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Toda vez que ocorrer algum tipo de dano tecidual/endotelial no
organismo, decorrente de traumatismo ou processo infeccioso, se
iniciará um processo de modificações fisiológicas e anatômicas
denominado de processo inflamatório. Na figura a seguir, pode-se
observar as diferentes rotas bioquímicas e os seus efeitos fisiológicos,
que se estabelecem a partir do momento que vasos sangüíneos são
danificados.
O Processo Inflamatório
Além das reações bioquímicas mostradas na figura anterior,
ocorrerá um consumo de fosfolipídeos de membrana, por alguns
tipos celulares, que gerará ácido araquidônico que, por sua vez, será
processado pela enzimas ciclooxigenase ou lipooxigenase dando
origem às prostaglandinas, troboxano e leucotrienos que são
importantes fatores de manutenção do processo inflamatório, como
pode ser visto na próxima figura. São nestas vias que os conhecidos
anti-inflamatórios não esteróides como o ácido acetil-salicílico,
ibuprofeno e indometacina, entre outros, agem.
No processo inflamatório também são secretadas citocinas. Na fase
aguda são produzidas especialmente a interleucina-1 (IL-1), IL-6 e o
fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa). Estas citocinas terão
diferentes funções e agirão em diferentes tecidos. Adicionalmente,
serão secretadas na circulação as chamadas proteínas de fase aguda
que ajudam o sistema imune contra organismos infecciosos.
Com o estabelecimento do processo inflamatório algumas alterações
anatômicas e fisiológicas ocorrerão na região. Os vasos,
principalmente nas vênulas e junções com arteríolas, vasodilatarão
ocasionado uma hipotensão no local, embora com aumento do fluxo
sangüíneo. As células do endotélio vascular, que antes eram
justapostas, agora apresentarão um certo espaçamento o que
permitirá a passagem de líquido e células da circulação sangüínea
para dentro do tecido.
A passagem de líquido se dará inicialmente numa velocidade
superior à capacidade dos vasos linfáticos de drenar este líquido,
ocasionando um acúmulo de fluido no tecido, é o edema. Estes
acontecimentos, em regiões superficiais do organismo serão
observadas como inchaço acompanhado de vermelhidão, resultante
de um maior fluxo sangüíneo no local e conseqüente aumento de
temperatura na região (não é febre). As modificações fisiológicas
levarão, também, a uma maior sensibilidade à dor no local. Em
alguns tipos de infecção esta reação inflamatória será acompanhada
por febre, resultado da ação de citocinas sobre o sistema nervoso
central.
As células do Sistema Imune estão continuamente em movimento no
organismo de mamíferos. Esta migração poderá ocorrer entre a
circulação sangüínea e tecidos inflamados ou em direção aos órgãos
linfóides secundários, dependendo do tipo celular.
Para que uma célula possa passar da circulação sangüínea para
dentro de um tecido é necessário que moléculas de superfície,
chamadas genericamente de adesinas, sejam expressas tanto pelo
leucócito como pelas células do endotélio do vaso.
A Migração Celular