o modelo de desenvolvimento agrícola do município de sinop...

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III CICLO DE PALESTRAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS As alternativas de atividades de trabalho, renda e empreendedorismo sustentável e o Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso e para o Brasil. O Modelo de Desenvolvimento Agrícola do Município de Sinop e a relação com a exploração madeireira no período de 1985 à 2008 Wylmor Constantino Tives Dalfovo – UNEMAT: [email protected] Ana Carolina A. Oliveira - UNEMAT Udilmar Carlos Zabot – UNEMAT: [email protected] Resumo O presente artigo tem por finalidade destacar através de uma analise comparativa a evolução das principais culturas agrícolas no município de Sinop, Mato Grosso, com os indicadores da evolução do desmatamento neste município no período de 1980 a 2008. O artigo destaca também os dados sobre o desmatamento brasileiro e dos estados localizados nas regiões limítrofes à Amazônia brasileira. Como problema central do artigo buscou-se identificar o grau de influência do desmatamento na ocupação agrícola do município e os impactos deste modelo de colonização nas características ambientais da região. Com base nos dados e nas informações fez uma análise descritiva do comportamento temporal do desmatamento e da produção agrícola, fundamentando em uma análise estatística e econômica. Observou-se que o desmatamento teve como objetivo a abertura de áreas para a produção agrícola, que por sua vez, foi fruto de uma política de ocupação regional, implantada pelo governo federal. Contudo, identificou-se uma relação direta entre o processo de ocupação da região, a exploração madeireira e o crescimento da atividade agrícola. Palavras-chave: Produção agrícola, desmatamento, desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental. 1. Introdução Segundo Camargo (2003) as preocupações com o meio ambiente surgiram a partir da Segunda Guerra mundial, pois o que restou da guerra foram conseqüências negativas, como o crescimento populacional acelerado em algumas partes do mundo e a partir da década de 1960 uma intensificação das discussões sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. May et al. (2003), contribui descrevendo que na década de 1960 a questão ambiental entrou definitivamente na agenda de pesquisa dos economistas, principalmente calcada em projeções catastróficas acerca da extinção dos recursos naturais que evidenciavam a falta de atenção aos aspectos ecológicos dos modelos econômicos. Quanto aos recursos naturais, Cavalcante (1999) escreve que no passado, os recursos naturais do país foram tradicionalmente explorados à exaustão. Tanto isto é evidente, que atualmente, a água, o solo e as florestas já estão sendo considerados limitados, sendo definidos como recursos potencialmente renováveis. Monteiro (2006, p. 119) apud Bernardes et al (2006, p. 199) destaca que as elevadas taxas de desmatamento no Brasil, trazem impactos acentuados na precipitação, emissão de carbono e no fluxo de energia na atmosfera, provocando ainda alteração de nutrientes. O desmatamento, juntamente com as queimadas, é responsável por uma grande quantidade de

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Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso e para o Brasil. Sinop, MT, Brasil, 19 a 23 de outubro de 2009.

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O Modelo de Desenvolvimento Agrícola do Município de Sinop e a relação com a exploração madeireira no período de 1985 à 2008

Wylmor Constantino Tives Dalfovo – UNEMAT: [email protected]

Ana Carolina A. Oliveira - UNEMAT

Udilmar Carlos Zabot – UNEMAT: [email protected]

Resumo

O presente artigo tem por finalidade destacar através de uma analise comparativa a evolução das principais culturas agrícolas no município de Sinop, Mato Grosso, com os indicadores da evolução do desmatamento neste município no período de 1980 a 2008. O artigo destaca também os dados sobre o desmatamento brasileiro e dos estados localizados nas regiões limítrofes à Amazônia brasileira. Como problema central do artigo buscou-se identificar o grau de influência do desmatamento na ocupação agrícola do município e os impactos deste modelo de colonização nas características ambientais da região. Com base nos dados e nas informações fez uma análise descritiva do comportamento temporal do desmatamento e da produção agrícola, fundamentando em uma análise estatística e econômica. Observou-se que o desmatamento teve como objetivo a abertura de áreas para a produção agrícola, que por sua vez, foi fruto de uma política de ocupação regional, implantada pelo governo federal. Contudo, identificou-se uma relação direta entre o processo de ocupação da região, a exploração madeireira e o crescimento da atividade agrícola.

Palavras-chave: Produção agrícola, desmatamento, desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental.

1. Introdução

Segundo Camargo (2003) as preocupações com o meio ambiente surgiram a partir da Segunda Guerra mundial, pois o que restou da guerra foram conseqüências negativas, como o crescimento populacional acelerado em algumas partes do mundo e a partir da década de 1960 uma intensificação das discussões sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.

May et al. (2003), contribui descrevendo que na década de 1960 a questão ambiental entrou definitivamente na agenda de pesquisa dos economistas, principalmente calcada em projeções catastróficas acerca da extinção dos recursos naturais que evidenciavam a falta de atenção aos aspectos ecológicos dos modelos econômicos.

Quanto aos recursos naturais, Cavalcante (1999) escreve que no passado, os recursos naturais do país foram tradicionalmente explorados à exaustão. Tanto isto é evidente, que atualmente, a água, o solo e as florestas já estão sendo considerados limitados, sendo definidos como recursos potencialmente renováveis.

Monteiro (2006, p. 119) apud Bernardes et al (2006, p. 199) destaca que as elevadas taxas de desmatamento no Brasil, trazem impactos acentuados na precipitação, emissão de carbono e no fluxo de energia na atmosfera, provocando ainda alteração de nutrientes. O desmatamento, juntamente com as queimadas, é responsável por uma grande quantidade de

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emissão de CO2 na atmosfera, maior que as emissões do parque industrial e da frota de veículos do país.

Quanto a questão agrícola, esta foi difundida no país inicialmente pelos ciclos de produção, inicialmente o ciclo da cana de açúcar, seguido pela expansão das produções de café até a intensificação da exploração do algodão e da soja. Assim, com o aumento da produção agrícola, fruto de incentivos governamentais das épocas, o número de áreas plantadas também se elevou, ocasionando um aumento do desmatamento e, logo, danos ao meio ambiente.

Neste contexto, o Estado do Mato Grosso aparece como um dos exemplos no processo de intensificação da exploração agrícola tornando-se um dos precursores na produção extensiva no Brasil. Um dos fatores que favoreceram para essa expansão foram às políticas de ocupação a partir da década de 70, principalmente ao longo da rodovia BR-163, onde constituíram-se as chamadas colônias de ocupação e de exploração, tendo como foco a abertura de novas áreas, a implantação e articulação de atividades modernas, com destaque para a cadeia de grãos.

Souza (2004) descreve que a maioria dos imigrantes vindos para Mato Grosso saíram do estado do Paraná. Cerca 300 mil paranaenses vieram e se espalharam pelo estado. Os paulistas vindos para o estado totalizam 122.089 imigrantes. Os outros estados do Sul também tiveram representativas migrações, sendo que aproximadamente 53 mil gaúchos e 40 mil pessoas oriundas de Santa Catarina se instalaram para o estado de Mato Grosso no período de 1970 a 1996.

Arruda (2005), apud Araújo (2008) descreve que em 1984 já havia em Sinop aproximadamente 30.173 habitantes, deste total, 56% eram pessoas que viviam na zona rural. O aumento do espaço físico era inevitável, tendo em vista que essas pessoas precisavam de terra para colocar em prática suas culturas agrícolas ou então espaço para a atividade pecuarista. O carro chefe era o setor madeireiro que fazia a abertura das áreas, retirava todas as árvores com valor comercial para assim enviarem às madeireiras para o processo de industrialização, e deixava a área pronta para a inserção de outras culturas.

Nisso, o desmatamento tomava proporções cada vez maiores no município, pois o setor de base florestal representava uma atividade altamente lucrativa. Isso pode ser observado no número de empresas madeireiras e moveleiras que se instalaram no município, e também pela produção de madeira em tora gerado neste período. Souza (2004) destaca que durante a década de 80 os incentivos governamentais para a extração da madeira na região, e o número de empresas tiveram um aumento significativo de 130 empresas em 1985 para 322 empresas em 1988.

Neste sentido, este artigo propõe analisar os impactos causados pelo desmatamento no município de Sinop ao longo dos anos e sua relação com a exploração das principais culturas agrícolas da região no período de 1980 a 2008. Para tanto se utilizou do método de análise estatístico-descritiva, que através de tabelas, gráficos e mapas apresentaram-se os dados sobre desmatamento e o desenvolvimento das atividades agrícolas, além de métodos econométricos de análise, tais como números índices e taxa geométrica.

1.1. Problema da Pesquisa

O modelo de colonização da Região Norte do Estado de Mato Grosso influenciou no crescimento da exploração econômica das florestas e no desenvolvimento agrícola regional.

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1.2. Objetivo Geral

Analisar os impactos do processo de colonização no desmatamento do município de Sinop e a relação deste com o desenvolvimento agrícola na região.

1.3. Objetivos Específicos

� Descrever o Processo Migratório para a Região;

� Analisar a Evolução do Desmatamento em Sinop;

� Relacionar a Exploração Florestal com o Crescimento da Atividade Agrícola.

2. Metodologia

A linha de raciocínio a ser utilizada na pesquisa será através do método indutivo, pois, segundo LAKATOS e MARCONI (1991, p. 47) “O método indutivo é um processo mental pelo qual, partindo-se de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas”.

Este método será utilizado, uma vez que, tanto o desenvolvimento agrícola como a evolução do desmatamento na região é parte do processo histórico de colonização e crescimento econômico da região.

3. Análise e Apresentação dos Resultados

No final da década de 60, o governo militar lança o PIN (Programa de Integração Nacional) juntamente com outros programas como o POLAMAZÔNIA, PRODOESTE, entre outros, a fim de acelerar a ocupação populacional e econômica na Região Amazônica temendo a invasão do território por outros países. Para efeito de visualização a tabela 01 relata a intensificação da imigração populacional para alguns estados brasileiros. Percebe-se claramente que o período de maior intensificação do processo migratório ocorreu entre as décadas de 1970, 1980 e 1990, período esses de abertura de muitas cidades que, atualmente, são responsáveis por picos de crescimento econômico bastante acentuado, principalmente no estado de Mato Grosso.

Outro fator que contribuiu com a migração de sulistas para essas regiões foi à ampliação e melhoramento das malhas viárias que ligavam os estados com o resto do país. As estradas são os principais vetores de ocupação, não sendo diferente para a região amazônica. A rodovia BR-163, principal via de acesso da região norte mato-grossense com outros estados do país, foi fundamental na ocupação, organização e desenvolvimento de atividades produtivas e extrativistas, como as que se destacam no município de Sinop no período de análise.

De acordo com o Greenpeace (2009) através de um estudo realizado pelo INPE, mostra que aproximadamente 86% da área desmatada até o ano de 2000 estavam a menos que 25 km de áreas de abertura. Paralelamente ao processo de migração acontece a exploração dos recursos naturais. Assim, o desmatamento torna-se um dos principais fatores que põem em

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risco à sustentabilidade ambiental no Brasil. Segundo o site ifc.org (2007) apud Silva (2007), entende-se por desmatamento as operações de supressão total da vegetação nativa de determinada área para o uso alternativo do solo. Considera-se nativa toda vegetação original, remanescente ou regenerada, caracterizada pelas florestas, capoeiras, cerrados, campos, campos limpos, vegetações rasteiras, etc. Assim, é entendido que a retirada de toda vegetação original de uma determinada área caracteriza-se como desmatamento1.

Gráfico 1 - Taxas anuais de desmatamento na Amazônia brasileira

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Ano

Área Des

matada (km

²)

Fonte: INPE (2008)

Alencar et al (2004) apud Silva (2007) descrevem que o desmatamento pode ocorrer por vários motivos sendo um fenômeno de natureza complexa, que não pode ser atribuído a um único fator. Sabe-se que a exploração seletiva e predatória de madeiras nobres funciona como uma espécie de cabeça-de-ponte do desflorestamento. Milhares de quilômetros de estradas clandestinas são abertas na mata, viabilizando a expansão das migrações e da grilagem de terras públicas, assim como de projetos de colonização e de pecuária extensiva. Também há evidências de que a agricultura intensiva, especialmente a ligada ao agronegócio da soja essa mais capitalizada, tem ampliado a sua participação na conversão da cobertura vegetal nativa, não apenas na região de cerrado, mas também em áreas de floresta, além de “empurrar” outras frentes de expansão sobre a região amazônica.

Tabela 02 - Taxa de desmatamento anual na Amazônia Legal (km²/ano)

Estados/Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Acre 547 419 883 1078 728 592 398 184

Amazonas 612 634 885 1558 1232 775 788 610

Amapá - 7 0 25 46 33 30 39

Maranhão 1065 958 1014 993 755 922 651 613

Mato Grosso 6369 7703 7892 10405 11814 7145 4333 2678

Pará 6671 5237 7324 6996 8521 5731 5505 5425

Rondônia 2465 2673 3099 3597 3858 3244 2049 1611

1 Disponível em: <http://www.ifc.org/ifcext/spiwebsite1.nsf/0/E5D88BF12FDB20A685257230006A7545/$File/Desmatamento.pdf>

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Roraima 253 345 84 439 311 133 231 309

Tocantins 244 189 212 156 158 271 124 63

Amazônia Legal 18.226 18.165 21.394 25.247 27.423 18.846 14.109 11.532

Fonte: INPE (2008)

Soares Filho et al (2008) descreve que as taxas de desmatamento anuais ao longo da

década de 1990 ficaram em torno de 17 mil km², sendo que o auge do desmatamento na Amazônia brasileira foi no início da década de 2000, chegando a 27 mil km² em 2004. Depois de 2005, as taxas anuais de desmatamento diminuíram, devido ao aumento da governança na fronteira amazônica, atingindo aproximadamente 13 mil km² em 2007, como pode ser observado na tabela 02.

De acordo com o relatório apresentado pelo Greenpeace (2009), o desmatamento e as mudanças no uso do solo são responsáveis por 75% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa. Desse total, 59% decorrem da perda de cobertura florestal e queimadas na região amazônica, colocando o país como quarto maior poluidor mundial do clima.

Camargo (2003) relata que as florestas úmidas tropicais, assim como florestas tropicais e temperadas mais secas, estão sendo destruídas rapidamente. Nas taxas anuais, alguns tipos de florestas cruciais estarão desaparecidos em alguns anos, e a maior parte da floresta úmida tropical terá acabado antes do final do próximo século.

O município de Sinop, mais importante cidade da região centro-norte de Mato Grosso, apresenta desde a década de 1970, quando foi fundada, um crescimento econômico acelerado frente a outros municípios da região. Esse rápido crescimento teve um preço elevado e custou grande parte do capital natural existente. Além de reduzir o estoque florestal do município, o desmatamento também causou degradação dos mananciais, pela da retirada áreas de matas ciliares que serviam como proteção para os leitos de água, dentre outros problemas ocasionados por esses processos.

No que tange ao desmatamento ocorrido no município, o mesmo está ligado à extração de madeira feita de forma hostil pelas empresas madeireiras da região e também pelos agricultores e pecuaristas que necessitavam expandir novas áreas de produção vislumbrando o aumento de suas atividades econômicas. O crescimento do espaço urbano também contribui para esse desflorestamento, intensificado pelo processo migratório, fazendo de Sinop o município mais populoso da região norte mato-grossense, e o quarto maior em todo o estado.

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Gráfico 02 - Estimativa populacional do município de Sinop no período de 1980 a 2008

Fonte: SEPLAN (2009).

Observa-se com os dados do gráfico 02 que a população do município tem um crescimento contínuo desde a década de 1980. Durante o espaço de onze anos, ou seja, de 1980 a 1991, a população praticamente dobrou, esse fato deu-se devido aos incentivos do governo militar para a ocupação dessa região e o êxito do investimento da colonizadora Sinop2 que divulgava na região sul do país a venda de terras aonde atualmente situa-se a região do município, tendo como motivo principal os preços baixos das terras.

Tabela 03 – Dinâmica do desmatamento no município de Sinop no período de 1985 a 2008

Ano Reserva Legal (ha) Área Desmatada (ha) % de Desmatamento por ano 319.400,00 - -

Até 1985 266.600,62 52.799,38 -

1985-1990 241.561,00 25.039,61 0,980467

1990-1995 204.282,66 37.278,34 0,967032

1995-2000 154.391,84 49.890,82 0,945537

2000-2005 89.018,69 65.373,15 0,895718

2005-2008 74.157,12 14.861,57 0,940936

Fonte: INPE (2009)

Com relação ao município de Sinop, sua área total de acordo com os dados do IBGE (2009) é de aproximadamente 319.400 hectares. Desde sua fundação na década de 1970 até o ano de 2008 foram desmatados aproximadamente 245.242,88, sendo que este total corresponde a 76,78% de toda a reserva legal do município. O período que apresentou maior volume de desmatamento foi de 1995 a 2005 e que também foi o período de auge do setor madeireiro no município. No último período (2005-2008) o desmatamento teve redução drástica, motivado principalmente pelas intervenções do IBAMA e Governo Federal.

2 Empresa Imobiliária que na década de 1970 adquiriu cerca de 500 mil hectares de terras localizadas a 500 km de Cuiabá ao longo da BR-163, onde hoje se localiza os municípios de Sinop, Vera, Cláudia a Santa Carmem, e foi o principal desbravador dessa região (Grupo Sinop, 2009).

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Tabela 04 – Desmatamento estimado de acordo com as taxas geométricas para o período de 1985 a 2008.

Ano Reserva Legal (ha)

Área Desmatada (ha)

Ano Reserva Legal (ha)

Área Desmatada (ha)

Até 1985 266.600,62 52.799,38 1997 182.636,95 10.519,88

1986 261.393,20 5.207,417 1998 172.690,01 9.946,941

1987 256.287,50 5.105,702 1999 163.284,81 9.405,201

1988 251.281,52 5.005,975 2000 154.391,84 8.892,967

1989 246.373,33 4.908,195 2001 138.291,57 16.100,27

1990 241.561,00 4.812,325 2002 123.870,27 14.421,3

1991 233.597,27 7.963,734 2003 110.952,85 12.917,42

1992 225.896,08 7.701,187 2004 99.382,48 11.570,37

1993 218.448,79 7.447,296 2005 89.018,69 10.363,79

1994 211.247,01 7.201,775 2006 83.760,847 5.257,844

1995 204.282,66 6.964,348 2007 78.813,555 4.947,292

1996 193.156,83 11.125,83 2008 74.158,472 4.655,083

Fonte: INPE (2009), Adaptado pelos autores

Sobre os dados percentuais do desmatamento, para sua análise, transformaram-se os dados da área desmatada que estavam acumulados por períodos, e por meio do método das Taxas Geométricas3, (Exemplo: dividiu-se o período atual 1990-1995 pelo período anterior 1985-1990, elevado a 0,20, esse índice é relativo ao número de anos do período analisado, que nesse exemplo são de 5 anos) se chegou aos percentuais de desmatamento por ano e através destes percentuais foi possível estimar valores aproximados de desmatamento por ano durante o período de 1986 a 2008, como se pode observar na tabela abaixo. Deve-se considerar que os valores da reserva legal podem variar, pois há a regeneração natural de áreas remanescentes.

A reserva legal remanescente em 2008 pode ser estimada em 74.158,47 hectares ou 23,21% da área total do município de Sinop. Deve-se considerar que a área total deste município é relativamente baixa se comparado com outros municípios, como por exemplo, Sorriso que, segundo o IBGE tem uma área total de 934.600 hectares, no entanto, tem população muito menor que Sinop. O município de Sorriso, por seu potencial agrícola tem grande parte do seu território desmatado, mas não é tão cobrado por isso. Um dos motivos é que Sorriso, apesar de fazer parte da Amazônia Legal, boa parte de seu território está abaixo do Paralelo 13 e assim não é considerado do bioma Amazônico e sim de Cerrado. Já Sinop pertence a este bioma e, portanto, as leis são mais severas.

Como já sabido a ocupação deste município e também da região deu-se devido à busca de novas terras para o desenvolvimento de culturas agrícolas. A princípio era necessária a abertura das áreas que eram compostas com floresta fechada. O arroz era a cultura a ser desenvolvida nessas áreas recém abertas, pois é exigente em nutrientes. Depois de alguns anos o solo perde a fertilidade, exigindo a partir de então investimentos crescentes e contínuos na fertilização do solo para posteriormente introduzir outras culturas como o caso da soja, milho, algodão dentre outras. Desta forma, a tabela 14 apresenta a descrição do crescimento das culturas agrícolas no município de Sinop e a relação existente com o desmatamento no período de 1986 a 2007. 3 Taxa Geométrica é um mecanismo utilizado para estimar valores absolutos.

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Para analisar a relação entre as três culturas e o desmatamento utilizou-se das taxas geométricas novamente. Para o desmatamento, diferente do que havia feito anteriormente, onde foram calculadas taxas geométricas para os períodos de cinco anos, desta vez calculou-se uma taxa para todos os anos, sendo que para todos os valores da produção foi utilizado o mesmo método.

Sendo assim, a relação estabelecida foi de que para cada percentual desmatado há um acréscimo da cultura do arroz de 1,0642%, da soja 1,2509% e do milho 1,2688%. A relação mais próxima com o desmatamento foi o arroz (gráfico 04) por este ser preferivelmente a cultura implantada nas áreas recém abertas. O crescimento da produção do arroz desde a década de 1980 vem acompanhando o crescimento do desmatamento, para tanto o plantio de arroz só diminuiu frente à crise ocorrida em 2005, a mesma que ocasionou a diminuição do desmatamento no município. Quanto às outras culturas, soja e milho, tiveram um percentual maior, pois, tiveram crescimento acentuado durante o período e a crise ocasionou pouco impacto na produção desses grãos.

Para melhor demonstração, o gráfico 04 relaciona a cultura do arroz, que pode ser analisado no eixo Y da esquerda (toneladas), e o desmatamento no eixo Y da direita (hectares). Para a análise foi utilizado os valores acumulados de desmatamento nos períodos, e também a produção de arroz acumulada no mesmo período. Assim, pode-se observar que o período de crescimento da produção de arroz (2000-2005), contribuiu para o aumento do desmatamento no município.

Tabela 05 – Culturas agrícolas em relação ao desmatamento em Sinop de 1986 a 2007

Ano Arroz (t) Soja (t) Milho (t) Área desmatada (ha) 1986 24.062 7.253 2.896 5.207,00

1987 18.270 15.312 3.087 14.548,06

1988 10.519 4.984 5.096 13.738,38

1989 8.840 22.123 2.340 12.973,75

1990 7.000 9.097 1.500 12.251,69

1991 3.600 3.150 3.600 11.569,81

1992 11.048 4.200 4.158 10.925,88

1993 17.096 9.122 2.331 10.317,79

1994 13.200 9.840 6.500 9.743,549

1995 18.000 18.000 11.760 9.201,263

1996 24.510 16.640 13.512 8.689,159

1997 12.096 20.128 15.470 8.205,557

1998 24.000 29.370 9.450 7.748,869

1999 69.120 33.120 13.950 7.317,599

2000 76.800 36.000 14.400 6.910,332

2001 77.500 60.000 22.000 6.525,732

2002 66.000 97.200 31.500 6.162,537

2003 66.000 122.880 41.360 5.819,555

2004 100.706 243.395 53.228 5.495,663

2005 132.711 375.417 75.255 5.189,797

2006 40.719 310.500 64.240 4.900,955

2007 26.703 240.000 129.140 4.628,188

Taxas Geométricas 1,004971 1,181317 1,198219 0,944344

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Relação 1,0642 1,2509 1,2688 ---

Números Índices 1,109758 33,08976 44,59254 0,888768

Fonte: SIDRA, IBGE (2009), SEPLAN (2009), INPE (2009).

Gráfico 04 - Produção de arroz e desmatamento acumulado

Fonte: SIDRA, IBGE (2009), INPE (2009).

O método dos números índices foi utilizado para mostrar a evolução da produção de arroz, soja, milho e também do desmatamento. Tendo como ano atual o ano de 2007 e ano base 1986. Desta forma, a evolução se deu da seguinte forma: o arroz neste período cresceu aproximadamente 11%, sendo que o arroz teve crescimento da produção até o ano 2005, ano esse que foi o auge da cultura, mas, nos anos seguintes, com a crise diminuiu-se consideravelmente essa produção; o milho teve o aumento mais significativo das produções, tendo poucas quedas de produção nos períodos estudados e apresentou crescimento de 4.359%; a soja teve crescimento na produção de 3.208%. Quanto ao desmatamento, esse diminuiu 12% neste período.

3. Considerações Finais

Conclui-se com os dados demonstrados que o aumento do processo migratório foi um dos fatores que culminaram para a colonização do município em estudo, incentivados por programas desenvolvidos pelos governos militares da época na tentativa de desenvolvimento da região centro-oeste e norte do Brasil.

Esses vinham com o intuito de inserir as culturas agrícolas que já eram praticadas em seus lugares de origem incentivados pelos programas governamentais disponibilizados na época, mas com a necessidade da abertura das áreas de floresta, viu-se uma oportunidade de uma nova atividade econômica, a extração e beneficiamento da madeira, que era considerada fonte financiadora primária para posteriores investimentos. Este setor, durante um bom tempo foi considerado como a principal atividade econômica de Sinop, até a crise setorial que em 2005 ocasionou o fechamento de muitas empresas proporcionando um forte impacto na economia local.

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Foi possível identificar que de todas as culturas agrícolas instaladas no município de Sinop, a cultura do arroz foi a que mais demonstrou sensibilidade em relação a expansão da atividade madeireira, tendo em vista que essa cultura tem como característica principal os altos rendimentos em áreas recém abertas, alem de ser útil na correção dos níveis de acidez do solo.

Outra consideração importante do estudo, é que nas curvas apresentadas na relação entre desmatamento e produção de arroz, percebe-se que enquanto tinha-se o crescimento dos níveis de desmatamento, também havia um crescimento da produção do arroz, sendo que posteriormente quando os níveis de desmatamento diminuem a produção de arroz também diminui dando oportunidade de crescimento para as outras culturas, nesse caso a cultura da soja e do milho.

Referências

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CAVALCANTI, C.; Política de governo para o desenvolvimento sustentável: uma introdução ao tema e a esta obra coletiva; In: CAVALCANTI, Clóvis (org.), Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Políticas Públicas. 2. ed. São Paulo, Editora Cortez, 1999.

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IFC. Manual de Orientação ao Proprietário Rural "A Propriedade Rural Legal". Disponível em: < http://www.ifc.org/ifcext/spiwebsite1.nsf/0/E5D88BF12FDB20A685257230006A7545/$File/Desmatamento.pdf> Acessado em 07/12/2007.

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MAY, P. H.; LUSTOSA, M. C.; VINHA; V. da.; Economia do Meio Ambiente: Teoria e Prática; 2. ed. Rio de Janeiro, Editora Campus, 2003.

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ROSSETTI, J. P.; Introdução à Economia; 15. ed. rev., atual., ampl. São Paulo, Editora Atlas, 1991.

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SOARES-FILHO, B. S.; DIETZSCH, L.; MOUTINHO, P. ; FALIERI, A.; RODRIGUES, H.; PINTO, E.; MARETTI, C. C.; SUASSUNA, K.; SCARAMUZZA, C. A. de M.; ARAÚJO, F. V. de; Redução de emissões de carbono associadas ao Desmatamento no Brasil: o papel do programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA); Disponível em: <http://www.climaedesmatamento.org.br/files/general/ARPA_relatorio_port_v2.pdf> Acesso em: 14 de novembro de 2008.

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ANEXO A – Dinâmica de Desmate do Município de Sinop, Mato Grosso (INPE).

1985 2000

1990 2005

1995 2008