o que É sociologia

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RESUMO SOCIOLOGIA O QUE É SOCIOLOGIA Sociologia é uma das ciências humanas. Tem como OBJETO de estudo a: SOCIEDADE e suas ORGANIZAÇÕES SOCIAIS. Enquanto a Psicologia estuda o indivíduo A Sociologia estuda os fenômenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituição das sociedades e suas culturas. Se formou na consolidação do Estado Liberal. Através do estudo do comportamento humano e os processos que interligam o indivíduo em associações (grupos e instituições) pode-se não só explicar os fenômenos e as transformações sociais, mas buscar soluções e alternativas transformadoras para alcançar uma sociedade mais justa e menos desigual. PRINCIPAIS CORRENTES 1. AUGUSTO COMTE (1798 -1857) 1.1. Lei dos três estados: 1ª) Explicação dos fenômenos através de forças comparáveis aos homens. 2ª) Invocação de entidades abstratas (natureza). 3ª) Observações e relações regulares, estabelecendo as leis que governam os fatos (não se preocupa com a causa dos fatos). 1.2. IDADES DAS SOCIEDADES Três idades das sociedades: 1ª) Idade Teológica. 2ª) Idade Metafísica. 3ª) Idade Positiva 1.3. INFLUÊNCIA DA BIOLOGIA As ciências deixam de ser analíticas. Caráter sintético da biologia. Concepção de unidade histórica. Não se explica a parte sem o todo. Visão global ou total. Objetivo da sociologia: a história da espécie humana. 1.4. CARÁTER IMPOSITIVO DA SOCIOLOGIA Ciência do “todo histórico”. Determina “o que foi, o que é e o que será”. Visão determinista. Realização da ordem humana e social. Conceito de “fatalidade modificável”. A sociologia deve catalisar os processos de mudanças. 1.5. TEMAS DA SOCIOLOGIA DE COMTE 1ª) Universalidade da sociedade européia industrial. 2ª) Universalidade do pensamento científico (submissão da moral, ética, religião à visão cientificista).

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RESUMO SOCIOLOGIA

O QUE SOCIOLOGIA Sociologia uma das cincias humanas. Tem como OBJETO de estudo a: SOCIEDADE e suas ORGANIZAES SOCIAIS. Enquanto a Psicologia estuda o indivduo A Sociologia estuda os fenmenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituio das sociedades e suas culturas. Se formou na consolidao do Estado Liberal. Atravs do estudo do comportamento humano e os processos que interligam o indivduo em associaes (grupos e instituies) pode-se no s explicar os fenmenos e as transformaes sociais, mas buscar solues e alternativas transformadoras para alcanar uma sociedade mais justa e menos desigual. PRINCIPAIS CORRENTES 1. AUGUSTO COMTE (1798 -1857) 1.1. Lei dos trs estados:

1) Explicao dos fenmenos atravs de foras comparveis aos homens.

2) Invocao de entidades abstratas (natureza).

3) Observaes e relaes regulares, estabelecendo as leis que governam os fatos (no se preocupa com a causa dos fatos).

1.2. IDADES DAS SOCIEDADES Trs idades das sociedades:

1) Idade Teolgica.

2) Idade Metafsica.

3) Idade Positiva

1.3. INFLUNCIA DA BIOLOGIA As cincias deixam de ser analticas.

Carter sinttico da biologia.

Concepo de unidade histrica. No se explica a parte sem o todo. Viso global ou total. Objetivo da sociologia: a histria da espcie humana.

1.4. CARTER IMPOSITIVO DA SOCIOLOGIA Cincia do todo histrico.

Determina o que foi, o que e o que ser.

Viso determinista.

Realizao da ordem humana e social.

Conceito de fatalidade modificvel.

A sociologia deve catalisar os processos de mudanas.

1.5. TEMAS DA SOCIOLOGIA DE COMTE 1) Universalidade da sociedade europia industrial.

2) Universalidade do pensamento cientfico (submisso da moral, tica, religio viso cientificista).

3) Como possvel explicar a diversidade humana diante de uma mesma essncia?

1.6. A SOCIEDADE INDUSTRIAL PARA COMTE 1) Organizao cientfica.

2) Desenvolvimento mximo da humanidade.

3) Formao de massas operrias.

4) Empregados X Empregadores.

5) Produo de riqueza X Pobreza.

6) Liberalismo: livre concorrncia.

1.7. SOCIALISMO X LIBERALISMO Comte se situa entre essas duas teorias.

2. MILE DURKHEIM (1858-1917) 2.1. FATO SOCIAL: coisa. A sociologia consiste em analisar o fato social como coisa, ou seja, desprovida de preconceitos, ideais ou valores.

Anlise objetiva da sociedade.

O conhecimento parte de fora para dentro.

O socilogo um olho boiando sobre a sociedade.

O fato social no pode ser explicado de maneira puramente psicolgica.

No h compreenso individual dos problemas sociolgicos.

A sociedade extrapola a concepo de indivduos ( mais do que a simples soma dos indivduos que a compe).

A sociologia a cincia das instituies.

2.2. CONSCINCIA COLETIVA Elemento de ligao entre indivduos em uma sociedade sem diferenciao solidariedade mecnica).

Com a diferenciao, diminui a percepo da conscincia coletiva.

Logo, estruturas rgidas de interpretao moral deixam de existir.

Direito repressivo: punio.

Direito restitutivo: restabelecer o estado das coisas

Crime: definio relativista.

TIPOS DE SOLIDARIEDADE Mecnica: o indivduo ligado diretamente sociedade, no h diferenciaes de grande porte, prevalecendo o carter coletivo.

Orgnica: depende da sociedade e das partes que a compe, ou seja, h diferenciao entre as partes que cooperam entre si para o todo.

Tipos de suicdio

Egosta: pensamento individualista, desligado do contexto social.

Altrusta: sacrifcio por um imperativo social interiorizado, obedecendo ao que o grupo lhe ordena, a ponto de sufocar o prprio instinto de conservao.

Anmico: irritao associada s numerosas situaes de decepes oferecidas pela vida moderna. 2.5. FATO PATOLGICO E ANOMIA Fatos que, dentro da solidariedade orgnica, colocam em risco as relaes entre as partes da sociedade, rompendo as regras de solidariedade.

Pautam-se numa incapacidade de se perceber a funo a ser exercida dentro da sociedade.

PENSADORES SOCIOLOGICOS: AUGUSTO COMTE (1798-1857) Pai da sociologia (usou esta palavra pela primeira vez em 1839) Se preocupava com a mxima objetividade tericometodolgica em seus estudos sobre a sociedade. Identificava a sociedade atravs de uma analogia mecnica: comparando-a a um relgio. Todas as sociedades partem da estaca zero e atingem o cume da organizao social, do saber, da tecnologia etc., por um processo natural, regido por leis naturais. Positivista mecanicista de Comte Com o tempo se identificou essa tese errada pois as leis naturais no so trabalham iguais para todos (como uma maquina) na verdade existem varias sociedade com varias culturas e vrios processos histricos. MILE DURKHEIM (18581917) Um dos principais fundadores da teoria sociologica. Pensamento: a humanidade avanaria para o aperfeioamento por meio da fora do progresso (filosofia iluminista) Desenvolveu um metodo de investigao dos acontecimentos sociais e estabeleceu um objeto de estudo que pudesse ser estudado e explicado: OS FATOS SOCIAIS. Fatos sociais so as maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivduo formando assim a conscincia coletiva (ou senso comum) que a soma de todas as conscincias sociais criada a partir de como a sociedade percebe a si mesma e ao mundo. Fatos Sociais

So maneirascoletivas, exteriores e geraisde agir, pensar e sentir, pertencentes a determinados grupos sociais.Para que existam fatos sociais, preciso que o ser humano seja socializado. Uma resposta mais simples que o fato social todo e qualquer acontecimento na sociedade. Ele composto sempre de:

Generalidade - todos os indivduos pensam da mesma maneira, sejam eles um grupo grande ou pequeno de pessoas Exterioridade - Ou as pessoas se adaptam ao que o determinado grupo segue ou saem dele. Coercitividade - Coero social - As pessoas desse determinado grupo precisam seguir as "normas" que o grupo rege, ou no faram parte dele.

Segundo Emile Durkheim, os Fatos Sociais constituem o objeto de estudo da Sociologia pois decorrem da vida em sociedade.O socilogo francs defende que estes tm trs caractersticas:

Coercitividade - caracterstica relacionada com a fora dos padres culturais do grupo que os indivduos integram. Estes padres culturais so fortes de tal maneira que obrigam os indivduos a cumpri-los.

Exterioridade - esta caracterstica transmite o fato desses padres de cultura serem "exteriores aos indivduos", ou seja ao fato de virem do exterior e de serem independentes das suas conscincias.

Generalidade - os fatos sociais existem no para um indivduo especfico, mas para a coletividade. Podemos perceber a generalidade pela propagao das tendncias dos grupos pela sociedade, por exemplo.

Os fatos sociais so coercitivos, ou seja, so impostos na vida das pessoas.

Exemplos: O Cdigo Penal, criado para uma sociedade com seus costumes de 1940, coercitivo no s por seu poder de colocar normas e regras na sociedade, (positivo), mas tambm no sentido de impor (negativo), para o povo atualmente regras defasadas onde a cultura outra, os fatos sociais predominante so outros, criando uma inverso de valores onde criminosos tem mais moral que policiais, levando a impunidade a ganhar cada vez mais fora.

Uma definio simplificada de Fatos sociais :So maneirascoletivas, exteriores e geraisde agir, pensar e sentir, pertencentes a determinados grupos sociais.Para que existam fatos sociais, preciso que o ser humano seja socializado.Socializao a assimilao de hbitos caractersticos do seu grupo social, todo o processo atravs do qual um indivduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe prpria (sem a socializao, no saberamos nem andar nem falar).Exemplos de fatos sociais:falar um idioma, usar roupas, obedecer regras, leis normas, agir conforme os usos, costumes, etc. at mesmo atitudes consideradas fora dos padres tais como o crime em geral (roubo, furto, assassinato, etc) so considerados como fatos sociais, j que os mesmos so reprovados e sujeitos a punio.Durkheim define os fatos sociais, atribuindo-lhes trs caractersticas:1 COERCITIVIDADE: A coero social a fora que os fatos exercem sobre os indivduos, obrigando-os a conformarem-se s regras impostas pela sociedade em que vivem. Tal fora manifesta-se quando o indivduo usa um determinado idioma, participa de determinado tipo de formao familiar ou religiosa, quando est subordinado a determinado cdigo de leis, etc. A coero constatada pelas sanes (punies) que sero impostas ao indivduo, caso ele venha a se rebelar. Essas sanes, em princpio, so espontneas, para desvios leves, provenientes de uma conduta no adaptada estrutura do grupo ou da sociedade qual o indivduo pertence (ex: desobedecer aos pais). Desvios considerados graves sofrem coero atravs da punio (peso das leis) ex: cometer um crime e pagar a pena do mesmo."Na nossa cultura, o uso de vestimentas algo que vem sendo transmitido de geraes para geraes, fazendo com que o indivduo tenha essa prtica naturalmente. Aquele que por alguma razo no o fizer, estar sujeito a ser excludo ou discriminado dentro do seu grupo, por no enquadrar-se aos padres que a prpria sociedade determinou."- Exemplos de instituies coercitivas: Famlia, Escola, Religio, Foras Armadas, Empresa (pblica ou privada), etc.A coercitividade, geralmente, considerada ruim para quem a sofre, mas uma das aes humanas mais importantes para o progresso da humanidade: sem ela, a maioria da populao seria analfabeta, ignorante, violenta, etc. Sem ela, os filhos no respeitariam os pais, nem os pais educariam os filhos, a produtividade do trabalho seria baixssima, a preguia, a violncia e a ignorncia grassariam no meio do povo.2 EXTERIORIDADE: A segunda caracterstica dos fatos sociais que eles so exteriores e superiores a ns. Podemos exemplificar com as diversas leis, portarias, decretos, etc. alm disso, temos a influncia das religies e a mdia em geral com sua forte influncia sobre a vida da populao (em geral alienada), tais como a msica, a televiso, os filmes, as novelas, a propaganda, internet, etc.3 GENERALIDADE: Os fatos sociais se manifestam atravs da natureza ou conscincia coletiva ou um estado comum ao grupo, a exemplo, os sentimentos e a moral. " social todo fato que geral." A generalidade de um fato social, ou seja, sua unanimidade, garantia de normalidade na medida em que representa o consenso social, a vontade coletiva, ou o acordo de um grupo a respeito de determinada questo. O normal aquilo que ao mesmo tempo obrigatrio para o indivduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a conscincia coletiva so entidades morais, antes mesmo de ter uma existncia tangvel. Essa preponderncia da sociedade sobre o indivduo deve permitir a realizao deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura. Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o desenvolvimento de uma solidariedade entre seus membros. Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a norma moral acaba definindo a norma jurdica, pois preciso definir, numa sociedade moderna, regras de cooperao e troca de servios entre os que participam do trabalho coletivo. A partir do normal, Durkheim analisa o patolgico. As sociedades modernas so doentes porque sofrem de anomia. Esto submetidas a mudanas to brutais que o conhecimento coletivo no estabelece um corpo de regulamentao adequado, seja pela ausncia de vontade (querer algo), ou ainda, pela falta de maturidade de seus integrantes. Ante a imensa massa de homens que uma nao moderna representa, o indivduo s pode sentir-se solitrio: o suicdio procede de causas sociais e no individuais.CONSCINCIA COLETIVA (faz parte da generalidade): o conjunto das crenas e dos sentimentos comuns mdia dos membros de uma mesma sociedade" que forma um sistema determinado com vida prpria". Ela est espalhada por toda a sociedade e revela o tipo da sociedade, que no seria apenas o produto das conscincias individuais, mas algo diferente, que se imporia aos indivduos e perduraria atravs das geraes. atravs da conscincia coletiva que identificamos o que considerado imoral, reprovvel ou criminoso.Durkheim afirma que mesmo havendo a "conscincia individual", nota-se no interior de qualquer grupo ou sociedade, formas padronizadas de conduta e pensamento. Essa constatao est na base do que Durkheim chamou de conscincia coletiva, ou seja, o "conjunto das crenas e dos sentimentos comuns mdia dos membros de uma mesma sociedade" que "forma um sistema determinado com vida prpria".A conscincia coletiva a forma moral vigente (moral que est em vigor ou em uso) na sociedade. Ela aparece como regras fortes e estabelecidas que delimitam o valor atribudo aos atos individuais. Ela define o que, numa sociedade, considerado errado, imoral ou criminoso.- A conscincia coletiva mais uniformizada nas sociedades simples ou primitivas.Quanto maior a conscincia coletiva, maior a coeso entre os participantes da sociedade estudada, ou seja, h mais semelhana de usos, costumes, crenas, etc., ao mesmo tempo que menor a individualidade. Um bom exemplo disto so as sociedades simples ou primitivas, como as tribos indgenas isoladas.Nestas sociedades (de solidariedade mecnica), as mudanas na conscincia coletiva so bem mais lentasque nas sociedades onde h diviso do trabalho (sociedades complexas).AS MUDANAS NA CONSCINCIA COLETIVA: A moral social evolui, provocando, lentamente, mudanas na conscincia coletiva, que antes, considerava imoral, reprovvel ou criminoso determinados comportamentos. Exemplos: o direito ao emprego para os PNE, os direitos de acessibilidade, o casamento homossexual, a marcha da maconha, o fim da perseguio aos cultos de matriz africana, etc.-Nas sociedades onde se desenvolve uma diviso do trabalho (solidariedade orgnica), a conscincia comum ocupa uma reduzida parcela, permitindo a ampliao do espao para o crescimento da individualidade, porque os indivduos so diferenciados, ou seja, no pensam de maneira coletiva, mas individualizada, embora no totalmente. Sendo assim, a reao s mudanas na conscincia coletiva so menores;Quanto mais cosmopolita a sociedade, mais aberta s mudanas ela tende a ser.FATOS SOCIAIS NORMAIS: A sociedade semelhante a um corpo, onde os fatos sociais normais representam a sade do mesmo. Nem tudo que se v numa sociedade que parea ser ruim anormal, nem sempre a dor ruim, pois ela faz parte da sade de um corpo. O anormal aquilo que sai da regra, o diferente da normalidade, da norma. Exemplo: O crime um fato social normal porque representa a importncia dos valores sociais que repudiam essa conduta como ilegal e sujeita a penalidades.FATOS SOCIAIS ANORMAIS: o estado doentio da sociedade: so anormais todos os fatos que pem em risco a harmonia, o consenso e a evoluo da sociedade. Caso isso ocorra, a sociedade estar doente. Eles extrapolam os limites dos acontecimentos mais gerais de uma sociedade, no refletindo os valores e as condutas aceitas pela maior parte da populao. patolgico o fato social que se encontra fora dos limites permitidos pela ordem social. Os fatos sociais anormais caracterizam o estado de anomia. Exemplos: A violncia das torcidas organizadas, os comandos organizados do crime, o toque de recolher em alguns bairros, o crescimento dos ndices de violncia a tal ponto que o Estado perde o controle da represso (como o que ocorre em determinados locais dominados pelo crime organizado); ausncia do Estado em comunidades carentes, onde impera a misria, a falta de saneamento, habitao digna, educao, sade, segurana, etc.SOLIDARIEDADE: a situao em que um grupo social vive em comunho de atitudes e desentimentos, constituindo uma unidade slida, capaz de resistir s foras exteriores e mesmo de tornar-se ainda mais firme em face de oposio vinda de fora. Divide-se em:a) SOLIDARIEDADE MECNICA:prevalece nas sociedades "primitivas" ou arcaicas (agrupamentos humanos de tipo tribal formado por cls); os indivduos que as integram aceitam sem questionamento todos os valores, tradies e costumes da tribo; o grupo compartilha os mesmos valores e crenas, o que assegura acoeso social. uma sociedade mais conservadora.b) SOLIDARIEDADE ORGNICA:prevalece nas sociedades modernas complexas, onde h diferenas de valores, crenas, costumes, etc. Caractersticas: - interesses individuais distintos- conscincia individual acentuada- diviso econmica do trabalho social desenvolvida e complexa (diversas profisses e atividades);- sociedade mais cosmopolita e menos conservadora (h excees).-A Coeso social ocorre de duas maneiras: a) atravs da diviso do trabalho; b) atravs das regras de conduta (leis, normas, punies, etc), que estabelecem direitos e deveres.A complexidade da sociedade orgnica pode gerar a Anomia. ANOMIA (OU ANOMIA SOCIAL): o estado de uma sociedade caracterizada pela desintegrao das normas que regem a conduta dos homens e asseguram a ordem social; anarquia; ilegalidade.- Causas da Anomia: Aanomia causada pelos altos nveis de desemprego (muita procura, pouca oferta), pela desesperana de muitos em relao ao futuro incerto, j que vivem sem dignidade (habitao, sade, segurana precrios ou inexistentes), ausncia do Estado nas questes cruciais da populao (sade, educao, segurana, moradia, emprego, etc), a sensao de insegurana e de impunidade.

QUESTIONRIO1) Explique a importncia da socializao na vida do ser humano.A socializao pode ser definida como o processo contnuo de aprendizagem e de interiorizao de normas e valores, caractersticos de um determinado meio social, ao qual um indivduo faz parte. Tem como objetivo a integrao do ser humano sociedade, e um processo que nunca se d por terminado. atravs da socializao que este indivduo se torna um ser social, pensante e atuante, devido a assimilao da cultura, das normas, dos comportamentos e das condutas do grupo social em que est inserido. A socializao de um indivduo tem incio ao nascer, pois j encontra um grupo social estruturado, e ao nascer que comea a receber uma srie de influncias desse grupo onde nasceu, as maneiras de falar, de vestir de comer, como tantas outras, e medida que vai crescendo essas influncias que recebe vai se unindo com tantas outras que vai adquirindo no decorrer de sua vida, fazendo com que se integre cada vez mais como membro dessa sociedade.2)OsFatos sociais so coercitivos?Explique. Coercitivos, porque essas ideias, normas e3)A Coercitividade importante para o progresso da sociedade? Explique.4)Explique porque os fatos sociais so exteriores e superiores.5) Por que os fatos sociais so gerais? 6) Comente a respeito da Conscincia Coletiva.7)Por que ocorre mudana na Conscincia Coletiva?8) Essa mudana na conscincia coletiva deve ou no ocorrer? comente.9 )Qual (ou quais) so as causas dos fatos sociais anormais?10) Comente (interprete o texto, no copie) a respeito da Anomia social.11) O que solidariedade mecnica?12) O que solidariedade orgnica?Sociologia Jurdica ou Sociologia do Direito disciplina cientfica que investiga, atravs de mtodos e tcnicas de pesquisa emprica (isto , pesquisa baseada na observao controlada dos fatos), o fenmeno social jurdico em correlao com a realidade social. Ou seja: a Sociologia Jurdica indaga a realidade social total em funo do direito, estudando as relaes recprocas existentes entre tal realidade social total e o direito (Souto, 1971, p.17).

A finalidade da Sociologia Jurdica

A finalidade da Sociologia Jurdica estabelecer uma relao funcional entre a realidade social e as diferentes manifestaes jurdicas, sob forma de regulamentao da vida social, fornecendo subsdios para suas transformaes, no tempo e no espao.

O objeto da Sociologia Jurdica

Por objeto entende-se o campo especfico de atuao de uma cincia, o fim a que se prope o objetivo que visa alcanar. Portanto podemos dividir o objeto da Sociologia Jurdica em:

1. Estudo da eficcia das normas jurdicas e dos efeitos sociais que tais normas produzem;

2. Estudo dos instrumentos humanos de realizao da ordem jurdica e de suas instituies;

3. Estudo da opinio do pblico a respeito do direito e das instituies jurdicas.

As tarefas da Sociologia Jurdica

As tarefas da Sociologia Jurdica podem classificar-se em gerais e aplicadas:

Gerais:

1) direito e formas coercveis (isto , formas de coao possvel, como a lei, a deciso judicial, o costume, etc. );

2) direito e outras formas de controle social;

3) direito e mudana social;

4) direito e realidade social.

Aplicados:

1) Mudana social;

2) Tendncias de transformao;

3) Tendncias para eficcia ou ineficcia social do contedo normativo desses sistemas ou dessas formas coercveis vigentes;

4) A investigao das tendncias para eficcia ou ineficcia social do contedo normativo de formas coercveis em projeto;

5) Tendncias para eficcia ou ineficcia social de formas coercveis especficas em si mesmas.

Importncia do estudo da Sociologia Jurdica

O estudo da Sociologia Jurdica nos importante por que:

a) Fornece elementos necessrios elaborao das leis;

b) Possibilitam ajustar as leis s novas realidades sociais;

c) Proporciona para o profissional do Direito uma viso mais ampla e real do fenmeno jurdico.

Como lembra Snchez de La Torre, enfrentar os problemas do Direito em termos sociolgicos querer conhecer mais sua fora e seu poder que suas palavras. A investigao do impacto do Direito na conduta humana aclararia muitas coisas aos legisladores, aos polticos, aos governantes, com respeito natureza dos materiais com que trabalham (1965 pg. 68-69).

O Positivismo Jurdico

O Positivismo jurdico refere-se ao direito positivo, institucionalizado pelo Estado, de ordem jurdica e obrigatria em determinado lugar e tempo. Os apoiantes desta filosofia defendem que no existe necessariamente uma relao entre direito, moral e justia, visto que as noes de justia e moral so dinmicas e no universais, cabendo ao Estado, dentro de limites materiais e formais, como detentor legtimo do uso da fora, determinar as normas de conduta.

A partir da Filosofia Positiva de Comte, ao longo do sculo XIX, vo surgir diversas vises de como aplicar o positivismo ao Direito, tendo como premissas:

Os fatos sociais so vistos como coisas; portanto, como propriedades imutveis fatos sociais imutveis;

A realidade ftica determinante para as futuras ilaes do pensamento dedutivo aquele que depreende empiricamente da experimentao dos nexos causais;

A Ordem (esttica) deve prevalecer sobre o Progresso (dinmica).

a partir destas premissas que o positivismo jurdico passa a elaborar o conceito de Jurisprudncia.

Jurisprudncia Filosfica: uma discusso sobre a autonomia que o operador do Direito tem (magistrado) em relao interpretao sobre o que o legislador escreveu;

Doutrina: faz-se sentir no momento da confeco da norma (legislativo);

O Direito no julga o fato social, o Direito julga o sentido da conduta humana que se transformou em fato social.

Qual a relao entre o direito e a sociologia? - Denis Manoel da SilvaO direito deve acompanhar a evoluo da sociedade e sanar eventuais conflitos, garantindo assim uma melhor organizao social. Nesse sentido explica Antnio Luiz Machado Neto:

Norma social que , o direito no surge toa na sociedade, mas para satisfazer as imprescindveis urgncias da vida. Ele fruto das necessidades sociais e existe para satisfaz-las, evitando, assim a desorganizao.

Uma das funes do direito, e talvez a mais antiga, a resoluo de conflitos. Desde os primrdios da humanidade o homem conflita seus interesses com os interesses dos demais de seu convvio, assim o direito surge como uma forma de organizao e garantia de sobrevivncia. A relao existente entre o direito e as urgncias sociais, nada mais do que a adequao da norma jurdica s necessidades advindas da evoluo da sociedade.