o profeta elias contra a mediocridade religiosa

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Livro de Utamir Oliveira

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1ª Edição - Setembro- 2012 Vila Velha

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© 2012 — Above PublicaçõesEditor ResponsávelUziel de Jesus

EditoraDaiane Benedet

RevisãoAndrea Gatto

CapaMelissa Roncete

Pré-ImpressãoSamuel Medeiros

Diagramação Jairo Bonellá

Todos os direitos reservados pelo autor.

É proibida a reprodução parcial ou total sem a permissão escrita do autor.

Salvo em breves citações com idicação da fonte.

Editora Above(27) 4105-3374www.aboveonline.com.br

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Este livro é dedicado a todos os alunos de Te-ologia do Semanário Basileia da Assembléia de Deus de Amaralina, e aos professores que, através do ensi-no e orientação dedicada, inspiraram-me e propor-cionaram-me o desejo de escrevê-lo, e a todos aqueles que anseiam o puro Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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Apresentação

Andando pela região do antigo Israel e obser-vando o seu cenário pelos séculos X e IX a.C., encon-tramos o reino de Israel dividido em duas partes. No reino do norte, aproximadamente nos anos de 918 a.C. a 897 a.C, Acabe era o sétimo e o pior rei de toda a história de Israel. Sob a influência de sua esposa Fení-cia, a rainha Jezabel, o rei Acabe importou e oficializou cultos pagãos para dentro do território de Israel.

O principal culto foi a adoração ao deus sírio Baal, ao qual construiu um santuário na capital do seu reino, Samaria. Sua esposa, a rainha Jezabel, de tempe-ramento intolerante e enérgico, esforçava-se para eli-minar todos os seus opositores, fora e dentro do palá-cio, sempre substituindo-os pelos de sua confiança.

A nação estava em crise. O pecado havia conta-minado todo o território de Israel e, se isso não fosse detido logo, toda a nação estaria em sérios problemas espirituais e materiais irreversíveis. No auge da aposta-sia, em meio ao caos, aparece o profeta Elias, oriundo de uma região da Galileia chamada Tisbe. Sua luta he-róica contra o sincretismo religioso de sua época faz

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desse profeta um personagem bíblico lembrado e acla-mado em tempos de apostasia.

Elias aparece no cenário com uma missão ur-gente ao serviço de Deus. Como um valente guerreiro de Deus, Elias fez frente ao inimigo, dando testemu-nho audacioso e poderoso da sua fé. O nome Elias, por si só, já expressa seu caráter e sua função na história bíblica. Era cabal e idôneo ao profeta para sua missão, pois o significado é “Yahweh é meu Deus”. E, sendo as-sim, para o profeta não havia possibilidade de Baal ou outros deuses.

Que a leitura deste livro proporcione a você, o prazer e a honra de ser uma luz de Deus na Terra e um agente de combate ao mau, à idolatria e à ignorância espiritual de seu país, como fez o profeta Elias.

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Agradecimentos

A Deus, que não pude achar, mas fui achado por Ele. Não pude encontrá-Lo, mas fui descoberto por Ele no infante da minha vida. Que graça maravilhosa!

À minha querida mãe, que é uma mulher ami-ga, que briga, protege e chora e nunca deixa que o labor tire o seu sorriso, sua força e a sua esperança, e que sempre está pronta a amar. Essa mulher guerreira é preciosa como um cristal, porém, não se deixa quebrar tão facilmente. Seu nome é Helena.

À minha esposa, Jeane Oliveira. Sem o seu apoio e incentivo esta obra não teria sido concluída.

Aos meus filhos Wesley e Jayane, que foram os mais sarificados neste projeto. Amo vocês.

Aos meus irmãos e irmãs têm todo o meu amor. Nós com certeza dividimos muitas experiências ótimas e péssimas. Já brigamos, perturbamos, abraçamos, dis-cutimos, pentelhamos uns aos outro e choramos. As travessuras, as maluquices e as brincadeiras sempre serão lembradas. Mais ainda estamos aqui! Melhor do que todos os presentes é a presença de vocês. Beautiful, beautiful, beautiful vocês.

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A todos os meus colegas de trabalho

Às pessoas que contribuíram para a minha for-mação cristã: Irmã Romana; Irmão Lícia Maria (in me-moriam); minha cunhada Dilma Silva, que me ensinou os primeiros passos na fé, juntamente com Sueli Santos e Valderglacia; Irmã Alaíde Santana (in memoriam); irmãs dirigentes do círculo de oração; os pastores dos quais tive o privilégio de ser aprendiz; meus professo-res da EBD e de Teologia.

Ao Pr. Abílio Santana, por ter acreditado em mim e, movido pelo Espírito Santo, tomou a decisão corajosa, dando-me a oportunidade de cobrir algumas de suas agendas. Obrigado.

Também às seguintes pessoas, por sua inestimá-vel orientação no processo de revisão deste livro, con-tribuindo para que o mesmo fosse possível. São elas: professor Raimundo Santana, que teve o primeiro con-tato com o livro, quando era, ainda, apenas um “em-brião”; minha sobrinha Priscila Oliveira, tão talentosa e sempre disposta a me ajudar, esclarecendo muitas coisas; professor Pr. Nilton Marinho, que quando rela-tei sobre o material para este livro se dispôs a ter acesso ao conteúdo, avaliou e deu sua preciosa parcela de con-tribuição para que este livro se tornasse melhor. Graças a vocês esta obra está muito melhor.

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A todos meus amigos que ganhei no decorrer da vida enriquece-me, não pelo que me oferecem, até por-que, a verdadeira amizade é incondicional, pura e sem interesse. “É como o Sol a nos iluminar, sem nada pe-dir em troca, nem ao menos um olhar”. Por esta razão a amizade de vocês é um verdadeiro patrimônio.

A todos que, direta ou indiretamente, têm nos ajudado nesta caminhada de fé.

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Palavra do Autor

Este livro é fruto do resultado de mensagens mi-nistradas em diversas igrejas.

Após as ministrações, muitas pessoas nos pro-curavam informando de que haviam sido despertadas por Deus enquanto ouviam a mensagem. Haja vista o número crescente de relatos do mover de Deus durante as mensagens.

O autor não poderia perder a oportunidade de alcançar ainda mais pessoas pela publicação do mate-rial em um livro. Mesmo porque, na oração do autor é sempre pedido a Deus que a sua simples e modesta, porém, poderosa mensagem, possa alcançar o maior número possível de pessoas para Cristo.

Por conta do exposto acima, foi reunido o maior número de texto possível para dar origem a este mo-desto, mas rico e significativo livro, que tem por obje-tivo trazer um real despertamento em você, leitor, que está tendo a oportunidade de lê-lo.

Este é um livro que se não é o gênero de alguns modernos, por outro lado atende às exigências do povo

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de Deus.

Neste livro são focadas, de maneira ampla e ob-jetiva, através de um profícuo trabalho investigativo, a vida e a mensagem do profeta Elias, como filho de sua época. Em seguida, é relatada a importância do preparo, o combate à mediocridade religiosa, o modo de como lidar e olhar para as derrotas com uma nova perspectiva e, por fim, chega-se ao clímax do ministé-rio do profeta com a sua “transladação” ao céu, fazen-do um paralelo com o arrebatamento da Igreja.

O desejo do autor é que este texto seja uma ex-tensão do ministério confiado por Deus, a fim de que cada leitor tenha a sua vida levantada e fortalecida es-piritualmente durante a leitura deste livro.

Utamir Oliveira da Silva

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Sumário

Introdução ...................................................................... 19

Capítulo 1 Os Males da Monarquia ................................................. 27

Capítulo 2 O Profeta Elias e o Sincretismo Religioso De Seu

Tempo. ............................................................................ 35

Capítulo 3A Preparação do Profeta Elias no Combate à

Mediocridade de sua Época ........................................... 49

Capítulo 4A Disposição do Profeta Elias no Combate à Medicridade

de sua Época ................................................................... 57

Capítulo 5A Decepção e o Desânimo do Profeta Elias no Combate a

Mediocridade de sua Época ........................................... 99

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Capítulo 6A Ascensão do Profeta Elias e sua Vitória Final Contra a

Mediocridade de sua Época ......................................... 129

Capítulo 7O Arrebatamento do Profeta Elias em Analogia ao

Arrebatamento da Igreja .............................................. 139

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O Profeta Elias contra a Mediocridade Religiosa

Prefácio

Ao ler cada linha deste livro, ao, meticulosa-mente, analisar cada palavra, eclodiu, subitamente, no meu ser, o desejo de poder viver um Evangelho puro, um Evangelho sem resquícios de maniqueísmo hu-mano, um Evangelho espontâneo que, de tão perfeito, nem se nota, mas com ele se come, passeia-se, ama-se, compreende-se, trabalha-se e vive-se.

Ao passear o meu olhar calmamente por estes escritos, inexplicavelmente as palavras tornaram-se uma voz, um grito, que ecoou na zona mais abissal de meu ser, anunciando e me chamando para um novo despertar, a uma interpretação nova, que produz arre-pendimento na consciência de cada evangélico, cada líder que, irresponsavelmente, deixou banalizar o sa-grado Evangelho. E quem não ganhar esse novo olhar que decorre dessa nova mente... e do Espírito...

O autor, maestralmente, convoca-nos a refletir e a resgatarmos o verdadeiro discurso cristocêntrico que regenera o ser, de modo que, dentro de cada um de nós, emerja, exploda, uma metamorfose que deixe para trás um casulo de velhices e faça surgir um ser ab-solutamente novo, com nova mente, nova consciência, nova percepção, nova interpretação da vida, nova ati-tude, nova postura. Se isso não acontecer, assim como

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Utamir Oliveira

propõe o autor, se alguém não nascer desse milagre, não pode entrar no reino de Deus, mesmo sendo o mais conservador de todos os crentes.

Fica aqui registrado o meu mais puro respeito a este que produziu uma obra que irá revolucionar e quebrar paradigmas que perpetuam, ainda, a velha concepção de um Evangelho sectarizado e fragmenta-do em interesses humanos.

Só me resta agradecer a Deus por este presen-te inspirado e interpretado nas mãos desse grande homem, Utamir Oliveira, que, sinteticamente, como grandes escritores, sem romantismo, sem adjetivismos, conseguiu compilar, de uma forma fenomenal e lim-pa, a Verdadeira Vontade de Cristo a um processo de Resgate do verdadeiro Evangelho por ELE difundido. 2 Coríntios 5: 14: “Pois o amor de Cristo nos constrange” – Esse amor que nós vimos revelar-se na loucura do Evangelho.

Alex Gondim Lima

Economista UFBA e Analista de Sistema IFBA

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O Profeta Elias contra a Mediocridade Religiosa

Introdução

A mediocridade evangélica. Um mal atual?

Em primeiro lugar, é importante esclarecer o que é mediocridade. Para o autor, mediocridade é o es-tado de algo ou alguém que está dentro da média, ou seja, uma “regra de fé e prática” nada acima da norma dos “escribas e fariseus”. O movimento evangélico bra-sileiro está sofrendo de mediocridade!

Um sinônimo de mediocridade seria o termo “Normose”. Normose é um conjunto de hábitos de comportamentos gerados por uma norma, um consen-so estático de uma maioria em geral absoluta, que dita uma maneira de pensar e de se comportar. 1

O autor entende que mediocridade é uma doen-ça que nos leva a achar tudo normal, adaptar-se a essa normalidade e inserir-se nela.

Já a Normose é a palavra usada para definir a forma de comportamento vista como normal, mas que, na realidade, é anormal. Desta forma, mudamos nos-sos conceitos e comportamentos (ou aderimos) em

1 Definição do professor e escritor Pierre Weil, na palestra Ética e De-senvolvimento – A Ciência a Serviço da Humanidade.

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Utamir Oliveira

virtude de uma anormalidade imposta à sociedade em que vivemos e acabamos recebendo uma aberração como se fosse algo “normal”. Assim, seguindo essa mesma linha de pensamento, “medíocre” é o indivíduo que sempre procura tornar-se de acordo com a forma e a forma do coletivo, sem o mínimo de senso crítico, sem se importar se esses comportamentos aceitos e praticados pela coletividade são apropriados ou não, adequados ou não diante do Criador. Aqui se pode aplicar a famosa frase de Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimida-de não precisa pensar”. Esta frase nos leva a uma refle-xão: se a palavra “unânime” vem do latim unanimis, que traz um significado benéfico, em duas ou mais pes-soas vivem com um só ânimo ou como uma só alma. Evidente que nem toda unanimidade é néscia.

Mas pode tornar-se quando a unanimidade é o esforço empre-gado para inibir a criatividade, re-primir a reflexão e a capacidade de

fazer crítica.

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No ponto de vista do autor não é inteligente todos obedecerem de maneira cega e sem questionamento uma lei injusta ou fora da realidade de um povo. E nem tão pouco é inteligente, por exemplo, comprar um tipo de roupa por que todos estão usando, mesmo a contra-gosto. Em ambos os contextos citados acima é possível que a unanimidade não seja inteligente, mas, sim, men-tecapta, um atalho para a mediocridade.

Unanimidade inteligente requer a liberdade de distinguir entre o direito de questionar e o dever de comprometer. Requer, mais ainda, a capacidade de re-conhecer que se pode estar sofrendo uma patologia da maioria, a “normose”, uma doença em que as pessoas acham tudo normal, sofrendo de mediocridade sem a menor preocupação de serem “medíocres”. Há suficien-tes exemplos de personagens bíblicos que optaram pela não mediocridade. Um deles é o profeta Micaías. De acordo com o livro de I Reis 22.5-,14,18: “Disse mais Jeosafá ao rei de Israel: ‘Rogo-te, porém, que primei-ro consultes a palavra do Senhor’. Então, o rei de Isra-el ajuntou os profetas, cerca de quatrocentos homens, e perguntou-lhes: ‘Irei à peleja contra Ramote-Gileade, ou deixarei de ir?’. Responderam eles: ‘Sobe, porque o Senhor a entregará nas mãos do rei’.

Disse, porém, Jeosafá: ‘Não há aqui ainda algum profeta do Senhor ao qual possamos consultar?’.

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Então, disse o rei de Israel a Jeosafá: ‘Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor. Mica-ías, filho de Inlá; porém, eu o odeio, porque nunca pro-fetiza o bem a meu respeito, mas somente o mal’. Ao que disse Jeosafá: ‘Não fale do rei assim’.

Então, o rei de Israel chamou um eunuco e disse: ‘Traze-me depressa Micaías, filho de Inlá’.

O mensageiro que fora chamar Micaías falou-lhe, dizendo: ‘Eis que as palavras dos profetas, a uma voz, são favoráveis ao rei; seja, pois, a tua palavra como a de um deles, e fala o que é bom’.

Micaías, porém, disse: ‘Vive o Senhor, que o que o Senhor me disser, isso falarei’.

Então, disse ele: ‘Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: ‘Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa’.

Disse o rei de Israel a Jeosafá: ‘Não te disse eu que ele não profetizaria o bem a meu respeito, mas somente o mal?’”.

O rei Acabe mantinha relações amigáveis com o rei de Judá, Josafá, e o mesmo concordou em ir à guerra contra os sírios como seu aliado, contando que consul-tassem ao Senhor antes de tomarem qualquer decisão.

Acabe mandou reunir os seus profetas, quase

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quatrocentos, possivelmente alguns dos que haviam res-tado dos profetas de Baal e Asera, que não teriam parti-cipado do desafio de Elias no monte Carmelo.

Os profetas de Acabe (de Baal), para agradar a Jo-safá, fizeram uso do nome de Javé e disseram: “Sobe”. Estes profetas, em sua mediocridade, preocupavam-se tão somente em dizer palavras que o rei gostaria ouvir. Já o rei Josafá, com seus sentidos espirituais mais agu-çados, podia discernir a mentira e percebeu a bajulação dos profetas, que queriam agradar mais ao rei do que a Deus, e pediu que o rei Acabe trouxesse um verdadei-ro profeta do Senhor. De má vontade, Acabe mandou chamar Micaías, um profeta que não poupava palavras para criticá-lo pelos seus atos de maldades. Segundo I Rs 22:8ª, acerca do profeta Micaías disse o rei Acabe: “...nunca profetiza de mim o que é bom...”. Até hoje, muitos líderes, governantes, enfim, as pessoas amam os medío-cres e bajuladores. Ora, a Bíblia diz que “mais vale uma crítica franca que uma verdade encoberta” (Pv 27.5).

Os que sofrem da mediocridade querem que os pregadores moldem a doutrina segundo a moda de cada época, conforme o gosto dos ouvintes, e ainda acrescen-tem a expressão: “Assim diz o Senhor”.

O profeta Micaías não foi influenciado pela maio-ria porque ele sabia que a verdade não corresponde, ne-cessariamente, à opinião da mesma. Micaías sabia que a

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voz do povo não é a voz de Deus e por não ser medíocre foi preso. Porém, ele foi fiel à sua consciência. Um pro-feta fiel ao Senhor vale mais do que outros quatrocentos falsos ou autoproclamados profetas.

Micaías sabia que o maior bem que podemos fa-zer a uma pessoa que anda por um caminho perigoso é falar-lhe sobre o perigo que está correndo.

O profeta Elias na contramão do sistema da época.

Elias era um poderoso e influente profeta, que se destacava por sua resistência ao sistema autoritário so-cial e religioso/político do rei Acabe e da rainha Jezabel e pelos feitos miraculosos que Javé fizera por seu inter-médio, como aparecer e desaparecer de forma misterio-sa sem deixar vestígios. Por conta disto, foram geradas muitas especulações em torno desse profeta, todas re-cheadas de mitos e lendas.

Elias não se ajustava e nem se enquadrava no sistema religioso e ao comportamento de seus compa-triotas, que se adaptaram à nova tendência religiosa, que gerava imoralidade, sacrifícios humanos, inclusive de inocentes (crianças) e pena capital aos da oposição. Elias combateu a “mediocridade” da época que era, na verdade, uma ditadura da normalidade imposta. Não dava para colocar o profeta Elias dentro de uma caixa e

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