o que é a periferia de uma cidade

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O que é a periferia de uma cidade? Cheguei atrasada nessa aula de geografia... Melhor resposta - Escolhida por votação É onde mora a sua empregada, o porteiro do seu predio, a zeladora da sua escola, a faxineira da sua avó, o frentista do posto onde sua familia abastece o carro, o vendedor ambulante de doces, e mais de 50% da população brasileira. Outras Respostas A Periferia, num sentido genérico, quer dizer "tudo o que está ao redor". O termo é bastante utilizado em termos de geografia, para designar toda a área urbana que está ao redor do centro urbano. A periferia pode ser intra-municipal (bairros afastados do centro do município) ou extra-municipal (municípios da região metropolitana). No Brasil, freqüentemente se associa à periferia as regiões urbanas de infra-estrutura precária e baixa renda, sendo tomada freqüentemente como sinônimo de zona suburbana, embora uma região periférica não seja necessariamente pobre. Excepcionalmente, podem existir regiões periféricas em grandes centros urbanos que são ocupadas por empreendimentos imobiliários de alto padrão, que é o que acontece no caso da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e com os condomínios da Serra da Cantareira, em São Paulo. Em países como os Estados Unidos, a regra é inversa ao caso brasileiro: as periferias são as áreas da cidade que concentram a população de mais alta renda, enquanto a população mais pobre vive geralmente em áreas centrais da cidade, freqüentemente em guetos ou cortiços. Nos países europeus como França, Alemanha e Reino Unido, as periferias são regiões semelhantes às dos Estados Unidos, abrigando em sua maioria uma população de alta renda, porém, em outros países do mesmo continente, existem casos de zonas periféricas formadas por conjuntos habitacionais de baixa renda, construídos através de companhias de desenvolvimento habitacional, com auxílio das prefeituras e dos governos estaduais. Porém, essas regiões não deixam de abrigar grandes mansões, sobrados e condomínios horizontais de luxo, as quais estão localizadas em regiões diferentes da população mais carente. Em âmbito global, considera-se ainda como "periferia" o conjunto de países fora do centro econômico, entendido geralmente como a América do Norte, a Europa, Israel e o bloco do Pacífico. Alguns cientistas sociais e políticos distingüem a "periferia próxima", composta por países menos desenvolvidos mas com alguma relevância econômica e política, tais como China, Índia, Brasil e Rússia, ou de médio desenvolvimento, como México, Argentina, Uruguai e Chile e a "periferia distante", composta pelas nações pobres e pouco influentes.

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Page 1: O que é a periferia de uma cidade

O que é a periferia de uma cidade?

Cheguei atrasada nessa aula de geografia...

Melhor resposta - Escolhida por votação É onde mora a sua empregada, o porteiro do seu predio, a zeladora da sua escola, a faxineira

da sua avó, o frentista do posto onde sua familia abastece o carro, o vendedor ambulante de

doces, e mais de 50% da população brasileira.

Outras Respostas

A Periferia, num sentido genérico, quer dizer "tudo o que está ao redor". O termo é bastante

utilizado em termos de geografia, para designar toda a área urbana que está ao redor do

centro urbano. A periferia pode ser intra-municipal (bairros afastados do centro do município)

ou extra-municipal (municípios da região metropolitana).

No Brasil, freqüentemente se associa à periferia as regiões urbanas de infra-estrutura precária

e baixa renda, sendo tomada freqüentemente como sinônimo de zona suburbana, embora

uma região periférica não seja necessariamente pobre. Excepcionalmente, podem existir

regiões periféricas em grandes centros urbanos que são ocupadas por empreendimentos

imobiliários de alto padrão, que é o que acontece no caso da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro,

e com os condomínios da Serra da Cantareira, em São Paulo.

Em países como os Estados Unidos, a regra é inversa ao caso brasileiro: as periferias são as

áreas da cidade que concentram a população de mais alta renda, enquanto a população mais

pobre vive geralmente em áreas centrais da cidade, freqüentemente em guetos ou cortiços.

Nos países europeus como França, Alemanha e Reino Unido, as periferias são regiões

semelhantes às dos Estados Unidos, abrigando em sua maioria uma população de alta renda,

porém, em outros países do mesmo continente, existem casos de zonas periféricas formadas

por conjuntos habitacionais de baixa renda, construídos através de companhias de

desenvolvimento habitacional, com auxílio das prefeituras e dos governos estaduais. Porém,

essas regiões não deixam de abrigar grandes mansões, sobrados e condomínios horizontais de

luxo, as quais estão localizadas em regiões diferentes da população mais carente.

Em âmbito global, considera-se ainda como "periferia" o conjunto de países fora do centro

econômico, entendido geralmente como a América do Norte, a Europa, Israel e o bloco do

Pacífico. Alguns cientistas sociais e políticos distingüem a "periferia próxima", composta por

países menos desenvolvidos mas com alguma relevância econômica e política, tais como

China, Índia, Brasil e Rússia, ou de médio desenvolvimento, como México, Argentina, Uruguai e

Chile e a "periferia distante", composta pelas nações pobres e pouco influentes.

Page 2: O que é a periferia de uma cidade

2. Periferia é a parte mais pobre de uma cidade,ppor exemplo : a favela, mais não é

considerada uma favela,é apenas um local onde pessoas de baixa classe economica vivem,suas

casas são meio próximas umas das outras,e existem muita populaçao.

3. Acho que é o que fica longe do centro ou ao redor do centro. Aqui no Brasil é associada à

lugares de baixa renda.

Mas periferia não é necessariamente um lugar pobre.

FAVELA

O que é favela?

A idéia com esta pergunta é identificar quais são os elementos que sustentam a imagem

que as pessoas em geral têm das favelas.

Melhor resposta - Escolhida por votação Um conjunto disforme de barracos feitos de madeira e sucata, montados em locais sem

condições de moradia, sem saneamento básico.

É onde mora a população mais pobre das grandes cidades, com alto índice de criminalidade e

violência.

As características associadas a favelas variam de um lugar para outro. Favelas são

normalmente caracterizadas pela degradação urbana, elevadas taxas de pobreza e

desemprego. Elas normalmente são associadas a problemas sociais como o crime,

toxicodependência, alcoolismo, elevadas taxas de doenças mentais e suicídio. Em

muitos países pobres, elas apresentam elevadas taxas de doenças devido as péssimas

condições de saneamento, desnutrição e falta de cuidados básicos de saúde. Um grupo

de peritos das Nações Unidas criou uma definição operacional de uma favela como uma

área que combina várias características: acesso insuficiente à água potável, ao

saneamento básico e a outras infraestruturas; má qualidade estrutural de habitação;

superlotação; e estruturas residenciais inseguras.[7]

Pode-se acrescentar o baixo estado

socioeconômico de seus residentes.[10]

Como a construção desses assentamentos é informal e não guiada pelo planejamento

urbano, há uma quase total ausência de redes formais de ruas, ruas numeradas, rede de

esgotos, eletricidade ou telefone. Mesmo se esses recursos estão presentes, eles são

susceptíveis a serem desorganizados, velhos ou inferiores. As favelas também tendem a

falta de serviços básicos presentes nos assentamentos mais formalmente organizados,

incluindo o policiamento, os serviços médicos e de combate a incêndios. Os incêndios

são um perigo especial para favelas, não só pela a falta de postos de combate a

incêndios e de caminhões de bombeiros, que não conseguem acessar as estreitas ruas e

Page 3: O que é a periferia de uma cidade

vielas,[11]

mas também devido à proximidade dos edifícios e da inflamabilidade dos

materiais utilizados na construção.[12]

Um incêndio que varreu as colinas de Shek Kip

Mei, em Hong Kong, no final de 1953, deixou 53 mil moradores de favelas sem-abrigo,

levando o governo colonial a instituir um sistema imobiliário de reassentamento.

As favelas apresentam altas taxas de criminalidade, suicídio, uso de drogas e doenças.

No entanto, o observador Georg Gerster notou que (com referência específica às

"invasões" de Brasília) as "favelas, apesar de seus materiais de construção pouco

atraentes, podem ser também um local de esperança, cenas de uma contra-cultura, com

um grande potencial de incentivar mudanças e de um forte impulso." (1978)[13]

Stewart

Brand também disse, mais recentemente, que "favelas são verdes. Elas têm densidade

máxima - um milhão de pessoas por quilômetro quadrado em Mumbai - e uso mínimo

de energia e de utilização de materiais. As pessoas ficam por perto, a pé, de bicicleta,

riquixá, táxi ou das universais lotações... Nem tudo é eficiente nas favelas, no entanto.

Nas favelas brasileiras, onde a eletricidade é roubada e, portanto, livre, Jan Chipchase,

da Nokia, descobriu que as pessoas deixam as luzes acesas durante todo o dia. Na

maioria das favelas a reciclagem é, literalmente, um modo de vida." (2010)[14]

Há rumores de que os códigos sociais nas favelas proíbam que os habitantes cometam

crimes dentro de seus limites. As gangues locais acabam se tornando uma milícia

particular da região, policiando-a à sua própria maneira. No entanto, a maioria das

favelas exibe altos índices de crimes violentos, em especial homicídios. A existência

das supostas milícias, segundo alguns estudiosos, aponta para a existência de uma

espécie de "código de honra" interno, o qual, caso não respeitado, pode levar à execução

por parte deste efetivo Estado paralelo.

Em muitas favelas, especialmente nos países pobres, muitos vivem em vielas muito

estreitas que não permitem o acesso de veículos (como ambulâncias e caminhões de

incêndio). A falta de serviços como a coleta de resíduos permitem o acúmulo de detritos

em grandes quantidades. A falta de infraestrutura é causada pela natureza informal das

habitações e pela ausência de planeamento para os pobres por funcionários dos

governos locais. Além disso, assentamentos informais enfrentam muitas vezes as

consequências das catástrofes naturais e artificiais, tais como deslizamentos de terra,

terremotos e tempestades tropicais. Incêndios são um problema frequente.[15]

Muitos habitantes de favelas empregam-se na economia informal. Isso pode incluir

venda de algum produto na rua, tráfico de droga, trabalhos domésticos e prostituição.

Em algumas favelas os moradores reciclam resíduos de diferentes tipos para a sua

subsistência.

Favelas muitas vezes estão associadas ao Reino Unido da Era Vitoriana, especialmente

nas cidades industriais do norte. Estes assentamentos ainda eram habitados até a década

de 1940, quando o governo britânico começou a contruir novas casas populares.

Durante a Grande Depressão, favelas também surgiram nos Estados Unidos onde eram

denominadas hoovervilles.

Page 4: O que é a periferia de uma cidade

Crescimento e controle

Favela em Jacarta, Indonésia. Favela Villa 31 em Buenos Aires, Argentina.

Nos últimos anos, tem sido observado um grande crescimento no número de favelas

devido ao aumento da população urbana em países em desenvolvimento e

subdesenvolvidos.

Em abril de 2005, o diretor da UN-HABITAT, afirmou que a comunidade global foi

aquém das Metas de Desenvolvimento do Milênio que visavam melhorias significativas

para os moradores de favelas, sendo que um adicional de 50 milhões de pessoas

passaram a morar em favelas ao redor do mundo nos últimos dois anos.[16]

De acordo

com um relatório de 2006 da UN-HABITAT, 327 milhões de pessoas vivem em favelas

em países da Commonwealth - quase um em cada seis cidadãos dessa comunidade. Em

um quarto dos países da Commonwealth (11 africanos, 2 asiáticos e 1 do pacífico), mais

do que dois em cada três habitantes urbanos vive em favelas e muitos destes países

estão se urbanizando rapidamente.[17]

O número de pessoas vivendo em favelas na Índia mais do que dobrou nas últimas duas

décadas e agora excede ao de toda a população do Reino Unido, segundo anúncio do

governo indiano.[18]

O número de pessoas vivendo em favelas é projetado para aumentar

para 93 milhões em 2011, ou 7,75% da população total do país.[19]

Muitos governos ao redor do mundo têm tentado resolver os problemas das favelas

através de despejos e desapropriações e sua substituição por habitações modernas e com

saneamento muito melhor. A deslocação de favelas é beneficiado pelo fato de que

muitos desses assentamentos precários não têm direitos de propriedade e, portanto, não

são reconhecidos pelo Estado. Este processo é especialmente comum em países em

desenvolvimento. A remoção de favelas muitas vezes toma a forma de desapropriação e

de projetos de renovação urbana, e muitas vezes os ex-moradores não são bem-vindos

na nova habitação. Por exemplo, na favela filipina de Smokey Mountain, localizada em

Tondo, Manila, projetos têm sido aplicados pelo governo e por organizações não-

governamentais para permitir o reassentamento urbano dos moradores da favela.[20]

De

acordo com um relatório da UN-HABITAT, mais de 2 milhões de pessoas nas Filipinas

moram em favelas,[21]

sendo que apenas na cidade de Manila, 50% dos mais de 11

milhões de habitantes vivem em áreas consideradas favelas.[22][23]

Page 5: O que é a periferia de uma cidade

Favela em Caracas, Venezuela.

Em alguns países, os governantes abordaram a situação resgatando os direitos de

propriedade rural para apoiar a agricultura sustentável tradicional, no entanto essas

ações têm sofrido forte oposição de corporações e capitalistas.[carece de fontes?]

Essas ações

do governo também tendem a ser relativamente impopulares entre as comunidades

faveladas em si, uma vez que envolve mover os moradores de volta ao campo, uma

inversão da migração rural-urbana que originalmente trouxe muitos deles para a cidade.

Os críticos argumentam que as desapropriações de favelas tendem a ignorar os

problemas sociais que causam a favelização e simplesmente redistribuem a pobreza para

regiões de menor valor imobiliário. Quando as comunidades são retiradas das áreas de

favelas para uma nova habitação, a coesão social pode ser perdida. Se a comunidade

original for movida de volta em novas habitações, depois desta ter sido construída no

mesmo local, os moradores das novas casas enfrentam os mesmos problemas de

pobreza e impotência. Há um crescente movimento para exigir uma proibição global

dos programas de remoção de favelas e outras formas de expulsões em massa.[24]

Um relatório da ONU, relativo a 2010, apontou que 227 milhões de pessoas deixaram

de viver em favelas na última década. Na Índia, a redução da população favelizada no

mesmo período foi de 125 milhões.[6]

Distribuição

Mapa indicando as favelas mais populosas do mundo.

Page 6: O que é a periferia de uma cidade

Mapa-múndi indicando a proporção da população urbana de cada país que vive em favelas.[25]

██ 0-10%

██ 10-20%

██ 20-30%

██ 30-40%

██ 40-50%

██ 50-60%

██ 60-70%

██ 70-80%

██ 80-90%

██ 90-100%

██ Sem dados

As favelas estão presentes em vários países. A maior favela da Ásia é Orangi, em

Karachi, Paquistão,[26][27]

enquanto que a maior da África é Khayelitsha na Cidade do

Cabo, África do Sul.[carece de fontes?]

Mesmo as favelas sendo menos comuns na Europa, o

crescente afluxo de imigrantes ilegais tem alimentado favelas em cidades comumente

usadas como pontos de entrada da União Europeia, como Atenas e Patras, na Grécia.[28]

Outros países com favelas incluem a Índia, África do Sul (onde elas são frequentemente

chamadas de squatter camps ou imijondolo), nas Filipinas, Venezuela (onde são

conhecidos como barrios), Brasil (favelas), Índias Ocidentais, como Jamaica e Trinidad

e Tobago (onde são conhecidas como shanty town), México (onde são conhecidas como

"cidades perdidas" e "assentamentos irregulares"), Peru (onde são conhecidas como

"pueblos jóvenes" ou "cidades jovens" em português) e no Haiti (onde elas são

chamadas de bidonvilles). Há também favelas em países como Bangladesh[29]

e

República Popular da China.[30][31][32]

[editar] Países desenvolvidos

Apesar de favelas serem menos comuns em países desenvolvidos, existem algumas

cidades que sofrem com o aparecimento desse tipo de assentamento humano. Em

Madri, na Espanha, um bairro de classe baixa chamado La Canada Real (que é

considerado uma favela) não tem escolas, creches ou postos de saúde. Algumas casas

não têm água corrente e há entulho e lixo por toda parte.[33]

Em Portugal, favelas

conhecidas como "bairro de lata" ou "barracas" são compostas por imigrantes das ex-

colônias do Império Português e de países do Leste Europeu. Os assentamentos são tão

precários que podem ser comparados a favelas de países em desenvolvimento e

subdesenvolvidos.[34]

Nos Estados Unidos, algumas cidades como Oakland e Newark

sofrem de altos índices de pobreza, que atingem mais de 10% da população e levam à

criação de "tent cities" ("cidades de tendas"). Outros assentamentos em países

desenvolvidos que são comparáveis às favelas, incluem subúrbios de classe baixa em

Paris, na França.

Page 7: O que é a periferia de uma cidade

[editar] Brasil

Ver artigo principal: Favelas no Brasil

Ver página anexa: Lista de favelas do Brasil

As favelas no Brasil são consideradas como uma consequência da má distribuição de

renda e do déficit habitacional no país. A migração da população rural para o espaço

urbano em busca de trabalho, nem sempre bem remunerado, aliada à histórica

dificuldade do poder público em criar políticas habitacionais adequadas, são fatores que

têm levado ao crescimento dos domicílios em favelas.

De acordo com a agência das Nações Unidas, UN-HABITAT, 26,4% da população

urbana brasileira vive em favelas.[6][25]

Dados do Ministério das Cidades, apoiados nos

números do Censo 2000 do IBGE, apontam que entre 1991 e 2000, enquanto a taxa de

crescimento domiciliar foi de 2,8%, a de domicílios em favelas foi de 4,8% ao ano.

Entre 1991 e 1996 houve um aumento de 16,6% (557 mil) do número de domicílios em

favelas; entre 1991 e 2000 o aumento foi de 22,5% (717 mil).[carece de fontes?]

Entretanto,

um relatório da Organização das Nações Unidas, divulgado em 2010, relativo aos dez

anos anteriores, apontou que o Brasil reduziu sua população favelizada em 16% nesse

período, o que representa que cerca de 10,4 milhões de pessoas deixaram de morar em

favelas.[6]

Ser ou não ser favelado… eis a questão

Publicado em 8 08UTC setembro 08UTC 2010 por Thiago Beleza

Esta semana iniciamos a divulgação do Cine Viela. Distribuimos impressos em A4 por

alguns pontos estratégicos, além de algumas cópias menores pra serem distribuídas.

Infelizmente os recursos são limitados (estamos fazendo as impressões em casa) e não

podemos fazer cópias suficientes pra colar em cada poste do bairro. A chamada é a

seguinte: “Quem disse que não tem cinema na favela?” …

Logo no início, um senhor, morador do bairro, nos chamou pra questionar “onde era

esta favela onde ocorreria o evento”… A Fernanda respondeu com categoria e

demonstrando uma paciência que eu nunca tive, que o termo favela se referia ao nosso

bairro, como representação de periferia.

Esse simples questionamento e o tom de ironia na voz do senhor estão revirando nas

minhas idéias sem parar. Pesquisei no dicionário:

favela: conjunto de moradias precarias situadas, geralmente, em morros, onde vive a

população de baixa renda dos centros urbanos.

Page 8: O que é a periferia de uma cidade

No Rio de Janeiro, as favelas estão todas localizadas nos morros. Já que na baixada,

estão os bairros nobres, longe deles estão as favelas.. em São Paulo, essa lógica é um

pouco diferente. Os bairros não são divididos pelo relevo. Existem aquelas favelas

clássicas, incrustadas no meio dos lugares com o metro quadrado mais caro da cidade,

com suas casas de papelão, madeirite, esgoto a céu aberto e todas as características que

fazem delas uma favela de filme… Estes lugares são a pedra no sapato daqueles que

insistem em ver São Paulo como a capital do luxo. A KM de distancia destes locais, está

localizada a perifieria da cidade. Vivendo as margens da cidade, do poder público e de

qualquer direito.

O cinema brasileiro (e este texto não uma crítica ao gênero, do qual eu sou fã) mantém

seu foco nas favelas cariocas. O imaginário popular assimilou o conceito de favela

mostrado em filmes como Tropa de Elite e Cidade de Deus. Dessa forma, favela que é

favela fica no morro, tem casas de madeira e é infestada de bandidos armados por todos

os lados.

Com exceção da presença ostensiva de bandidos armados, nosso bairro não difere muito

do conceito popular de favela. Temos os mesmos problemas de infra-estrutura, descaso

do poder público, baixa renda, violência, tráfico de drogas (ainda que discreto)… Ainda

assim, alguém, que talvez viva no bairro por opção e tenha melhores condições, talvez

não se veja neste contexto… Agora, me pergunto se a existência destas pessoas muda o

fato de vivermos em uma favela.

Isto não é um estudo antropológico, mas percebo uma negação das caracterísiticas de

um pobre ou de um favelado. Pessoas saem com sacolas nos pés pra não sujar os

sapatos de barro. Pessoas fazem chapinha e se vestem como a piriguete que passeia pelo

Shopping Morumbi. Pessoas compram carros e motos pra fazer parte de um grupo

social. É óbvio uqe as pessoas tem liberdade pra omitir de onde vem… Também é óbvio

que ninguém tem a obrigação de andar por aí reforçando o estereótipo do favelado (o

famoso “mano”)…

Por outro lado, negar suas origens é adequar-se a um padrão imposto por uma elite que

não reconhece a existência da periferia e de seus problemas. Quando fazemos este jogo,

alimentamos o argumento de que não existem diferenças sociais no Brasil ou que pobre

é pobre porque não se esforça o suficiente. Quem nega a própria origem, o faz porque

deseja fazer parte de um grupo social que não o aceita…

O uso do termo FAVELA no folder é a reafirmação de nossas origens. Somos favelados

e nos reconhecemos como o tal. Afinal, o que faz de nós, periféricos, melhores do que

os favelados?

Não alimentamos qualquer estereótipo, porém, não vemos a necessidade de adequação

do nosso vocabulário ou comportamento a padrões que não correspondem a nossa

realidade. Isso não é se fazer de coitado. É ter orgulho de ser, orgulho da origem, da

cultura e da força adquirida graças a necessidade constante de superar nossos limites.

É isso que o projeto Cine Viela representa… Nosso cansaço de fazer parte de um padrão

inventado por um sistema que nos manteve a margem desde sempre. Nossa vontade de

fazer algo por nossa gente ao invés de esperar que o estado faça… O Cine Viela é

#NoisPorNois

Page 9: O que é a periferia de uma cidade

“Não, não queremos ser chamados de favelados, apesar de sermos!”

Esse é o pensamento de quem mora na favela (inclusive yo), mas observando bem de

perto, percebo que apesar de não quererem ser chamados de favelados, a maioria não tá

nem aí pro próprio lugar que mora. Jogam lixo em local errado (córrego/terrenos

baldios), apesar de ter uma lixeira na rua… não desentopem o esgoto qdo entope…

Acho q se tem essa visão imunda da FVL porque os próprios moradores não fazem

questão de se mexer e tentar melhorar o lugar onde moram e se fazem de vítima o

tempo todo. Pensam ser fracos, mas são acomodados.

“-Ahh, aqui é favela, tem q ser suja.”

Não é assim, pobreza não é sinônimo de sujeira.

(Essa é a visão q tenho de onde moro, não generalizada)

O que adianta ter a casa mais linda da favela, tendo que pisar no barro pra entrar em

casa?

Aqui onde moro foi combinado de cada um dar 50 reais pra cimentar a viela… 3

pessoas deram o dinheiro, e as mais “pobres”.

Acho q quanto menor a casinha mais sincero o bom dia.

A maioria reclamou do preço… mas gastam 200 reais na porra de um timberland pra

pisar na lama e no esgoto.

Talvez esteja errado, mas me parece q qto mais um favelado tem, mas ele se acha

melhor q os vizinhos… daí vem o egoísmo

anti-comunitário.

MEui querido… refleti muito sobre este comentário pois sei que é verdadeiro…

Enfim, achei a resposta (talvez não a correta, mas a que eu acredito)..

Criaram uma realidade pra nós…Criaram um mundo FDP e injusto e nos entregaram…

Nesse mundo, favelas são imundas, reduto de bandido e o top de linha é EUA, Europa e

o escambau… O cara sai do capão pra ir passear no Shopping morumbi pra se sentir

parte de um mundo ao qual ele não pertence…Esse processa, o faz negar a própria

realidade pra tentar se encaixar na realidade do dominador…o últio texto que escrevi

sobre isso debate esta questão…

Perdemos nossa identidade como favelados… ser morador de favela é motivo de

vergonha pra nós… por isso muitas essoas em estas atitudes com a própria quebrada…

mas nunca é tarde né?

Page 10: O que é a periferia de uma cidade

o Sistema capitalista é individualista…

A vergonha de ser favelado o faz negar a identidade e não reconhecer as próprias falhas

e lutar pelo bem-estar coletivo… No fim das conats, é mais fácil ser alienado e somente

reproduzir o comportamento estereotipado.. a reflexão e o rompimento da inércia é um

processo dolorido.. é mais fácil entrar no personagem e fazer o jogo do sistema…

O jogo é tão bizarro que quando o cara melhora a casa dele, já não se vê como

favelado…sua casa esta rebocada, com a frente bonita.. e como ele esta cercado de

favelados, seus esforços passam a ser o de proteger o próprio patrimônio…

Por isso é tão importante romper com estes padrões de comportamento e resgatar nossa

identidade…

Esse é o ponto…

Não é o favelado que se sente melhor por ter mais posses que o outro.. é o indivíduo

inserido em um contexto capitalista, seja em uma favela ou num AP de luxo no

Morumbi…. essa é a logica do sistema… basta observar e vc vai ver…

Ocorre que nós somos condicionados a olhar pro nosso espaço como se não fizéssemos

parte dele…

Fato é que precisamos trazer esse debate

Vc acha que ser morador de favela é ser

sinônimo de ser vagabundo?

Poha, eu não moro numa favela, mas conheço gente que mora lá. Por que toda vez que alguns

de vcs querem chingar alguém aki chamam a pessoa de favelada? Acho que quem faz esse tipo

de coisa tem que levar muita surra da vida pra aprender umas lições. 90% dos moradores de

favela acordam as 4:00 hs da manhã pra trabalhar e saem as 9:00. Vcs acham justo subjulgar

uma pessoa por onde ela mora? Vcs acham que são melhores por morar no asfalto. Ah, vái pra

casa do k cet.

4 meses atrás Denuncie

Page 11: O que é a periferia de uma cidade

Detalhes Adicionais Jorge Silva: Com certeza vc é muito mais marginal que 90% dos favelados.

Um amor...: Então vc acha que todo pobre é bandido? E Brasilia?

4 meses atrás

Eu só fiz essa pergunta p/ ver o grau de ignorancia e idiotice que alguns usuarios aki do yahoo

possuem. Tem que aprender muito com a vida... É impressionante como o povo brasileiro é

capaz de ser tão eskroto e arrogante. E olha que vivemos TODOS na mer.da.

Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta Eu morei em favela durante 6 anos e a maioria das pessoas são ótimas. Não vou dizer

honestas,pois infelizmente no Brasil,é comum a picaretagem,não só nas favelas. Porém na

favela tem uma minoria que cisma que tem que ser perigoso e são esses que queimam o filme.

Sabe, a sua dúvida é muito interessante, e vc tem razão, sempre que alguém vai xingar uma

pessoa chama sim de favelado, ou favelada, mas sabe oque me da mais tristeza ? É saber que

tem gente na favela que é mais honesto do que quem vive em um hotel de luxo na copa

cabana, pow, tem gente que mora na favela, que tem tanto dinheiro, mas tanto dinheiro, que

podia comprar um hotel, mas muitas das pessoas ricas na favela, por exemplo na favela da

rocinha, nasceram e cresceram nas favelas, e quando crescem bem sucedidas e com muito

dinheiro, em vez pra um hotel de luxo, mora na favela, e o mais legal, nao esnobam as pessoas

menos favorecidas financeiramente ! = D

Bom, essa é a minha opnião, e mais uma vez vc fez uma pergunta excelente, pois falou de uma

realidade muito mal contada pela sociedade !! Abraços

Na favela as pessoas são humanas como as do asfalto só que tem coisas na favela que

não são excessão, digo porque mori no Jacaré, aqui no Rio, Manguinhos, Penha( Vila

Cruzeiro) Morro do Amor no Lins, Vila Kennedy em Bangú, e te digo que a maioria

dos jovens invejam os bandidos achando que maniro é ser como eles, eles não caem

bêbados como seus pais, seus tios seus avós, os bandidos andam de pistola com marra

de valente de gostoso e istoquer queiram ou não admirado pelos jovens da comunidade,

as meninas são desbocadas, s vestem mostrando o corpo como mercadoria ( Hoje

inclusive sendo imitadas pelas do asfalto), falando palavrão tomando cerveja que

convenhamos deixa a mulher mais fácil, sem pudor, at´os honstos trabalhadores que

saem as 4,00 h para trabalhar se consideram malandros e se tu quizer ser esculachado

por alguém é só arrumar questão comum deles, são bons de briga, são comedores, são

relapços nos estudos. subjugam os tímidos nas escolas ´um povo diferente não tem

dúvida nem melhor nem pior que os do asfalto, mas difrent dos do asfalto com certeza

Page 12: O que é a periferia de uma cidade

palavra de quem tem trinta anos de favelas morros no Rio mesmo sendo gaúcho. Um

abraço

4 meses atrás