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O PREPOSTO NA JUSTIÇA DO TRABALHO

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O PREPOSTO NA JUSTIÇA DO

TRABALHO

1ª edição – 20002ª edição – 2013

GEORGE DE OLIVEIRA NOBREGraduado e Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos pelo

Centro Universitário Monte Serrat — UNIMONTE. Atua na área de Recursos Humanos há mais de 20 anos, em diversos ramos de atividade como:

Petroquímica, Agronegócio, Construção Naval, Agência Marítima, Operação Portuária, Transportes e Limpeza Urbana. Atuou como docente junto ao

SENAC-Santos. Atualmente milita na área de Recursos Humanose preparo de prepostos na Justiça do Trabalho.

O PREPOSTO NA JUSTIÇA DO

TRABALHO

2ª edição

R

EDITORA LTDA.

Rua Jaguaribe, 571CEP 01224-001São Paulo, SP — BrasilFone (11) 2167-1101www.ltr.com.br

Projeto de capa: FÁBIO GIGLIO Impressão: FORMA CERTA

Novembro, 2013

Todos os direitos reservados

Índice para catálogo sistemático:

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Nobre, George de Oliveira

O preposto na justiça do trabalho / George deOliveira Nobre. — 2. ed. — São Paulo : LTr,2013.

1. Direito processual do trabalho — Brasil2. Justiça do trabalho — Brasil 3. Prepostos — Brasil4. Trabalho — Leis e legislação — Brasil I. Título.

13-09605 CDU-347.515.23:347.9:331(81)

1. Brasil : Prepostos do empregador : Processodo trabalho 347.515.23:347.9:331(81)

Versão impressa - LTr 4851.1 - ISBN 978-85-361-2710-1Versão digital - LTr 7665.3 - ISBN 978-85-361-2780-4

AGRADECIMENTOS

Citar as pessoas para agradecer é muito difícil, porque são muitas. Mas não dá para negar a grande ajuda que algumas delas nos

deram para a concretização deste livro, principalmente meus pais, avó, padrinhos, esposa, filho e amigos. A ajuda destes, até mesmo

inconsciente, com seus pensamentos, palavras e gestos, nos faz prosseguir na dura jornada de nossa vida. Mas, a cada dia que se passa,

ficamos felizes e agradeçemos a Deus por tudo.

Esperamos que este livro ajude aos profissionais que se empenham, a todo momento, em fazer com carinho e zelo essa atividade, muitas vezes não abertamente reconhecidos, contudo, não desistam, pois a

recompensa vem como fruto do êxito de seu trabalho bem-feito.

7

SUMÁRIO

PREFÁCIO ...................................................................................................................... 9

INTRODUÇãO ................................................................................................................ 13

CAPíTULO I

I. O Preposto ................................................................................................................... 19

I.I. O Perfil do Preposto ............................................................................................ 19

CAPíTULO II

II. Como se compõe a Justiça do Trabalho ................................................................. 23

CAPíTULO III

III. O Preposto e a CLT .................................................................................................. 27

III.I. Atividade do Preposto ...................................................................................... 28

CAPíTULO IV

IV. Advertências e Precauções ...................................................................................... 35

CAPíTULO V

V. A Legislação Trabalhista .......................................................................................... 39

V.I. O Empregador .................................................................................................... 39

V.II. O Empregado..................................................................................................... 40

CAPíTULO VI

VI. Fases do Processo Trabalhista ............................................................................... 43

8

VI.I. Petição Inicial ou Reclamação Trabalhista .................................................... 43

VI.II. Contestação do Pedido ................................................................................... 43

VI.III. Audiências ....................................................................................................... 44

VI.IV. Provas .............................................................................................................. 45

VI.V. Razões Finais .................................................................................................... 45

VI.VI. Sentença ........................................................................................................... 46

VI.VII. Recurso Ordinário ........................................................................................ 46

VI.VIII. Recurso de Revista ...................................................................................... 47

VI.IX. Contrarrazões ................................................................................................. 47

VI.X. Execução ........................................................................................................... 47

CAPíTULO VII

VII. Reclamações mais frequentes .............................................................................. 51

VII.I. Contrato de Trabalho .................................................................................. 51

VII.II. Vendedores ................................................................................................. 51

VII.III. Vínculo Empregatício ............................................................................... 51

VII.IV. Questão Disciplinar .................................................................................. 52

VII.V. Portadores de Garantia de Emprego ou Estabilidade ......................... 52

CAPíTULO VIII

VIII. Comentários de Juristas sobre “O Preposto” .................................................... 55

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 57

BIBLIOgRAFIA ............................................................................................................. 61

ANExOS .......................................................................................................................... 65

Modelo de Procuração .............................................................................................. 67

Modelo de Carta de Preposição .............................................................................. 68

Modelo de Análise Processual ................................................................................. 69

PREFÁCIO

11

Aprovada Emenda Constitucional n. 24 que acaba com classistas. Extin-ção dos juízes classistas é o primeiro passo para o fim da Justiça do Trabalho proposta pelo Presidente do Senado. A questão é polêmica. Afinal, é vantajo-so ter uma Justiça do Trabalho?

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal aprovaram a extinção dos juízes classistas. A votação foi resultado da campanha, en-cabeçada pelo Presidente do Senado, que tem como objetivo, segundo suas próprias declarações, acabar com a Justiça do Trabalho no Brasil.

Não é novidade que a estrutura da Justiça Trabalhista é cara e enorme. O Brasil é um dos poucos países do mundo que tem um setor específico para julgar as pendências entre patrões e empregados. O sistema nasce nas Varas do Trabalho e desemboca no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília.

Caso a Justiça do Trabalho seja extinta, como ficarão as demandas traba-lhistas se a Justiça Comum é tão (ou mais) sobrecarregada? Com questões tão específicas, um juiz não especializado terá condição de julgar os processos? Quanto tempo demorará para que uma disputa tenha solução?

Um problema apontado pelos que querem a extinção dos juízes classis-tas é que eles entram no Judiciário sem concurso público — são indicados e nomeados para um mandato de três anos, com direito à recondução.

Por outro lado, os que querem sua manutenção (e da Justiça do Trabalho) afirmam que o sistema traz para dentro da Justiça Trabalhista uma visão comple-ta das relações do trabalho, possibilitando decisões “mais justas” e mais rápidas.

Como se isso não bastasse, foi aprovada em 1997, pelo Governo Federal, a Lei Marco Maciel, que institui no Brasil a Mediação e Arbitragem, a pretexto de facilitar e agilizar os processos trabalhistas, tratadas no âmbito privado.

Com tamanha pressão, não há sistema que resista, certo? Errado. Está aí a Justiça Trabalhista para provar o contrário. E tem gente que acredita nela, como o jovem empreendedor, autor deste trabalho, que tem por objetivo mos-trar aos leitores a importância do papel do preposto no processo trabalhista.

Graduado e pós-graduado em Administração de Recursos Humanos, pelo Centro Universitário Monte Serrat — UNIMONTE — Santos, sempre demonstrou interesse no tema. Em nossos primeiros contatos profissionais e depois durante os cursos, não falava de outra coisa. O seu trabalho de con-clusão não poderia ser outro senão sobre o papel do Preposto na Justiça do Trabalho.

12

O livro ora colocado à disposição dos leitores é verdadeiramente um guia às empresas, de pequeno, médio e grande porte, aos profissionais de re-cursos humanos, aos microempresários e, principalmente, aos Prepostos, que muitas vezes assumem o papel sem saber efetivamente o que representam e a sua importância na Justiça do Trabalho.

Segundo o autor, Preposto é o representante do empregador para substi-tuí-lo em juízo. Para tanto, deverá apresentar-se em audiência com uma carta de preposição da empresa.

De uma forma simples e sintética, o texto buscar orientar o Preposto no conjunto de ações que compõe o seu importante papel, descrevendo a composição da Justiça do Trabalho, as principais atividades do Preposto, advertências e precauções, a legislação trabalhista sob o enfoque do empre-gador e empregado.

Descreve ainda as fases do processo trabalhista, informa sobre a petição inicial, a contestação do pedido, as audiências, as provas, as razões finais, a sen-tença, os recursos ordinários e de revista, as contrarrazões e a execução.

Registra as reclamações mais frequentes, o contrato de trabalho, o vínculo empregatício, a questão disciplinar, as diferenças de garantia de emprego e a estabilidade.

E, finalmente, demonstra por meio dos anexos, os modelos de procura-ção, de carta de preposição e de análise processual.

O autor retrata, nesta sua primeira obra, o seu profundo conhecimento sobre o tema, fruto da sua experiência prática, pesquisa e aprendizado acadê-mico, e também produto da observação acurada de um jovem especialista no acompanhamento e no trato do tema.

Quem já conhece o assunto consolida-o, quem quer aprender o faz de uma maneira tranquila e fácil.

O livro vem em boa hora preencher uma lacuna em nossas bibliotecas, pois há carência de literatura sobre o tema.

Eis o grande mérito desta obra: colaborar para o aprendizado das pessoas e organizações.

Edgar KanemotoConsultor de Gestão de Pessoas.

Conselheiro de Desenvolvimento de Carreira — Sindicatodos Administradores no Estado de São Paulo.

Conselheiro no Conselho Regional deAdministração de São Paulo — CRASP.

INTRODUÇãO

15

Este livro tem a finalidade não de ensinar, mas de instruir os que pos-suem a atividade de Preposto dentro de sua empresa, visando prepará-lo melhor, e até mesmo enfatizar a devida importância que o Preposto tem.

O Preposto é o representante legal da empresa nos processos trabalhistas. Suas declarações possuem grande influência no rumo tomado pelo processo até o seu fim, resultando inclusive na perda in totum de uma reclamatória.

Além disso, os compromissos assumidos pelo Preposto se tornam obri-gações irretratáveis e irrevogáveis para a empresa. Porque, naquele momento da audiência, o Preposto é o empregador em forma de uma única pessoa, é o conhecedor dos fatos, o que disser será a verdade para os nossos Julgadores.

Por esses motivos, a escolha e a orientação adequada ao Preposto são muito importantes para reduzir os custos oriundos dos processos trabalhis-tas — principalmente no atual quadro em que se encontra nossa economia e do mundo, o povo não tem emprego e vê, mediante um processo trabalhista, a saída para ter algum ganho, razão disso que, nas atuais reclamatórias, são feitos diversos pedidos, diversas histórias, utilizando por meio da astúcia de nossos excelentes advogados, a condenação dos empregadores que não con-seguem comprovar a sua inocência, e por fim se obtém o êxito do processo, ou pelo menos o resultado: PROCEDENTE EM PARTE.

CAPíTULO I

19

I. O PREPOSTO

O Preposto é a pessoa nomeada/designada por alguém para assumir a direção ou pôr-se à frente de qualquer serviço. No setor jurídico trabalhista o termo Preposto significa o representante do empregador para representá-lo em juízo. Deverá portar em audiência uma Carta de Preposição que possua assinatura de pessoa que tem Procuração em Cartório para representar o em-pregador, autorizando, assim, que o Preposto represente a empresa neste ato.

I.I. O PERFIL DO PREPOSTO

O Preposto deverá ser alguém comprometido com os interesses da empresa, ter ambição em conseguir buscar a inocência do seu empregador, habilidade na coleta de informações e provas para solução dos fatos, é im-prescindível que o Preposto seja conhecedor dos fatos sobre os quais será o dissídio. Sua atuação junto ao advogado é de suma importância, tem de ha-ver uma sinergia entre ambos, para se conseguir o resultado esperado. Não estamos dizendo que o Preposto deve ser obrigatoriamente alguém com co-nhecimentos profundos em Direito do Trabalho, mas que seja interessado no assunto.

Sua aparência precisa ter boa discrição, se apresentar bem diante de uma audiência é importante. “Não se esqueça que naquele momento VOCÊ é a empresa.” Utilizar o termo “vestir a camisa da empresa”, se comprometer com o que está sendo feito, interagindo com o processo, tentando colher o máximo de informações possíveis, para que diante de qualquer situação de-sempenhe bem o seu papel.