o acordo será gerido em conjunto pela CBIC, Fieg e Sindus-con-GO. A próxima etapa, já iniciada, é a do planejamento das ações. Jucá ressaltou a importância da certificação dos insu-mos, pois é uma forma de garantir não só o atendimento à Norma, como também aos requisitos do próprio consumidor.

Setor produtivo formaliza cOOpErAçãO técNIcA

Ela ainda destacou a relevância da união de esforços, “cada um pode até fazer sua parte isoladamente, mas em grupo poderemos fazer muito mais”, afirmou. O presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, tanto concorda com a ideia de ação conjunta que declarou seu total apoio à causa, enaltecendo a iniciativa do Sinduscon-GO. Ele também anunciou a criação de uma Câmara Setorial da cadeia da construção na Federação das Indústrias de Goiás, acatando a sugestão proposta pelo diretor do Sinduscon-GO, engenheiro Sarkis Nabi Curi.

O engenheiro apresentou o Programa de Inovação Tecno-lógica (PIT), que abrange todo o País com o foco em desobs-truir o caminho da inovação. O trabalho do programa é desen-

volvido em 10 Projetos que versam sobre a resolução de nove proble-mas identificados como gargalos para o desenvolvimento do setor e mais o Comitê de Tecnologia que é o foro de discussão.

Renato Correia, diretor adjunto do Sinduscon-GO e vice-presiden-te da Ademi-GO, apresentou uma breve palestra sobre “Uma visão da Norma de Desempenho”, expli-cando os princípios gerais. Segun-do ele, os maiores desafios para a

implantação da NBR 15.575 são a cultura brasileira do não cumprimento de normas, a falta de informações do desempenho dos materiais, a falta de labo-ratórios, o déficit de incentivo governamental à inovação e a diversidade nas regiões do País. Contudo, ele acredita que ela será efetiva, por isso os conceitos da Norma devem fazer parte do dia-a-dia das empresas.

O tErMO fOrMAlIZA A prOpOstA dE crIAçãO dE uM ArrANJO prOdutIvO lOcAl (Apl), pArA NOrMAlIZAçãO dE MAtErIAIs E prOcEssOs dE cONstruçãO cOM O ObJEtIvO dE AtENdEr à NOrMA dE dEsEMpENhO”

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • MAIO 201228

AGENdA dE EvENtOsEvENtO dAtA hOrárIO lOcAl INfOrMAçõEs

MAIO

ENdErEçO: Sinduscon-GO: Rua João de Abreu, nº 427, Setor Oeste, Goiânia-GO. *datas sujeitas a alterações

JuNhO

1ª Reunião Técnica do 6º Ciclo de Ações da Comunidade da Construção de Goiânia

14* 16h Sinduscon-GO Mais informações: (62) 3095-5178

Programa de Desenvolvimento de Construtoras

22 e 29* 16h Sinduscon-GO Mais informações: (62) 3095-5178

Curso Contabilidade para não Contadores

16, 17 e 18 08h às 18h Sinduscon-GO Mais informações: (62) 3093-0302

Programa de Desenvolvimento de Construtoras

4, 11 e 25* 16h Sinduscon-GO Mais informações: (62) 3095-5178

sustENtAbIlIdAdE e Responsabilidade Social são temas da reunião no Sinduscon-GO

A Diretoria do Sinduscon-GO discutiu em sua reunião mensal ordinária, realizada no dia 10 de abril, ações de pre-servação do meio ambiente e de responsabilidade social, dentre outros temas. A entidade recebeu o diretor de Recu-peração da Agência Prisional, Aristóteles S. de Freitas, que apresentou aos empresários presentes o Convênio entre a Agência, a Maçonaria, o Sinduscon-GO e o Senai-GO, com o objetivo de promover a reintegração social dos reeducandos, qualificando-os para trabalhar na indústria da construção.

O gerente de Produção Agropecuário e Industrial da Agência Prisional, Robson Cavalcante, anunciou a constru-ção de três de unidades de reciclagem de resíduos sólidos para fabricar tijolos e blocos ecológicos, por meio de um convênio da Agência Prisional e o Sistema Penitenciário Na-cional. As unidades serão situadas em Aparecida de Goiânia, Valparaíso e Rio Verde. Também presente, o diretor do Pro-grama Urbano Ambiental Macambira Anicuns, Valdir Camár-cio, apresentou o projeto do Parque que já está em execução

e tem prazo de 26 meses para entrega. Segundo ele, o pro-jeto propõe uma mudança no conceito de Marginais, deter-minando que em primeiro lugar se proteja as nascentes para depois construir as vias. Com este conceito será edificado um dos maiores parques lineares do mundo, com a extensão de 24 km, divididos em 11 áreas.

As obras contemplarão revegetação, proteção de mar-gens, drenagens e obras de arte como pontes de concreto, bueiros celulares em novas travessias, substituição e duplica-ção de bueiros. Além disso, o programa também primará pelo envolvimento da sociedade e educação ambiental. O maior desafio, na visão do diretor, são as desapropriações – serão desapropriadas 788 áreas e 804 famílias serão relocadas, além de negócios em áreas afetas ao Parque. Contudo, 131 bairros serão favorecidos e a estimativa é de sejam beneficiados dire-tamente 350 mil habitantes.

E G I S T R O D E E V E N T O SR

O dIrEtOr dO prOGrAMA urbANO AMbIENtAl MAcAMbIrA ANIcuNs, vAldIr cAMárcIO, AprEsENtOu O prOJEtO dO pArquE quE Já Está EM EXEcuçãO E tEM prAZO dE 26 MEsEs pArA ENtrEGA”

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MAIO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 29

Venda e locação

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • MAIO 201230

I V A C O M S A Ú D E & V O C êV RH

GlAucOMA: PREVENIR É ENxERGAR UMA VIDA MELHOR

A fase de implantação da ferramenta de Avaliação de De-sempenho é um importante processo que irá assegurar ou não a aceitação desse procedimento dentro da organização. O termo avaliação, na cultura brasileira, ainda evoca um sentido negativo de julgamento e punição. Ao contrário desse significa-do, a ferramenta visa análise e planejamento. Segundo Leandro Martins, consultor na área de gestão de pessoas e processos, é necessário criar uma cultura interna da Avaliação de Desem-penho, preparando os colaboradores por meio de workshops. Afirma ainda que o erro mais comum na implantação da ava-liação é a não consideração da ausência dessa cultura interna, que pode comprometer todo o processo.

No ambiente corporativo, os líderes devem ser os primei-ros a serem sensibilizados e capacitados para compreender os conceitos de gestão por competências, feedback e acom-panhamento diário de seus colaboradores. Em seguida, essas informações devem ser alinhadas e compartilhadas com toda a organização. Para o início da utilização desse procedimento, o ideal é começar com a avaliação de 180º graus, que prevê auto-avaliação do liderado, avaliação do liderado pelo gestor e consenso-feedback.

Após o amadurecimento da cultura organizacional quanto ao uso dessa ferramenta, pode-se evoluir para a Avaliação de 360º graus, que considera inúmeras óticas e pontos de vista (pa-res, gestores, clientes internos e externos), para identificar o nível das competências de um profissional e sua real entrega para a empresa. Os passos descritos abaixo orientam alguns procedi-mentos para a implantação da Avaliação de Desempenho:1. Elaborar um planejamento com etapas bem definidas, pre-vendo tempo suficiente para desenvolvimento da ferramenta. A implantação é um processo lento e envolve mudanças graduais de hábitos e culturais;2. Analisar o modelo de avaliação a ser utilizado pela organiza-ção e definir se o preenchimento será feito no formato manual ou via sistema informatizado. Algumas empresas desenvolvem softwares que facilitam e agilizam a disponibilização e leitura dos dados;3. Realizar workshops para sensibilizar a organização acerca do novo procedimento;4. Definir objetivamente as competências e resultados a serem avaliados, evitando análises subjetivas;5. Apresentar o conceito de gestão por competências e feedba-ck para os gestores das áreas e deixar claro que a Avaliação de Desempenho se preocupa inteiramente com o desenvolvimento dos colaboradores;6. Realizar treinamento sistemático e cuidadoso com os avalia-dores para que contribuam adequadamente ao processo.

fAbIANO sANtIAGO cOstA,coordenador de Desenvolvimento Humano da

Comissão de Qualidade e Produtividade do [email protected]

COMO IMPLANTAR A AVALIAÇÃO DEdEsEMpENhO?

No mês em que se comemora o Dia Nacional de Com-bate ao Glaucoma (26 de maio), esta seção traz orien-tações sobre essa doença que aumenta a pressão ocular, podendo causar lesão no nervo óptico, levando à cegueira.

Como o diagnóstico é realizado somente por exames oftalmológicos, é importante a visita regular ao médico of-talmologista, especialmente pessoas com mais de 40 anos, diabéticas ou que tenham histórico familiar.

Cerca de 80% dos casos são assintomáticos (tipo crôni-co), mas deve ser tratado precocemente, caso contrário, o paciente pode perder a visão com o passar dos anos.

Já no tipo agudo, o paciente sofre um aumento grande e repentino da pressão intraocular, causando dor intensa, náusea, vermelhidão ocular e visão embaçada. O paciente pode ficar cego em poucos dias.

Entre os exames realizados para diagnóstico dessa do-ença, o Seconci-GO realiza a tonometria que mede a pres-são do olho, e a fundoscopia que avalia qualquer alteração no nervo óptico. O trabalhador da construção e seus de-pendentes podem agendar a consulta com médico oftal-mologista do Seconci-GO, pelo telefone (62) 3250-7500.

“Na maioria dos casos, a doença progride sem que o paciente perceba a perda gradual da visão periférica e por isso a visita regular ao médico oftalmologista é im-portante e necessária para o diagnóstico do glaucoma e, principalmente, o diagnóstico precoce. A partir daí, inicia--se o tratamento adequado, com a finalidade de se evitar danos irreversíveis que o glauco-ma pode trazer”, afirma o Dr. Fre-derico Dib, médico oftalmologista do Seconci-GO.

SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • MAIO 201230

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MAIO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 31

bANcO dE EMprEGOs dA cONstruçãO

Está precisando contratar colaboradores para sua empresa?Por meio do Banco de Empregos da Construção, o Sinduscon-GO disponibiliza para as empresas associadas e filiadas, a preços abaixo dos praticados pelo mercado, cadastros de profissionais de várias categorias. Confira, a seguir, algumas opções de profissionais que poderão integrar a sua equipe de trabalho.

ENGENhEIrO cIvIl MEstrE dE ObrAs

ENcArrEGAdO dE dEpArtAMENtO dE pEssOAl

E. r. J.Formação: Universidade Estadual de Goiás – UEG (2010).Experiência: Controle e elaboração de projetos, medição, orçamento, planejamento e fiscalização de obras de infraestrutura e construção civil.

J. h. c.Formação: Universidade Federal de Goiás – UFG (1998).Experiência: Administração de obras verticais, montagem de canteiros para construção de pontes, execução de obras verticais e comerciais.

v. f. M.Formação: Universidade Federal de Goiás – UFG (2006).Experiência: Elaboração e gerenciamento de projetos, planejamento, cronograma e coordenação de equipes.

W. b. O.Formação: Universidade Federal de Goiás – UFG (2002).Experiência: Planejamento, controle, organização, confecção de relatórios, elaboração de projetos, cronograma, orçamento e fiscalização de obras.

A. N.Formação: Ensino Médio completo (1988).Experiência: Supervisor de obras, coordenador de equipes, administrador de empreiteiras e comprador.

E. s.Formação: Ensino Médio completo (1999).Experiência: Montagem e reforma de galpão industrial, administração de obras e coordenação de equipes.

M. A. v. l. c.Formação: Superior incompleto (1994).Experiência: Planejamento, execução e acompanhamento de obras, contratação de mão de obra, controle de orçamentos e medição.

r. M. N.Formação: Ensino Fundamental (1998).Experiência: Encarregado de obras, contratação de empreiteiros, desenvolvimento e implantação de projetos.

tEcNIcO EM EdIfIcAçõEs

A. b.Formação: Edificação – Colégio Frei Orlando (1984).Experiência: Projetos em AutoCAD, fiscalização e medição de obras civis e de esgoto sanitário.

A. p. c. h.Formação: Edificação – Colégio Adolpho Berezin (1997).Experiência: Acompanhamento e execução de obras civis, terraplanagem, drenagem, pavimentação e infraestrutura.

c. A. A.Formação: Edificação – Escola Técnica Federal de Goiás (1995).Experiência: Fiscalização e acompanhamento de obras, levantamento, planejamento, elaboração de projetos e encarregado de manutenção predial.

d. s. A.Formação: Edificação – Escola Técnica Federal de Goiás (2006).Experiência: Confecção de planilhas, orçamento, medição, elaboração de projetos, acompanhamento, planejamento e controle de obras.

c. b. f. s.Formação: Administração de Empresas – Unifan (2008).Experiência: Admissão, demissão, férias, folha de pagamento, acompanhamento de processos trabalhistas, fiscalização nas empresas, escrita fiscal e contábil.

J. p. r. c.Formação: Ciências Contábeis – UCG (1998).Experiência: Admissão, demissão, homologação em sindicato, Caged, RAIS, DIRF, INSS, FGTS, IRFF, férias e orientação a clientes.

r. l. f. r.Formação: Administração de Empresas – Daphon (2008).Experiência: Organização de documentos contábeis e financeiros, admissão, demissão, folha de pagamento, Sefip, Caged e demais rotinas do departamento de pessoal.

Z. M. Z.Formação: Técnico em Contabilidade – Colégio Castro Alves (1991).Experiência: Atendimento ao cliente, folha de pagamento, admissão, demissão, rescisão, férias, INSS, FGTS, IRRF, Caged, RAIS, DIRF e Sefip.

ObsErvAçãO: Também dispomos no Banco de Empregos cadastros de profissionais formados pelo Senai-GO em áreas operacionais. Para mais informações procure a Comissão de qualidade e Produtividade/Desenvolvimento Humano do Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5170 (Juliana Maciel ou Fabiano Santiago).

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • MAIO 201232

U R E C O M E N D OE

sGq: AS CHANCES DE UM FINAL FELIz AUMENTAM qUANDO SE TEM UM BOM COMEÇO

Quando somos crianças, os contos infantis nos ajudam a compreender o mundo real e a valorizar questões mo-rais que nos seguirão pelo resto da vida, como transparência, ética e equidade. No mundo dos negócios, tais valores são percebidos e cobrados pelos clientes, que dão a estes o sinônimo de qualida-de. Para padronizá-la como diferencial de mercado, o ICQ Brasil, representante

nacional da NBR ISO 9001:2008 e PBQP-H, SIAC Nível A, certifica empresas brasileiras após passarem por um período de adapta-ção às normas e exigências internacionais, conquistando o selo da qualidade reconhecido em mais de 160 países.

A nossa empresa, a Rei Empreendimentos Ltda., localizada em Rio Verde (GO), foi certificada recentemente. Por intermédio do Sinduscon-GO, a construtora foi orientada pela consultoria do Sistema de Gestão da Qualidade do Grupo Destra a seguir as normas exigidas, melhorando seus processos, documentan-do, transformando-se dia após dia. Já a consultoria da Takahahi Mandaro Projetos de Marketing e Eventos foi responsável pela sensibilização junto aos funcionários e comunidade.

A cada visita técnica no canteiro de obras era perceptível a evolução da organização dos materiais, ferramentas, documen-tos e fluxo dos processos. A equipe realmente se empenhou para compreender as normas. Do engenheiro ao encarregado, o com-promisso era fazer o melhor a cada dia.

Para atingirmos o resultado esperado foi preciso sensibilizar os funcionários a aderirem ao processo de forma espontânea. Realizamos um evento lúdico (foto), com apresentação teatral educativa abordando temas relacionados a segurança, organi-zação e higiene no ambiente de trabalho, respeito ao colega,

comunicação e qualidade, é claro. O programa também previu a comunicação no canteiro de obras e a valorização da equipe de trabalho, abrindo o canteiro aos familiares e futuros moradores para que eles pudessem conferir o andamento das obras.

No tapume foram realizadas obras de arte executadas pela vizinhança com a ajuda de artistas plásticos goianienses con-tratados para ministrar oficina de grafite, tendo como tema as araras, nome dado ao futuro condomínio. Em paralelo, a equipe administrativa adotou o mascote símbolo da empresa, conheceu a Política da Qualidade, missão e valores da Rei Empreendimen-tos. Participou de palestras e de pesquisa de clima organizacio-nal, resultando na adoção de algumas medidas corretivas para melhorar o ambiente de trabalho.

Assim como nas estórias de contos de fadas, nas quais os personagens passam por vários desafios até que estejam aptos a conquistarem o prêmio, esta estória não poderia ser diferente. A auditoria realizada pelo ICQ Brasil em fevereiro de 2012 reco-mendou a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade à Rei Empreendimentos Ltda.

O significado da certificação do SGQ para qualquer empresa se dá pelo diferencial de qualidade, que abre as portas do mun-do globalizado para as empresas certificadas, uma vez que, ao adquirirem produtos ou serviços dessas empresas, o consumidor tem a certeza de que existe um sistema confiável de controle das etapas de desenvolvimento, elaboração, execução e entrega do produto dentro dos mais rígidos padrões de qualidade.

Por todos os motivos expostos é que a Rei Empreendimentos recomenda às empresas que busquem conquistar um dos selos mais importantes do mercado internacional.

NOvOs AssOcIAdOs

VINICIUS KERLEy CAMILO ALVES

vINIcIus KErlEY cAMIlO AlvEsé diretor administrativo da Rei Empreendimentos Ltda.

pENtáGONO ENGENhArIA E cONstruçõEs ltdA.A empresa atua nos ramos de obras de infraestrutura, arte e construção civil. Foi fundada em 01/03/1988 pelos empresários Romer Amorim de Paula e Sandro Roberto Garcia do Valle. A sede da Pentágono está localizada na Rua C-185, esquina com C-178, Quadra 607, Lote 13, no setor Nova Suíça, em Goiânia (GO).

W rOchA ENGENhArIA ltdA.Fundada em 14/06/1989 pelos sócios Giovana Dercília Nasser Rocha e Raphael Andrade Nasser Rocha, a empresa atua nas áreas de construção de edifícios, instalações esportivas e recreativas. A sede da W Rocha fica na Rua 08, nº 659, Quadra 65, Lote 38, no Setor Oeste, em Goiânia (GO).

NOvO MuNdO cONstrutOrA E INcOrpOrAdOrA ltdA.A empresa foi fundada em 04/04/2011 pelos diretores Luziano Martins Ribeiro e Carlos Luciano Martins Ribeiro. Atua nos ramos de obras de engenharia civil e construção de edifícios. Sua sede está instalada na Rodovia BR-153, Lote 01, Sala 04, na Chácara Retiro, em Goiânia (GO).

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MAIO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 33

OUTROS SERVIÇOS

Dentista - obturação, dentadura, Raio-x, aparelho, gengiva, canal

Passeio no Rio Araguaia (Sesi Aruanã)

Teatro Sesi - shows, dança, arte, espetáculos

Clubes do Sesi - 4 clubes em Goiânia, 1 em Aparecida de Goiânia e 2 em Anápolis – Faça já sua carteirinha gratuitamente!

Formação Esportiva - Futebol, basquete, natação e muito mais

Educação de Jovens e Adultos – Antigo supletivo. Faça alfabetização (em 6 meses), 1º, 2º 3º anos do ensino médio (em 2 anos) e 1ª ao 9ª série do ensino fundamental

Geração de Emprego e Renda (Cursos de artesanato, inclusão digital, inglês, automaquiagem e muito mais)

Ensino médio + Curso técnico juntos (você faz 2 cursos no tempo de 1)

Exames (sangue, urina, fezes, colesterol, diabetes)

Teatro Sesi - shows, dança, arte, espetáculos Gratuito

Aparecida de Goiânia e 2 em Anápolis – Faça já sua carteirinha gratuitamente!

Formação Esportiva - Futebol, basquete,

Gratuito

Geração de Emprego e Renda (Cursos de artesanato, inclusão digital, inglês,

Gratuito

Educação de Jovens e Adultos – Antigo supletivo. Faça alfabetização (em 6

Gratuito

Ensino médio + Curso técnico juntos Gratuito

Gratuito

Gratuito

Gratuito

Gratuito

Gratuito

Gratuito

Gratuito

Gratuito

OUTROS SERVIÇOS

PRA QUEM NÃO TEM MEDO DE POR A MÃO NA MASSA.PRA QUEM NÃO TEM MEDO DE POR A MÃO NA MASSA.serviços sesi senai

Sist

ema

Fieg

/Asc

om

Informações: 4002 6213 – Goiânia0800 6421313 – Demais localidades

CURSOS PROFISSIONALIZANTES

Pedreiro de Edificações

Eletricista Instalador Predial

Gesseiro

Mestre-de-Obras

Instalador Hidráulico

Armador de Ferragens

Carpinteiro de Formas

Pedreiro de Acabamento

Pintor de Obras

Auxiliar de Obras Civis

Montagem de Gesso Acartonado

Assentamento de Revestimento Cerâmico

Leitura e Interpretação de Projetos na Construção Civil

Alvenaria Estrutural

Segurança na Operação de Equipamentos da Construção Civil

Gerenciamento de Obras

Pedreiro de Alvenaria

Marceneiro

* Os serviços gratuitos são destinados aos trabalhadores de indústrias e seus dependentes legais. Cursos sujeitos a formação de turmas. Alguns dos cursos possuem turmas gratuitas e turmas pagas, variando o horário, local, data e condições entre eles. Alguns dos cursos são gratuitos por meio do Pronatec. Consulte pré-requisitos para a participação nos cursos e serviços. Necessidade de agendamento prévio para a prestação dos serviços. Tempo para conclusão da EJA pode variar de acordo com a carga horária dos cursos. Teatro Sesi possui espetáculos gratuitos e pagos, veja programação no www.teatrosesi.com.br . Consulte informações gerais para a execução destes e de outros serviços. Condições válidas até 01/08/2012 ou enquanto houver disponibilidade.

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • MAIO 201234

cub CUSTOS UNITáRIOS BáSICOS DE CONSTRUçãONBR 12.721:2006 – CUB 2006

ANO 2012MArçO

-0,023%

prOJEtOs PADRÃO RESIDENCIAL

PADRãO BAIxO PADRãO NORMAL PADRãO ALTO

R-1

PP-4

R-8

PIS

845,17

767,57

729,78

559,99

R-1

PP-4

R-8

R-16

1.037,35

977,72

850,03

820,27

R-1

R-8

R-16

1.249,65

1.006,64

1.079,31

prOJEtOs PADRÃO COMERCIAL*

PADRãO NORMAL PADRãO ALTO

CAL-8

CSL-8

CSL-16

970,92

848,80

1.131,42

CAL-8

CSL-8

CSL-16

1.036,09

930,93

1.238,67*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas

prOJEtOs

PADRÃO RESIDÊNCIA POPULAR (RP1q) 870,26

PADRÃO GALPãO INDUSTRIAL (G1) 467,23

VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A VARIAçãO MÊS %

1.079,31 -0,023VARIAçãO ANO %

0,350VARIAçãO 12 MESES %

7,309DESPESAS ADMINISTRATIVAS

36,34

EQUIPAMENTO

5,75

MATERIAIS MãO DE OBRA

508,56 528,66

TOTAL

1.079,31

MãO dE ObrA*

PEDREIRO DE MASSA h 5,15900 SERVENTE h 3,76200 ENGENHEIRO h 41,3600*Custo médio R$/hora

PROJETOS-PADRãO QUE COMPõEM A NORMA NBR 12.721:2006

Padrão Baixo:

Padrão Normal:

Padrão Alto:

Comercial Normal:

Comercial Alto:

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Unifamiliar (RI)

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Prédio Popular (PP)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Projeto de Interesse Social (PIS)

Residência Multifamiliar (R16)

Residência Popular (RP1Q)

Galpão IndustriaL (GI)

Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de MArçO dE 2012. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e insta-lações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador”.

INdIcAdOrEs EcONôMIcOsíNDICES ECONÔMICOS

INCC (FGV) / MARÇO

INPC (IBGE) / MARÇO

IGP-M (FGV) / MARÇO

496,079

3.536,17

476,166

VARIAçãO MêS

0,505

0,18

0,428

ANO

1,708

1,08

0,616

12 MESES

8,105

4,97

3,234

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