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BRASÍLIA Quinta-feira,

8 de março de 2018

Edição nº 1.439, ano 6

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No Dia Internacional da Mulher, a cientista social austríaca Edit Schlaffer fala sobre a crescente

‘responsabilidade’ feminina e a ‘oportunidade histórica’

que elas têm nas mãos para mudar o mundo

PÁG. 10

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 02| {BRASIL}

1FOCO

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Carne Fraca

‘Dá até dó

da BRF’O ministro da Agricultura,

Blairo Maggi, afirmou que

“dá até dó” da BRF, alvo da

terceira fase da operação

Carne Fraca e investigada

por fraudar laudos para

omitir salmonela em

carnes. Ele justificou que

desde o ano passado o

frigorífico vem cumprindo

os níveis permitidos pela

lei brasileira. “Tenho até

dó da empresa, porque ela

ficou sob nosso holofote,

nosso radar, passamos

a fiscalizar a empresa

com muita frequência.

E eles de fato fizeram

a lição de casa. Então,

num momento em que

ela estava começando

a ganhar elogios, leva

uma bordoada dessas de

novo, mas são coisas do

passado”, disse.

A fraude apurada pela

operação Trapaça teria

ocorrido antes de março de

2017. Três fábricas da BRF

foram fechadas.

O presidente Michel Temer recomendou, em reunião com prefeitos de 22 capitais ontem no Palácio do Planal-to, o uso das guardas munici-pais no combate a crimes de baixo impacto, como roubos, furtos e brigas. A medida foi sugerida com o objetivo de li-berar as polícias para comba-ter crimes mais violentos, co-mo homicídios.

Em discurso, Temer enfa-tizou que não haverá inter-ferência nas ações estaduais, mas afirmou que a seguran-ça pública deve ter a partici-pação da sociedade e a mobi-lização dos prefeitos. “Essas reuniões, movimentações, chegam a quem está na mar-ginalidade e naturalmente fazem com que eles se preo-cupem pelo menos em prati-cá-las, porque saberão que te-rão uma resposta muito firme e segura das autoridades esta-

duais”, afirmou.As guardas municipais

contam hoje com um con-tigente de 90 mil pessoas que atuam exclusivamente na proteção de patrimônio das prefeituras. “Os senho-res têm guardas municipais e acho que podem dar uma função mais efetiva e mais participativa (...) na medi-da em que estejam nas pra-ças, nas ruas, diante dos co-légios, estarão exercendo uma prevenção muito signi-ficativa”, sugeriu.

Linha de financiamentoTemer também ofereceu uma linha de crédito do

BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômi-co e Social) para ações de se-gurança. O valor de R$ 10 bi-lhões faz parte do montante de R$ 42 bilhões anunciados na semana passada em en-contro com governadores.

“Entre maio e junho os recursos vão começar a ser liberados”, prometeu o mi-nistro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

“Se vocês me perguntarem se os R$ 10 bilhões são sufi-cientes, não são, mas é um co-meço, não podemos deixar de reconhecer”, afirmou o pre-feito de Salvador, ACM Neto (DEM). METRO BRASÍLIA

Segurança. Ideia é que força seja usada para crimes menos violentos. Prefeitos podem ter R$ 10 bi

Ministério da Segurança foi apresentado aos prefeitos | UESLEI MARCELINO/REUTERS

Temer sugere uso de guarda municipal

Defesa nega vazamento

A defesa do presidente Michel Temer negou que tenha tido acesso a pro-cedimento sob sigilo no inquérito que apura o decreto dos portos e in-formou que pegou os da-dos no ‘Diário da Justiça’. A suspeita levou o minis-tro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Fede-ral, a pedir à Polícia Fede-ral a investigação sobre o vazamento. METRO BRASÍLIA

Brasil registra 260 mortes

Balanço do Ministério da Saúde divulgado ontem revelou que a febre ama-rela provocou 260 mor-tes e teve 846 casos con-firmados entre 1º julho de 2017 e 6 de março. Mi-nas Gerais tem o maior número de óbitos: 115. Os casos confirmados es-tão retritos a Minas, Rio de Janeiro, São Paulo, Es-pírito Santo e Distrito Fe-deral. METRO BRASÍLIA

CCJ do Senado rejeita projeto

A CCJ (Comissão de Cons-tituição e Justiça) do Sena-do rejeitou a legalização dos jogos de azar no país. A proposta justificava que bingos, cassinos e jogo do bicho poderiam render R$ 15 bilhões de arrecada-ção. Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do relató-rio pela rejeição, disse que o número é irreal e a falta de controle favoreceria a ilegalidade. METRO BRASÍLIA

Bolsonaro se fi lia ao PSL

O deputado Jair Bolsonaro (RJ) se filiou ontem ao PSL e lançou a pré-candidatura à presidência da Repúbli-ca. O ato na Câmara con-tou com a presença de mi-litantes. Do lado de fora, um grande boneco inflá-vel foi colocado. Eduardo Bolsonaro, filho do presi-denciável, também se fi-liou ao partido, que passa a ter bancada de 5 deputa-dos. METRO BRASÍLIA

Bendine é condenado

Ex-presidente do BB e da Petrobras, Aldemir Ben-dine foi condenado on-tem a 11 anos de prisão pelo recebimento de R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht. Ele teria rece-bido o dinheiro em 2015 ao assumir o comando da petroleira. É a 1ª conde-nação oriunda da mega-delação de executivos da empreiteira. A defesa re-correrá. METRO CURITIBA

Lava Jato Quebra de sigilo Febre amarela Jogos de azar Eleições

Camas de casal, tevês, luz ver-melha, banheiros com espe-lho, piso de porcelanato e até um coração pintado na pare-de. Poderia até ser um motel de beira de estrada. Mas são celas da cadeia pública José Frederico Marques, em Ben-fica, Rio de Janeiro. Na verda-de, seis, que foram descober-tas durante uma vistoria de promotores de Justiça do MP--RJ (Ministério Público do Rio) em 19 de fevereiro. As infor-mações foram reveladas pelo jornal “O Dia”.

Segundo o MP, os espaços seriam utilizados para visitas íntimas e “outras possíveis ir-regularidades”, como a pre-sença de prostitutas.

Esse é só mais um episó-dio polêmico no histórico da prisão, que foi reformada há quase um ano para receber os presos da Lava Jato no Rio. No local, estão os principais aliados presos do ex-governa-dor Sérgio Cabral.

O político chegou a ficar detido 8 meses na unidade, onde também estão o ex-pre-sidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado) Jorge Picciani. Cabral foi transferi-do para Curitiba a pedido do MP, por causa de regalias, co-mo receber quentinhas de restaurantes, além da videote-ca que estava sendo montada na cadeia. Os casos provoca-ram o afastamento do ex-se-cretário de Administração Pe-nitenciária Erir Ribeiro.

Regalias antigasAntes, no local, funciona-

va o BEP (Batalhão Especial Prisional), onde PMs que co-meteram crimes aguarda-vam julgamento. Na época, a mordomia já rolava solta, como festas de aniversário e churrascos. Nas celas, tevês, micro-ondas e acesso livre a visitas íntimas.

Nova inspeçãoO MP afirmou que, dos 470 in-ternos de Benfica, 27 têm au-torização judicial para visitas íntimas e os cônjuges são ca-dastrados. Dois deles são pre-sos da Lava Jato, que não tive-ram os nomes revelados.

O procurador-geral de Jus-tiça do Rio, Eduardo Gussem, prometeu uma devassa no sis-tema prisional do Estado.

Secretário de Administra-ção Penitenciária, David An-thony, que assumiu antes da intervenção federal na Segu-rança do Rio, disse que ontem foi feita nova inspeção na ca-deia e R$ 10 mil foram acha-dos nas celas. METRO RIO

Rio. MP investiga luxo de motel em presídio

Cela de Benfica tem até coração

pintado na parede | REPRODUÇÃO/BAND

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 04| {BRASIL}

PLANALTO VÊ FRAGILIDADE NA ACUSAÇÃO CONTRA TEMERPara o Planalto, os “inquéritos paralelos” ordenados pelo ministro Luís Barroso, do STF, sobre supostos va-zamentos, revelariam a fragilidade da acusação contra o presidente Michel Temer, de haver assinado decreto beneficiando a empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos. O governo acha que como a tendência do in-quérito principal seria isentar Temer, restariam outros dois, vinculando-o a supostos vazamentos.

INDÍCIOS DESCONHECIDOSPara ministros do STF, Barroso deveria apresentar indí-cios devastadores contra Temer que justifiquem a que-bra de sigilo. Devastadores mesmo.

DODGE NÃO APOIOU

Havendo indícios devastadores contra Temer, a procu-radora-geral Raquel Dodge não teria chamado a quebra de sigilo de “desnecessária”.

VAZAMENTO DE IRRITAÇÃOO Planalto soube que Barroso ficou irritado com a rea-ção de Temer ao desdenhar da quebra de sigilo, quan-do prometeu divulgar seus extratos.

‘MORTE’ SEM CADÁVERO governo sustenta que não houve benefício à Rodri-mar. “É um crime de assassinato sem corpo de vítima”, ironiza o ministro Carlos Marun.

CORONÉIS GANHAM 50% MAIS QUE GENERAL INTERVENTORO desmantelo nas contas públicas do governo do Rio de Janeiro já foi sentida pelos membros da interven-ção federal na segurança do Estado. Na Polícia Militar, principal alvo da medida, há coronéis recebendo até 50% mais que o soldo mensal do general de Exército Braga Netto, que está no topo da carreira. O salário no teto constitucional, algo impensável em patentes supe-riores nas Forças Armadas, é corriqueiro na PM do Rio.

MAIS QUE O CHEFENo final da carreira, o salário do general Braga Netto gira em torno de R$ 22 mil. Já o de coronéis na PMERJ atinge os R$ 33 mil mensais.

HAJA CORONELEm 2016, no Rio, havia 230 coronéis na ativa e 1.045 aposentados. O salário médio de R$ 26,5 mil é superior aos vencimentos dos generais.

SAINDO PELO LADRÃODurante o governo de Sérgio Cabral, condenado a mais de 100 anos de prisão, a PMERJ chegou a ter 36 coro-néis sem função definida.

REPÚBLICA DA ESPERTEZAPolíticos e partidos cometem desatinos, a Justiça Elei-toral os condena a pagar multas, e adivinha para onde vai esse dinheiro? De volta para os partidos e os políti-cos. Só em janeiro faturaram R$ 1,2 milhão com isso.

ABERTURA REDUZ A POBREZARelatório do Banco Mundial conclui que uma nova abertu-ra da economia, como aquela promovida no governo Fer-nando Collor, retiraria da pobreza mais de 6 milhões de pessoas. O documento cita a liberalização da era Collor co-mo exemplo de promoção de ganhos para os mais pobres.

#MAISREFORMAJÁPense num absurdo e na Justiça do Trabalho haverá precedente: um empregador, coitado, foi obrigado a re-integrar uma funcionária que pediu demissão e depois “descobriu” que estava grávida. #maisreformaja.

FIM DO PRIVILÉGIOSó auxílio-moradia de juízes e promotores custa mais de R$ 1,6 bilhão ao contribuinte todos os anos, diz o sena-dor Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ele apresentou PEC que acaba com esse auxílio para todas autoridades.

BATENDO EM RETIRADAO presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), chegou a insinuar, quando sondagens internas lhe davam 5%, que disputaria o Planalto se tivesse no mínimo 10%. Na pesquisa CNT/MDA, ele aparece com 0,6%.

QUE DIÁRIA É ESSA?Apenas um servidor do Inmetro já embolsou R$ 97,6 mil em diárias em 2018, fora o salário, para prestar “serviço” para o governo federal no exterior. No total, já foram gastos mais de R$ 18,6 milhões com diárias.

FALTOU EXPLICARVisita íntima é uma liberalidade de quem administra os presídios. Eles deveriam ser chamados a explicar os motéis na cadeia de Benfica. O benefício não prevê o uso do espaço para prostituição.

MÁSCARA DE HERDEIRO

Ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é o primeiro pré-candi-dato a presidente convidado da Câmara de Comércio Brasil-EUA para debate com empresários. Será dia 13, às 9h, na Amcham em São Paulo.

PENSANDO BEM......Dilma à parte, é tão irrisória a participação feminina nos desacertos nacionais que o Brasil estaria bem me-lhor com mais mulheres na política.

“Isso o Exército sabe fazer e

com certeza fará.”

MINISTRO RAUL JUNGMANN (SEGURANÇA) SOBRE USO DA

TECNOLOGIA NO COMBATE AO CRIME

PODER SEM PUDORDESCULPAS SÓ PÚBLICAS

O mineiro Magalhães Pin-to, velha raposa política, não aceitava pedido de descul-pas em particular de ataques feitos em público. E contou certa vez:“O Lacerda me atacou pela TV, depois foi lá em casa des-culpar-se. Chegou, sentou-

-se, tomou cafezinho e en-trou no assunto:- Magalhães, fui agressivo com você, ontem. Vim pedir--lhe desculpas.- Nada disso, Carlos. Aqui em casa, só nós dois, não aceito. Você atacou pela TV, conser-te na TV.”

Raquel Dodge | JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Ciro Gomes (PDT-CE) | ROOSEWELT PINHEIRO/AGÊNCIA BRASIL

CLÁUDIO HUMBERTOWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

COM ANDRÉ BRITO E TIAGO VASCONCELOS

Política

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 06| {BRASÍLIA}

Grupo PauloOctavio investirá R$ 225 milhões na Asa NorteA PauloOctavio Investimen-tos Imobiliários lançou na manhã de ontem três em-preendimentos na Asa Nor-te. Serão investidos R$ 225 milhões nos residenciais Si-ron Franco, na 211 Norte; Márcio Cotrim, na 208 Nor-te; e Ministro Ronaldo Costa Couto, na 110 Norte.

Os edifícios vão atender a públicos distintos, tanto de moradores quanto inves-tidores. O residencial Siron

Franco é próximo ao Parque Olhos d’Água e visa atender funcionários públicos, em-presários, profissionais libe-rais e autônomos, solteiros ou recém-casados, casados com filhos e idosos.

O investimento será feito na Asa Norte por ser um bair-ro residencial bem localizado e, por isso, valorizado, diz a empresa. Os apartamentos se-rão de alto padrão. As obras devem gerar 740 empregos.

Segundo o presidente da empresa, Paulo Octavio, os novos edifícios terão técni-cas construtivas modernas e vão atrair principalmen-te famílias. “Os três edifí-cios vão atrair famílias, por causa dos apartamentos de dois, três e quatro quartos, e das comodidades que ofe-recemos”, acrescenta.

As obras já começaram e devem ficar prontas em dois anos. METRO BRASÍLIA

Três anos depois do últi-mo surto da bactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) no Dis-trito Federal, o surgimen-to de novos casos no HRGU (Hospital Regional do Gua-rá) preocupa as autoridades de saúde. Há seis pacientes isolados e recebendo cui-dados específicos no HR-GU, depois que a KPC – bac-téria descoberta em 2000, nos Estados Unidos, e que, depois de sofrer mutações, tornou-se resistente a um grande número de antibió-ticos – foi identificada nos pacientes. Até ontem, não havia confirmação, entre-tanto, de contaminação efetiva dos seis.

Apesar das medidas to-madas para isolar o grupo, a

Secretaria de Saúde sustenta que não há um surto de KPC e deve divulgar um bole-tim com recomendações aos hospitais até o fim da sema-na. O documento terá dados mais recentes dos números das infecções e da preva-lência de microorganismos, além de orientações sobre medidas de prevenção e con-trole. Enquanto isso, todos os hospitais do DF estão sen-do monitorados.

Segundo a gerente de Ris-co em Serviços de Saúde, Fa-biana Mendes, a KPC está pre-sente no organismo do ser humano, mas pode desenvol-ver resistência a medicamen-tos em um grupo de pessoas específico, como idosos e pa-cientes com internações re-petidas. “Essas internações repetidas e deficiências nutri-cionais influenciam na muta-ção da bactéria”, explica.

Em 2015, o HRT (Hospital Regional de Taguatinga) pre-cisou passar por limpeza ex-traordinária de duas alas para evitar a proliferação do mi-cro-organismo. Naquele ano, a KPC infectou 25 pacientes no DF e provocou sete mor-tes. Outros dois surtos haviam ocorrido em 2010 e 2013.

METRO BRASÍLIA

Bactéria super-resistente põe hospitais em alerta

7 mortesocorreram em 2015, ano do surto mais recente de KPC no DF. Na época, 25 pacientes foram infectados pela ‘superbactéria’

O corpo de Romilda Souza, 42, que foi morta pelo mari-do, Elson Martins, 41, a tiros na noite de terça-feira foi en-terrado ontem. Um estudo está sendo feito na arma uti-lizada para descobrir o histó-rico do objeto. O caso acon-teceu na Asa Sul e teria sido motivado por ciúmes.

De acordo com a Polícia Ci-vil, a mãe da vítima relatou que o casal estava se separan-do e brigas eram constantes. Eles tinham dois filhos, de 3 e 4 anos, que estavam em outro cômodo do apartamento no momento do crime, mas não presenciaram os disparos. As crianças foram retiradas do local pela avó, que morava com eles, enquanto aguarda-va a chegada da PM.

A vítima, Romilda Souza, morreu no local. O homem chegou a ser atendido ain-da com vida pelo Corpo de Bombeiros, mas não sobre-viveu. A perícia chegou ao

apartamento por volta de meia-noite e permaneceu até as 2h. Os laudos do local e dos corpos devem ser di-vulgado em até 30 dias

O destino das crianças será definido pela Justiça. A 1ª De-legacia de Polícia da Asa Sul investiga o caso.

Casos no DFNo ano passado foram regis-tradas 19 mortes de mulheres e 65 tentativas de homicídio por causa de gênero. Em rela-ção a 2016, quando foram re-gistradas 38 ocorrências, o au-mento foi de 72,3%.

A alta teria ocorrido, ale-gam as autoridades, devido a uma mudança no método de registro desde março de 2017. A partir dessa data, todo ho-micídio de mulheres é regis-trado como feminicídio, mas, dependendo do caso, pode ser ‘rebaixado’ a homícidio co-mum após as investigações.

METRO BRASÍLIA

A arma utilizada no crime está sendo analisada | DIVULGAÇÃO/PMDF

Feminicídio. Polícia faz perícia em arma usada para matar mulher na Asa Sul

O relatório feito pelo Depar-tamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB (Univer-sidade de Brasília) e divulga-do na tarde de ontem sobre a situação do viaduto do Ei-xão Sul que desabou em 6 de fevereiro concluiu que a me-lhor alternativa para a estru-tura é a demolição total, não a reforma.

Segundo a equipe, o nível de deterioração do viaduto é de 240, em uma escala que considera o número 100 já como estado crítico. O relató-rio aponta que foram encon-trados nos 194 metros da es-trutura infiltrações, corrosões e fissuras graves, o que fez a comissão decidir sugerir a de-molição e reconstrução inte-gral do viaduto.

A conclusão do grupo é diametralmente oposta à de outra comissão, formada por integrantes de vários órgãos do governo do Distrito Fede-ral, que, na sexta-feira passa-da, divulgara a recomendação de reforma para a estrutura. Para o grupo do GDF, parte do viaduto pode ser apenas refor-çada e uma reforma bastaria para liberá-lo novamente.

Aço comprometidoAinda de acordo com o rela-tório da comissão da UnB, a causa do desabamento foi a infiltração de água que cor-roeu os cabos de aço de sus-tentação da estrutura. “O

acidente poderia ter sido evi-tado com manutenções pe-riódicas. O viaduto existe desde 1960 e durante todos esses anos não houve manu-tenção”, explica o engenhei-ro Marcos Honorato.

O engenheiro Cláudio Pe-reira acrescenta que o concre-to está intacto, mas o aço, por sua vez, apresentou alto ní-vel de corrosão por causa da umidade advinda de fissuras exteriores.

O relatório elaborado pe-los pesquisadores usou me-todologia desenvolvida pela universidade para avaliar a es-trutura de edificações.

Discordância Honorato esclareceu que du-

rante a última reunião com a comissão técnica do GDF, a universidade se posicionou de forma contrária à conclusão do grupo. “É importante dei-xar claro que demolir o viadu-to não é a única solução, mas, se farão só reparos, é preciso fazer um estudo técnico co-mo nós fizemos. A solução precisa ser segura. Eles preci-sam explicar como isso vai ga-rantir a segurança da popula-ção”, sustenta.

O GDF alegou não ter rece-bido o novo relatório ainda e que, por isso, não tinha como se posicionar sobre o assunto.

Divergência. Conclusão de comissão da UnB é oposta à do grupo conduzido pelo GDF, que aprovou reaproveitamento da estrutura

Equipe técnica da UnB recomenda demolição do viaduto | BETO MONTEIRO/SECOM UNB

Viaduto deve ser demolido, dizem técnicos

ANA LUIZA VINHOTE METRO BRASÍLIA

“Demolir o viaduto não é a única solução, mas, se farão só reparos, é preciso fazer um estudo técnico como nós fizemos. A solução precisa ser segura.”MARCOS HONORATO, PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

A Polícia Civil do Distrito Fe-deral iniciou ontem a Opera-ção Paiol para desarticular uma quadrilha que vendia e alugava armas de fogo na capital. O principal alvo da operação é um ex-policial militar do Estado de Goiás, acusado de chefiar o gru-po de cerca de 30 pessoas. A suspeita é de que o ex-mili-tar conseguia armas e mu-nição com colegas do servi-ço militar que até hoje estão em serviço.

As investigações começa-ram há quatro meses, após um roubo em uma residên-cia em Ceilândia. Cinco sus-peitos renderam uma famí-lia e levaram R$ 50 mil. As três armas usadas na hora do assalto eram de uso ex-clusivo do Exército.

De acordo com a polícia, a quadrilha era dona de uma barbearia, uma distribuido-ra de bebidas e uma loja de celulares. Esses locais eram usados para esconder as ar-mas e fazer as vendas.

A operação contou com 200 policiais civis, escalados para cumprir 32 mandados de prisão, busca e apreensão em Ceilândia e em Samam-baia. Até o fechamento des-ta edição, o balanço indicava que 16 pessoas haviam sido presas e oito armas, 100 celu-lares, dinamite, entre outros objetos foram apreendidos. Também foram realizados quatro flagrantes de tráfico de drogas. METRO BRASÍLIA

Operação Paiol. PC desarticula quadrilha que vendia armas

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 08| {ECONOMIA}

MUNDO

A atriz pornô Stephanie Clifford, mais conhecida co-mo “Stormy Daniels”, abriu ontem um processo con-tra o presidente dos EUA, Donald Trump, para tentar anular um acordo de confi-dencialidade firmado com ele sobre um suposto caso extraconjugal entre ambos. A ação civil foi realizada em um tribunal de Los Angeles. Daniels alega que Trump ainda não assinou o acordo e, portanto, não tem valida-de, já que impunha diferen-tes condições e obrigações não apenas a ela, mas tam-bém ao então magnata.

O acordo teria sido reali-zado em 28 de outubro de 2016 – poucos dias antes da eleição presidencial – en-tre a atriz e o advogado de Trump, Michael Cohen, que admitiu o pagamento de US$ 130 mil a ela em troca de seu silêncio.

Stormy Daniels afirma que teve uma relação de qua-se um ano com o futuro pre-sidente. A história entre os dois foi revelada pela atriz a um jornalista da revista on-

-line “Slate”, entre agosto e outubro de 2016. Segundo o relato, seu primeiro encon-tro com Trump ocorrera dez anos antes, quando ele já era casado com Melania.

A estrela pornô relatou que teve encontros com o re-publicano em Nova York e Los Angeles. A notícia se tor-nou um grande escândalo, já que, se confirmada, o presi-dente norte-americano teria traído a primeira-dama, diz a agência “Ansa”. METRO

Stephanie Clifford/‘Stormy Daniels’:Trump não assinou | E.MUÑOZ/REUTERS

EUA. Atriz pornô processa Trump para anular acordo

O envenenamento do ex-es-pião russo Sergei Skripal, 66, e de sua filha, Yulia, 33, foi uma “tentativa de homicí-dio” por meio de um “agen-te químico”. A informação é do responsável pelo setor antiterrorismo da Scotland Yard, Mark Rowley.

Sem entrar em detalhes “por não poder falar muito sobre o assunto no momen-to”, Rowley se limitou a di-zer que Skripal era “um alvo direcionado” e que as víti-mas continuam no hospital em condições “críticas”.

O policial ainda afirmou que o ataque apresenta “ris-cos modestos” para o públi-co. Mesmo assim, restau-rantes e pubs de Salisbury, onde Skripal foi encontra-do ao lado da filha, conti-nuam fechados. De acordo com jornais britânicos, co-

mo o “Times”, “Daily Tele-graph” e “The Guardian”, trata-se de um ataque russo contra o ex-espião.

A primeira-ministra do

Reino Unido, Theresa May, confirmou a possibilidade de boicotar a Copa do Mun-do deste ano – que ocorre-rá em junho e julho na Rús-

sia –, caso seja comprovada a participação do Kremlin na tentativa de assassinato.

Skripal era membro dos serviços secretos militares russos. Há alguns anos, des-cobriu-se que ele era agen-te duplo e que atuava para a inteligência britânica do MI6 – a quem teria entrega-do a identidade de outros es-piões russos que atuavam no Reino Unido. Ele foi pre-so na Rússia e depois liberta-do em uma troca de espiões.

O caso relembra o de ou-tro agente de Moscou, Ale-xander Litvinenko, morto em 2006 por envenenamen-to com substância radioa-tiva. Litvinenko tinha 43 anos e havia fugido da Rús-sia após se tornar crítico do governo. METRO

Reino Unido. Segundo Scotland Yard, Skripal e a filha sofreram tentativa de homicídio

Rowley, da Scotland Yard, e Skripal (detalhe), em 2006 | HENRY NICHOLLS/REUTERS

‘Ex-espião foi vítimade agente químico’

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A presença de mulheres em cargos de chefia no se-tor público e privado re-cuou para 37,8% em 2016. No anterior, esse percen-tual era de 38%, e em 2013, chegava a 39,5%.

Os dados fazem parte do estudo de “Estatísticas de Gênero”, divulgado on-tem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mesmo em número maior entre as pessoas com ensino superior com-pleto, as mulheres ga-nham, em média, 76,5% do rendimento dos ho-mens. Na faixa dos 25 a 44 anos, 21,5% das mulheres tinham completado gra-duação, contra 15,6% dos homens.

O IBGE aponta o tem-po dedicado a cuidados de

pessoas e/ou afazeres do-mésticos como um dos fa-tores que contribuem para as diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Em 2016, elas de-dicavam, em média, 18 ho-ras semanais, a essas ativi-dades – 73% a mais do que os homens (10,5 horas).

“Em função da carga de afazeres e cuidados, muitas mulheres se sentem compe-lidas a buscar ocupações que precisam de uma jornada de trabalho mais flexível”, ex-plica a coordenadora de Po-pulação e Indicadores So-ciais do IBGE, Bárbara Cobo.

Barreira invisívelTambém contribuem para a diferença de rendimen-to outros aspectos, como a segregação ocupacional e a discriminação salarial

das mulheres no merca-do de trabalho, diz o IBGE. “A mulher tem a escolari-zação necessária ao exercí-cio da função, consegue en-xergar até onde poderia ir na carreira, mas se depara com uma ‘barreira invisí-vel’ que a impede de alcan-çar seu potencial máximo”, diz Bárbara.

No Congresso Em dezembro de 2017, o percentual de mulheres parlamentares no Congres-so era de 11,3%. No Sena-do, 16% eram mulheres e, na Câmara dos Deputados, 10,5%. Isso coloca o Brasil na 152ª posição entre os 190 países que informaram à In-ter-Parliamentary Union o percentual de assentos ocu-pados por mulheres parla-mentares. METRO

IBGE. Participação no topo de hierarquia no setor público e privado cai em 2016. Pesquisa mostra que elas estudam mais e ganham menos

23,5%

10,4%

1 8 ,1

17,7

18,6

PARTICIPAÇÃO EM CARGOS GERENCIAIS

FONTE: IBGE

TEMPO MÉDIO DEDICADO A AFAZERES DOMÉSTICOS E/OU CUIDADOS COM PESSOAS (EM HORAS SEMANAIS)

EDUCAÇÃOPopulação de 25 anos ou mais com ensino superior completo

Taxa de frequência escolar no ensino médio

Rendimento Proporção:

MÉDIA

BRANCA

PRETA OU PARDA

10,5

10,4

10,6

BRANCA

PRETA OU PARDA

20,7%

7%

20162015201420132012

39,5% 40,1% 36,5% 39% 37,8%

60,5% 59,9% 63,5% 61% 62,2%HOMENS

MULHERES

76,5%

2014 20162015

R$ 1.764 R$ 2.306

10,4%

73,5% 63,2%

Mulheres ocupam apenas 37,8% dos cargos de chefia O dólar subiu 1,05%, a

R$ 3,2441 na venda, com maior temor sobre risco de guerra comercial glo-bal após Gary Cohn, prin-cipal assessor econômico do presidente dos EUA, Do-nald Trump, deixar o car-go. O Ibovespa caiu 0,2%, a 85.483 pontos.

A renúncia de Cohn ocorreu depois que Trump disse que vai impor altas ta-rifas sobre importações de aço e alumínio. A promes-sa já havia aumentado a es-peculação de que Cohn po-deria deixar a Casa Branca por se opor a essa política.

A Casa Branca infor-mou ontem que o anún-cio das tarifas de impor-tação de aço e alumínio deve acontecer até o fim da semana, segundo a “Reuters”. A União Euro-peia confirmou planos de retaliar os EUA se as tari-fas forem adotadas. O bloco europeu poderá impor ta-xas a produtos importados do país, incluindo ícones da indústria americana, co-mo o uísque bourbon e as motocicletas Harley-David-son. METRO

Mercados. Dólar sobe com temor de guerra comercial

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 10| DIA INTERNACIONAL DA MULHER

ESPECIAL

+

Em todos os lugares

Dona do

churrasco “Nós, mulheres,

podemos trabalhar com

o que quisermos”, afirma

Lucilene Ribeiro de Souza,

de 30 anos, churrasqueira

da Mania de Churrasco.

Ela conta que começou na

atividade quando surgiu

a oportunidade, logo que

a rede abriu as portas,

em 2012. De lá para cá,

várias mulheres seguiram

seu exemplo. “Hoje são

30 mulheres no time”,

afirma.

READER’S DIGEST DEUTSCHLAND VERLAG DAS BESTE GMBH

como o Afeganistão, mergu-lhado em facções divisórias de poder. Eles não quise-ram ver quais são os inte-resses do outro grupo. E as mulheres são boas na práti-ca da empatia.

Devemos enfatizar is-so: ouvir o outro e conciliar uma solução. Agora, outro problema nas zonas de con-flito é que isso ainda não existe: não há esperança de mudança e as mulheres são um ponto-chave, mais do que nunca, para começar a mudar as coisas. Existe um clima no qual as mulheres que são interessadas, curio-sas, usam e transformam o poder para mudar comple-tamente suas comunidades, sociedades e famílias.

Você trabalha com mães em zonas de conflito. Quais foram as mudan-ças feitas pela organização nesse sentido?Sim, houve mudanças. As mães desses terroristas não estão sendo marginaliza-das. Nós estamos escutan-do-as para descobrir como os filhos delas chegaram a esse ponto e aprendendo li-ções a partir dessas histó-rias. Essas mães também estão criando comunida-des de apoio e não é uma vergonha falar sobre is-so. Não há estigma sobre o que aconteceu com eles. E se elas falam sobre o que acontece, podem encontrar soluções para seus proble-mas em conjunto.

Por que você acha que nin-guém prestou atenção nessas mães antes?

Porque elas foram isola-das. Agora, quando elas en-contram apoio e entendem que esse problema pode dei-xar de acontecer com outras mães. Tem sido muito difí-cil perder o medo do silên-cio, a vergonha de falar so-bre o que acontece. Agora precisamos de mães autori-zadas que sabem como edu-car seus filhos e dar a eles outras realidades.

Recentemente, as mulhe-res de Hollywood começa-ram a ser ouvidas. Como isso pode acontecer com mulheres de comunidades marginalizadas?Temos que escutá-las, docu-mentar e investigar o que es-tá acontecendo com essas mulheres. Crie um caso, cha-me a atenção de agências de direitos humanos, políticos e instituições que regulam a ordem e veja o que torna a justiça atrasada para elas.

Também vemos duas si-tuações: mulheres habili-tadas, mas também figuras alarmantes de feminicídio e violência. É uma grande lacuna. São dois mundos: um é o empoderamento e o outro é onde as mulhe-res não possuem essas fer-ramentas para fazê-lo. Mas muitas mulheres e orga-

nizações trabalham para quebrar essa barreira. Pen-so que enquanto trabalhar-mos, haverá esperança.

As mulheres mudarão as estruturas de poder algum dia?Sim, definitivamente. O pa-triarcado está cambalean-do. Quando mostramos que alguns desses homens po-derosos são estupradores e têm comportamentos se-xuais terríveis, estamos sa-cudindo essas estruturas de poder. Estamos à procura de novas maneiras de ser-mos vistas como seres hu-manos, em vez de um gru-po dominado por outro. E ninguém entende isso me-lhor que as mulheres.

E, finalmente, o que é ser uma mulher para você?Trabalhar duro. Ser respon-sável e tomar decisões. Pro-var que, se digo, eu cumpro.

METRO INTERNACIONAL

RETRATO DO QUE É SER MULHERFeminismo. Metro destaca os principais dados sobre a

luta das mulheres em busca de seus direitos pelo mundo

9,8%das mulheres mantêm as mais altas posições de Estado em todo o mundo (19 mulheres em 2018)

1 EM 4parlamentares em todo o mundo são mulheres

77 CENTAVOSé a quantidade de dinheiro que as mulheres fazem por cada dólar obtido por homens

3,5 MI - 5,5 MIé o número estimado de pessoas em todo o mundo que participaram da “Marcha das mulheres” em 21 de janeiro de 2017. É uma das numerosas manifestações que marcaram a década: na Índia, aconteceu após o estupro coletivo de uma menina; em toda a América Latina após uma sucessão de feminicídios; e na Nigéria, após o sequestro de quase 280 estudantes

PARA MAIS DE 500línguas foi traduzida a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), que define os direitos básicos e as liberdades fundamentais que todos os seres humanos - homens e mulheres - devem desfrutar

CEDAWA Convenção sobre a Eliminação

de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher é o

instrumento internacional mais abrangente para proteger os

direitos das mulheres. É o segundo tratado de direitos

humanos da ONU mais ratificado após a Convenção sobre os

Direitos da Criança. Adotada em 1979, a convenção vincula legalmente os governos

signatários para acabar com todas as formas de discriminação contra

as mulheres na vida pública e privada, inclusive na família, e visa alcançar uma igualdade substantiva entre mulheres e homens - não apenas em leis,

mas também na realidade

FEMINISMOO primeiro uso

documentado deste termo remonta a 1837 na França,

onde o socialista Charles Fourier usa a palavra

“feminismo” para descrever a libertação das

mulheres em um futuro

utópico

FONTE: UNWOMEN.ORG

ARTE: NANCY MACEDO, MWN

Ser mulher hoje em dia significa

responsabilidade.”

Estamos mudando as estruturas do poder e o patriarcado está tremendo, porque

vemos no poder uma maneira de celebrar a dignidade humana e isso entendemos bem

como mulheres.”

Fundadora da ONG Mulheres Sem Fronteiras fala sobre como as mulheres têm uma oportunidade histórica

Em 2002, a cientista so-cial Edit Schlaffer fundou a ONG Women Without Bor-ders (Mulheres Sem Frontei-ras, em tradução livre) com o objetivo de incentivar mu-lheres a assumir a liderança em suas vidas e se tornarem agentes de mudança para estabilizar o mundo.

Ela também fundou a campanha “Irmãs contra o Extremismo Violento”, em 2008, uma campanha que une mulheres e homens de todo o mundo contra o terrorismo. A ONG traba-lha em vários países, como Índia, Paquistão e Nigéria, participando do projeto “Es-colas de mães”, que capaci-tou o gênero feminino pa-ra ir além do conflito e criar comunidades de apoio para fornecer novas realidades para mulheres.

Seu ativismo a levou a ser reconhecida por figuras co-mo Hillary Clinton e se en-volver em vários projetos das Nações Unidas. No even-to “Women Working for The World”, da Fundação JuanFe, Edit falou, em entrevista ao Metro, sobre os desafios de ser mulher e como uma no-va estrutura de poder deve ser criada com base no atual momento histórico em que as mulheres são ouvidas.

Qual é a filosofia da ONG Women Without Borders?Estamos em lugares de con-flito e crise, porque esta-mos interessadas e somos apaixonadas pela paz. Nós não queremos o poder ou a riqueza e, em particular, agora nós estamos interes-sadas em ter uma voz. Mu-lheres que procuram ter um futuro e segurança para as novas gerações serão as melhores negociadoras.

E quais foram as mudanças na sua maneira de agir?Creio que existe essa cons-ciência de que as mulheres têm a responsabilidade de serem agentes de mudan-ça. Elas devem fazer parte do que está sendo visto na so-ciedade e nas famílias, e não esperar por alguém para fa-lar por elas. Nossa visão de li-derança não exclui gêneros.

Agora, entendemos co-mo democracia a relação entre o envio e a escuta. Ao representar aqueles que não têm voz, consideramos que sua comunidade não tem força. E isso aconte-ce em diversos lugares on-de atuamos, basta ver o que os líderes mundiais fazem com suas bombas e mísseis.

Eu estava ouvindo um ativista indiano que disse que devíamos ser mais inte-ligentes do que isso, inves-tir em ferramentas de po-der mais engenhosas, de “poder leve”, que é mais durável do que a imposta pela força. Vejamos um de-terminado país em conflito,

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 12| {CULTURA}

2CULTURA

Dia da Mulher

Ana CañasA cantora paulistana Ana

Cañas faz hoje, às 20h,

o último show de sua

série de apresentações

na Caixa Cultural. O

espetáculo será em

homenagem ao Dia

Internacional da Mulher,

com um repertório de

canções que valorizam o

feminino, como “Tigresa”,

de Caetano Veloso,

além de seus sucessos

pessoais, como “Pra você

guardei”. As meias custam

R$ 10 e estão disponíveis

para doadores de 1kg de

alimentos não perecíveis.

Em homemnagem ao Dia Internacional da Mulher, ce-lebrado hoje, ao BRB (Banco de Brasília) promove um festival no auditório do Mu-seu Nacional com quatro cantoras da MPB.

Os ingressos custam R$ 15 a meia (disponível também para doadores de 1 kg de ali-mentos não perecíveis) e os interessados têm que correr, já que restam poucas entra-das disponíveis.

Hoje sobem ao palco a ca-rioca Mahmundi e a sua con-terrânea radicada em Brasília Ana Sucha. Amanhã é a vez do encontro da paranaen-se Tays Villaca com a paulis-ta Mariana Aydar. Os shows ocorrem sempre às 19h.

Show a showNa apresentação de hoje, a mezzo-brasiliense-mezzo--carioca Ana Sucha abre o

show de Mahmundi. “Estou muito feliz, que honra, Deu-sas do céu”, escreveu ela so-bre a apresentação, que se focará no repertório de “Inês” (2016), de onde saiu o single “Uma mulher feliz”.

Mahmundi faz seu show de estética oitentista, com o

repertório do álbum que leva seu nome, também de 2016. Além de cantar, ela toca gui-tarra e teclado no show.

Na apresentação de ama-nhã, a cantora paranaense Tays Villaca também faz o instrumental do seu show, com canções inspiradas na

música eletrônica e em per-cussões de matriz africana.

Ela abre o show para a mais famosa das atrações, Mariana Aydar, que apresen-ta em Brasília o show Forro-zin, focado não só em hits do seu repertório, mas em xotes e xaxados de sucesso.

O BRB de Cada Canto não foi criado apenas para ce-lebrar a luta das mulheres, mas tem o objetivo de se es-tabelecer no calendário cul-tural da cidade para divulgar atrações culturais de diferen-tes regiões do país na capital federal. METRO BRASÍLIA

Música. BRB promove festival a R$ 15 com Ana Sucha e Mahmundi hoje, e Mariana Aydar e Tays Villaca amanhã

Dois dias de shows em tributo às mulheres

O projeto Humor de 5ª, cria-do pelo Sesc em 2014 para dar um espaço, todas as quin-tas, aos humoristas da cidade, também terá uma edição es-pecial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

Hoje, o público que deseja assistir ao show no teatro do Sesc Estação 504 Sul, às 20h, será recebido por um elenco inteiramente feminino, com-posto pelas humoristas bra-

silienses Alessandra Vieira, Stephanie Marques, Elisa Car-neiro e Luciana Amaral em um show de stand up.

A entrada é gratuita. E as mulheres que acharem que têm talento para a comédia também podem tentar uma inscrição para se apresentar pelo e-mail humordequinta-sesc@gmail.com. Os selecio-nados recebem até R$ 500.

METRO BRASÍLIA

Sesc. Stand up gratuito será feito por mulheres

Peça ‘Levante-se’ de voltaO espetáculo “Levante-se”, que mistura textos fictícios e relatos pessoais das atrizes sobre a luta feminista, criado pela atriz Rosanna Viegas em homenagem ao Dia da Mulher, anunciou nova temporada, agora no Teatro do Brasília Shopping, neste sábado e domingo, às 20h. Inteiras a R$ 40 | DIVULGAǘAO

Homenagem

Funcionárias do CCBB fazem sarau e exposição

Hoje a equipe do Progra-ma Educativo do CCBB realiza um sarau no jar-dim da unidade, às 15h, para homenagear as mu-lheres. O evento trará mú-sica, poesia e contação de histórias com relatos de mulheres sobre a desco-berta da identidade femi-nina. De graça. METRO

Homenagem 2

Katerina Polemi faz apresentação única no DF

A cantora greco-brasileira que cantou na cerimônia de acendimento da tocha olímpica em 2016, Kateri-na Polemi faz seu primei-ro show hoje na capital. A compositora e canto-ra se apresenta no Teatro Unip, às 21h, com inteiras à venda por R$ 80. Com um repertório focado no jazz e em ritmos brasilei-ros e gregos, ela prome-te homenagear as mulhe-res. METRO

A cantora Ana Sucha se apresenta

hoje no evento | BARBARA LOPES/DIVULGAÇÃO

Mahmundi sobe ao palco também

hoje | DIVULGAÇÃO

Amanhã é a vez de Tayz Villaca se

apresentar | DIVULGAÇÃO

Mariana Aydar encerra o evento com

show amanhã| DIVULGAÇÃO

Elas ocupam o Conic com hip-hopEm um ambiente machis-ta, as mulheres resistem na cultura hip-hop – e são muitas, como mostra a ocu-pação que elas organizam de hoje a sábado no Conic, com mais de 30 atrações confirmadas, entre shows e batalhas de rima. A entrada é gratuita.

Apenas atrações atuan-tes no DF se apresentam no evento – e conseguem ain-da compor mais de 10 es-petáculos por dia, todos, é claro, feitos por mulheres, seja na música, seja na dan-

ça. “Esta será a maior de to-das as edições do Hip-Hop Mulher”, diz a coordenado-ra do evento, Cleo Street. É a 3º edição do evento, a pri-meira realizada fora de Cei-lândia e com o apoio do FAC (Fundo de Apoio à Cultura).

O Hip-Hop Mulher A Ocupação terá uma agenda hoje e amanhã, das 19h às 22h. No sábado, o evento co-meça duas horas mais cedo para receber a batalha de ri-mas feita só por mulheres e o encontro de grafiteiras do DF e do Entorno.

Os destaques de hoje são a apresentação da rapper Guerreira Lílian, às 21h, e do grupo vocal feminino Donas da Rima, às 21h30.

Amanhã é a vez de subi-rem ao palco a rapper Lídia Dallet, às 20h30, a cantora Thabata Lorena, às 21h, e o grupo Belladona, às 21h30.

O encerramento, ama-nhã, terá show com a idea-lizadora do evento às 21h e com o grupo Ati-tude Feminina, respecti-vamente às 21h e 21h30.

METRO BRASÍLIA

A cantora Thabata Lorena é uma das

atrações | DIVULGAÇÃO

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 14| {CULTURA}

O protesto é feito com dis-cursos políticos, claro, mas neste caso também com mú-sica, teatro e dança. O 8 de Março Unificadas, protesto pelos direitos da mulher e o fim do machismo terá em Brasília uma intensa agenda de atividades culturais, que perpassará toda a manifes-tação que ocorre hoje, com concentração a partir das 13h no Museu Nacional.

O conteúdo político, cla-ro, permanece como o maior atrativo da agenda. “Somos diversas, mas não dispersas. Vamos marchar pela vida das mulheres, pelo democracia, pela defesa dos direitos femi-ninos e contra o machismo”, diz Claudia Macedo, repre-sentante do Fórum de Mu-lheres do DF e Entorno, uma das entidades que organizou a programação.

A agenda é gratuita e terá aulas públicas e debates sobre os temas do evento, além de discursos contra o governo de Michel Temer (PMDB). A ex-pectativa é de que o ato reú-

na mais mulheres do que em 2017, quando a organização contabilizou cerca de 10 mil participantes. “Este ano sere-mos muitas mais, nenhuma a menos”, completa Claudia.

Pauta cultural

A agenda terá mais do que discussões políticas, porém. Já às 14h começam as ativi-dades culturais, com shows de cantoras como Mônica

Costa, Meimei Bastos, Car-men e Thabata Lorena, que será uma das principais atrações do “Hip-Hop Mu-lher 2018” (leia mais na pá-gina 12) – evento que tam-

bém “emprestará” nomes como Cleo Street e a bata-lha de rimas feitas por rap-pers mulheres para a pro-gramação, que pode ser conferida por inteiro no si-te do evento, pelo link goo.gl/oMyZ1F.

Às 16h30, a cantora Mar-tinha do Coco comanda uma ciranda de batuques para aquecer o público pa-ra a caminhada. Quem acompanha as mulheres no percurso, que será fei-to uma hora depois rumo ao Congresso nacional, é a cantora e rapper ceilanden-se Vera Verônika.

Diante do Congresso, por volta das 20h, aconte-ce o encerramento do even-to, também com um enfoque cultural, com fanfarras rein-terpretando canções de Elza Soares. METRO BRASÍLIA

Política e cultura. Programação do ‘8 de Março Unificadas’ mistura protestos políticos com uma intensa programação cultural feita por mulheres

Vozes femininas cantam e protestam em marcha

Martinha do Coco fará uma ciranda de batuques no evento | DIVULGAÇÃO Vera Vernonika acompanha as mulheres no percurso ao Congresso | DIVULGAÇÃO

Semina oferta oficinas culturais para elas

DJ Donna fará oficina de discotecagem no Museu Nacional | DIVULGAÇÃO

Depois do sucesso da pri-meira edição, em dezembro passado, o Semina (Seminá-rio de Equidade de Gênero nas Profissões da Cultura) volta à agenda cultural do DF a partir de hoje.

Até o dia 18 o evento ofer-tará uma série de oficinas de capacitação profissional para mulheres para reduzir as de-sigualdades de oportunida-des no mercado produtor de cultura no DF.

Nesta edição, os cursos

não focarão apenas em as-pectos técnicos, mas tam-bém no fazer artístico da cultura. Todos os cursos ofertam certificados para seus concluintes.

Para isso, serão realizadas oficinas de produção cultu-ral, discotecagem, cenografia, coaching profissional, rima, finalização audiovisual e pa-lhaçaria. As atividades são ex-clusivas para mulheres, todas gratuitas, mas algumas têm número de vagas restrito.

As oficinas serão ofere-cidas em diversos espaços: CCBB, Teatro Goldoni, Ca-sa Frida e especialmente no Museu Nacional. A progra-mação completa com horá-rios e número de vagas está disponível no site www.cul-tura.df.gov.br.

Entre os destaques do evento está uma atividade fechada ao público, a ofici-na de rima ministrada pe-la cantora e rapper ceilan-dense Vera Verônika para as

mulheres acolhidas na Ca-sa Abrigo do DF. Outros no-mes relevantes da cultura lo-cal, como DJ Donna (oficina de discotecagem), e até inte-nacional, como a oficina de palhaçadaria com a mexica-na Darina Robles Peréz.

Quem não conseguir par-ticipar desta fase do Semina deve ficar atento às redes so-cias do projeto, já que estão sendo planejadas novas roda-das de capacitação para ain-da este ano. METRO BRASÍLIA

Livrarias e editoras dão descontos para mulheresEm comemoração ao Dia In-ternacional da Mulher, to-das as unidades da Livraria Saraiva no país oferecerão 50% de desconto nos livros comprados por mulheres.

A ação também tem como objetivo incentivar a leitura e é válida tanto para as com-pras na loja on-line quanto para as nas unidades físicas.

Ao todo, 18 categorias de títulos estarão disponíveis

para compra, inclusive al-guns dos livros mais vendi-dos. A ação foi elogiada, mas também recebeu críticas ao

não incluir no catálogo li-vros de ciências exatas, direi-to, engenharia, limitando-se a gastronomia, ciências hu-manas e literatura.

Além da Saraiva, e a edi-tora Boitempo resolveu dar até 70% de desconto em to-dos os livros de seu catálo-go escritos por mulheres ou que possuam a temática fe-minista para compras no si-te. METRO BRASÍLIA

Calendário de eventos no DF segue até o fim do mêsAlém dos eventos do dia de hoje, órgãos do GDF planeja-ram uma agenda de ativida-des para homenagear a mu-lher e capacitar servidores e o público geral para comba-ter práticas machistas.

A agenda completa, que pode ser conferida no si-te www.mulher.df.gov.br, apresenta 15 eventos aber-tos ao públicos que serão realizados por órgãos do

governo até o próximo dia 29. A participação em todos eles é gratuita.

Entre os destaques estão o

seminário “Educação, Gêne-ro e Diversidade”, que será feito no UnB, no anfiteatro 10, amanhã, às 9h; também está previsto um debate so-bre exploração sexual e trá-fico de mulheres no próxi-mo dia 15, no Conic, a partir das 14h; e uma palestra so-bre “Assédio moral e sexual no trabalho”, feita na Casa da Mulher Brasileira, no dia 18, às 9h. METRO BRASÍLIA

50%será o desconto que mulheres terão na compra de livros de 18 categorias na Saraiva

15eventos entre palestras e cursos serão ofertados até o dia 29 por diferentes órgãos do GDF

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {PUBLIMETRO} 15|

Leitor fala

Retirada dos microônibusCeilândia virou uma bagunça com a retirada dos micro-ônibus da cidade. Eles foram trocados por coletivos co-muns, que por sua vez saíram de suas linhas normais. O resultado disso é um caos. As linhas não passam mais nos horários, e a quantidade de gente que usa as principais que dão acesso à via Estádio aumentou. Antes tinha mais de um ônibus apara aliviar a deman-da, agora os que passam estão todos lo-tados. Já vi muita gente passando mal por ficar espremida no transporte pú-blico tentando ir para o trabalho.LUIZ CAMPOS - CEILÂNDIA (DF)

Falta segurançaEu tenho uma loja na Cidade do Auto-móvel e lá é um lugar muito deserto. Tem um batalhão da Rotam em fren-te e já teve assalto lá. Arrombaram o portão e meu cachorro, que fica na lo-ja, fugiu. Eu consegui achar o cachor-ro depois, mas não recuperei os bens que me roubaram. Eu trabalho com filmagens e só não roubaram os dro-nes que eu tinha acabado de comprar porque eles tavam escondidos no fun-do de um armário.ORLANDO JÚNIOR - ASA SUL (DF)

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Momento positivo para expandir conhecimentos e também negócios. Tendências para mais contatos à

distância e planos para viagens.

Propensões para lidar com temas confidenciais em suas relações. Tendências a desvendar situações

importantes em parcerias de trabalho.

A Lua está em Sagitário, seu signo oposto, influência que servirá como teste para lidar com as opiniões

diferentes em suas relações.

Novas relações marcarão o trabalho de forma positiva. Momento importante para mais cuidados com

o corpo e a saúde.

Situações sociais, eventos e momentos de diversão serão mais frequentes e contribuirão para

amenizar o stress do dia a dia.

Atente-se com sacrifícios que dedica a pessoas que pouco retribuem o que você faz.

Momento para retribuir mais a quem faz por você.

A Lua em seu signo ajudará na ampliação de contatos sociais e proporcionará momentos

prazerosos com as relações. 

Período especial para retomar amizades e para uma reflexão sobre a importância de algumas

delas neste momento do ano.

Novos contatos e diplomacia na comunicação contribuirá para obter êxito profissional. Momento

especial para planos a longo prazo.

Período importante para tratar assuntos familiares e do lar. Possibilidades para resolver

questões antigas que tragam inquietação.

Momento positivo para ampliar a comunicação com amizades e ambientes sociais. Bom momento

para novos estudos. 

Assuntos materiais estão propensos a decisões importantes. Momento para

mais atenção com despesas que não sejam necessárias.

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

Horóscopo Astrólogo de Plantãowww.astrologo.blog.br

guisalviano@gmail.comPor: Guilherme Salviano

#metromoda

Alexandra Farah é jornalista de moda ligada no futuro. Comanda o site wearbrasil.com e pesquisa o desenvolvimento da tecnologia vestível

Conectando moda e tecnologia

POR @ALEFARAH

ESCÂNER E IMPRESSÃO 3DA temporada de desfiles do inverno 2019 chegou ao fim ontem em Paris e nas passarelas os estilistas mostram suas criações tec-nológicas. Cristobal Balen-ciaga, mestre dos mestres, é conhecido como o arqui-teto dos estilistas. Dema Gvasalia hoje à frente da Balenciaga leva à cabo a missão e inventa novas for-mas e modelagens - com ferramentas digitais. Ago-ra, para construir os pale-tós ele usou escâner a laser e impressão 3D. Em Mi-lão, renascença! No desfile Ciborgue, da Gucci, Ales-sandro Michele traduziu na passarela sua visão de trans-humanismo e criou acessórios em forma de réplicas de cabeças das modelos. Tudo devidamente esca-neado digitalmente e impresso em 3D. O que assusta é a perfeição!

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 16| {ESPORTE}

3ESPORTE

Valderrama

CabeleiraIcônico jogador da

Colômbia, Valderrama

garantiu que se a

Colômbia ganhar o

Mundial da Rússia ele vai

raspar a famosa cabeleira.

Ele será comentarista de

uma TV russa.

Antes dúvida para o con-fronto decisivo com o Totte-nham, o atacante Higuaín acabou entrando em campo e foi decisivo na classificação da Juventus, em virada heroi-ca em Londres.

Com gol dos argentinos Higuaín e Dybala, a Juve venceu o Tottenham por 2 a 1, após sair atrás no pla-car. A situação no fim do primeiro tempo era ainda mais difícil para o time ita-liano, porque na primeira partida o jogo havia termi-nado em 2 a 2. Ou seja: pa-ra os ingleses, o empate por um gol ainda bastava.

A primeira etapa foi do-minada pelo Tottenham. Fo-ram algumas chances de gol e uma delas foi efetiva, com Heung-Min Son, aos 39.

A Juventus mudou a pos-tura na segunda etapa e foi para o ataque. Era tudo ou nada. Aos 18, Lichtsteiner cruzou da direita, Khedira desviou de cabeça e Higuaín

colocou a perna direita para tirar do goleiro e deixar tu-do igual.

Com o estádio ainda ator-doado pelo gol, o time italia-no voltou ao ataque e virou quatro minutos mais tarde.

Higuaín deixou Dybala na ca-ra do gol. O camisa 10 inva-diu a área e marcou.

Perdeu, mas passouO Manchester City entrou com alguns reservas em cam-

po e não conseguiu segu-rar o impeto do Basel. Mes-mo tendo perdido a primeira partida em casa por 4 a 0, os suíços mostraram garra e ga-nharam do City por 2 a 1.

O Manchester saiu na

frente com Gabriel Jesus. Foi o primeiro gol do brasileiro após voltar de lesão.

Mas o Basel empatou logo depois, com Elyounoussi. A virada veio no segundo tem-po, marcada por Lang.

Uma vitória que não valeu a classificação para o Basel, mas que se tornou histórica para o time suíço.

Confrontos finaisOs próximos jogos ocorrem na próxima semana. Na ter-ça, às 16h45, tem Manches-ter United x Sevilla – o pri-meiro jogo na Espanha foi 0 a 0. No mesmo dia tem Ro-ma x Shakhtar Donetsk – o time ucraniano venceu a pri-meira por 2 a 1.

Na quarta, às 14h, é a vez de Besiktas x Bayern de Mu-nique – o primeiro jogo teve goleada do time alemão por 5 a 0. Mais tarde, às 16h45, tem Barcelona x Chelsea – 1 a 1 foi o placar do primeiro confronto. METRO

Liga dos Campeões. Juventus vira pra cima do Tottenham, na Inglaterra, e se classifica para as quartas de final; Manchester City perde para o Basel em casa, mas também garante a vaga para a próxima fase

Higuain e Dybala foram os destaques na classificação da Juventus | EDDIE KEOGH/REUTERS

Senhora de responsa

Depois de se ver na zona de rebaixamento do Campeo-nato Gaúcho, o Grêmio rea-giu e engrenou. Ontem, na Arena, em Porto Alegre, ba-teu o desesperado São Paulo de Rio Grande por 1 x 0, com gol de Maicon, de pênalti, na terceira vitória consecuti-va. Com o resultado, o atual campeão da Libertadores da América foi a 13 pontos e se firmou na oitava colocação do Gauchão – o que lhe ga-rantiria classificação se a pri-meira fase acabasse agora.

Nada de golsNavegando por mares cal-mos no Campeonato Gaú-cho, a atual sequência de jo-gos do Inter no Campeonato Gaúcho não empolga. O em-pate em 0 a 0 com o Cruzei-ro, ontem, foi o terceiro re-sultado seguido com dois zeros estampado no placar, sempre com o time reser-va – no meio desta sequên-cia há duas vitórias pela Co-pa do Brasil.

O resultado em Grava-taí combinado com o empa-te do Brasil-Pel com o Aveni-da manteve os colorados na ponta da tabela do Gauchão, levando vantagem nos crité-rios de desempate. METRO

Na partida que marcou a vol-ta do goleiro Júlio César ao Flamengo, o rubro-negro derrotou o Boavista por 3 a 0, em Volta Redonda, pela quarta rodada da Taça Rio. Com a vitória, a equipe as-sumiu a primeira posição do grupo B, com 9 pontos – dois a mais que o Vasco, 2º na chave.

Os três gols da partida fo-ram marcados apenas no se-gundo tempo, com Rodinei, aos 16 minutos, Diego, aos 36, de falta, e Lucas Paquetá, aos 42, também de bola parada.

O Flamengo volta a cam-po no sábado, às 19h30, contra o Macaé.

Placar fechadoApós resultados positivos nas rodadas anteriores da Taça Rio, Vasco e Fluminense fica-ram no empate no primeiro clássico entre as equipes na temporada. No estádio Nilton Santos, os dois times até cria-ram boas oportunidades, mas não conseguiram sair do pla-car de 0 a 0.

Agora, no sábado, o Vasco encara o Madureira, às 15h45, no estádio Moça Bonita. O Flu-minense recebe o Nova Igua-çu, domingo, às 19h30, no Maracanã. METRO RIO

Gauchão. Inter fica no 0 a 0; Grêmio vence a terceira seguida

Carioca. Flu e Vasco empatam; Flamengo faz 3 a 0 no Boavista

Não foi uma das melhores partidas do Corinthians, muito pelo contrário, mas um velho conhecido da torcida salvou a noite e decretou a vitória sobre o Mirassol, por 1 a 0, on-tem, em Itaquera.

De volta ao clube des-de o começo do ano, Emer-son Sheik entrou no jogo aos 15 do segundo tempo, no lugar de Jadson, e, em sua única chance, acertou um belo chute, perfeito, no ângulo.

Antes disso a partida foi equilibrada, mas de um modo mediano. A dupla de zagueiros do Mirassol con-seguiu fazer uma boa bar-

reira, evitando maiores chances de perigo para os corintianos.

Por outro lado, o time do interior foi com uma proposta de pouco ata-car, apostando apenas em contra-ataques, que pouco aconteceram.

Ao fim dessa penúlti-ma rodada, o Corinthians confirmou sua classifica-ção para as quartas de fi-nal, acumulando até aqui 20 pontos, e espera a defi-nição do adversário, entre Ituano e Bragantino. No domingo, o Timão faz o úl-timo jogo dessa fase, con-tra o Botafogo, em Ribei-rão Preto.

O Mirassol ainda lu-ta contra o rebaixamento. METRO

Com gol de Sheik no fim, Corinthians bate o Mirassol

Sheik marcou aos 42 do segundo

tempo | LUIS MOURA/FOLHAPRESS

Santos perde do NovorizontinoCom o time já classificado, o técnico Jair Ventura deci-diu colocar seus principais jogadores para descansar. Os que entraram bem que tentaram, mas a falta de en-trosamento pesou e o San-tos não conseguiu passar pelo Novorizontino.

O time de Novo Hori-zonte venceu por 2 a 1 e, com os três pontos, se ga-rantiu nas quartas de final

do Paulista. Certo é que en-frentará o Palmeiras, mas ainda é preciso esperar a última rodada para definir quem terá a vantagem do mando de campo.

O Novorizontino abriu o placar, com Juninho. Jair Ventura, que queria acom-panhar jogadores que vi-nham sendo pouco utili-zados ou estreavam, como Dodô, viu justamente o late-

ral cruzar para a área, onde a bola sobrou para Yuri Al-berto, de 16 anos, que mar-cou e empatou. O gol da vi-tória do time dono da casa apareceu com Alisson Sa-fira, que avançou pela di-reita, cruzou e o zagueiro do Santos Lucas Veríssimo mandou contra.

O Peixe encerra a primei-ra fase no domingo, contra o São Bento. METRO